Ebook Exames Laboratoriais)
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MÓDULO
01
Introdução aos exames
laboratoriais
MÓDULO
02
Hemograma Completo
MÓDULO
03
Perfil Lipídico
ÍNDICE
MÓDULO
04
Glicemia
MÓDULO
05
Função Hepática e Renal
MÓDULO
06
Exames hormonais
ÍNDICE
MÓDULO
07
Exames de Nutrientes
MÓDULO
08
Conclusões e Aplicações
Práticas
MÓDULO
Bônus
Exercícios
Perguntas e respostas
MÓDULO
01
Introdução aos Exames
Laboratoriais
Principais Benefícios:
- Avaliar o estado nutricional de forma mais detalhada
- Detectar precocemente deficiências ou condições clínicas
que podem comprometer a saúde
- Monitorar a eficácia das intervenções nutricionais
- Melhorar a comunicação com outros profissionais de saúde
(médicos, farmacêuticos)
1.2 Interpretação básica
de resultados
Exemplo de interpretação:
- Hemoglobina: Valor normal entre 12-16 g/dL (mulheres) e
13,5-17,5 g/dL (homens). Valores abaixo podem indicar
anemia, enquanto valores acima podem sugerir desidratação
ou doenças hematológicas.
1. Hemograma:
- Avalia as células sanguíneas, incluindo hemácias,
leucócitos e plaquetas.
Útil para diagnosticar anemias, infecções e distúrbios
hematológicos.
2. Perfil Lipídico:
- Inclui colesterol total, HDL, LDL, VLDL e triglicerídeos.
Avalia o risco cardiovascular e o impacto da dieta no
metabolismo lipídico.
3. Exames de Glicemia:
- Glicemia de jejum e hemoglobina glicada (HbA1c).
Utilizados para monitorar o controle glicêmico em pacientes
com diabetes ou resistência à insulina.
4. Função Hepática:
- Exames como ALT, AST e bilirrubinas.
Avaliam a saúde do fígado e podem indicar sobrecarga
hepática, especialmente em casos de alcoolismo ou
doenças hepáticas relacionadas à alimentação.
1.4 Tipos de Exames
Laboratoriais mais
Utilizados na Nutrição
5. Função Renal:
- Ureia e creatinina.
Indicadores importantes para monitorar a função dos rins,
especialmente em pacientes com doenças crônicas ou uso
de suplementos proteicos.
6. Exames Hormonais:
- Incluem TSH, T3, T4 e cortisol.
Avaliam o funcionamento da tireoide e as respostas ao
estresse, que podem interferir no metabolismo e nas
necessidades nutricionais.
Exemplo prático:
Um paciente com fadiga e queda de cabelo pode apresentar
níveis de ferritina baixos no exame laboratorial. No entanto,
apenas o exame não é suficiente para o diagnóstico de
anemia, sendo necessário correlacionar com outros dados
clínicos e exames complementares, como hemoglobina e
hematócrito.
2
Hemograma Completo
1. Hemácias (Eritrócitos):
- Quantidade e morfologia das células vermelhas do
sangue.
Importante para a avaliação da capacidade de transporte de
oxigênio.
2. Hemoglobina:
- Proteína responsável pelo transporte de oxigênio.
Valores normais:
- Mulheres: 12-16 g/dL
- Homens: 13,5-17,5 g/dL
3. Hematócrito:
- Porcentagem do volume de sangue ocupado por
hemácias.
Valores normais:
- Mulheres: 37-47%
- Homens: 40-54%
2.3 Componentes do
Hemograma Completo
5. Plaquetas:
- Avalia a quantidade de plaquetas, que são fundamentais
para a coagulação sanguínea.
Valores normais: 150.000-450.000/mm³
Anemia:
Pode ser identificada por hemoglobina e hematócrito baixos.
As causas podem incluir deficiências nutricionais (ferro,
vitamina B12), hemorragias ou doenças crônicas.
Leucocitose ou Leucopenia:
Alterações no número de leucócitos podem indicar
infecções, inflamações, reações alérgicas ou
imunossupressão.
Trombocitopenia ou Trombocitose:
Valores anormais de plaquetas podem sugerir problemas de
coagulação, hemorragias ou condições hematológicas.
Exames:
- Hemoglobina: 10 g/dL (abaixo do normal)
- Hematócrito: 30% (abaixo do normal)
- Leucócitos: 7.000/mm³ (normal)
- Plaquetas: 200.000/mm³ (normal)
Interpretação:
Os resultados sugerem anemia. Considerando a história
clínica e a dieta de Maria, uma avaliação adicional da
ingestão de ferro e vitamina B12 é necessária. A intervenção
pode incluir orientações dietéticas e a consideração de
suplementação.
