Resenha - Promoção Da Saúde

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

BIANCA MARIA DOMAKOSKI

ESTUDO DIRIGIDO: PROMOÇÃO DA SAÚDE

CURITIBA
2024
BIANCA MARIA DOMAKOSKI

ESTUDO DIRIGIDO: PROMOÇÃO DA SAÚDE

Estudo Dirigido apresentado, na Universidade


Tuiuti do Paraná, á disciplina de Projeto
Interdisciplinar, turno matutino, do curso de
Fonoaudiologia, como requisito avaliativo para o
1° Bimestre.
Professora: Rita de Cassia Tonocchi.

CURITIBA
2024
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 RESUMO-PROMOÇÃO DE SAÚDE........................................................................2
3 PROMOÇÃO DE SAÚDE E FONOAUDIOLOGIA...................................................4
4 CONCLUSÃO........................................................................................................... 5
REFERÊNCIAS........................................................................................................ 6
1 INTRODUÇÃO

Ainda no Brasil, ao falarmos de saúde, a primeira ideia que nos vêm a mente
que saúde significa estar livre de doenças. Segundo a Conferência de Ottawa
(1986), saúde não significa só viver sem doença; vai além disso, é ter uma habitação
boa, um trabalho bom, um transporte seguro e uma boa educação. Isso é promoção
da saúde.

Este resumo, tem como objetivo analisar como os conceitos de promoção da


saúde e a intersetorialidade são aplicadas, explorando a importância da integração
de diferentes setores, e uma visão sobre a fonoaudiologia de uma abordagem que
vá além do tratamento, para garantir a qualidade de vida da população.
2 RESUMO-PROMOÇÃO DE SAÚDE

O vídeo nos traz que a promoção de saúde vai além de ações tradicionais,
como programas de saúde, que promovem uma alimentação adequada, o controle
do tabagismo e do alcoolismo e atividade física. Trata-se de um conceito amplo que
envolve qualidade de vida, capacitação e empoderamento da comunidade, e uma
abordagem intersetorial que considera os meios sociais e seus fatores.

Na entrevista, Carlos Silva, que é médico, diz: “Um dos maiores desafios da
promoção da saúde hoje no Brasil, não é só formular políticas mas mantê-las
funcionando em rede de forma intersetorial”. Essa é a complexidade da promoção
de saúde, já que ela não está só na área de compreensão e do como agir da saúde;
ela necessita de trazer outros setores e pessoas pra abranger esse conceito tão
importante. É de importância que os profissionais da saúde não só capacitem a
população para cuidar da sua própria saúde, pois isso seria atribuir a
responsabilidade da doença ao usuário sem ter uma visão autônoma considerando o
sujeito e os valores que ele traz consigo.

O material audiovisual transmite também que a população confunde a


promoção com prevenção, que já vem sendo utilizada há muito tempo, mas
promover significa gerar novas perspectivas e empoderar. Outrossim, é a
intervenção de saúde do profissional totalmente verticalizada, preocupada com a
mudança desse comportamento individual ou esse controle de doença, e isso
mostra a comunidade que saúde é prevenção. Diante disso, acabamos retomando a
atitude do profissional, pois ele deve considerar diversos fatores e não se limitar a
uma prescrição médica. Tal comportamento muda essa visão de saúde da
população. Idem que o qualificado deve exercitar a “escuta” para além do que é dito
na queixa apresentada pelo usuário.

É relevante retomar que, no vídeo, a promoção de saúde envolve garantir as


condições adequadas de vida, que é mostrar a comunidade ou ao meio que está
inserido que saúde está anteriormente à doença, como o acesso a um bom
emprego, uma boa moradia, transporte público eficiente e seguro, e condições de se
cuidar. De acordo com Emilse Aparecida Merlin Servilha e Reginalice Cera da Silva
(2014, p.706):

A percepção pessoal da desigualdade que ocasiona estresse e doença e a


escassez ou falta de rede de apoio social e solidariedade podem ser
considerados determinantes sociais que impactam negativamente a
situação de saúde.

Isso nos mostra que saúde é influenciada por outros fatores muito além de
um consultório clínico. Portanto, as políticas públicas precisam levar em conta as
questões sociais e cada área ou território. Além disso, é de extrema importância que
o profissional de saúde sempre considere os fatores associados, pois isso pode
ajudá-lo a conhecer um pouco melhor os seus pacientes e as causas de sua
doenças, e essa proximidade com os usuários diminui o risco de várias doenças.
Essa comunicação na saúde ela é fundamental para a promoção, já que a
intersetorialidade depende dessa boa comunicação, porque ela acontece na prática
e isso vem sendo destacado durante o vídeo.

Segundo a Portaria do Ministério da Saúde nº2.488, de 21 de outubro de


2011:

A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde,


individual e coletivo, relacionados à promoção e proteção da saúde,
prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de
danos e manutenção da saúde.

