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Doutrina Deoperações Conjuntas3o Volume

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MINISTÉRIO DA DEFESA MD30-M-01

DOUTRINA DE

OPERAÇÕES CONJUNTAS

3o VOLUME

2011
MINISTÉRIO DA DEFESA
ESTADO-MAIOR CONJUNTO DAS FORÇAS ARMADAS

DOUTRINA DE

OPERAÇÕES CONJUNTAS

3o VOLUME

1a Edição
2011
MINISTÉRIO DA DEFESA
ESTADO-MAIOR CONJUNTO DAS FORÇAS ARMADAS

PORTARIA NORMATIVA No 3810 /MD, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2011.

Dispõe sobre a “Doutrina de Operações


Conjuntas”

O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, no uso da atribuição que lhe é con-


ferida no inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal, combinados com
os incisos III, VI e IX do art. 1o do Anexo I ao Decreto nº 7.364, de 23 de novembro de
2010, resolve:

Art. 1º Aprovar a “Doutrina de Operações Conjuntas – MD30-M-01 / Volumes


1,2, e 3” (1ª Edição/2011) que estará disponível na Assessoria de Doutrina e Legislação
do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

Art. 2º A “Doutrina de Operações Conjuntas” deverá ser revisada no ano de


2013.

Art. 3º Esta Portaria Normativa entra em vigor na data da sua publicação.

Art. 4º Ficam revogadas as Portarias nos 4.124 SC-1, de 6 de dezembro de


1978 (Aprova o Manual de Comando Combinado e Conjunto - FA-M-02); 146 /MD, de 30
de março de 2001 (Aprova o Manual de Comunicações para Operações Combinadas -
MD31-M-01); 308/MD, de 9 de maio de 2001 (Aprova a Doutrina Básica de Comando
Combinado - MD33-M-03); 435/MD, de 19 de julho de 2001 (Aprova o Manual de Logísti-
ca para Operações Combinadas - MD34-M-01); 445/MD de 27 de julho de 2001 (Aprova o
Manual de Processo de Planejamento de Comando para Operações Combinadas - MD33-
M-05); 452/EMD/MD, de 27 de outubro de 2005 (Aprova a Estrutura Militar de Defesa -
MD35-D-01); 771/EMD/MD, de 18 de dezembro de 2007 (Aprova o Manual de Procedi-
mentos de Comando e Controle para Operações Combinadas - MD31-M-04); e
151/EMD/MD, de 31 de março de 2008 (Aprova a Metodologia de Planejamento Estraté-
gico de Emprego Combinado das Forças Armadas – MPEECFA – MD33-M-07 -2ª Edi-
ção/2008).

CELSO AMORIM

(Publicado no D.O.U. nº 236 de 9 de dezembro de 2011.)


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
REGISTRO DE MODIFICAÇÕES

NÚMERO
ATO DE PÁGINAS RUBRICA DO
DE DATA
APROVAÇÃO AFETADAS RESPONSÁVEL
ORDEM
INTENCIONALMENTE EM BRANCO
SUMÁRIO

ANEXO D – INTELIGÊNCIA PARA OPERAÇÕES CONJUNTAS ................................... 11


CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO .......................................................................................... 11
1.1 Finalidade ................................................................................................................... 11
1.2 Considerações Iniciais ................................................................................................ 11
1.3 Estrutura Básica da Inteligência .................................................................................. 11
1.4 Planos ......................................................................................................................... 11
1.5 Princípios de Inteligência ............................................................................................ 12
1.6 Necessidades de Inteligência ..................................................................................... 12
1.7 Ciclo de Inteligência .................................................................................................... 12
1.8 Produtos...................................................................................................................... 13
CAPÍTULO II – A ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE INTELIGÊNCIA ........................... 15
2.1 Generalidades............................................................................................................. 15
2.2 O Sistema Brasileiro de Inteligência ........................................................................... 15
2.3 O Sistema de Inteligência de Defesa .......................................................................... 16
2.4 O Sistema de Inteligência Operacional – SIOP .......................................................... 16
2.5 Centro de Inteligência Operacional (CIOp) ................................................................. 18
2.6 Ferramentas de compartilhamento do CIOp ............................................................... 18
2.7 Rede de Inteligência do Comando Operacional – RICOp ........................................... 19
CAPÍTULO III – A INTELIGÊNCIA NOS PLANEJAMENTOS CONJUNTOS .................. 21
3.1 Generalidades............................................................................................................. 21
3.2 Finalidade ................................................................................................................... 21
3.3 Níveis de Utilização da Inteligência ............................................................................ 21
3.4 Tipos de Conhecimentos/Informações ........................................................................ 22
3.5 Fontes de inteligência ................................................................................................. 22
3.6 Antecipação e Progressividade ................................................................................... 22
3.7 Planejamento Estratégico de Emprego Conjunto das Forças Armadas ..................... 23
3.8 Planejamento Operacional Conjunto das Forças Armadas ........................................ 24
3.9 Planejamento Tático Conjunto das Forças Armadas .................................................. 24
CAPÍTULO IV – A INTELIGÊNCIA NAS OPERAÇÕES CONJUNTAS ........................... 27
4.1 A Análise de Inteligência e o Ciclo de Inteligência ...................................................... 27
4.2 Necessidades de Inteligência e Prioridades ............................................................... 27
4.3 Integração das Atividades de Inteligência das Forças Componentes do C Op........... 28
4.4 Necessidade de apoio dos Sistemas de Inteligência de Fora do C Op ...................... 29
CAPÍTULO V – A INTELIGÊNCIA NAS OPERAÇÕES CONJUNTAS ............................ 31
5.1 Generalidades............................................................................................................. 31
5.2 Estrutura da D2 no Estado-Maior Conjunto ................................................................ 31
5.3 Arquitetura da Inteligência do Comando Operacional ................................................. 32
5.4 Banco de Dados ......................................................................................................... 33
5.5 Recursos Humanos .................................................................................................... 34
5.6 Competências ............................................................................................................. 35
5.7 Coordenações da D2 .................................................................................................. 36
CAPÍTULO VI – A CONTRAINTELIGÊNCIA NAS OPERAÇÕES CONJUNTAS ............ 37
6.1 Finalidades da Contrainteligência ............................................................................... 37
6.2 As Ameaças à Estrutura de Inteligência do C Op e seus Alvos .................................. 37
6.3 Responsabilidades...................................................................................................... 38
6.4 Análise de Contrainteligência ..................................................................................... 38
6.5 Plano de Contrainteligência ........................................................................................ 40
APÊNDICE I - FLUXO DE CONHECIMENTOS ANTES DA ATIVAÇÃO DO COMANDO
OPERACIONAL ................................................................................................................ 41
APÊNDICE II - FLUXO DE CONHECIMENTOS APÓS ATIVAÇÃO DO COMANDO
OPERACIONAL ................................................................................................................ 43

ANEXO E – LOGÍSTICA PARA OPERAÇÕES CONJUNTAS ........................................ 45


CAPÍTULO I – ESTRUTURAS BÁSICAS PARA O APOIO LOGÍSTICO NO C Op......... 45
1.1 Considerações Iniciais ................................................................................................ 45
1.2 Deslocamento e Concentração Estratégica ................................................................ 46
1.3 Organização do apoio logístico conjunto no TO ......................................................... 48
1.4 Seção de Pessoal do EMCj (D1) ................................................................................ 49
1.5 Seção de Logística do EMCj (D4) ............................................................................... 52
1.6 Seção de Administração Financeira do EMCj (D10) ................................................... 54
1.7 Comando Logístico do Teatro de Operações (CLTO) ................................................ 56
1.8 Bases Logísticas Conjuntas ........................................................................................ 67
CAPÍTULO II – PLANEJAMENTO LOGÍSTICO CONJUNTO .......................................... 73
2.1 Considerações Iniciais ................................................................................................ 73
2.2 Níveis do Planejamento Logístico Conjunto ............................................................... 73
2.3 Comando e Controle no Planejamento Logístico Conjunto ........................................ 74
2.4 Considerações Especiais do Planejamento Logístico Conjunto ................................. 74
2.5 Etapas do Planejamento Logístico Conjunto .............................................................. 75
CAPÍTULO III – ESTIMATIVA LOGÍSTICA NO PLANEJAMENTO CONJUNTO ............ 79
3.1 Generalidades............................................................................................................. 79
3.2 Elaboração da Estimativa Logística ............................................................................ 80
3.3 Dados Médios de Planejamento (DAMEPLAN) .......................................................... 82
3.4 Considerações Específicas de Planejamento ............................................................. 83
CAPÍTULO IV – PROCESSOS DE LOGÍSTICA CONJUNTA NO TO ............................. 89
4.1 Processos Externos (no nível TO e ZI) ....................................................................... 89
4.2 Processos Internos (no nível EMCj e CLTO) para Gerenciamento e Coordenação ... 89
4.3 Processos Internos (no nível EMCj e CLTO) de Logística de Material e de Saúde .... 90
4.4 Processos Internos (no nível EMCj e CLTO) de Logística de Recursos Humanos .... 92
4.5 Matriz de Sincronização de Apoio Logístico ............................................................... 92
CAPÍTULO V – TAREFAS LOGÍSTICAS CONJUNTAS NO TO ..................................... 95
5.1 Considerações Iniciais ................................................................................................ 95
5.2 Execução das Tarefas Logísticas Conjuntas .............................................................. 95
5.3 Tarefas Logísticas Conjuntas de Suprimento ............................................................. 95
5.4 Tarefas Logísticas Conjuntas de Transporte .............................................................. 96
5.5 Tarefas Logísticas Conjuntas de Saúde ..................................................................... 97
5.6 Tarefas Logísticas Conjuntas de Recursos Humanos ................................................ 97
5.7 Tarefas Logísticas Conjuntas das demais Funções Logísticas................................... 97
APÊNDICE I - MODELO DE PLANO DE OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DO CLTO .......... 99
APÊNDICE II - MODELO DE APÊNDICE RELATÓRIO DE ESTIMATIVA LOGÍSTICA 102

ANEXO F – COMANDO E CONTROLE PARA OPERAÇÕES CONJUNTAS ............... 113


CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO ........................................................................................ 113
1.1 Finalidade ................................................................................................................. 113
1.2 Generalidades........................................................................................................... 113
1.3 Aplicação .................................................................................................................. 113
CAPÍTULO II – O COMANDO ........................................................................................ 115
2.1 Considerações Iniciais .............................................................................................. 115
2.2 Coordenação das Atividades em um Comando Operacional (C Op) ........................ 115
2.3 Sincronização da Campanha .................................................................................... 115
CAPÍTULO III – PROCESSO DECISÓRIO ..................................................................... 117
3.1 Considerações Iniciais .............................................................................................. 117
3.2 Sistemas de Apoio à Decisão ................................................................................... 117
3.3 Exame de Situação ................................................................................................... 117
3.4 Gerenciamento de Risco Operacional (GRO) ........................................................... 117
3.5 Controle da Operação Planejada .............................................................................. 118
3.6 Consciência Situacional ............................................................................................ 118
3.7 Sumário Diário de Situação ...................................................................................... 118
3.8 Visualização do Ambiente Operacional .................................................................... 119
3.9 Gerenciamento da Informação .................................................................................. 119
3.10 Segurança da Informação ....................................................................................... 121
CAPÍTULO IV – ESTRUTURA DE COMANDO E CONTROLE ..................................... 129
4.1 Considerações iniciais .............................................................................................. 129
4.2 Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS) ................................. 130
4.3 Redes das Forças ..................................................................................................... 130
4.4 Interoperabilidade ..................................................................................................... 131
CAPÍTULO V – PLANEJAMENTO PARA O COMANDO E CONTROLE ...................... 133
5.1 Considerações Iniciais .............................................................................................. 133
5.2 Análise de C² do Exame de Situação Operacional ................................................... 133
5.3 Análise da Informação .............................................................................................. 133
5.4 Análise de Interoperabilidade.................................................................................... 134
5.5 Análise de Capacidade e Limitações ........................................................................ 134
5.6 Alocação de Recursos de C² .................................................................................... 135
5.7 Gerenciamento do Espectro Eletromagnético........................................................... 135
CAPÍTULO VI – ESTRUTURA DE COMANDO E CONTROLE PARA OPERAÇÕES
CONJUNTAS .................................................................................................................. 139
6.1 Composição da Estrutura de C2 do Comando Operacional ..................................... 139
6.2 Constituição do CC²COp........................................................................................... 139
6.3 Enlaces entre os CC² ................................................................................................ 139
6.4 Recursos de C² ......................................................................................................... 140
CAPÍTULO VII – A SEÇÃO DE COMANDO E CONTROLE DO ESTADO-MAIOR
CONJUNTO - D6 ............................................................................................................ 141
7.1 Estrutura da D6 no Estado-Maior Conjunto .............................................................. 141
7.2 Atribuições e Competências ..................................................................................... 141

GLOSSÁRIO - PARTE I – ABREVIATURAS E SIGLAS ............................................... 145


GLOSSÁRIO - PARTE II – TERMOS E DEFINIÇÕES ................................................... 153
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ANEXO D – INTELIGÊNCIA PARA OPERAÇÕES CONJUNTAS

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

1.1 Finalidade
Apresentar os fundamentos da Inteligência para Operações Conjuntas, a serem em-
pregados pelo Estado-Maior Conjunto (EMCj) e por um Comando Operacional (C Op) nos
planejamentos e na condução de operações militares conjuntas.

1.2 Considerações Iniciais

1.2.1 O propósito da Atividade de Inteligência é assessorar o processo decisório de auto-


ridades políticas e militares, além de apoiar o planejamento e a condução de operações
militares nas situações de paz, crise ou conflito. Isto é conseguido através da difusão de
conhecimentos oportunos, adequados e precisos em conformidade com os interesses
políticos, estratégicos, operacionais e táticos.

1.2.2 Para ser eficaz, a Inteligência deve ser apoiada por uma ampla gama de informa-
ções, englobando os fatores políticos, econômicos, científico-tecnológicos, psicossociais e
as questões militares. Isto é conseguido através da integração de todas as fontes de in-
formação e de Inteligência no processo de produção de conhecimentos.

1.3 Estrutura Básica da Inteligência


A Atividade de Inteligência é exercida por meio de dois ramos: a Inteligência e a Con-
trainteligência (CI). Esses setores são interdependentes, significando que ambos são par-
tes de um todo.

1.4 Planos

1.4.1 Plano de Inteligência


É um documento que tem como finalidade orientar o exercício da Atividade de Inteli-
gência de uma determinada esfera de responsabilidade, regulando e detalhando, por
meio de um Repertório de Necessidades de Inteligência (RNI) e seus respectivos desdo-
bramentos, a produção dos Conhecimentos e Informações destinadas ao funcionamento
do Sistema de Inteligência no qual esteja inserido. É flexível, pois pode ser ajustado às
variações da conjuntura. Contém indicações para que os órgãos que o integrem possam
elaborar os seus respectivos planos específicos. Geralmente, é elaborado pelo órgão cen-
tral de um Sistema de Inteligência ou por outro que esteja encarregado de coordenar essa
atividade temporariamente.

1.4.2 Plano de Obtenção de Conhecimentos (POC)


É um documento interno de uma Seção de Inteligência que registra as Necessida-

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des de Inteligência (NI) e seus desdobramentos, não atendidos pelo próprio banco de da-
dos e que, por consequência, devam ser solicitados, por meio de Pedidos de Inteligência
(PI), a órgãos externos ao seu nível de responsabilidade. Refere-se normalmente a uma
missão, operação ou evento, possibilitando o acompanhamento e o controle sobre o que
foi solicitado.

1.5 Princípios de Inteligência


Como atividade técnico-militar especializada, com base em processo mental, exercida
permanentemente com a finalidade de produzir e salvaguardar conhecimentos, a Inteli-
gência adota princípios doutrinários, os quais orientam a estruturação, a produção e o
emprego dessa atividade. Tais princípios são apresentados na publicação Doutrina de
Inteligência de Defesa.

1.6 Necessidades de Inteligência

1.6.1 Todos os níveis decisórios necessitam do trabalho da Atividade de Inteligência para


minimizar ou eliminar as incertezas que envolvem qualquer processo de tomada de deci-
são. Dentro desse escopo, os tomadores de decisão e suas respectivas assessorias pre-
cisam estabelecer, imperiosamente, qual a abrangência e as prioridades dos requisitos de
conhecimentos ou de informações necessários para o devido embasamento a esse pro-
cesso. Esse é o fundamento mais criterioso que deve ser observado, sob pena do des-
perdício de meios e de tempo.

1.6.2 No ambiente operacional, mesmo antes do engajamento de forças, os Comandantes


necessitarão de respostas às suas indagações para planejar e conduzir operações com
sucesso. Algumas respostas são cruciais para a tomada de decisão. Por isso, os Coman-
dantes precisam priorizar as suas necessidades perante a Inteligência, dentre as quais
incluem-se os Elementos Essenciais de Inteligência (EEI) como os mais críticos para um
Comandante em determinados momentos.

1.7 Ciclo de Inteligência

1.7.1 Tendo como objetivo atender às Necessidades de Inteligência (NI), a Atividade de


Inteligência adota um processo chamado de Ciclo de Inteligência, que consiste das se-
guintes fases: Direção, Reunião, Produção e Disseminação.

1.7.2 Na Direção, é estabelecido o rol das NI e o planejamento do esforço de coleta e/ou


busca entre as agências e/ou entre as fontes de Inteligência. São elaborados Planos ou
Pedidos de Inteligência e feito um controle dessas emissões nas agências envolvidas. No
Sistema de Inteligência de Defesa (SINDE), o documento Plano de Inteligência de Defesa
(PINDE) estabelece esse direcionamento no nível estratégico; no nível operacional, o Sis-
tema de Inteligência Operacional (SIOP) atualiza e complementa o PINDE naquilo que os
planejamentos conjuntos demandam como NI; o C Op, estabelece o Plano de Inteligência
Conjunto; e no tático, cada FA elabora os seus respectivos planos. Cada plano decorre do
seu antecessor no nível imediatamente acima.

1.7.3 Na Reunião, é feita a exploração sistemática por meios de fontes e de agências,

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sendo enviadas as informações obtidas para o processamento adequado, visando à pro-


dução de conhecimentos. Critérios para a escolha e priorização das fontes de Inteligência
devem ser considerados durante a fase da Direção.

1.7.4 Na Produção, é feita a análise dos dados e informações recolhidos nas células ou
setores correspondentes aos tipos de fontes. Na sequência, a integração das análises
obtidas proporcionará as conclusões que embasarão a formulações de juizos para a pro-
dução de conhecimentos.

1.7.5 Na Disseminação, é feita a divulgação para autoridades políticas, militares, Coman-


dantes e estados-maiores em todos os níveis envolvidos no planejamento e na execução
de operações. O fator tempo é um aspecto crítico para a divulgação, mas existem outros
princípios que regem a divulgação (em especial a fim de evitar sobrecarga de informação
e duplicações), que são: a concisão, a utilização de formatos padronizados e adequados,
a disponibilidade de canais de informação adequados e a facilidade de acesso controlado
para os usuários autorizados.

1.8 Produtos

1.8.1 A Atividade de Inteligência proporciona dados, informações e conhecimentos que


irão atender às NI em todos os níveis decisórios, constituindo um rol de tarefas rotineiras
e permanentes, que produzem: previsões, monitoramentos, indicadores de alarme,
manutenção e atualização de bancos de dados, informações correntes, atualização da
ordem de batalha, estudo de alvos e apoio a outras atividades. Podem ser apresentados
na forma de documentos de Inteligência, conforme estabelecido na Doutrina de
Inteligência de Defesa ou por meio de ferramentas computacionais (interação de gráficos,
imagens, bancos de dados, terreno, etc.).

1.8.2 Nas previsões – o planejamento, a execução e o apoio ao processo decisório no


nível político, estratégico e nas operações militares têm que ser, inicialmente, com base
em uma Previsão de Inteligência. A Previsão deve fornecer uma análise da situação de
um adversário em potencial, de suas capacidades e possibilidades. Uma Previsão de Inte-
ligência mais detalhada nas fases posteriores do planejamento fornece subsídios para a
elaboração de uma análise mais específica da área do C Op.

1.8.3 Nos monitoramentos – o monitoramento da situação em uma área não se limita a


uma postura militar de uma nação ou região, mas inclui o monitoramento e a elaboração
de relatórios sobre fatores econômicos, étnicos e sociológicos, alterações políticas
e personalidades envolvidas na liderança de uma nação. Sendo dinâmica, a avaliação da
evolução, tendências e possibilidades irá apoiar o processo decisório e vai permitir um
planejamento adequado e/ou realização de operações, além de proporcionar uma visão
comum da situação para todos os comandantes em ação.

1.8.4 Nos indicadores de alarme – a Atividade de Inteligência deve ser capaz de,
rapidamente, detectar mudanças por meio de um amplo espectro de indicadores. As
mudanças podem ser interpretadas como indícios de que a nação ou a região em que
elas estão ocorrendo está modificando a sua política e/ou os objetivos militares, ou
mesmo preparando-se para adotar uma nova postura na Política de Defesa, que pode
representar um risco para a estabilidade regional.

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1.8.5 Na manutenção e atualização de bancos de dados – qualquer assunto pode


ser usado como material de referência para o planejamento e como base para posterior
processamento de dados ou informações. Normalmente é mantido em bancos de dados e
atualizado regularmente. O seu principal uso é montar o cenário no início da operação.

1.8.6 Nas informações correntes – a Atividade de Inteligência reflete a situação atual.


Produz respostas às NI ligadas a uma operação corrente e se refere a eventos no mo-
mento da operação.

1.8.7 Na atualização da Ordem de Batalha (ORBAT) – contêm dados tradicionais militares


(marítimo, terrestre, aéreo, logísticos, etc.) e dados não-militares (terrorismo, meio ambi-
ente, etc.), refletindo o espectro mais amplo das NI. Esses dados podem estar disponíveis
em bancos de Inteligência e/ou em atualizações correntes. Os dados atualizados são
mantidos usando as contribuições dos Sistemas de Inteligência militares e do Estado ou
as informações recolhidas pelas forças no interior ou próxima da área de responsabilidade
do C Op.

1.8.8 No estudo dos alvos – a Atividade Inteligência contribui para o processo de Seleção
de Alvos, gerenciado pela seção de Operações. Em particular inclui:
a) fornecendo elementos para definir os componentes de um alvo/sistemas de alvos
e suas vulnerabilidades, com valor relativo. Apoia as decisões operacionais sobre as prio-
ridades e a escolha do armamento; e
b) Avaliação de Danos, que dispõe sobre a avaliação dos efeitos dos ataques contra
alvos específicos.

1.8.9 No apoio a outras atividades – insere-se na Atividade de Inteligência outras ativida-


des de apoio ao combate, como a Guerra Eletrônica e as Operações de Informação
(Op Info). Este apoio pode ter grande impacto sobre o POC do C Op e nas tarefas de ór-
gãos/comandos que exercem o controle de fontes/recursos.

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CAPÍTULO II

A ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE INTELIGÊNCIA

2.1 Generalidades

2.1.1 A Atividade de Inteligência, no Brasil, está organizada em uma estrutura sistêmica,


ou seja, os diversos órgãos que tratam da atividade constituem um conjunto de partes
interatuantes e interdependentes, operando em proveito de um mesmo objetivo,
respeitada a autonomia funcional de cada uma e observadas as normas legais
pertinentes.

2.1.2 Para os fins desta doutrina, consideraremos o sistema de nível nacional – Sistema
Brasileiro de Inteligência (SISBIN). Dentre os subsistemas que o integram,
particularizaremos SINDE e o seu subsistema SIOP. Finalmente, será apresentado o
Centro de Inteligência Operacional (CIOp) e a Rede de Inteligência do C Op (RICOp).

2.2 O Sistema Brasileiro de Inteligência

2.2.1 O SISBIN tem por objetivo integrar as ações de planejamento e execução da Ativi-
dade de Inteligência do país, com a finalidade de fornecer subsídios ao Presidente da Re-
pública nos assuntos de interesse nacional.

2.2.2 É o responsável pelo processo de obtenção e análise de dados e informações e pe-


la produção e difusão de conhecimentos necessários ao processo decisório do Poder E-
xecutivo, em especial no tocante à segurança da Sociedade e do Estado, bem como pela
salvaguarda de assuntos sigilosos de interesse nacional. A Figura 1 apresenta o Sistema
Brasileiro de Inteligência.

FIGURA 1 – Sistema Brasileiro de Inteligência

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2.3 O Sistema de Inteligência de Defesa

2.3.1 O SINDE, como um subsistema do SISBIN, integra as ações de planejamento


e execução da Atividade de Inteligência de Defesa, com a finalidade de assessorar o pro-
cesso decisório no âmbito do Ministério da Defesa (MD) e auxiliar na elaboração dos Pla-
nejamentos Estratégicos de Emprego Conjunto das Forças Armadas (PEECFA). A Tabela
1 apresenta a composição do SINDE.

