Módulo II - Apresentação 3 - UD 4 e 5 - Abandono de Área

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BRIGADA DE INCÊNDIO

Unidade didática 4 - Abandono de Área


OBJETIVOS

OBJETIVOS

Ao final da aula, os participantes serão capazes de:

1) Conhecer o que é Abandono de Área;

2) Definir o Grupo de Abandono de Área;

3) Definir Planos de Evacuação em Edificações;

4) Identificar o comportamento humano em incêndios;

5) Conhecer as orientações sobre a preservação de locais para Perícias de Incêndio.


COMPORTAMENTO HUMANO EM INCÊNDIOS

O estudo do comportamento humano em situações de incêndio é complexo,


pelo fato de serem impraticáveis as realizações de certos experimentos que
venham a demonstrar as reais reações e comportamentos, sem que venha a se
expor a riscos à integridade física dos envolvidos.
COMPORTAMENTO HUMANO EM INCÊNDIOS

As reações humanas são condicionadas por um mecanismo fisiológico, no qual o homem


ao ser informado de uma situação de perigo, o qual ele identifica com base em experiências
cognitivas anteriores ou de conhecimento adquirido através da informação e de relatos, o qual
lhe permite estabelecer comparações. As reações, estas as mais típicas são:
- Fuga, na maior parte dos comportamentos ou,
- Luta da situação de perigo, ou a ausência dela,
- Inércia, que nada mais é do que um processo de total de negação do fato relacionado
com o perigo, motivado por uma situação maior e mais complexa que a capacidade individual
de ser tomada qualquer ação, quer fugir ou lutar.
COMPORTAMENTO HUMANO EM INCÊNDIOS

Em um incêndio, o comportamento mais frequente é a tensão nervosa ou


estresse, e não a reação de medo e que foge ao controle racional, ou seja, o
pânico. Não há necessariamente a ocorrência de pânico ainda que não houvesse a
evidência de escape. Os comportamentos contagiosos são muito mais comuns
nas situações ambíguas ou emergenciais simplesmente pela tendência das
pessoas, seguirem um líder, em situações de stress, onde esta opção (de seguir um
líder) é a única opção.
ABANDONO DE ÁREA

Abandono de local em emergências é o comportamento de sair rápido por


uma rota de fuga e isso depende do recebimento do aviso de incêndio, se precoce
ou tardio, e da familiaridade da saída de emergência de onde estiver.
Para a perfeita execução do abandono de local, faz-se necessário o
treinamento periódico dos componentes da brigada, bem como a realização de
palestras-relâmpago para os demais funcionários, visando a orientá-los a respeito
dos procedimentos gerais a serem seguidos.
GRUPO DE ABANDONO DE ÁREA

O Grupo de Abandono é composto por brigadistas capacitados tecnicamente,


para que em situações de incêndio efetuem o procedimento de retirada do pessoal
ali presente de forma coordenada, minimizando assim as situações de riscos. O
grupo de abandono de área é composto basicamente por brigadistas particulares e
voluntários: coordenador geral da brigada, líder, puxa- fila, cerra-fila e
vistoriador.
GRUPO DE ABANDONO DE ÁREA

Coordenador Geral da Brigada: Brigadista responsável pela coordenação e


execução das ações de emergências da edificação. É o responsável máximo da
brigada de incêndio, determina o início do abandono, devendo priorizar os locais
sinistrados, os pavimentos superiores a estes, os setores próximos e os locais de
maior risco.
- Aciona o Corpo de Bombeiros;
- Dirigir-se imediatamente para o ponto de encontro;
- Organizar o ponto de encontro, buscando informações;
GRUPO DE ABANDONO DE ÁREA

- Aguardar e checar o completo abandono;


- Comunicar o completo abandono e as alterações ao Corpo de Bombeiros;
- Receber as alterações dos líderes;
- Observar e corrigir posteriormente possíveis pontos a melhorar referente ao
desempenho dos membros da brigada e demais funcionários e visitantes
GRUPO DE ABANDONO DE ÁREA

