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GRUPO EDUCACIONAL FAVENI

LAYSSA CAROLINI SILVA FEIJÓ

ALIMENTOS QUE PODEM DESENCADEAR O


DESENVOLVIMENTO DE CÂNCER

COLONIA LEOPOLDINA
2024

1
LAYSSA CAROLINI SILVA FEIJÓ

GRUPO EDUCACIONAL FAVENI

ALIMENTOS QUE PODEM DESENCADEAR O


DESENVOLVIMENTO DE CÂNCER

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade Futura – Grupo
Educacional Faciba, como requisito parcial
para obtenção do título de Pós – Graduação
em NUTRIÇÃO CLÍNICA, METABOLISMO,
PRÁTICA E TERAPIA NUTRICIONAL

Orientador: Prof. DsC. Ana Paula Rodrigues

COLONIA LEOPOLDINA

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2024
ALIMENTOS QUE PODEM DESENCADEAR O
DESENVOLVIMENTO DE CÂNCER

1
Autor , (digitada em letra tamanho 10)

1Função (formação educacional do aluno), Faculdade Futura, e-mail;

Declaro que sou autor¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas
por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais.

RESUMO - O câncer surge do desenvolvimento anárquico de células que invadem e


danificam tecidos e órgãos, podendo migrar para outros locais no corpo, fenômeno
conhecido como metástase. Representa uma das causas líderes de óbito no Brasil e,
apesar de existirem debates, acredita-se que certos alimentos têm ligação com o
câncer, uns oferecendo proteção e outros favorecendo a doença. Objetivo: examinar
os padrões alimentares de pacientes com câncer e sua conexão com a enfermidade.
Métodos: Realizou-se uma busca por estudos nas bases de dados PubMed e
LILACS, de 2005 a 2020, em português, inglês e espanhol, seguindo critérios
específicos de inclusão. Resultados: A seleção final incluiu 6 (seis) estudos, divididos
em dois grupos conforme o tipo de câncer analisado. Ambos os grupos mostraram
resultados consistentes, revelando os impactos tanto promotores quanto protetores
de alimentos específicos como vegetais, frutas, carnes e produtos lácteos, e os
processos que explicariam esses efeitos. Conclusão: Os achados indicam uma
conexão entre a dieta e o câncer, bem como os mecanismos prováveis envolvidos.
Ressalta-se a importância do aconselhamento nutricional para a população sobre os
alimentos e seus impactos no corpo, visando prevenir a carcinogênese por meio de
uma alimentação rica em fibras, vitaminas e minerais, contribuindo assim para a
promoção da saúde.

3
PALAVRAS-CHAVE: Câncer. Alimentos. Estudo. Vitaminas.
1 INTRODUÇÃO
O câncer se caracteriza como uma doença crônica e multicausal, qualificada
pelo crescimento descontrolado das células. O cuidado com o câncer tem se tornado
uma prioridade na área científica, especialmente porque agora é reconhecida como
a principal causa de mortalidade global.
A origem de muitos dos tipos mais frequentes de neoplasias malignas decorre
da combinação de elementos genéticos e fatores do meio, destacando-se, neste
contexto, a alimentação1,2. Estima-se que aproximadamente 35% das variadas
formas de neoplasias sejam consequência de regimes alimentares não
apropriados4. Através de pesquisas epidemiológicas, é viável reconhecer
correlações significativas entre certos hábitos dietéticos notados em distintas áreas
do planeta e a incidência de neoplasias5,6. Ademais, outros elementos do meio
como o consumo de tabaco7,8, o excesso de peso2,7, os exercícios físicos9 e o
contato com certos tipos de vírus, micróbios e parasitas, bem como a exposição
contínua a determinadas substâncias cancerígenas, a exemplo de derivados de
carvão e asbesto 8, também são dignos de destaque.
O Painel de Especialistas do Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer
documenta estratégias que, além de elevar os níveis de exercício físico, preservar
um peso saudável e evitar o consumo de tabaco, incentivam alterações para a
adoção de um regime alimentar mais nutritivo, o qual pode diminuir em
aproximadamente 60% a 70% a ocorrência global de câncer.
Este artigo tem como objetivo principal de preparar uma emenda, baseada em
pesquisas epidemiológicos, tratando as relações por meio de dieta e câncer e
observando algumas mudanças na forma de se alimentar e que podem prevenir
alguns tipos de câncer.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
2.1 Epidemiologia