TABELA 1 – Composição do SINDE

INSTITUIÇÃO ÓRGÃOS DE INTELIGÊNCIA

Ministério da - Subchefia de Inteligência Estratégica (EMCFA)


Defesa - Subchefia de Inteligência Operacional (EMCFA)
- Subchefia de Estratégia do Estado-Maior da Armada
Marinha - Subchefia de Inteligência do Comando de Operações Navais
- Centro de Inteligência da Marinha
- 2ª Subchefia do Estado-Maior do Exército
Exército
- Centro de Inteligência do Exército

- 2ª Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica


Aeronáutica
- Centro de Inteligência da Aeronáutica

2.3.2 O SINDE é integrado pelos órgãos de Inteligência de mais alto nível do MD e das
Forças Armadas.

2.3.3 O Órgão Central do SINDE é a Subchefia de Inteligência Estratégica, da Chefia de


Assuntos Estratégicos do EMCFA, competindo-lhe:
a) estabelecer as NI específicas, que nortearão o processo de produção de conhe-
cimentos pelos órgãos integrantes do SINDE, e consolidá-las no Plano de Inteligência de
Defesa – PINDE;
b) produzir os conhecimentos necessários ao processo decisório no mais alto nível
do MD;
c) representar o SINDE perante a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), para e-
feito do controle externo da Atividade de Inteligência por parte do Poder Legislativo;
d) promover, em coordenação com os demais órgãos integrantes do SINDE, o de-
senvolvimento da doutrina de Inteligência, de recursos humanos e de tecnologia de inte-
resse do sistema; e
e) acompanhar, em coordenação com a Subchefia de Assuntos Internacionais, da
Chefia de Assuntos Estratégicos do EMCFA, e com os órgãos de Inteligência das Forças
Armadas, as atividades dos adidos militares e dos escritórios de ligação militar acredita-
dos nas embaixadas estrangeiras no Brasil.

2.4 O Sistema de Inteligência Operacional – SIOP

2.4.1 O SIOP, como um subsistema do SINDE, integra as ações de planejamento e


execução da Atividade de Inteligência Operacional, com a finalidade de assessorar o

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processo decisório no âmbito das Operações Conjuntas, desde o tempo de paz, bem
como manter um banco de dados que sirva de base para os Planejamentos Operacionais
e para os Comandos Operacionais, quando ativados.

2.4.2 O SIOP é integrado pelos órgãos de Inteligência das FA responsáveis pela atividade
de Inteligência Operacional.

2.4.3 O Órgão Central do SIOP é a Subchefia de Inteligência Operacional, da Chefia de


Preparo e Emprego do EMCFA, competindo-lhe:
a) gerenciar o SIOP;
b) atualizar e complementar o PINDE naquilo que os planejamentos conjuntos
demandam como NI, direcionando o esforço de Inteligência dos órgãos integrantes do
sistema em consonância com as diferentes Hipóteses de Emprego (HE), estabelecidas na
Estratégia Militar de Defesa (E Mi D);
c) proporcionar, aos integrantes do sistema, os meios necessários para a
organização, a manutenção e a disponibilização de um banco de dados capaz de
armazenar os conhecimentos e informações produzidos;
d) promover, em coordenação com os demais órgãos integrantes do SIOP, a
atualização da Doutrina de Inteligência Operacional, de recursos humanos e de
tecnologias de interesse do sistema;
e) produzir os documentos e disponibilizar os conhecimentos necessários para o
início do planejamento do Comando Operacional, quando constituído; e
f) instalar, operar e manter um CIOp com as finalidades de monitorar o Portal de
Inteligência Operacional (PIOp) e viabilizar o acesso aos conhecimentos e informações
produzidos e armazenados no banco de dados a todos os integrantes do sistema.

2.4.4 Outros órgãos poderão integrar o SIOP, de acordo com a necessidade da


Operação, como por exemplo: Polícia Federal e Receita Federal. A Figura 2 apresenta a
Composição do SIOP.

FIGURA 2 – Composição do SIOP

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2.5 Centro de Inteligência Operacional (CIOp)

2.5.1 É uma instalação integrante do Sistema de Comando e Controle (C²), componente


do Centro de Comando e Controle do Ministério da Defesa (CC²MD) e operado pela
Subchefia de Inteligência Operacional.

2.5.2 Tem por finalidade concentrar, em um único ambiente, todas as atividades de


intercâmbio, integração e compartilhamento de dados, informações e conhecimentos, no
interesse da Inteligência Operacional, entre a Chefia de Preparo e Emprego (CPE), os
Comandos de Operações das Forças e os Estados-Maiores Conjuntos (EMCj), quando
ativados.

2.5.2 Participa ativamente dos processos de planejamento, de controle das ações


correntes e de tomada de decisões, por possuir a função de otimização da produção e da
disseminação de dados, informações e conhecimentos de Inteligência Operacional.

2.5.3 Trabalha as áreas de Inteligência Humana; de Inteligência de Imagens; de


Inteligência de Sinais, dentre outras fontes e de Contrainteligência, além de operar
sistemas de bancos de dados, que envolvem: Guerra Eletrônica, Cartografia,
Meteorologia, Criptologia, Cibernética e Tecnologia da Informação, sempre no exclusivo
interesse da Inteligência Operacional, apoiando, entretanto, toda a estrutura do SINDE
quando solicitado.

2.5.4 É sempre o representante da SC2 para todas as atividades, reuniões, estudos e


grupos de trabalho que tratem desses temas, incluindo o contato com os Institutos Tecno-
lógicos civis e militares.

2.5.5 Centraliza, no âmbito do EMCFA, a aquisição de imagens provenientes da atividade


de Sensoriamento Remoto (Orbitais ou de Aerolevantamentos) e exerce coordenação
entre os Comandos de Operações das Forças no que tange à aquisição, compartilhamen-
to, distribuição e utilização desses produtos.

2.5.6 Subsidiariamente, o CIOp presta serviços tecnológicos para as diversas Subchefias


da CPE e para as demais Chefias do EMCFA, particularmente no trato de imagens prove-
nientes da atividade de Sensoriamento Remoto (Orbitais ou de Aerolevantamentos).

2.5.7 Para consecução de seus objetivos, dentre outras, conta com algumas ferramentas
tecnológicas especiais: o PIOp e a Rede de Guerra Eletrônica de Defesa (RGED). Além
disso, compartilha produtos originários do Sistema de Meteorologia de Defesa.

2.6 Ferramentas de Compartilhamento do CIOp

2.6.1 Portal de Inteligência Operacional

2.6.1.1 O Portal de Inteligência Operacional (PIOp) é um sistema computacional de


compartilhamento de dados e conhecimentos, que integra os elos do SIOp, através de
uma base de dados, possuindo recursos de georreferenciamento e um módulo de
comunicações, para contato em tempo real.

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2.6.1.2 É gerenciado pelo CIOp, obedecendo integralmente a todos os princípios de


Inteligência e Contrainteligência.

2.6.2 Rede de Guerra Eletrônica de Defesa


Tem por finalidade tratar exclusivamente os assuntos de Guerra Eletrônica,
assemelhando-se estruturalmente ao PIOp.

2.6.3 Sistema de Meteorologia de Defesa


O Sistema de Meteorologia de Defesa (SisMetDef) utilizará o PIOp para difundir
produtos de meteorologia, que sejam de interesse da Inteligência Operacional.

2.6.4 Estações do Portal de Inteligência Operacional - EPIOp

2.6.4.1 As EPIOp são computadores, fixos ou móveis, que interligam seus usuários,
cumprindo todos os requisitos de Segurança Orgânica aprovados pelo EMCFA e as
Forças Armadas.

2.6.4.2 O PIOp e a Rede de Guerra Eletrônica de Defesa (RGED) compõem redes de


computadores que utilizam a infraestrutura do SISCOMIS, com os devidos dispositivos de
segurança requisitados pela Atividade de Inteligência.

2.6.4.3 A autorização para que um computador se conecte ao PIOp ou à RGED cabe ao


Chefe de Preparo e Emprego, sendo necessário que a máquina selecionada seja utilizada
exclusivamente para esta atividade.

2.6.4.4 A operação de uma EPIOp pode ser autorizada para os seguintes órgãos:
a) de Inteligência do EMCFA e das Forças com encargos estratégicos ou
operacionais;
b) Comando de Operações das Forças, Comando Militar de Área ou semelhante
das demais Forças, Comando Operacional ativado, Comando de Forças Componentes,
conforme demanda; e
c) Escolas de Altos Estudos Militares das Forças e Escola Superior de Guerra, so-
mente durante os exercícios de Operações Conjuntas (Op Cj), em uma rede exclusiva
dessas escolas, sem qualquer conexão com o PIOp real, caracterizando um simulador
deste Sistema.

2.7 Rede de Inteligência do Comando Operacional – RICOp

2.7.1 Integra as ações de planejamento e execução da Atividade de Inteligência, a fim de


assessorar o Cmt Op e o seu EMCj com informações relevantes, coerentes, confiáveis e
atualizadas das atividades e capacidades das Forças inimigas e das suas intenções.

2.7.2 A RICOp é constituída pelo Centro de Inteligência do Comando Operacional


(CICOp) e pelos Centros de Inteligência das Forças Componentes.

2.7.3 O CICOp é o órgão de coordenação dessa estrutura, competindo-lhe:


a) manter os contatos com o SIOP e com os Centros de Inteligência das F Cte,
através de uma estrutura de Inteligência ágil, flexível e abrangente, que disponibilize a
informação com oportunidade para que os ciclos de decisão e ação possam girar mais

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rapidamente e com maior confiabilidade do que os ciclos do adversário;


b) gerenciar o esforço de coleta e busca, assessorando quanto à priorização na
utilização dos meios de coleta das unidades de combate e apoio ao combate visando
atender às necessidades de informações e de conhecimentos do C Op e das F Cte;
c) estabelecer a integração dos bancos de dados do SIOP e do C Op, e deste último
com os bancos de dados das F Cte; e
d) estabelecer a arquitetura e a política para troca de dados, informações e
conhecimentos no C Op, com as F Cte, com os Comandos Adjacentes e com outras
Agências de Inteligência, quando conveniente.

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CAPÍTULO III

A INTELIGÊNCIA NOS PLANEJAMENTOS CONJUNTOS

3.1 Generalidades
Conforme preconizado na Doutrina Militar de Defesa (DMD), as Forças Armadas (FA)
podem ser empregadas sob múltiplas modalidades, as quais resultam de combinações de
operações de natureza e caráter distintos. O perfeito conhecimento dos fundamentos que
regem o emprego do Poder Militar é fundamental para a definição das necessidades do
EMCFA e do Comando Operacional, direcionando o esforço da Inteligência Conjunta para
reduzir, ao máximo, as incertezas dos tomadores de decisão.

3.2 Finalidade
Tem como finalidade assessorar o processo decisório de autoridades políticas e
militares, além de apoiar o planejamento e a condução de operações militares nas
situações de paz, crise ou conflito. Isto é conseguido através da difusão de
conhecimentos e informações oportunos, adequados e precisos em conformidade com os
interesses políticos, estratégicos, operacionais e táticos.

3.3 Níveis de Utilização da Inteligência

3.3.1 Considerando que a Atividade de Inteligência possui uma estruturação singular, com
os processos, meios e métodos constituindo partes desse todo, o conteúdo dos
conhecimentos/informações veiculadas pode ser categorizado em diferentes níveis de
utilização: Nível Estratégico, Nível Operacional e Nível Tático. Convém frisar que os
conhecimentos/informações, mesmo categorizados, constituem um conjunto único e
indissolúvel, e como tal estão interrelacionados.

3.3.2 O Nível Estratégico tem como foco a produção e a salvaguarda de conhecimentos


requeridos para a formulação das avaliações estratégicas que consubstanciarão as políti-
cas e os planos militares no mais alto nível, sob o escopo da Defesa Nacional e orienta-
dos para os Objetivos Nacionais. O levantamento permanente de informações sobre as
capacidades dos países de interesse, e a sua posterior análise, constituem atribuições
prioritárias.

3.3.3 O Nível Operacional tem por finalidade a produção e a salvaguarda de informações


e conhecimentos requeridos para planejar, conduzir e sustentar operações militares nesse
nível, a fim de que sejam alcançados objetivos estratégicos dentro da área de responsabi-
lidade de um Comando Operacional ativado. Possui o caráter de continuidade no tempo e
é utilizado, normalmente, em situação de paz e em situações de conflito, seja na elabora-
ção e aplicação de planos operacionais ou na condução de operações militares. Abrange
todos os fatores que condicionam o emprego conjunto de meios terrestres, navais e aé-
reos.

3.3.4 O Nível Tático produz e salvaguarda informações e conhecimentos limitados, de


curto alcance no tempo e dirigidos às necessidades imediatas do comandante tático, seja

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para o planejamento ou para a condução de operações de combate. Contribui para a


Consciência Situacional do Comandante de F Cte, pois permite o conhecimento das dis-
posições das forças oponentes, suas capacidades e possibilidades, bem como os fatores
físicos, meteorológicos e socioeconômicos que moldam o ambiente do campo de batalha.
Isto permite o melhor emprego dos meios de combate para atingir os objetivos do
Cmt Op.

3.4 Tipos de Conhecimentos/Informações


Dentro de cada nível de utilização, a Atividade de Inteligência pode ter subdivisões que
classificam as informações e conhecimentos produzidos conforme a sua característica, da
seguinte forma:
a) básico – é o conhecimento de fundo sobre um assunto que é mantido em bases
de dados e continuamente atualizado em paz e no curso das operações. O uso principal é
mostrar a “cena” no começo das operações e encontrar necessidades afins de
Inteligência. Lida com fatos imutáveis, tais como terreno e tempo, que podem ser
levantados em resposta a novas necessidades no curso de uma operação. A definição de
Básico está relacionada a qualquer assunto que pode ser usado como material de
referência para planejamento e como uma base para o processamento de informações
subsequentes de Inteligência;
b) corrente – é produzido em resposta às NI ligadas a uma operação atual e que se
refere a acontecimentos no tempo da operação. Está relacionado à situação atual tanto
em nível estratégico, operacional ou tático;
c) preditivo – é aquele que fornece um olhar avançado de avaliação e julgamento
preditivo, por meio de tentativas de projetar um futuro provável com vistas a
desenvolvimentos dos oponentes, cursos de ação e suas implicações;
d) alerta – fornece aviso de ameaças a Forças ou a respeito de interesses nacionais,
a tempo de que sejam tomadas medidas de oposição eficazes; e
e) alvos – retrata e localiza os componentes de um alvo, sistema de alvos ou
complexo de alvos e indica sua vulnerabilidade e importância relativa. Fornece os dados
que apontam para o Processo de Seleção de Alvos. Este processo assegura o uso mais
eficaz de sistemas ofensivos de apoio de fogo.

3.5 Fontes de Inteligência


São os meios ou sistemas que são usados para observar, perceber e registrar ou
transmitir informações de condições, situações e acontecimentos. As fontes conhecidas
são: acústicas, humanas, imagens, assinatura de alvos, abertas, radar, sinais e técnica.

3.6 Antecipação e Progressividade

3.6.1 A fim de contribuir com os planejamentos, a atividade de inteligência conjunta deve


ter início desde o tempo de paz, tendo o seu esforço orientado por intermédio de Planos
de Inteligência, no nível estratégico e no operacional, elaborados pelo EMCFA e pelas FA.
Tais planos irão possibilitar a manutenção de um ciclo de obtenção de conhecimento, a
fim de atender as NI elencadas nesse período. Deverá, ainda, intensificar-se ao longo do
tempo de crise e ter seguimento ininterrupto durante e após o período do emprego das
forças militares.

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3.6.2 Havendo possibilidade, antes mesmo da deflagração da crise, Operações de Inteli-


gência deverão ser realizadas nas regiões de provável emprego, a fim de complementar
os conhecimentos disponíveis.

3.6.3 Em uma situação de escalada de crise, os dados, informações e conhecimentos de


Inteligência, que embasaram o(s) plano(s) operacional(is) a desencadear, devem ser rati-
ficados ou retificados, a fim de permitir a necessária atualização desses planejamentos.

3.6.4 Na iminência do desdobramento de um Comando Operacional, todos os Sistemas


de Inteligência deverão estar com os seus esforços direcionados para as necessidades
desse C Op e do seu EMCj, de forma a possibilitar um monitoramento constante do TO ou
da Área de Operações. Para tal, deverão ser consideradas todas as fontes de Inteligên-
cia.

3.7 Planejamento Estratégico de Emprego Conjunto das Forças Armadas

3.7.1 Nesse nível de planejamento, a Atividade de Inteligência atua no sentido de fornecer


subsídios e avaliações preliminares para o EMCFA, a fim de proporcionar a confecção do
PEECFA.

3.7.2 Os representantes dos órgãos de Inteligência do EMCFA e das FA, situados ou com
responsabilidades no contexto estratégico, realizarão o estudo da conjuntura, do Levan-
tamento Estratégico de Área (LEA) e dos respectivos bancos de dados, antecipadamente
ao Exame de Situação Estratégico.

3.7.3 Esse trabalho é formalizado no documento Análise de Inteligência Estratégica, que


serve de base para que todas as Subchefias do EMCFA possam emitir análises e conclu-
sões que irão compor o Exame de Situação Estratégico, o qual dará sustentação às op-
ções e às ações estabelecidas no PEECFA.

3.7.4 O acompanhamento constante das conjunturas nacional e internacional, a cargo da


Subchefia de Inteligência Estratégica (SCIE), permite análises conjunturais adequadas à
situação. O PINDE estabelece a abrangência e o detalhamento do que deve ser acompa-
nhado, tendo como subprodutos o LEA e a Conjuntura.

3.7.5 Ao final do PEECFA, a Subchefia de Inteligência Operacional (SC2) formaliza o Pla-


no Estratégico de Inteligência (PEI), o qual se trata do anexo de Inteligência ao PEECFA.
Nesse documento, encontram-se as NI de todas as Subchefias do EMCFA, as quais irão
moldar um POC visando adequar e priorizar os PI. Tais pedidos serão remetidos para os
órgãos do SINDE, SIOP e, quando pertinente, para os do SISBIN. O ciclo iniciado com os
PI precisa ser concluído com a difusão das respostas para a Subchefia de Operações
(SC3), a quem caberá avaliar as suas implicações para o PEECFA.

3.7.6 Os documentos Análise de Inteligência Estratégica, LEA e as resposta dos PI gera-


dos fazem parte de um acervo considerado como “banco de dados”, e como tal servirá de
subsídio para os Planejamentos Operacionais e Táticos, sendo responsabilidade da SC2
a inserção e a atualização desse acervo no PIOp para as devidas consultas.

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3.8 Planejamento Operacional Conjunto das Forças Armadas

3.8.1 Nesse nível de planejamento, a Inteligência atua no sentido de fornecer subsídios e


avaliações preliminares para o Comando responsável pelo planejamento, a fim de propor-
cionar a confecção do Plano Operacional.

3.8.2 Os representantes dos órgãos de Inteligência do Comando responsável pelo plane-


jamento, do EMCFA e das FA, situados ou com responsabilidades no contexto operacio-
nal, realizaram o estudo do PEI, da Análise de Inteligência Estratégica, do LEA e dos res-
pectivos bancos de dados, antecipadamente ao Exame de Situação Operacional.

3.8.3 Esse trabalho é formalizado no documento Análise de Inteligência Operacional, que


serve de base para que todas as seções do EMCj de planejamento (representantes do
Comando responsável pelo planejamento e das FA) possam emitir suas análises e con-
clusões que irão compor o Exame de Situação Operacional, o qual dará sustentação à LA
e à decisão estabelecidas na Diretriz de Planejamento.

3.8.4 A atualização do LEA e dos produtos do PEECFA (Análise de Inteligência Estratégi-


ca, PEI e as respostas dos Pedidos de Inteligência – PI) - a cargo da SC2; e a atualização
dos bancos de dados das FA - sob responsabilidade dos órgãos de Inteligência dos Co-
mandos de Operações das FA, precisam estar replicadas no PIOp, a fim de contribuir pa-
ra um grau maior de confiabilidade do trabalho da Inteligência.

3.8.5 Ao final do Plano Operacional, os representantes de Inteligência do Comando res-


ponsável pelo planejamento e das FA formalizam o Anexo de Inteligência ao Plano Ope-
racional. As NI de todas as seções do EMCj de planejamento, que porventura não tenham
sido esclarecidas nesse evento, irão moldar um POC visando adequar e priorizar os PI.
Tais pedidos serão remetidos para os escalões inferiores de Inteligência do Comando
responsável pelo planejamento, para os órgãos do SIOP e, se for o caso, para os do
SINDE e do SISBIN. O ciclo iniciado com os PI precisa ser concluído com a difusão das
respostas para o Comando responsável pelo planejamento, a quem caberá avaliar as su-
as implicações no Planejamento Operacional.

3.8.6 Ao formalizar o POC, os representantes dos órgãos de Inteligência do Comando


responsável pelo planejamento devem, considerando a estrutura permanente de Inteli-
gência nas FA e no EMCFA, filtrar e enviar um extrato das NI que estiverem fora do esco-
po desse Comando para a SC2, a quem caberá analisar e montar um POC específico.

3.8.7 Os documentos Análise de Inteligência Operacional, LEA e as resposta dos PI gera-


dos fazem parte de um acervo considerado como “banco de dados”, e como tal servirão
de subsídio para o Planejamento Tático, sendo responsabilidade da SC2 e do órgão de
Inteligência do Comando responsável pelo planejamento a inserção e a atualização desse
acervo no PIOp para as devidas consultas.

3.9 Planejamento Tático Conjunto das Forças Armadas

3.9.1 Nesse nível de planejamento, a Inteligência atua no sentido de fornecer subsídios e


avaliações preliminares para as Forças Componentes, integrantes do planejamento ope-
racional, a fim de proporcionar a confecção dos respectivos Planos Táticos.

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3.9.2 Os representantes dos órgãos de Inteligência de cada FA, situados ou com respon-
sabilidades no contexto tático, realizaram o estudo da Análise de Inteligência Operacional,
do Anexo de Inteligência ao Plano Operacional, e dos respectivos bancos de dados, ante-
cipadamente ao Exame de Situação Tático.

3.9.3 Esse trabalho é formalizado no documento Análise de Inteligência Tática da respec-


tiva Força Componente, que serve de base para que cada EM de planejamento possa
emitir suas análises e conclusões que irão compor o respectivo Exame de Situação Táti-
co, o qual dará sustentação para as ações e decisões de cada Plano Tático.

3.9.4 A atualização do banco de dados de cada FA, a cargo do respectivo órgão de Inteli-
gência, situado ou com responsabilidades no contexto tático, contribui para um grau maior
de confiabilidade do trabalho da Inteligência. Dentro de cada FA, existe a demanda de um
documento orientador, no seu respectivo Sistema de Inteligência, para manter sem solu-
ção de continuidade a atualização de bancos de dados, ou seja, um Plano de Inteligência.

3.9.5 Ao final do Plano Tático, os representantes dos órgãos de Inteligência das FA for-
malizam o seu respectivo Anexo de Inteligência. As NI de todas as seções do EM de pla-
nejamento, que porventura não tenham sido esclarecidas nesse evento, irão moldar os
POC, de cada FA, visando adequar e priorizar os PI. Tais pedidos serão remetidos para
os escalões inferiores de Inteligência da respectiva Força ou ao seu OI do Comando de
Operações das Forças, a quem caberá avaliar a necessidade de remeter para os órgãos
SIOP e, em último caso, para os do SINDE e do SISBIN. O ciclo iniciado com os PI preci-
sa ser concluído com a difusão das respostas para o Comando da FA responsável pelo
planejamento, a quem caberá avaliar as suas implicações no seu Planejamento Tático.

3.9.6 Ao formalizar o POC, os representantes de Inteligência da respectiva FA responsá-


vel pelo planejamento devem, considerando a estrutura organizacional de Inteligência e-
xistente na sua FA, filtrar e enviar um extrato das NI, que estiverem fora do escopo da FA,
para o OI do respectivo Comando de Operações.

3.9.7 Cada FA deve manter os documentos produzidos, como a Análise de Inteligência


Tática e as resposta dos PI gerados, em “banco de dados” próprios, que servirão de
consulta para os seus escalões inferiores, sendo responsabilidade do órgão de
Inteligência do Comando da FA responsável pelo planejamento a atualização desse
acervo.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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CAPÍTULO IV

A INTELIGÊNCIA NAS OPERAÇÕES CONJUNTAS

4.1 A Análise de Inteligência e o Ciclo de Inteligência

4.1.1 A Análise de Inteligência do Estado-Maior Conjunto integra o Exame de Situação do


EMCj, sob competência do Oficial de Inteligência (Of Intlg). É um exame lógico e ordena-
do dos inúmeros fatores relacionados com o oponente e a área de responsabilidade. Por
meio dele, o Of Intlg provê uma visualização e análise detalhadas da área de responsabi-
lidade e do oponente, que influenciam e condicionam o desenvolvimento das operações.
Isso é feito com base nos conhecimentos e informações disponibilizados no Plano Estra-
tégico de Inteligência (PEI) – Anexo de Inteligência ao PEECFA -; que serve de referência
para a HE em questão, e pelo Portal de Inteligência Operacional (LEA e bancos de dados
das FA). Tais conhecimentos são complementados pelos conhecimentos produzidos sob
orientação da própria D2, com a finalidade de subsidiar os planejamentos das ações futu-
ras.