Líder: Brigadista responsável pela coordenação e execução das ações de


emergência de um determinado setor / compartimento / pavimento da planta.
- Reunir e conferir os funcionários de seu pavimento;
- Fazer contatos externos;
- Orientar e supervisionar as ações dos demais membros;
- Auxiliar na remoção de pessoas;
GRUPO DE ABANDONO DE ÁREA

- Solicitar auxílios em geral;


- Contatar o supervisor no ponto de encontro;
- No ponto de encontro fazer chamada/contagem;
GRUPO DE ABANDONO DE ÁREA

Puxa-Fila: Brigadista que vai a frente do pessoal a ser retirado, com as funções
de:
- Iniciar o trabalho de escape das pessoas, posicionando-se na via de escape,
indicando a saída e organizando o ingresso e passagem na escada;
- Se possível, o puxa-fila deve contar o número de pessoas e informar ao líder.
GRUPO DE ABANDONO DE ÁREA

Cerra-Fila: Brigadista que sai por último e posicionando-se ao final da fila do


pessoal a ser retirado, com as funções de:
- Ir a todos os recintos chamando as pessoas e depois se posicionar ao
final da fila;
- Auxiliar nas tarefas de primeiros socorros, remoção de pessoas e
organização da fila.
GRUPO DE ABANDONO DE ÁREA

Vistoriador:
- Enviar o elevador ao térreo;
- Desligar o sistema elétrico do andar;
- Fechar as portas e janelas sem as travar;
- Checar as dependências dos pavimentos;
- Auxiliar nas tarefas de primeiros socorros e na remoção de retardatários.
RECOMENDAÇÕES GERAIS

Orientações gerais para o sucesso durante o procedimento de abandono de


local:
- Acatar as orientações dos brigadistas;
- Manter a calma;
- Caminhar em ordem;
- Permanecer em silêncio;
- Pessoa em pânico: se não puder acalmá-la, deve-se evitá-la. Se possível,
avisar um brigadista;
RECOMENDAÇÕES GERAIS

- Nunca voltar para apanhar objetos;


- Ao sair de um lugar, fecha as portas e janelas sem trancá-las;
- Não se afastar dos outros e não parar nos andares;
- Levar consigo os visitantes que estiverem em seu local de trabalho;
- Ao sentir cheiro de gás, não acender ou apagar as luzes;
- Deixar a rua e as entradas livres para a ação dos bombeiros e do pessoal de
socorro médico;
- Encaminhar-se ao ponto de encontro e aguardar novas instruções.
RECOMENDAÇÕES GERAIS

Em locais com mais de um pavimento:


- Nunca utilizar o elevador, salvo por orientação da brigada;
- Descer até o nível da rua e não subir, salvo por orientação da brigada;
- Ao utilizar as escadas, deparando-se com as equipes de emergência,
dar passagem pelo lado interno da escada, sempre usar o corrimão,
não pular degrau e seguir em fila indiana.
RECOMENDAÇÕES GERAIS

- Antes de abrir uma porta, verificar se ela não está quente;


- Se ficar preso em algum ambiente, aproximar-se das aberturas externas e
tentar de alguma maneira informar sua localização;
- Nunca saltar.
RECOMENDAÇÕES GERAIS

Em situações extremas:
- Evitar retirar as roupas e, se possível, molha-las;
- Se houver necessidade de atravessar uma barreira de fogo, molhar todo o
corpo, roupas, sapatos e cabelo;
- - Proteger a respiração com um lenço molhado junto à boca e nariz e
manter-se sempre o mais próximo do chão, já que é o local com menor
concentração de fumaça;
-
RECOMENDAÇÕES GERAIS

A lista, a seguir, expõe os principais fatores de escolha de saída:


- O escurecimento do ambiente pela fumaça, que pode causar irritação e
toxicidade.
- Características do incêndio, como calor e cheiro.
- Familiaridade com as rotas de fuga.
- Características como idade, debilidades e incapacidades.
- Orientação existente antes do incêndio, em como proceder em caso de
incêndio.
RECOMENDAÇÕES GERAIS

- Níveis de iluminação e fonte de luz.


