Processos Logísticos: Unidade 1
Processos Logísticos: Unidade 1
Processos Logísticos: Unidade 1
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Unidade 1
Conceitos e Funções de Logística
Aula 1
Logística Integrada: Subprocessos Logísticos
Olá, estudante! Nesta videoaula exploraremos o conceito de logística, sua importância no cenário
atual e os subprocessos logísticos: suprimentos, produção, distribuição e logística reversa de
pós-uso e pós-consumo. Também será apresentada a diferença entre logística e cadeia de
suprimentos. Este conteúdo é fundamental para sua prática profissional, pois a logística eficiente
é a espinha dorsal de qualquer negócio bem-sucedido. Então, prepare-se para esta jornada de
conhecimento! Vamos lá!
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? Em algum momento, você já parou para pensar no fato de que todos
os produtos e mercadorias que utilizamos estão disponíveis para a nossa aquisição e consumo
graças a algum processo logístico? Essa percepção contribui em muito para que possamos
compreender a importância da logística para o nosso bem-estar.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
para que você possa entender a diferença entre a logística propriamente dita e a cadeia de
suprimentos.
Para que possamos colocar em prática esses aprendizados, imagine a seguinte situação: você
atua junto aos gestores da empresa Sabor Supremo, uma fabricante de molhos e condimentos
que vem enfrentando diversos problemas no que se refere à falta dos insumos necessários para
atender à sua demanda produtiva e também em relação ao abastecimento de seus clientes,
sejam eles intermediários ou o consumidor final.
Desse modo, para que tais problemas fossem resolvidos, sugeriu-se que os gestores da empresa
elaborassem um mapeamento de toda a sua cadeia de suprimentos e delimitassem sua
sistemática de produção, a fim de que fosse possível, a partir dessa definição, adotar estratégias
que resultassem na eliminação dos contratempos.
Portanto, esta será a nossa missão: ajudar a empresa Sabor Supremo a mapear os dois
principais ingredientes da sua cadeia de suprimentos (o tomate e o azeite) e definir sua
sistemática de produção. Preparado? Então, vamos lá!
Vamos Começar!
O termo “logística” tem origem no grego logistikos, que se refere à arte de calcular. No entanto, o
uso moderno desse vocábulo tem suas raízes no campo militar. Durante as guerras, a logística
envolvia o transporte, a alocação e a entrega eficiente de tropas e suprimentos.
No século XIX, o termo começou a ser usado em um contexto empresarial. Com a Revolução
Industrial e o crescimento do comércio, tornou-se crucial gerenciar eficientemente o fluxo de
mercadorias. Assim, a logística evoluiu para incluir a gestão de transporte, inventário,
armazenamento, manuseio de materiais e embalagem.
Historicamente, embora a palavra “logística” tenha começado a ser utilizada de forma mais
abrangente durante as guerras, voltando-se à movimentação de tropas e materiais, com o tempo
se transformou em um componente vital do comércio e da indústria. A era industrial trouxe
mudanças significativas com a introdução de ferrovias, telegrafia e, posteriormente, caminhões e
aeronaves.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Por sua vez, o aumento das expectativas dos consumidores e, consequentemente, o nível de
exigência, impulsionado pelo e-commerce e pela instantaneidade da era digital, tem sido um
motor significativo para a evolução da logística. Os consumidores modernos esperam entregas
rápidas, precisas e econômicas, o que forçou as empresas a inovarem e otimizarem suas
operações logísticas. Essas melhorias incluem o desenvolvimento de sistemas de entrega mais
rápidos, como drones e veículos autônomos, e a implementação de soluções de rastreamento e
previsão mais precisas.
Cabe salientar, ainda, que a logística e suas consequentes operações também contribuem para a
geração de uma grande variedade de empregos, os quais abrangem desde operações de
armazém até funções de alta tecnologia em análise de dados e gerenciamento de sistemas de
informação. Além disso, uma logística eficaz é fundamental para a satisfação do cliente, pois
exerce impacto direto sobre a experiência de compra, considerando fatores como disponibilidade
do produto, prazo de entrega e qualidade do serviço.
Em algum momento, você já parou para pensar no quanto as operações logísticas facilitam o
nosso dia a dia? É por isso que podemos afirmar que essas operações cooperam
significativamente para a melhoria do padrão de vida.
Elas permitem a disponibilidade de uma variedade mais ampla de produtos a preços mais
acessíveis, graças à eficiência na movimentação de mercadorias. Vale destacar, ainda, que a
logística moderna viabiliza o acesso rápido a produtos essenciais, como medicamentos e
alimentos, que são indispensáveis para a saúde e o bem-estar da população. A logística também
desempenha um papel vital em emergências, como na iminência de desastres naturais, quando
uma resposta rápida e eficiente pode ajudar a salvar vidas.
Desse modo, podemos afirmar que o principal objetivo da logística é atender às necessidades
dos consumidores a partir de um sistema de trocas que favoreça e complemente o princípio da
vantagem competitiva para as organizações.
Novas exigências globais surgem, dentre elas a preocupação com o meio ambiente e a
responsabilidade social, tendo como fator de ordem a sustentabilidade. A qualidade, que abrange
o atendimento da parte técnica do produto, continua a mesma, mas atualmente também é
preciso considerar todos os serviços intangíveis vinculados ao produto.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
A globalização deve ser entendida como um ponto forte nessa nova realidade, na qual a
facilidade para se adquirir um produto em qualquer parte do planeta possibilita uma maior
variedade de opções e escolhas. Nessa comercialização global, surgem novos países como
fortes fornecedores, com preços baixos e qualidade semelhante à dos concorrentes mais
conhecidos. O mercado agora dita as regras e, em muitas situações, até mesmo o valor de venda
dos produtos que as organizações produzem e comercializam.
Outro ponto a ser considerado diz respeito ao ciclo de vida dos produtos e serviços, o qual está
cada vez menor por causa das próprias exigências do mercado e da incorporação de novas
tecnologias. Esse cenário faz emergir a obrigação de que as organizações se adaptem às
necessidades do mercado, buscando técnicas de gestão para um melhor aproveitamento de
seus recursos, a fim de contemplar, principalmente, duas variáveis: redução de custo e um
melhor atendimento aos clientes.
Dentro dessa dinâmica, surge fortemente a valorização do conceito de logística como fator
impulsionador de mudança nas empresas. Acatado pelo mundo empresarial como fator de
fundamental importância para a busca por melhores resultados, a logística conquistou um
espaço de grande relevância nas organizações globais, agregando cada vez mais valor a essas
empresas.
A ideia por trás da logística integrada é a de que, ao gerenciar e coordenar todas as atividades de
logística como um sistema unificado, em vez de considerar departamentos separados, uma
empresa pode melhorar a eficiência, reduzir custos e aprimorar o atendimento ao cliente.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Logística reversa: tem por finalidade viabilizar o fluxo reverso dos materiais do ponto de venda ou
a partir dos consumidores até a empresa produtora. É importante salientar que a logística
reversa ocorre em dois momentos: no pós-venda, ou seja, quando um produto apresenta algum
defeito ou é entregue de maneira inadequada, por exemplo; e no pós-consumo, quando já se
extinguiu a vida útil do produto e deve-se fazer o fluxo reverso de seus rejeitos, como acontece
com garrafas de refrigerante retornáveis, latas de alumínio, baterias, lâmpadas e pneus.
Portanto, esse subprocesso tem, dentre suas funções, a coleta, a correta armazenagem e
estocagem, o transporte e a destinação dos despojos para o local apropriado, como aterros,
incineradores ou organizações que os reprocessem, na intenção de transformá-los em matéria-
prima novamente, como ocorre com plásticos, papéis e vidros.
Siga em Frente...
Isso permite afirmar que qualquer empresa ou trabalhador autônomo envolvido no processo de
fabricação de um produto ou na prestação de um serviço pode ser denominado “agente,
elemento ou componente” de uma cadeia de suprimentos, tornando-se responsável por todo o
fluxo de materiais, informações e questões financeiras relacionado a um determinado produto
e/ou serviço.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
O sistema de produção puxado consiste em uma metodologia na qual quem dá início à produção
é o próprio consumidor. Exemplos de empresas que adotam esse sistema produtivo são os
fabricantes de móveis planejados ou pizzarias.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Por fim, o sistema híbrido, ou conjugado, se trata de uma junção dos dois sistemas citados
anteriormente, isto é, o sistema de produção puxado e o sistema de produção empurrado.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Você se lembra do caso da empresa Sabor Supremo? Agora já podemos ajudá-
la a mapear a cadeia de suprimentos de dois dos seus principais ingredientes (o tomate e o
azeite) e, ainda, definir qual a sistemática de produção dessa organização para que sua cadeia
possa ser estrategicamente gerenciada, a fim de que não haja mais rupturas tanto em seu
processo produtivo quanto no que se refere aos produtos acabados para o mercado.
Essa abordagem também ajuda a detectar se algum dos clientes, independentemente do nível,
está gerando a falta de produtos ao consumidor final. Os produtos da empresa Sabor Supremo
podem estar parados em um distribuidor, por exemplo, aguardando a “montagem da carga”.
Saiba mais
Referências
CADEIA de suprimento: Pull e Push | Supply Chain. [S. l.]: Instituto Montanari, 10 fev. 2017. 1 vídeo
(5min49s). Disponível em:
PROCESSOS LOGÍSTICOS
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em:
Aula 2
Logística, Valor e Cadeia de Valor
Olá, estudante! Nesta videoaula você investigará a definição de valor, os atributos logísticos
ganhadores de pedidos e o conceito de vantagem competitiva. Esses conteúdos são essenciais
para a sua prática profissional, pois ajudam a entender como criar e manter uma vantagem
competitiva no mercado. Prepare-se para esta jornada de conhecimento! Vamos lá!
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? Em algum momento, você já ouviu um ditado que afirma o seguinte:
“as pessoas não compram produtos; elas compram benefícios”? São exatamente esses
benefícios que ajudarão a constatar valor em uma determinada transação. Nunca é demais
lembrar que a percepção de valor é o passo anterior à fidelização dos clientes.
Nesse sentido, o principal objetivo desta etapa de aprendizagem é apresentar a você a definição
de valor, bem como diferenciá-lo dos custos e preço. Além disso, descreveremos quais são os
atributos logísticos ganhadores de pedidos que contribuem para a entrega de um elevado nível
de serviço e, consequentemente, de valor. Por fim, discorreremos sobre o conceito e a
importância da vantagem competitiva para as organizações.
Para que possamos colocar em prática esses aprendizados, usaremos mais uma situação
hipotética. Voltaremos a atuar junto aos gestores da empresa Sabor Supremo, uma fabricante de
molhos e condimentos que agora pretende expandir sua atuação no mercado. Para alcançar
essa meta, a empresa precisará instalar novas fábricas em locais estratégicos, a fim de
minimizar tanto os custos referentes ao transporte quanto o tempo de atendimento aos clientes.
A intenção da Sabor Supremo é não apenas atender ao mercado regional, como ocorre
atualmente, mas dispor os seus produtos para comercialização em todo o território nacional.
Desse modo, para que a empresa possa atingir os seus objetivos, quais são os principais
atributos logísticos aos quais ela deve atentar para que os novos consumidores possam
efetivamente compreender e constatar valor, tornando-se fiéis aos produtos da Sabor Supremo?
Vamos Começar!
Definição de valor
Em um primeiro momento, para que possamos definir “valor”, é essencial conceituar as
terminologias “custo” e preço”, isso porque esses termos são recorrentemente tomados como
iguais, tanto em sua essência quanto na aplicabilidade.
Por sua vez, preço é a quantidade de dinheiro que um comprador paga a um vendedor em troca
de um bem ou serviço. O preço é determinado por vários fatores, os quais incluem o custo de
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Por fim, o valor se trata de uma medida da importância ou utilidade de um bem ou serviço para
um indivíduo ou empresa, podendo se mostrar totalmente subjetivo, uma vez que pode variar de
pessoa para pessoa. Por exemplo, um carro pode ter um alto valor para alguém que precisa se
deslocar diariamente para o trabalho, mas pode ter um valor menor para alguém que trabalha em
casa. Logo, podemos afirmar que, no contexto da logística, o valor é uma percepção da relação
custo-benefício que o consumidor tem de um produto e/ou serviço em comparação com outro
disponibilizado pela concorrência.
Com base nesse contexto, pode-se afirmar que o valor é gerado no momento em que “as
percepções dos benefícios em uma transação superam os custos totais de propriedade”. De
modo genérico, o consumidor está disposto a pagar por algo a mais do que o bem que ele
adquiriu quando percebe o valor agregado ao produto/serviço, o que aumenta o diferencial
estratégico da organização.
Portanto, enquanto o custo está relacionado à produção de um bem ou serviço, o valor refere-se
à percepção do comprador sobre a utilidade ou importância desse bem ou serviço. O preço é o
ponto de equilíbrio onde o valor percebido pelo comprador encontra o custo de produção do
vendedor.
Entretanto, para que a empresa possa entregar valor aos seus consumidores, é essencial que ela
disponha de uma estrutura e um conjunto de processos, chamado de cadeia de valor (value
chain), que agreguem valor aos produtos e serviços.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Dentro desse contexto, a logística tem por finalidade gerar agregação de valor ao processo
operacional de uma organização como um todo, otimizando desde o transporte de matéria-prima
até a expedição do produto final ao cliente, na intenção de garantir um bom nível de serviço
durante o processo de comercialização de um produto/serviço.
Nesse sentido, a gestão eficiente das atividades da cadeia de valor assegura o nível de serviço e
um processo eficiente, fato que gera maior percepção de valor pelo cliente. Assim, na medida em
que é possível garantir ou superar as expectativas dos consumidores, garante-se também a
satisfação deles, ampliando a vantagem competitiva de uma organização.
Siga em Frente...
Agilidade de entrega: velocidade com que o pedido, após definido pelo cliente, é entregue.
De modo geral, esse atributo consiste na identificação do tempo de ciclo de um pedido.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Todos esses atributos permitem ampliar a agregação de valor, bem como corroboram a já citada
definição e a missão para a logística: a entrega de mais valor ao cliente e, consequentemente, a
busca por maior vantagem competitiva no mercado.
A vantagem competitiva é toda e qualquer ação que uma empresa faz que a diferencia
positivamente da concorrência, chamando atenção do público e atribuindo mais valor à sua
oferta. Ou seja, é um ponto forte bem explorado por um negócio, pois faz com que ele se
destaque em um determinado contexto ou nicho de mercado.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Voltaremos agora ao caso da empresa Sabor Supremo, que pretende aumentar
sua atuação e atender a todo o território nacional. Para isso, os gestores da empresa querem
saber quais atributos ganhadores de pedidos deverão receber mais atenção para que os novos
mercados e seus respectivos consumidores possam identificar valor e, dessa forma, tornem-se
fiéis à marca.
Saiba mais
Quanto mais complexa for uma atividade, maior será a necessidade de uma logística eficiente
para sistematizar as etapas que a constituem, evitando erros e reduzindo custos operacionais.
Para que você possa saber como sistematizar um sistema logístico, além de compreender a
importância das operações logísticas para a gestão estratégica e assertiva de uma organização,
acesse o conteúdo sugerido para leitura a seguir.
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em:
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
LOGÍSTICA melhora a experiência do cliente e reduz custos operacionais. Sebrae, 26 jan. 2023.
Disponível em:
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/logistica-melhora-a-experiencia-do-cliente-e-
reduz-custos-operacionais,0d66ce7503ee5810VgnVCM1000001b00320aRCRD. Acesso em: 24
jan. 2024.
Aula 3
Logística e Valor ao Cliente e Desafios Logísticos
Olá, estudante! Nesta videoaula você compreenderá o potencial da logística no que se refere à
geração de valor aos clientes, além de conhecer quais são os principais desafios logísticos
enfrentados pelas organizações no contexto atual. Esses tópicos são fundamentais para a sua
prática profissional, pois contribuem para uma tomada de decisão mais estratégica e acertada,
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
bem como ajudam a otimizar processos e a melhorar a satisfação do cliente. Prepare-se para
esta jornada de conhecimento! Vamos lá!
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? A nossa percepção de valor em relação à aquisição de um produto ou
à contratação de um serviço é um dos principais motivos que nos levam a comprar novamente
esse produto ou serviço, não é mesmo? Mas alguns questionamentos recorrentes surgem nesse
contexto: como a logística e as operações por ela contempladas podem contribuir para a
geração de valor ao mercado consumidor? Qual a responsabilidade da logística no que tange à
fidelização de um cliente a um produto ou marca?
Nesse sentido, o principal objetivo desta etapa de aprendizagem é apresentar a você a relação e
a importância das operações logísticas e da geração de valor para os clientes, bem como quais
os principais desafios logísticos que são diuturnamente enfrentados pelas organizações
contemporâneas.
Para que possamos colocar em prática esses aprendizados, imagine a seguinte situação: você
trabalha junto aos gestores da empresa Tudo Eletrônicos. O sr. José, diretor dessa instituição,
tem experiência na área de vendas e, por esse motivo, a empresa vem crescendo rapidamente.
No entanto, os conhecimentos do sr. José em técnicas e metodologias inovadoras utilizadas na
área de logística são limitados. Além disso, a empresa nunca ofereceu treinamentos, muito
menos profissionalização, aos profissionais que trabalham na área logística.
Os colaboradores são profissionais que conhecem muito da operação e estão há muito tempo na
organização. Em uma visita ao centro de distribuição (CD) e conversando com o gestor do
armazém, este informou que ocorrem algumas perdas, mas que a equipe é muito boa, afirmando
que em time que está vencendo não se mexe.
Em seus processos logísticos, a Tudo Eletrônicos lida com 520 fornecedores, contando com um
estoque de até 40 dias para todos os produtos. Há problemas de perda de capital em decorrência
desse amplo estoque, pois não é utilizado nenhum método de gestão de estoques ou previsão de
demanda, e a aquisição de materiais acontece por meio da opinião e do conhecimento do sr.
José.
Para executar o processo de entrega, usa-se um sistema de formação de carga para liberar a
distribuição ao cliente final, o que atrasa, em até 15 dias, a atividade de distribuição e faz com
que os clientes busquem por concorrentes da empresa. Além do atraso, percebe-se a ocorrência
de avarias (13%) e extravios (5%), prejudicando ainda mais a imagem da Tudo Eletrônicos em
comparação a outras organizações.
Para o estado de São Paulo, as entregas podem acontecer utilizando-se o transporte da própria
empresa. Para pedidos de outros locais, a distribuição é feita pela Agência Nacional de Correios
e Telégrafos. Apesar de toda a infraestrutura do estado de São Paulo, ainda existem regiões que
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
A concorrência automatizou o CD, e todos os veículos passaram a ser rastreados via satélite,
possibilitando sua localização a qualquer momento. Porém, na contramão dessa tendência
logística, a Tudo Eletrônicos ainda utiliza métodos antiquados para a gestão de informação. Para
se ter uma ideia, em uma das visitas à empresa, foi possível perceber que um colaborador da
área de logística estava tentando ligar para um dos motoristas na intenção de descobrir em que
ponto da rota ele estava, pois outro motorista tinha sofrido um acidente e precisava de apoio. O
detalhe era que a rota pela qual o primeiro motorista passava ficava bem distante do local do
acidente, a aproximadamente 500 quilômetros da rota do segundo motorista. Imagine o tempo
perdido e o atraso em entregas que isso gerou!
Com base nessas informações, devemos responder ao seguinte questionamento: quais são os
desafios logísticos que limitam a capacidade de uma empresa?
Para sanar essa dúvida, será necessário desenvolver um levantamento dos desafios das
operações logísticas da Tudo Eletrônicos, sugerindo um plano de ações de melhoria com foco
voltado à compreensão de como esses desafios podem impulsionar o crescimento e o
diferencial da empresa.
Vamos Começar!
Vamos tomar como exemplo um pãozinho que é produzido em uma determinada padaria, a qual
tem sua demanda estimada e, por essa razão, programa sua produção e operações para atendê-
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
la. Ou seja, se espera vender 500 pãezinhos por dia, a padaria precisa organizar seus recursos
materiais, financeiros e físicos (pessoas, máquinas e equipamentos, etc.), além de obter
informações para atender aos seus clientes. Conseguiu visualizar essa cadeia de valor que se
inicia com a compra de farinha e segue até a venda do pão quentinho?
Você se lembra dos subsistemas logísticos? Então, vamos juntar os conceitos de logística e
cadeia de valor. A logística de suprimentos do pãozinho será responsável pela aquisição,
armazenagem, estocagem, entre outras atividades necessárias para disponibilizar os materiais
aos colaboradores da empresa, a fim de que estes produzam os produtos finais.