MÓDULO
3
Perfil lipídico
1. Colesterol Total:
- Medida da quantidade total de colesterol no sangue.
Valores desejáveis: abaixo de 200 mg/dL.
4. Triglicerídeos:
- Tipo de gordura encontrada no sangue, que também
pode influenciar o risco cardiovascular.
Valores desejáveis: abaixo de 150 mg/dL.
Dieta:
Consumo excessivo de gorduras
saturadas, trans e açúcares pode
elevar os níveis de LDL e triglicerídeos.
Exames:
- Colesterol Total: 240 mg/dL (elevado)
- LDL: 160 mg/dL (elevado)
- HDL: 35 mg/dL (baixo)
- Triglicerídeos: 200 mg/dL (elevado)
Interpretação:
Os resultados indicam que João está em risco aumentado
de doenças cardiovasculares. Recomenda-se uma
intervenção que inclua orientações dietéticas para reduzir a
ingestão de gorduras saturadas e aumentar o consumo de
fibras e gorduras saudáveis, além de incentivo à prática
regular de atividade física.
MÓDULO
4
Exames de Glicemia e
Hemoglobina Glicada
1. Glicemia de Jejum:
- Medida da glicose no sangue após um período de jejum
(normalmente 8-12 horas).
Valores normais: abaixo de 100 mg/dL.
2. Glicemia Pós-Prandial:
- Medida da glicose 2 horas após a ingestão de uma
refeição.
Valores normais: abaixo de 140 mg/dL.
3. Curva Glicêmica:
- Avalia a resposta glicêmica do paciente após a ingestão
de uma solução de glicose (geralmente 75 g).
Valores de referência: menos de 140 mg/dL após 2 horas
indica um metabolismo glicêmico normal.
4.1 O que são os Exames
de Glicemia?
Valores normais:
• Glicose em jejum:
Normal: < 100 mg/dL
Valores Normais:
- A1c < 5,7%: normal
- A1c 5,7% - 6,4%: pré-diabetes
- A1c ≥ 6,5%: diabetes
Glicemia Alta:
Níveis elevados podem indicar
diabetes ou pré-diabetes.
A hiperglicemia aguda pode
causar sintomas como sede
excessiva, urina frequente e fadiga.
Glicemia Baixa:
Níveis abaixo de 70 mg/dL podem
indicar hipoglicemia, que pode ser
causada por excesso de medicação,
jejum prolongado ou alimentação inadequada.
Alguns sintomas são tontura, fraqueza, temores e cefaleia.
4.4 Fatores que
Influenciam os Níveis
de Glicose
Importante:
A síndrome de Cushing, por exemplo, resulta na produção
excessiva de cortisol, um hormônio que pode elevar a glicemia.
O hipertiroidismo aumenta a atividade metabólica e a
gliconeogênese, levando a flutuações nos níveis de glicose.
Condições como pancreatite podem prejudicar a produção de
insulina, dificultando o controle glicêmico. Além disso, tumores
endócrinos, como feocromocitomas, que liberam hormônios
catecolaminas, podem causar hiperglicemia significativa.
Reconhecer essas condições é crucial para uma abordagem
eficaz no manejo da glicose, especialmente em pacientes com
diabetes.
4.5 Importância dos
Exames de Glicemia na
Prática Nutricional
Exames:
- Glicemia de Jejum: 110 mg/dL (elevada)
- Glicemia Pós-Prandial: 160 mg/dL (elevada)
- HbA1c: 6,3% (pré-diabetes)
Interpretação:
Ana apresenta sinais de pré-diabetes, indicando que uma
intervenção nutricional é necessária. Recomenda-se a
adoção de uma dieta equilibrada, rica em fibras, com
controle da ingestão de carboidratos e a prática regular de
exercícios físicos para ajudar a controlar os níveis de
glicose.
MÓDULO
5
Função Hepática e
Renal
2. Bilirrubinas:
- Avalia a capacidade do fígado de processar e eliminar
bilirrubina.
Valores normais de bilirrubina total: até 1,2 mg/dL.
5.1 Avaliação da Função
Hepática
1. Ureia:
- Reflete a capacidade dos rins de excretar resíduos
nitrogenados.
Valores normais: 10-40 mg/dL.
2. Creatinina:
- Indicador da função renal; níveis elevados podem sugerir
comprometimento renal.
Valores normais:
- Mulheres: 0,6-1,1 mg/dL
- Homens: 0,7-1,3 mg/dL
Exames:
- ALT: 45 U/L (elevada)
- AST: 50 U/L (elevada)
- Creatinina: 1,4 mg/dL (elevada)
- Ureia: 45 mg/dL (elevada)
Interpretação:
Os resultados sugerem comprometimento tanto da função
hepática quanto renal. Recomenda-se uma avaliação
dietética para reduzir a ingestão de sódio, proteínas e
gorduras saturadas, além de um acompanhamento mais
rigoroso da saúde cardiovascular.
