Legislação e Normas Técnicas

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Sistema de gestão integrada

Legislação e normas técnicas


A ISO - International Standardization Organization (em português:
Organização Internacional de Normalização) - foi fundada em 1947, com sede em
Genebra, Suíça. Atualmente, está presente em centenas de países e já publicou mais
de 19500 padrões internacionais cobrindo diversas disciplinas, entre elas a Gestão da
qualidade de sistemas de gestão.

Trata-se de uma organização não governamental que tem por finalidade


desenvolver e promover normas técnicas representativas (chamadas séries) que
traduzem acordos entre os diferentes países do mundo, facilitando a
coordenação internacional e estabelecendo a unificação dos padrões industriais.

A aplicação das normas objetiva a melhoria permanente da qualidade de


produtos e serviços produzidos. O foco é o cliente: atendimento na conformidade, com
requisitos especificados, bem como sua crescente satisfação.

A ISO possui cerca de 100 países membros que participam das decisões, com
direito de voto ou apenas como observadores das discussões e resoluções. O Brasil
integra a ISO, como membro fundador e com direito a voto, por meio da ABNT-
Associação Brasileira de Normas Técnicas.

A expressão ISO 9000 designa um grupo de normas técnicas aplicáveis a


qualquer tipo e tamanho de organização, cujo objetivo é a padronização do sistema da
qualidade visando a sua unificação de forma universal.

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Alguns benefícios possíveis de serem alcançados com a implantação das normas


ISO
Estar em conformidade com padrões de qualidade exigidos pelo
mercado.

Melhorar a imagem da empresa perante o mercado.

Aumentar a confiança do cliente.

Melhoria contínua nos produtos, processos e serviços.

Redução de custos por ineficiência e reclamações.

Funcionários melhor treinados e qualificados.

Definição de responsabilidades e maior envolvimento de todos nos


processos.

Maior eficiência na identificação e solução dos problemas.

Auditorias externas por organismos idôneos e independentes.

Possibilidade de atuação no mercado global.

Barreiras comuns na implantação de um sistema de gestão baseado nas normas


ISO:

Clique ou toque nos títulos para expandir o conteúdo.

Barreiras organizacionais

Ênfase na sobrevivência, poder de decisão, alta rotatividade da equipe técnica, falta


de envolvimento dos empregados.

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Barreiras sistêmicas

Falta ou ausência de informação, sistema de gestão inadequado e falta de


capacitação dos empregados.

Barreiras comportamentais

Falta de cultura organizacional propícia, resistência a mudanças, falta de lideranças,


ausência de supervisão efetiva, insegurança no trabalho.

Barreiras técnicas

Falta de infraestrutura, treinamento limitado ou não disponível, acesso limitado às


informações técnicas, defasagem tecnológica.

Barreiras econômicas

Disponibilidade e custo de financiamento, exclusão de custos ambientais da tomada


de decisão e das análises de custo/beneficio.

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Barreiras governamentais e outras

Algumas políticas industriais não estimulam ações que considerem a questão


ambiental como prioritária, ausência de política de preço real para os recursos
naturais, falta de incentivos para minimizar os impactos ambientais, saúde e
segurança e sociais, falta de suporte institucional, falta de espaço físico para
implantação dos projetos.

O envolvimento da alta direção, a ampla divulgação e a ênfase nos processos de


comunicação constituem peças fundamentais para definir o sucesso ou fracasso dos
projetos relacionados ao Sistema de Gestão Integrado, e moldar a cultura da
organização para as questões de qualidade, ambientais, saúde e segurança e sociais.

Para que servem:


Normas fornecem especificações fundamentadas em necessidades
desenvolvidas ao longo dos anos e permitem uma linguagem comum entre diferentes
empresas. Países e organizações desenvolvem suas regulamentações de acordo com
suas necessidades comuns, como intuito de garantir o nível adequado de
conformidade nos produtos e serviços.

Tais especificações estabelecem limites máximos e mínimos dos elementos que


compõem os atributos de qualidade, definem métodos de produção,
estabelecem medidas unitárias e formas de inspeção.