Mas em que momento produzir e com quais recursos? Essas perguntas fazem parte da logística
de produção, que organizará os recursos produtivos de forma mais apropriada para que seja
possível atender à demanda. Depois que o produto estiver pronto, será necessário disponibilizá-lo
aos clientes. Atualmente, esse processo é feito na própria loja (padaria), mas antigamente havia
os entregadores de pães e leite, o que tornava mais complexa a distribuição, atividade que fazia
parte da logística de distribuição.
Desse modo, ao analisarmos a cadeia de valor, podemos constatar que ela engloba três
sequências logísticas: suprimentos, produção e distribuição. Além disso, é complementada com
a área comercial (vendas) e de pós-vendas (serviços). Esta última, inclusive, tem a logística
reversa como parte do processo. Todas essas etapas são importantes e essenciais para agregar
valor ao cliente.
É nesse contexto que surge outro questionamento: como a logística ajuda a gerar valor aos
consumidores?
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Nesse contexto, a logística é uma das competências que podem colaborar no processo de
agregação de valor para o cliente. Quando as operações estão integradas e são consideradas
como competências-chave do negócio, podem servir como base para a obtenção de vantagem
estratégica.
Fica evidente a importância da logística para as organizações. Três grandes aspectos podem
resumir sua importância empresarial:
Para essa rápida resposta ao consumidor, será necessário ter produtos em estoque para o
atendimento de requisito. O aumento de estoque significará maiores custos. Então, qual é a
solução? Não existe uma resposta exata. Cada empresa, processo, cliente e até mesmo produto
apresentará sua especificidade e estratégia distinta. Cabe ao gestor decidir esse trade off, ou
seja, escolher o que priorizar. Essa decisão pode resultar em vantagem competitiva e agregação
de valor.
Desafios logísticos
Você já deve ter ouvido a seguinte frase: “O maior de todos os desafios logísticos é, sem dúvida,
a infraestrutura”.
Esse é um jargão comum para todo e qualquer profissional da área de logística, pois muitas
empresas, de âmbito nacional ou internacional, atendem a mercados e produções em que a
distância e a qualidade do sistema de movimentação não podem ser um fator limitador. Para
esse tipo de desafio, torna-se necessário um sistema logístico bem estruturado que favoreça o
desenvolvimento operacional da organização. Mas você concorda com essa afirmação?
PROCESSOS LOGÍSTICOS
É possível perceber uma crescente preocupação das empresas no que tange à tarefa de lidar
com os desafios logísticos. Nesse cenário, surgiu a necessidade de utilizar um conjunto de
métodos e técnicas, como o Just in Time (JIT), o controle estatístico de processo, o
desdobramento da função da qualidade (QFD), engenharia simultânea e produção enxuta (Lean
Manufacturing). Essas são algumas ferramentas adotadas em quase todos os países
industrializados e sua utilização contribui para a otimização dos processos logísticos. Mas do
que se trata esses conceitos? Vamos entender?
Just in Time (JIT): é uma filosofia que visa à redução do estoque, produzindo somente a
quantidade necessária, no tempo necessário.
Desdobramento da função da qualidade (QFD): engloba ferramentas da qualidade que têm
por objetivo o desenvolvimento de produtos que incorporem as reais necessidades do
cliente em seus projetos de melhoria.
Engenharia simultânea: é o envolvimento da gestão da produção ainda no desenvolvimento
do produto, buscando antever os processos e possíveis ocorrências.
Lean Manufacturing ou produção enxuta: é uma filosofia operacional que visa à eliminação
dos desperdícios e à criação de valor.
Siga em Frente...
PROCESSOS LOGÍSTICOS
PROCESSOS LOGÍSTICOS
estaduais e/ou municipais) para a área logística. Por exemplo, a Lei nº 13.103, de 2 de
março de 2015, dispõe sobre o exercício da profissão de motorista, estabelecendo períodos
de paradas e/ou troca de motorista em longos trajetos. Já imaginou o quanto isso pode
impactar os custos e prazos de uma operação? O mesmo acontece com questões sociais e
ambientais.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Os desafios logísticos enfrentados pela Tudo Eletrônicos são complexos e
multifacetados, com impactos diretos sobre a eficiência operacional, a satisfação do cliente e a
competitividade no mercado por parte dessa empresa. Vamos analisar os principais desafios e
propor um plano de ações de melhoria.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Eficiência operacional: a melhoria nos processos logísticos pode resultar em uma redução
de custos e tempos de entrega, aumentando a competitividade da empresa.
Satisfação do cliente: processos mais rápidos e confiáveis melhoram a experiência do
consumidor, contribuindo para a fidelização e atração de novos clientes.
Inovação e competitividade: a adoção de novas tecnologias e práticas inovadoras
posiciona a empresa à frente dos concorrentes, destacando-a no mercado.
Saiba mais
Quanto mais complexa for uma atividade, maior será a necessidade de uma logística eficiente
para sistematizar as etapas que a constituem, evitando erros e reduzindo custos operacionais.
Para que você possa saber como sistematizar um sistema logístico, além de compreender a
importância das operações logísticas para a gestão estratégica e assertiva de uma organização,
acesse o conteúdo sugerido para leitura a seguir.
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/. Acesso em:
23 jan. 2024.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
LOGÍSTICA melhora a experiência do cliente e reduz custos operacionais. Sebrae, 26 jan. 2023.
Disponível em:
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/logistica-melhora-a-experiencia-do-cliente-e-
reduz-custos-operacionais,0d66ce7503ee5810VgnVCM1000001b00320aRCRD. Acesso em: 24
jan. 2024.
Aula 4
Qualidade na Logística
Qualidade na logística
Olá, estudante! Nesta videoaula você conhecerá tanto o conceito quanto a evolução histórica da
qualidade, bem como sua importância como elemento primordial para que as empresas possam
permanecer competitivas no mercado contemporâneo. Também será possível explorar a
qualidade aplicada às operações logísticas, apresentando, inclusive, os principais atributos que
ajudam os clientes a constatarem elevados níveis de qualidades em operações logísticas. Esses
tópicos são fundamentais para a sua prática profissional, pois cooperam para uma tomada de
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? Do seu ponto de vista, o que é qualidade? O que faz você perceber
qualidade em um produto ou serviço? Quais são os atributos primordiais para que isso ocorra?
Entrega no prazo? Produto íntegro? Um bom atendimento? Produtos ou serviços que superem as
suas expectativas? E agora a pergunta que não quer calar: será que alguém próximo a você
percebe qualidade dessa mesma forma?
Todos esses questionamentos foram elencados apenas para que possamos compreender o nível
de subjetividade do fator qualidade. Entender isso é o que servirá como força motriz para que
empresas se esforcem para entregar aos seus clientes a maior quantidade de atributos de
qualidade, principalmente os aplicados às operações logísticas, a fim de satisfazer o seu
mercado consumidor. Nesse contexto, surge outro questionamento: quais são esses atributos de
qualidade?
Para que possamos colocar em prática esses ensinamentos, vamos atuar junto aos gestores da
Souza & Catarino, uma empresa de médio porte do setor de varejo que está enfrentando
dificuldades significativas na gestão da qualidade de seus serviços e operações logísticas.
Com a crescente complexidade e volatilidade do mercado atual, a Souza & Catarino está lutando
para manter a satisfação do cliente e a eficiência operacional. Seus principais problemas incluem
atrasos nas entregas, inconsistência na qualidade dos produtos e um sistema deficiente de
feedback dos clientes. Além disso, a empresa não implementou tecnologias modernas de
logística e gestão da qualidade, como a análise de dados e a automação.
Desse modo, você deverá apresentar sugestões e alternativas que mitiguem tais adversidades. E
então, preparado?
Vamos Começar!
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Nesse contexto, a qualidade era sinônimo de habilidade artesanal, com pouco ou nenhum
controle formal de qualidade. Esse período caracterizou-se por uma relação direta entre produtor
e consumidor, permitindo um feedback imediato sobre a qualidade.
Já durante a Segunda Guerra Mundial, a qualidade ganhou uma nova dimensão de importância
por causa da necessidade de produção confiável de materiais de guerra. É nesse momento
crucial da história mundial que foram desenvolvidas e implementadas técnicas e filosofias que
enfatizavam que o enfoque da qualidade não deveria ser apenas o produto ou serviço acabado,
mas sim todos os níveis da organização. Esse panorama deu origem ao conceito de gestão da
qualidade total (TQM).
Por fim, no atual momento, o qual chamamos de “era digital”, a qualidade evoluiu para além da
manufatura, englobando serviços e softwares. A qualidade passou a ser integrada com inovação
e agilidade, adaptando-se às rápidas mudanças do mercado e às expectativas dos
consumidores. As ferramentas digitais e a análise de dados passaram a desempenhar um papel
vital na gestão da qualidade, o que destaca a importância da qualidade não apenas como uma
função operacional, mas também como um pilar estratégico para o sucesso sustentável das
organizações.
Conceito de qualidade
Talvez o valor de qualidade seja conhecido por todos, mas, quando se trata do conceito, a
percepção de cada parte interessada pode ser diferente, conforme seus anseios e necessidades.
Nesse sentido, é possível pensar que qualidade significa fazer as coisas da maneira certa, ou
seja, como foi combinado com o cliente. Se ele ficar satisfeito, é porque a qualidade foi atingida.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
De modo inerente, pode-se entender por qualidade a competência em atingir o objetivo que foi
definido, uma vez que ela pode estar em tudo o que se faz, e não apenas nas consequências do
que foi feito.
Cabe destacar que apenas o cliente pode definir a qualidade de um serviço ou produto. Logo, a
qualidade passa a ser um termo relativo, que muda conforme a evolução das necessidades do
consumidor. Assim, os gestores precisam estar aptos a perceber a importância das pesquisas
junto aos consumidores, as teorias e as aplicações dos métodos estatísticos aos processos de
produção.
Criar uma declaração de objetivos e propósitos para a melhoria constante dos produtos e
serviços, a fim de se tornar competitivo e criar empregos.
Afastar-se totalmente da dependência da inspeção para atingir a qualidade. Ou seja, é
necessário prevenir e investir, colocando a produção com qualidade em primeiro lugar.
Acabar com a política de compra baseada no preço.
Dar importância à minimização dos custos totais e à formação de parcerias.
Aperfeiçoar continuamente o sistema de produção e serviços.
Aplicar o treinamento da função.
Instituir a liderança, bem como estabelecer novas formas de direção, renovando as práticas
de chefia.
Eliminar o medo e evitar uma gestão autoritária, gerando a confiança.
Derrubar as barreiras entre os departamentos. O trabalho deve ser realizado em equipe para
atingir os objetivos organizacionais.
Eliminar os slogans e metas numéricas para a força de trabalho, uma vez que a maioria dos
problemas de qualidade é inerente aos processos e sistemas.
Instituir um programa de educação e autodesenvolvimento.
Entretanto, embora possa parecer que a aplicação desses princípios seja simples, é de
fundamental importância que se adote um programa de implementação da qualidade. Para isso,
podem-se seguir alguns passos fundamentais:
PROCESSOS LOGÍSTICOS
nas diferenças.
3. Melhoria da qualidade: criar mudanças que tragam benefícios e atinjam altos níveis de
desempenho, definir uma base que proporcione a melhoria da qualidade, identificar e
selecionar projetos de melhoria, criar equipes de projetos comprometidas com o sucesso,
motivar e treinar as equipes para manter o nível de melhoria.
Qualidade em logística
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Siga em Frente...
Portanto, podemos concluir que a qualidade em logística é um aspecto primordial e que afeta
diretamente a competitividade das empresas, bem como a satisfação dos consumidores. Investir
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
nos atributos mencionados não apenas melhora a eficiência operacional, mas também constrói
uma imagem positiva da empresa, fidelizando clientes e fortalecendo a marca no mercado.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Para solucionar os problemas de qualidade logística identificados na empresa
Souza & Catarino, podemos trabalhar com as seguintes alternativas:
Por meio dessas medidas, a empresa Souza & Catarino poderá constatar uma melhoria
significativa na satisfação do cliente, eficiência operacional e competitividade no mercado.
Saiba mais
É bastante comum nos depararmos com o termo “stakeholders” quando tratamos de assuntos
logísticos. Mas você sabe o que é um stakeholder? Qual o seu papel e importância no contexto
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
da logística? Para aprender mais detalhes sobre esse assunto, acesse os materiais sugeridos
para leitura a seguir.
Por que a colaboração entre os stakeholders é necessária em logística urbana? Este artigo
discute a importância da cooperação entre empresas que atuam diretamente com a operação
logística chamada de coopetição (cooperação + competição), para garantir melhores práticas em
termos operacionais, de sustentabilidade e de segurança para os cidadãos.
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em:
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Aula 5
Encerramento da Unidade
Videoaula de Encerramento
Olá, estudante! Nesta videoaula você retomará a análise dos conceitos e funções de logística,
atividades logísticas, técnicas e métodos aplicados à logística, e planejamento logístico. Esses
assuntos são essenciais para a sua prática profissional, pois a logística eficiente é a espinha
dorsal de qualquer negócio bem-sucedido. Além disso, gerenciar tais atividades é de
fundamental importância para o sucesso de qualquer organização. Então, prepare-se para esta
jornada de conhecimento! Vamos lá!
Ponto de Chegada
Olá, estudante! Para desenvolver a competência associada a esta unidade de aprendizagem, que
é “Compreender os conceitos e definições acerca da logística e sua importância no cenário atual,
bem como identificar e entender os subprocessos logísticos e a forma com que eles se
interconectam e contribuem para a efetividade das operações e a eficiência geral de uma
organização”, você deverá, antes de tudo, conhecer os conceitos fundamentais e funções
relacionados à logística.
Em seguida, você deverá investigar a logística integrada e seus subprocessos, entendendo como
a logística agrega valor e contribui para a cadeia de valor. Também é interessante assimilar a
importância da qualidade na logística e as diversas atividades logísticas, como transporte,
armazenagem, movimentação e gestão de estoques.
Vale destacar, ainda, que você precisará se familiarizar com as técnicas e métodos aplicados à
logística, como Logística Lean, Just in Time, Kanban e método SIPOC, além de compreender a
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Por fim, você deverá aprofundar seus conhecimentos sobre o planejamento logístico, entendendo
o nível de serviço logístico, a medição de desempenho e os custos logísticos.
É Hora de Praticar!
Uma empresa de médio porte no setor de eletrônicos busca otimizar sua cadeia de suprimentos
e operações logísticas. Essa instituição vem enfrentando problemas como atrasos na entrega,
custos elevados de transporte e armazenamento, e ineficiências no gerenciamento de estoques.
Questões norteadoras:
Para que você possa solidificar seu entendimento sobre os assuntos estudados nesta etapa de
aprendizagem, considere as seguintes perguntas:
Como a compreensão dos conceitos e funções de logística pode impactar a eficiência de uma
organização?
De que maneira a tecnologia de informação aplicada à logística pode otimizar os processos
logísticos?
Como o planejamento logístico contribui para a efetividade das operações de uma organização?
PROCESSOS LOGÍSTICOS
consumidor. Isso pode ser alcançado por meio da melhoria contínua dos processos e da
implementação de medidas de controle de qualidade rigorosas em todas as fases da logística.
3. Estratégias de gestão de estoques e tecnologia da informação
A adoção de técnicas avançadas de gestão de estoques, como o método SIPOC (Suppliers,
Inputs, Process, Outputs and Customers), permite obter uma visão mais clara do fluxo de
materiais e a identificação de pontos de melhoria. Além disso, o uso de tecnologias de
informação, como sistemas de gestão de armazéns (WMS) e planejamento de recursos
empresariais (ERP), pode trazer transparência e eficiência ao planejamento logístico.
Outras perspectivas e reflexões
Embora essa abordagem centralize-se na integração dos processos e na qualidade do serviço,
existem outras perspectivas a serem exploradas, como a sustentabilidade na logística e a
adaptação a cenários de incerteza econômica. Convido você a refletir sobre essas e outras
possíveis estratégias que poderiam ser aplicadas ao contexto analisado para aprimorar ainda
mais a eficácia da cadeia de suprimentos da empresa.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/. Acesso em: 23 jan. 2024.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos: estratégia, planejamento e operações.
4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2015.
CORRÊA, H. L. Administração de cadeias de suprimentos e logística: integração na era da
indústria 4.0. São Paulo: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/. Acesso em: 23 jan. 2024.
POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: uma introdução. São Paulo:
Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/. Acesso em: 23 jan. 2024.
,
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Unidade 2
Atividades Logísticas
Aula 1
Transporte
Transportes
Olá, estudante! Nesta videoaula exploraremos uma das atividades de maior importância para o
contexto logístico: as operações de transporte. Nesse contexto, trataremos de conceitos
fundamentais e investigaremos os diversos tipos de modais de transportes. Você aprenderá
estratégias eficazes para a otimização do transporte, uma habilidade fundamental para melhorar
a eficiência e a sustentabilidade em sua prática profissional. Este conhecimento é essencial para
quem busca excelência e inovação no campo da logística e gestão de cadeias de suprimentos.
Prepare-se para uma jornada enriquecedora de aprendizagem!
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? Você sabia que o transporte é uma das atividades mais críticas dentre
todas as operações logísticas? Por isso tal atividade deve ser criteriosamente gerida, a fim de
que possa contribuir para o atingimento dos objetivos organizacionais, tanto no que se refere à
entrega de um elevado nível de serviço e qualidade quanto em termos de lucratividade e
competitividade.
Considerando esse contexto, esta aula tem o objetivo principal de apresentar a você os conceitos
fundamentais relacionados aos procedimentos de transportes, bem como as particularidades
inerentes a cada um dos tipos de modais disponíveis. Por fim, também conheceremos algumas
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
estratégias que são comumente utilizadas pelas organizações contemporâneas para otimizar
seus processos de transportes.
Para que possamos colocar em prática esses aprendizados, imagine a seguinte situação: você
atua junto aos gestores de uma empresa de manufatura, a qual integra um mercado altamente
competitivo e globalizado, que enfrenta desafios significativos em suas operações de transporte.
Isso vem afetando negativamente sua eficiência operacional, custos logísticos e satisfação do
cliente.
Diante disso, quais estratégias podem ser implementadas pela empresa a fim de solucionar
esses problemas?
Vamos Começar!
A eficiência nas operações de transporte pode ser entendida como a capacidade de minimizar os
custos e otimizar os tempos de entrega, mantendo ou melhorando os níveis de serviço.
Empresas que conseguem excelência em suas operações de transporte podem reduzir
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Além disso, a eficiência em transporte permite uma maior flexibilidade e agilidade nas respostas
às demandas do mercado, características cada vez mais valorizadas em um ambiente de
negócios que exige rapidez e personalização. Essa capacidade de resposta rápida pode ser um
diferencial importante, contribuindo para a construção de uma vantagem competitiva
sustentável.
Nos últimos anos, para a geração de altos níveis de eficiência dos transportes, foram
incorporados aspectos que respondem à era da globalização, como maior sensibilidade ao
tempo gasto nas operações de embarque e desembarque, maior confiabilidade nas redes de
comunicação e de computadores, velocidade nos movimentos e nas transações, e padronização
de equipamentos e procedimentos. Assim, o gerenciamento das atividades de transporte não
pode ser executado como um elemento isolado, mas como parte integrante do processo
produtivo e logístico de uma empresa.
Vale destacar, ainda, que o transporte tem sua relevância associada não apenas à participação
na composição do produto interno bruto (PIB) de um país, mas também à crescente influência
que a transferência, coleta e distribuição de carga têm no desempenho dos segmentos
econômicos, produtivos e no bem-estar da sociedade. Diversos estudos e pesquisas apontam
que os gastos com transporte podem representar algo em torno de 6,8% do PIB de um país como
o Brasil.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
No que se refere ao objetivo principal do transporte de cargas, pode-se seguramente afirmar que
consiste na movimentação de bens para atender às necessidades dos clientes sob custos
economicamente viáveis. Desse modo, para que cumpram esse objetivo, impreterivelmente as
operações de transportes devem também cumprir a sua missão, que é garantir a eficiência no
escoamento das produções de bens de consumo, contribuindo para o crescimento econômico
das organizações e da sociedade.
Nesse contexto, a principal decisão relativa ao transporte de cargas, tanto no âmbito das
políticas públicas de investimento em infraestrutura quanto no aspecto gerencial de empresas
privadas e estatais, é a escolha do tipo ou modal de transporte dentre as cinco opções possíveis:
rodoviário, ferroviário, aéreo, aquaviário e dutoviário. Cada alternativa possui estrutura de custos
e características operacionais específicas que a tornam mais adequada para determinados tipos
de produtos e operações.
Outro ponto a ser destacado é o roubo de cargas, pois, de acordo com a Federação Nacional de
Seguros Gerais (FenSeg), esse tipo de infração apresentou um constante crescimento nos
últimos anos.