4.1.2 A D2, baseando-se nos dados, informações e conhecimentos reunidos, formulará


análises de Inteligência ligadas à situação existente, expressando as possíveis LA inimi-
gas, atuais e potenciais, e as próprias vulnerabilidades. Simultaneamente, produzirá aná-
lises de Contrainteligência, que determinem e priorizem as possibilidades da Intlg inimiga
e suas repercussões sobre nossas LA. Esse trabalho deve ser utilizado pelas demais se-
ções do EMCj para estimarem os efeitos das possíveis LA inimigas sobre as suas esferas
de responsabilidade, em particular pela D3.

4.1.3 Na fase de elaboração de documentos, o D2 terá condições de atualizar o Anexo de


Inteligência ao Plano Operacional que serve de referência para a HE em questão ou ela-
borar um novo anexo em caso de situação específica (exemplo: Adestramento).

4.1.4 Como o planejamento e a condução de uma operação caracterizam-se pela existên-


cia de sucessivas decisões sem solução de continuidade, o estabelecimento dos conhe-
cimentos/informações necessários e a sua produção também deverão constituir um pro-
cesso contínuo e permanente no tempo. A esse processo ininterrupto e retroalimentado
dá-se o nome de Ciclo de Inteligência.

4.1.5 A Análise de Inteligência do EMCj e o Ciclo de Intlg não se esgotam com a decisão
inicial do Cmt. Prosseguem ao longo do desenvolvimento das operações, constantemen-
te, sendo realimentados pelos novos dados, informações e conhecimentos coletados,
buscados e produzidos.

4.1.6 O Apêndice II, ao Anexo C, 2º Volume, apresenta um modelo comentado da Análise


de Inteligência, devendo servir de base para a D2 do C Op.

4.2 Necessidades de Inteligência e Prioridades

4.2.1 As NI do C Op são satisfeitas pela disponibilização, com oportunidade e credibilida-


de, de informações e de conhecimentos requeridos para a tomada de decisão e o conse-

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quente cumprimento, com êxito, da missão. O repertório de informações e conhecimentos


disponibilizados durante os planejamentos operacionais, normalmente, demanda uma
complementação. Tais complementos deverão ser quantificados e qualificados, de manei-
ra a permitir a produção das NI do C Op.

4.2.2 Há que se considerar que a satisfação total e imediata da referida NI, por uma ques-
tão de limitação de meios, é rara. Por isso, torna-se essencial o estabelecimento de prio-
ridades para a obtenção dessas necessidades, baseadas na importância e na urgência da
utilização de determinado dado, informação ou conhecimento na fase da produção ou na
tomada de decisão pelo Cmt.

4.2.3 Essa classificação, baseada em uma prioridade estabelecida – variável de acordo


com a situação, a natureza do escalão considerado e o que existe disponível na seção de
Inteligência – divide as NI em duas grandes categorias – Elementos Essenciais de Inteli-
gência (EEI) e Outras Necessidades de Inteligência (ONI).

4.2.4 Os EEI podem ser dados, informações ou conhecimentos imprescindíveis à produ-


ção de conhecimentos operacionais, que o Cmt Op necessita em um determinado mo-
mento, para correlacioná-los com outros conhecimentos disponíveis, a fim de tomar uma
decisão que lhe permita o cumprimento da missão. Essa decisão tem em vista a escolha
de uma LA a ser executada.

4.2.5 Qualquer possibilidade do inimigo, característica da área de responsabilidade ou


outro fator que influencie, decisivamente, o cumprimento da missão, ou seja, preponde-
rante na escolha de uma LA, será um EEI. Eles traduzem, portanto, as NI da mais eleva-
da prioridade.

4.2.6 Sendo a fixação dos EEI uma decisão do Cmt Op, qualquer providência que impli-
que a modificação ou o cancelamento de algum deles deverá ter o aval desse Cmt.

4.2.7 Embora os EEI expressem as NI prioritárias do Cmt Op, eles podem ter origem no
EMCj, sob a forma de propostas. Essas propostas são coordenadas e apresentadas pelo
Of Intlg ao Cmt Op para aprovação.

4.2.8 Todas as NI definidas pelo Cmt Op, assim como aquelas recebidas do escalão su-
perior, são consubstanciadas em um documento interno da D2, denominado de POC.

4.3 Integração das Atividades de Inteligência das Forças Componentes do C Op

4.3.1 Ainda que cada força componente apresente necessidades específicas de


Inteligência de nível tático, muitas podem concorrer, diretamente, para a tomada de
decisão no nível operacional. Ademais, considerando-se a grande extensão das áreas de
responsabilidade atribuídas a um Comando Operacional, torna-se imperiosa a sinergia no
esforço de coleta/busca, a fim de se evitarem superposições e dispersão de esforços.

4.3.2 Consequentemente, a estrutura de Inteligência do C Op deverá ser coordenada pela


D2, direcionando o esforço de coleta/busca das Forças Componentes, por intermédio de
um POC, possibilitando a complementaridade dos dados e informações obtidos, de modo
a permitir o compartilhamento dos mesmos e evitando a duplicidade nas ações de

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coleta/busca.

4.4 Necessidade de apoio dos Sistemas de Inteligência de Fora do C Op


Normalmente, as grandes dimensões de uma área de responsabilidade atribuída a um
C Op e, também, a multiplicidade e diversidade de conhecimentos requeridos, excedem o
alcance e a capacidade de busca dos órgãos do C Op. Devido a isso, o C Op pode formu-
lar Pedidos de Inteligência a instâncias e elementos não pertencentes às forças adjudica-
das.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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CAPÍTULO V

A SEÇÃO DE INTELIGÊNCIA NO ESTADO-MAIOR CONJUNTO

5.1 Generalidades

5.1.1 A inexistência de Comandos Operacionais conjuntos brasileiros vocacionados para


áreas predeterminadas, permanentemente instituídos desde o tempo de paz, impede que
o Comando Operacional ativado em meio a uma crise ou para um exercício determinado,
gerencie o Ciclo de Inteligência, no nível operacional, desde o início.

5.1.2 Ativado um C Op para exercício ou para emprego real, uma Seção de Inteligência
(D2) é configurada no EMCj, passando a gerenciar toda a atividade de Inteligência no
âmbito de sua área de responsabilidade, a partir do recebimento dos conhecimentos dis-
poníveis no EMCFA. Abre-se, a partir daí, o acesso do C Op ao “Portal de Inteligência
Operacional” do EMCFA. Esse portal oferece condições de acesso aos conhecimentos
disponibilizados no banco de dados pelos elementos do EMCFA e das FA responsáveis
por executar a atividade de Inteligência no nível operacional.

5.2 Estrutura da D2 no Estado-Maior Conjunto

5.2.1 A Intlg do C Op é executada pela D2 e pelas Seções de Intlg das F Cte.

5.2.2 A D2 do Estado-Maior Conjunto deverá ser constituída, basicamente, por um chefe,


por adjunto(s) pertencente(s) a cada Força Armada envolvida na operação e por gradua-
dos necessários à realização das atividades da seção.

5.2.3 A D2 não possuiu uma forma rígida, pois a situação de emprego é que vai determi-
nar as suas necessidades de estruturação e respectivos meios. Entretanto, terá, normal-
mente, a seguinte formação básica – Chefia, Subseção de Inteligência e Subseção de
Contrainteligência, conforme a seguir:
a) Chefia:
- Chefe.
- Adjunto (Adj) 1.
- Adj 2.
b) Subseção de Inteligência:
- Chefe.
- Centro de Inteligência, constituído pelas seguintes equipes de Intlg de fontes:
1) de imagens.
2) de sinais.
3) humanas.
4) radar.
5) acústicas.
6) de alvos.
7) técnicas
8) abertas.

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c) Subseção de Contrainteligência:
- Chefe.
- Grupo de segurança orgânica.
1) Pessoal.
2) Material.
3) Documentação.
4) Comunicações.
5) Instalações.
6) TI.
- Grupo de segurança ativa:
1) Contraterrorismo.
2) Contraespionagem.
3) Desinformação.
4) Contrassabotagem.

5.2.4 A Chefia poderá dispor de uma quantidade de Adjuntos adequada à dinâmica fun-
cional da D2.

5.2.5 A Subseção de Inteligência, além da Chefia, comportará um CICOp, o qual poderá


dispor de equipes técnicas para integrar e processar as informações obtidas pelas diver-
sas fontes de Inteligência (humanas, imagens, sinais, acústicas, radar, técnica, assinatura
de alvos, abertas, etc.), com o intuito de produzir conhecimentos aos diversos escalões. O
CICOp deve dispor de pessoal especializado em diversas áreas da Inteligência, e a sua
composição normal seria a seguinte: Chefe, Vice-Chefe, Seções de Coleta, Geo-
Inteligência, Análise/Integração e Suporte.

5.2.6 A Subseção de Contrainteligência, além da Chefia, disporá de um Grupo de Segu-


rança Ativa e de um Grupo de Segurança Orgânica.

5.2.7 As Seções de Inteligência das F Cte poderão ser estruturadas e mobiliadas de acor-
do com a concepção particular de cada Força Armada, no caso de F Cte Singulares, ou
seguir os mesmos parâmetros da D2, no caso de F Cte Conjuntas. Deverão possuir, em
sua estrutura, um centro de apoio que possa interagir, em termos de Inteligência com o
EMCj e com as demais F Cte. Fazendo uma analogia ao CICOp, tais centros seriam o
Centro de Inteligência Naval (CIN), o Centro de Inteligência Terrestre (CIT) e o Centro de
Inteligência Aérea (CIA). O CICOp, em conjunto com o CIN, CIT e CIA, deve proporcionar
a mais relevante e consistente análise da situação das forças inimigas, e fornecer avalia-
ções oportunas e atualizadas sobre o grau de ameaça dos adversários.

5.2.8 O chefe da D2 deverá ser um Oficial de Estado-Maior de uma das Forças participan-
tes da operação.

5.2.9 A D2 poderá ser reforçada por elementos de outros órgãos de Inteligência integran-
tes do SISBIN, SINDE e SIOP.

5.3 Arquitetura da Inteligência do Comando Operacional

5.3.1 O Cmt Op precisa ter uma estrutura de Inteligência ágil, flexível e abrangente, que
disponibilize a informação com oportunidade para que o ciclo de decisão (ciclo OODA)

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possa girar mais rapidamente e com maior confiabilidade do que os ciclos do adversário.
Esse conceito define quem terá vantagem na campanha.

5.3.2 Essa arquitetura de Inteligência que suporta o Comando Operacional precisa estar
inserida em uma infraestrutura de C², além de Vigilância e Reconhecimento, todos inte-
grados para produção e divulgação de conhecimentos no menor tempo possível. Cabe
insistir que a maior velocidade dada à coleta/busca, análise e divulgação do conhecimen-
to permitem que o ciclo de Inteligência possibilite o menor tempo de resposta no ciclo de
decisão.

5.3.3 As demandas de conhecimento geradas dentro do sistema devem ser disponibiliza-


das de forma otimizada e através de um fluxo contínuo que possa atender aos diversos
níveis de Inteligência e aos usuários das informações. A necessidade de conhecer deve
pautar a divulgação das informações, observando-se sempre o princípio da oportunidade.

5.3.4 Para que isso ocorra, a integração dos sistemas de comunicação e informática deve
permitir o acesso controlado às fontes de Inteligência em todos os escalões, vertical ou
horizontalmente, desde o nível mais baixo até a posição de Inteligência mais alta dentro
da campanha. Cada elo dentro do sistema deve ter sua estrutura de rede, seus sistemas
e ser responsável pelo armazenamento dos dados produzidos no seu nível de atuação.

5.3.5 Isso exigirá, do suporte de comunicações à Inteligência, a permanente disponibilida-


de, com segurança e velocidade, para que o trânsito de informações transcorra em todos
os níveis, das equipes de processamento e divulgação até os usuários que deles necessi-
tem. É preciso que as estruturas Web e multimídia, com voz, dados, textos, imagens se-
jam integradas através de padrões de conectividade que utilizem protocolos de comunica-
ções e encriptação padrão, que permita o acesso de todos os dispositivos disponíveis a
todos os escalões.

5.3.6 Deve-se admitir que o trânsito de dados sem classificação ou, ainda, sem proces-
samento possa trafegar em uma rede direta, com menor controle. Os dados seriam com-
pactados, criptografados e divididos em vários arquivos, haja vista possíveis limitações de
largura de banda para transmissão de grandes arquivos.

5.4 Banco de Dados

5.4.1 No escalão do C Op, cabe ao CICOp ser o coordenador das informações e conhe-
cimentos produzidos pelas F Cte, mantendo o acesso aos bancos e provendo a divulga-
ção dos conhecimentos para os usuários que dele possuam as demandas.

5.4.2 Para cada F Cte do C Op poderá haver um Centro de Inteligência, responsável por
gerenciar os bancos de dados da sua Força. Os elos de Inteligência das Unidades Opera-
cionais e de coleta/busca manterão servidores de bancos de dados informatizados que
serão alimentados com dados de sua responsabilidade, obtidos pela coleta/busca através
dos vários sensores e outras fontes, além de informações produzidas dentro do seu nível
de atuação.

5.4.3 Os Centros de Inteligência das F Cte manterão em seus bancos de dados, além dos
conhecimentos e informações produzidos no seu nível, redundância por meio da unifica-

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ção e sincronização, com os dados e informações de cada banco existente nos elos de
Inteligência abaixo do seu escalão.

5.4.4 Pode-se inferir que os conhecimentos armazenados nos Centros de Inteligência das
F Cte e o banco informatizado do Centro de Inteligência do Comando Operacional (CICOp)
manterão um conceito semelhante ao descrito anteriormente. Além disso, o CICOp será o
elo integrador entre os Órgãos de Inteligência (OI) do C Op e as redes integrantes do
SINDE e, indiretamente, do SISBIN.

5.4.5 Graças à redundância entre os bancos dos elos de Inteligência e o banco de dados
unificado dos Centros de Inteligência de Força e desse com o CICOp, cada rede de Inteli-
gência, dentro de seu escalão, poderá, em caso de comprometimento, ser desconectada
do sistema e assim permanecer durante a pesquisa e correção do problema, sem que
haja solução de continuidade por parte das informações daquele elo. Caberá à arquitetura
de Inteligência manter um sistema contingencial abrangente, onde a rede comprometida
seja isolada ao menor sinal de comprometimento ou pane e iniciada, de forma rápida,
uma auditoria para análise e solução do problema.

5.4.6 Para que tudo isso seja possível, é preciso que os sistemas sejam interoperáveis,
com comunicação direta, linguagens de banco de dados e softwares padrão e sincronis-
mo entre as Unidades de Coleta/Busca e os Centros de Inteligência das Forças e entre
esses e o CICOp. Caso alguma informação não esteja dentro dos padrões estipulados no
C Op, por exemplo, dados, informações ou conhecimentos vindos da rede do SISBIN ou
outras fontes externas, caberá ao CICOp proceder a conversão para o padrão estipulado
na arquitetura de Inteligência operacional.

5.5 Recursos Humanos

5.5.1 Cada subseção da D2 será composta por representantes de cada Força, conforme
as necessidades operacionais.

5.5.2 Os Centros de Inteligência, do Comando Operacional e das Forças Componentes,


necessitam de operadores e especialistas capazes de atuar nas diversas atividades da
Inteligência, o que permitirá aos meios de coleta/busca serem usados em qualquer nível
para responder mais rapidamente às NI do Comandante.

5.5.3 As Unidades de Coleta/Busca e Unidades de Combate subsidiarão os Centros de


Inteligência das Forças, ou até mesmo o CICOp, na produção de conhecimentos. Tam-
bém podem dispor de especialistas para a produção de informações, a partir dos dados
levantados, que reduzirão o tempo de processamento dos Centros de Inteligência, já que
as informações chegarão previamente analisadas.

5.5.4 Os sistemas que oferecem suporte à Inteligência, informática e comunicações, em


todos os níveis, necessitam de profissionais habilitados a monitorar e proteger as estrutu-
ras de rede, softwares, hardwares e comunicações, além de atuar na análise forense que
permita a adoção de medidas pertinentes.

5.5.5 As demandas de pessoal, para atender as necessidades de loteamento dos setores


envolvidos com a Atividade de Inteligência, poderão variar em função das circunstancias

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de emprego do poder militar, cabendo ao Comandante Operacional a decisão final sobre


a quantidade de recursos humanos que será empregada.

5.6 Competências
São competências da D2:
a) coordenar as atividades relativas ao Planejamento Operacional, tendo o apoio dos
representantes dos setores de Inteligência das Forças Componentes.
b) propor ao Comandante Operacional o estabelecimento das NI, destacando aque-
las que devem ser priorizadas – os EEI, em todas as fases da operação;
c) produzir informações e conhecimentos visando o apoio à decisão do Cmt Op e,
quando pertinente, aos demais níveis decisórios;
d) contribuir para a manutenção da Consciência Situacional do Cmt Op;
e) elaborar o Plano de Inteligência do C Op, conforme orientação contida no PEI e
no Anexo de Inteligência ao Plano Operacional referente à HE considerada (produzido e
arquivado após o Planejamento Operacional – situação de normalidade), tendo o conhe-
cimento prévio do banco de dados do PIOp;
f) elaborar os seguintes documentos:
– Análise de Inteligência Operacional do EMCj;
– Anexo de Inteligência ao Plano Operacional do EMCj;
– Plano de Obtenção de Conhecimento/Pedidos de Inteligência;
– Plano de Reconhecimento;
– Plano de Segurança Orgânica (PSO); e
– Plano de Segurança Ativa (PSA).
g) manter atualizadas as ORBAT do inimigo (naval, terrestre, aérea e eletrônica), de
forma idêntica, o Mapa de Situação;
h) levantar as vulnerabilidades e as ameaças prováveis para a operação;
i) levantar os pontos sensíveis e os sistemas de alvos de interesse do C Op, apoian-
do e participando dos respectivos processos de seleção de alvos;
j) colaborar com a seção de Planejamento (D5) na elaboração e atualização da Lista
Integrada de Alvos (LIA), levantando os dados necessários à confecção das Pastas de
Alvos;
k) avaliar os danos aos sistemas de alvos;
l) assessorar o Cmt Op na priorização de emprego dos meios ou das unidades de
combate na busca e na coleta de dados de Inteligência, realizando as devidas coordena-
ções com as Forças Componentes;
m) supervisionar a execução das medidas de CI;
n) colaborar com a seção de Operações na elaboração dos diferentes planos ineren-
tes à operação;
o) estabelecer, em coordenação com a seção de Comando e Controle, a arquitetura
da rede de Inteligência para troca de informações dentro dos diferentes níveis;
p) estabelecer ligações com os órgãos de Inteligência das Forças Armadas e demais
órgãos envolvidos na operação;
q) coordenar com a seção de Pessoal e com a seção de Logística a seleção e con-
trole da mão-de-obra civil; e
r) coordenar com as seções de Assuntos Civis, de Pessoal e de Logística as ativida-
des relacionadas a PG, internados, deslocados e refugiados.

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5.7 Coordenações da D2

5.7.1 A D2 concluirá os trabalhos em coordenação com as demais seções do EMCj. Ne-


nhuma proposta da D2 que afete a decisão do Comandante poderá ser apresentada sem
a coordenação com uma ou mais seções do EMCj. O Of Intlg que ignorar a importância
dessa coordenação causará embaraço e atraso nos trabalhos do comando, dificultando e
retardando as operações.

5.7.2 A relação, a seguir, exemplifica algumas das atividades cuja coordenação pelo Ch
da D2 é necessária ao planejamento:
a) controle e filtro de informações públicas: oficiais de pessoal e de comunicação so-
cial;
b) operações: todos;
c) emprego de meios de combate para missões de Inteligência: Oficial de Operações
(Of Op);
d) acompanhamento e controle de visitantes: Oficial de Comunicação Social
(Of Com Soc);
e) necessidade de cartas, fotos e estudos: todos;
f) civis internados: oficiais de pessoal e de comunicação social, assessor jurídico e
chefe de polícia;
g) obtenção e recompletamento de especialistas de Inteligência: chefe da D1 e ou-
tros elementos ligados à atividade; e
h) logísticas: eixo de suprimento, recursos locais e área de desdobramento de mei-
os.

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CAPÍTULO VI

A CONTRAINTELIGÊNCIA NAS OPERAÇÕES CONJUNTAS

6.1 Finalidades da Contrainteligência


São finalidades da CI:
a) impedir que a inteligência de uma força inimiga, real ou potencial, adquira conhe-
cimentos sobre nossa ordem de batalha, situação em material, pessoal, planos, vulnerabi-
lidades e possibilidades;
b) impedir, reduzir os efeitos ou neutralizar as atividades de espionagem, sabota-
gem, desinformação, propaganda e terrorismo contra as nossas forças;
c) proporcionar liberdade de ação para o comando;
d) contribuir para a obtenção da surpresa;
e) impedir ou limitar as ações que possibilitem a obtenção da surpresa pela for-
ça inimiga;
f) induzir o centro de decisão adversário à tomada de decisões equivocadas; e
g) degradar a capacidade da Atv Intlg da força inimiga.

6.2 As Ameaças à Estrutura de Inteligência do C Op e seus Alvos

6.2.1 São as atividades de qualquer natureza, que podem ser desencadeadas por servi-
ços de Intlg ou organizações adversas, que visam a comprometer ou a superar as medi-
das de salvaguarda do conhecimento adotadas pelo C Op. No âmbito militar, compreen-
dem:
a) Obtenção de dados ou conhecimentos ostensivos – esforço sistemático que reali-
za o elemento adverso na coleta de dados e conhecimentos não protegidos;
b) Espionagem – esforço sistemático que realiza o elemento adverso na busca de
dados e conhecimentos sigilosos;
c) Sabotagem – provocação de dano intencional contra instalações ou material de
alto interesse para o C Op, normalmente de forma clandestina, com a finalidade de afetar
a nossa capacidade operacional;
d) Terrorismo – emprego real ou potencial de ações violentas contra bens e indiví-
duos, visando a coagir autoridades ou populações, mediante intimidação; e
e) Propaganda adversa – conjunto de ações de cunho psicológico, desencadeado
por meio da manipulação da comunicação social, buscando persuadir determinado públi-
co e obter atitudes favoráveis à consecução dos objetivos de quem a produz.

6.2.2 As ameaças podem ser direcionadas contra os detentores dos dados e conhecimen-
tos (pessoas) ou seus outros suportes (documentos e materiais, meios de comunicações
e Tecnologia da Informação – TI, áreas e instalações).

6.2.3 As ameaças ao pessoal não dizem respeito somente aos integrantes do C Op que
detenham conhecimentos sensíveis, mas também àqueles que podem vir a obter um a-
cesso indevido. As ameaças mais expressivas são:
a) espionagem, na qual o pessoal do C Op pode ser recrutado como agente adverso
consciente ou inconsciente;
b) terrorismo, uma vez que o pessoal do C Op pode ser atingido de maneira seletiva,

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em função da posição ocupada; e


c) propaganda adversa, cujo objetivo mais comum é o de buscar a queda do moral e
da disciplina no C Op.

6.2.3.1 As ameaças contra a documentação e o material incluem a espionagem e a sabo-


tagem; a primeira, objetivando a obtenção do conhecimento protegido e a segunda, a
produção de danos que possam redundar na perda da documentação e de material.

6.2.3.2 As ameaças contra as áreas, as instalações, os meios de TI e as comunicações


incluem a espionagem e a sabotagem. A espionagem visa à obtenção de dados ou co-
nhecimentos sigilosos transmitidos pelos meios de comunicações, bem como cifras ou
códigos. A sabotagem tem por objetivo provocar danos que causem a interrupção e a falta
de comunicações entre os integrantes do C Op.

6.3 Responsabilidades

6.3.1 O Cmt, em todos os escalões, é o responsável pela adoção das medidas de CI que
sejam necessárias em sua área de responsabilidade.

6.3.2 O Of Intlg assessora o Cmt na coordenação da CI e supervisiona a execução das


medidas implementadas, coordenando as ações com as demais seções do EMCj,
por exemplo:
a) pessoal – nos assuntos referentes à credencial de segurança, à indicação para a
ocupação de funções sensíveis e ao preparo para resistência a interrogatórios;
b) operações – nos assuntos relativos à segurança das operações, medidas de vigi-
lância, reconhecimento, camuflagem e desinformação;
c) logística – na segurança das áreas e instalações e dos eixos de suprimento;
d) comunicação social – nos assuntos relativos ao controle de pessoal civil e à exe-
cução de atividades de Comunicação Social (particularmente as Operações Psicológicas);
e) comando e controle – nos assuntos relativos à segurança das comunicações, aos
postos de comando e às fontes de sinais e imagens; e
f) assessoria jurídica – quanto aos aspectos legais relacionados com a busca de da-
dos, conhecimentos e atividades de CI, em tempo de paz.

6.3.3 No âmbito da própria D2, a subseção de CI coordena com a de Intlg a produção de


conhecimentos para CI, tais como: formulação e desdobramento dos EEI, POC, realiza-
ção de instruções de segurança e inspeções para verificação das medidas em vigor.

