TCC Ii - Priscila de Almeida Ferreira

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1

GRUPO SER EDUCACIONAL


UNINASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
PRISCILA DE ALMEIDA FERREIRA

TCC2

O PERFIL DA AÇÃO PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE LÍNGUA


PORTUGUESA, DA EJA NA SALA DE AULA

PARNAÍBA – PI
2024
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SUMÁRIO

RESUMO......................................................................................................................3
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
2 FORMAÇÃO DO PROFESSOR E A AÇÃO PEDAGÓGICA.....................................5
2.1 ALGUMAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGENS ENCONTRADAS PELOS
PROFESSORES NOS ALUNOS.................................................................................6
2.2 PRÁTICA PEDAGÓGICA NA SALA DE AULA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS ...................................................................................................................7
2.2.1 ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS ....................................................................8
3 CONCLUSÃO..........................................................................................................10
4 REFERÊNCIAS.......................................................................................................12
5 APÊNDICES............................................................................................................14
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O PERFIL DA AÇÃO PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE LÍNGUA


PORTUGUESA, DA EJA NA SALA DE AULA

PRISCILA DE ALMEIDA FERREIRA1

RESUMO

Este artigo é o resultado de uma revisão bibliográfica que foi organizada a partir de
leituras de vários autores e de uma pesquisa de campo desenvolvida com alguns
professores da Educação de Jovens e Adultos, no município de Parnaíba-PI. Visa
compreender a ação pedagógica do professor de língua portuguesa em sala de aula
e a sua contribuição para a vida escolar do aluno. Afinal, no cotidiano escolar, o
papel que o professor desempenha é de total confiança e o mesmo é alguém muito
importante na formação do aluno, pois é capaz de desenvolver e fortalecer a ação
social e emocional de cada indivíduo em parceria com a família. Para embasar os
estudos sobre o perfil da ação pedagógica do professor de língua portuguesa em
sala de aula, tivemos a ajuda dos teóricos, Freire (2011), Alves (2011), Barreiro
(2006) e Tiba (2012); os resultados da pesquisa indicaram que os professores em
suas práticas diárias, levam o jovem a pensar e tornam-se responsável de suas
ações.

Palavras-chave: Professor. Aluno. Prática Pedagógica. Família.

ABSTRACT

This article is the result of a bibliographical review that was organized based on
readings by several authors and field research carried out with some Youth and Adult
Education teachers, in the municipality of Parnaíba-PI. It aims to understand the
pedagogical action of the Portuguese language teacher in the classroom and their
contribution to the student's school life. After all, in everyday school life, the role that
the teacher plays is one of total trust and he is someone very important in the
student's education, as he is capable of developing and strengthening the social and
emotional action of each individual in partnership with the family. To support the
studies on the profile of the Portuguese language teacher's pedagogical action in the
classroom, we had the help of theorists Freire (2011), Alves (2011), Barreiro (2006)
and Tiba (2012); The research results indicated that teachers, in their daily
practices, lead young people to think and become responsible for their actions.

Keywords: Teacher. Student. Pedagogical action. Family.

1
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata-se do perfil da ação pedagógica do professor de


língua portuguesa, da educação de jovens e adultos na sala de aula, com o intuito
de compreender como se dá a relação entre aluno e o docente, de acordo com as
práticas do mesmo no ambiente escolar, de modo que pode nortear o jovem a ser
um cidadão íntegro e pensante, considerando o seu aprendizado como ponto de
partida no processo de sua formação.
A pesquisa desenvolvida surgiu do desejo da autora, de proporcionar a
construção do conhecimento do aluno e da necessidade de rever como está sendo
trabalhada a ação pedagógica dos professores nas escolas de ensino da EJA, e se
em sua prática docente eles expressam as atividades rotineiras, adequando-as para
realidade atual de cada indivíduo.
Com isso, é importante afirmar que a pesquisa é um elemento essencial que
possibilita caracterizar a formação e a prática do professor como sendo elemento de
motivação para a atitude investigativa entre os educandos. Para o início do estudo
sobre o perfil da ação pedagógica partiu - se da premissa de que é
fundamentalmente importante no desenvolvimento escolar do aluno e trabalha os
aspectos sociais, afetivos e cognitivos dos mesmos. Sendo assim, o objetivo geral
da pesquisa tem por finalidade investigar como a formação do professor de língua
portuguesa é evidenciada na ação pedagógica, favorecendo o processo de ensino e
aprendizagem, e para melhor alcance do objetivo geral, especificou - se os
seguintes objetivos: conhecer a importância da formação do professor para sua
atuação na educação de jovens e adultos; estudar a relação professor-aluno no
processo de ensino - aprendizagem; analisar a contribuição da formação do
professor em língua portuguesa no cotidiano da aprendizagem do aluno da EJA.