Podemos conceituar o câncer como uma enfermidade multicausal crônica,


qualificada pelo crescimento desordenado das células. (GARAFOLO et, al., 2004).
Refere-se a uma das principais patologias apresentada pela saúde pública do
mundo, a mesma se trata de uma enfermidade crônico-degenerativa que
impressiona a vida em uma enorme proporção humana. (TONOM et al., 2007).
O sistema de industrialização mundial, que mostra uma principal ocorrência
no século passado originou a uma inclusão das classes econômicas e sociedades
por vários países provocando uma grande mudança nos padrões de vida com as
condições de trabalho uma vez unificada ressaltando nutrição e consumo. De
semelhante acarretou consideravelmente a população do mundo ocasionado pelas
taxas reduzidas de mortalidade e natalidade com o objetivo do aumento da
expectativa de vida e envelhecimento populacional (GUERRA et al., 2005).
O câncer aparece de mutação genética que acarreta na proliferação de
células irregulares dando uma alteração da mucosa colonial normal para adenomas
ou pólipos adenomatosos adenocarcinomas. Esse desenvolvimento pode ser
impelido por vários princípios que abrange oncogênese e mutação dos genes
supressores tumorais (BERSON, 2007).
Acredita-se a maioria dos CCRs (cerca de 70 – 90%), livre da etiologia, tem
origem em pólipos adenomatosos. A palavra pólipos faz menção a um movimento
elevado na parede intestinal. Segundo a histologia, os pólipos colorretais podem ser
classificados como neoplásticos e não neoplásticos.
De acordo com Instituto Nacional do Câncer – INCA (2002), dois dos fatores
mais principais são alusivos a evolução do câncer intestinal e são: idade maior ou
igual a 50 anos e alimentação com falta de frutas, vegetais e fibras, e abundante em
gordura animal, carne processadas e carne vermelha. Com exceção destes, outros
aspectos de risco também podem estar relacionados como
- Parentesco de primeiro grau com adenomas e com histórico de
diagnostico antes da idade de 60 anos;

5
- Pessoas com históricos de antecedentes de adenomas ou câncer de
mama, ovário ou endométrio;
- Histórico de colite ulcerativa crônica ou mesmo doença de Cronh;
- Condições hereditárias, como polipose adenomatosa familiar e o câncer
colorretal hereditário sem polipose.
Os sintomas que surgem com mais frequências e que se associam ao
câncer de intestino pode ser:
- Sangramento anal ou sangue nas fezes;
- Alteração do hábito intestinal (diarreia e obstipação alterados);
- Dor ou desconforto abdominal;
- Fraqueza e anemia;
- Perda de peso sem causa aparente.

2.2 Os principais elementos que podem induzir ao câncer


Diversos elementos contribuem para o surgimento do câncer, divididos em
externos, associados ao ambiente e às práticas culturais da sociedade, e internos,
determinados geneticamente e relacionados à habilidade do corpo de resistir a
ataques externos. A combinação desses elementos pode elevar as chances de
transformação de células saudáveis em tumores malignos. (Lewin, 2001).
Entre os fatores ambientais mais relevantes ligados ao surgimento de tumores
malignos estão os elementos biológicos, tais como infecções por vírus e bactérias
que podem induzir mudanças no DNA de indivíduos sem genes mutantes herdados.
A exposição contínua e diária a pesticidas em cultivos de grãos, frutas e vegetais,
bem como o consumo excessivo de álcool e o hábito de fumar, também são fatores
de risco. Pessoas que consomem bebidas alcoólicas e/ou fumam regularmente têm
um incremento de até 60% no risco de desenvolver câncer, especialmente se
combinado com uma dieta rica em gorduras saturadas, alimentos fritos ou produtos
processados com altos níveis de aditivos e conservantes. (Núcleo de Apoio ao
Paciente com Câncer - NAPACAN, 2001).