Por ser um modal com maior velocidade e planejamento de rota flexível, é recomendado para o
transporte à curta distância de produtos acabados, com alto valor agregado. Além dessas
características, é possível ressaltar algumas vantagens e desvantagens do modal rodoviário,
como mostra o Quadro 1, a seguir.
Vantagens Desvantagens
Acessibilidade, pois consegue chegar a Maior investimento do governo na
quase todos os lugares do território infraestrutura das rodovias, em comparação
brasileiro. aos outros modais.
Alto custo de frete por causa do impacto
Flexibilidade para organizar a rota. direto que pedágios e o alto valor do
combustível exercem.
Facilidade para contratar ou organizar o Maiores chances de extravio de carga por
transporte. roubos e acidentes.
Maior possibilidade de controle no tempo de Muito poluente, com forte impacto
entrega confiável. ambiental.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Em 2022, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontou que 62,1% das principais
rodovias do país apresentam problemas. A pesquisa avaliou 98.475 quilômetros (48,4% de todas
as vias asfaltadas no Brasil) de estradas federais e estaduais, sob administração pública ou
concessão (setor privado).
O estudo identificou que há uma diferença substancial entre as rodovias que estão sob os
cuidados do governo federal e as que estão sob os cuidados do setor privado, uma vez que, no
que se refere às vias sob concessão, os resultados indicaram que 48% são consideradas ótimas,
38,9% boas, 12% regulares e apenas 1,1% são vistas como vias ruins.
Já nas rodovias sob gestão pública (federal ou estadual), somente 5,6% foram consideradas
ótimas, 28,2% boas, 34,25% regulares, 21,5% ruins, e os que classificaram as vias como péssimas
somaram 10,5%.
Por sua vez, o modal ferroviário, quando comparado com o rodoviário, é mais eficaz para
transportar cargas de baixo valor agregado e grandes volumes, como commodities. O modal
ferroviário também se mostra mais apropriado para o transporte de mercadorias em longas
distâncias, além de poder ser adaptado para transportar outros tipos de carga, como automóveis.
Vantagens Desvantagens
Baixo custo, porque tem pouca incidência
Baixa velocidade com que os trens trafegam
de taxas e utiliza combustíveis mais
nas vias férreas.
baratos.
Grande capacidade de carga. Rotas fixas e inalteráveis.
Menor risco de acidentes e maior segurança Necessita de outros modais para finalizar o
no transporte da carga. processo de transporte.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
O modal aquaviário é aquele em que se utiliza o meio aquático, natural ou artificial, para a
movimentação de cargas ou passageiros. Entretanto, a participação desse modal na matriz de
transportes brasileira é restringida por várias razões, o que exige o uso de outro modal de
transporte, de forma combinada, ou seja, por meio da intermodalidade ou multimodalidade.
Além disso, o transporte aquático é, na maior parte dos casos, mais lento que o modal
ferroviário. Porém os custos de danos e perdas do transporte aquático são considerados baixos
quando comparados aos de outros modais, pois não é dada maior importância a danos físicos
em mercadorias de baixo valor, e as perdas decorrentes de atrasos não são grandes
(compradores costumam manter grandes inventários). Queixas envolvendo o transporte de
mercadorias de alto valor, como no caso do transporte oceânico, podem abranger valores
elevados, mas a ocorrência desse tipo de situação é bastante baixa.
Nesse sentido, cabe destacar que o modal aquaviário tem potencial para ser um dos meios mais
importantes para a logística nacional. Contudo, a infraestrutura precária e a falta de
investimentos contribuem negativamente para que o Brasil não consiga explorar todo o seu
potencial aquaviário. Para se ter uma ideia da relevância desse modal, atualmente o transporte
aquaviário de cargas corresponde a 13,6% de toda a carga que é transportada no Brasil.
O modelo de transporte aquaviário pode ser subdividido em três formas, como indica o Quadro 3,
a seguir.
Utilizando as
Fluvial ou hidroviário hidrovias e rios
navegáveis.
Transporte que se dá
Lacustre
por meio de lagos.
Transporte no mar
Modal aquaviário entre diferentes
Longa distância
países e/ou
continentes.
Marítimo Navegação entre
portos de um mesmo
Cabotagem país ou a distâncias
pequenas, dentro das
águas costeiras.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
A vantagem do modal aéreo reside em sua velocidade sem paralelo, principalmente para longas
distâncias. A disponibilidade e a confiabilidade do serviço aéreo podem ser consideradas boas
sob condições normais de operação, e a variabilidade do tempo de entrega é baixa em termos
absolutos, apesar de o tráfego aéreo ser muito sensível a falhas mecânicas, condições
meteorológicas e congestionamentos. Ao comparar sua variabilidade com seu tempo médio de
entrega, a situação se inverte, pois o modal aéreo se apresenta como um dos menos confiáveis.
Entretanto, a capacidade do transporte aéreo foi sempre limitada pelas dimensões físicas dos
porões e pela capacidade de carga dos aviões. Essas restrições passam a ser amenizadas à
medida que aeronaves maiores entram em serviço. O transporte aéreo é vantajoso em termos de
perdas e danos.
Nesse contexto, para se medir a qualidade do serviço oferecido pelos diferentes modais de
transporte, normalmente avaliam-se cinco dimensões principais: tempo de entrega médio
(velocidade), variabilidade do tempo de entrega (consistência), capacidade de movimentação,
disponibilidade e frequência, como pode ser observado na Figura 1, a seguir.
Durante a escolha do modal, ainda existe a possibilidade de optar por mais de um tipo de
transporte, a fim de que se possa buscar uma melhor flexibilidade e adequação ao produto e/ou
processo. É essa abordagem que denominamos multimodalidade e intermodalidade.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Siga em Frente...
De modo geral, há uma gama de fatores que provocam direta e indiretamente a falha de todo o
processo logístico da atividade de transporte. Uma das possibilidades mais viáveis para
minimizar o impacto desses problemas é a roteirização de transportes.
Outra estratégia plausível é a utilização da metodologia milk run. Nesse processo, os caminhões
de entrega percorrem apenas um único trajeto diário, encaixando no início dessa rota os diversos
fornecedores e, no final, os clientes.
O milk run é entendido como um trabalho em conjunto entre o cliente e o fornecedor, com
atividades coordenadas pela área de logística. Nessa abordagem, todo mundo ganha! O cliente
possui um serviço programado, e os fornecedores mantêm e gerenciam estoques
estrategicamente.
Por fim, outra estratégia adotada para otimizar as operações de transportes é o outsourcing, ou
seja, a desverticalização das operações de transporte. Funciona assim: imagine uma empresa
que eventualmente não possua grande experiência em operações de transporte, ou que, para se
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
tornar mais eficiente, precise aumentar sua frota. Nas duas situações, os gestores podem optar
pela contratação de uma empresa terceirizada, isto é, de um prestador de serviços logísticos.
Isso permite afirmar que a empresa descentralizará um centro de custo interno que vem lhe
causando problemas (atrasos, avarias e insatisfação dos clientes) e o transformará em um
centro de custo externo, por meio da utilização de serviços de empresas que possuam mais
expertise nesse modelo de operação.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Para solucionar os problemas apresentados no nosso estudo de caso, você
pode considerar as seguintes estratégias:
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Além disso, a adoção de uma abordagem multimodal e a parceria com prestadores de serviços
logísticos especializados devem contribuir para um melhor nível de serviço ao cliente,
aumentando a satisfação e a lealdade dos consumidores. Essas melhorias posicionarão a
empresa de maneira mais competitiva no mercado, cooperando para sua lucratividade e
crescimento sustentável.
Saiba mais
Você já ouviu falar sobre uma estratégia de transporte de mercadorias chamada transit point?
Essa metodologia envolve o transporte de produtos do fornecedor ou fabricante diretamente
para o varejista ou cliente, com tempo mínimo de armazenamento. Em outras palavras, um
“ponto de trânsito” é um local onde as mercadorias são recebidas, reagrupadas e enviadas sem
que sejam armazenadas por um longo período. Para que você possa compreender melhor o
funcionamento desse sistema, acesse o vídeo sugerido a seguir.
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em:
O QUE é transit point? como funciona? [S. l.]: Ser Logístico, 8 fev. 2021. 1 vídeo (8min10s).
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?=MbVleJyntV8. Acesso em: 3 fev. 2024.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Aula 2
Armazenagem
Armazenagem
Ponto de Partida
Olá, estudante! Você, em algum momento, já parou para pensar em como a armazenagem
interfere diretamente no desempenho logístico e na satisfação do cliente? Como podemos
otimizar o uso do espaço disponível? De que maneira os diferentes tipos de armazéns
influenciam a eficiência dos processos logísticos? Como os fluxos de armazenagem podem ser
organizados para maximizar a produtividade e minimizar os riscos? Nunca refletiu sobre essas
questões?
Então, seja bem-vindo a uma aula essencial para o seu processo de aprendizagem, a qual
abordará temas fundamentais na área de armazenagem. Nesta etapa de estudos, vamos
aprofundar nosso entendimento sobre os conceitos básicos de armazenagem, explorar os
objetivos que orientam a organização dos armazéns, os diferentes tipos de armazéns
disponíveis, o fluxo e os processos inerentes à armazenagem, além das estruturas físicas que
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
suportam essas operações. Compreender esses elementos é crucial para qualquer profissional
que busca excelência na gestão de operações logísticas, pois armazenagem não é apenas sobre
guardar produtos; é sobre otimizar espaços e processos para alcançar eficiência, segurança e
redução de custos.
Para que você possa colocar em prática esses aprendizados, imagine a seguinte situação: você
auxiliará os proprietários de uma empresa de fabricação de eletrodomésticos que atualmente
enfrenta desafios significativos na gestão de seu inventário e na eficiência de suas operações de
armazenagem.
Contando com uma ampla gama de produtos, os quais incluem itens de alta demanda e outros
com demanda sazonal, a empresa luta para manter níveis de estoque adequados, sem incorrer
em custos excessivos de armazenagem.
Além disso, a localização geográfica de seus fornecedores e a variação no lead time de entrega
complicam ainda mais a tarefa de alinhar o suprimento com a demanda de maneira eficiente.
Como resultado, a empresa frequentemente lida com problemas relativos ao excesso de estoque
de alguns itens, enquanto outros produtos ficam em falta, o que afeta a satisfação do cliente e a
eficiência operacional.
Como podemos resolver essas complicações? Quais estratégias podem ser sugeridas aos
gestores para que tais desafios sejam solucionados?
Vamos Começar!
PROCESSOS LOGÍSTICOS
adotada pelas empresas para que possam satisfazer e entregar o nível de serviço definido junto
ao seu mercado.
De outro modo, podemos definir a armazenagem de forma genérica e ampla, de maneira que
inclua todas as atividades de um ponto destinado à guarda temporária e à distribuição de
materiais (depósitos, centros de distribuição, etc.). A estocagem, por sua vez, pode ser entendida
como uma das atividades do fluxo de materiais no armazém e no ponto destinado à alocação
estática dos materiais. Dentro de um armazém, podem existir vários pontos de estocagem.
Essa prática também envolve aspectos como localização, dimensionamento, arranjo físico,
equipamentos e pessoal especializado, recuperação de estoque, projeto de docas ou baías de
atracação, embalagens, manuseio, necessidade de recursos financeiros e humanos, entre outros
elementos.
Outro fator importante a ser considerado é o tipo de serviço ofertado, ou seja, a qual objetivo se
destina o armazém, uma vez que essa informação orientará as estratégias de gestão do espaço
de armazenagem e ajudará a definir quais equipamentos, estruturas e mão de obra serão
necessários. Nesse contexto, os tipos de serviços, ou objetivos, a serem entregues pelos
depósitos, ou armazéns, aos usuários são os seguintes:
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Diante desse cenário, é preciso evidenciar, ainda, que existem cinco tipos básicos de armazéns,
os quais são classificados em função dos produtos que abrigam da seguinte maneira:
A Figura 1, a seguir, exibe um leiaute, em forma de “U”, que contempla os principais processos de
um armazém.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Figura 1 | Fluxo de operações versus processos do armazém. Fonte: elaborada pelo autor.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Figura 2 | Estrutura específica para operações de cross docking. Fonte: elaborada pelo autor.
Vamos detalhar algumas outras operações que estão relacionadas, principalmente, a modelos de
operação em centros de distribuição (CDs). Para tanto, aprofundaremos nossa análise sobre o
conceito de cross docking, que pode ser definido como uma operação de cruzamento de docas.
Ou seja, nessa abordagem a mercadoria chega ao CD, e o produto não é estocado, mas sim
separado em lotes menores e despachado, em uma operação também conhecida como
baldeação. Essa técnica pode ser utilizada tanto para o fracionamento quanto para consolidar
cargas.
Também é válido mencionar o sistema merge in transit, em que o produto passa a ser montado
ao longo da cadeia. Nesse caso, os componentes chegam separados, e o local físico (CD) é
utilizado para o agrupamento desses itens e para posterior montagem, de acordo com o pedido
dos clientes. Um exemplo que se encaixa nesse tipo de operação é o do segmento de
computadores, que somente são montados momentos antes do despacho.
Siga em Frente...
Estruturas de armazenagem
Agora, vamos conhecer algumas estruturas de armazenagem.
Estrutura porta-paletes: é o sistema mais universal para o acesso direto e unitário a cada
palete. Trata-se de uma solução ótima para armazéns nos quais é necessário armazenar
produtos paletizados com uma grande variedade de referências. A distribuição e a altura
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
das estantes são determinadas em função das características das empilhadeiras, dos
elementos de armazenagem e das dimensões do local.
Estrutura drive-in: a partir do drive-in, a armazenagem é feita por acumulação, o que facilita
a máxima utilização do espaço disponível, tanto em superfície como em altura. São usadas
estantes adequadas para produtos homogêneos com baixa rotação e grande quantidade de
paletes por referência.
Estrutura dinâmica: consiste em um sistema ideal para armazéns de produtos perecíveis, o
qual é aplicável a qualquer setor da indústria ou da distribuição (alimentação, setor
automobilístico, indústria farmacêutica, química, etc.). Suas estantes são constituídas por
uma plataforma de roletes, com uma ligeira inclinação que permite o deslizamento dos
paletes, por gravidade e com velocidade controlada, até o extremo oposto.
Push back: é um sistema de armazenamento por acumulação que possibilita armazenar
até quatro paletes em profundidade a cada nível. Todos os paletes de um mesmo nível,
com exceção do último, se assentam sobre um conjunto de carros que se deslocam, por
empurro, sobre os carros de rodagem. É um modelo ideal para a armazenagem de produtos
de média rotação, com dois ou mais paletes por referência.
Flow rack: sistema similar ao das estruturas dinâmicas, porém sua utilização não é
direcionada para paletes, e sim para unidades menores, geralmente caixas.
Cantilever: estrutura utilizada para a armazenagem de unidades de carga de grande
longitude ou com medidas variadas. Caracteriza-se como uma estrutura muito simples,
composta por colunas e uma série de braços em balanço, sobre os quais a carga é
depositada. Em função da altura e do peso da mercadoria, pode-se eleger entre a estante
leve ou a pesada. Ambas oferecem a possibilidade de situar os níveis de apenas um lado
ou de ambos os lados da estrutura. A manipulação da carga pode acontecer manualmente,
quando há pouco peso, ou mediante empilhadeira e meios de elevação apropriados, para
cargas pesadas.
Armazéns autoportantes: são grandes obras de engenharia nas quais as próprias estantes
fazem parte do sistema construtivo do edifício, junto com as laterais e a cobertura. As
estantes suportam as cargas das mercadorias e dos diversos elementos da construção.
Além disso, há esforços gerados pelos meios de movimentação de carga e dos agentes
externos: força do vento, sobrecarga da neve, movimentos sísmicos, etc. A altura desses
armazéns somente é limitada pelas normas locais ou pela altura de elevação das
empilhadeiras ou transelevadores.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Para solucionar os desafios apresentados anteriormente, a empresa deve
implementar uma estratégia de armazenagem que incorpore os seguintes elementos:
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Saiba mais
Você, para além da teoria, conhece as estruturas de armazenagem? Para que você possa
aprender mais detalhes importantes sobre os elementos da armazenagem, suas principais
características e aplicabilidades, assista ao conteúdo recomendado a seguir.
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em:
PROCESSOS LOGÍSTICOS
ESTRUTURAS de armazenagem logística (aula completa). [S. l.]: SAC Logística, 29 maio 2021. 1
vídeo (29min18s). Disponível em:
Aula 3
Movimentação
Movimentação
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? Em algum momento, você já parou para pensar em como podemos
otimizar a movimentação dentro das operações para alcançar máxima eficiência e segurança? E
quais seriam os benefícios dessa otimização? Se você deseja saber quais são as respostas para
esses questionamentos, seja bem-vindo a esta aula, na qual investigaremos os fundamentos e
práticas essenciais da movimentação. Vamos explorar conceitos-chave que formam a base de
uma movimentação eficaz, além de conhecer os inúmeros benefícios que ela traz não apenas
para as operações logísticas, mas também para a eficiência e segurança no ambiente de
trabalho.
Para trazer à prática esses aprendizados, imagine a seguinte situação: você, que atua como
consultor, foi contratado por um armazém de médio porte especializado na distribuição de
componentes eletrônicos. Os gestores dessa instituição observaram um aumento significativo
nos tempos de atendimento dos pedidos, o que impactou negativamente a satisfação do cliente
e elevou os custos operacionais.
Além disso, o uso predominante de movimentação manual contribuía para a ocorrência de erros
e atrasos, bem como para o aumento do risco de lesões entre os trabalhadores.
Diante desse cenário, quais seriam as suas sugestões para que a empresa possa resolver os
desafios descritos?
Vamos Começar!
PROCESSOS LOGÍSTICOS
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Nesse sentido, os primeiros aspectos que devem ser observados são a continuidade das
movimentações e a economia em escala em todo o armazém ou empresa. Isso significa que as
movimentações não devem ocorrer de maneira aleatória ou arbitrária. Deve existir um
planejamento das ações, a fim de utilizar os recursos do melhor modo, evitando desperdícios de
tempo e dinheiro.
Vamos considerar uma empresa que não planeja suas movimentações. Provavelmente existiriam
funcionários andando de um lado para o outro aleatoriamente, rodinhas de conversas
improdutivas ou, ainda, a movimentação de peças e produtos sem que existisse demanda para
tal. Será que essas práticas agregariam valor à empresa? Dentro dos conceitos de gestão
estratégica, esses procedimentos estariam corretos? É claro que não, não é?
Entretanto, infelizmente essa atividade ainda não é planejada em boa parte das empresas, como
costuma acontecer em processos produtivos (manufatureiros), que ficam parados, aguardando
componentes para processar.
Funções da movimentação
Podemos apontar a movimentação como uma importante atividade de apoio, cujo princípio é
facilitar outras atividades. Imagine uma movimentação que disponibilize um produto em uma
localização não planejada e não identificada. No momento em que esse produto for requisitado,
a sua procura gerará perda de tempo, e provavelmente teremos novas movimentações para
corrigir e disponibilizar o item no local certo.
Siga em Frente...
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
A movimentação pode ocorrer de três formas. Acontece manualmente quando as operações são
executadas pelo homem, sem auxílio de qualquer equipamento motorizado ou não. Em alguns
segmentos, ainda é comum encontrar esse tipo de movimentação. Porém deve-se considerar que
o manuseio de cargas é responsável por grande parte dos traumas musculares entre os
trabalhadores. Aproximadamente 60% dos problemas musculares são causados por
levantamento de cargas e 20%, pela ação de puxar ou empurrar as mercadorias.
A movimentação também pode ser mecanizada, quando as operações são efetuadas por
equipamentos de movimentação de materiais e dirigidas por homens. A decisão de mecanizar
(utilizar equipamentos) a movimentação é um dos principais pontos a serem planejados dentro
de um armazém, pois pode promover ganhos em produtividade e criar uma condição ergonômica
benéfica ao trabalhador. É importante conhecer os tipos de equipamentos usados para a
movimentação e saber qual a sua relação com os equipamentos de armazenagem, avaliando sua
real necessidade e o custo-benefício. Vamos conhecer, a seguir, alguns equipamentos de
movimentação (mecanização do processo).
Guindastes
Dispositivos aéreos
utilizados para movimentar Talhas
cargas que variam, de
Equipamentos de elevação
maneira intermitente, entre
e transporte
dois pontos dentro de uma Ponte rolante
área limitada. Sua função
principal é transferir.