Compreender a ação pedagógica do professor de língua portuguesa da


educação de jovens e adultos no momento atual da sociedade brasileira implica que
deve ser entendida como a expressão das características marcantes sociais e que
influenciam a realidade educacional. Tendo como ponto de partida os aspectos da
formação socioeconômica brasileira, as classes sociais, culturais, são fundamentais
para analisar os múltiplos determinantes do perfil do professor.
Ser professor não é apenas estar na sala de aula e dominar saberes
disciplinares, mas sim aquele que detém de saberes empíricos, isto é, o sujeito
ético, digno, aquele que respeita a autonomia do educando, sua estética, cultura até
mesmo o seu aprendizado. O docente de hoje tem uma missão maior do que
apenas transmitir conteúdos que desenvolvam o cognitivo dos discentes, ele deve
ensiná-las a serem cidadãos capazes de reconhecerem os seus direitos e deveres.
Com base nisso, Freire afirma que: ensinar não é transferir conhecimento, mas criar
as possibilidades para sua produção a sua construção. (2011, p.24)
Para Freire o conhecimento é algo nato, que depende das experiências da
formação nas quais o educando é submetido e que, futuramente poderá tornar-se
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um formador de outras opiniões favorecendo que seja compreendido o sentido do


aprender. Sabe-se que não existem fórmulas que sejam válidas para todos, e que o
conhecimento educacional pode ser apropriado e submetido à crítica em função de
cada história e contexto, e que cada um tem a sua particularidade em aprender o
que lhe é transmitido e ao mesmo tempo tem algo que possa ensinar de maneira
que se tire proveito positivo de cada situação, trazendo para sua realidade todo
ensinamento que lhe foi apresentado para sua vivência e diante de qualquer
situação o sujeito ainda seja capaz de fazer uso do novo que foi submetido.

2 FORMAÇÃO DO PROFESSOR E A AÇÃO PEDAGÓGICA

A formação de professores no Brasil é um tema recorrente e que vem sendo


discutido há anos, isso se deu conforme foram aparecendo escolas especificas para
os anos iniciais da educação básica e visto isto tivemos a criação e logo em seguida
teve uma intensificação e reestruturação dos currículos dos cursos de Normal nível
médio e Pedagogia. Essa discursão, instabilizou-se com a aprovação da nova Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9.394/96) que elevou a formação dos
professores a nível Superior. O curso de Pedagogia é oferecido pelas universidades,
já o curso de Normal Superior também era oferecido pelas mesmas, assim como
nos institutos superiores de educação.
A partir dessa lei, os docentes que possuíam o normal nível médio foram
admitidos com esse critério com formação mínima para exercer essa profissão,
sendo um período transitório até o final do ano de 2007. Após esse período, os
profissionais da educação deveriam exercer o magistério somente com nível
superior.
Anterior à criação e fundação das primeiras escolas de ensino focadas na
formação de professores para as instituições escolares dos anos iniciais, era uma
preocupação notória na escolha desses candidatos ao magistério, logo um dos
critérios que eram avaliados era a formação e submeter o aspirante a exames.