6
2.3 A alimentos com risco para o desenvolvimento de câncer.
Pesquisas demonstram um vínculo entre elementos específicos da dieta e o
surgimento de determinadas variedades de câncer, em particular aqueles originários do
sistema hormonal (seios e próstata) ou gastrointestinal (intestino grosso e estômago).
Arnot (1998) sugere que aproximadamente 35% das mortes por câncer nos EUA têm
conexão com a alimentação e calcula que 40% dos casos de câncer em homens e 60%
em mulheres podem ser atribuídos às práticas dietéticas. Um dos objetivos centrais da
nutrição é preservar o equilíbrio dinâmico do corpo com o meio ambiente, estendendo a
longevidade e aprimorando a qualidade de vida, particularmente nos aspectos físicos e
psicológicos do indivíduo. Certos aditivos alimentares, como colorantes e conservantes,
tendem a se acumular no corpo, exigindo atenção redobrada às quantidades
consumidas diariamente. Mesmo levando em conta a eliminação parcial e a
metabolização desses compostos, é importante ressaltar a falta de informações
precisas sobre a ingestão diária segura de cada aditivo e seu potencial carcinogênico.
Dependendo do aditivo, uma dose mínima consumida regularmente ao longo do tempo
pode levar ao desenvolvimento de câncer (Lederer, 1990).

2.4 Compostos que influenciam a progressão do câncer.


Certos compostos são particularmente notórios no seu papel no
desenvolvimento do câncer, incluindo as nitrosaminas, que são perigosas para a
saúde quando adicionadas aos alimentos devido à sua forte capacidade de induzir o
câncer ao se ligarem ao DNA, conforme indicado pelo INCA em 2000. Essas
substâncias originam-se dos nitritos e nitratos de sódio através de um processo
chamado nitrosação, ocorrendo quando o ácido nitroso reage com uma amina
secundária em um pH entre 2 e 3, típico durante a digestão estomacal. A situação
pode piorar se o estômago estiver comprometido por uma gastrite avançada. As
nitrosaminas estão presentes em vegetais cultivados em solos com alto teor de
nitrato, em bebidas alcoólicas, produtos lácteos, particularmente leite pasteurizado, e
em peixes ou carnes tratados com nitrito de sódio. A água com elevados níveis de
nitrito também pode contribuir para o surgimento de tumores.
Produtos alimentícios fumados podem ser um elemento de risco adicional,
devido à presença de benzo(a)pireno. Dados indicam que indivíduos que consomem

7
frequentemente esses produtos apresentam uma maior taxa de óbitos por câncer em
idade precoce, comparativamente àqueles que raramente os consomem. De acordo
com Lederer (1990), diversos aspectos contribuem para a acumulação de
benzo(a)pireno em alimentos fumados: a densidade da fumaça que se fixa na carne,
o volume de resíduos de fuligem nas grelhas, a qualidade do carvão usado, além da
temperatura e do período de armazenamento dos alimentos fumados, já que a
concentração de benzo(a)pireno tende a crescer com o tempo.
Os lipídios representam outro grupo de compostos com um papel notável na
carcinogênese. A ingestão dessas substâncias tem aumentado consideravelmente
em diversas nações, incluindo o Brasil. Esse crescimento é atribuído à presença
predominante de gorduras em alimentos de origem industrial.
A relação entre a ingestão de alimentos ricos em gorduras e o
desenvolvimento de câncer é bem documentada. Especificamente, o câncer de
mama, cólon e próstata têm sido associados a dietas com alto teor de gordura,
especialmente aquelas provenientes de fontes animais. Essa conexão é sustentada
por evidências tanto de estudos epidemiológicos quanto de pesquisas laboratoriais.
A obesidade também desempenha um papel significativo nessa relação. O
excesso de gordura corporal está associado a um maior risco de câncer, e a
obesidade sarcopênica (quando há excesso de gordura em conjunto com depleção
de massa muscular) pode agravar ainda mais esse cenário, aumentando a
mortalidade e afetando o prognóstico.
Além disso, a distribuição da gordura corporal, incluindo a gordura visceral e
subcutânea, também influencia o risco de câncer. Por exemplo, a gordura visceral,
que envolve os órgãos internos, está associada a um maior risco de câncer de
mama. Avaliar esses fatores com precisão requer técnicas avançadas, como
ressonância magnética ou tomografia computadorizada.
O processo pelo qual a dieta rica em calorias contribui para o
desenvolvimento do câncer de cólon está relacionado à atividade metabólica da
microflora intestinal e à concentração de substratos esteroides no intestino grosso.
Grandes quantidades de gordura presentes nas fezes resultam em maior liberação
de ácidos biliares no intestino. Esses ácidos, quando em concentrações elevadas,
podem ser citotóxicos e atuar como promotores de tumores.