Monovia
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Por fim, a movimentação ainda pode ser automatizada, quando é operada por computador. Esse
tipo de movimentação possui como característica principal o fato de existir pouca ou nenhuma
interação humana, o que contribui para reduzir significativamente os custos relacionados a erros
humanos, lesões e contaminações dos produtos, além de otimizar o tempo de trabalho. Por essa
razão, tal tipo de movimentação é comumente utilizado por empresas que produzem produtos
alimentícios ou bebidas.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Para solucionar os problemas apresentados anteriormente, os gestores podem
recorrer às seguintes estratégias:
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Saiba mais
Embora equipamentos de movimentação sejam comumente utilizados no interior das empresas,
alguns extrapolam esses limites (e muito!). A cidade de Barroso-MG recebeu a maior correia
transportadora suspensa do mundo, que tem 7,2 quilômetros de extensão e capacidade para
deslocar 1.500 toneladas de calcário por hora. Uma fábrica de cimento da cidade decidiu adotar
esse sistema de transporte com o objetivo de reduzir os impactos ambientais da região. Saiba
mais acessando a matéria.
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em:
Aula 4
Gestão de Estoques
Gestão de estoques
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? Bem-vindo à nossa aula sobre gestão de estoques, um tema
fundamental não apenas para aqueles que buscam excelência no ambiente corporativo, mas
também para qualquer profissional interessado em compreender como as organizações mantêm
suas operações eficientes e seus clientes satisfeitos.
Para que você possa colocar em prática esses aprendizados, imagine a seguinte situação: você
auxiliará os gestores de uma empresa de varejo cuja gestão de estoque vem enfrentando
desafios significativos, marcados por dois problemas principais: o excesso de estoque de alguns
produtos e a falta recorrente de outros.
Esse cenário tem provocado um desequilíbrio financeiro, com grande parte do capital da
empresa sendo imobilizado por produtos de baixa rotatividade, enquanto a ausência de itens de
alta demanda resulta em oportunidades de venda perdidas e insatisfação dos clientes.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
A empresa utiliza um sistema de gestão de estoque tradicional, que opera com base em
previsões de vendas históricas e não leva em conta as flutuações sazonais ou tendências de
mercado emergentes.
Vamos Começar!
Gestão de estoques
Os estoques representam uma parcela significativa dos ativos das organizações,
desempenhando um papel crucial tanto na operacionalização quanto na estratégia financeira. A
gestão eficaz dos estoques é indispensável para o equilíbrio entre a maximização da eficiência
operacional e a minimização dos custos associados à manutenção de inventários.
Por outro lado, a gestão ineficaz dos estoques pode levar a diversos problemas, como o excesso
de estoque, que imobiliza capital desnecessariamente e aumenta os custos de armazenamento,
ou a falta de estoque, que culmina em perda de vendas e danos à reputação da empresa.
Portanto, a gestão de estoques precisa ser cuidadosamente balanceada para evitar esses
extremos.
Mas o que é estoque? Em uma definição mais ampla, podemos conceituar os estoques como
acúmulos de matérias-primas, insumos, componentes, produtos em processo e produtos
acabados que aparecem em numerosos pontos por todos os canais logísticos e de produção na
empresa.
Já em uma definição mais específica e criteriosa, os estoques podem ser entendidos como uma
certa quantidade de itens mantidos em disponibilidade constante e renovados,
permanentemente, para produzir lucros (provenientes das vendas) e serviços (pelo fato de os
estoques permitirem a continuidade do processo produtivo das empresas).
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Neste mundo globalizado, permeado por uma competição cada vez mais acirrada, os estoques
passam a ser um fator estratégico e um diferencial, ou seja, uma vantagem competitiva de uma
empresa sobre os seus concorrentes.
Há uma grande discussão nas organizações em relação aos estoques, sobretudo por causa do
seu alto custo. No entanto, existem alguns benefícios que justificam a compreensão do estoque
como uma vantagem competitiva:
É preciso evidenciar que os estoques representam acúmulos de recursos materiais entre fases
específicas de um processo de transformação. Esses acúmulos, por sua vez, produzem
acréscimos nos custos para a organização e, por isso, devem ser criteriosamente gerenciados.
Tipos de estoques
Será que todos os estoques são iguais? Não estou falando sobre o espaço físico para guarda,
mas sim sobre os materiais ou produtos que são armazenados para atender a uma certa
demanda ou situação. Já posso adiantar que os estoques não são iguais e devem ser
classificados segundo sua natureza. Os principais tipos são:
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Estoques em trânsito: são todos os itens que foram despachados e ainda não chegaram ao
seu destino final.
Estoques em consignação: itens que continuam sendo propriedade do fornecedor até que
sejam consumidos/vendidos ou devolvidos.
Os estoques ainda podem ser classificados por sua estratégia diante da demanda, como mostra
o Quadro 1, a seguir.
TIPO FUNÇÃO
Estoque operacional Atende à demanda normal do item.
Atende às variações de demanda e/ou
Estoque de segurança
atraso de fornecedores.
Abrange artigos que podem ser trocados
Estoque de itens recuperáveis com fornecedores ou recondicionados para
uso.
Formado para atender à demanda de
Estoque estratégico
períodos futuros (produtos sazonais).
Formado para obter ganhos adicionais por
Estoque especulativo
aumento de preços.
Estoque a ser descartado Comporta artigos obsoletos, estragados.
Quadro 1 | Classificação de estoques segundo sua estratégia. Fonte: elaborado pelo autor.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
um certo momento, diante da entrada de um novo pedido que o requeira, passa a ser
classificado como estoque ativo.
Estoque empenhado: embora permaneçam no estoque, os itens classificados como
estoque empenhado já foram previamente reservados para atender a uma demanda.
Estoque físico: trata-se da quantidade de materiais armazenados sob a guarda do
almoxarifado da empresa até que sua utilização seja solicitada. Compreende o estoque
disponível e o estoque empenhado, ou seja, EF= EDisp + EEmp.
Estoque em poder de terceiros: refere-se a insumos que já foram adquiridos, mas
permanecem armazenados no fornecedor ou estão a caminho do cliente. Essa terminologia
momentânea é bastante utilizada para fins de inventários (contagem dos estoques) ou em
casos de auditorias fiscais inesperadas, nas quais há a necessidade de comprovação dos
níveis de estoques.
Estoque pulmão: para exemplificar esse tipo de estoque, podemos imaginar uma empresa
fabricante de roupas de ginástica que produz peças tanto para o verão quanto para o
inverno. As peças criadas para atender às estações mais quentes são produzidas no
inverno, e as peças elaboradas para atender às estações mais frias são desenvolvidas no
verão, gerando assim um estoque pulmão.
Estoque regulador: é bastante comum em organizações que possuem diversas filiais. Com
o objetivo de suprir faltas de mercadorias ou insumos em toda a rede, a empresa elege uma
das filiais como um centro de distribuição (CD) que possui um estoque mais elevado, para
que, quando necessário, abasteça as demais.
Estoque sazonal: trata-se de uma quantidade de insumos ou mercadorias previamente
adquiridos a fim de se antecipar a uma variação na demanda que possa ocorrer no futuro,
fazendo com que a produção, venda ou consumo não sejam prejudicados. É o que
acontece com as fabricantes de chocolates, que precisam adquirir quantidades maiores de
seus insumos para não sofrer com a falta de produtos na Páscoa.
Compreender as demandas é uma prática fundamental para descobrir o que deve ser estocado
(quais itens, produtos ou mercadorias), como também a quantidade apropriada dos materiais a
serem alocados.
Nesse sentido, umas das estratégias que pode ser considerada genérica (por causa de sua
amplitude) relaciona-se aos sistemas puxados (pull) e sistemas empurrados (push). Você tem
alguma ideia do que eles sejam?
Sistema puxado: a execução da operação é iniciada com base nos pedidos dos clientes.
Nesse sistema, a demanda é conhecida. A venda de uma pizza é um bom exemplo de
produção puxada, pois a pizza só é feita quando a pizzaria tem o pedido em mãos. Além
disso, é comum que haja estoques menores de produtos acabados.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
É comum ouvir que estoque é “dinheiro parado” e, por isso, deve-se comprar e produzir somente o
que será vendido. No entanto, o tipo de produto, de negócio e de estratégia empresarial será o
fator decisório na hora de escolher entre sistema puxado ou empurrado. Um exemplo claro da
necessidade de um sistema empurrado envolve os bens de consumo, como refrigerantes, sucos,
chocolates, palha de aço, etc. Esses produtos geralmente são vendidos em varejos e, se não
estiverem disponíveis ao consumidor, provavelmente serão substituídos por opções dos
concorrentes no momento da compra.
Qual é a sua opinião sobre estoque? Ele é bom ou ruim? Tente mensurar quanto a disponibilidade
de um estoque custa para uma organização. Agora, pense no quão custosa seria a falta de
estoque para uma linha de produção ou o não atendimento de um cliente. Os estoques em
excesso são “dinheiro parado”, mas a ausência de um produto pode gerar perdas de vendas e do
próprio cliente. Por esse motivo, independentemente do sistema escolhido (puxado ou
empurrado), existem algumas técnicas e ferramentas que auxiliam na gestão de estoques no
decorrer da cadeia de suprimentos.
Logo, a melhor política de estoque é aquela que atende aos clientes dentro da meta estabelecida,
ao menor nível de estoque possível e ao maior giro de estoque praticável.
Este é o grande desafio das empresas: buscar a excelência, atender aos clientes da melhor
maneira possível e com níveis de estoque cada vez menores, o que, por si só, já representa uma
missão altamente complexa. Essa fórmula se reflete em resultados positivos para uma
organização, pois ajuda significativamente na positivação do fluxo de caixa e permite que a
empresa aloque recursos em outros investimentos.
Siga em Frente...
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Tipos de inventários
É fundamental que uma empresa tenha informações de estoque confiáveis para dar fluxo a todas
as operações. Considere o seguinte exemplo: um determinado cliente solicita um produto com
urgência. O vendedor consulta o sistema e verifica se possui o produto, como também se pode
atender à necessidade desse consumidor prontamente. No momento em que envia para o
armazém a ordem de separação, o produto não é encontrado fisicamente. O vendedor é, então,
obrigado a ligar para o cliente e informá-lo de que não conseguirá atender ao seu pedido com a
urgência prometida.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Para solucionar os problemas apresentados anteriormente, a empresa pode
adotar como estratégia a implementação de um sistema de gestão de estoque dinâmico,
direcionado a uma abordagem Just in Time e à integração de tecnologias de análise de dados
avançadas. Esse sistema tem o objetivo de otimizar os níveis de estoque, mantendo-os alinhados
com as tendências de demanda em tempo real e minimizando o capital imobilizado por estoques
excessivos.
Nesse contexto, para que a instauração desse sistema atinja os seus objetivos, a empresa deve
começar a agir pela integração dos dados de vendas em tempo real, informações de mercado e
feedback dos clientes, a fim de prever mais precisamente as necessidades de estoque futuras.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Isso permitirá ajustes rápidos nos níveis de estoque, reduzindo tanto o excesso quanto a falta de
produtos.
A estratégia adotada pela empresa serve como um exemplo prático de como a gestão de
estoque, quando alinhada com as tecnologias e práticas modernas, pode transformar desafios
operacionais em oportunidades de crescimento e vantagem competitiva.
Saiba mais
Você sabia que uma previsão de demanda mais acurada contribui substancialmente para
transformar a gestão de estoques em um diferencial competitivo para seu negócio? Para
enriquecer seus estudos sobre gestão de estoques, sobretudo no que se refere à utilização da
previsão da demanda como ferramenta e aos aspectos relacionados a esse tema, sugiro que
você leia o artigo a seguir.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em:
Aula 5
Encerramento da Unidade
Videoaula de Encerramento
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Olá, estudante! Nesta videoaula retomaremos nossa análise sobre os pilares fundamentais da
logística: transporte, armazenagem, movimentação e gestão de estoques. Esses temas são
cruciais para a eficiência operacional em qualquer setor produtivo, pois garantem que os
recursos certos estejam no lugar certo, na hora certa. Dominar esses conceitos ampliará sua
capacidade de minimizar custos e maximizar a satisfação do cliente em sua prática profissional.
Embarque nesta imersão estratégica e eleve sua habilidade de planejar e executar com
excelência. Está pronto para a viagem? Vamos lá!
Ponto de Chegada
Olá, estudante! Para desenvolver as competências associadas a esta unidade de aprendizagem,
que são “Compreender a importância das operações de transportes no que tange à
competitividade e lucratividade de uma organização no mercado, aplicando as técnicas
necessárias para a gestão eficiente dessa atividade; Projetar e gerenciar espaços de
armazenamento, maximizando a utilização desses ambientes e garantindo a segurança dos
produtos; Assimilar conhecimentos para aplicar as técnicas de gerenciamento, a fim de otimizar
a movimentação interna de mercadorias, entendendo a importância da ergonomia e da
segurança no trabalho; Adquirir as competências necessárias para implementar sistemas
eficazes de controle de estoque, equilibrando a demanda e a oferta de produtos, bem como
minimizando custos e evitando a obsolescência ou a falta de produtos”, é importante que você
tenha iniciado sua trajetória de estudos pela aquisição de conhecimentos sobre os conceitos
básicos inerentes a operações logísticas de transporte, armazenagem, movimentação de
mercadorias e gestão de estoques.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Por fim, discutimos sobre a gestão de estoques, enfatizando a necessidade de sistemas eficazes
de controle para equilibrar a demanda e a oferta de produtos. Uma gestão de estoque
competente minimiza custos, evita a obsolescência e a falta de produtos, garantindo que a
organização possa atender às necessidades dos clientes de maneira eficiente e oportuna.
Esses conceitos e técnicas são fundamentais não apenas para a operação diária de uma
organização, mas também para sua estratégia de longo prazo. A capacidade de integrar
eficazmente gestão de transportes, armazenamento e estoques se reflete diretamente na
satisfação do cliente, na redução de custos e no sucesso sustentável do negócio.
É Hora de Praticar!
Para que você possa solidificar seu entendimento sobre os assuntos estudados nesta etapa de
aprendizagem, considere as seguintes perguntas:
PROCESSOS LOGÍSTICOS
PROCESSOS LOGÍSTICOS
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/. Acesso em:
23 jan. 2024.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos: estratégia, planejamento e operações.
4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2015.
CORRÊA, H. L. Administração de cadeias de suprimentos e logística: integração na era da
indústria 4.0. São Paulo: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/. Acesso em: 23 jan. 2024.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Unidade 3
Técnicas e Métodos Aplicados à Logística
Aula 1
Logística Lean: Mapeamento do Fluxo de Valor
Olá, estudante! Nesta videoaula você será apresentado ao conceito de logística lean, conhecendo
o seu histórico e evolução. Você também descobrirá quais são os tipos de desperdícios que
podem ser evitados para otimizar processos e aprenderá a realizar o mapeamento do fluxo de
valor atual e futuro. Este conhecimento é essencial para sua prática profissional, pois oferece
ferramentas que ajudam a aprimorar a eficiência operacional, reduzir custos e melhorar a
satisfação do cliente. Preparado para aprofundar seus conhecimentos em logística e fazer a
diferença no mercado? Junte-se a mim nesta jornada de aprendizagem!
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? Seja bem-vindo! É com grande satisfação que recebemos você em
mais uma etapa de seu desenvolvimento acadêmico. Este é um momento significativo, em que
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
aprimoraremos não apenas nosso conhecimento técnico, mas também nossa capacidade de
inovar e transformar o ambiente ao nosso redor.
Nesse contexto, a aula de hoje, intitulada “Logística lean: mapeamento do fluxo de valor”,
promete ser um marco importante em sua formação, uma vez que possui como objetivo principal
oferecer uma visão abrangente sobre a logística lean, contemplando desde seu histórico e
evolução até técnicas específicas para otimização dos processos logísticos, como o
mapeamento do fluxo de valor atual e futuro. Esses temas são fundamentais para saber como
identificar e eliminar desperdícios, melhorando a eficiência e a eficácia nas operações logísticas.
O conhecimento que será adquirido nesta etapa de estudos tem o potencial de impactar
positivamente qualquer cadeia de suprimentos, tornando-a mais ágil e responsiva às demandas
do mercado.
Para garantir o aproveitamento máximo desta aula, convido você a refletir sobre três questões
centrais:
Como o histórico da logística lean contribui para o entendimento de suas práticas atuais?
Quais são os principais tipos de desperdícios identificados pela logística lean e como podem ser
eliminados?
De que maneira o mapeamento do fluxo de valor atual e a projeção do fluxo de valor futuro
auxiliam na otimização dos processos logísticos?
Essas perguntas servirão como guias para que você aprofunde sua compreensão sobre a
logística lean e seu papel crítico na melhoria contínua dos processos logísticos.
Esteja atento a cada detalhe e absorva o máximo de informações que puder. O conhecimento
que você está prestes a adquirir é uma ferramenta poderosa para o seu futuro profissional.
Motive-se a estudar com dedicação. Boa aula!
Vamos Começar!
Desde sua concepção, a logística lean evoluiu de uma prática restrita ao chão de fábricas para
uma abordagem que abrange toda a cadeia de suprimentos. Esse avanço foi marcado pela
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Nesse sentido, ferramentas como o mapeamento do fluxo de valor (Value Stream Mapping –
VSM) foram desenvolvidas para identificar e minimizar os desperdícios em todos os processos,
considerando desde a aquisição de matérias-primas até a entrega do produto ao consumidor
final.
Por sua vez, a integração da tecnologia de informação à logística lean representou outro
momento importante na sua evolução. Sistemas de planejamento de recursos empresariais
(ERP), gestão de relacionamento com clientes (CRM) e sistemas de execução de manufatura
(MES) começaram a ser utilizados para aumentar a visibilidade e o controle sobre o fluxo de
materiais e informações, permitindo uma tomada de decisão mais ágil e baseada em dados.
No panorama atual, caracterizado por mercados voláteis e exigências crescentes por parte dos
consumidores, a importância da logística lean nas cadeias de suprimentos é indiscutível. A
capacidade de responder rapidamente a mudanças na demanda, mantendo custos baixos e
elevados níveis de qualidade, é uma vantagem competitiva significativa.
Além disso, a abordagem lean facilita a colaboração e a integração entre diferentes elos da
cadeia de suprimentos. A partir do compartilhamento de informações e da adoção de práticas
lean conjuntas, fornecedores, fabricantes e distribuidores podem sincronizar suas operações,
minimizando tempos de ciclo e melhorando o nível de serviço ao cliente.
Tipos de desperdícios
A logística lean, ou logística enxuta, é uma filosofia de gestão com foco direcionado à redução de
desperdícios ao longo da cadeia de suprimentos, visando à maximização do valor para o cliente.
Nesse contexto, diversos tipos de desperdícios podem ser identificados e evitados na logística
lean, como:
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Nesse contexto, é importante ressaltar que, para eliminar os desperdícios descritos, a logística
lean implementa uma série de práticas e ferramentas, como: o sistema Just in Time (JIT), que
busca sincronizar a produção com a demanda; o mapeamento do fluxo de valor (VSM), o qual
identifica todas as atividades que agregam ou não valor ao produto; e o sistema de puxar a
produção (Kanban), que regula o fluxo de trabalho baseado na demanda real. Além disso, a
melhoria contínua (Kaizen) é uma filosofia central da logística lean que incentiva a procura
constante por eficiência e eliminação de desperdícios.
A logística lean é uma filosofia de gestão concentrada na maximização do valor para o cliente a
partir da eliminação contínua de desperdícios em todos os processos logísticos. Para que sua
implementação e utilização sejam adequadas, é necessário que seja elaborado o mapa do fluxo
de valor atual, ou seja, a descrição de todas as atividades, processos, fluxo de informação e
colaboradores envolvidos nessas operações. Para tanto, é essencial obedecer aos seus cinco
princípios básicos:
O primeiro passo para implementar a logística lean é entender claramente o que constitui valor
para o cliente. Cabe evidenciar que “valor”, nessa perspectiva, é qualquer ação ou processo pelo
qual o cliente está disposto a pagar.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
A cadeia de valor é o conjunto de todas as etapas que agregam ou não valor ao produto desde o
momento em que ele entra como matéria-prima até se transformar em produto acabado e ser
entregue ao cliente, como mostra a Figura 1, a seguir.
Nesse sentido, todas as atividades que não agregam valor são consideradas desperdícios e
devem ser alvos de eliminação.
Após a definição do valor, o próximo passo é o mapeamento do fluxo de valor atual. Esse
processo envolve a identificação detalhada de todas as atividades necessárias para entregar um
produto ou serviço, do início ao fim, como ilustra a Figura 2, a seguir.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Figura 2 | Exemplo de mapeamento do fluxo de valor atual. Fonte: elaborada pelo autor.