Na primeira escola normal, depois de 4 anos de funcionamento, obtiveram-se


14 formados, porém 11 dedicaram-se ao magistério. Depois da criação e experiência
da primeira escola normal no Estado, com o passar dos anos, apareceram em
outras províncias escolas semelhantes como em: Minas Gerais, Bahia, São Paulo,
Pernambuco, Piauí, Alagoas, São Pedro do Rio Grande do Sul, Pará, Sergipe,
Amazonas, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Maranhão, Paraná, Santa Catarina,
Ceará, Mato Grosso, Goiás e Paraíba.
Para ser educador, na visão de Paulo Freire, é indispensável ser pesquisador,
respeitar os saberes do educando, ter uma reflexão crítica de sua pratica
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pedagógica, pensar certo, ser libertador e ter autoridade, sendo humilde e amoroso
com o próximo.
Em sua teoria, o educando é de fundamental importância para seu trabalho. O
educando é o sujeito de seu próprio conhecimento, e ele devem conscientizar-se de
que pode ser um agente transformador do mundo, sendo capaz de fazer uma
reflexão crítica sobre o seu papel nos processos sociais. A educação é vista como
um problema social e o método científico determina como será a mudança na
condução do trabalho pedagógico e da formação dos professores, onde o aluno
passa a ser o foco do processo educativo.
Os profissionais de educação precisam de uma formação para atuar no
magistério, onde esses cursos são nas universidades. O modelo escolar moderno
teve origem na Europa, onde também a formação dos professores seguiu o mesmo
caminho, a educação profissional vai sendo concretizada de acordo com o
desenvolvimento econômico, industrial, político de um país. A educação realizada
com sucesso é um processo contínuo do lar à escola e vice versa, sendo que aos
educadores só restam que fiquem atentos e ofereçam subsídios preciosos.

2.1 ALGUMAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGENS ENCONTRADAS PELOS


PROFESSORES NOS ALUNOS.

A quantidade de dificuldades de aprendizagens encontradas nos alunos é


significativa. Nesse contexto, podem-se citar as mais variadas formas de
dificuldades.
Com relação ao processo ensino dos professores, é visível principalmente
nas escolas públicas a dificuldade que ele sente em lidar com alunos com
determinadas dificuldades de aprendizagem, muitas vezes por vários fatores que
podem ser, a falta de formação continuada, ou talvez a falta de estímulo. Esse
despreparo dos professores interfere tanto no seu processo de ensino, como na
aprendizagem dos estudantes.

Outra dificuldade se apresenta na própria rotina do educador em formação, as


semanas pedagógicas que são planejadas para a formação continuada e a
socialização desses profissionais, apenas servem para cumprir a carga horaria de
cada instituição, obrigando o educador a participar sem ao menos poder socializar
suas experiências na sala de aula.
Esse despreparo dos professores interfere tanto no seu processo de ensino,
como na aprendizagem dos estudantes.
Está escrito nos PCNs dos 1º e 2º Ciclos (1997) que os avanços do
conhecimento científico por si mesmos não produzem mudanças no ensino.
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Depende do momento histórico e da demanda existente na sociedade, conforme a


citação:

As transformações educacionais realmente significativas – que acontecem


raramente – têm suas fontes, em primeiro lugar, na mudança das
finalidades da educação, isto é, acontecem quando a escola precisa
responder a novas exigências da sociedade. E, em segundo lugar, na
transformação do perfil social e cultural do alunado: a significativa ampliação
da presença, na escola, dos filhos do analfabetismo – que hoje têm a
garantia de acesso mas não de sucesso – deflagrou uma forte demanda por
um ensino mais eficaz (BRASIL, 1997, p. 21).

Observa-se, através dessa citação, a situação caótica que o ensino de língua


materna vivenciou com a inserção, na escola, dos filhos dos operários e dos
contingentes rurais. Com a transformação do perfil social e cultural desse alunado –
que anteriormente era constituído pelos filhos da classe média letrada – a
elaboração de materiais didáticos e estratégias de ensino tiveram que ser
repensadas.