8
A alimentação como medida de prevenção e de redução do câncer.

Uma alimentação saudável e adequada é essencial para preservar a saúde.


Ela não apenas reduz os riscos de doenças, mas também auxilia no
restabelecimento da homeostase durante enfermidades. Através da dieta, é possível
estimular a recuperação, reabilitação, desintoxicação e reparação celular, conferindo
maior vitalidade aos órgãos e tecidos.
A alimentação desempenha um papel crucial na modificação do processo de
carcinogênese, especialmente nos estágios iniciais. Isso pode resultar em melhores
desfechos no tratamento e diagnóstico clínico do câncer. Assim, seguir um padrão
nutricional adequado e equilibrado pode contribuir para a redução do risco de
desenvolvimento da doença. Conforme as diretrizes da Sociedade Americana de
Câncer, é essencial adotar certos hábitos para preservar a saúde e prevenir
doenças. Entre essas recomendações, destacam-se:
Atividade Física: Praticar exercícios regularmente é fundamental para manter o
corpo saudável e reduzir o risco de câncer.
Moderação no Consumo de Álcool: Limitar o consumo de bebidas alcoólicas é
importante para proteger o organismo.
Dieta Vegetal: Priorizar alimentos de origem vegetal, como frutas, legumes e grãos
integrais, contribui para uma dieta mais saudável.
Restrição de Gorduras: Reduzir o consumo de alimentos gordurosos, especialmente
aqueles de origem animal, é recomendado para prevenir doenças.
Seguir essas práticas pode promover uma vida mais saudável e ajudar a evitar o
desenvolvimento de câncer e outras enfermidades.
Os ácidos graxos ômega-3, presentes em maior quantidade em certos peixes,
têm sido considerados como um alimento preventivo para o câncer de mama.
Notavelmente, as mulheres esquimós da Groenlândia, que consomem uma das
concentrações mais elevadas de ômega-3 no mundo, apresentam uma incidência
relativamente baixa de câncer de mama. No entanto, é importante destacar que, em
doses excessivas, o ômega-3 pode causar hemorragias. Portanto, é necessário ter
cautela ao utilizá-lo. Muitas mulheres em risco e aquelas que já tiveram câncer de