Satisfazer o cliente demanda o conhecimento, em primeiro lugar, das normas que


ele exige para o produto ou serviço oferecido. Por sua vez, a empresa, ao adquirir
seus insumos, matérias-primas e equipamentos, deve exigir o cumprimento de normas
adequadas as suas necessidades.

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No Brasil, a ABNT – Associação Brasileira


de Normas Técnicas, é responsável pelas
políticas, diretrizes, orientação e regulamentação
das normas aqui vigentes.

Além destas normas, conhecidas como normas técnicas, todo o conjunto de leis,
portarias e regulamentos nacionais, estaduais, municipais ou de empresas, compõem
o conjunto normativo que a empresa deve cumprir.

Em 1987, representantes e especialistas de


diversos países conseguiram superar as
divergências e concluir o principal conjunto de
normas da ISO – a família 9000 – para garantir e
manter a gestão da qualidade de uma empresa.
Desde então, elas são atualizadas e ganham
novas versões.

A revisão é necessária para acompanhar os


avanços tecnológicos, científicos, entre outras
necessidades de atualização. A versão 2015,
recentemente publicada, mais precisamente em
15.09.2015, deu o seu principal enfoque à gestão
de riscos do negócio como um todo.

O objetivo principal da ISO é facilitar o comércio internacional de produtos e


serviços, eliminando as barreiras técnicas e desenvolvendo a cooperação nas áreas
de economia, tecnologia, ciência e intelecto. Dessa forma, a definição de um conjunto
padrão de normas técnicas reconhecido por milhares de organizações e milhões de
consumidores espalhados em diversos países propicia a padronização de um código
mundial para os negócios, o “idioma ISO”.

Introdução a ISO 14001

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Na esteira do intenso crescimento econômico das últimas décadas, ocorreu


também, o agravamento dos problemas ambientais no mundo. Muitas empresas
utilizam recursos naturais, geram poluição ou causam danos ambientais por meio de
seus processos de produção.

Para fazer frente a estes problemas ambientais, em setembro de 1996, a ISO -


International Standardization Organization - criou a família ISO 14000. Importante
ressaltar que a preocupação com o meio ambiente decorre da ideia de
sustentabilidade empresarial.

Sustentabilidade empresarial é um conjunto de ações que uma empresa toma,


visando o respeito ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável da sociedade.
Logo, para que uma empresa seja considerada sustentável ambientalmente e
socialmente, ela deve adotar atitudes éticas, práticas que visem seu crescimento
econômico (sem isso ela não sobrevive) sem agredir o meio ambiente e também
colaborar para o desenvolvimento da sociedade.

Além de respeitar o meio ambiente, a sustentabilidade empresarial tem a


capacidade de mudar de forma positiva a imagem de uma empresa junto aos
consumidores. Com o aumento dos problemas ambientais gerados pelo crescimento
desordenado nas últimas décadas, os consumidores ficaram mais conscientes da
importância da defesa do meio ambiente. Cada vez mais os consumidores vão buscar
produtos e serviços de empresas sustentáveis.

É importante destacar que sustentabilidade empresarial não são atitudes


superficiais que visem o marketing, aproveitando a chamada “onda ambiental”.

As práticas adotadas por uma empresa devem apresentar resultados práticos e


significativos para o meio ambiente e a sociedade como um todo. Sendo assim,
podemos dizer que a Norma ABNT NBR ISO 14001:2015 (versão certificável da família
14000), objetiva contribuir para que o equilíbrio entre meio ambiente e
desenvolvimento econômico seja alcançado no desenvolvimento das atividades do
homem. Esta é a contribuição da família ISO 14000 para a sustentabilidade e para o
conceito do Tripé da Sustentabilidade, também conhecida como Tripple Botton Line
(people, planet, profit – pessoas, planeta, lucro).

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Além da ISO 14001, outras normas ISO relacionam-se ao conceito do Tripple


Bottom Line: ISO 26000, sobre responsabilidade social empresarial, ISO 50001, para
gerenciamento de energia e a SA 8000:2014 – Responsabilidade Social nas
Organizações (Acreditada pela SAI Inglesa), portanto, esta não sendo uma norma ISO,
entre outras normativas.