2.1.2 PRÁTICA PEDAGÓGICA NA SALA DE AULA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS


E ADULTOS.

O papel do educador de jovens e adultos não é apenas estar na sala de aula


e ensinar os conteúdos, é principalmente valorizar a bagagem que os alunos da EJA
trazem para a sala de aula, respeitando os valores de cada um e associando suas
experiências de vida com os assuntos da aula. Saber usar a cultura desses jovens e
adultos para seu próprio aprendizado, exercendo um papel de mediador que não se
limita em repassar conteúdos didáticos apenas para cumprir o calendário curricular,
mas que se utiliza da própria experiência de seus alunos para integrá-los no
ambiente escolar.
A escola deve oferecer condições necessárias para que jovens e adultos
sintam vontade de ir todos os dias às aulas depois de um dia inteiro de trabalho.
Deve ser um local que haja relações interpessoais que possibilitem êxito no
processo de aprendizagem desses alunos.
O professor deve sempre manter uma relação saudável com seu aluno, deve
portar-se como um agente para contribuir no processo educativo, e a sala de aula se
torna o ambiente mais adequado para socializar essas relações para a construção
de valores e conhecimentos. O professor deve desenvolver muitos papeis, e
mantendo a sala de aula um ambiente propício para a socialização de conhecimento
e experiências entre seus alunos. Portanto tal educador deve refletir e analisar qual
sua função diante de diversos problemas na educação de jovens e adultos, e vendo
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que não é “dono” do saber e que seus alunos também possuem muitos
conhecimentos a serem repassados a ele e aos colegas, mostrando que a
transmissão deste é mútua e como um ciclo que sempre se renova trazendo um
aprendizado novo.

A educação desses jovens e adultos deve ser considerada como um processo


contínuo da casa à escola, por isso o docente deve oferecer subsídios como
atenção, disponibilidade e uma visão justa de uma turma com capacidades e desejo
de aprender coisas novas e poder aplicá-las em seu cotidiano. Esses aspectos
tornam mais eficientes o conteúdo repassado a sala de aula, de forma que possam
estimular a inteligência de cada um, e que os mesmos possam voltar com
entusiasmo às aulas.

2.1.2.1 ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS

Com finalidade de investigar o perfil da ação pedagógica do professor de


língua portuguesa da educação de jovens e adultos de escola da rede pública local
apresentamos a seguir, a análise e a interpretação dos dados coletados,
intencionamos nesta seção, evidenciar as questões e respostas apresentadas as
professoras de língua portuguesa da educação de jovens e adultos através de um
questionário desenvolvido sobre o tema. Vale ressaltar que, as respostas foram
posteriormente analisadas e as perguntas facilitaram a docente verbaliza
subjetivamente suas percepções e sentimentos garantindo o sigilo da identidade das
participantes.

Os instrumentos utilizados para pesquisa foram à observação e a entrevista,


ambas utilizadas para a verificação das análises do que foi pesquisado. Para o
desenvolvimento deste estudo optou-se pela utilização do método exploratório, de
caráter bibliográfico, partindo do levantamento de dados, através da descrição e
interpretação do objeto de estudo, a partir dos fatos encontrados no decorrer do
surgimento dos fenômenos. Portanto, esse tipo de estudo assume um papel de
investigação e procura contribuir com novos conhecimentos na área eleita para o
artigo.

Assim, o perfil das professoras colaboradoras da pesquisa é: faixa etária entre


35 a 50 anos, todas tem formação superior completa e atuam no magistério; uma
está há 10 anos e a outra está com 08 anos e as duas estão em constante
formação. Optamos pela não identificação das professoras no decorrer da pesquisa,
todavia as nomeamos da seguinte maneira: Professor- P1 e P2.
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Perguntados qual era a concepção delas sobre o fazer pedagógico do


professor de língua portuguesa no ensino da EJA, obtivemos as seguintes respostas

P1: que o fazer pedagógico tem que ser idealizado pensando no aluno, ele
é o ponto de partida para tudo acontecer.
P2: está relacionado ao lúdico, ao chamar mais atenção dele para a aula em
si. Viver e trabalhar este mundo que para o aluno já é desgastante, haja
vista o dia a dia do mesmo e o professor deve mergulhar, daí para o
concreto.