9
mama optam por suplementar com ácidos graxos ômega-3 como parte de sua
abordagem de cuidados (Cave, 1996).
As fibras alimentares também desempenham um papel inibidor em relação a
certos agentes carcinogênicos associados à ingestão de gorduras. Elas atuam
reduzindo a ação do estrogênio, diminuindo seus níveis no sangue e, assim,
proporcionando um menor risco de câncer de mama em mulheres. Além disso, as
fibras são excelentes estimulantes dos movimentos peristálticos no intestino,
mantendo a função gastrointestinal normal. Elas também ajudam a remover resíduos
alimentares que podem estar aderidos às paredes intestinais, eliminando
substâncias em decomposição, incluindo toxinas que podem contribuir para o
desenvolvimento de câncer nessa região.
As fibras insolúveis, especialmente a celulose, encontrada em abundância no
farelo de trigo, têm a capacidade de reter o estrogênio nos intestinos de forma
eficiente. Por outro lado, as fibras solúveis desempenham um papel importante no
controle da fome, dos níveis de açúcar no sangue e do colesterol. Geralmente, os
alimentos que contêm 1 grama de fibra solúvel também contêm 3 gramas de fibras
insolúveis. Uma dieta rica em fibras oferece benefícios significativos no controle das
taxas de insulina e glicose, pois retém os açúcares no estômago, liberando-os
gradualmente na corrente sanguínea.
As frutas, vegetais e hortaliças são alimentos que oferecem uma riqueza de
fibras e antioxidantes, incluindo a vitamina C. As fibras presentes nesses alimentos
desempenham um papel natural no controle da fome e, de certa forma, substituem a
ingestão de gorduras e carboidratos. Além disso, as vitaminas, que atuam como
poderosos antioxidantes, ajudam a reduzir a carga dos agentes oxidantes
associados ao desenvolvimento de câncer.
A vitamina A desempenha um papel crucial no ciclo de diferenciação celular
dos epitélios, que é onde o câncer pode ter origem. Indivíduos com uma dieta
deficiente em vitamina A tornam-se mais suscetíveis ao câncer de pulmão, pois a
falta dessa vitamina permite a fixação do benzo(a)pireno no DNA do epitélio
traqueal. Além disso, a vitamina A influencia a replicação do DNA, tornando-a mais
intensa devido ao aumento da timidina, um nucleosídeo de timina.

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A flavina, por sua vez, desempenha um papel importante no combate às
lesões do esôfago, contribuindo para a manutenção e integridade da mucosa
esofágica. A vitamina C está associada a vários tipos de câncer. Doses diárias
administradas a pacientes com câncer resultaram em aumento na sobrevida. A
vitamina C estimula a síntese de colágeno, fortalece os mecanismos imunológicos e
ajuda a bloquear o processo de nitrosação. Além disso, ela inibe a oxidação de
hidrocarbonetos policíclicos e previne a iniciação de cânceres cutâneos.
A vitamina E também desempenha um papel anticancerígeno. Além de ser um
antioxidante, ela inibe o efeito cancerígeno da aflatoxina, uma toxina encontrada em
alguns alimentos contaminados por fungos do gênero Aspergillus. Além disso, a
vitamina E previne a formação de nitrosaminas, substâncias associadas ao
desenvolvimento de câncer.

Os cogumelos são uma fonte proteica essencial para a saúde humana, com
grande diversidade genética. Internacionalmente, os cogumelos comestíveis
apresentam um teor elevado de proteínas (em peso seco), apesar de seu alto conteúdo
de água quando frescos. Algumas espécies, como o Pleurotus sajor caju e o Pleurotus
flabellatus, contêm, em média, 7,5% a mais de proteínas do que a carne bovina.

3 MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa foi conduzida utilizando uma revisão integrativa que seguiu os
passos abaixo: 1ª) determinação do problema central: “O consumo de alimentos pelo
indivíduo está associado ao surgimento de câncer?” 2ª) escolha dos termos-chave
combinados com o operador booleano “AND” e corretamente catalogados nos
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). (Descritores em Ciências da Saúde,
www.decs.bvs.br), Na língua portuguesa, foram utilizadas as expressões “alimentos
and neoplasia” e “dieta and neoplasia”, bem como suas equivalentes em inglês e
espanhol; 3ª) a escolha dos estudos foi feita após estabelecer os critérios de
inclusão, focando em trabalhos publicados em português, inglês e espanhol,
acessíveis nas plataformas PubMed e Literatura Latino-Americana em Ciências de
Saúde (LILACS), entre 2005 e 2020, disponíveis na íntegra. Artigos repetidos,
revisões bibliográficas e pesquisas sobre outras patologias que não se relacionavam
com o assunto em questão foram descartados; 4ª) a organização dos trabalhos