O terceiro princípio da logística lean é criar um fluxo contínuo de produtos e serviços. Isso
significa organizar as operações de modo que cada atividade seja realizada de maneira suave e
sem interrupções, desde a solicitação do cliente até a entrega do valor. O fluxo contínuo reduz os
tempos de ciclo, minimiza estoques desnecessários e aumenta a flexibilidade para responder às
mudanças na demanda do cliente. Esses benefícios são obtidos por meio da simplificação dos
processos, balanceamento de carga de trabalho e eliminação de gargalos.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
5. Buscar a perfeição
O último princípio é a busca contínua pela perfeição, o que envolve a melhoria constante dos
processos, produtos e serviços, com o objetivo de eliminar completamente os desperdícios e
sempre otimizar o valor entregue ao cliente. A melhoria contínua é um processo iterativo que
abrange toda a organização, contemplando desde a alta gestão até os operadores, e requer uma
cultura de abertura para mudanças, experimentação e aprendizagem contínua.
Siga em Frente...
O mapeamento do fluxo de valor futuro é baseado nas ineficiências identificadas no mapa atual e
na aplicação dos princípios lean para gerar um processo mais enxuto. Desse modo, o mapa de
valor futuro deve incluir:
A redefinição dos fluxos de materiais e de informações para facilitar uma produção mais ágil e
flexível.
O objetivo do mapa de valor futuro é servir como um plano de ação para alcançar um estado
mais eficiente e eficaz. Esse recurso orienta a implementação de melhorias contínuas e ajuda a
estabelecer metas claras para a equipe.
Em resumo, o mapeamento do fluxo de valor atual fornece uma fotografia detalhada dos
processos existentes, apontando áreas de desperdício e ineficiências, enquanto o mapeamento
do fluxo de valor futuro concede uma visão estratégica para otimizar e melhorar esses
processos, concentrando-se na criação de valor para o cliente. Ambos os mapeamentos são
indispensáveis para empresas que buscam a excelência operacional por meio da metodologia
lean.
Vamos Exercitar?
A logística lean, que tem suas raízes no Sistema Toyota de Produção, é um paradigma com foco
voltado à maximização do valor para o cliente a partir da eliminação contínua de desperdícios
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
em todos os processos. Esse enfoque histórico é crucial para entendermos as práticas atuais da
logística lean, pois ilustra a evolução de um sistema de produção específico para uma filosofia
abrangente de gestão, aplicável a diversos contextos e setores. A compreensão desse
desenvolvimento ajuda os profissionais a adaptarem e aplicarem os princípios lean de forma
mais eficaz em suas operações, reconhecendo que o objetivo final é sempre entregar valor
máximo com o mínimo de desperdício.
O mapeamento do fluxo de valor atual e a projeção do fluxo de valor futuro são ferramentas
críticas na logística lean para a otimização dos processos logísticos. O mapeamento do fluxo de
valor atual permite uma visualização detalhada dos processos atuais, identificando em quais
momentos os desperdícios ocorrem e onde o valor é ou não adicionado. Essa análise crítica
pavimenta o caminho para a criação de um fluxo de valor futuro, um plano estratégico que tem o
objetivo de eliminar desperdícios, melhorar fluxos de processos e aumentar a eficiência geral. Ao
visualizar o estado desejado, as organizações podem definir objetivos claros e instaurar
mudanças direcionadas para alcançá-los, promovendo assim a melhoria contínua e a entrega de
valor superior ao cliente.
Assim, enquanto o mapeamento do fluxo de valor fornece uma estrutura para a melhoria, a
inovação contínua e a adaptabilidade são fundamentais para manter a relevância e a eficácia da
logística lean diante dos desafios e oportunidades futuros.
Saiba mais
A logística lean é uma filosofia que busca reduzir os desperdícios e os custos nas operações
logísticas por meio da identificação e eliminação das atividades que não agregam valor ao
cliente. Essa abordagem baseia-se em três conceitos fundamentais: reduzir o tamanho do lote,
aumentar a frequência de entrega e nivelar o fluxo de entrega. Para que você possa compreender
de maneira mais criteriosa as práticas lean aplicadas à logística, faça a leitura do material
indicado a seguir.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/. Acesso em:
23 jan. 2024.
Aula 2
Just in Time; Kanban e Método SIPOC Aplicados à Logística
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? Seja bem-vindo! É com grande satisfação que recebo você nesta
etapa do seu desenvolvimento acadêmico e profissional. Iniciar este módulo de aprendizagem
representa um passo significativo em sua formação, bem como na sua capacitação para atuar
em segmentos do mercado nos quais a eficiência e a inovação são fundamentais.
A filosofia Just in Time, que tem foco voltado à redução de desperdícios e à melhoria contínua,
estabelece a base para entendermos como otimizar processos e recursos. Os princípios do JIT
nos guiam na implementação prática dessa filosofia, enquanto o sistema Kanban oferece uma
ferramenta visual para gerenciar o fluxo de trabalho e materiais.
Por sua vez, o método SIPOC proporciona uma perspectiva clara dos processos, identificando
fornecedores, entradas, saídas e clientes, o que é essencial para a gestão eficaz de todas as
atividades compreendidas no contexto logístico.
Para nortear nossa aprendizagem e estimular uma reflexão profunda, considere as seguintes
perguntas ao longo de seus estudos:
Como a implementação da filosofia Just in Time pode impactar a eficiência das operações
logísticas e o nível de percepção de agregação de valor por parte dos consumidores?
De que maneira os pilares fundamentais do Just in Time se aplicam especificamente ao
contexto logístico e à gestão da cadeia de suprimentos integrada?
Como o sistema Kanban e o método SIPOC podem ser integrados às operações logísticas
para melhorar a gestão e os processos?
Essas questões foram projetadas para mantê-lo engajado e atento aos aspectos mais relevantes
desta etapa de aprendizagem, ajudando-o a aplicar o conhecimento adquirido de maneira prática
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Encorajo você a explorar esses conceitos com curiosidade e dedicação, visando não apenas à
excelência acadêmica, mas também ao impacto positivo em sua trajetória profissional. Boa aula!
Vamos Começar!
De outro modo, na conjuntura logística, o Just In Time cumpre um papel de grande importância,
pois envolve a gestão cuidadosa da cadeia de suprimentos para garantir que os componentes e
materiais necessários estejam disponíveis para a produção no momento certo. Isso exige
coordenação e comunicação extremamente eficazes entre fornecedores, fabricantes e
distribuidores.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Um dos principais benefícios do JIT na logística é a redução significativa de estoques, o que não
apenas diminui custos de armazenamento, mas também minimiza o risco de obsolescência e
deterioração de produtos.
Além disso, o JIT, na logística, incentiva fortes relações de parceria com fornecedores. Como os
materiais são entregues exatamente quando é necessário, torna-se importante que os
fornecedores sejam confiáveis e capazes de atender a demandas imprevistas ou alterações no
cronograma de produção. Esse aspecto do JIT promove uma integração mais profunda e
colaborativa entre diferentes entidades na cadeia de suprimentos.
No entanto, apesar de suas vantagens, o JIT também apresenta desafios. Por exemplo, a
dependência de entregas pontuais pode tornar a cadeia de suprimentos vulnerável a
interrupções, como condições climáticas adversas, greves ou falhas no transporte. Assim, um
planejamento de contingência robusto é indispensável para mitigar esses riscos.
Vale destacar, ainda, que a instauração do JIT pode se mostrar ainda mais complexa, uma vez
que exige não apenas mudanças nos processos de produção, mas também uma transformação
cultural dentro das organizações. O bom funcionamento dessa abordagem requer colaboração
estreita entre trabalhadores, gerentes e fornecedores, bem como um compromisso com a
melhoria contínua. A adoção do JIT pode levar a significativas economias de custos, aumento da
qualidade, redução de tempo de produção e maior satisfação do cliente.
Em resumo, o JIT na logística é uma estratégia que busca otimizar a cadeia de suprimentos,
diminuindo estoques e elevando a eficiência. Sua implementação bem-sucedida depende de uma
compreensão profunda da demanda do cliente, da colaboração estreita com parceiros da cadeia
de suprimentos e da capacidade de responder rapidamente a mudanças nas condições de
mercado. Apesar dos desafios, quando desenvolvido corretamente, o JIT pode oferecer
vantagens expressivas em termos de redução de custos e melhoria da eficiência operacional.
O sistema Just in Time é uma filosofia de gerenciamento da produção que enfatiza a eficiência e
a redução de desperdícios no processo de fabricação. Está alicerçado nos pilares fundamentais
que serão descritos a seguir.
A filosofia JIT busca identificar e eliminar esses desperdícios, o que resulta em um processo
mais enxuto e eficiente. Esse foco direcionado à eliminação do desperdício não apenas reduz
custos, mas também melhora a qualidade do produto e a satisfação do cliente.
Em segundo lugar, o JIT ressalta a importância de um fluxo de produção contínuo. A ideia é que
os produtos devem fluir sem interrupções através do processo de produção. Isso é alcançado
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
por meio de uma cuidadosa programação e sincronização das operações, garantindo que cada
etapa do processo esteja diretamente conectada à próxima. Essa abordagem minimiza os
tempos de espera e os estoques intermediários, ampliando a eficiência e a capacidade de
resposta às demandas dos clientes.
Além disso, o JIT promove a qualidade total. Ou seja, a qualidade é incorporada em cada etapa
do processo de produção. O objetivo é fazer certo desde a primeira vez, evitando retrabalhos e
defeitos. Esse resultado é obtido por meio de um forte compromisso com a melhoria contínua
(Kaizen) e do envolvimento dos funcionários em todos os níveis da organização. A ideia é que
todos os colaboradores contribuam para a identificação de problemas e o desenvolvimento de
soluções, criando um ambiente onde a melhoria contínua seja parte integrante da cultura
organizacional.
Por fim, a manutenção preventiva é outro aspecto fundamental do JIT. Ela garante que
equipamentos e máquinas estejam sempre em condições ideais de funcionamento, evitando
paradas inesperadas que possam interromper o fluxo de produção. A manutenção preventiva não
apenas amplia a eficiência operacional, mas também prolonga a vida útil dos equipamentos e
reduz os custos a longo prazo.
Sistema Kanban
O sistema Kanban é uma metodologia de gestão visual adotada para controlar a produção e
otimizar o fluxo de trabalho em diversos processos, especialmente na manufatura e no
desenvolvimento de softwares.
Originário do Japão, o termo kanban traduz-se literalmente para o português como “cartão” ou
“sinalização”. Esse sistema foi desenvolvido pela Toyota na década de 1940 como parte de seu
sistema de produção Just in Time (JIT), com o objetivo de melhorar a eficiência e reduzir
desperdícios.
A essência do sistema Kanban reside em sua simplicidade visual, utilizando cartões (kanbans)
para representar tarefas ou itens de trabalho, bem como colunas para simbolizar cada etapa do
processo. Esses cartões são movidos ao longo de um quadro Kanban (físico ou digital), que
sistematiza todo o fluxo de trabalho, desde o início até a conclusão. Tal visualização permite que
os membros da equipe identifiquem facilmente os gargalos e interrupções no processo,
facilitando a implementação de melhorias contínuas e a adaptação rápida a mudanças. A Figura
1, a seguir, exibe alguns modelos de quadros Kanban.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Figura 1 | Quadro Kanban de produção e quadro Kanban de abastecimento. Fonte: elaborada pelo autor.
Embora originalmente tenha sido aplicado ao setor de manufatura, atualmente o sistema Kanban
é amplamente adotado em outras áreas, sobretudo no desenvolvimento ágil de softwares, por
causa de sua flexibilidade e de sua capacidade de adaptação a diferentes ambientes e requisitos
de projeto.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Com sua abordagem centrada no ser humano e no aprimoramento contínuo, o Kanban se alinha
bem com a filosofia de gestão moderna, ressaltando a adaptabilidade, a eficiência e a satisfação
da equipe.
Siga em Frente...
Método SIPOC
O método SIPOC é uma ferramenta utilizada no âmbito da gestão da qualidade e da melhoria de
processos cuja origem remonta às práticas de gestão de qualidade total e ao modelo Seis Sigma.
Essa abordagem serve para mapear processos de forma macro, proporcionando uma visão clara
e simplificada das etapas-chave de um sistema, bem como das entradas e saídas associadas a
cada uma dessas fases. A sigla SIPOC faz referência aos componentes fundamentais desse
método – Suppliers (Fornecedores), Inputs (Entradas), Process (Processo), Outputs (Saídas) e
Customers (Clientes) –, formando assim uma cadeia de valor que viabiliza uma análise integrada
e sistemática dos processos de negócio, como ilustra a Figura 2, a seguir.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
produto ou serviço final. Uma análise cuidadosa das entradas é essencial para identificar
potenciais áreas de melhoria e garantir que o processo seja eficiente e eficaz.
Em seguida, Outputs (Saídas) são os produtos, serviços ou resultados gerados pelo processo. As
saídas são destinadas a satisfazer as necessidades ou expectativas dos clientes e sofrem
influência direta da eficácia das etapas anteriores do SIPOC. Uma compreensão clara das saídas
é importante para avaliar a qualidade do processo e detectar oportunidades de melhoria.
Por fim, Customers (Clientes), o último componente do SIPOC, engloba os receptores das saídas
do processo. Eles podem ser internos ou externos à organização, e suas necessidades e
expectativas moldam os requisitos das saídas do processo. O feedback dos clientes é um
componente vital para o ciclo de melhoria contínua, pois fornece informações essenciais sobre a
adequação e a qualidade das saídas do processo.
Esse modelo, oriundo das práticas do Seis Sigma, serve como um mapa visual que esclarece os
elementos primordiais de um processo, viabilizando uma compreensão holística que é
indispensável para a identificação de oportunidades de otimização e eficiência.
No âmbito logístico, em que a eficácia e a eficiência dos processos são cruciais para a
satisfação do cliente e a sustentabilidade operacional e financeira da empresa, o SIPOC emerge
como uma ferramenta de diagnóstico e planejamento extremamente valiosa.
Ao definir claramente quem são os fornecedores e as entradas necessárias para seus processos,
as empresas podem assegurar a qualidade e a pontualidade dos insumos, aspectos
fundamentais para a fluidez das operações logísticas.
Da mesma forma, a explicitação das saídas e dos clientes ajuda a garantir que os produtos ou
serviços finais estejam alinhados às expectativas e necessidades dos consumidores finais,
promovendo assim uma maior satisfação do cliente e sua consequente fidelização.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Vale ressaltar, ainda, que essa abordagem promove uma melhor comunicação e entendimento
entre as diferentes áreas da empresa, já que todos os envolvidos têm acesso a uma
representação clara e concisa do processo em análise.
Adicionalmente, o SIPOC auxilia na redução de custos e no aumento da eficiência, uma vez que a
análise detalhada dos processos pode revelar oportunidades para a eliminação de desperdícios,
a simplificação de procedimentos e a melhoria da gestão de recursos.
Vamos Exercitar?
A filosofia Just in Time (JIT) é um sistema de gestão de produção que visa à redução de
estoques e ao aumento da eficiência a partir da produção enxuta e do atendimento à demanda.
Os pilares fundamentais do JIT incluem a eliminação de desperdícios, a melhoria contínua e a
integração da produção.
O sistema Kanban, por sua vez, é uma ferramenta visual de gestão de fluxo de produção que
sinaliza a necessidade de reposição de estoques, facilitando a implementação do JIT.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
busca constante por eficiência em todas as etapas da cadeia de suprimentos, garantindo que as
operações permaneçam competitivas e relevantes.
Essas reflexões sobre a filosofia Just in Time, seus pilares fundamentais, o sistema Kanban e o
método SIPOC revelam a importância de práticas enxutas e adaptáveis na gestão da cadeia de
suprimentos. Ao implementar essas estratégias, as organizações podem não apenas melhorar
suas operações logísticas, mas também aprimorar a experiência do consumidor, criando um
diferencial competitivo no mercado.
Saiba mais
Você já ouviu falar em Just in Sequence? Trata-se de uma evolução do conceito de Just in Time.
Ambas as abordagens são fundamentais para a compreensão adequada da gestão da produção
e da logística moderna. Enquanto o JIT se dedica à produção e entrega de materiais no exato
momento em que se tornam necessários, reduzindo estoques e custos, o JIS leva essa ideia
ainda mais longe, adicionando um elemento crucial: a sequência. Em outras palavras, o JIS não
apenas assegura que os componentes cheguem no momento certo, mas também que sejam
entregues justamente na ordem em que serão usados durante a produção. Para que você possa
saber mais detalhes sobre essa importante filosofia, faça a leitura do material indicado a seguir.
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/. Acesso em:
23 jan. 2024.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Aula 3
Embalagem; Unitização e Outsourcing
Olá, estudante! Bem-vindo a mais uma videoaula essencial para o seu desenvolvimento
profissional. Por meio deste conteúdo, vamos nos aprofundar no universo da logística,
explorando temas como embalagem, os conceitos vinculados a esse tópico, sua importância
para a efetividade das operações logísticas, tipos de embalagens, unitização, modelos de
unitização e seus benefícios. Além disso, vamos descobrir o que é outsourcing e as vantagens
que essa ferramenta traz para a logística. Esses conteúdos são fundamentais para aprimorar
suas habilidades e conhecimentos, pois concedem estratégias e práticas eficazes para otimizar
processos e garantir uma gestão logística mais eficiente e sustentável. Não perca a chance de
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
enriquecer sua prática profissional com essas informações valiosas. Assista agora à videoaula e
transforme seu aprendizado em ação!
Ponto de Partida
Seja muito bem-vindo à nossa aula sobre processos logísticos. Nesta importante etapa de
estudos, exploraremos tópicos essenciais, que formam a base da logística moderna. Para tanto,
vamos direcionar nossa atenção especificamente à relevância e variedade das embalagens, à
prática da unitização e ao papel desempenhado pelo outsourcing nesse contexto. Esses
elementos são vitais para entender como a logística opera de maneira eficiente e inovadora no
cenário atual.
A aula de hoje proporcionará uma visão ampla sobre os conceitos basilares relacionados às
embalagens, abordando não apenas sua relevância na cadeia logística, mas também os
diferentes tipos existentes e o modo com que cada um se adapta a necessidades específicas.
Além disso, aprofundaremos nosso entendimento sobre a unitização, verificando suas variações
e benefícios. Esse é um conhecimento indispensável para otimizar processos e custos logísticos.
Por fim, discutiremos sobre o outsourcing, uma prática cada vez mais adotada no setor logístico.
Nesse sentido, investigaremos como esse recurso colabora com a logística, permitindo uma
operação mais ágil e concentrada.
Para que você possa aproveitar ao máximo este encontro e aplique os saberes adquiridos de
forma prática, reflita sobre as seguintes perguntas durante a aula:
Essas questões servirão como guias para o nosso debate, estimulando uma reflexão profunda
sobre cada tópico estudado.
Lembre-se: cada passo rumo ao conhecimento é um passo em direção ao sucesso. Boa aula!
Vamos Começar!
PROCESSOS LOGÍSTICOS
As embalagens desempenham um papel essencial nas operações logísticas, uma vez que, além
de protegerem os produtos durante o transporte, também facilitam o manuseio, armazenamento
e identificação desses itens, contribuindo para a otimização da cadeia de suprimentos.
A embalagem ainda pode ser entendida como um conjunto de artes, ciências e técnicas
utilizadas na preparação das mercadorias, com o objetivo de criar as melhores condições para
seu transporte, armazenagem, distribuição, venda e consumo, ou, alternativamente, como um
meio de assegurar a entrega de um produto numa condição razoável, sob o menor custo global.
A escolha das embalagens deve considerar a quantidade de produtos, número de camadas e tipo
de material, na intenção de acomodar o item sem causar danos físicos/mecânicos. No entanto,
também é necessário entender a embalagem como um fator importante do processo
operacional, com implicações diretas sobre as atividades produtivas, principalmente quando
estas envolvem etapas de movimentação manual de cargas.
O objetivo da embalagem é permitir que a mercadoria nela contida chegue a seu destino com a
mesma condição de uso e conservação que apresentou em sua origem e no momento em que
foi embalada. A Figura 1, a seguir, demonstra as principais funções da embalagem.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Tipos de embalagens
Contenção ou primária: é a primeira embalagem, que fica em contato direto com o produto,
protegendo-o dos agentes externos.
Apresentação ou secundária: envolve a embalagem de contenção, apresentando o produto
no ponto de venda (consumidor final).
Comercialização ou terciária: contém um múltiplo da embalagem de apresentação,
constituindo a unidade para a extração do pedido (atacadista).
Movimentação ou quaternária: consiste em múltiplos de embalagens de comercialização
que serão movimentadas racionalmente por equipamentos mecânicos (unitização). Os
paletes e contêineres se enquadram nessa divisão.
Especiais ou de quinto nível: são embalagens especiais, como embalagens térmicas e
contêineres refrigerados, que têm como função básica manter uma temperatura específica.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
A embalagem primária está em contato direto com o produto. Logo, esse tipo de embalagem é
essencial para a proteção e preservação de um item, além de fornecer informações vitais ao
consumidor. Por sua vez, a embalagem secundária agrupa várias embalagens primárias,
facilitando o manuseio e a distribuição.