6.3.4 Todas as F Cte, unidades e indivíduos do C Op possuem responsabilidade de CI,


visto que devem aplicar as medidas apropriadas para negar conhecimentos ao inimigo
sobre as atividades, situação e desdobramento.

6.4 Análise de Contrainteligência

6.4.1 É parte da Análise de Inteligência e visa a avaliar as possibilidades da Inteligência


inimiga, a fim de determinar a sua capacidade de atuação e os consequentes efeitos so-
bre as nossas linhas de ação, levando-se em consideração a eficiência de nossas medi-
das de CI na sua neutralização. Visa, ainda, a determinar a necessidade de medidas adi-

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cionais ou ao incremento de outras.

6.4.2 O exame é baseado no conhecimento da ordem de batalha do inimigo, das suas


agências e sistemas de Inteligência e unidades que executam a Atividade de Inteligência
(Atv Intlg), bem como de outros órgãos de inteligência que sejam capazes de realizar atos
de espionagem, propaganda adversa, terrorismo, desinformação e sabotagem. São de
especial interesse a organização, a instrução, o material, a doutrina, as técnicas e o des-
dobramento existentes.

6.4.3 A Análise de Contrainteligência é aplicável em todos os escalões, sendo que no


âmbito do C Op é elaborado pela Subseção de CI, sob a orientação do D2 do C Op, ser-
vindo como subsídio para análise e apresentação de assuntos de interesse.

6.4.4 A segurança das operações implica um planejamento contínuo, calcado na reunião


de dados ou conhecimentos, análise dos mesmos e execução de ordens ou instruções
específicas, tendo em vista a constante evolução da ameaça inimiga e de nossas próprias
vulnerabilidades. Envolve as etapas a seguir descritas:
a) Determinação das possibilidades da inteligência inimiga na obtenção de dados e
conhecimentos;
- Estas possibilidades referem-se às atividades da inteligência inimiga relacionadas
com as nossas fontes humanas, de sinais e de imagens passíveis de serem executadas.
- A Análise de Contrainteligência exige, para a perfeita execução, conhecimentos
suficientes sobre os órgãos e meios de Inteligência e CI inimigos, que, dentro do possível,
deverão estar levantados desde a situação de paz.
- O conhecimento de aspectos técnicos, doutrinários e do grau de instrução permiti-
rá a determinação das reais possibilidades inimigas, tanto na busca de conhecimentos
como na realização de ações vinculadas à sabotagem, ao terrorismo e à espionagem, por
exemplo.
b) Determinação das vulnerabilidades existentes;
- As vulnerabilidades, ante a capacidade operante inimiga de busca de conheci-
mentos ou realização de outras ações, serão determinadas comparando-se os pontos
vulneráveis das operações nos aspectos administrativo, logístico, manobra e comunica-
ções, com as possibilidades dos órgãos e meios inimigos.
- As vulnerabilidades, ante a capacidade operante inimiga de proteger os seus da-
dos e conhecimentos, em face das ações de coleta e busca do C Op.
- Os pontos vulneráveis serão definidos após a análise dos nossos próprios proce-
dimentos que permitem ao inimigo conhecer a atividade operacional de uma unidade, sua
identificação, ordem de batalha e possibilidades. O fulcro dessa análise consiste em pre-
cisar os “pontos críticos”, ou seja, aqueles que não podem ser protegidos, totalmente, pe-
las medidas passivas e ativas de segurança em vigor.
c) Determinação das medidas a serem adotadas; e
- Em função das possibilidades inimigas e da identificação de nossas vulnerabilida-
des, são adotadas medidas que eliminem ou minimizem as ameaças aos “pontos críticos”
existentes.
- A determinação das medidas a serem adotadas, pertencentes ao grupo de ativi-
dades das seguranças orgânica e ativa, deverá ser complementada por outras ações que,
também, possam propiciar segurança às forças em operações.
d) Análise das medidas adotadas e determinação das vulnerabilidades remanescen-
tes.
- Uma vez aplicada uma medida, é necessária uma análise periódica da mesma

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para verificar a sua eficácia quanto ao fim a que se destina.


- Uma lista de verificações poderá ser elaborada para a determinação das vulnera-
bilidades existentes. Esse trabalho, realizado em conjunto pelo EMCj, em particular pelas
D2 e D3, conterá os aspectos críticos da operação em andamento e outros que mereçam
destaque em função de ordens ou diretrizes do Cmt do escalão considerado.

6.4.5 O modelo da Análise de Contrainteligência encontra-se apresentado no Apêndice III,


ao Anexo C, 2º Volume.

6.5 Plano de Contrainteligência

6.5.1 A D2 contribui para as seguranças ativa e passiva das operações do C Op mediante


a formulação de um plano de CI, preconizando medidas a serem executadas pelo C Op e
pelas F Cte.

6.5.2 O Plano é preparado a partir da Análise de Contrainteligência e difundido como a-


pêndice de CI ao Anexo de Inteligência ao Plano Operacional ou incluído no parágrafo CI
desse anexo.

6.5.3 Determinadas atividades de CI colocadas em prática, particularmente as ligadas à


segurança orgânica, ainda que constantes de procedimentos padrão das forças, devem
ser repetidas no Plano ou parágrafo de CI, a fim de padronizar procedimentos no C Op e
difundir as medidas específicas para aquela operação.

6.5.4 O modelo do Plano de CI encontra-se apresentado no Apêndice XIV, ao Anexo C, 2º


Volume.

APÊNDICES: I – Fluxo de Conhecimentos antes da Ativação do C Op


II – Fluxo de Conhecimentos após a Ativação do C Op

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APÊNDICE I ao ANEXO D

FLUXO DE CONHECIMENTOS ANTES DA ATIVAÇÃO DO COMANDO


OPERACIONAL

FIGURA 3 – Fluxo de conhecimento em tempo de paz

Descrição do fluxo:

– Elaboração de um Plano Estratégico de Obtenção de Conhecimento (PEOC) pela


SC2 do EMCFA, por ocasião do Planejamento Estratégico.

– Remessa do PEOC aos OI do nível estratégico das Forças, que, de acordo com as
NI específicas do referido plano, confeccionarão um Levantamento Estratégico de Área
com dados referentes à sua área de interesse.

– Remessa dos respectivos LEA à SC2 do EMCFA, para fins de consolidação em


um documento único, que será disponibilizado no Portal de Inteligência Operacio-
nal (PIOp) do MD, com a finalidade de subsidiar o planejamento operacional do Comando
do C Op.

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– Os conhecimentos disponibilizados no PIOp consubstanciarão a elaboração – pela


Seção de Inteligência do C Op (D2) – do Anexo de Inteligência ao Plano Operacional do
TO, servindo este de base para os planejamentos das F Cte.

Durante o planejamento das F Cte, poderão ser levantadas outras NI, que serão re-
metidas pela Seção de Inteligência do C Op (D2), via PIOp, à SC2 do EMCFA.

– Por se tratar de planejamento de nível operacional, a SC2, de posse dessas novas


necessidades, produzirá um novo plano (PIOC), a ser remetido, em primeira prioridade,
aos OI dos Comandos de Operações das Forças, a fim de que elaborem conhecimentos
atualizados sobre o cenário em foco.

– A remessa desses conhecimentos à SC2 será consubstanciada em documentos


de Inteligência padronizados, sendo estes disponibilizados preferencialmente no PIOp.

– A SC2 remeterá os conhecimentos então produzidos ao D2 do C Op, via PIOp, pa-


ra a atualização dos planejamentos.

Obs.: poderão ser remetidas cópias desses conhecimentos aos OI do nível opera-
cional.

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APÊNDICE II ao ANEXO D

FLUXO DE CONHECIMENTOS APÓS ATIVAÇÃO DO COMANDO OPERACIONAL

FIGURA 4 – Fluxo de conhecimento no C Op

Após a ativação do C Op, a atualização da situação do inimigo é fator


preponderante, redundando em um fluxo contínuo de dados entre as AI envolvidas na
operação.

Cabe à Seção de Inteligência do C Op (D2), verificar a observância do Repertório de


NI por parte dos OI vinculados, solicitando conhecimentos oportunos a todo o sistema ou
a um OI isoladamente.

A utilização do canal técnico não pode ser descartada, atendendo ao Princípio da


Oportunidade, tendo-se o cuidado de se evitar a utilização de sistemas de comunicação
não seguros.

As NI geral serão catalogadas e atualizadas nos POC.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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ANEXO E – LOGÍSTICA PARA OPERAÇÕES CONJUNTAS

CAPÍTULO I

ESTRUTURAS BÁSICAS PARA O APOIO LOGÍSTICO NO C Op

1.1 Considerações Iniciais

1.1.1 O Comandante Operacional exercerá a autoridade operacional sobre a logística em


sua área de responsabilidade. Para tal, emitirá diretrizes e ordens visando ao
cumprimento da missão decorrente da Hipótese de Emprego atribuída ao Teatro de
Operações. Neste sentido, determinará, ainda, a necessidade de Organizações Militares
Logísticas Singulares (OMLS) e outros meios logísticos a serem adjudicados pelas FS.

1.1.2 O Comandante do TO (ComTO) normalmente delegará a autoridade operacional


sobre a logística ao Comandante do Comando Logístico do TO (CLTO), de forma a
permitir que a execução da logística conjunta possa ser eficientemente gerenciada e
otimizada no decorrer das operações.

1.1.3 Com base nas diretrizes do ComTO, o Cmt do CLTO expedirá ordens e planos que
detalharão a manobra logística do TO, estabelecendo:
a) diretrizes complementares sobre o emprego dos meios logísticos adjudicados pe-
las FS;
b) medidas para racionalização das estruturas de apoio logístico a serem operadas
pelo CLTO e pelas F Cte, de modo a evitar redundâncias e sobreposição de encargos
logísticos no TO;
c) necessidade de realocação e priorização dos recursos logísticos disponíveis; e
d) responsabilidades pela execução de tarefas logísticas conjuntas.

1.1.4 Normalmente, o CLTO será organizado com base em estruturas existentes em uma
das Forças Singulares, complementada por especialistas disponibilizados pelas demais
FS.

1.1.5 Para definição do elemento singular que assumirá os encargos de estruturação do


CLTO, o ComTO poderá considerar dois critérios:
a) melhor capacidade – designação do elemento de FS melhor capacitado, em
termos de pessoal, instalações, meios logísticos e de C²; ou
b) maior usuário – designação do elemento de FS que contar com a maioria de
meios operativos no TO.

1.1.6 O EMCj deverá elaborar seu planejamento do apoio logístico em coordenação com
os Comandos Regionais localizados no TO (Distritos Navais, Regiões Militares e
Comandos Aéreos Regionais), a fim de que as necessidades das organizações militares
não adjudicadas sejam consideradas na elaboração da estimativa logística do Teatro de
Operações.

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1.1.7 O uso dos recursos civis dentro do TO deverá ser maximizado de acordo com as
normas legais vigentes, e seu emprego planejado pelo EMCj, e coordenado pelo CLTO.
Essa utilização não deverá causar escassez para a população civil local.

1.1.8 O CLTO será o responsável por coordenar a execução do apoio logístico planejado
pelo EMCj, integrando, controlando, supervisionando e racionalizando as funções
logísticas no TO, mantidas as especificidades de cada FS. Para tal, realizará o seu
planejamento baseado no Anexo de Logística ao Plano Operacional, bem como suas
atualizações, em coordenação com a D1 e a D4.

1.1.9 Visando a otimizar o fluxo logístico entre a ZI e o TO, racionalizando o emprego dos
meios logísticos, será essencial a coordenação entre o CLTO e as FS, por intermédio do
Centro de Coordenação Logística (CCL), em particular no que se refere ao transporte
estratégico, estabelecendo prioridades, responsabilidades e cronogramas, e, ainda,
definindo os meios civis a serem mobilizados/contratados para o atendimento das
necessidades de forma conjunta.

1.1.10 As estruturas básicas para o apoio logístico aos demais Comandos Operacionais
ativados (COMDABRA, Comando de Zona de Defesa, Comando de Área de Operações e
outros), naquilo que couber, deverão observar o prescrito neste anexo.

1.2 Deslocamento e Concentração Estratégica

1.2.1 Deslocamento Estratégico

1.2.1.1 A responsabilidade pelo planejamento e execução do deslocamento estratégico de


meios adjudicados ao TO, desde a Zona de Interior até o local indicado pelo Cmt Op,
caberá às Forças Singulares.

1.2.1.2 As Forças Singulares deverão coordenar com o MD (por intermédio do CCL) para
realizar o planejamento do deslocamento estratégico de seus meios para o TO, a fim de
permitir a racionalização do emprego dos meios de transporte militares disponíveis nas
três Forças, assim como dos meios civis a serem mobilizados ou contratados.

1.2.1.3 Os meios de transporte militares existentes deverão, prioritariamente, atender as


necessidades logísticas do TO, devendo as Forças Singulares buscar o máximo emprego
de meios civis contratados ou mobilizados nos seus planejamentos de deslocamento e de
concentração estratégica.

1.2.1.4 A contratação ou mobilização de meios civis será regulada em planejamento


específico, a ser expedido pelo EMCFA, a quem caberá estabelecer diretrizes e
prioridades a serem observadas.

1.2.1.5 O ComTO será o responsável pelo planejamento e execução do transporte militar


dentro de sua área geográfica de atuação.

1.2.1.6 O CCL, assim que ativado, será responsável pela coordenação e gerenciamento
do transporte estratégico para a área de responsabilidade, cabendo ao mesmo realizar a
ligação entre os órgãos logísticos apoiadores e a(s) Força(s) apoiada(s).

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1.2.1.7 O CCL deverá, ainda, gerenciar a centralização do envio de pessoal e material


para a área de responsabilidade, bem como sua retirada, definindo os meios de
transporte a serem empregados, sejam militares ou civis.

1.2.1.8 As Forças Singulares deverão designar oficiais de ligação com o CCL, a fim de
permitir a coordenação nos assuntos relativos ao deslocamento estratégico, colaborar no
estabelecimento de prioridades e auxiliar o CCL na comunicação com as Forças Singula-
res.

1.2.1.9 O MD, por intermédio do Subsistema Setorial de Mobilizar Militar, ligar-se-á com
os demais Subsistemas Setoriais do Sistema Nacional de Mobilização (SINAMOB), a fim
de viabilizar a obtenção de meios civis para o deslocamento estratégico das forças,
segundo as prioridades estabelecidas pelo CCL.

1.2.1.10 O CCL realizará, também, a coordenação entre o CLTO e as Forças Singulares,


a fim de definir responsabilidades e condições de execução de todo o transporte de
material e pessoal destinado ao TO.

1.2.1.11 O modal de transporte prioritário para o deslocamento estratégico de pessoal


deverá ser o aéreo.

1.2.1.12 Para o deslocamento estratégico de carga e material, dependendo das


características do Teatro de Operações, deverão ser priorizados os modais marítimo,
fluvial e/ou ferroviário. Para tal deverão ser definidos os Eixos Prioritários de Transporte
(EPT) a serem utilizados.

1.2.1.13 Os EPT constituirão um conjunto de vias de transporte multimodais, orientadas


para as áreas de concentração estratégica definidas pelo TO.

1.2.2 Concentração Estratégica

1.2.2.1 Caberá ao Cmt Op estabelecer as áreas onde serão concentradas as forças adju-
dicadas, devendo considerar, para tal:
a) a missão recebida pelas forças a serem concentradas;
b) a necessidade de dissimulação no contexto do quadro geral da manobra;
c) os prazos disponíveis;
d) a existência de EPT que atendam à direção geral da manobra logística entre a ZI
e os locais de concentração estratégica no TO; e
e) a existência de outras infraestruturas que viabilizem a movimentação de grandes
volumes de pessoal e material em trânsito.

1.2.2.2 O fator tempo terá importância fundamental para o planejamento da concentração


estratégica, uma vez que as limitações de prazo irão gerar sérios óbices para sua execu-
ção, levando a um aumento considerável de meios necessários ao deslocamento estraté-
gico, e criando, em consequência, uma grande necessidade de coordenação e a um au-
mento exponencial do esforço logístico decorrente.

1.2.2.3 A preparação logística do campo de batalha deve ter início tão logo quanto possí-
vel, permitindo a montagem das estruturas logísticas previstas para o CLTO e para as
F Cte.

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1.3 Organização do Apoio Logístico Conjunto no TO

1.3.1 O ComTO estabelecerá a organização para o apoio logístico dentro do TO, sendo
de sua responsabilidade a coordenação e a integração do apoio às suas forças
subordinadas (singulares e/ou conjuntas) e, quando determinado, à população civil.

1.3.2 O ComTO deverá considerar os seguintes fatores, entre outros, para decidir pela
forma como será organizado o apoio logístico:
a) Hipótese de Emprego visualizada no planejamento estratégico;
b) extensão do Teatro de Operações;
c) quantidade de tropas a serem concentradas;
d) disponibilidade de meios logísticos orgânicos nas F Cte;
e) complexidade logística das operações planejadas;
f) necessidade de contratação ou mobilização de meios civis;
g) possibilidade de o inimigo atuar nos eixos de transporte e em infraestruturas logís-
ticas críticas existentes na ZA;
h) possibilidade de danos colaterais à população civil, decorrentes de prováveis a-
ções inimigas sobre as instalações logísticas; e
i) disponibilidade de recursos de comando e controle.

1.3.3 Em linhas gerais, a estrutura do apoio logístico no TO seguirá o modelo


esquematizado na Figura 5.

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FIGURA 5 – Estrutura simplificada do Apoio Logístico (Ap Log) na ZI e no TO

1.3.4 A seguir, este capítulo apresenta, como proposta, possíveis estruturas logísticas
para a D1, a D4, a D10, o CLTO e as Bases Logísticas Conjuntas (Ba Log Cj). Tais
estruturas, contudo, não deverão ser tomadas como padrão rígido, podendo ser ajustadas
de acordo com a situação, em função dos fatores já mencionados.

1.4 Seção de Pessoal do EMCj (D1)

1.4.1 Poderá ter a seguinte constituição:

D1

ADJUNTO

CÉLULA DE CÉLULA DE
ADMINISTRAÇÃO
PLANEJAMENTO DE RECURSOS HUMANOS

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a) Chefia da Seção de Pessoal (D1);


b) Adjunto da Seção de Pessoal (Adj D1);
c) Célula de Planejamento; e
d) Célula de Administração de Recursos Humanos

1.4.2 Atribuições do Chefe da D1

1.4.2.1 A Administração dos Recursos Humanos no TO será planejada e controlada pela


D1, em estreita ligação com a D4, com o CLTO, com as F Cte e com os órgãos de pesso-
al e serviço militar das FS na ZI. Para tal, o D1 terá o seguinte rol de atribuições, que po-
derá sofrer acréscimos ou supressões, conforme a situação:
a) assessorar o Cmt Op e o Chefe do EMCj nos assuntos que concernem à
Administração dos Recursos Humanos;
b) participar do processo de planejamento, em ligação com a D4 do EMCj e com o
CLTO, na elaboração do Anexo de Logística ao Plano Operacional, nos assuntos
pertinentes à função logística Recursos Humanos;
c) propor as Tarefas Logísticas Conjuntas a serem executadas na área de
Recursos humanos (RH);
d) estabelecer normas e procedimentos para os assuntos relativos à gestão e ao
trato de indivíduos sob controle militar, sejam amigos ou inimigos, militares ou civis;
e) controlar os efetivos das forças componentes;
f) controlar os dados sobre as perdas;
g) propor medidas para manter elevado o moral do pessoal;
h) tratar dos assuntos relativos à disciplina e à justiça militar;
i) preparar e distribuir os boletins, ordens, relatórios e planos inerentes à atividade
do pessoal;
j) organizar e controlar o histórico do C Op;
k) receber, consolidar, confeccionar e remeter ao MD e aos Comandos das FS (se
for o caso) os registros e os relatórios de pessoal; e
l) estruturar a Seção de Pessoal do EMCj.

1.4.2.2 O D1 deverá montar uma equipe, com especialistas nas funções logísticas, oriun-
dos das três FS, para preparação de estudos voltados ao assessoramento do EMCj, obje-
tivando:
a) realizar a Análise de Pessoal;
b) cooperar com o D4 na realização da Análise de Logística, no que se refere à
função logística Recursos Humanos;
c) elaborar o Anexo de Pessoal ao Plano Operacional;
d) cooperar com o D4 para a elaboração do Anexo de Logística ao Plano Opera-
cional; e
e) elaborar LA para a solução de condutas referentes aos Recursos Humanos.

1.4.2.3 O Adj D1 será o substituto eventual do D1, ficando em condições de tomar deci-
sões na sua ausência, assessorá-lo e representá-lo nas reuniões do EMCj.

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1.4.3 Célula de Administração de Recursos Humanos (CARH1)

CÉLULA
DE
ADMINISTRAÇÃO DE
RECURSOS HUMANOS

GERÊNCIA GERÊNCIA DE
DE REGISTROS INDIVIDUAIS E
CONTROLE DE EFETIVOS COLETIVOS

1.4.3.1 É responsável pelo gerenciamento dos efetivos prontos e pelo processamento e


publicação dos registros individuais e coletivos. Sua estrutura de funcionamento pode
compreender:
a) Gerência de Controle de Efetivos; e
b) Gerência de Registros Individuais e Coletivos.

1.4.3.2 Compete à CARH1:


a) realizar o controle dos efetivos sob controle militar (sejam amigos ou inimigos,
militares ou civis), dos que se encontram prontos, dos que estiverem em diferentes desti-
nos e das baixas, consolidando as informações constantes dos Sumários Diários de Pes-
soal das F Cte e relatórios;
b) propor ao D1 mudanças no Anexo de Logística ao Plano Operacional, decorren-
tes das atualizações dos planejamentos realizados pela D5;
c) processar e publicar os registros individuais e coletivos do Comando do C Op; e
d) preparar e distribuir boletins, ordens, relatórios e planos relativos aos Recursos
Humanos, segundo determinação do Comandante do TO.

1.4.4 Célula de Planejamento (CPLAN1)

1.4.4.1 É responsável por projetar a viabilidade logística, referente aos Recursos Huma-
nos, para apoiar os planejamentos gerados pela D5, realizando o planejamento de ativi-
dades futuras, inclusive no que diz respeito às estimativas das perdas em combate.

1.4.4.2 Compete à CPLAN1:


a) assessorar o D1 no planejamento de aspectos relacionados aos Recursos Hu-
manos nas ações futuras do TO;
b) assessorar o D1 no estabelecimento de estimativas de perdas em combate;
c) planejar medidas para a concessão de “arejamento” (licenças) para a tropa;
d) propor medidas para a manutenção do moral; e
e) assessorar o D1 quanto à elaboração de normas e procedimentos para assuntos
relativos à gestão de pessoas.

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1.5 Seção de Logística do EMCj (D4)

1.5.1 Poderá ter a seguinte constituição:

D4

ADJUNTO

CÉLULA DE CÉLULA DE
OPERAÇÕES OPERAÇÕES
FUTURAS CORRENTES

a) Chefia da Seção de Logística (D4);


b) Adjunto da Seção de Logística (Adj D4);
c) Célula de Operações Futuras (COF4)
d) Célula de Operações Correntes (COC4).

1.5.2 Atribuições do Chefe da D4

1.5.2.1 O apoio logístico ao TO será planejado e controlado pela D4, em coordenação


com as demais seções do EMCj, com o CLTO, com as F Cte e, ainda, com os órgãos lo-
gísticos das FS e o CCL, na ZI. Para tal, o D4 terá as seguintes atribuições:
a) assessorar o Cmt Op e o Chefe do EMCj nos assuntos que concernem à logísti-
ca;
b) participar do processo de planejamento desde a concepção inicial das Linhas de
Ação;
c) coordenar a equipe responsável que deverá elaborar o Anexo de Logística ao
Plano Operacional;
d) propor as Tarefas Logísticas Conjuntas a serem executadas na área de logística
de material e de saúde;
e) participar de todas as reuniões do EMCj e preparar as informações logísticas
constantes da Reunião Diária de Situação;
f) orientar as atividades logísticas das F Cte por meio de visitas, inspeções e exa-
mes de relatórios, segundo orientação do Comandante do TO;
g) manter estrito relacionamento com a seção de Planejamento do EMCj (D5), vi-
sando preparar o apoio logístico das operações futuras;
h) manter estrito relacionamento com a D1 e a seção de Operações do EMCj (D3),
visando à coordenação e ao controle das operações logísticas correntes;
i) planejar, em coordenação com os setores de logística envolvidos, a localização
dos órgãos e das instalações de apoio logístico das F Cte, selecionando as áreas onde
deverão desdobrar-se;
j) acompanhar os níveis de estoque das F Cte, identificando os itens críticos e as
eventuais restrições no fluxo de suprimento, coordenando com o CLTO no sentido de
buscar a solução das deficiências;
k) estabelecer normas relativas à realização de tarefas logísticas conjuntas no âm-
bito das F Cte, particularmente relativas ao suprimento de itens comuns;
l) estabelecer normas para a destinação do material salvado e capturado;

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m) confeccionar os mapas e os relatórios relativos à logística;


n) planejar e executar a desmobilização das F Cte, em coordenação com o EMCFA
e com as FS;
o) manter atualizada a carta de situação logística; e
p) estruturar a Seção de Logística do EMCj.

