Artigo Layssa
Artigo Layssa
Artigo Layssa
COLONIA LEOPOLDINA
2024
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LAYSSA CAROLINI SILVA FEIJÓ
COLONIA LEOPOLDINA
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2024
ALIMENTOS QUE PODEM DESENCADEAR O
DESENVOLVIMENTO DE CÂNCER
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Autor , (digitada em letra tamanho 10)
Declaro que sou autor¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas
por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais.
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PALAVRAS-CHAVE: Câncer. Alimentos. Estudo. Vitaminas.
1 INTRODUÇÃO
O câncer se caracteriza como uma doença crônica e multicausal, qualificada
pelo crescimento descontrolado das células. O cuidado com o câncer tem se tornado
uma prioridade na área científica, especialmente porque agora é reconhecida como
a principal causa de mortalidade global.
A origem de muitos dos tipos mais frequentes de neoplasias malignas decorre
da combinação de elementos genéticos e fatores do meio, destacando-se, neste
contexto, a alimentação1,2. Estima-se que aproximadamente 35% das variadas
formas de neoplasias sejam consequência de regimes alimentares não
apropriados4. Através de pesquisas epidemiológicas, é viável reconhecer
correlações significativas entre certos hábitos dietéticos notados em distintas áreas
do planeta e a incidência de neoplasias5,6. Ademais, outros elementos do meio
como o consumo de tabaco7,8, o excesso de peso2,7, os exercícios físicos9 e o
contato com certos tipos de vírus, micróbios e parasitas, bem como a exposição
contínua a determinadas substâncias cancerígenas, a exemplo de derivados de
carvão e asbesto 8, também são dignos de destaque.
O Painel de Especialistas do Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer
documenta estratégias que, além de elevar os níveis de exercício físico, preservar
um peso saudável e evitar o consumo de tabaco, incentivam alterações para a
adoção de um regime alimentar mais nutritivo, o qual pode diminuir em
aproximadamente 60% a 70% a ocorrência global de câncer.
Este artigo tem como objetivo principal de preparar uma emenda, baseada em
pesquisas epidemiológicos, tratando as relações por meio de dieta e câncer e
observando algumas mudanças na forma de se alimentar e que podem prevenir
alguns tipos de câncer.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
2.1 Epidemiologia
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- Pessoas com históricos de antecedentes de adenomas ou câncer de
mama, ovário ou endométrio;
- Histórico de colite ulcerativa crônica ou mesmo doença de Cronh;
- Condições hereditárias, como polipose adenomatosa familiar e o câncer
colorretal hereditário sem polipose.
Os sintomas que surgem com mais frequências e que se associam ao
câncer de intestino pode ser:
- Sangramento anal ou sangue nas fezes;
- Alteração do hábito intestinal (diarreia e obstipação alterados);
- Dor ou desconforto abdominal;
- Fraqueza e anemia;
- Perda de peso sem causa aparente.
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2.3 A alimentos com risco para o desenvolvimento de câncer.
Pesquisas demonstram um vínculo entre elementos específicos da dieta e o
surgimento de determinadas variedades de câncer, em particular aqueles originários do
sistema hormonal (seios e próstata) ou gastrointestinal (intestino grosso e estômago).
Arnot (1998) sugere que aproximadamente 35% das mortes por câncer nos EUA têm
conexão com a alimentação e calcula que 40% dos casos de câncer em homens e 60%
em mulheres podem ser atribuídos às práticas dietéticas. Um dos objetivos centrais da
nutrição é preservar o equilíbrio dinâmico do corpo com o meio ambiente, estendendo a
longevidade e aprimorando a qualidade de vida, particularmente nos aspectos físicos e
psicológicos do indivíduo. Certos aditivos alimentares, como colorantes e conservantes,
tendem a se acumular no corpo, exigindo atenção redobrada às quantidades
consumidas diariamente. Mesmo levando em conta a eliminação parcial e a
metabolização desses compostos, é importante ressaltar a falta de informações
precisas sobre a ingestão diária segura de cada aditivo e seu potencial carcinogênico.
Dependendo do aditivo, uma dose mínima consumida regularmente ao longo do tempo
pode levar ao desenvolvimento de câncer (Lederer, 1990).
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frequentemente esses produtos apresentam uma maior taxa de óbitos por câncer em
idade precoce, comparativamente àqueles que raramente os consomem. De acordo
com Lederer (1990), diversos aspectos contribuem para a acumulação de
benzo(a)pireno em alimentos fumados: a densidade da fumaça que se fixa na carne,
o volume de resíduos de fuligem nas grelhas, a qualidade do carvão usado, além da
temperatura e do período de armazenamento dos alimentos fumados, já que a
concentração de benzo(a)pireno tende a crescer com o tempo.