Unitização
Tipos de unitização
As cargas podem ser unitizadas de várias maneiras. Os tipos de unitização mais comuns são:
PROCESSOS LOGÍSTICOS
No Brasil, os paletes possuem uma padronização chamada de Palete Padrão Brasileiro (PBR),
tendo como principal especificação as medidas de 1.000 mm x 1.200 mm, que são mais
utilizadas no Brasil, EUA e Europa. Atualmente, é possível encontrar paletes de madeira, metal,
plástico e até mesmo outros componentes, como papelão.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Big Bag: são contentores flexíveis de volume médio utilizados para transporte e
armazenamento de qualquer tipo de líquidos, granulados ou produtos em pó. Outros
exemplos são os contentores para líquido.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
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Benefícios da unitização
As vantagens proporcionadas pela unitização são numerosas e significativas para a eficiência
das operações logísticas. Primeiro, esse processo facilita o manuseio e o transporte de cargas,
uma vez que unidades maiores podem ser movimentadas mais facilmente do que múltiplos itens
menores. Isso não apenas economiza tempo, mas também reduz o risco de danos durante o
manuseio.
Além disso, a unitização otimiza o espaço de armazenamento e transporte, permitindo que mais
mercadorias sejam movimentadas ou armazenadas de uma vez, o que é crucial para a
diminuição de custos operacionais.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Desse modo, podemos afirmar que a unitização é uma prática fundamental na logística moderna,
oferecendo eficiência, economia de custos e sustentabilidade. Ao escolher o tipo de unitização
mais adequado e aplicá-lo efetivamente, as empresas podem garantir uma cadeia de
suprimentos mais ágil e robusta.
Outsourcing
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Vamos Exercitar?
A embalagem é um elemento crítico na logística, servindo não apenas para proteger produtos,
mas também para facilitar o manuseio, transporte e armazenamento desses itens. Os conceitos
fundamentais de embalagem abrangem a escolha de materiais, design e funcionalidade,
exercendo um impacto direto sobre a eficiência dos processos logísticos. Diferentes tipos de
embalagens, como rígidas, flexíveis e retornáveis, influenciam a forma com que os produtos são
manipulados e transportados, afetando a segurança, o custo e a sustentabilidade da cadeia de
suprimentos.
A unitização, processo de agrupar produtos em uma única unidade de carga, como paletes ou
contêineres, é outra prática essencial na logística. Ela permite uma movimentação mais eficiente
e segura de cargas, reduzindo o manuseio individual de itens e otimizando o espaço em veículos
de transporte. A unitização contribui significativamente para a diminuição de custos e danos
durante o transporte, além de facilitar procedimentos de carga e descarga.
Por meio da análise dos diferentes tipos de embalagens, pode-se entender como cada opção
influencia a efetividade dos processos logísticos. Por exemplo, embalagens mais leves e
duráveis podem reduzir custos de transporte e diminuir a incidência de danos aos produtos.
Da mesma forma, uma reflexão mais profunda sobre a unitização pode revelar como essa prática
facilita a movimentação de cargas e otimiza o espaço, resultando em economias significativas.
Por fim, ao explorar os benefícios do outsourcing, é possível perceber como essa estratégia pode
alavancar a eficiência logística, oferecendo flexibilidade e competência especializada, fatores
essenciais para o sucesso em um mercado competitivo. Essas considerações abrem caminho
para uma compreensão mais sólida das práticas logísticas e suas implicações nos negócios
modernos.
Saiba mais
PROCESSOS LOGÍSTICOS
diferentes tipos de embalagens, cada uma com suas próprias características e impactos
ambientais. Cada modelo de embalagem desempenha sua função e afeta o ciclo de vida dos
produtos e a sustentabilidade ambiental. Para que você possa compreender melhor as
classificações das embalagens quanto à sua destinação temporária, parcial ou final, sugiro que
leia na íntegra o artigo Sustentabilidade quanto às embalagens de alimentos no Brasil, cujo link
de acesso está disponível a seguir.
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/. Acesso em:
23 jan. 2024.
Aula 4
Tecnologia de Informação Aplicada à Logística
PROCESSOS LOGÍSTICOS
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para assistir mesmo sem conexão à internet.
Dica para você
Aproveite o acesso para baixar os slides do vídeo, isso pode deixar sua
aprendizagem ainda mais completa.
Olá, estudante! Nesta videoaula vamos explorar os pilares da tecnologia da informação aplicada
à logística, investigando desde conceitos fundamentais até ferramentas essenciais nesse
âmbito, como ERP, MRP I, MRP II, MES, TMS, CRM, RFID e EDI. Esses conteúdos são importantes
para sua prática profissional, pois o ajudarão a otimizar processos, melhorar a eficiência e
reforçar a competitividade no mercado. Dominar essas tecnologias amplia suas habilidades de
planejar, implementar e gerenciar recursos de forma estratégica. Não perca esta oportunidade de
aprimorar suas competências na área da logística. Junte-se a mim nesta jornada educativa!
Ponto de Partida
Olá! Seja bem-vindo a este módulo de estudo no qual conheceremos as principais ferramentas
tecnológicas aplicadas à logística. Este campo de conhecimento representa um aspecto vital
para a otimização de processos e a eficiência operacional em organizações de diversos
tamanhos e setores.
Por meio deste conteúdo, você obterá um entendimento abrangente das ferramentas e sistemas
que moldam a espinha dorsal da logística moderna, tornando-se preparado para enfrentar os
desafios do mercado com solidez e inovação.
Ao longo desta aula, trataremos de conceitos e ferramentas essenciais, como ERP, que integra
diversas funções de negócios em um único sistema, MRP I, direcionado ao planejamento das
necessidades de materiais, e MRP II, com seu escopo ampliado no planejamento de recursos de
manufatura.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Como a integração de sistemas como ERP, MRP I e MRP II pode melhorar a eficiência operacional
e a tomada de decisão em uma organização?
De que maneira tecnologias como RFID e EDI transformam a gestão da cadeia de suprimentos,
especialmente em contextos de alta demanda e complexidade logística?
Por fim, qual o impacto do CRM e do TMS na satisfação do cliente e na otimização dos custos de
transporte, respectivamente?
Mantenha essas perguntas em mente, pois elas o guiarão através deste material, incentivando
uma compreensão sólida dos temas abordados.
Vamos Começar!
A evolução histórica da TI na logística pode ser percebida como uma jornada de constante
inovação e integração. Desde a adoção dos primeiros sistemas de gestão de armazéns, nos anos
1970 e 1980, que automatizaram os processos de armazenamento e inventário, até a revolução
da internet e a subsequente ascensão do comércio eletrônico, a TI tem se mostrado um vetor de
transformação na logística. Esse avanço tomou uma velocidade ainda maior com o advento de
tecnologias como a Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial (IA) e análise de dados,
permitindo uma otimização sem precedentes nas operações logísticas.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Por sua vez, a incapacidade de processar e analisar grandes volumes de dados em tempo real
comprometeria a capacidade de conceder respostas rápidas às mudanças de mercado, um fator
crítico na era da globalização e da demanda por gratificação instantânea.
Desse modo, a importância da TI para a efetividade, eficiência e eficácia das operações logísticas
é inegável. Com a integração de sistemas de TI, as empresas conseguem monitorar e gerenciar
suas cadeias de suprimentos em tempo real, otimizando rotas de entrega, gerenciando melhor os
níveis de estoque e minimizando os custos operacionais. Isso não apenas aumenta a
lucratividade, mas também reforça a satisfação do cliente, o que é crucial na era do consumidor
digital.
A importância dos sistemas ERP para a eficiência e eficácia das operações logísticas é
indiscutível. Ao reunir todas as operações de negócio em um único sistema, as empresas podem
melhorar expressivamente a coordenação entre diversos departamentos, reduzir redundâncias e
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
A aplicabilidade dos sistemas ERP é vasta e abrange diversos setores da economia. Por exemplo,
na indústria de manufatura, um ERP pode integrar o planejamento de produção com o controle de
estoque, a gestão da cadeia de suprimentos e as operações de vendas, viabilizando uma
produção mais enxuta e reduzindo o tempo de colocação de produtos no mercado. No setor de
varejo, um ERP pode aprimorar a gestão de inventário, otimizar as operações de compra e venda,
e proporcionar uma melhor experiência de compra para o cliente. No setor de serviços, sistemas
ERP normalmente ajudam na gestão de projetos, na otimização de recursos e na faturação,
melhorando a eficiência operacional e a satisfação do consumidor.
O conceito central do MRP I baseia-se na criação de um plano de produção detalhado, que utiliza
as previsões de venda, a estrutura dos produtos (lista de materiais) e os níveis de estoque atuais
para calcular as necessidades futuras de materiais. Isso ajuda as empresas a planejarem suas
compras e produção de forma mais eficaz, diminuindo os custos de armazenagem e evitando
atrasos na produção por consequência da falta de insumos.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
de maneira bem-sucedida. Isso não apenas melhora a eficiência da produção, mas também
contribui para uma maior satisfação do cliente por causa da redução dos tempos de espera
pelos produtos.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
O Manufacturing Execution System (MES) é uma solução tecnológica projetada para gerenciar e
monitorar os processos de produção em uma fábrica em tempo real. O conceito de MES surgiu
nas últimas décadas do século XX como uma ponte entre o planejamento da produção (MRP
II/ERP) e o controle de processos no chão de fábrica.
O MES fornece informações detalhadas sobre todas as fases da produção, considerando desde a
entrada de matérias-primas até o produto final. Isso permite uma gestão mais eficaz e eficiente
dos processos de manufatura.
A importância do MES para a eficiência e eficácia das operações logísticas é notável. Essa
abordagem concede uma maior transparência nos processos de produção, facilita a detecção de
gargalos, melhora a qualidade dos produtos, reduz os custos de produção e aumenta a
satisfação do cliente.
Siga em Frente...
A relevância do TMS está em sua capacidade de integrar informações em tempo real sobre os
movimentos de carga, proporcionando uma gestão mais adequada dos recursos de transporte.
As vantagens incluem a redução de custos a partir da escolha de modais e rotas mais eficientes,
a melhoria na visibilidade da cadeia de suprimentos e a capacidade de responder rapidamente a
alterações na demanda ou em condições de mercado. Por exemplo, um TMS pode automatizar a
seleção de transportadoras com base em tarifas, tempo de trânsito e performance, garantindo
que as mercadorias sejam entregues de maneira econômica e tempestiva.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
A importância do CRM nas operações logísticas é evidente, na medida em que ele permite uma
compreensão mais bem fundamentada das necessidades e comportamentos dos clientes,
dando origem a uma cadeia de suprimentos mais alinhada às expectativas do mercado.
O RFID, que emergiu na segunda metade do século XX, utiliza ondas de rádio para identificar
automaticamente e rastrear etiquetas anexadas a objetos. Essa tecnologia fornece vantagens
expressivas, como melhoria na precisão do inventário, redução de perdas e furtos, e otimização
dos processos de recebimento e expedição de mercadorias. Por exemplo, um centro de
distribuição pode utilizar o RFID para rastrear produtos em tempo real, aperfeiçoando a precisão
do estoque e a eficiência no manuseio dos pedidos.
O EDI, por outro lado, é uma tecnologia que permite a troca eletrônica de documentos comerciais
entre empresas de forma padronizada. Difundido nas décadas de 1960 e 1970, o EDI é
fundamental para o êxito das operações logísticas, pois reduz erros, acelera transações e diminui
os custos operacionais. As vantagens do EDI incluem a melhoria na comunicação entre parceiros
comerciais, o encurtamento no tempo de processamento de pedidos e a diminuição da
necessidade de papel. Um exemplo de aplicabilidade do EDI é a automação do processo de
pedidos de compra, em que as ordens são enviadas e recebidas eletronicamente, acelerando o
ciclo de pedido e entrega.
Vamos Exercitar?
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
A integração de sistemas como ERP, MRP I e MRP II possibilita uma visão holística e integrada
dos processos de negócio, otimizando a eficiência operacional e aprimorando a tomada de
decisão em organizações. O ERP, atuando como a espinha dorsal, reúne diversas funções de
negócio em um único sistema, facilitando o fluxo de informações e a coordenação entre
departamentos. Já o MRP I, com foco voltado ao planejamento das necessidades de materiais, e
o MRP II, que expande esse propósito para o planejamento de recursos de manufatura,
complementam o ERP ao garantir que os recursos sejam alocados de maneira bem-sucedida,
minimizando desperdícios e maximizando o uso dos recursos. Essa sinergia entre sistemas
assegura uma resposta mais rápida às mudanças de demanda, melhora a precisão dos
inventários e eleva a qualidade do planejamento e da execução produtiva.
Por sua vez, as tecnologias RFID e EDI revolucionam a gestão da cadeia de suprimentos,
especialmente em cenários de alta demanda e complexidade logística. O RFID proporciona um
método altamente eficaz para o rastreamento e gerenciamento de inventário em tempo real,
reduzindo significativamente os erros e aperfeiçoando a precisão do estoque.
Vale ressaltar que o impacto do CRM e do TMS na satisfação do cliente e na otimização dos
custos de transporte, respectivamente, é significativo. O CRM, voltado à gestão de
relacionamento com o cliente, permite que as organizações compreendam e antecipem as
necessidades dos clientes, personalizando a comunicação e melhorando a experiência do
consumidor. Isso leva a um crescimento na fidelidade do cliente e, potencialmente, a uma
elevação nas vendas.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Saiba mais
Telemetria veicular.
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/. Acesso em:
23 jan. 2024.
Aula 5
Encerramento da Unidade
Videoaula de Encerramento
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Olá, estudante! Nesta videoaula você retomará a análise dos conceitos fundamentais da logística
lean, que abrangem o mapeamento do fluxo de valor, a abordagem Just in Time, Kanban e o
método SIPOC aplicados à logística. Exploraremos, também, a importância da embalagem, dos
processos de unitização, outsourcing e o papel crucial desempenhado pela tecnologia de
informação na logística. Esses conteúdos são essenciais para aprimorar sua prática profissional,
pois oferecem ferramentas e estratégias que ajudam a otimizar processos logísticos, melhorar a
eficiência e reduzir custos. Preparado para enriquecer sua aprendizagem? Assista a esta
videoaula e transforme sua maneira de pensar e aplicar a logística ao ambiente profissional.
Ponto de Chegada
Esse conhecimento promove uma visão integrada e ágil da cadeia de suprimentos, o que
capacitará você a tomar decisões estratégicas sobre o acondicionamento de produtos e a
terceirização de serviços, considerando aspectos de custo, segurança e eficiência.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Por fim, conhecemos as principais tecnologias aplicadas à logística, que compreendem sistemas
como ERP, MRP, MRP II, MES, TMS, CRM, além das tecnologias RFID e EDI. O domínio dessas
ferramentas tecnológicas é vital para a análise de dados, monitoramento de operações e tomada
de decisões estratégicas, fortalecendo a capacidade de inovação e adaptação em um setor em
constante evolução.
É Hora de Praticar!
PROCESSOS LOGÍSTICOS
eficiente, o que resulta em atrasos na entrega, excesso de estoque, custos operacionais elevados
e insatisfação dos clientes.
Diante desse contexto, identificou-se que os processos logísticos internos são marcados por
desperdícios significativos, falta de sincronia entre a produção e a demanda, gestão ineficiente
de embalagens e unitização, além de uma terceirização (outsourcing) mal aproveitada e
sistemas de tecnologia da informação desatualizados.
Desse modo, quais estratégias podem ser sugeridas para que a empresa resolva esses
problemas?
Para que você possa solidificar seu entendimento sobre os assuntos estudados nesta etapa de
aprendizagem, considere as seguintes perguntas:
PROCESSOS LOGÍSTICOS
PROCESSOS LOGÍSTICOS
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/. Acesso em:
23 jan. 2024.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos: estratégia, planejamento e operações.
4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2015.
CORRÊA, H. L. Administração de cadeias de suprimentos e logística: integração na era da
indústria 4.0. São Paulo: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/. Acesso em: 23 jan. 2024.
POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: uma introdução. São Paulo:
Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/. Acesso em: 23 jan. 2024.
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Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Unidade 4
Planejamento Logístico
Aula 1
Planejamento Logístico
Olá, estudante! Bem-vindo a esta videoaula em que conheceremos informações essenciais sobre
o planejamento logístico. Por meio deste conteúdo, você terá acesso a uma introdução a esse
tema, investigando, em seguida, os principais fatores que afetam o planejamento. Ao prosseguir
nesta trajetória de aprendizagem, você descobrirá quais são os diferentes níveis em que o
planejamento logístico opera, até, por fim, saber como implementá-lo na prática. Compreender
esses conceitos é fundamental para aprimorar sua prática profissional, otimizando processos e
melhorando o rendimento em qualquer ambiente de trabalho. Junte-se a mim nesta jornada
educativa e eleve suas habilidades a um novo patamar. Não perca!
Ponto de Partida
Olá! Seja bem-vindo a esta aula dedicada aos fundamentos do planejamento logístico, um
elemento indispensável no mundo empresarial moderno. Esta etapa de estudos consiste em uma
breve introdução a esse tema tão relevante. Assim, conheceremos os fatores primordiais a
serem considerados nesse contexto, discutiremos sobre os diferentes níveis do planejamento
logístico e, para concluir, descobriremos como implementar efetivamente esses planos.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Como um planejamento logístico eficaz pode servir como diferencial competitivo para as
empresas no cenário atual?
Quais são os desafios e as oportunidades que surgem no processo de planejamento?
Como as organizações podem se adaptar às mudanças rápidas do mercado e às
exigências dos consumidores, mantendo, ao mesmo tempo, a eficiência e a redução de
custos?
Essas são perguntas fundamentais, que nos guiarão através dos tópicos da aula, incentivando-
nos a refletir sobre como esses princípios podem ser aplicados e adaptados à nossa realidade
profissional.
Desse modo, esteja pronto para pensar em como você pode trabalhar esses saberes em cenários
reais, tornando-se um profissional mais capacitado e preparado para o dinamismo do mundo
empresarial. Vamos iniciar esta trajetória juntos, prontos para desvendar os segredos do
planejamento logístico eficiente.
Bons estudos!
Vamos Começar!
PROCESSOS LOGÍSTICOS
A satisfação e a retenção de clientes, por outro lado, representam outro motivo que justifica a
necessidade de um planejamento logístico acurado. A logística desempenha um papel crucial na
satisfação do cliente, e é fato que os consumidores atuais esperam entregas rápidas, precisas e
custos de envio baixos. Um planejamento logístico bem elaborado permite que as empresas
atendam a essas expectativas a partir de uma gestão eficiente do inventário, redução dos
tempos de entrega e oferta de opções de envio flexíveis. A capacidade de cumprir promessas
feitas ao cliente constrói confiança e fidelidade à marca.
Por fim, é válido esclarecer que um sistema logístico bem planejado pode ser um diferencial
competitivo expressivo. A capacidade de entregar produtos de forma rápida e eficiente,
mantendo custos baixos, ajuda as empresas a se destacarem em um mercado saturado. Além
disso, a eficiência logística pode resultar em economias de escala, beneficiando tanto as
organizações quanto os consumidores.
Você já deve ter percebido que uma fábrica pode ter um excelente parque fabril, com máquinas
de última geração, dispor da melhor tecnologia, contar com uma mão de obra bastante
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
qualificada e um produto final de altíssima qualidade, mas, caso essa empresa não entregue
bons serviços logísticos, tudo isso será perdido.
Para que as operações logísticas obtenham o melhor resultado, é necessário ter planejamento.
Ou seja, sua orientação estratégica, como profissional da logística, deve preparar uma empresa
para atingir seus objetivos de lucros, desenvolvimento e participação no mercado. Sim, essa
sempre será a sua primeira e mais importante preocupação, afinal a sua organização somente
existirá e permanecerá no mercado se esses objetivos forem alcançados. Sem agradar ao seu
cliente, isso não acontecerá. É importante ressaltar que o processo de aquisição de um bem ou
de prestação de um serviço não se encerra simplesmente ao final da linha de produção ou no
momento em que o serviço é executado.
Isso justifica a necessidade de haver um planejamento logístico que busque escoar a demanda
de seu nicho de mercado. Desse modo, um bom planejamento logístico poderá ser o diferencial
competitivo de uma organização. Tudo isso está relacionado com a infraestrutura da empresa,
desde sua gestão de marketing e de vendas, perpassando pelo planejamento de sua produção,
até a consequente armazenagem dessa produção, para posterior envio ao cliente.
Caso algum desses itens não seja contemplado, seu cliente ficará insatisfeito e poderá devolver
o produto. Esse desgaste afeta principalmente o consumidor, seu cliente, que é a razão da
existência da empresa. Uma logística mal planejada e mal executada resultará em danos
imensuráveis, aniquilando toda e qualquer campanha de marketing, além de causar danos
irreparáveis à sua marca e a consequente perda de sua carteira de clientes para a concorrência.