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ocorreu através da análise minuciosa dos resumos estruturados, visando a
ordenação dos estudos pertinentes; 5ª) a etapa final envolveu a discussão e exame
dos artigos escolhidos, culminando na elaboração da revisão integrativa.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A literatura destaca claramente o papel vital da dieta nos diferentes estágios
da carcinogênese (iniciação, promoção e disseminação). No entanto, mesmo na
presença do câncer, a alimentação é essencial durante todo o processo de
tratamento das neoplasias malignas (LEE; CESAREO, 2019).
Castralli e Bayer (2019) identificaram, através de um estudo sistemático, que
uma dieta balanceada, abundante em frutas e legumes, ricos em vitamina C,
flavonoides e carotenoides, possui um efeito preventivo contra o aparecimento do
câncer gástrico. Enquanto isso, práticas alimentares inadequadas, caracterizadas
pelo consumo excessivo de sal, comidas industrializadas, conservas e alimentos
ricos em gorduras, estão positivamente relacionadas ao risco de desenvolver câncer
no estômago.
As conjecturas sobre os mecanismos pelos quais certos componentes
alimentares, tidos como defensores contra a oncogênese, incluem: a neutralização
de radicais livres, o estímulo à expressão de genes que combatem o tumor, a
restrição de enzimas, dentre outros. É importante enfatizar que os métodos de
preparação e preservação dos alimentos têm um papel considerável no
aparecimento de vários tipos de câncer, seja de forma direta ou indireta (LEE;
CESAREO, 2019).
No entanto, as evidências corroboraram a suposição de que a dieta pode afetar o
risco de desenvolvimento de câncer de maneira direta ou inversa.

5 CONCLUSÃO

O vínculo entre dieta e câncer continua sendo amplamente investigado,


apresentando-se tanto de maneira benéfica, com certos alimentos funcionando como
agentes de defesa contra a enfermidade, quanto de maneira prejudicial, contribuindo
para o desenvolvimento do câncer. Portanto, a nutrição é crucial, pois pode afetar as
fases de início, promoção e avanço do tumor. Entre os itens alimentares que servem

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como escudos contra variados tipos de câncer, sobressaem-se frutas, verduras e
hortaliças, em especial por serem ricas em compostos antioxidantes e fibras, bem
como minerais e vitaminas que participam como coadjuvantes em inúmeras reações
metabólicas. Por outro lado, estudos apontam um elo direto entre a ingestão de
carne vermelha e a elevação do perigo de tumores malignos. É vital que pessoas ou
coletividades recebam aconselhamento sobre os alimentos e seus impactos no
corpo humano, com o objetivo de barrar o processo de carcinogênese através de
uma alimentação balanceada, destacando o papel essencial do nutricionista.

AGRADECIMENTOS

Neste local, quero expressar minha gratidão a todas as pessoas que, de


maneira direta ou indireta, que tiveram um papel e colaboraram para a concretização
deste projeto. É possível que alguns nomes tenham sido omitidos. Por isso, peço
perdão.
Quero enfatizar meu profundo agradecimento a cada um e afirmar que este trabalho
é o resultado do empenho de um Grupo Excepcional, com quem tenho a alegria de
dividir inúmeros momentos agradáveis.
Sem esquecer claro de dedicar a minha família aos meus pais por todos os
valores, dedicação, paciência, amor incondicional, esforço diário, por me
proporcionarem sempre o que há de melhor.

REFERÊNCIAS
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em BRCA1 e BRCA2: uma síntese da literatura. Brazilian Journal of Health Review, v.
2, n. 3, p. 2215-2224, 2019.
LEE, O.P., CESARIO, F.C. Relação entre escolhas alimentares e o desenvolvimento de
câncer gástrico: uma revisão sistemática. Brazilian Journal of Health Review, v.2, n.4,
p.2640-2656, 2019. DOI:10.34119/bjhrv2n4-036.
FAKHRI, G., ASSAAD, M.A., TFAYLI, A. Association of various dietary habits and risk of
lung cancer: an updated comprehensive literature review. Tumori Journal, v.0, n.0, p.1-
12, 2019.
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