Introdução a OHSAS 18001

A OHSAS 18001 fornece requisitos para avaliação de saúde e segurança e


gerenciamento dos perigos de forma a tornar os riscos aceitáveis, determinando os
controles operacionais necessários, considerando a melhor forma de reduzir incidentes
de trabalho (não esquecendo dos acidentes e das doenças ocupacionais) e a
promoção da melhoria dos ambientes de trabalho. Essa é uma questão estratégica
para as organizações, considerando sua imagem, passivo ocupacional e perdas
relacionadas.

Considerando a importância da saúde e segurança do trabalho, a OHSAS 18001


(Occupational Health and Safety Assessments Series) é a escolha certa para
identificar e gerenciar riscos e perigos à saúde com foco na redução de incidentes em
seu conceito mais abrangente:

Evento relacionado ao trabalho no qual uma lesão ou doença


(independentemente da gravidade) ou fatalidade ocorreu ou poderia ter ocorrido,
incluindo: acidente, "quase-acidente", "quase-perda", "ocorrência anormal" ou
"ocorrência perigosa", além da situação de emergência é um tipo particular de
incidente.

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Introdução a ISO 14001

Na esteira do intenso crescimento econômico das últimas décadas, ocorreu


também, o agravamento dos problemas ambientais no mundo. Muitas empresas
utilizam recursos naturais, geram poluição ou causam danos ambientais por meio
de seus processos de produção.

Para fazer frente a estes problemas ambientais, em setembro de 1996, a


ISO - International Standardization Organization - criou a família ISO 14000.
Importante ressaltar que a preocupação com o meio ambiente decorre da ideia de
sustentabilidade empresarial.

Sustentabilidade empresarial é um conjunto de ações que uma empresa


toma, visando o respeito ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável da
sociedade. Logo, para que uma empresa seja considerada sustentável
ambientalmente e socialmente, ela deve adotar atitudes éticas, práticas que visem
seu crescimento econômico (sem isso ela não sobrevive) sem agredir o meio
ambiente e também colaborar para o desenvolvimento da sociedade.

Além de respeitar o meio ambiente, a sustentabilidade empresarial tem a


capacidade de mudar de forma positiva a imagem de uma empresa junto aos
consumidores. Com o aumento dos problemas ambientais gerados pelo
crescimento desordenado nas últimas décadas, os consumidores ficaram mais
conscientes da importância da defesa do meio ambiente. Cada vez mais os
consumidores vão buscar produtos e serviços de empresas sustentáveis.

É importante destacar que sustentabilidade empresarial não são atitudes


superficiais que visem o marketing, aproveitando a chamada “onda ambiental”.

As práticas adotadas por uma empresa devem apresentar resultados


práticos e significativos para o meio ambiente e a sociedade como um todo.
Sendo assim, podemos dizer que a Norma ABNT NBR ISO 14001:2015 (versão
certificável da família 14000), objetiva contribuir para que o equilíbrio entre meio

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ambiente e desenvolvimento econômico seja alcançado no desenvolvimento das


atividades do homem. Esta é a contribuição da família ISO 14000 para a
sustentabilidade e para o conceito do Tripé da Sustentabilidade, também
conhecida como Tripple Botton Line (people, planet, profit – pessoas, planeta,
lucro).

Além da ISO 14001, outras normas ISO relacionam-se ao conceito do Tripple


Bottom Line: ISO 26000, sobre responsabilidade social empresarial, ISO 50001,
para gerenciamento de energia e a SA 8000:2014 – Responsabilidade Social nas
Organizações (Acreditada pela SAI Inglesa), portanto, esta não sendo uma norma
ISO, entre outras normativas.

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Introdução a OHSAS 18001

A OHSAS 18001 fornece requisitos para avaliação de saúde e segurança e


gerenciamento dos perigos de forma a tornar os riscos aceitáveis, determinando
os controles operacionais necessários, considerando a melhor forma de reduzir
incidentes de trabalho (não esquecendo dos acidentes e das doenças
ocupacionais) e a promoção da melhoria dos ambientes de trabalho. Essa é uma
questão estratégica para as organizações, considerando sua imagem, passivo
ocupacional e perdas relacionadas.