Todos esses prejuízos podem ser motivados por um mau planejamento logístico ou um
planejamento que não esteja sendo articulado da forma adequada. O problema pode ser iniciado
pelo uso de uma embalagem inadequada ou de uma estocagem incorreta, que não conserve o
item do modo apropriado, comprometendo sua inviolabilidade e a capacidade de resistir a algum
dano físico até sua entrega final. A partir da campanha de marketing e da venda do produto, na
cadeia de fornecedores, deve-se assegurar a disponibilização da melhor matéria-prima dentro do
prazo estipulado. Toda a sua linha de produção precisa estar devidamente engajada com a
qualidade e o cumprimento de prazos. Entendeu agora a razão pela qual deve existir um ótimo
planejamento logístico?
O planejamento logístico pode ser analisado sob dois níveis fundamentais, os quais podemos
considerar como pontos indispensáveis para quem deseja atender plenamente às demandas de
seus clientes.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
O primeiro é o nível tático, que, na maior parte dos casos, compreende decisões e estratégias
que são tomadas pela alta direção da organização, pois remete a planos estratégicos de médio e
longo prazo, os quais normalmente demandam maiores investimentos. Por essa razão, as
decisões estipuladas nesse nível são de fundamental importância, uma vez que é por meio delas
que a alta direção estabelece todo o seu planejamento estratégico, a fim de atingir seus objetivos
– ou seja, atender às necessidades, aos desejos e, principalmente, às expectativas de seus
clientes.
O nível seguinte é o operacional, também denominado como chão de fábrica, que é restrito aos
supervisores de áreas envolvidas em todos os processos, responsáveis pelas seguintes
decisões:
Siga em Frente...
Em uma visão mais ampla, podemos considerar outros fatores determinantes para o
planejamento estratégico e logístico:
Localização da planta industrial ou do centro de distribuição (CD): este pode ser o elemento
mais fundamental para agilizar a sua logística, pois contempla rodovias e/ou ferrovias
existentes na região e a proximidade de portos ou aeroportos.
Disponibilidade de mão de obra qualificada, treinada e motivada: um simples funcionário
desqualificado ou desmotivado pode trazer péssimos resultados.
Fornecedores qualificados e que atendam às suas necessidades: não se pode dizer a um
cliente insatisfeito que a culpa do atraso na entrega do produto é do seu fornecedor, pois,
nesse caso, o consumidor simplesmente o trocará pelo seu concorrente.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Redução de custos.
Diminuição de capital a ser investido.
Melhoria nos serviços fornecidos ao cliente.
Consequente minimização de custos e maximização de lucros.
Para não incorrer no equívoco de tomar como verdade a ideia de que o planejamento logístico
deve ater-se apenas às estruturas e decisões relacionadas aos transportes, devemos considerar
que um bom planejamento logístico inclui: a demanda por tecnologias, como softwares de
qualidade, que possibilitem um melhor controle e tomadas de decisão fundamentadas; frota de
veículos compatível para o atendimento da demanda de sua produção para o mercado;
compreensão da forma de gestão da empresa, ou seja, se é centralizada ou não; capacitação da
mão de obra, a fim de prover profissionais logísticos que atuem de maneira profissional,
estratégica e sejam capazes de eliminar desperdícios de tempo e dinheiro, cooperando com a
credibilidade da sua marca. Essas vantagens se transformarão em um diferencial competitivo da
sua empresa no mercado frente aos seus concorrentes. Além disso, não se esqueça de estender
esse planejamento logístico para os departamentos de apoio.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Em seguida, esse projeto pode ser dividido em partes que englobam as mais diversas áreas
funcionais, como marketing, produção e logística. Cada parte pode ser chamada de subprograma
e requer a adoção de muitas atividades e decisões específicas, como qual será o centro de
armazenagem ou estocagem, as políticas de estocagem a serem definidas e colocadas em
prática, os sistemas de atendimento de pedidos e, por fim, a seleção dos modais de transporte a
serem utilizados.
Que tal descrevermos os passos que podem ser considerados para desenvolver um melhor
planejamento logístico?
Necessidade: é geralmente referendada pela alta cúpula da direção da empresa e faz parte
do planejamento estratégico da organização. Mas também pode referir-se a um problema
detectado em qualquer parte da logística, o qual afete o desempenho da empresa.
Definição do problema: deve-se configurar a necessidade na forma do problema encontrado
para que seja mais bem compreendido.
Síntese: quais seriam as possíveis soluções para a questão envolvida?
Análise: faça as adequações necessárias para verificar se a solução encontrada realmente
é a melhor.
Aplicação: coloque a proposta de resolução em prática experimentalmente, para verificar e
acompanhar os resultados.
Avaliação: se a solução posta em prática atingir os resultados esperados, torne-os parte da
programação na condução de toda a sua logística.
Vamos Exercitar?
A logística é um pilar fundamental no mundo empresarial, sendo responsável pela gestão eficaz
do fluxo de produtos desde a aquisição de matérias-primas até a entrega ao consumidor final. O
planejamento logístico abrange a compreensão dos métodos e estratégias necessários para
otimizar esse fluxo, garantindo que os produtos certos cheguem no lugar certo, no momento
certo e nas condições ideais, tudo isso com o menor custo possível. A obtenção desses
resultados requer uma análise cuidadosa dos fatores que influenciam a logística, como demanda
do mercado, infraestrutura disponível, regulamentações e tecnologia.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Por fim, é importante evidenciar que o planejamento logístico é um campo dinâmico e complexo,
que exige das empresas uma abordagem estratégica e adaptativa. Ao lidar com os desafios e
aproveitar as oportunidades que surgem, as organizações podem não apenas sobreviver, mas
prosperar no ambiente empresarial contemporâneo.
Saiba mais
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em:
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
OLIVEIRA, A. C.; SOUZA, A. A. de. Planejamento logístico e suas contribuições para a redução de
custos. Revista Científica Eletrônica de Ciências Aplicadas da FAIT, n. 1, maio, 2021. Disponível
em: http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/vKqaBqg5rVnjA3w_2021-8-30-
16-17-56.pdf. Acesso em: 21 fev. 2024.
Aula 2
Nível de Serviço Logístico
Olá, estudante! Nesta videoaula trataremos de um tema de enorme importância para o sucesso
no setor logístico: o nível de serviço logístico. Vamos apresentar a definição desse conceito, suas
respectivas dimensões e os elementos que o compõem. Este conhecimento é fundamental para
a sua prática profissional, pois entender o nível de serviço logístico permite otimizar operações,
melhorar a satisfação do cliente e aumentar a eficiência. Portanto, este conteúdo é um recurso
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
essencial para quem busca excelência na área logística. Prepare-se para adquirir conhecimentos
que farão a diferença na sua carreira. Vamos começar?
Ponto de Partida
Olá! Seja bem-vindo a mais uma etapa de aprendizagem da disciplina Processos Logísticos. É
com grande satisfação que dou as boas-vindas a você, caro estudante, neste ambiente de
conhecimento e descoberta. A sua presença aqui é um passo valioso em direção ao
aprofundamento de seus estudos e ao seu desenvolvimento acadêmico e profissional. Estou
aqui para apoiá-lo em cada fase desse processo, fornecendo os recursos e o suporte
necessários para que você alcance seus objetivos.
Nesta fase de estudos, nosso foco será direcionado ao conceito de nível de serviço logístico, um
tema de grande relevância para a gestão eficiente de operações e cadeias de suprimentos.
Inicialmente, conheceremos a definição de nível de serviço, entendendo seu significado e
importância dentro do contexto logístico.
Essas questões ajudarão você a entender a aplicabilidade dos conceitos discutidos e identificar
como os conhecimentos adquiridos podem ser empregados na prática. Encorajo você a se
engajar ativamente nas discussões, utilizando os insights obtidos para enriquecer sua
compreensão e capacidade analítica.
Bons estudos!
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Vamos Começar!
Valor é o grau de benefício obtido como resultado da utilização e das experiências vividas com
um produto. É a percepção do cliente e das demais partes interessadas sobre o grau de
atendimento de suas necessidades, considerando as características e atributos do produto, seu
preço e a facilidade de aquisição, de manutenção e de uso ao longo de todo o seu ciclo de vida.
As organizações buscam criar e entregar valor para todas as partes interessadas. Isso requer um
balanceamento do valor na percepção dos clientes, dos acionistas, da força de trabalho e da
sociedade.
Todos fazem parte de uma cadeia de serviços, encontrando-se ora no processo de comprar, ora
no processo de vender. Os serviços representam uma parte fundamental do processo de procura
versus oferta. Para facilitar a visualização dessa ideia, pode-se considerar como exemplo um
almoço em um restaurante. Nesse caso, o desejo maior é o de alimentar-se (compra da comida).
No entanto, desde a chegada ao estabelecimento, é possível se deparar com os serviços: o
manobrista que guarda o carro, a recepcionista que recebe o cliente e o acompanha até a mesa,
além de todo o serviço prestado pelo garçom, incluindo o cafezinho após a refeição. Esses
serviços que estão correlacionados com o produto principal (nessa circunstância, a comida) é
que podem trazer uma experiência “mágica” para os consumidores.
Fazer apenas o que está definido pela organização como padrão de atendimento pode até suprir
as necessidades do cliente, mas talvez não satisfaça plenamente suas expectativas. Já não
basta simplesmente satisfazer clientes; é preciso encantá-los!
PROCESSOS LOGÍSTICOS
De acordo com Neves (2005), a logística tem valor quando considera os 8Rs:
Nesse contexto, é possível comprovar que a logística é uma das competências que podem
contribuir com o processo de agregação de valor para o cliente. Quando as operações estão
integradas e são entendidas como competências-chave do negócio, podem servir como base
para a obtenção de vantagem estratégica.
Serviço pode ser definido como um conjunto de atividades que são oferecidas por uma pessoa
ou empresa com o objetivo de satisfazer as necessidades ou desejos de um cliente ou grupo de
clientes. Ao contrário de um produto, que é tangível e pode ser fisicamente entregue ao
consumidor, um serviço é intangível, o que significa que não pode ser tocado, visto ou sentido de
forma concreta. Os serviços são realizados e consumidos ao mesmo tempo, e sua execução
pode variar de acordo com o fornecedor, o cliente e cada situação.
Também podemos conceitualizar os serviços como todos os benefícios oferecidos aos clientes.
Essa visão é bem ampla quanto à natureza dos serviços, mas é importante entender que tal
interpretação não necessariamente reflete as missões e visões da organização. O conceito de
serviço é mais pontual e diz respeito ao presente, ao que a empresa faz e ao que seus clientes
visualizam. Dentro desse âmbito, é válido destacar a necessidade de saber detalhadamente
como o serviço, os resultados e as experiências serão manifestados.
Logo, pode-se afirmar que não existe uma única definição para “nível de serviço”, uma vez que
cada indivíduo terá uma visão diferente em relação a uma organização específica. Porém devem
ser considerados quatro elementos básicos para a designação desse conceito, os quais se
mostram essenciais para que os consumidores possam constatar que lhes foi entregue um
elevado nível de serviço. São eles:
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Desse modo, a gestão das operações e dos serviços é a arte de criar e entregar valor. O grande
desafio nesse sentido é conseguir o equilíbrio entre agregar valor ao consumidor e diminuir o
custo da organização, gerando os seguintes ganhos:
Outro ponto a ser contemplado é a intangibilidade dos serviços. Ou seja, os serviços são de difícil
mensuração. Por essas dificuldades encontradas, é necessário achar meios de fornecer indícios
físicos para que o cliente fortaleça o valor do conceito. Muitos autores consideram essa
vantagem competitiva como algo próprio das experiências dos consumidores, mas acrescentar
valores tangíveis aos serviços pode gerar novos diferenciais
E o que é nível de serviço logístico? O nível de serviço logístico é definido como a qualidade com
que o fluxo de bens e serviços é gerenciado. Ou seja, é o resultado líquido de todos os esforços
logísticos da empresa.
Considerando esse cenário, também podemos conceitualizar nível de serviço logístico como o
desempenho oferecido pelos fornecedores aos seus clientes no atendimento dos pedidos. Esse
desempenho entregue é um fator-chave do conjunto de valores logísticos que as organizações
concedem a seus clientes para garantir a fidelidade.
Por fim, o nível de serviço também pode ser definido como aquilo que o cliente percebe além do
produto em si.
Siga em Frente...
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Porcentagem de ordens dos clientes que podem ser preenchidas completamente assim
que são recebidas no depósito.
Proporção de bens que chegam ao cliente em condições adequadas para venda.
Tempo despendido entre a colocação de um pedido pelo cliente e a entrega dos bens
solicitados.
Facilidade e flexibilidade com que o cliente pode gerar um pedido.
Por sua vez, o serviço oferecido inclui um grande número de fatores individuais, sendo que a
maioria está sob controle logístico. Esses fatores são classificados de acordo com sua relação
com a transação do produto:
Elementos de pré-transação: proporcionam por escrito uma política para o nível de serviço,
deixando claro aos clientes o que eles podem esperar do serviço oferecido. Criar uma
estrutura organizacional para implementar a política de nível de serviço e providenciar
treinamento técnico ou manuais aos clientes são práticas que também contribuem para
melhorar as relações entre clientes e fornecedores.
Elementos de transação: estão diretamente envolvidos nos resultados obtidos com a
entrega do produto ao cliente. Nesse caso, é importante ajustar níveis de estoque,
selecionar modos de transporte e determinar procedimentos para processamento de
pedidos, os quais, por sua vez, têm influência sobre tempos de entrega, exatidão do
preenchimento de ordens, condição das mercadorias na recepção do cliente e
disponibilidade de estoque.
Elementos de pós-transação: representam os serviços necessários para apoiar o produto
no campo, proteger consumidores de produtos defeituosos, providenciar o retorno de
embalagens ou tratar de reclamações, devoluções ou solicitações. Essas atividades
ocorrem após a venda do produto, mas devem ser planejadas nos estágios de transação ou
pré-transação.
Vamos Exercitar?
O nível de serviço logístico é um conceito fundamental no campo da logística e gestão da cadeia
de suprimentos. Refere-se à qualidade com que a logística de uma empresa pode entregar seus
produtos ou serviços aos clientes. A definição de nível de serviço engloba uma série de
parâmetros que determinam o quão eficaz e eficiente é o processo de entrega, abrangendo
desde a precisão do pedido até a rapidez da entrega e a qualidade do atendimento ao cliente.
As dimensões e elementos do nível de serviço logístico são variados e incluem aspectos como
tempo de entrega, confiabilidade, disponibilidade de produtos, capacidade de resposta,
flexibilidade e qualidade da comunicação com o cliente. Esses componentes são essenciais para
entender como a logística de uma empresa pode afetar diretamente a satisfação do cliente e a
performance operacional. Por exemplo, entregas mais rápidas e confiáveis ajudam a aumentar
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Um planejamento acurado é imprescindível para melhorar o nível de serviço logístico. Ele envolve
a análise detalhada das necessidades dos clientes, a avaliação das capacidades logísticas da
empresa e a identificação de áreas para melhoria. Um planejamento bem elaborado pode ajudar
a otimizar os processos logísticos, melhorar a precisão dos pedidos, diminuir o tempo de entrega
e aumentar a flexibilidade para atender a demandas variadas. Ferramentas como tecnologia de
informação, análise de dados e sistemas de gestão de relacionamento com o cliente (CRM) pode
ser utilizada para aprimorar a precisão no planejamento e execução do nível de serviço logístico.
Saiba mais
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/. Acesso em:
23 jan. 2024.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Aula 3
Medição de Desempenho
Medição de Desempenho
PROCESSOS LOGÍSTICOS
aplicável à sua jornada profissional. Não perca esta oportunidade de aprimorar suas habilidades
em logística. Junte-se a mim nesta etapa de aprendizagem!
Ponto de Partida
Olá! Seja bem-vindo a mais esta aula da disciplina Processos Logísticos. O foco desta fase de
estudos está direcionado à essencialidade da medição de desempenho dentro do vasto campo
da logística. Este encontro acadêmico tem o objetivo de equipá-lo com conhecimentos
fundamentais que explicam como a performance logística é avaliada, tanto internamente quanto
externamente, por meio de indicadores específicos. A importância desses indicadores não pode
ser subestimada, pois eles servem como ferramentas cruciais para entender, analisar e melhorar
as operações logísticas, garantindo assim a eficiência e a eficácia dos processos.
Essas questões são projetadas para mantê-lo engajado e atento aos elementos que são
fundamentais para o desenvolvimento de uma compreensão abrangente da logística.
Encorajo você a se dedicar ao estudo desses conceitos primordiais, pois eles são peças-chave
para o sucesso na área de processos logísticos.
Bons estudos!
Vamos Começar!
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Além disso, a medição de desempenho possibilita a melhoria contínua. A partir dessa atividade,
as empresas podem estabelecer benchmarks internos e externos, promovendo a inovação e a
adoção de melhores práticas do setor. Esse aspecto é vital para manter a relevância e
competitividade no mercado, pois permite que as organizações se adaptem rapidamente às
mudanças de demanda dos consumidores, às novas tecnologias e aos padrões regulatórios.
A concorrência no mercado, por sua vez, é diretamente influenciada pela capacidade de uma
empresa entregar produtos e serviços de forma eficaz e eficiente. A medição de desempenho
logístico contribui para a redução de custos operacionais, otimização de estoques, melhoria no
tempo de entrega e aumento da satisfação do consumidor. Organizações que dominam esses
aspectos tendem a se destacar, pois concedem um valor mais expressivo aos seus clientes em
comparação aos concorrentes.
Por fim, a medição de desempenho é vital para a perenidade das empresas. Ela fornece
informações valiosas para o planejamento estratégico e a sustentabilidade do negócio a longo
prazo. Conhecer as tendências de desempenho no decorrer do tempo ajuda as organizações a se
anteciparem a desafios futuros, adaptando-se e evoluindo conforme necessário para manter sua
posição no mercado.
Desse modo, podemos afirmar que a medição de desempenho em operações logísticas não é
apenas um requisito para a eficiência operacional, mas uma alavanca crítica para a
competitividade, crescimento e sustentabilidade empresarial.
E como o desempenho pode ser mensurado? A resposta para essa pergunta é bastante simples:
por meio dos indicadores de desempenho.
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Que tal entender um pouco mais sobre os indicadores de desempenho logístico interno? Para
isso, é importante relembrar que dentro das organizações existem vários processos logísticos.
No entanto, para a criação de indicadores internos, não é recomendado o acompanhamento de
indicadores vinculados a todos os processos existentes, já que isso pode tornar a coleta de
dados demasiadamente complexa e dificultar a tomada de decisões diante de informações
dispersas. Ângelo (2005) subdivide os indicadores de desempenho logístico interno em quatro
áreas-chave:
Vamos conhecer alguns indicadores de desempenho que integram essas áreas no Quadro 1, a
seguir. Mas é importante ter como premissa o fato de que as organizações podem e devem
selecionar, criar e adaptar os indicadores de desempenho que acharem apropriados para suas
operações.
Indicador de Melhores
Descrição Cálculo
desempenho práticas
DESEMPENHO NO ATENDIMENTO DO PEDIDO AO CLIENTE
% Acuracidade no
registro do pedido
Calcula a taxa de x%
pedidos sem erros acuracidade na
em cada estágio separação x %
Pedido Perfeito ou do pedido do entregas no prazo
Perfect Order cliente. Deve x
Em torno de 70%
Measurement considerar cada % entregas sem
etapa na "vida" de danos x % pedidos
um pedido. faturados
corretamente
Corresponde às
Para grupos de
entregas realizadas
% de Pedidos clientes A, o índice
dentro do prazo e
Completos e no Entregas perfeitas varia de 90% a
atendendo às
Prazo ou % OTIF - / total de entregas 95%. No geral,
quantidades e
On Time in Full realizadas atinge valores
especificações do
próximos de 75%
pedido.
Desmembramento
% de Entregas no da OTIF. Mede % de Entregas no prazo / Variam de 95% a
Prazo ou On Time entregas realizadas Total de entregas 98%
Delivery realizadas
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
no prazo acordado
com o cliente.
Desmembramento
da OTIF. Mede % de Pedidos
Taxa de pedidos atendidos integralmente
Atendimento do na quantidade e atendidos / Total
99,50%
Pedido ou Order Fill especificações de pedidos
Rate solicitadas pelo expedidos
cliente.
Tempo decorrido
entre a realização
do pedido por um
cliente e a data de Menos de 24 horas
entrega. Alguns Data da entrega para localidades
Tempo de Ciclo do
consideram como menos a data da mais próximas ou
Pedido ou Order
data final a data de realização do até um limite de
Cycle Time
disponibilização do pedido 350 km
pedido na doca de
expedição.