Os lipídios representam outro grupo de compostos com um papel notável na
carcinogênese. A ingestão dessas substâncias tem aumentado consideravelmente
em diversas nações, incluindo o Brasil. Esse crescimento é atribuído à presença
predominante de gorduras em alimentos de origem industrial.
A relação entre a ingestão de alimentos ricos em gorduras e o
desenvolvimento de câncer é bem documentada. Especificamente, o câncer de
mama, cólon e próstata têm sido associados a dietas com alto teor de gordura,
especialmente aquelas provenientes de fontes animais. Essa conexão é sustentada
por evidências tanto de estudos epidemiológicos quanto de pesquisas laboratoriais.
A obesidade também desempenha um papel significativo nessa relação. O
excesso de gordura corporal está associado a um maior risco de câncer, e a
obesidade sarcopênica (quando há excesso de gordura em conjunto com depleção
de massa muscular) pode agravar ainda mais esse cenário, aumentando a
mortalidade e afetando o prognóstico.
Além disso, a distribuição da gordura corporal, incluindo a gordura visceral e
subcutânea, também influencia o risco de câncer. Por exemplo, a gordura visceral,
que envolve os órgãos internos, está associada a um maior risco de câncer de
mama. Avaliar esses fatores com precisão requer técnicas avançadas, como
ressonância magnética ou tomografia computadorizada.
O processo pelo qual a dieta rica em calorias contribui para o
desenvolvimento do câncer de cólon está relacionado à atividade metabólica da
microflora intestinal e à concentração de substratos esteroides no intestino grosso.
Grandes quantidades de gordura presentes nas fezes resultam em maior liberação
de ácidos biliares no intestino. Esses ácidos, quando em concentrações elevadas,
podem ser citotóxicos e atuar como promotores de tumores.
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A alimentação como medida de prevenção e de redução do câncer.
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mama optam por suplementar com ácidos graxos ômega-3 como parte de sua
abordagem de cuidados (Cave, 1996).
As fibras alimentares também desempenham um papel inibidor em relação a
certos agentes carcinogênicos associados à ingestão de gorduras. Elas atuam
reduzindo a ação do estrogênio, diminuindo seus níveis no sangue e, assim,
proporcionando um menor risco de câncer de mama em mulheres. Além disso, as
fibras são excelentes estimulantes dos movimentos peristálticos no intestino,
mantendo a função gastrointestinal normal. Elas também ajudam a remover resíduos
alimentares que podem estar aderidos às paredes intestinais, eliminando
substâncias em decomposição, incluindo toxinas que podem contribuir para o
desenvolvimento de câncer nessa região.
As fibras insolúveis, especialmente a celulose, encontrada em abundância no
farelo de trigo, têm a capacidade de reter o estrogênio nos intestinos de forma
eficiente. Por outro lado, as fibras solúveis desempenham um papel importante no
controle da fome, dos níveis de açúcar no sangue e do colesterol. Geralmente, os
alimentos que contêm 1 grama de fibra solúvel também contêm 3 gramas de fibras
insolúveis. Uma dieta rica em fibras oferece benefícios significativos no controle das
taxas de insulina e glicose, pois retém os açúcares no estômago, liberando-os
gradualmente na corrente sanguínea.
As frutas, vegetais e hortaliças são alimentos que oferecem uma riqueza de
fibras e antioxidantes, incluindo a vitamina C. As fibras presentes nesses alimentos
desempenham um papel natural no controle da fome e, de certa forma, substituem a
ingestão de gorduras e carboidratos. Além disso, as vitaminas, que atuam como
poderosos antioxidantes, ajudam a reduzir a carga dos agentes oxidantes
associados ao desenvolvimento de câncer.
A vitamina A desempenha um papel crucial no ciclo de diferenciação celular
dos epitélios, que é onde o câncer pode ter origem. Indivíduos com uma dieta
deficiente em vitamina A tornam-se mais suscetíveis ao câncer de pulmão, pois a
falta dessa vitamina permite a fixação do benzo(a)pireno no DNA do epitélio
traqueal. Além disso, a vitamina A influencia a replicação do DNA, tornando-a mais
intensa devido ao aumento da timidina, um nucleosídeo de timina.