De acordo com as respostas obtidas podemos analisar que os educadores


tem um conceito formado a respeito do fazer pedagógico, baseando-se no que
alguns teóricos pensam, ou seja, compreender. No segundo questionamento foi
indagado: em que sentido o fazer pedagógico do professor de língua portuguesa
contribui para o aprendizado do aluno da EJA, obtivemos as seguintes respostas

P1: em todos os sentidos, pois o aluno da EJA em nada difere dos demais,
ele é o centro do fazer pedagógico e através dele acontece as ações e o
desenvolvimento como um todo acontece.
P2: ensinar é transmitir o conhecimento por meio do movimento, e isso pode
ser feito de maneira a aproveitar o próprio depoimento de suas vivências.

Com base nas respostas fica claro que os professores compreendem o


sentido de sua ação pedagógica na aprendizagem dos alunos da EJA e que estão
favorecendo o progresso da prática educativa quando de maneira precisa
aproveitam os textos e trazem para o cotidiano do aluno. Segundo Saltini (2008,
p.100):

A inter-relação da professora com um grupo de alunos e com cada um em


particular é constante, se dá o tempo todo seja na sala de aula ou no pátio,
e é em função dessa proximidade afetiva que se dá a interação entre com
os objetos e com a construção de um conhecimento altamente envolvente.
Essa inter-relação é o fio condutor, o suporte afetivo do conhecimento.

Baseando-se no que foi dito, o aluno aprende mais quando é amado e


quando o professor está realmente preocupado com o seu aprendizado. No terceiro
questionamento, perguntamos: o fazer pedagógico do professor contribui de alguma
forma na relação com a família do aluno, obtivemos as seguintes respostas.
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P1: a família é uma peça primordial em todo desenvolvimento e ações do


discente e se há uma boa relação família-escola o resultado é promissor.
P2: contribui sim, pois através desta relação família-escola pode-se
conhecer a realidade do aluno e inserir a família no contexto escolar.

Percebemos que os docentes fazem um paralelo com as famílias dos alunos,


pois procuram está interagindo com a realidade dos mesmos. Para ROSSINI,
crianças e jovens gostam de professores que lhes deem limites. Os professores
bonzinhos nunca serão respeitados, cairão no esquecimento com muita facilidade.
(2011, p.45).
Com base no que foi dito, tudo é uma verdade absoluta, se o discente é
respeitado de acordo com sua realidade e seus valores ele torna-se um cidadão
íntegro e que o professor que o induziu a isto sempre será lembrado. Já no quarto
questionamento foi indagado: que fatores você considera mais relevante na ação
pedagógica do professor em sala de aula, obtivemos as seguintes respostas

P1: um ambiente adequado para crianças, um planejamento flexível e que a


criança seja considerada o centro de tudo.
P2: o planejamento é algo primordial e necessário.

Percebe-se que os docentes referem-se que, na sala de aula deve existir


aspectos importantíssimos entre professor e aluno, sendo o planejamento o
diferencial, pois sabemos que existe um processo de ensino e aprendizagem e
nunca parte fragmenta.

3 CONCLUSÃO

Durante nossa pesquisa ficou bem evidente que a escola é um espaço de


formação para cidadania e para construção de valores, percebemos que os
profissionais atuantes neste contexto, estão preocupados com sua própria ação e
formação pedagógica, para lidar com as questões diárias. Então, é de suma
importância conhecer a realidade concreta do cotidiano escolar para esclarecer de
que maneira o docente vem se apropriar de novos conhecimentos e do sistema
educativo, como reage nos desafios diários, nas relações existentes, nos
mecanismos de apropriação ou resistência e nos caminhos encontrados, para que
assim, o ambiente escolar possa se tornar uma fonte de estimulação saudável e de
experiências gratificantes.
Neste sentido, entendemos que é fundamental a presença do professor como
mediador das relações interpessoais, mantendo uma postura de observação e
comunicação entre os vários seguimentos da escola e também em relação ao
aprendizado do aluno, fazendo uma reflexão em relação a si mesmo e ao grupo. Por
11

isso, a pesquisa promoveu uma maior aproximação com as experiências da ação


pedagógica, focando nas suas percepções, conceitos, sentimentos, estratégias de
formação continuada e parceria com a família.