- Tipo de função do usuário, se funcionário ou público externo à edificação.
- Posição e proximidade da pessoa até uma saída.
- Sinalização da saída de emergência.
PRESERVAÇÃO DE LOCAL PARA PERÍCIA

Para a realização de exames periciais existe a necessidade de


preservar (manter) os locais de crime preservados para a a investigação
e coleta de vestígios.

Considerando que o Corpo de Bombeiros Militar e as Brigadas de


Incêndio atuam no resgate e no salvamento em locais onde de
eventuais práticas de crime, existe a necessidade de preservação
desses locais.
PRESERVAÇÃO DE LOCAL PARA PERÍCIA

As circunstâncias do delito nem sempre poderão ser identificadas pelo


perito quando houver adulteração, muito menos retornar as peças aos
seus locais originais;

Geralmente as modificações no local do crime não são intencionais,


mas geradas pela falta de integração dos diversos “escalões do
aparelho oficial”;
PRESERVAÇÃO DE LOCAL PARA PERÍCIA

Policiais militares, civis, bombeiros militares e peritos criminais têm,


diante do local de crime, responsabilidades subdivididas e
complementares entre si;

Nenhum local de incêndio pode ser devidamente periciado se o cenário


original não for mantido para os investigadores.
PRESERVAÇÃO DE LOCAL PARA PERÍCIA

Policiais militares, civis, bombeiros militares e peritos criminais têm,


diante do local de crime, responsabilidades subdivididas e
complementares entre si;

Nenhum local de incêndio pode ser devidamente periciado se o cenário


original não for mantido para os investigadores.
PRESERVAÇÃO DE LOCAL PARA PERÍCIA

A perícia de incêndio apresenta uma grande desvantagem na


preservação dos vestígios em relação a outros tipos de perícia.
Enquanto que, em exames de balística, as provas geralmente se
mantêm após o evento, os vestígios decorrentes do incêndio já foram
duramente testados pela ação direta das chamas e do calor e o que
resta é, não raras vezes, insuficiente para a determinação da causa.
PRESERVAÇÃO DE LOCAL PARA PERÍCIA

Não obstante, a ação dos bombeiros durante o combate também


deteriora a preservação total das provas, seja pela ação da água
durante a extinção, seja pela movimentação dos escombros para
resfriamento dos pontos de calor, durante o rescaldo.

A cena precisa ser preservada até uma investigação completa do


sinistro, o que pode levar dias, senão meses.
INTERDIÇÃO DO LOCAL

A interdição do local sinistrado consiste em delimitar o perímetro do


local e suas vias de acesso, impedindo a entrada de qualquer pessoa,
animal ou coisa. Em locais abertos, a interdição se torna mais difícil,
pois o acesso é fácil, sendo necessária a utilização de fitas e/ou cordas
de isolamento.
INTERDIÇÃO DO LOCAL

Tratando-se de locais fechados, as suas próprias características


tornam o isolamento mais fácil, onde normalmente o acesso se dá pelas
aberturas (portas e janelas) destinadas a essa finalidade, bastando,
pois, interditá-las.

O primeiro brigadista que chegar ao local deve tomar as


providências ao seu alcance para que o local seja adequadamente
preservado.
INTERDIÇÃO DO LOCAL

Custódia do local: além de delimitar a área, é extremamente


importante que o local seja mantido preservado. De nada valerá a
interdição do local, se ela não for mantida de forma eficaz até a sua
liberação pelos peritos. O trabalho de levantamento no local de crime
requer máxima atenção e concentração, devendo, pois, a sua custódia
ser mantida até a conclusão do trabalho pericial.
INTERDIÇÃO DO LOCAL

Proteção dos vestígios: Embora deva ser extremamente evitado


alterar, de qualquer forma, o ‘estado das coisas’, há casos em que
providências, tais como a colocação de uma cobertura sobre o cadáver,
evitam que a chuva ou outra intempérie destrua vestígios importantes,
como manchas e fluídos corpóreos ou áreas de acúmulo de fuligem
originária de disparos encontradas em partes do corpo ou vestes de
vítimas ou de autores.
ABANDONO DE ÁREA

RECAPITULANDO
1) O que é Abandono de Área?
2) Como é formado o Grupo de Abandono de Área?
3) Identifique o comportamento humano em incêndios.

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