MÓDULO
6
Exames Hormonais
1. Insulina:
- Produzida pelo pâncreas, regula a glicose no sangue.
- Níveis elevados podem indicar resistência à insulina ou
diabetes tipo 2.
Valores normais em jejum: 2,6-24,9 µU/mL.
3. Cortisol:
- Hormônio do estresse, produzido pelas glândulas
adrenais.
- Níveis elevados podem indicar síndrome de Cushing,
enquanto níveis baixos podem estar associados à doença
de Addison.
Valores normais (cortisol matinal): 6-23 µg/dL.
Exames:
- Insulina: 30 µU/mL (elevada)
- TSH: 6,5 mUI/L (elevada)
- T3: 70 ng/dL (baixo)
- Testosterona: 50 ng/dL (normal)
Interpretação:
Os resultados sugerem resistência à insulina e
hipotireoidismo. Recomenda-se uma avaliação dietética
para redução da ingestão de carboidratos refinados,
aumento da ingestão de fibras e possíveis orientações para
tratamento do hipotireoidismo.
MÓDULO
7
Exames de Nutrientes
1. Vitamina D:
- Essencial para a saúde óssea e função imunológica.
Valores normais: 20-50 ng/mL.
- Deficiências podem levar a osteoporose e doenças
autoimunes.
2. Cálcio:
- Importante para a saúde óssea, função muscular e
sinalização celular.
Valores normais de cálcio total: 8,5-10,5 mg/dL.
- Deficiências podem causar osteoporose e fraqueza
muscular.
3. Ferro:
- Essencial para a produção de hemoglobina e transporte
de oxigênio.
Valores normais:
- Homens: 80-180 µg/dL
- Mulheres: 60-160 µg/dL.
- Deficiências podem levar à anemia ferropriva.
7.2 Principais Nutrientes
Avaliados
4. Zinco:
- Importante para a função imunológica e cicatrização de
feridas.
Valores normais: 70-120 µg/dL.
- Deficiências podem causar comprometimento
imunológico e problemas de crescimento.
6. Sódio:
- Regula equilíbrio líquidos, função muscular e nervosa;
diretamente relacionado com pressão arterial. alterações
podem levar a hiponatremia e hipernatremia.
Valores normais: 135-145 mEq/L.
- Comumente avaliado em pacientes com desequilíbrios
hídricos, doenças renais ou uso de diuréticos.
7.2 Principais Nutrientes
Avaliados
7. Potássio:
- Essencial para contração muscular, incluindo músculo
cardíaco, e para condução nervosa. Alterações podem levar
a hipocalemia e a hipercalemia.
Valores normais: 3.5-5.0 mEq/L.
-comumente avaliado em condições como doença renal,
distúrbios hormonais e em pacientes em uso de diurético.
Dica:
Exames:
- Vitamina D: 15 ng/mL (deficiente)
- Ferro: 40 µg/dL (normal)
- Vitamina B12: 180 pg/mL (deficiente)
- Folato: 6 ng/mL (normal)
Interpretação:
Fernanda apresenta deficiências de vitamina D e B12, o que
pode estar contribuindo para sua fadiga e queda de cabelo.
Recomenda-se a introdução de fontes de vitamina D na
dieta (como exposição ao sol e alimentos fortificados) e
suplementação de vitamina B12.
MÓDULO
8
Conclusões e
Aplicações Práticas
- Importância da Avaliação
Nutricional
- Interpretação Integrada dos
Exames
-Interpretação dos resultados
- Planejamento de Intervenções
Nutricionais
-Monitoramento e
Acompanhamento
-Estudos de Caso: Aplicações
Práticas
8.1 Importância da
Avaliação Nutricional
Caso 1:
Paciente: João, 42 anos, sexo masculino.
Histórico Clínico:
João, com histórico de hipertensão e diagnóstico recente de
gastrite, procurou atendimento nutricional devido a cansaço,
fraqueza muscular e dores de cabeça frequentes. Ele
relatou uma dieta irregular, com alta ingestão de alimentos
processados e pobre em frutas, vegetais e proteínas
magras.
Exames Laboratoriais:
2. Monitoramento e Ajustes:
3. Educação Nutricional:
Caso 2
Paciente: Maria, 58 anos, sexo feminino.
Histórico Clínico:
Maria tem histórico de hipertensão controlada por
medicação, mas nas últimas semanas relatou episódios de
diarreia, náusea e perda de apetite. Ela procurou
atendimento nutricional devido à perda de peso e sensação
de fraqueza generalizada. Sua alimentação nos últimos dias
tem sido limitada, com baixa ingestão de líquidos e
eletrólitos. Além disso, relatou cãibras frequentes nas
pernas.