1.5.2.2 O D4 deverá montar uma equipe, com especialistas nas funções logísticas, oriun-
dos das três FS, para preparação de estudos voltados ao assessoramento do EMCj, so-
bre as capacidades logísticas das F Cte, objetivando:
a) a realização da Análise de Logística; e
b) a elaboração do Anexo de Logística ao Plano Operacional.

1.5.2.3 Trata-se, então, da equipe que, essencialmente, inicia o processo de planejamen-


to da campanha. Essa equipe deverá ser formada por especialistas que comporão, prefe-
rencialmente, a COF4 e o Centro de Coordenação das Operações Logísticas (CCOL) do
CLTO.

1.5.2.4 Ao Adj D4 compete substituir o Chefe da D4 em seus impedimentos, bem como


assessorá-lo em suas atribuições.

1.5.3 Célula de Operações Futuras (COF4)


CÉLULA
DE
OPERAÇÕES FUTURAS

GERÊNCIA DE GERÊNCIA DE
PLANEJAMENTO DA ANÁLISE DA
CAMPANHA CAMPANHA

1.5.3.1 É responsável em projetar a viabilidade logística para apoiar os planejamentos


gerados pela D5. Sua estrutura de funcionamento normalmente compreende:
a) Chefia;
b) Gerência de Planejamento da Campanha; e
c) Gerência de Análise da Campanha.

1.5.3.2 O chefe da COF4 tem as seguintes atribuições:


a) assessorar o D4 no planejamento logístico de ações futuras;
b) participar das reuniões geradas pela D5, para assessorar quanto à viabilidade de
apoio logístico à linha de ação adotada e às mudanças decorrentes dos novos planeja-
mentos;
c) sugerir ao D4 mudanças no Anexo de Logística ao Plano Operacional, decorren-
tes das atualizações dos planejamentos realizados pela D5;
d) analisar a efetividade do planejamento logístico realizado, propondo os ajustes
necessários; e
e) assessorar o D4 na preparação dos novos planejamentos e no acompanhamen-
to da execução dos planejamentos realizados.

1.5.3.3 A Gerência de Planejamento da Campanha tem as seguintes competências:


a) assessorar o Ch COF4 na preparação dos novos planejamentos; e

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b) realizar o exame de situação de logística para as ações planejadas.

1.5.3.4 A Gerência de Análise da Campanha tem as seguintes competências:


a) assessorar o Ch COF4 na formulação de parâmetros para avaliação de ações
críticas da logística, selecionadas no Plano Operacional;
b) coletar as informações relativas à avaliação das ações críticas; e
c) analisar os dados coletados e assessorar os especialistas do planejamento da
campanha, visando às correções.

1.5.4 Célula de Operações Correntes (COC4)

1.5.4.1 É responsável por coordenar e controlar o fluxo de informações logísticas no TO,


bem como assessorar o D4 em casos de priorização da utilização de meios.

1.5.4.2 Para cumprir sua missão, a COC4 deverá contar com especialistas das três FS,
nas diversas funções logísticas, de forma que a informação flua e possa ser utilizada em
prol da sinergia que a logística conjunta requer.

1.5.4.3 O inter-relacionamento dessa célula com as demais seções do EMCj, com as se-
ções de logística das F Cte, com o CLTO e com o CCL, na ZI, é de primordial importância
para o sucesso do seu trabalho.

1.5.4.4 O Chefe da COC4 tem as seguintes atribuições:


a) assessorar o D4 sobre a situação das operações correntes e nos casos de prio-
rização da utilização de meios;
b) preparar o sumário de situação logística;
c) informar para a COF4 os resultados diários das movimentações e serviços exe-
cutados;
d) coordenar com o CLTO, com o CCL e com as F Cte todo transporte logístico en-
trando, saindo e circulando dentro do TO; e
e) coordenar com o CLTO a solução das carências logísticas, de forma a tentar
compatibilizar as necessidades com as disponibilidades existentes no TO.

1.6 Seção de Administração Financeira do EMCj (D10)

1.6.1 Poderá ter a seguinte constituição:

D10

Adjunto

Célula de
Célula de Programação Célula de
Planejamento Orçamentária Registros
e Financeira Contábeis

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a) Chefia da Seção de Administração Financeira (D10);


b) Adjunto da Seção de Administração Financeira (Adj D10);
c) Célula de Planejamento;
d) Célula de Programação Orçamentária e Financeira; e
e) Célula de Registros Contábeis.

1.6.2 Atribuições do Chefe da D10

1.6.2.1 Os aspectos orçamentários e financeiros do C Op serão planejados e controlados


pela D10, em ligação com as demais seções do EMCj, o CLTO e as F Cte, no TO, e com
o MD e os órgãos de economia e finanças das FA, na ZI. Para tal, o D10 terá as seguintes
atribuições:
a) assessorar o Cmt Op e o Ch EMCj nos assuntos relativos à administração
financeira e contábil;
b) elaborar, em coordenação com a D1 e a D4, o Anexo de Administração
Financeira ao Plano Operacional;
c) realizar o levantamento de necessidades de recursos financeiros do C Op e das
F Cte, com base nos planejamentos operacionais e táticos;
d) realizar a programação orçamentária e financeira no âmbito do C Op,
compatibilizando os recursos recebidos com as despesas previstas;
e) com base na programação orçamentária e financeira, propor ao Cmt Op a
distribuição às F Cte dos recursos financeiros disponíveis;
f) controlar e manter atualizados os registros contábeis dos recursos financeiros
recebidos e documentos hábeis dos atos administrativos relativos às despesas realizadas
no âmbito do C Op; e
g) estruturar a Seção de Administração Financeira do EMCj.

1.6.2.2 O D10 deverá montar uma equipe, com especialistas em gestão financeira, oriun-
dos das três Forças Singulares, para execução das atividades da seção.

1.6.2.3 Ao Adj D10 compete substituir o chefe da D10 em seus impedimentos, bem como
assessorá-lo em suas atribuições.

1.6.3 Célula de Planejamento (CPLAN10)

1.6.3.1 É responsável em projetar a viabilidade financeira para apoiar os planejamentos


operacionais e logísticos.

1.6.3.2 O Chefe da Célula de Planejamento tem as seguintes competências:


a) assessorar o D10 na elaboração do planejamento orçamentário do TO;
b) realizar o levantamento de necessidades de recursos financeiros do C Op e das
F Cte, com base nos planejamentos operacionais e táticos;
c) participar das reuniões geradas no EMCj, para assessorar quanto à viabilidade
financeira da linha de ação adotada e às mudanças decorrentes dos novos planejamen-
tos;
d) sugerir ao D10 mudanças no Anexo de Administração Financeira ao Plano Ope-
racional, decorrentes das atualizações dos planejamentos realizados pela D5;
e) analisar a efetividade da programação orçamentária realizada, propondo os ajus-
tes necessários; e
f) assessorar o D10 na preparação dos novos planejamentos e no acompanhamen-

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to da execução dos planejamentos realizados.

1.6.4 Célula de Programação Orçamentária e Financeira (CPOF10)

1.6.4.1 É responsável por compatibilizar o fluxo dos recursos existentes com as despesas
previstas, bem como assessorar o D10 em casos de priorização da utilização dos recur-
sos recebidos.

1.6.4.2 Deve-se buscar o inter-relacionamento com as seções de finanças das F Cte e do


CLTO, bem como com os órgãos financeiros do MD e das FS, na ZI.

1.6.4.3 Esta célula também é responsável em manter atualizado o custo da campanha.

1.6.5 Célula de Registros Contábeis (CRC10)


É responsável por controlar e manter atualizados os registros contábeis dos recursos
financeiros recebidos e os documentos hábeis dos atos administrativos relativos às des-
pesas realizadas no âmbito do C Op, particularmente dos processos de suprimento de
fundos.

1.7 Comando Logístico do Teatro de Operações (CLTO)

1.7.1 O CLTO não possui uma estrutura fixa, e sua organização será determinada con-
forme a situação, os meios adjudicados e a missão atribuída pelo ComTO. O CLTO pode-
rá ter a seguinte constituição:

CLTO

Estado-Maior Assessorias Especia-


lizadas

BASE LOGÍSTICA BASE LOGÍSTICA OM DE OM DE OUTRAS OM


OM DE
CONJUNTA RECUADA CONJUNTA AVANÇADA COMANDO E SUBORDINADAS
SEGAR ENGENHARIA
CONTROLE

1.7.2 O CLTO é uma F Cte encarregada de coordenar, controlar e fazer executar o Anexo
de Logística ao Plano Operacional, em ligação com as seções do EMCj, com as F Cte, no
TO, e com o CCL, na ZI. O Comandante do CLTO terá o seguinte rol de atribuições, que
poderá sofrer acréscimos ou supressões, conforme a situação:
a) assessorar o ComTO, nos assuntos que concernem à execução da logística;
b) designar uma equipe de especialistas do CCOL e do CCRH para participar, jun-

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tamente com o D1 e o D4, da Análise de Logística e da elaboração do Anexo de Logística


ao Plano Operacional;
c) coordenar, controlar e fazer executar as ações previstas no Anexo de Logística ao
Plano Operacional;
d) participar das reuniões dos Cmt F Cte com o ComTO;
e) transmitir as informações logísticas para a D1 e a D4;
f) manter estrito relacionamento com o EMCj, visando preparar o apoio logístico das
operações futuras e a coordenação das operações logísticas correntes;
g) coordenar a execução de Tarefas Logísticas Conjuntas;
h) planejar, coordenar e controlar a mobilização dentro do TO, quando determinado
pelo ComTO e conforme estabelecido no Plano Setorial de Mobilização Militar;
i) estabelecer normas para utilização dos recursos locais, bem como para a contra-
tação e aquisição de materiais e serviços;
j) prestar o apoio logístico nas questões relativas a assuntos civis e meio ambiente;
k) planejar, em coordenação com os setores de logística envolvidos, a localização
dos órgãos e das instalações de apoio logístico das F Cte, selecionando as prováveis re-
giões onde deverão desdobrar-se;
l) planejar, em coordenação com os setores de logística envolvidos, o controle dos
pedidos de suprimento;
m) coordenar e controlar o apoio de infraestrutura solicitado pelas F Cte;
n) coordenar o atendimento das necessidades de evacuação aeromédica, conforme
as prioridades estabelecidas pelo ComTO;
o) elaborar a proposta para o estabelecimento da Norma de Evacuação (NEv), en-
caminhando-a ao D4;
p) planejar e coordenar o controle de trânsito no TO;
q) assumir, quando determinado pelo ComTO, a responsabilidade territorial pela Zo-
na de Administração (ZA);
r) coordenar, quando determinado pelo ComTO, as ações de Segurança de Área de
Retaguarda (SEGAR) e as atividades relacionadas aos Assuntos Civis;
s) coordenar o transporte, o processamento e a distribuição de materiais salvados e
capturados;
t) confeccionar os mapas e os relatórios relativos à logística, segundo determinação
do Comandante do TO; e
u) participar do planejamento para a desmobilização das F Cte, em coordenação
com o EMCj.

1.7.3 De acordo com a amplitude da área de responsabilidade, da magnitude das forças


existentes e/ou da complexidade das ações logísticas a serem realizadas, poderá ser de-
signado um Subcomandante, por solicitação do Comandante Logístico.

1.7.4 O Estado-Maior será constituído pela chefia do estado-maior e, em princípio, pelas


seguintes células:
a) Centro de Coordenação das Operações Logísticas (CCOL);
b) Centro de Coordenação dos Recursos Humanos (CCRH);
c) Centro de Coordenação Civil-Militar (C3M);
d) Centro de Coordenação Administrativa e Financeira (CCAF);
e) Centro de Operações de SEGAR (COSEGAR), quando necessário; e
f) Outras células julgadas necessárias pelo Comandante do CLTO.

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Estado-Maior O Lig das F Cte


do CLTO

CENTRO DE CENTRO DE CENTRO DE CENTRO DE CENTRO DE


COORDENAÇÃO DE COORDENAÇÃO DE COORDENÇAÕ CIVIL- COORDENAÇÃO OPERAÇÕES DE
OPERAÇÕES RECURSOS HUMANOS MILITAR ADMINISTRATIVA SEGAR
LOGÍSITICAS E FINANCEIRA

1.7.5 As Assessorias Especializadas do Cmt CLTO têm por atribuição assisti-lo nos as-
suntos ligados às suas respectivas áreas de atividade, tais como:
a) Inteligência;
b) Comando e Controle;
c) Comunicação Social;
d) Controle Interno; e
e) Outras julgadas necessárias.

1.7.6 Os Oficiais de Ligação das F Cte, subordinados aos Cmt das F Cte, têm por atribui-
ção assistir o Ch EM na coordenação das atividades logísticas.

1.7.7 Centro de Coordenação das Operações Logísticas (CCOL)

1.7.7.1 É responsável pelo gerenciamento, no âmbito do TO, das funções logísticas de


Saúde, Transporte, Suprimento, Manutenção, Engenharia e Salvamento. Sua estrutura de
funcionamento normalmente compreende uma Chefia e diversas células funcionais.

1.7.7.2 Para cumprir sua missão, o CCOL deverá contar com especialistas nas diversas
funções logísticas, oriundos das três FS, de modo que todas as ações adotadas sejam
decorrentes de uma visão conjunta das possibilidades e limitações de cada sistema logís-
tico singular.

1.7.7.3 O inter-relacionamento dessa célula com a D4 do EMCj, com as seções de logísti-


ca das F Cte e com o CCL é de primordial importância para o sucesso do seu trabalho.

1.7.7.4 O Chefe do CCOL tem as seguintes atribuições:


a) assessorar o Cmt CLTO quanto à situação das operações correntes relativas à
logística;
b) elaborar o Plano de Operações Logísticas do CLTO, em coordenação com o
Chefe do CCRH;
c) preparar e coordenar a reunião diária de situação do CLTO;
d) elaborar o Sumário Diário de Situação Logística, em coordenação com o CCRH,
encaminhando-o ao EMCj do C Op;
e) informar diretamente ao D4 os resultados diários das movimentações e serviços
executados;
f) manter estreita coordenação com a Assessoria Especializada de Comando e
Controle, visando à implementação da estrutura de TI e comunicações para o atendimen-
to de necessidades específicas do CCOL e das Ba Log Cj;
g) coordenar com as seções de Logística das F Cte e com o CCL, na ZI, todo
transporte logístico entrando, saindo e circulando dentro do TO;
h) coordenar com os O Lig as mudanças de planejamentos, as necessidades ex-

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tras e emergenciais das F Cte, de forma a manter a sinergia dos processos logísticos;
i) coordenar com as F Cte, as necessidades logísticas de forma a viabilizar o aten-
dimento das necessidades com as disponibilidades existentes;
j) propor os níveis operacionais e de segurança para os estoques de suprimento
das Ba Log Cj, e o cronograma de pré-posicionamento dos mesmos;
k) coordenar com as Ba Log Cj as necessidades de reposição ou remanejamento
de estoques em decorrência de consumo diferente do estabelecido nas estimativas;
l) coordenar a disponibilização de meios materiais e de serviços existentes no TO,
bem como a consolidação, a desconsolidação e o despacho de cargas;
m) planejar e coordenar, em ligação com os setores de logística das F Cte, a locali-
zação, a escolha, a preparação e a manutenção dos órgãos e das instalações de apoio
logístico, selecionando as áreas onde deverão desdobrar-se, com especial atenção ao
suprimento classe I, classe III, classe V (munição) e classe VIII (sangue), de acordo com
as normas de acondicionamento de cada item;
n) manter atualizados os inventários dos itens armazenados nas Ba Log Cj;
o) coordenar o apoio logístico às ações requeridas pelas atividades de Assuntos
Civis e Meio Ambiente;
p) confeccionar mapas e relatórios referentes às diversas funções logísticas; e
q) empreender ações de modo a garantir o funcionamento da Logística, em cada
uma das funções logísticas.

1.7.7.5 Células do CCOL

1.7.7.5.1 A critério do Comandante do CLTO, o CCOL poderá ser dividido em células fun-
cionais, a fim de facilitar o gerenciamento das atividades logísticas.

CCOL

Adjunto

Célula Célula Célula Célula Célula Célula


de de de de de de
Transporte Suprimento Saúde Manutenção Salvamento Infra
estrutura

1.7.7.5.2 Célula de Transporte, com as seguintes competências:


a) assessorar o Chefe do CCOL;
b) planejar o emprego das organizações militares de transporte sob o controle o-
peracional do CLTO, em coordenação com as Ba Log Cj;
c) estabelecer prioridades para a movimentação e armazenamento em trânsito de
carga nos terminais portuários, rodoviários, ferroviários e aeroportuários sob administra-
ção das Ba Log Cj;
d) manter estreito relacionamento com os órgãos de coordenação de transporte
das F Cte;
e) coordenar com os O Lig as mudanças de planejamentos, as necessidades ex-
tras das F Cte e as emergências, de forma a manter a regularidade do fluxo logístico;
f) sintetizar as informações diárias para transmissão ao D4 e preparação do su-

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MD30-M-01

mário diário de logística;


g) coordenar com o CCRH as solicitações de transporte de pessoal e evacuações
aeromédicas;
h) controlar o movimento de estoques de suprimento no TO, em coordenação
com a Célula de Suprimento; e
i) coordenar e controlar todo transporte que entre, saia ou circule no TO, conside-
rando todos os modais existentes.

1.7.7.5.3 Célula de Suprimento, com as seguintes competências:


a) assessorar o Chefe do CCOL quanto ao levantamento de necessidades, à ob-
tenção e à distribuição de itens de suprimento no TO;
b) atender as necessidades das F Cte com base nas disponibilidades de supri-
mento no TO;
c) manter rigorosa atualização dos inventários dos itens armazenados nas
Ba Log Cj, por meio de sistemas informatizados de controle;
d) coordenar o remanejamento de itens de suprimento entre os depósitos das
Ba Log Cj;
e) planejar a preparação e desdobramento dos depósitos no TO, incluindo o apro-
veitamento de instalações civis;
f) planejar, junto com as F Cte, o recebimento e a estocagem de combustíveis e
de munições, inclusive no que se refere ao desdobramento de postos de suprimentos a-
vançados e postos intermediários de distribuição;
g) coordenar com as FS e o CCL o atendimento das necessidades das suas res-
pectivas F Cte;
h) coordenar e controlar o movimento de armamento e munições, mantendo sua
rastreabilidade;
i) coordenar e controlar a distribuição de combustíveis, inclusive pelo modal duto-
viário;
k) controlar a distribuição de itens entre os depósitos do TO, em coordenação
com a Célula de Transportes;
k) coordenar o recolhimento e distribuição do material salvado e capturado a ser
revertido para a cadeia de suprimento; e
l) informar às F Cte as remessas de material, prazos de entrega e meios de trans-
porte.

1.7.7.5.4 Célula de Saúde, com as seguintes competências:


a) assessorar o Ch do CCOL no estabelecimento da NEv, que se constitui no pe-
ríodo máximo de internação de pacientes em cada escalão de hospitalização;
b) coordenar com as F Cte a instalação de hospitais de campanha e a determina-
ção do número de leitos necessária para atender o efetivo do TO;
c) coordenar com as F Cte e o com CCL as necessidades de reposição dos esto-
ques de sangue; e
d) coordenar com as F Cte o estabelecimento de normas e procedimentos de me-
dicina preventiva, inclusive imunização e saneamento em campanha.

1.7.7.5.5 Célula de Manutenção, com as seguintes competências:


a) coordenar as necessidades de manutenção com as disponibilidades existentes
entre as F Cte; e
b) coordenar o emprego de instalações e meios civis para realização de tarefas
de manutenção reparadora.

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1.7.7.5.6 Célula de Salvamento, com as seguintes competências:


a) assessorar o Ch do CCOL na elaboração do planejamento de Controle de Da-
nos no TO; e
b) coordenar com as F Cte e com a Célula de Suprimento a utilização, reversão,
estocagem ou destruição de materiais salvados e/ou capturados.

1.7.7.5.7 Célula de Infraestrutura, com as seguintes competências:


a) assessorar o Ch do CCOL nos assuntos relativos à infraestrutura e engenharia;
b) coordenar e controlar o atendimento das necessidades de engenharia das
F Cte, dentro do TO, atuando como ligação entre o TO e as estruturas de Engenharia das
FS; e
c) propor soluções técnicas para a adequação das infraestruturas críticas existen-
tes no TO, em decorrência das necessidades geradas pelos planejamentos operacionais
e táticos, em coordenação com o Centro de Coordenação Civil-Militar (particularmente da
Célula de Mobilização de Recursos Logísticos).

1.7.8 Centro de Coordenação de Recursos Humanos (CCRH)

1.7.8.1 É responsável pelo gerenciamento, no âmbito do CLTO, da função logística Re-


cursos Humanos. Sua estrutura de funcionamento normalmente compreende uma Chefia
e diversas células funcionais.

1.7.8.2 Para cumprir sua missão, o CCRH deverá contar com especialistas nas diversas
atividades da função logística RH, oriundos das três FS, de modo que todas as ações a-
dotadas sejam decorrentes de uma visão conjunta das possibilidades e limitações de ca-
da sistema logístico singular.

1.7.8.3 O inter-relacionamento dessa célula com a D1 do EMCj, com as seções de pesso-


al das F Cte e com o CCL é de primordial importância para o sucesso do seu trabalho.

1.7.8.4 O Chefe do CCRH tem as seguintes atribuições:


a) assessorar o Cmt CLTO quanto à situação das operações correntes nos assun-
tos relativos aos Recursos Humanos;
b) propor ao Chefe do CCOL os assuntos de RH a serem incluídos no Plano de
Operações Logísticas do CLTO;
c) participar da reunião diária de situação do CLTO;
d) elaborar o Sumário Diário de Pessoal, referente ao Comando e unidades sob o
controle operacional do CLTO, encaminhando-o ao Cmdo do TO;
e) propor ao CCOL os assuntos referentes à RH a serem incluídos no Sumário Diá-
rio de Situação Logística;
f) informar diretamente ao D1 do EMCj os resultados diários das atividades de re-
completamento e dos serviços executados pelas diversas atividades de Recursos Huma-
nos no âmbito do CLTO;
g) coordenar com as seções de Pessoal do EMCj e das F Cte e com o CCL, na ZI,
todas as necessidades de recompletamento para o TO;
h) coordenar com os O Lig as mudanças de planejamentos, as necessidades ex-
tras e emergenciais das F Cte, de forma a manter a sinergia dos processos logísticos de
RH;
i) coordenar a disponibilização de suprimento reembolsável;
j) planejar e coordenar, em ligação com os setores de pessoal das F Cte, a locali-

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zação, a escolha, a preparação e a manutenção das instalações de RH (Centro de Re-


completamento, Áreas de Recreação, Repouso e Recuperação, etc.), selecionando as
áreas onde deverão desdobrar-se;
k) manter atualizado o controle de efetivo;
l) confeccionar mapas e relatórios referentes à função logística RH, segundo de-
terminação do Comandante Logístico do TO; e
m) coordenar o apoio às ações requeridas pela seção de Assuntos Civis e Meio
Ambiente.

1.7.8.5 Células do CCRH

1.7.8.5.1 A critério do Comandante do CLTO, o CCRH poderá ser dividido em células fun-
cionais, a fim de facilitar o gerenciamento das atividades de RH.

CCRH

Adjunto

Célula Célula de Célula


Célula de Célula Bem-Estar e de
de Controle de de Manutenção Mão-de-Obra
Recompletamento Efetivos Decessos do Moral Civil

1.7.8.5.2 Célula de Recompletamento, com as seguintes competências:


a) coordenar com a seção de Pessoal do EMCj as necessidades de recompleta-
mento;
b) controlar o funcionamento dos Centros de Recompletamento, inclusive no que
se refere ao treinamento de pessoal;
c) coordenar e controlar as atividades de mobilização de RH no TO; e
d) assessorar o Ch do CCRH no estabelecimento do Efetivo de Recompletamento
(ER), que constitui o efetivo máximo que pode ser mantido nos Centros de Recompleta-
mento do TO.

1.7.8.5.3 Célula de Controle de Efetivos, com as seguintes competências:


a) consolidar os Sumários Diários de Pessoal das F Cte, mantendo atualizado o
controle de efetivo, mantendo atualizada a seção de Pessoal do EMCj e o CCOL; e
b) elaborar o Sumário Diário de Pessoal do Comando do CLTO e de suas unida-
des subordinadas.

1.7.8.5.4 Célula de Decessos, com as seguintes competências:


a) realizar o controle de todos os decessos militares, inclusive inimigos;
b) coordenar a realização de inventários dos espólios;
c) coordenar a execução de traslados dos decessos para os locais de sepulta-
mento, assim como de seus espólios para o destino final; e
d) coordenar e controlar os sepultamentos, caso autorizados pelo ComTO.

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1.7.8.5.5 Célula de Bem-Estar e Manutenção do Moral, com as seguintes competências:


a) coordenar e controlar o funcionamento das Áreas de Recreação e Recupera-
ção do TO, assim como das Áreas de Repouso do CLTO, propondo ao Chefe do CCRH
as diretrizes para o funcionamento dos mesmos;
b) coordenar e controlar a distribuição de suprimento reembolsável;
c) coordenar a atividade de assistência religiosa;
d) coordenar a atividade de assistência social; e
e) coordenar e controlar o funcionamento das Agências Postais das Ba Log Cj,
mantendo ligações que se fizerem necessárias com a estrutura de correios governamen-
tal, de forma a manter o fluxo das correspondências pessoais que cheguem ou saiam do
TO.