O que resgata a ideia do vídeo que saúde não depende só de ter acesso a
um médico; a saúde do individuo depende dele ter mecanismos de proteção da
vida/saúde e de conseguir se manter saudável no ambiente em que vive. Do mesmo
modo, em que se deve empoderar o utilizador para que ele venha a ter cuidados
com sua vida e sua saúde, assim fazendo com que os mesmos percebam o que os
adoecem ou mantêm saudáveis, trazendo-os para um contexto de protagonistas.
3 PROMOÇÃO DE SAÚDE E FONOAUDIOLOGIA

Em seguida da reflexão do vídeo, no cenário da promoção da saúde, a


inserção da fonoaudiologia na saúde pública, tanto no que se refere às questões
conceituais quanto na análise e organização das práticas diárias, ainda é
relativamente nova e pouco avançada (Cabrera, et al., 2018, p. 180).

Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais (2002), o curso de graduação


em fonoaudiologia deve preparar profissionais aptos a trabalhar com competência,
eficácia e capacidade de resolução no Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme
este comprovante, o fonoaudiólogo deve estar apto a se ocupar da prevenção,
avaliação e diagnóstico de maneira ampla, considerando os fatores associados além
do consultório clínico. Já que o mesmo, de acordo com Maíra Somenzari Lipay e
Elizabeth Crepaldi de Almeida (2007, p.34), “Em sua formação recebe
conhecimentos globais, que incluem questões culturais, emocionais, físicas,
ambientais e econômicas”.

Ademais, a promoção de saúde, como destacado no vídeo, requer uma


abordagem intersetorial. A fonoaudiologia deve colaborar com outros setores, como
educação, saúde pública e políticas sociais, para criar ambientes que favoreçam a
comunicação e a saúde vocal. Essa colaboração é essencial para abordar questões
complexas e promover uma saúde abrangente. (Servilha, Silva, 2014, p.708).

Segundo, Claudemir Silva dos Santos (2020, p.12):

“ O fonoaudiólogo, enquanto profissional de saúde, é essencial para o


exercício do controle social e principalmente promover a efetivação de
direitos na construção de políticas públicas em saúde que atendam as reais
necessidade da população, visando seu bem-estar físico e mental”.

Assim, a fonoaudiologia não apenas complementa as estratégias de


promoção da saúde, mas também amplia a compreensão do conceito.
4 CONCLUSÃO

A promoção da saúde é um conceito que ultrapassa as tradicionais ações de


prevenção, envolvendo uma abordagem mais holística e intersetorial. Pode-se
concluir, portanto, que a responsabilidade é ampliada para demais setores além da
saúde, como, por exemplo, o meio ambiente, a economia, a cultura, o lazer, entre
outros, para o alcance de uma vida saudável.

Neste sentido, a Fonoaudiologia tem muito a contribuir, pois seu campo de


atuação abrange não apenas a reabilitação de problemas de comunicação, mas
também a promoção do bem-estar e da qualidade de vida. Assim, a Fonoaudiologia
se posiciona como uma área-chave para a promoção da saúde, colaborando de
maneira integrada com outras áreas.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura (MEC). Resolução CNE/CES. 5/2002


Brasília, DF: Conselho Nacional de Educação, 19 fev. 2002. p. 5. Acesso: 9 set.
2024.

CABRERA, M. F. B.; ELIASSEN, E. D. S.; ARAKAWA-BELAUNDE, A. M.


FONOAUDIOLOGIA E PROMOÇÃO DA SAÚDE: REVISÃO INTEGRATIVA. Revista
Baiana de Saúde Pública, v. 42, n. 1, 14 ago. 2018.

LIPAY, Maíra Somenzari, ALMEIDA, Elizabeth Crepaldi de. A fonoaudiologia e sua


Inserção na Saúde Pública. Campinas: Rev. Ciênc. Méd. 2007.

SANTOS, Claudemir Silva dos. Atuação do Fonoaudiólogo na Atenção Básica.


Centro Universitário Pitágoras de Fortaleza. Fortaleza, 2020. Disponível em:
https://repositorio.pgsscogna.com.br/bitstream/123456789/40959/1/CLAUDEMIR_SI
LVA_DOS_SANTOS.pdf. Acesso em: 9 set. 2024.

SALA DE CONVIDADOS. Promoção da saúde [vídeo]. Disponível em:


https://youtu.be/IoidCnquqoM?feature=shared. Acesso em: 9 set. 2024.

SERVILHA, Emilse Aparecida Merlin, SILVA, Reginalice Cera da. Políticas e


Práticas de Promoção da Saúde- Equidade e Intersetorialidade. 1. ed. São
Paulo: Guanabara Koogan, 2014.

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