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A flavina, por sua vez, desempenha um papel importante no combate às
lesões do esôfago, contribuindo para a manutenção e integridade da mucosa
esofágica. A vitamina C está associada a vários tipos de câncer. Doses diárias
administradas a pacientes com câncer resultaram em aumento na sobrevida. A
vitamina C estimula a síntese de colágeno, fortalece os mecanismos imunológicos e
ajuda a bloquear o processo de nitrosação. Além disso, ela inibe a oxidação de
hidrocarbonetos policíclicos e previne a iniciação de cânceres cutâneos.
A vitamina E também desempenha um papel anticancerígeno. Além de ser um
antioxidante, ela inibe o efeito cancerígeno da aflatoxina, uma toxina encontrada em
alguns alimentos contaminados por fungos do gênero Aspergillus. Além disso, a
vitamina E previne a formação de nitrosaminas, substâncias associadas ao
desenvolvimento de câncer.
Os cogumelos são uma fonte proteica essencial para a saúde humana, com
grande diversidade genética. Internacionalmente, os cogumelos comestíveis
apresentam um teor elevado de proteínas (em peso seco), apesar de seu alto conteúdo
de água quando frescos. Algumas espécies, como o Pleurotus sajor caju e o Pleurotus
flabellatus, contêm, em média, 7,5% a mais de proteínas do que a carne bovina.
3 MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa foi conduzida utilizando uma revisão integrativa que seguiu os
passos abaixo: 1ª) determinação do problema central: “O consumo de alimentos pelo
indivíduo está associado ao surgimento de câncer?” 2ª) escolha dos termos-chave
combinados com o operador booleano “AND” e corretamente catalogados nos
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). (Descritores em Ciências da Saúde,
www.decs.bvs.br), Na língua portuguesa, foram utilizadas as expressões “alimentos
and neoplasia” e “dieta and neoplasia”, bem como suas equivalentes em inglês e
espanhol; 3ª) a escolha dos estudos foi feita após estabelecer os critérios de
inclusão, focando em trabalhos publicados em português, inglês e espanhol,
acessíveis nas plataformas PubMed e Literatura Latino-Americana em Ciências de
Saúde (LILACS), entre 2005 e 2020, disponíveis na íntegra. Artigos repetidos,
revisões bibliográficas e pesquisas sobre outras patologias que não se relacionavam
com o assunto em questão foram descartados; 4ª) a organização dos trabalhos
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ocorreu através da análise minuciosa dos resumos estruturados, visando a
ordenação dos estudos pertinentes; 5ª) a etapa final envolveu a discussão e exame
dos artigos escolhidos, culminando na elaboração da revisão integrativa.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A literatura destaca claramente o papel vital da dieta nos diferentes estágios
da carcinogênese (iniciação, promoção e disseminação). No entanto, mesmo na
presença do câncer, a alimentação é essencial durante todo o processo de
tratamento das neoplasias malignas (LEE; CESAREO, 2019).
Castralli e Bayer (2019) identificaram, através de um estudo sistemático, que
uma dieta balanceada, abundante em frutas e legumes, ricos em vitamina C,
flavonoides e carotenoides, possui um efeito preventivo contra o aparecimento do
câncer gástrico. Enquanto isso, práticas alimentares inadequadas, caracterizadas
pelo consumo excessivo de sal, comidas industrializadas, conservas e alimentos
ricos em gorduras, estão positivamente relacionadas ao risco de desenvolver câncer
no estômago.
As conjecturas sobre os mecanismos pelos quais certos componentes
alimentares, tidos como defensores contra a oncogênese, incluem: a neutralização
de radicais livres, o estímulo à expressão de genes que combatem o tumor, a
restrição de enzimas, dentre outros. É importante enfatizar que os métodos de
preparação e preservação dos alimentos têm um papel considerável no
aparecimento de vários tipos de câncer, seja de forma direta ou indireta (LEE;
CESAREO, 2019).
No entanto, as evidências corroboraram a suposição de que a dieta pode afetar o
risco de desenvolvimento de câncer de maneira direta ou inversa.
5 CONCLUSÃO
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como escudos contra variados tipos de câncer, sobressaem-se frutas, verduras e
hortaliças, em especial por serem ricas em compostos antioxidantes e fibras, bem
como minerais e vitaminas que participam como coadjuvantes em inúmeras reações
metabólicas. Por outro lado, estudos apontam um elo direto entre a ingestão de
carne vermelha e a elevação do perigo de tumores malignos. É vital que pessoas ou
coletividades recebam aconselhamento sobre os alimentos e seus impactos no
corpo humano, com o objetivo de barrar o processo de carcinogênese através de
uma alimentação balanceada, destacando o papel essencial do nutricionista.
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
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FAKHRI, G., ASSAAD, M.A., TFAYLI, A. Association of various dietary habits and risk of
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