1.7.8.5.6 Célula de Mão-de-Obra Civil, que coordenará a contratação de mão-de-obra civil


e o controle de seu emprego.

1.7.9 Centro de Operações de Segurança de Área de Retaguarda (COSEGAR)

1.7.9.1 Será ativado quando forem atribuídas responsabilidades de SEGAR ao CLTO.

1.7.9.2 Será responsável pelo planejamento e coordenação das medidas de Defesa de


Área de Retaguarda (DEFAR) e de Controle de Danos (CD) nas áreas e/ou instalações
atribuídas ao CLTO.

1.7.9.3 Caso necessário, deverá planejar a instalação de Campos de Prisioneiros de


Guerra a serem desdobrados na ZA, assim como realizar o controle sobre operação dos
mesmos e, ainda, sobre seus efetivos.

1.7.9.4 Os encargos de SEGAR estão detalhados no 1º Volume deste Manual .

1.7.10 Centro de Coordenação Civil-Militar (C3M)

1.7.10.1 É responsável pela coordenação, no âmbito do CLTO, de todas as atividades


referentes ao relacionamento com autoridades civis (do executivo, do legislativo e do judi-
ciário), organizações não-governamentais e empresas (públicas e privadas).

1.7.10.2 Para cumprir sua missão, o C3M deverá contar com especialistas nas diversas
atividades relativas à sua área de atuação, particularmente em assuntos civis, mobiliza-
ção (nacional e militar), direito, meio-ambiente e outros.

1.7.10.3 O inter-relacionamento deste Centro com a D9 do EMCj, com as seções de As-


suntos Civis das F Cte e com o CCL é de primordial importância para o sucesso do seu
trabalho.

1.7.10.4 O Chefe do C3M tem as seguintes atribuições:


a) assessorar o Cmt CLTO quanto à obtenção da cooperação e, se necessário, da
mobilização dos órgãos civis (governamentais, não-governamentais e privados), assim
como para reduzir a interferência dos mesmos no cumprimento das missões atribuídas ao
CLTO pelo Comandante Operacional;
b) propor ao Chefe do CCOL os assuntos de sua área de atuação a serem incluí-
dos no Plano de Operações Logísticas do CLTO, particularmente no que se refere aos

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assuntos civis, à mobilização e à desmobilização;


c) participar da reunião diária de situação do CLTO;
d) propor ao CCOL os assuntos referentes à sua área de atuação a serem incluí-
dos no Sumário Diário de Situação;
f) informar ao D9 do EMCj o andamento das atividades de assuntos civis sob en-
cargo do CLTO, particularmente no que se refere aos civis sob a administração militar
(refugiados, evacuados não-combatentes, civis internados e outros);
g) em coordenação com o CCOL, encaminhar para o SINAMOB, por intermédio do
CCL, as listas de carências de recursos logísticos não passíveis de obtenção no TO;
h) em coordenação com o CCRH, levantar as necessidades de mobilização de re-
cursos humanos não passíveis de atendimento no âmbito do TO, encaminhando-as ao
CCL;
i) propor medidas para a proteção do meio-ambiente e para a mitigação de danos
decorrentes das operações militares no TO, em coordenação com órgãos civis encarre-
gados, em conformidade com as diretrizes do Comandante Operacional;
k) manter atualizado o cadastro de empresas e indústrias existentes na área do
TO, de interesse para as operações militares;
l) confeccionar mapas e relatórios referentes à sua área de atuação, segundo de-
terminação do Comandante Logístico do TO; e
m) coordenar com os órgãos governamentais e não-governamentais a obtenção do
apoio necessário ao funcionamento dos Locais de Destino Seguro e outras instalações
destinadas ao abrigo de população civil não-combatente.

1.7.10.5 A critério do Comandante do CLTO, o C3M será organizado em células funcio-


nais, a fim de facilitar o gerenciamento das atividades sob seu encargo.

C3M

Adjunto

Célula de
Célula Célula Célula Célula de
Mobilização de Célula de
de de de Mobilização de
Recursos Huma- Meio-Ambiente
Assuntos de Assuntos de Assuntos Jurídi- Recursos Logísti-
nos
Governo Não-Governo cos cos

1.7.10.5.1 Célula de Assuntos de Governo, com as seguintes competências:


a) assessorar o Chefe do C3M nos assuntos relativos aos poderes públicos nas
esferas federal, estadual e municipal;
b) realizar a ligação com autoridades do executivo e do legislativo, nos níveis fe-
deral, estadual e municipal, localizados na área de responsabilidade do CLTO;
c) realizar a ligação com as empresas públicas de interesse das operações milita-
res no TO;
d) coordenar com o CCOL e o COSEGAR a manutenção do funcionamento das
infraestruturas críticas mínimas de interesse da população civil na área de responsabili-
dade do CLTO, inclusive dos serviços públicos essenciais, de acordo com o planejamento
realizado pelas autoridades civis;

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e) ficar em condições de assessorar as autoridades civis no restabelecimento das


estruturas de governo afetadas pelas operações militares realizadas na área de respon-
sabilidade do CLTO; e
f) coordenar com os órgãos governamentais a obtenção do apoio necessário ao
funcionamento de instalações destinadas ao abrigo de população civil não-combatente.

1.7.10.5.2 Célula de Assuntos de Não-Governo, com as seguintes competências:


a) assessorar o Chefe do C3M nos assuntos relativos ao relacionamento com Or-
ganizações Não-Governamentais (ONG);
b) realizar a ligação com os encarregados de ONG, nacionais e internacionais,
que atuam na área de responsabilidade do CLTO;
c) manter um cadastro de todas as ONG de interesse para as operações militares,
descrevendo sua área de atuação e possibilidades de apoio em áreas de interesse das
operações militares; e
d) coordenar com os órgãos não-governamentais a obtenção do apoio necessário
ao funcionamento de instalações destinadas ao abrigo de população civil não-
combatente.

1.7.10.5.3 Célula de Assuntos Jurídicos, com as seguintes competências:


a) prestar assessoria jurídica no interesse do CLTO, especialmente no que se re-
fere à justiça militar e ao Direito Internacional dos Conflitos Armados (DICA);
b) realizar a ligação com as autoridades judiciárias, das funções essenciais da
justiça e da polícia judiciária, existentes na área de responsabilidade do CLTO;
c) elaborar estudos e pareceres de natureza jurídica relativos às diversas áreas
de atuação do CLTO; e
d) cooperar na elaboração de atos normativos e administrativos expedidos pelo
Comando do CLTO.

1.7.10.5.4 Célula de Mobilização de Recursos Logísticos, com as seguintes competên-


cias:
a) assessorar o Chefe do C3M nos assuntos relativos à mobilização e à desmobi-
lização de materiais, serviços e demais recursos logísticos necessários às operações mili-
tares;
b) propor planejamentos, orientações e medidas de coordenação relativas à mobi-
lização e à desmobilização de recursos logísticos na área de responsabilidade do CLTO;
c) consolidar as listas de necessidades de toda a ordem levantadas por ocasião
dos planejamentos operacionais e táticos, produzindo as listas de carências não passíveis
de obtenção no TO;
d) estruturar um sistema de mobilização na área do TO, contando com represen-
tantes dos órgãos de governo estaduais e municipais, assim como de empresas públicas
e privadas de interesse da sustentação das operações militares;
e) manter um cadastro de órgãos, instituições, empresas e indústrias de interesse
da defesa; e
f) confeccionar mapas e relatórios referentes à mobilização e desmobilização de
recursos logísticos.

1.7.10.5.5 Célula de Mobilização de Recursos Humanos, com as seguintes competências:


a) assessorar o Chefe do C3M nos assuntos relativos à mobilização e à desmobi-
lização de recursos humanos necessários às operações militares;
b) propor planejamentos, orientações e medidas de coordenação relativas à mobi-

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lização e à desmobilização de recursos humanos necessários ao desempenho de cargos


e funções militares no TO;
c) consolidar as necessidades de mobilização dos recursos humanos necessários
às operações militares, não passíveis de atendimento pelo sistema de recompletamento
estabelecido nos planejamentos logísticos;
d) manter um cadastro de recursos humanos passíveis de convocação (de acordo
com a Lei do Serviço Militar) e de mobilização no interior do TO, particularmente de espe-
cialistas de interesse para as operações militares;
e) coordenar a obtenção de recompletamentos para qualificações militares críticas
não existentes no TO, em coordenação com o CCL; e
f) confeccionar mapas e relatórios referentes à mobilização e desmobilização de
recursos humanos.

1.7.10.5.6 Célula de Meio-Ambiente, com as seguintes competências:


a) assessorar o Chefe do C3M nos assuntos relativos ao meio-ambiente, ao con-
trole de zoonoses e às normas ambientais;
b) propor planejamentos, orientações e medidas de coordenação relativas à pro-
teção ao meio-ambiente que deverão ser aplicadas no decorrer da operação;
c) assessorar quanto ao estabelecimento de medidas passíveis de implementa-
ção para a mitigação dos impactos e na realização da recuperação do meio ao término da
operação;
d) elaborar estudos e pareceres relativos ao meio-ambiente;
e) manter um cadastro de órgãos, instituições e empresas, localizadas na área de
responsabilidade do CLTO, de interesse para a mitigação de impactos ao meio-ambiente
e ao controle de zoonoses; e
f) confeccionar mapas e relatórios referentes à sua área de atuação.

1.7.11 Centro de Coordenação Administrativa e Financeira (CCAF)

1.7.11.1 É responsável pela execução, no âmbito do Comando do CLTO, de todas as ati-


vidades administrativas necessárias ao seu funcionamento, particularmente:
a) administração financeira e contábil;
b) administração de pessoal;
c) apoio administrativo, manutenção das instalações e gestão do patrimônio; e
d) execução e coordenação das rotinas internas.

1.7.11.2 O Chefe do CCAF tem as seguintes atribuições:


a) assessorar o Comandante do CLTO nos assuntos relativos à administração fi-
nanceira, contábil, assim como nos assuntos relativos à administração interna do Coman-
do do CLTO;
b) elaborar o Anexo de Administração Financeira ao Plano de Operações Logísti-
cas do CLTO;
c) realizar o levantamento de necessidades de recursos financeiros do CLTO, com
base no Plano de Operações Logísticas;
d) realizar a programação orçamentária e financeira no âmbito do CLTO, compatibi-
lizando os recursos disponibilizados pelo TO com as despesas previstas;
e) com base na programação orçamentária e financeira, propor ao Cmt CLTO a
distribuição às Ba Log Cj dos recursos financeiros disponíveis;
f) controlar e manter atualizados os registros contábeis dos recursos financeiros re-
cebidos e os documentos hábeis dos atos administrativos relativos às despesas realiza-

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das no âmbito do TO, particularmente quanto aos processos de suprimento de fundos; e


g) coordenar, executar e controlar todas as tarefas de cunho administrativo relati-
vas ao pessoal, material, patrimônio e rotinas internas do Comando do CLTO.

1.7.11.3 A critério do Comandante do CLTO, o CCAF será organizado em células funcio-


nais, a fim de facilitar o gerenciamento das atividades sob seu encargo.

1.7.12 Organizações Militares Subordinadas (OM Subrd)

1.7.12.1 O CLTO deverá receber sob controle operacional as organizações militares ne-
cessárias ao cumprimento de sua missão, adjudicadas pelas diversas FS;

1.7.12.2 Em função das missões impostas pelo Comandante do TO, o CLTO poderá ser
integrado por organizações militares de diversas naturezas, particularmente:
a) de logística (saúde, transporte, suprimento, manutenção, salvamento, etc.);
b) de comando e controle;
c) de engenharia;
d) de assuntos civis;
e) de operações psicológicas; e
f) operacionais.

1.7.12.3 No caso das OM operacionais, as mesmas serão mantidas sob o controle opera-
cional do CLTO para a execução de missões específicas atribuídas pelo Cmt TO, particu-
larmente de DEFAR e/ou para operação de campos de prisioneiros de guerra. Nestes ca-
sos, é conveniente que as OM operacionais sejam mantidas sob comando único, direta-
mente subordinado ao CLTO.

1.7.12.4 As OMLS adjudicadas ao CLTO deverão ser organizadas em Ba Log Cj, cujo
detalhamento será apresentado a seguir.

1.8 Bases Logísticas Conjuntas

1.8.1 As OMLS adjudicadas ao CLTO serão agrupadas em Bases Logísticas Conjuntas,


que serão os elementos executores do apoio logístico ao TO, procurando explorar ao
máximo suas capacidades logísticas empregadas desde o tempo de paz.

1.8.2 Normalmente, o CLTO agrupará as OMLS fixas em Bases Logísticas Conjuntas


Recuadas (Ba Log Cj R), que, recebendo diretamente o fluxo de apoio logístico
proveniente da ZI, executarão o apoio logístico ao conjunto das forças no TO. Caso seja
necessário prestar apoio logístico cerrado a uma ou mais F Cte, poderão ser desdobradas
Bases Logísticas Conjuntas Avançadas (Ba Log Cj A), constituídas por OMLS que
possuam mobilidade tática.

1.8.3 As Ba Log Cj R, normalmente situadas na parte mais à retaguarda da ZA, destinam-


se a:
a) receber o apoio logístico proveniente da ZI (através dos EPT);
b) manter o estoque do grosso dos suprimentos destinados ao TO;
c) assegurar a execução das diversas funções logísticas para o conjunto das forças
integrantes do TO; e

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d) caso determinado, poderá prestar apoio à população civil.

1.8.4 Eventualmente as condições geográficas poderão impor a existência de mais de um


EPT para a realização do fluxo de apoio entre a ZI e o TO. Nestes casos, para cada EPT
deverá corresponder uma Ba Log Cj R específica.

1.8.5 As Ba Log Cj A são destinadas a assegurar o apoio cerrado às Forças Componen-


tes desdobradas na ZC, normalmente, podendo existir uma ou mais na ZA, conforme as
necessidades levantadas no planejamento operacional, em função da largura da frente
em que estão sendo empregadas as forças, da disponibilidade de vias de transporte (pe-
netrantes e transversais) e mesmo das necessidades dos elementos apoiados.

1.8.6 A organização por tarefas das Ba Log Cj deve ser realizada de forma a permitir que
as mesmas disponham das seguintes possibilidades:
a) enquadrar as OMLS adjudicadas ao CLTO, e elementos civis contratados ou mo-
bilizados;
b) enquadrar unidades de combate para segurança das instalações e para a
SEGAR, quando necessário;
c) enquadrar reforços em equipes, turmas, destacamentos, seções ou subunida-
des/unidades especializadas, adjudicadas ao CLTO pelas Forças Singulares;
d) desdobrar estruturas para apoio aos civis não-combatentes (evacuados, refugia-
dos, internados, etc.), em coordenação com órgãos e instituições civis governamentais e
não-governamentais, de acordo com os planejamentos operacionais e táticos; e
e) destacar Grupos-Tarefa Logísticos em apoio direto ou apoio móvel às F Cte na
ZC.

1.8.7 No planejamento da organização de uma Ba Log Cj, as seguintes atividades devem


ser desenvolvidas:
a) determinação das capacidades, em função dos meios adjudicados;
b) determinação das necessidades, em função do planejamento operacional;
c) identificação das necessidades não atendidas (meios a mobilizar ou a contratar);
d) planejamento da utilização das instalações disponíveis; e
e) planejamento para o desdobramento dos meios de Comando e Controle.

1.8.8 As Ba Log Cj devem ser ativadas o mais cedo possível, em face dos planejamentos
existentes e de acordo com a evolução da crise.

1.8.9 A localização do comando e das instalações de uma Ba Log Cj deve, em princípio,


atender aos seguintes fatores:
a) aproveitar a estrutura militar existente desde o tempo de paz (localização das
OMLS fixas existentes no TO);
b) ter facilidade de ligação com a ZI, por meio de EPT;
c) estar eixada com a ação principal;
d) ter facilidade de ligação com os elementos a serem apoiados e com as demais
Ba Log Cj;
e) no caso de necessidade de desdobramento de Ba Log Cj R e Ba Log Cj A, a pri-
meira deve estar localizada na parte mais à retaguarda da ZA e a segunda, na posição
mais avançada, proporcionando apoio cerrado às F Cte;
f) possuir boas condições de segurança para o fluxo de apoio e para as instalações;
g) aproveitar os recursos locais; e

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h) buscar proximidade dos centros político-administrativos de expressão.

1.8.10 A composição de uma Base Logística Conjunta decorrerá do balanço entre dispo-
nibilidades e necessidades, o que determinará o grau de centralização do apoio.

1.8.11 Para a composição das Ba Log Cj R deverão, em princípio, ser utilizadas as OMLS
fixas já existentes na área do TO, tais como Bases e Estações Navais, Centros de Inten-
dência, Depósitos Militares, Hospitais, Policlínicas, Unidades de Manutenção, de Supri-
mento e de Transporte, dentre outras.

1.8.12 No caso das Ba Log Cj A deverão, em princípio, ser utilizadas OMLS desdobráveis,
tais como Batalhões Logísticos, Hospitais de Campanha, Unidades Celulares e outras, de
forma a permitir que todas as funções logísticas sejam passíveis de serem operadas em
locais onde normalmente haverá uma carência de infraestruturas de apoio logístico.

1.8.13 A fim de racionalizar a execução de determinadas tarefas logísticas, algumas


OMLS integrantes das Ba Log Cj poderão ser agrupadas em Grupos-Tarefa Logísticos
(GT Log), como por exemplo:
a) GT Log de Saúde – integrado por hospitais fixos, policlínicas, hospitais de
campanha e outros;
b) GT Log de Transporte – integrado por elementos especializados de transporte
naval, terrestre, fluvial, aéreo ou ferroviário; e
c) GT Log de Engenharia – integrado por elementos de engenharia de combate,
construção, cartografia e outros.

1.8.14 Eventualmente, o CLTO poderá ter que prestar apoio logístico cerrado a elementos
de uma F Cte, sem que se justifique o desdobramento da estrutura de uma Ba Log Cj A.
Neste caso, poderá empregar um GT Log em apoio direto, contando com os elementos
especializados que se fizerem necessários (suprimento, transporte, saúde, etc.). Este GT
Log poderá ser singular ou conjunto, dependendo da composição do elemento apoiado.

1.8.15 Com a finalidade de complementar a capacidade de apoio das OMLS, as


Ba Log Cj poderão ser integradas por instalações civis mobilizadas e/ou contratadas, tais
como plataformas e operadores logísticos, depósitos especializados, hospitais, oficinas,
empresas e terminais de transporte (portuários, aeroportuários, ferroviários ou
dutoviários).

1.8.16 As Bases Logísticas Conjuntas são os órgãos responsáveis pela execução


financeira no âmbito do CLTO.

1.8.17 As Ba Log Cj terão, portanto, uma constituição variável, podendo ser estruturadas
com base no organograma constante da Figura 6.

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FIGURA 6 – Possível constituição de uma Ba Log Cj

Ba Log Cj

EMCj COL

(1)

GT Log OMLS Inst Civ

(2) (3) (4)

(1) Centro de Operações Logísticas (COL).


(2) Grupos-Tarefa Logísticos (Conjuntos ou Singulares), caso ativados.
(3) Em número variável (RH, Sup, Trnp, Sau, Mnt, etc.).
(4) Instalações civis contratadas ou mobilizadas.

1.8.18 O Comando e o Estado-Maior Conjunto das Ba Log Cj serão designados pelo Co-
mandante do CLTO, a quem caberá selecionar os elementos mais capacitados para o
desempenho das diversas funções, devendo procurar manter um equilíbrio entre as ne-
cessidades de especialistas, as disponibilidades de pessoal das três Forças Singulares e,
ainda, o tipo e o volume de apoio requerido pelo TO e pelas F Cte.

1.8.19 As seções do EMCj de uma Ba Log Cj seguirão a estrutura básica prevista no Ca-
pítulo IV do 1º Volume, devendo ativar um Centro de Operações Logísticas (COL), a fim
de permitir a coordenação das atividades sob seu encargo.

1.8.20 O COL das Ba Log Cj deverá possuir os meios necessários para a execução do
Comando e Controle, tais como estruturas físicas, pessoal especializado, sistemas de
Tecnologia da Informação (TI) e meios de comunicações que permitam a ligação com o
Comando do CLTO e com os elementos apoiadores e apoiados.

1.8.21 Os GT Log, as OMLS e as instalações civis (contratadas ou mobilizadas),


integrantes de uma Ba Log Cj, poderão estar desdobrados numa mesma localidade, ou
localidade(s) próxima(s), desde que possam ser monitorados pelo respectivo Centro de
Operações Logísticas, permitindo a plena execução do Comando e Controle.

1.8.22 A identificação dos possíveis EPT deverá receber especial atenção quando da rea-
lização da análise de logística pelo CLTO, pois isso será essencial para a seleção das
possíveis regiões onde deverão ser desdobradas as Ba Log Cj.

1.8.23 A análise Logística das direções estratégicas deverá levantar aspectos que pode-
rão influenciar o apoio logístico a ser prestado a todas as Forças Componentes desdo-
bradas no TO, particularmente no que se refere aos seguintes fatores:
a) Distância de Apoio: em termos de planejamento, não existe um dado numérico
que traduza a distância máxima que deve existir entre os órgãos de apoio na ZI e as ins-
talações da(s) Ba Log Cj R/A, e destas para as instalações logísticas das F Cte na ZC.

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Deve-se considerar a localização dos depósitos militares regionais e civis de grande ca-
pacidade existentes ao longo das possíveis EPT, de tal forma que os meios de transporte
sejam otimizados ao máximo possível; e
b) Vias de transporte: considerar a existência das vias de transporte aquáteis (marí-
timas e fluviais), terrestres (ferrovias, rodovias e oleoduto) e aéreas que entram e que se
desenvolvem no interior do TO. Deve ser feita uma análise, entre outros fatores, da sua
orientação, das vias de transporte principais, das alternativas e das capacidades de car-
ga, em toneladas/dia (t/d).

1.8.24 Determina-se a capacidade (t/d) das vias de transporte que entram no TO, proce-
dentes da ZI, considerando-se:
a) para vias terrestres, a soma das capacidades das rodovias e ferrovias que che-
guem à região de desdobramento da(s) Ba Log Cj Recuada(s) planejada(s). No caso es-
pecífico das ferrovias, deverão ser consideradas as capacidades das estações com pos-
sibilidade de manejo diário de carga igual ou superior à capacidade da via. Caso contrá-
rio, a capacidade ficará limitada às possibilidades dessas estações;
b) para as vias aquáteis, a soma das capacidades de operação diária de cada termi-
nal marítimo ou fluvial localizado na ZA; e
c) para as aerovias, a soma das capacidades de operação diária de todos os termi-
nais aéreos localizados na ZA e na ZC.

1.8.25 O fluxo básico do apoio logístico no TO é o constante da Figura 7.

FIGURA 7 – Fluxo esquemático do Ap Log no TO

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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CAPÍTULO II

PLANEJAMENTO LOGÍSTICO CONJUNTO

2.1 Considerações Iniciais

2.1.1 A logística, conjunto de funções complexas, influencia diretamente o poder de


combate em um C Op. O correto entendimento do conceito da operação e a perfeita
coordenação entre o EMCj (D1, D4 e D10), o C Log e as F Cte irão assegurar o efetivo
atendimento às necessidades logísticas decorrentes dos planejamentos nos níveis
operacional e tático.

2.1.2 Fatores como a missão, o inimigo, o terreno, os meios e o tempo disponível deverão
balizar o planejamento logístico.

2.1.3 Um planejamento logístico adequado reduzirá a necessidade de medidas


emergenciais e de improvisações, normalmente dispendiosas, que, frequentemente,
resultam em dificuldades para os comandos subordinados. Devem ser observados no
planejamento logístico do EMCj, entre outros aspectos, a praticabilidade das linhas de
ação operacionais, pela existência de meios logísticos requeridos para sustentar as fases
planejadas das operações de combate, no tempo estimado, no local definido e na
intensidade desejada.

2.1.4 O planejamento do apoio logístico irá requerer a elaboração de uma estimativa


detalhada do volume de apoio necessário para viabilizar as ações operacionais e táticas
previstas.

2.1.5 O planejamento logístico do C Op deverá ser flexível o suficiente para acomodar


eventuais alterações no conceito da operação. Para tal, um planejamento logístico deve
antever possíveis necessidades de:
a) estabelecimento de novos locais de apoio logístico;
b) aumento nas distâncias de apoio;
c) acréscimo ou supressão de forças;
d) segurança nos eixos de transporte;
e) aumento na capacidade de estradas, portos e aeroportos; e
f) estabelecimento de locais de apoio logístico em praia ou área ribeirinha.

2.1.6 Torna-se imperioso que o planejamento logístico conjunto seja desenvolvido, desde
a fase da montagem das linhas de ação (LA), de maneira integrada entre o EMCj, o C Log
e as F Cte. Somente por meio de um exame de situação da logística abrangente, poderão
os planejadores logísticos assessorar os planejadores operacionais na elaboração de LA
praticáveis.