Exames Laboratoriais:
4. Monitoramento e Reavaliação:
Caso 3
Paciente: Carlos, 49 anos, sexo masculino.
Histórico Clínico:
Carlos foi diagnosticado com síndrome metabólica,
apresentando obesidade abdominal, hipertensão e dislipidemia.
Tem histórico familiar de DM tipo 2 e está em tratamento com
medicamentos anti-hipertensivos e hipolipemiantes.
Recentemente, começou a sentir cansaço constante e dores nas
articulações, além de ter dificuldade para controlar o peso,
apesar de seguir uma dieta sem acompanhamento nutricional.
Exames Laboratoriais:
3. Controle de Triglicerídeos:
6. Monitoramento e Ajustes:
BÔNUS
Exercícios práticos
- Exercício diabetes
- Exercício anemia ferropriva
-Exercício hipertensão
- Exercício doença renal crônica
-Perguntas e respostas
Exercícios práticos
Resultados de Exames:
- Glicemia de jejum: 130 mg/dL
- HbA1c: 7,5%
- Perfil lipídico: colesterol total 220 mg/dL, LDL 140 mg/dL,
HDL 40 mg/dL.
Resultados de Exames:
- Hemoglobina: 10 g/dL
- Ferro sérico: 25 µg/dL
- Ferritina: 15 ng/mL
- Capacidade total de ligação do ferro (TIBC): 400 µg/dL.
Resultados de Exames:
- Creatinina: 2,5 mg/dL
- Taxa de filtração glomerular (TFG): 45 mL/min.
- Potássio: 5,5 mEq/L.
Intervenções Nutricionais:
- Adotar uma dieta equilibrada: Focar em carboidratos de
boa qualidade, como grãos integrais, legumes e vegetais.
- Aumentar a ingestão de fibras: Incentivar o consumo de
frutas, verduras e grãos, que ajudam no controle glicêmico.
- Reduzir a ingestão de açúcares e gorduras saturadas:
Limitar alimentos processados e ricos em açúcar.
- Controlar porções: Ajudar João a entender porções
adequadas para evitar excessos calóricos.
Exames Adicionais:
- Monitorar frequentemente a glicemia capilar para avaliar a
resposta ao tratamento.
- Considerar a avaliação de hemoglobina glicada (HbA1c) a
cada 3-6 meses para monitorar o controle a longo prazo.
Fatores Dietéticos:
- Aumentar a ingestão de ferro: Recomendar alimentos ricos
em ferro heme (carnes vermelhas, frango, peixe) e ferro não
heme (leguminosas, espinafre, nozes).
- Incluir alimentos ricos em vitamina C: Como laranja,
morango, kiwi e pimentões, para melhorar a absorção de
ferro.
Fontes de Ferro:
- Carnes: Focar em cortes magros de carne vermelha e
aves.
- Leguminosas: Feijões, lentilhas e grão-de-bico.
- Vegetais verdes: Espinafre, couve e brócolis.
Monitoramento da Eficácia:
- Repetir exames de hemoglobina e ferritina: Após 2-3
meses de intervenção, para avaliar a resposta ao
tratamento.
- Acompanhamento regular: Verificar a adesão ao plano e
ajustar conforme necessário.
Exercícios práticos -
Respostas
Recomendações Nutricionais:
- Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension):
Incentivar o aumento do consumo de frutas, vegetais, grãos
integrais e laticínios com baixo teor de gordura.
- Reduzir o sódio: Limitar a ingestão a menos de 2.300 mg
por dia (ou 1.500 mg para aqueles que já têm hipertensão).
- Aumentar a ingestão de potássio: Consumir mais alimentos
ricos em potássio, como bananas, batatas, abacates e
feijões.
Considerações Dietéticas:
- Reduzir a ingestão de proteínas: Controlar a quantidade de
proteína na dieta, evitando excessos que possam
sobrecarregar os rins.
- Limitar potássio: Considerar a restrição de alimentos ricos
em potássio (ex.: bananas, laranjas, batatas) e monitorar os
níveis.
Controle de Potássio:
- Fontes baixas em potássio: Sugerir alimentos como
maçãs, peras, cenouras e arroz, que têm menor teor de
potássio.
- Cozimento adequado: Encorajar o cozimento de vegetais,
que pode ajudar a reduzir o teor de potássio.
Monitoramento Contínuo:
- Exames regulares: Reavaliar os níveis de creatinina,
potássio e TFG a cada 1-3 meses.
- Consulta com um nefrologista: sempre para uma gestão
abrangente da doença renal.
Perguntas e Respostas
@nutricaodadepressao