Considerando a importância da saúde e segurança do trabalho, a OHSAS


18001 (Occupational Health and Safety Assessments Series) é a escolha certa
para identificar e gerenciar riscos e perigos à saúde com foco na redução de
incidentes em seu conceito mais abrangente:

Evento relacionado ao trabalho no qual uma lesão ou doença


(independentemente da gravidade) ou fatalidade ocorreu ou poderia ter ocorrido,
incluindo: acidente, "quase-acidente", "quase-perda", "ocorrência anormal" ou
"ocorrência perigosa", além da situação de emergência é um tipo particular de
incidente.

Atendimento aos requisitos legais


Em julho de 2001, o CB-38, Comitê Brasileiro de Gestão da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) emitiu um documento, no qual estabelece que
"comprometimento do atendimento à legislação implica que a empresa deve atender
todos os requisitos legais aplicáveis". Assim, considerados o requisito normativo e sua
interpretação unificante, fica definido para as empresas um patamar mínimo de
desempenho ambiental, com caráter de cumprimento compulsório e correspondente
ao atendimento dos requisitos da totalidade da legislação aplicável e vigente.

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Após a identificação dos aspectos e impactos ambientais e definida sua


importância relativa, a organização deve levantar os requisitos legais aplicáveis às
suas atividades, e outros requisitos, tais como normas, códigos e princípios setoriais.

No caso de não existir requisitos legais e/ou outros regulamentos aplicáveis, a


organização deve estabelecer critérios de desempenho ambiental. Ou seja, requisitos
são critérios obrigatórios a serem adotados pela organização para gerenciar
determinados aspectos e impactos ambientais, de um modo geral, significativos.

Os critérios legais são denominados requisitos legais, na norma ISO


14001:2015, sendo fundamentados na legislação ambiental aplicável à
organização, o que depende de sua localização e respectivas condições
ambientais, de seu porte e da natureza de seus processos, produtos e serviços.

Segundo a ISO 14001:2015, a legislação aplicável deve estar sempre atualizada,


para que a organização não ocorra o risco de deixar de cumprir algum requisito legal
aplicável, seja por falta de conhecimento, ou por desorganização de seus registros.

É aconselhável que haja um setor responsável por identificar as alterações nos


requisitos legais e outros requisitos aplicáveis ao desempenho ambiental da
organização. Este mesmo setor deve criar um banco de dados com essas
informações, permitindo o acesso rápido a esses requisitos.

Devem ser indicados, ainda, a que aspectos ambientais da organização os


requisitos legais estão associados. Caso a organização não tenha estrutura para
manter um departamento jurídico, uma organização especializada em direito ambiental
pode ser contratada para realizar as atualizações dos requisitos legais, ligados às
atividades da organização.

Resumidamente, o termo “requisitos legais e outros requisitos” contempla as


obrigações legais e outros requisitos mandatórios que a empresa é obrigada a cumprir
(leis, decretos, licenças, tratados, convenções, protocolos etc.), e também os

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compromissos voluntários que a organização escolhe adotar (acordos com clientes,


governo, comunidade e organizações não governamentais, princípios voluntários e
códigos de conduta, obrigações derivadas de arranjos contratuais, requisitos
organizacionais etc.).

Os requisitos ambientais legais aplicáveis a sua operação podem incluir:

Requisitos legais nacionais e internacionais.

Requisitos legais federais, estaduais e municipais.

Se a organização subscreve outros requisitos, ou seja, aceita obedecer outros


critérios técnicos. além dos critérios legais, esses deverão ser identificados e atendidos
no âmbito do SGA. Como por exemplo:

Acordos com autoridades públicas.

Acordos com clientes.

Diretrizes de natureza não regulamentar.

Normas e princípios voluntários ou códigos de prática.

Rotulagem ambiental voluntária ou compromissos de administração do


produto.

Requisitos de associações de classe.

Acordos com grupos comunitários ou organizações não governamentais.

Compromissos públicos da organização ou de sua matriz.

Requisitos corporativos relacionados à organização.

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