2.2 Níveis do Planejamento Logístico Conjunto

2.2.1 O planejamento logístico deverá ser realizado nos níveis estratégico (pelo EMCFA e
FS), operacional e tático (pelo EMCj, C Log e F Cte).

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2.2.2 O conceito logístico estratégico deverá considerar a capacidade das FS em prover


os meios necessários para atender às operações planejadas para uma determinada HE;
e, também, das carências passíveis de serem obtidas por meio da mobilização nacional.

2.2.3 O conceito logístico nos níveis operacional e tático deverá enfocar:


a) a obtenção dos meios levantados pela Estimativa Logística;
b) o pré-posicionamento dos meios para atender a HE prevista;
c) as providências necessárias para que a preparação logística do campo de batalha
esteja concluída antes da ativação do C Op; e
d) o valor, a capacidade e a localização das unidades e das instalações logísticas
previstas para o C Log e para as demais F Cte.

2.2.4 O Cmt Op e seu EMCj apreciarão e aprovarão os planos das F Cte, evitando
duplicação de esforços e racionalizando meios, particularmente pela definição de Tarefas
Logísticas Conjuntas.

2.2.5 A definição de um planejamento logístico detalhado para o desenrolar da campanha


é fundamental, prevendo os locais de pré-posicionamento de meios e os níveis de
estoque requeridos para cada fase da operação planejada. Somente com considerações
completas e simultâneas das particularidades do deslocamento, do desdobramento e do
emprego, será possível realizar um planejamento adequado.

2.3 Comando e Controle no Planejamento Logístico Conjunto

2.3.1 Um efetivo sistema de C2 será vital para o planejamento, condução, sustentação e


proteção de uma operação conjunta. O apoio logístico à operação planejada se valerá
desse sistema para a integração dos dados e das ordens entre o C Op, o C Log, as F Cte
e as FS. Assim sendo, os planejadores logísticos deverão apresentar ao D6 as
necessidades de C2, a fim de que as mesmas possam ser convenientemente atendidas.

2.3.2 Para o apoio logístico, torna-se necessário conhecer as ameaças que possam
interferir na execução das atividades logísticas. Atividades hostis, particularmente nas
áreas de retaguarda, têm o potencial de produzir sérios óbices para o apoio logístico.
Para evitá-los, as ações preventivas devem ser objeto de um planejamento detalhado.

2.3.3 Nesse sentido, os planejadores logísticos deverão:


a) identificar e avaliar as ameaças à execução da logística;
b) prever ligações com serviços de segurança e inteligência; e
c) planejar ações preventivas para eliminar ou reduzir as ameaças.

2.4 Considerações Especiais do Planejamento Logístico Conjunto

2.4.1 Demanda de uma força em expansão

2.4.1.1 A ativação da Estrutura Militar para uma HE normalmente será caracterizada pela
necessidade de uma expansão geral de forças. Normalmente, a demanda de itens
aumenta mais rápido do que o sistema de apoio tem capacidade de prover. Com a
finalidade de antecipar as necessidades e prioridades da operação, os planejadores

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deverão:
a) elaborar instruções ou orientações visando, caso necessário, à redistribuição de
recursos em função do esforço principal para o cumprimento da missão; e
b) prever meios eficientes para recuperar, reparar e repor itens críticos danificados.

2.4.1.2 Nesse sentido, o aproveitamento dos recursos existentes na área de


responsabilidade poderá favorecer sobremaneira a capacidade de apoio logístico.
Entretanto, esse aproveitamento deverá levar em conta as necessidades da população
local, de forma a evitar o desabastecimento ou a escalada de preços.

2.4.2 Itens críticos


No processo de planejamento, desde o início, deverão ser identificados os
suprimentos críticos. Estes, vitais para o apoio às operações, deverão ser privilegiados
por meio de processos especiais de obtenção, devendo sua distribuição ser objeto de
prioridade no transporte.

2.4.3 Fatores restritivos


Planejadores logísticos deverão analisar os fatores restritivos que poderão afetar as
ações em cada uma das fases do planejamento logístico. Identificar e minimizar os pontos
críticos deverá ser uma ação constante por ocasião da execução das atividades de apoio
logístico. Atenção especial deverá ser atribuída à função logística transporte, cuja
sobrecarga ou restrição trará reflexos significativos para todo o sistema de apoio logístico.

2.4.4 Controle de movimento


Cada FS deverá coordenar a execução do transporte estratégico com o C Log, por
intermédio do CCL, a fim de racionalizar as ações e obter uma significativa economia de
meios. O C Log deverá exercer um rigoroso controle de movimento no interior do TO.

2.4.5 Suprimento automático e a pedido


O suprimento automático é o mais eficiente para materiais com taxas de consumo ou
reposição conhecidas. Nesse sentido, os planejadores logísticos deverão considerar os
fatores de consumo e os dados médios de planejamento inicialmente disponíveis, que
devem ser atualizados na medida em que se desenvolver a operação.

2.4.6 Recursos de fontes civis


Os planejadores logísticos deverão identificar os recursos de transporte, suprimento
e serviços de fontes civis, buscando integrá-los tanto quanto possível ao planejamento,
desde que não comprometam a segurança e rapidez compatíveis com o apoio a ser
prestado. Neste sentido, será essencial que as infraestruturas civis empregadas estejam
integradas à estrutura de C2 da Logística.

2.5 Etapas do Planejamento Logístico Conjunto


O planejamento logístico conjunto deve ser realizado segundo uma sequência lógica,
de acordo com as seguintes etapas:
a) a Análise de Logística;
b) a elaboração do planejamento logístico;
c) a elaboração da Estimativa Logística; e
d) o Controle do Apoio Logístico Planejado.

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2.5.1 Análise de Logística

2.5.1.1 A etapa de execução da análise de logística permitirá chegar à escolha da linha de


ação sob o aspecto da logística que melhor contribua para o cumprimento da missão,
constituindo-se em fator primordial para a decisão do comandante.

2.5.1.2 Normalmente, a Análise de Logística avaliará as LA operacionais quanto ao aspecto


da praticabilidade. A análise dessas LA permitirá, dentre outras coisas, que os planejadores
logísticos do EMCj visualizem o apoio logístico necessário, de forma concorrente. Dessa
forma, por aproximações, o Cmt Op terá condições de tornar suas LA exequíveis e
apoiáveis, tanto do ponto de vista estratégico-operacional quanto da logística, chegando à
sua decisão e emitindo sua decisão.

2.5.1.3 A Análise de Logística tem duas finalidades:


a) inicialmente, identificar como cada linha de ação do comandante poderá ser
apoiada, indicando a que poderá contar com o melhor apoio logístico; e
b) posteriormente, identificar, sob o enfoque de logística, a melhor forma para
apoiar a linha de ação definida pelo comandante.

2.5.1.4 Especialistas do C Log (integrantes das células do CCOL, do CCRH e da SAF)


deverão integrar as equipes da D1, D4 e D10 do EMCj desde as fases iniciais do
planejamento logístico, a fim de permitir a necessária integração entre os níveis
operacionais e táticos.

2.5.1.5 O modelo de Análise de Logística é o constante do Apêndice V, ao Anexo C, 2º


Volume.

2.5.2 Planejamento Logístico

2.5.2.1 Na etapa de realização do planejamento logístico, em decorrência da decisão do


comandante, a equipe da D4 elaborará o Anexo de Logística ao Plano Operacional e
outros documentos para transmissão das ordens aos elementos subordinados e a outros
comandos interessados. A D4, também, planejará a supervisão do apoio elaborado.

2.5.2.2 Normalmente, o planejamento logístico deve estabelecer um faseamento das


ações, que entre outras podem ser citadas:
a) definição da estrutura logística a ser desdobrada na área de responsabilidade
do C Op (identificando os meios disponíveis, militares e civis, e os passíveis de serem
mobilizados);
b) determinação das Tarefas Logísticas Conjuntas;
c) obtenção e pré-posicionamento de suprimento e meios;
d) apoio ao deslocamento estratégico;
e) apoio para a ocupação das zonas de ação das F Cte;
f) apoio logístico às operações;
g) apoio logístico às forças de ocupação;
h) apoio às ações de ajuda humanitária; e
i) apoio à desmobilização e retorno da tropa.

2.5.2.3 O modelo do Anexo de Logística ao Plano Operacional é o constante do Adendo


6, ao Apêndice XIV, ao Anexo C, 2º Volume.

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2.5.2.4 Com base no Anexo de Logística ao Plano Operacional, o CLTO elaborará um


Plano de Operações Logísticas, cujo modelo é apresentado no Apêndice I ao presente
anexo.

2.5.3 Estimativa Logística

2.5.3.1 Por meio de um processo lógico e sistemático, os planejadores logísticos anteci-


parão as necessidades em recursos, decorrentes da ativação da HE prevista, de maneira
a permitir a preparação logística do C Op e o pré-posicionamento dos meios.

2.5.3.2 Em decorrência da relevância da elaboração da estimativa logística para o plane-


jamento logístico conjunto, tal assunto é apresentado detalhadamente no Capítulo III do
presente anexo.

2.5.4 Controle do Apoio Logístico Planejado

2.5.4.1 Nessa última etapa, o comandante verificará se o apoio logístico planejado está
se desenvolvendo conforme o previsto, e, caso necessário, introduzirá alterações
apropriadas nos planos e em outros documentos anteriormente estabelecidos.

2.5.4.2 O controle do apoio logístico planejado consiste no acompanhamento da


execução das operações, sob a ótica da logística, o qual prevê a supervisão, os reajustes
e as correções, tendo por base a utilização oportuna das informações recebidas
enquanto as ações se desenvolvem.

2.5.4.3 Essa etapa do planejamento logístico conjunto exigirá uma perfeita Consciência
Situacional. Somente pela análise em tempo real das ações em curso será possível
identificar, com oportunidade, os reajustes requeridos e a necessidade de novas ordens
aos elementos subordinados. Esse ciclo repetir-se-á até o cumprimento da missão.

2.5.4.4 O controle do apoio logístico planejado permitirá ao D1 e ao D4 avaliarem o apoio


às operações correntes junto ao D3, possibilitando correções no que se refere à
praticabilidade dos planejamentos elaborados pela D5.

2.5.4.5 Para exercer um eficiente controle do apoio logístico planejado, o EMCj e o CLTO
deverão valer-se de um sistema de comando e controle integrado por todas as forças
envolvidas, possibilitando um fluxo ininterrupto e em tempo real das informações
logísticas.

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CAPÍTULO III

ESTIMATIVA LOGÍSTICA NO PLANEJAMENTO CONJUNTO

3.1 Generalidades

3.1.1 A projeção do poder de combate somente será eficaz se devidamente apoiada em


termos logísticos. Cabe aos planejadores logísticos do EMCj e C Log a reunião e a distri-
buição dos recursos necessários às F Cte. As estimativas são a chave para determinar-se
missões logísticas e obter-se a capacidade necessária à execução das operações num
ambiente conjunto.

3.1.2 A Estimativa Logística é um processo lógico e sistemático empregado para analisar


a influência que o Ap Log terá sobre determinada linha de ação, de maneira a proporcio-
nar-lhe melhores condições de apoio. A Estimativa Logística identifica necessidades e
permite ao planejador que estabeleça prioridades para atendimento.

3.1.3 Muitas vezes, o tempo para a realização das estimativas é reduzido, e, neste caso,
elas devem priorizar os aspectos preponderantes do Ap Log, dos quais se destacam:
a) o transporte;
b) o suprimento das classes I, III, V (Mun) e VIII (inclusive sangue);
c) a evacuação de pessoal e a hospitalização; e
d) a evacuação de material e a manutenção.

3.1.4 Normalmente, raciocina-se a Estimativa Logística como sendo um processo exclusi-


vamente matemático que identifique as necessidades de apoio para um determinado pe-
ríodo ou missão. Entretanto, a matemática tem apenas um papel parcial no processo,
uma vez que a maior parte do trabalho será baseada na análise da missão, particularmen-
te no que se refere aos fatores da decisão, a saber:
a) Missão – O enunciado da missão informa o QUEM, O QUE, QUANDO, ONDE e
POR QUE da operação. O papel da estimativa deverá ser fixado a partir das ações a rea-
lizar.
b) Inimigo – A Estimativa Logística deverá considerar a situação atual e a projetada
do inimigo, incluindo as características e as possibilidades que poderão influir no apoio
logístico.
c) Terreno – O terreno deverá ser estudado visando-se à preparação logística do
campo de batalha. Neste sentido, serão levantados os recursos locais existentes e a in-
fluência do terreno e das condições climáticas sobre a operação (desgaste de pessoal e
material, obtenção de água e outros recursos, rede viária, locais para desdobramento,
etc.).
d) Meios – Deverá ser considerada a organização de nossas forças, a sua composi-
ção, os elementos de apoio disponíveis, as vulnerabilidades existentes e outros aspectos
que poderão influir no Ap Log.
e) Tempo – O planejamento do apoio logístico deverá considerar a capacidade das
unidades logísticas de prestarem seu apoio no tempo e locais previstos, de forma sincro-
nizada com o restante da manobra. As limitações de tempo geram sérios óbices para o
planejamento logístico e possuem um impacto considerável sobre o aumento dos custos
da operação.

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3.2 Elaboração da Estimativa Logística

3.2.1 A base para a realização da Estimativa Logística é a sincronização entre as ações


estabelecidas no planejamento operacional com as demandas logísticas decorrentes.

3.2.2 Para cada ação operacional planejada corresponderá um perfil de consumo especí-
fico, decorrente das tarefas ou tipos de missões previstas (natureza da operação) e uma
intensidade esperada (decorrente do poder relativo de combate), em cada instante da o-
peração.

3.2.3 O planejador logístico deverá elaborar uma Matriz de Estimativa Logística, na qual
serão lançados o perfil de consumo para cada diferente fase da operação. A Tabela 2 a-
presenta um modelo de Matriz de Estimativa Logística para cada uma das Forças Com-
ponentes.

3.2.4 Com base na Matriz de Estimativa Logística, e nos perfis de consumo nela estabe-
lecidos, serão identificados os “picos” de consumo, caracterizando o momento onde será
realizado o Esforço Logístico Máximo para cada F Cte, assim como as fases onde ocorre-
rão Esforços Logísticos Médios e Fracos.

3.2.5 O Esforço Logístico Máximo deverá ser quantificado para cada classe de suprimento
ou tarefa logística, com base nos Dados Médios de Planejamento disponíveis, conside-
rando-se o tempo de duração previsto para o referido esforço logístico.

3.2.6 Normalmente, o planejador logístico quantificará um valor de 50% do Esforço Logís-


tico Máximo para períodos de Esforços Médios e de 20% para os períodos de Esforços
Fracos, determinando assim a estimativa logística geral da operação planejada em termos
de suprimento, recompletamento, manutenção (carga de trabalho e necessidade de eva-
cuação para os diversos escalões de manutenção), saúde (número de baixas, necessida-
des de evacuação, tratamento e retenção nos diversos escalões), serviços e transporte.

3.2.7 Além de estimar quantitativamente o volume de apoio necessário, este balanço


permite identificar as restrições existentes na capacidade logística disponível, permitindo
ao planejador: realizar os ajustes necessários; avaliar o tempo necessário para o cumpri-
mento das missões logísticas; e determinar a necessidade de meios suplementares, que
poderão ser realocados na estrutura inicialmente prevista, contratados, mobilizados ou
mesmo solicitados ao escalão superior.

3.2.8 Na ausência de levantamentos específicos de consumo na ZA, em decorrência das


atividades de apoio logístico, comando e controle, SEGAR, operação de campos de prisi-
oneiros de guerra, assuntos civis e outras, o planejador logístico deverá considerar um
acréscimo de 20% nas quantidades estimadas totais de suprimento das diversas classes.

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TABELA 2 – EXEMPLO DE MATRIZ DE ESTIMATIVA LOGÍSTICA

TO ALFA COMANDO LOGÍSTICO ALFA

MATRIZ DE ESTIMATIVA LOGÍSTICA DE D-70 A D+108

D+69
D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a
PERÍODO a
D-3 D-1 D+29 D+59 D+68
D+108
NÚMERO DE
68 03 30 30 09 40
DIAS
FASE DA
– Evolução da
MANOBRA – Ações Def
Crise Ações Ofs Estabilização Ev N Cmb Dmob
OPERACIONAL DO – Ações Ofs
– C Estrt
C Op
FORÇA NAVAL COMPONENTE
TAREFAS OU – Concentração – Op Def Prt
– Op Def Prt
TIPOS DE – Ap Log Mv – Op Min MIO OPENC Dmob
– Def Trf Mar
MISSÃO – Op Escl – Op Blq
I Médio Médio Médio Médio Forte Médio
II Forte Fraco Fraco Fraco Forte Fraco
III Médio Fraco Fraco Fraco Médio Médio
IV Médio Fraco Fraco Fraco Médio Fraco
V (M) Fraco Forte Forte Médio Fraco Fraco
PERFIL VI Médio Médio Médio Médio Médio Fraco
DO VII Fraco Fraco Fraco Fraco Fraco Fraco
CONSU VIII Fraco Médio Forte Médio Forte Fraco
MO (por IX Forte Médio Médio Médio Médio Fraco
classe) Água Forte Médio Médio Médio Forte Fraco
Sangue Fraco Médio Forte Fraco Fraco Fraco
Itens
Comple- Forte Fraco Médio Fraco Forte Fraco
tos
Sup Ree Forte Médio Médio Médio Médio Fraco
FORÇA TERRESTRE COMPONENTE
– Def A
NATUREZA DA Não-
Z Reu – M Cmb Atq Coor Def A Z Reu
OPERAÇÃO guerra
– Op Esp
I Forte Fraco Fraco Médio Forte Médio
II Forte Fraco Fraco Fraco Forte Fraco
III Fraco Forte Médio Fraco Forte Forte
IV Fraco Fraco Fraco Forte Forte Fraco
V (M) Fraco Fraco Forte Médio Fraco Fraco
PERFIL VI Forte Médio Médio Forte Forte Fraco
DO VII Médio Fraco Médio Forte Fraco Fraco
CONSU VIII Fraco Fraco Forte Médio Forte Fraco
MO (por IX Médio Médio Médio Forte Médio Fraco
classe) Água Forte Fraco Médio Médio Forte Fraco
Sangue Fraco Médio Forte Forte Fraco Fraco
Itens
Comple- Forte Fraco Fraco Fraco Fraco Fraco
tos
Sup Ree Forte Fraco Médio Médio Forte Fraco

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FORÇA AÉREA COMPONENTE


TAREFAS OU – Ataque – Interdição Sustentação Trnp Ae Trnp
Trnp Ae Log
TIPOS DE MISSÃO – REVO – SAR do combate Log Ae Log
I Médio Médio Médio Médio Médio Médio
II Forte Fraco Fraco Fraco Fraco Forte
III Médio Forte Forte Médio Forte Médio
IV Forte Fraco Fraco Fraco Fraco Fraco
V (M) Fraco Forte Forte Médio Fraco Fraco
PERFIL VI Forte Fraco Fraco Fraco Fraco Fraco
DO VII Forte Fraco Fraco Fraco Fraco Fraco
CONSU VIII Fraco Forte Forte Médio Forte Fraco
MO (por IX Médio Médio Forte Forte Forte Médio
classe) Água Forte Médio Médio Médio Forte Fraco
Sangue Fraco Médio Forte Forte Fraco Fraco
Itens
Comple- Forte Fraco Fraco Fraco Fraco Forte
tos
Sup Ree Forte Fraco Médio Médio Forte Fraco

3.3 Dados Médios de Planejamento (DAMEPLAN)

3.3.1 Um aspecto fundamental da Estimativa Logística é a obtenção de dados de plane-


jamento confiáveis e atualizados que permitam uma correta avaliação das necessidades.

3.3.2 Diversas metodologias para a obtenção de DAMEPLAN podem ser utilizadas. As


mais importantes são:
a) Dados Históricos: baseados em experiências históricas em terreno semelhante,
no cumprimento de missão similar. São bastante fidedignos, embora somente sejam apli-
cáveis em situações em que as características da operação, terreno, etc., sejam seme-
lhantes às originais.
Exemplo: o NAe São Paulo, em operações, consome uma média de Y litros de óleo
MF-40 por semana.
b) Perfil de Consumo: baseado em índices provenientes de experiências em comba-
te ou exercícios, e que variam em função do perfil de combate em cada fase da manobra
operacional. É uma adaptação do método anterior. Quanto maior o número de experiên-
cias tabuladas, maior a precisão do índice. Aplicados ao efetivo a ser apoiado, poderão
fornecer informações com razoável precisão.
Exemplo: uma unidade de Helicópteros de Emprego Geral, atuando em terreno mon-
tanhoso, operando sem superioridade aérea, apresenta um consumo de X litros de QAv
nas primeiras 48 horas da operação.
c) Consumo por equipamento: obtido a partir de manuais e informações técnicas do
equipamento. É pouco preciso por não refletir influências como o terreno (a operação em
terreno montanhoso ou desértico pode aumentar o consumo das viaturas), condições me-
tereológicas, tipo de operação e poder relativo de combate, fatores que poderão gerar
alterações significativas nos dados tabulados.
Exemplo: o consumo de óleos lubrificantes, obtido a partir de manuais técnicos, po-
derá variar em função das condições metereológicas previstas (temperatura).
d) Consumo por homem: obtido a partir da divisão do consumo total (ou taxa de utili-
zação) pelo efetivo envolvido. Não reflete as peculiaridades de uma operação real, po-
dendo perder precisão em virtude da generalização. Emprega-se, preferencialmente, nos
escalões mais elevados.
Exemplo: consumo de rações operacionais/homem.

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3.4 Considerações Específicas de Planejamento

3.4.1 Cabe ao planejador logístico avaliar as considerações específicas de cada função


logística, a fim de permitir que o produto final da Estimativa Logística seja o mais acurado
possível, conforme descrito a seguir.

3.4.2 Função Logística Suprimento

3.4.2.1 A questão fundamental no que se refere às estimativas relacionadas à função lo-


gística de suprimento refere-se à solução das perguntas: QUANTO?, QUANDO? e
ONDE?, ou seja, por meio da estimativa, procura-se determinar as quantidades a serem
supridas, no momento e no local em que este suprimento será necessário.

3.4.2.2 O planejamento das operações de suprimento será limitado pelas disponibilidades


de transporte, uma vez que a capacidade de suprir será diretamente proporcional à capa-
cidade de transporte disponível.

3.4.2.3 Outra limitação importante da função logística suprimento refere-se à capacidade


das unidades de apoio em obter, estocar e processar os itens da cadeia de suprimento.

3.4.2.4 Assim, o funcionamento da cadeia de suprimento será dependente da combinação


de diversos fatores, cabendo ao planejador prever a flexibilidade necessária para anteci-
par ou postergar a entrega de itens, alterar as reservas orgânicas ou pré-posicionar su-
primento a fim de evitar flutuações na chegada dos itens ao seu destino final.

3.4.2.5 As quantidades necessárias de cada classe de suprimento devem ser calculadas


com base em fatores de consumo, previamente estipulados para a natureza da operação
em cada fase planejada.

3.4.2.6 Os fatores de consumo poderão ser estipulados por meio de uma das metodologi-
as previstas no item 3.3.2, e normalmente serão expressos em quilogramas/homem/dia
(Kg/H/D), independentemente da classe de suprimento, o que facilitará o cálculo global
das necessidades do TO.

3.4.2.7 Deve ser considerado, ainda, que algumas classes de suprimento poderão apre-
sentar fatores de consumo diferenciados para as unidades desdobradas na Zona de Ad-
ministração e na Zona de Combate (exemplos: Classe I – ração quente e ração operacio-
nal; Classe V – munição; Classe III – combustível).

3.4.2.8 As FS devem, desde o tempo de paz, buscar a elaboração de planilhas de fatores


de consumo para as diversas classes de suprimento de seu interesse, prioritariamente
com base em dados históricos acumulados pelas respectivas Forças em adestramentos e
operações reais.

3.4.2.9 A Tabela 3 apresenta algumas considerações de planejamento específicas para


cada classe de suprimento.