DESEMPENHO NA GESTÃO DOS ESTOQUES
Tempo da
mercadoria da
doca de
recebimento até a
sua armazenagem
física. Outros
consideram da
doca até a sua Tempo da doca ao
armazenagem estoque ou
2 horas ou 99,9%
física e o seu disponibilizaçã do
Dock to Stock Time no mesmo dia
registro nos item para venda
sistemas de
controle de
estoques e
disponibilização
para venda.
Corresponde à Estoque físico
No Brasil, 95%. No
diferença entre o atual por SKU /
Japão, atingem
Acuracidade do estoque físico e a estoque contábil
99,95%. E nos EUA,
Inventário ou informação ou estoque
entre 99,75% e
Inventory Accuracy contábil de reportado no
99,95%
estoques. sistema
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Receita não
Quantificação das
realizada por causa
vendas perdidas
da
em função da
Stock outs indisponibilidade Variável
indisponibilidade
do item em
do item solicitado.
estoque (R$)
Corresponde ao
estoque
indisponível para
venda em função
de danos
% Estoque decorrentes da Estoque
Indisponível para movimentação indisponível (R$) / Variável
Venda armazenagem, Estoque total (R$)
vencimento da
data de validade ou
obsolescência.
Estar acima de
Ocupação média
100% é um
em m³ ou posições
Mede a utilização péssimo indicador,
de
volumétrica ou do pois provavelmente
Utilização da armazenagem
número de indica que
Capacidade de ocupadas
posições para corredores ou
Estocagem ou / Capacidade total
estocagem outras áreas
Storage Utilization de armazenagem
disponíveis em um inadequadas para
em m³ ou número
armazém. estocagem estão
de posições
sendo utilizadas
Data / Hora do
registro da
Mede o tempo para
informação de
disponibilização
recebimento do
dos estoques dos
Visibilidade dos material nos
materiais recém-
Estoques ou sistemas da Máximo de 2 horas
recebidos nos
Inventory Visibility empresa - Data /
sistemas da
Hora do
empresa.
recebimento físico
PRODUTIVIDADE DO ARMAZÉM
Mede a quantidade Pedidos separados
Pedidos por Hora de pedidos / embalados / Variam conforme o
ou Orders per Hour separados e Total de horas tipo de negócio
embalados/acondi trabalhadas no
cionados por hora. armazém
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Custos de
Revela a
Movimentação e
participação dos
Armazenagem
custos Custo total do
como um % das Variam conforme o
operacionais de armazém / Venda
Vendas ou tipo de negócio
um armazém nas total
Warehousing Cost
vendas de uma
as % of Sales
empresa.
Mede o tempo de
permanência dos
Variam conforme
veículos de
Hora de saída da tipo de veículo,
Tempo Médio de transporte
doca - Hora de carga e condições
Carga/Descarga nas docas de
entrada na doca operacionais
recebimento e
expedição.
Além do tempo em
Tempo Médio de
doca, mede
Permanência do Hora de saída da
tempos manobra, Variam conforme
Veículo de portaria
trânsito interno, procedimentos da
Transporte ou - Hora de entrada
autorização da empresa
Truck Turnaround na portaria
portaria, vistorias,
Time
etc.
Mede a utilização
dos equipamentos
Em uso intensivo,
Utilização dos de movimentação Horas em
com operador
Equipamentos de disponíveis em operação / Horas
dedicado, mínimo
Movimentação uma operação de disponíveis para
de 95%
movimentação e uso
armazenagem.
DESEMPENHO EM TRANSPORTES
Custos de Mostra a
Transporte como participação dos Custo total de Variam conforme o
um % das Vendas custos de transportes (R$) / tipo de negócio
transportes nas Vendas totais (R$)
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Siga em Frente...
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Um indicador externo importante é o de entregas realizadas dentro do prazo negociado, que pode
ser usado para medir mensalmente as entregas para um segmento/cliente específico, bem como
para medir todos as entregas realizadas em uma frequência diária.
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
O cálculo é simples: Número de entregas realizadas dentro do prazo / Número de entregas totais.
Exemplo: geralmente são realizadas 1.050 entregas diárias. Na última segunda-feira, 998
entregas foram efetuadas dentro do horário determinado. Sendo assim, 95% das entregas foram
feitas conforme o prazo negociado.
Mas como coletar as informações sobre entregas dentro do prazo? Para isso, deve-se prezar pelo
controle da operação, contar com a validação por parte do cliente ou, até mesmo, consultar o
controle/indicador do cliente em tempo real. Com a utilização da tecnologia da informação (TI)
aplicada à logística, esse monitoramento fica mais fácil. Podemos tomar como exemplo o caso
de uma distribuidora de e-commerce que utiliza um sistema via equipamentos móveis de
comunicação (tablet, celular, etc.) e, ao entregar a mercadoria ao cliente, pede a confirmação por
meio de uma assinatura eletrônica, foto e/ou outra forma de validação. Assim, os controles são
alimentados automaticamente.
Vamos Exercitar?
Por outro lado, os indicadores de desempenho logístico externo refletem a interação da empresa
com o ambiente externo, isto é, com clientes, fornecedores e parceiros logísticos. Esses
indicadores avaliam a qualidade do serviço prestado ao cliente, a pontualidade das entregas, a
precisão dos pedidos e a capacidade de resposta a solicitações especiais. A análise desses
indicadores permite que as empresas entendam como suas operações logísticas impactam a
satisfação do cliente e sua posição competitiva no mercado. Organizações que se destacam em
desempenho logístico externo tendem a ter clientes mais satisfeitos, o que resulta em maior
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Portanto, podemos afirmar que a medição de desempenho logístico é uma prática crítica que
influencia diretamente a efetividade operacional, a satisfação do cliente e a competitividade no
mercado. Ao considerarem os indicadores tanto de desempenho interno quanto externo, as
empresas podem obter uma visão abrangente de suas operações logísticas, encontrando
possibilidades de melhorias e inovações que sustentem o crescimento e o sucesso a longo
prazo.
Saiba mais
Mensurar o desempenho das operações realizadas em uma empresa é uma prática fundamental
para o alcance de uma gestão mais acurada, pois favorece o conhecimento exato da eficiência
dos resultados obtidos. Logo, essa atividade concede um embasamento sólido para as tomadas
de decisões. Entretanto, o processo de escolha e implantação desses indicadores pode
apresentar alguns desafios bastante complexos. Para que você possa conhecer algumas
particularidades inerentes a esse procedimento de implantação, faça a leitura do artigo
disponível a seguir.
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/. Acesso em:
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
23 jan. 2024.
Aula 4
Custos Logísticos
Custos Logísticos
Olá, estudante! Bem-vindo a esta videoaula na qual trataremos de um tema crucial para qualquer
profissional da área de logística: o conceito de custos logísticos e sua respectiva determinação.
Ao longo deste conteúdo, você conhecerá os diferentes tipos de custos logísticos, como custos
fixos e variáveis, e custos diretos e indiretos. Dominar esses elementos é essencial para
estabelecer uma gestão eficaz e a otimização dos recursos dentro de qualquer operação
logística. Logo, este material é indispensável para sua prática profissional, pois o ajudará a tomar
decisões mais informadas e estratégicas. Convido você a assistir a esta videoaula e ampliar seus
conhecimentos sobre essa área tão importante. Vamos juntos dar mais um passo em sua
formação profissional?
Disciplina
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Ponto de Partida
Olá! Seja bem-vindo! Iniciar mais uma etapa de aprendizagem sempre é uma tarefa repleta de
expectativas e oportunidades de crescimento. Neste ambiente de ensino, convido você a explorar
e expandir seus conhecimentos, preparando-se para os desafios e as demandas do mercado de
trabalho. Aqui, valorizamos a curiosidade intelectual e a vontade de avançar no campo dos
processos logísticos, uma área fundamental para o sucesso das organizações modernas.
Nesta aula investigaremos conceitos importantes relacionados aos custos logísticos, que
constituem um assunto indispensável para a compreensão da dinâmica e da eficiência
operacional na gestão da cadeia de suprimentos. Começaremos nossa jornada com uma
explanação sobre a definição de custos logísticos, seguida de uma análise detalhada dos tipos
de custos envolvidos nesse âmbito, como custos fixos e variáveis, e custos diretos e indiretos.
Por fim, discutiremos sobre metodologias adotadas para a determinação do custo logístico total.
Essa compreensão é indispensável para qualquer profissional da área, pois oferece as bases
necessárias para a tomada de decisões estratégicas e a otimização de recursos.
Durante esta fase de estudos, três perguntas guiarão nossa discussão e reflexão:
Essas questões são projetadas para estimular o pensamento crítico e a aplicação prática dos
conceitos analisados, estimulando você a permanecer atento e engajado com o material
apresentado.
Convido você a aproveitar esta oportunidade para ampliar seus conhecimentos e habilidades na
área de processos logísticos. Com dedicação e empenho, os saberes aqui explorados serão
valiosos para sua formação acadêmica e profissional.
Bons estudos!
Vamos Começar!
PROCESSOS LOGÍSTICOS
receber uma atenção muito maior, tornando-se um dos desafios mais complexos que os gestores
contemporâneos enfrentam. Essa preocupação tem algumas justificativas bem palpáveis.
Os custos são aqueles gastos que ocorrem em virtude dos esforços produtivos e que dão origem
a um bem ou a um serviço. Nesse sentido, são considerados custos os gastos com mão de obra
da fábrica, com matérias-primas consumidas, energia elétrica do barracão onde ocorre a
produção, salários dos gerentes, líderes e supervisores das linhas de produção, e, principalmente,
custos com transportes, seja no momento de aquisição da matéria-prima ou no instante em que
os produtos acabados são entregues aos seus respectivos pontos de vendas ou ao consumidor
final.
Esses custos logísticos estão presentes em todas as operações que ocorrem no contexto de
uma cadeia de suprimentos integrada, considerando a aquisição da matéria-prima, o momento
em que o produto ou serviço fica disponível para consumo, os processos responsáveis pela sua
disponibilização aos canais de vendas (como varejo, atacado, atacarejo ou e-commerce) e as
operações que acontecem na esfera da logística reversa.
Portanto, é possível constatar que existem motivos para que o gerenciamento desses custos
seja tão complexo. Nesse contexto, conhecer as terminologias e as formas de classificação dos
gastos, dentre eles os custos, bem como as ferramentas de gerenciamento, pode tornar a gestão
mais acurada, de modo que as tomadas de decisão por parte dos gestores resultem em
benefícios à organização.
b. Em relação à forma como são aplicados e mensurados aos produtos, são categorizados como
custos diretos ou custos indiretos.
Os custos fixos, como a própria terminologia sugere, são os custos que não variam em um
determinado período, independentemente da quantidade produzida. Eles têm natureza fixa, ou
seja, terão o mesmo valor se a indústria produzir 100 ou 1.000 unidades. O valor do aluguel do
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armazém e a mão de obra são exemplos de custos fixos. Independentemente das quantidades
produzidas pela empresa, esses custos devem ser quitados impreterivelmente no prazo
acordado.
Por sua vez, os custos variáveis são aqueles que apresentam uma relação direta com os volumes
de produção. Nesse caso, quanto maior for o volume produzido, maiores serão os custos. Para
exemplificar, podemos citar a matéria-prima e as embalagens. Perceba que, quanto maior o
montante produzido, maior é o valor gasto tanto com matérias-primas quanto com embalagens.
Em contrapartida, caso a empresa não produza uma única unidade no mês, também não terá
custos em relação às matérias-primas e embalagens. Outro exemplo de custo variável é o gasto
com a energia elétrica da fábrica. Se a fábrica trabalha em um turno de oito horas, gastará um
determinado valor com energia. Caso passe a trabalhar em dois turnos, ou seja, 16 horas/dia,
começará a gastar, ao menos em teoria, o dobro do que consumia anteriormente.
Figura 1 | Demonstração da relação entre os custos fixos e variáveis. Fonte: elaborada pelo autor.
Os custos diretos podem ser diretamente associados aos produtos, bastando apenas que se
tenha uma unidade de medida de consumo, como kg de matéria-prima por produto, unidades de
embalagem utilizadas no produto ou horas de mão de obra gastas no produto. Dois bons
exemplos desses tipos de custos são as matérias-primas e a mão de obra. Vamos conferir um
caso?
Suponha que uma empresa tenha gastado R$ 1.000,00 em matéria-prima e R$ 2.000,00 em mão
de obra para produzir 1.000 unidades de um determinado produto. Com esses dados, é possível
identificar claramente que o custo total de produção foi de R$ 3.000,00 e o custo unitário foi de
R$ 3,00 por unidade. Por isso, esses custos são denominados “diretos”. Tais custos basicamente
são compostos de materiais diretos (matérias-primas, embalagens) e mão de obra direta (ou
seja, os valores gastos com os trabalhadores que estão diretamente vinculados ao processo de
fabricação, como os operadores de máquinas).
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PROCESSOS LOGÍSTICOS
Por outro lado, os custos indiretos não oferecem condições para que haja uma medida objetiva.
Logo, qualquer tentativa de alocação precisa ser feita de maneira estimada e, muitas vezes,
arbitrária, utilizando critérios de rateio, como ocorre com os custos de supervisão e aluguel da
fábrica.
Siga em Frente...
Agora, que tal aprofundarmos nossa análise sobre cada um desses custos?
Os custos fixos surgem quando se usa armazenagem própria e espaço físico alugado, podendo
ser reduzidos por meio de uma melhor utilização do leiaute, diminuição de movimentos
desnecessários e aumento da rotatividade, e redução de custos com mão de obra e níveis de
estoque. Os custos variáveis geralmente estão associados a serviços de armazenagem que são
terceirizados para operadores logísticos.
Uma estratégia logística que vem sendo muito adotada no momento é o uso de centros de
distribuição, posicionando o estoque em vários pontos da cadeia de suprimentos. Essa decisão
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permite reduzir custos de manutenção de inventário e transportes, entre outros tipos. Também
deve-se considerar a estocagem em trânsito, que se relaciona ao tempo em que os materiais
permanecem num veículo.
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Esses custos surgem em todas as operações das subdivisões da logística, que abrangem a
logística de suprimentos, logística de produção e logística de distribuição. Podemos, ainda,
apontar a logística reversa como uma nova subdivisão, cujos custos também devem ser
considerados, os quais incluem ponto de coleta, transporte, entre outros fatores.
Vamos Exercitar?
Nesta aula tratamos de conceitos fundamentais e de práticas essenciais no âmbito da logística,
direcionando o foco especificamente aos custos associados a essa área de substancial
importância nas operações empresariais. Inicialmente, definimos o conceito de custos logísticos,
uma componente vital para o entendimento da eficiência e eficácia das operações logísticas.
Esses custos são categorizados de diversas formas, distinguindo-se entre custos fixos e
variáveis, bem como entre custos diretos e indiretos. Também aprofundamos nosso
entendimento sobre a análise dessas categorias e finalizamos a aula com a determinação do
custo logístico total, um elemento-chave para a gestão financeira bem-sucedida na logística.
No que se refere à influência dos custos fixos e variáveis na estrutura de custos logísticos de
uma empresa, podemos afirmar que os custos fixos e variáveis desempenham papéis distintos
nesse contexto. Os custos fixos, que podem incluir aluguel de armazéns ou salários de
funcionários contratados, não variam conforme o volume de produção ou vendas. Isso significa
que, independentemente da quantidade de mercadorias movimentadas, esses custos
permanecem constantes, o que pode representar uma vantagem para empresas com altos
volumes de produção. Por outro lado, os custos variáveis, que incluem embalagens e
combustível para transporte, mudam diretamente de acordo com o volume de produtos
manuseados ou vendidos. Essa natureza variável implica que, à medida que a empresa amplia
sua produção ou vendas, os custos variáveis aumentam proporcionalmente, impactando a
estrutura de custos logísticos e exigindo uma gestão cuidadosa para maximizar a eficiência.
Vale destacar, ainda, que a identificação correta e a gestão eficaz de custos diretos e indiretos
são ações fundamentais para o controle financeiro dentro da logística. Os custos diretos são
aqueles que podem ser facilmente atribuídos a um produto ou serviço específico, como o custo
de transporte de mercadorias. Em contraste, os custos indiretos, como a manutenção de
equipamentos e os custos administrativos, não estão diretamente ligados a um produto ou
serviço em particular, o que torna sua alocação mais complexa. Para gerenciá-los efetivamente, é
essencial utilizar sistemas de contabilidade e gestão financeira que permitam a alocação precisa
desses custos, bem como a implementação de estratégias para sua otimização, como a
negociação de contratos de manutenção mais vantajosos ou a adoção de práticas
administrativas mais adequadas.
Por fim, é importante considerar que a mensuração precisa do custo logístico total é vital para a
competitividade e sustentabilidade de uma organização. Esse cálculo abrangente permite que a
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empresa tenha uma visão clara de quanto está gastando para movimentar produtos desde a
aquisição da matéria-prima até a entrega dos itens ao cliente final. Essa visibilidade é crucial
para identificar áreas de ineficiência, oportunidades de redução de custos e para a tomada de
decisões estratégicas baseadas em dados concretos. Além disso, uma compreensão sólida dos
custos logísticos totais é indispensável para a definição de preços competitivos, que, ao mesmo
tempo, garantam a margem de lucro necessária para o crescimento e a sustentabilidade da
empresa no longo prazo.
Saiba mais
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/. Acesso em:
23 jan. 2024.
DUARTE, F. Táticas BOPE de redução de custos logísticos. Guia do TRC, 20 set. 2016. Disponível
em: https://guiadotrc.com.br/publicacao/artigo-taticas-bope-de-reducao-de-custos-
logisticos/32090. Acesso em: 22 fev. 2024.
GLOSSÁRIO de termos tributários e fiscais. Portal Tributário, 31 jan. 2017. Disponível em:
https://www.portaltributario.com.br/glossario.htm. Acesso em: 22 fev. 2024.
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Aula 5
Encerramento da Unidade
Videoaula de Encerramento
Olá, estudante! Nesta videoaula, você será apresentado ao importante contexto do planejamento
logístico, retomando a análise de temas essenciais a esse contexto, como nível de serviço
logístico, medição de desempenho e custos logísticos. Este conteúdo é indispensável para sua
prática profissional, pois oferecerá a você ferramentas e conhecimentos que o ajudarão a
otimizar operações, melhorar a eficiência e reduzir custos em suas atividades logísticas. Prepare-
se para adquirir competências que farão a diferença no seu dia a dia profissional. Não perca esta
oportunidade de aprimorar suas habilidades! Assista agora a esta videoaula!
Ponto de Chegada
Nesse contexto, a fim de esclarecer como os conteúdos trabalhados em cada aula contribuíram
para o desenvolvimento das competências descritas anteriormente, é importante considerarmos,
em um primeiro momento, que assimilar os aspectos do planejamento logístico ajudará a
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O foco direcionado ao nível de serviço logístico permite entender como agregar valor ao cliente
em processos que envolvem desde a precisão na entrega até a oferta de qualidade e
informações. O domínio desses conteúdos é vital para se destacar em um mercado concorrido.
Por outro lado, avaliar o desempenho logístico por meio de indicadores internos e externos é
fundamental para estimular a melhoria contínua, a otimização dos processos e a redução de
custos, garantindo a competitividade e a sustentabilidade da empresa.
Por fim, o entendimento apropriado dos custos logísticos, incluindo os fixos, variáveis, diretos e
indiretos, é relevante para o gerenciamento eficiente dos recursos, pois viabiliza a criação de
estratégias que equilibrem custo e serviço.
Em conclusão, esses conteúdos se interligam para formar uma base sólida de conhecimento em
logística, colaborando com a otimização das operações, a satisfação do cliente e a eficiência
financeira.
É Hora de Praticar!
PROCESSOS LOGÍSTICOS
Como a Distribuidora Alfa pode melhorar seu planejamento logístico para garantir entregas
no prazo e reduzir a variabilidade nos tempos de entrega?
Quais métricas e ferramentas a Alfa deve implementar para medir efetivamente o
desempenho de sua logística e identificar áreas para aprimoramento contínuo?
De que maneira a Alfa pode otimizar seus custos logísticos sem comprometer a qualidade
do serviço, especialmente considerando os custos de transporte e gestão de estoques?
Você, como parte integrante da empresa, deverá buscar soluções para os problemas descritos,
aplicando os conceitos e competências desenvolvidos durante esta unidade de aprendizagem.
Para que você possa solidificar seu entendimento sobre os assuntos estudados nesta etapa de
aprendizagem, considere as seguintes perguntas:
Como a tecnologia pode ser aplicada para melhorar o planejamento e a execução logística em
sua organização?
De que maneira a medição de desempenho logístico coopera com a melhoria contínua e a
competitividade no mercado?
Qual a importância do gerenciamento de custos logísticos para a sustentabilidade financeira das
empresas?
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CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/. Acesso em:
23 jan. 2024.
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