Por fim, reforçamos que é preciso que toda comunidade educativa, assim
como seus profissionais, mais especificamente os professores de língua portuguesa,
reconheçam a extensão e o impacto gerado pela sua prática, principalmente na sala
de aula entre os seus alunos e desenvolvam medidas estratégicas de apoio para dar
sustentabilidade ao que se quer propor. Embora, sejamos conscientes que esse
desafio não é uma tarefa fácil, acreditamos firmemente, que todos educandos têm,
individual e coletivamente, uma prerrogativa humana de mudança e de
reconstrução, ainda que em situações conflituosas, podendo ao longo de sua
trajetória, protagonizarem uma vida sedimentada na paz, na segurança, no respeito
às diferenças e a diversidade.
A pesquisa não esgota novas possibilidades de estudo, pois ainda há muito
que se discutir sobre o perfil da ação pedagógica do professor, mas esperamos que,
sem a menor pretensão de esgotar o assunto, as análises apresentadas aqui sirvam
a toda esfera educacional como ponto de partida para novas reflexões e para
abertura de novos debates onde envolvam a formação docente e a família, no
contexto escolar e nos meios sócio-educacionais-pedagógicos e sob a perspectiva
da busca de sucessivas abordagens sobre o assunto propiciando a continuidade e o
aprofundamento destes estudos.
12

REFERÊNCIAS

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supervisionado. Sâo Paulo: Avercamp, f. 80, 2006.. 160 p.

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agora?: sociolingüística & educação. São Paulo: Parábola, f. 134, 2005. 268 p.

DUBET, François. Quando o sociólogo quer saber o que é ser professor:


: entrevista com François Dubet.. maio/agosto ed. São Paulo: : Revista Brasileira de
Educação, v. n.5, 1997., p. p.222-231.

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Alegre: Arte Médicas, f. 142, 1999. 284 p.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática


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LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho


Científico. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2014.

MAGALHÃES JÚNIOR, Carlos Alberto de Oliveira; BATISTA, Michel Corci.


Metodologia da pesquisa em educação e ensino de ciências. Maringá: Gráfica e
Editora Massini, 2021.

PERRENOUD, Philippe. Práticas pedagógicas, profissão docente e


formação: perspectivas sociológicas. Lisboa: Dom Quixote, f. 103, 1993. 206 p.
13

RIBEIRO, Vera M. M. . Educação para jovens e adultos: ensino fundamental :


proposta curricular para o primeiro segmento do ensino fundamental. São Paulo:
Ação Educativa; Brasília: MEC, f. 127, 1999. 254 p.

ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia afetiva. 12 ed. Petrópolis. Rio de


Janeiro: Vozes, f. 58, 2011. 116 p.

SALTINI, Cláudio J. P.. Afetividade e Inteligência. Rio de Janeiro: Wak, 2008.

TIBA, Içami. Quem ama, educa!: Formando cidadãos éticos. São Paulo: Editora
Integrare, v. 3, f. 141, 2017. 282 p.
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APÊNDICE A — QUESTIONÁRIO

1. Qual era a concepção delas sobre o fazer pedagógico do professor de


língua portuguesa no ensino da EJA?

2. Em que sentido o fazer pedagógico do professor de língua portuguesa


contribui para o aprendizado do aluno da EJA?

3.O fazer pedagógico do professor contribui de alguma forma na relação com


a família do aluno?

4.Que fatores você considera mais relevante na ação pedagógica do


professor em sala de aula?

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