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TABELA 3

Classe de
CONSIDERAÇÕES DE PLANEJAMENTO
Suprimento
– Intervalo e grade de rações;
– Processo de distribuição a ser adotado;
I
– Tipo de ração a ser consumida (ração quente ou operacional); e
– Efetivos.
– Efetivos;
– Terreno;
II – Condições climáticas;
– Duração estimada do material e equipamentos; e
– Possibilidades de utilização de agentes QBN.
– Tipos de equipamentos empregados (navios, aeronaves, veículos, ge-
radores, cozinhas, geradores de fumaça, etc.), quantidades e seus con-
sumos;
– Consumo médio por equipamento;
– Terreno;
– Condições climáticas;
III – Tipo de combustível empregado; e
– Distâncias a serem percorridas (deslocamentos, suprimento) ou núme-
ro de horas de funcionamento.
Obs: o consumo de lubrificantes normalmente é proporcional ao de com-
bustível. Há uma relação entre os momentos em que se realiza a manu-
tenção (pausas no combate, altos, etc.) e o consumo de lubrificantes e
afins.
– Tipo e quantidade dos trabalhos de engenharia a serem realizados;
IV – Possibilidade do inimigo atuar em nossas instalações; e
– Tipo de operação;
– Quantidade e tipo de armamento;
– Munição necessária e munição autorizada;
V (Munição) – Capacidade e tipo de armazenagem (paióis ou a céu aberto); e
– Capacidade de transporte (quantidade de meios de transporte e modais
disponíveis).
– Tipos de equipamentos empregados;
– Listas de suprimentos de alta mortalidade;
– Terreno e vegetação;
VI
– Condições climáticas;
– Estado das rodovias; e
– Possibilidade do inimigo atuar em nossas instalações e equipamentos.
– Tipos de equipamentos empregados;
– Listas de suprimentos de alta mortalidade;
VII
– Terreno e vegetação; e
– Condições climáticas (umidade).
– Efetivo;
– Estimativa de baixas;
VIII
– Condições climáticas;
(exceto
– Condições sanitárias (endemias);
sangue)
– Norma de Evacuação estabelecida; e
– Número de leitos disponíveis.

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Classe de
CONSIDERAÇÕES DE PLANEJAMENTO
Suprimento
– Tipos de equipamentos empregados;
– Níveis de suprimento estabelecidos;
– Listas de suprimentos de alta mortalidade;
IX – Terreno e vegetação;
– Condições climáticas;
– Estado das rodovias; e
– Possibilidade do inimigo atuar em nossas instalações e equipamentos.
– Características do terreno e condições meteorológicas;
– Efetivos;
– Possibilidades de utilização de agentes QBN; e
Água – Outros usos da água, além do consumo humano:
– banho e lavanderia;
– construção; e
– descontaminação.
– Efetivo por tipo sanguíneo;
– Estimativa de baixas;
Sangue
– Processo de obtenção e armazenamento a ser adotado; e
– Processo de distribuição a ser adotado.

3.4.3 Função Logística Transporte

3.4.3.1 A capacidade de transporte, além de influenciar diretamente a capacidade de pro-


ver o suprimento, como já visto, irá também condicionar a movimentação de pessoal (E-
vacuação Aeromédica – EVAM, forças amigas, prisioneiros de guerra e civis internados) e
a evacuação de material.

3.4.3.2 Neste sentido, cresce de importância a realização de um detalhado planejamento


da função logística transporte, que deve considerar todos os aspectos que podem influen-
ciar sua execução, dos quais se destacam:
a) número de unidades e meios de transporte, com suas capacidades de carrega-
mento;
b) distâncias e velocidades;
c) responsabilidades pela execução de EVAM (quem e com que meios);
d) prazos estabelecidos nos planejamentos operacional e táticos;
d) restrições das vias de transporte (ação inimiga, pontes, túneis, obstáculos, auto-
rização de sobrevoo, etc.);
e) restrições de horário (tráfego diurno e noturno);
f) tráfego civil;
g) número de tripulações e número de horas de operação por dia;
h) índice de disponibilidade dos meios de transporte e diagonal de manutenção;
i) tempos de carga/descarga;
j) situação tática e superioridade aérea; e
k) outros aspectos levantados na Análise de Logística.

3.4.4 Função Logística Manutenção

3.4.4.1 As estimativas de manutenção devem considerar as necessidades de manutenção


e evacuação, além da capacidade para executá-las. O planejamento nascerá da compa-

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ração entre estes dois aspectos, visando uma melhor adequação dos meios.

3.4.4.2 Para a determinação das necessidades, dentre outras, as seguintes condicionan-


tes devem ser consideradas:
a) número de equipamentos (densidade);
b) tipo de equipamentos;
c) lista de suprimentos de alta mortalidade;
c) tempos médios de reparação;
d) situação tática e perfil do combate;
e) terreno e condições meteorológicas;
f) capacidade de manutenção e evacuação das unidades apoiadas;
g) diretrizes dos escalões superiores; e
h) outros aspectos levantados na Análise de Logística.

3.4.4.3 Para a determinação das capacidades, dentre outras, as seguintes condicionantes


devem ser consideradas:
a) pessoal de manutenção disponível (mão-de-obra direta);
b) rendimento;
c) tempo total, perdas e tempo disponível;
d) situação tática;
e) possibilidade de emprego de meios e instalações civis;
e) possibilidade de apoio suplementar dos escalões superiores;
f) existência de meios de evacuação; e
g) outros aspectos levantados na Análise de Logística.

3.4.4.4 No que se refere ao emprego de meios civis, devem ser considerada, entre outros,
as disponibilidades de:
a) oficinas de manutenção de aeronaves, motores, máquinas e veículos;
b) oficinas de tornearia e usinagem;
c) oficinas de refrigeração;
d) oficinas de manutenção de material elétrico e eletrônico;
e) oficinas de recarga de extintores de incêndio;
f) confecções; e
g) fábricas e montadoras diversas.

3.4.5 Função Logística Saúde

3.4.5.1 As estimativas referentes à saúde deverão levar em consideração as expectativas


de baixas e a capacidade de evacuação, atendimento e retenção destas baixas.

3.4.5.2 Para a determinação das necessidades, deve-se considerar, dentre outros, os se-
guintes aspectos:
a) efetivos na ZC e na ZA;
b) expectativa de baixas em decorrência do perfil de combate previsto para cada
fase da operação;
c) expectativa de baixas em decorrência de acidentes;
d) possibilidade de danos colaterais envolvendo a população civil;
e) endemias existentes ou de possível ocorrência na área do C Op;
f) características do terreno e condições meteorológicas;
g) capacidade dos escalões subordinados em realizar a evacuação e retenção de

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suas baixas;
h) diretrizes dos escalões superiores; e
i) outros aspectos levantados na Análise de Logística.

3.4.5.3 Para a determinação das capacidades, deve-se considerar, dentre outros, os se-
guintes aspectos:
a) capacidade de retenção e atendimentos de baixas no escalão considerado
(Norma de Evacuação);
b) instalações militares disponíveis;
c) instalações civis mobilizáveis;
d) meios de evacuação de pessoal existentes;
e) distâncias e velocidades de evacuação;
f) apoio suplementar de saúde passível de ser recebido;
g) situação tática;
h) diretrizes dos escalões superiores; e
i) outros aspectos levantados na Análise de Logística.

3.4.6 Função Logística Recursos Humanos

3.4.6.1 Na realização das estimativas referentes aos recursos humanos, devem ser de-
terminadas as necessidades de recompletamentos, de prestação de serviços (banho, la-
vanderia, sepultamento, serviço postal, pagamento de pessoal em campanha, moral e
assistência ao pessoal), de mão-de-obra e de fornecimento de suprimentos reembolsá-
veis. Deve, ainda, ser levantada a capacidade das unidades de apoio em prover esses
serviços, fornecer recompletamentos e suprimentos, além de controlar mão-de-obra.

3.4.6.2 No cálculo das necessidades para a função logística recursos humanos, deve-se
considerar, dentre outros, os seguintes aspectos:
a) quadro de cargos das diversas Organizações Militares (OM);
b) efetivos na ZC e na ZA;
b) situação tática;
c) expectativa de baixas em decorrência do perfil de combate previsto para cada
fase da operação (para estimativa de recompletamento, sepultamento e traslado);
d) diretrizes dos escalões superiores; e
e) outros aspectos levantados na Análise de Logística.

3.4.6.3 No levantamento do efetivo total no Teatro de Operações, devem ser considera-


dos os quadros de cargos das diversas (OM a serem adjudicadas, assim como do efetivo
existente já desdobrado na área do C Op antes de sua ativação.

3.4.6.4 Para o cálculo do efetivo das diversas OM a serem adjudicadas, deve ser conside-
rada a missão a ser atribuída às mesmas nos planejamentos táticos, realizando as ade-
quações necessárias (supressões ou acréscimos).

3.4.6.5 No cálculo das necessidades em recompletamentos, deve ser levada em conta a


estimativa de baixas, já realizada no apoio de saúde, podendo ser aprimorada com a es-
pecificação dos tipos de baixas.

3.4.6.6 O cálculo da necessidade de suprimentos reembolsáveis é realizado em função do


efetivo, da situação tática e da duração da missão.

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3.4.6.7 As necessidades em mão-de-obra surgirão da situação tática e das diretrizes dos


escalões superiores.

3.4.6.8 A disponibilidade para apoio em RH será determinada em função da capacidade


das unidades de apoio em prover os meios e serviços necessários, da situação tática e
das diretrizes dos escalões superiores.

3.4.7 Função Logística Engenharia

3.4.7.1 Na realização das estimativas referentes à função logística engenharia, devem ser
determinadas as seguintes necessidades:
a) manutenção da rede mínima de transportes;
b) adequação da infraestrutura logística existente, particularmente de depósitos,
terminais e redes viárias, hospitais, áreas de concentração de tropas, áreas de destino
seguro para não-combatentes, instalações de telecomunicações e outras;
c) trabalhos de engenharia de construção, para o caso de infraestruturas inexisten-
tes;
d) reconhecimentos técnicos para dimensionamento de infraestruturas necessárias
para o fornecimento de energia, combustível, água e outras; e
e) dimensionamento das capacidades necessárias para as ações de controle de
danos, particularmente de meios de engenharia de combate.

3.4.7.2 Na determinação das capacidades para a função logística engenharia, deve-se


considerar, dentre outros, os seguintes aspectos:
a) dimensionamento das infraestruturas críticas mínimas;
b) número e características das OM de engenharia a serem adjudicadas;
c) capacidades mobilizáveis dos diversos órgãos governamentais;
d) necessidade de contratação/mobilização de empresas especializadas;
e) disponibilidade para obtenção de insumos de engenharia na área do C Op;
f) disponibilidade de mão-de-obra especializada (militar, contratável ou mobilizável);
g) diretrizes dos escalões superiores; e
e) outros aspectos levantados na Análise de Logística.

3.4.8 Função Logística Salvamento

3.4.8.1 As estimativas referentes à função logística salvamento devem ser decorrentes da


avaliação das ações previstas no Plano Operacional. Tanto maior a intensidade e a dura-
ção das ações de combate, maiores serão as necessidades de processamento de materi-
al salvado e capturado.

3.4.8.2 A estimativa logística para a função logística salvamento deve ser orientada para o
estabelecimento de capacidades, uma vez que não será possível antever com precisão o
volume das atividades de salvamento. Neste sentido, é conveniente que o planejamento e
a execução das ações de salvamento sejam centralizados, sob a coordenação direta do C
Log.

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CAPÍTULO IV

PROCESSOS DE LOGÍSTICA CONJUNTA NO TO

4.1 Processos Externos (no nível TO e ZI)


Tem por objetivo estabelecer os procedimentos e/ou ações a serem executados pelos
agentes responsáveis pelo macro apoio logístico às operações, conforme Tabela 4.

TABELA 4

TO ZI
Processo F Cte CLTO EMCj EMCFA FS
(CCL)
Recebe das
F Cte/CLTO,
Sumário Diário Emite para Emite para
consolida e Consulta -
de Situação EMCj EMCj
emite para o
EMCFA (CCL)
Recebe das
Sumário Diário Emite para Recebe das
F Cte e emite - -
de Pessoal EMCj e CLTO F Cte e CLTO
para EMCj
Atualiza e Atualiza e
SIPLOM Consulta Consulta -
consulta consulta
Emite para Atende ou Coordena
Autoriza
Solicitação CLTO ou apoia Encaminha e prioriza
- e
emergencial (no caso de para o
atende
transporte) F Cte/CCL/FS transporte
Coordena
Encaminha Autoriza
Solicitação de e prioriza
- para - e
rotina o
F Cte/CCL/FS atende
transporte

4.2 Processos Internos (no nível EMCj e CLTO) para Gerenciamento e Coordenação
Tem por objetivo estabelecer os procedimentos e/ou ações a serem executados, pelos
agentes responsáveis, para o gerenciamento e a coordenação do apoio logístico às ope-
rações, conforme Tabela 5.

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TABELA 5

EMCj CLTO
Processo Ba Log Cj/
D1 D4 D10 CCOL CCRH
OM Subrd
Analisa as Analisa as Analisa as Analisa as
Info das Info das Info das Info das
Analisa as Info
F Cte nos F Cte nos F Cte nos F Cte nos
das F Cte nos
assuntos de assuntos de assuntos de assuntos de
assuntos de logística, RH, reali-
logística, Adm Fin,
RH, realizando realizando zando as
realizando as realizando as
Sumário as coordena- as coorde- coordena-
coordena- coordena- Emite para
Diário de ções necessá- nações ne- ções neces-
ções neces- ções neces- o CLTO
Situação rias e asses- cessárias e sárias e
sárias e as- sárias e as-
sorando o assessoran- assesso-
sessorando o sessorando
ComTO. Con- do o rando o
ComTO. o ComTO.
solida Info
Consolida Consolida Cmt CLTO. Cmt CLTO.
para o EMCFA
Info para o Info para o Consolida Consolida
(CCL)
EMCFA EMCFA Info para o Info para o
(CCL) (CCL)
Gerenciamento

EMCj EMCj
Analisa as Info Analisa as
das F Cte no Info das Analisa as
Info das Emite para
que se refere F Cte no
o CLTO e
ao controle de que se refe- F Cte no
coordena
efetivos, reali- re ao efetivo que se refe- com o
Sumário zando as co- no TO, para re ao con- CCOL os
Diário de ordenações - - fins de cál- trole de reajustes
Pessoal necessárias e culos logís- efetivos. nos volu-
assessorando ticos decor- Consolida a mes de
o ComTO. rentes, co- situação do apoio ne-
Consolida Info ordenando CLTO e Info cessários.
para o EMCFA com as ao EMCj
(CCL) Ba Log Cj.
SIPLOM
e siste-
mas de Atualiza e Atualiza e
Consulta Consulta Consulta Consulta
gerenci- consulta consulta
amento
logístico
Reunião
Participa no Participa no Participa no Participa no Participa no
Diária de -
Coordenação

EMCj EMCj EMCj CLTO CLTO


Situação
Reunião
Participa no Participa no
de Coor-
Participa no Participa no Participa no EMCj e co- EMCj e Participa
denação
EMCj EMCj EMCj ordena no coordena no no CLTO
de Co-
CLTO CLTO
mando

4.3 Processos Internos (no nível EMCj e CLTO) de Logística de Material e de Saúde
Tem por objetivo estabelecer os procedimentos e/ou ações a serem executados, pelos
agentes responsáveis, no apoio logístico de material e de saúde às operações, conforme
Tabela 6.

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TABELA 6

EMCj CLTO
Processo Ba Log Cj/
D1 D4 D10 CCOL CCRH
OM Subrd
Planeja no nível Coordena
Levanta fontes as
Transporte Prioriza no tático e elabora
- de recursos Executa
emergencial TO o Mapa de Car- Ba Log Cj
(contratação)
ga (material) (pessoal)
Planeja no nível Coordena
Planeja no as
Transporte tático e elabora
- nível opera- Levanta custos Executa
de rotina o Mapa de Car- Ba Log Cj
cional
ga (material) (material)
Elabora Planeja no nível
a esti- Planeja no tático e coorde-
Medicina
mativa nível opera- Levanta custos - Executa
curativa na as Ba Log Cj
de bai- cional
xas (material)
Planeja no nível
Planeja no tático e coorde-
Medicina
- nível opera- Levanta custos - Executa
preventiva na as Ba Log Cj
cional
(material)
Levanta fontes Coordena
Prioriza no de recursos p/ Coordena com a hospitali-
EVAM - -
TO contratação, as F Cte zação no
Logística de Material e de Saúde

se for o caso TO
Levanta fontes Coordena as Realiza a
Ressupri-
Prioriza no de recursos execução
mento e- - Ba Log Cj (a- -
TO (aquisição no financeira
mergencial quisição no TO)
TO) e aquisição
Planeja no nível
Ressupri- Planeja no tático e coorde-
mento de - nível opera- Levanta custos - Executa
na as Ba Log Cj
rotina cional
(material)
Audita e consul-
Inventário - Consulta - - Atualiza
ta
Levanta fontes Coordena as Realiza a
Mnt de E- Prioriza no de recursos execução
- Ba Log Cj (a- -
mergência TO (aquisição no financeira
TO) quisição no TO) e aquisição
Planeja no nível
Planeja no tático e coorde-
Mnt de roti-
- nível opera- Levanta custos - Executa
na na as Ba Log Cj
cional
(material)
Planeja no nível
Planeja no tático e coorde-
Salvamento - nível opera- Levanta custos - Executa
na as Ba Log Cj
cional
(material)
Planeja no nível
Levanta fontes tático e coorde-
de recursos
Engenharia Prioriza no na as Ba Log Cj Executa
- (aquisição de -
(reparo) TO (material) Coor- (OM Eng)
insumos no
dena as
TO)
OM Eng
Planeja no nível
Planeja no
Engenharia tático e coorde- Executa
- nível opera- Levanta custos -
(construção) na as OM Eng (OM Eng)
cional
(material)

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4.4 Processos Internos (no nível EMCj e CLTO) de Logística de Recursos Humanos
Tem por objetivo estabelecer os procedimentos e/ou ações a serem executados, pelos
agentes responsáveis, no apoio logístico de recursos humanos às operações, conforme
Tabela 7.

TABELA 7

EMCj CLTO
Processo Ba Log Cj/
D1 D4 D10 CCOL CCRH
OM Subrd
Planeja no
Planeja no nível tático e
Levanta
Recompletamento nível ope- - - coordena as Executa
custos
racional
Ba Log Cj
Planeja no
Planeja no nível tático e
Levanta
Recreação nível ope- - - coordena as Executa
custos
racional
Ba Log Cj
Planeja no
Planeja no nível tático e
Levanta
Recuperação nível ope- - - coordena as Executa
custos
racional
Ba Log Cj
Planeja no
Planeja no nível tático e
Logística de RH

Assistência religi- Levanta


nível ope- - - coordena as Executa
osa custos
racional
Ba Log Cj
Planeja no
Planeja no nível tático e
Levanta
Sepultamento nível ope- - - coordena as Executa
custos
racional
Ba Log Cj
Levanta
Prioriza e fontes de Coordena
coordena recursos p/ com as F Cte
Traslado - - e com as Executa
com o CCL contratação
e FS de Trnp, se Ba Log Cj
for o caso
Coordena Executa em
Planeja no
Levanta com as coordenação
Sv Postal nível ope- - -
custos com os Cor-
racional Ba Log Cj
reios
Planeja no Coordena
Levanta com as
Sup reembolsável nível ope- - - Executa
custos
racional Ba Log Cj

4.5 Matriz de Sincronização de Apoio Logístico

4.5.1 A Matriz de Sincronização de Apoio Logístico é uma ferramenta que tem por objeti-
vo espelhar o encadeamento de diferentes atividades logísticas no tempo e no espaço, a
fim de proporcionar uma visão geral das atividades e permitir a coordenação das ações
em curso. Ela é especialmente indicada para apoio à decisão no nível operacional (EMCj)
e no nível tático (CLTO).

4.5.2 A Matriz de Sincronização de Apoio Logístico, a ser elaborada pelo CLTO, pode a-
branger os seguintes aspectos:

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a) Capacidade Logística Projetada (CapLogProj) – cada Célula do CCOL e do


CCRH, diariamente, projeta a viabilidade logística para apoiar a execução das atividades
previstas;
b) Fechamento das Necessidades (FechNec) – a Célula de Suprimento, diariamente,
consolida as necessidades no âmbito do TO, para planejar seus respectivos atendimen-
tos;
c) Disponibilidade de Meios de Transporte (DispMeiosTrnp) – a Célula de Transpor-
tes consolida, diariamente, os meios de transporte disponíveis;
d) Atualização das Funções Logísticas (AtualizFçLog) – as Células das diversas
Funções Logísticas consolidam a situação de cada função logística em três grupos distin-
tos: situação nas F Cte; situação no TO; e situação do solicitado às FS na ZI;
e) Mapa de Carga – tem por finalidade representar a consolidação dos itens que
precisam ser transportados. É elaborado pela Célula de Transportes;
f) Plano de Transporte (Pl Trnp) – documento onde consta a consolidação dos meios
e das rotas a serem empregadas para o transporte a cargo do CLTO, bem como de ou-
tros transportes de interesse do TO. É elaborado pela Célula de Transportes;
g) Reunião Preparatória para a Reunião Diária de Situação (ReuPrepReuDiariaSit) –
as diversas Células informam ao CCOL e ao CCRH a sua situação logística, diariamente.
O CCOL e o CCRH consolidam essas informações para serem apresentadas na Reunião
Diária de Situação;
h) Reunião Diária de Situação (ReuDiariaSit) – reunião conduzida pelo CCOL, da
qual o CCRH participa, apresentando ao Cmt CLTO os dados consolidados na ReuPre-
pReuDiáriaSit; e
i) Necessidades de Atendimento às Ordens de Coordenação (NecAtdOCoor) – os
Chefes do CCOL e do CCRH analisam as O Coor expedidas pelo EMCj e identificam as
necessidades logísticas decorrentes, se for o caso.

4.5.3 A Tabela 8, a seguir, exemplifica uma Matriz de Sincronização de Apoio Logístico


elaborada pelo CLTO.

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TABELA 8

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CAPÍTULO V

TAREFAS LOGÍSTICAS CONJUNTAS NO TO

5.1 Considerações Iniciais

5.1.1 Somente a execução da logística de forma conjunta poderá elevar a eficácia do


sistema logístico como um todo, uma vez que apenas mediante a coordenação entre as
logísticas singulares poderão ser eliminadas as redundâncias existentes, economizando
esforços e recursos vitais para o sucesso da campanha militar.

5.1.2 A base para a execução da logística conjunta é a precisa definição das Tarefas Lo-
gísticas Conjuntas (TLC) a serem executadas, as quais deverão ser expressas no e no
Plano de Operações Logísticas do CLTO.

5.1.3 A realização eficaz das TLC não poderá ser atingida somente pela cooperação entre
as Forças Singulares, mas principalmente por meio das ordens e diretrizes estabelecidas
pelo ComTO, as quais deverão ser executadas por intermédio de seus Comandantes Su-
bordinados.

5.1.4 Portanto, a execução da logística conjunta é dependente da ação de comando, e


não apenas dependente da supervisão do EMCj, esta última realizada por intermédio do
D1 e do D4.

5.1.5 A previsão de que o Cmt do TO exerça a autoridade operacional sobre a logística,


por intermédio do Comandante do CLTO, representa uma condicionante essencial para a
execução da logística conjunta, pois cria as condições para que as TLC sejam
eficientemente gerenciadas e otimizadas, o que de outra forma seria difícil, quando não,
impossível.

5.2 Execução das Tarefas Logísticas Conjuntas

5.2.1 O objetivo é simplesmente obter uma economia de meios e esforços por meio da
coordenação.

5.2.2 O princípio geral da Logística Militar mais importante para o planejamento das TLC é
o da economia de meios.

5.3 Tarefas Logísticas Conjuntas de Suprimento

5.3.1 Podem envolver a aquisição, o recebimento, a armazenagem e a distribuição de


itens. Entretanto, a decisão de compartilhar itens de suprimento, e em consequência os
encargos decorrentes, deve ser precedida por um minucioso exame de situação.

5.3.2 Algumas classes de suprimento são mais adequadas ao compartilhamento do que


outras, mas em todos os casos haverá a necessidade de se avaliar a situação tática

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prevista para cada fase do planejamento operacional, além de se verificar a oportunidade


e a conveniência da execução de TLC.

5.3.3 Devido às peculiaridades do equipamento e da doutrina, algumas classes de


suprimento não se mostram adequadas ao compartilhamento entre as FS. A Tabela 9
apresenta, dentre itens das diversas classes de suprimento, uma sugestão de possíveis
graus de adequabilidade a serem obtidos na execução de TLC.

TABELA 9

CLASSE DESCRIÇÃO ADEQUABILIDADE


– Gêneros secos
Classe I – Gêneros frigorificados Forte
– Rações operacionais
– Itens completos
– Equipamento individual
Classe II Fraca
– Fardamento
– Barracas e material de campanha
– Combustíveis
Classe III – Lubrificantes Forte
– Óleos
Classe IV – Material de construção Forte
– Munição
Classe V Fraca
– Itens completos
– Geradores
Classe VI – Máquinas Média
– Equipamentos
– Material de Comunicações
Classe VII – Material de Não-Comunicações Fraca
– Material de Guerra Eletrônica
– Medicamentos
Classe VIII – Equipamentos médicos Forte
– Sangue e derivados
Classe IX – Peças e Cj de reparação Fraca
– Água
Classe X Forte
– Material para ajuda humanitária

5.4 Tarefas Logísticas Conjuntas de Transporte

5.4.1 A Função Logística Transporte deve ter seu emprego plenamente integrado por
meio da execução das TLC.

5.4.2 O emprego coordenado dos meios de transporte das F Cte e das OM adjudicadas
ao CLTO é essencial para a economia de meios e para a eficácia de todo o sistema
logístico.

5.4.3 Cabe ao Cmt CLTO determinar os critérios para a integração dos meios de
transporte disponíveis, definindo responsabilidades e prioridades de atendimento. Uma
malha de transportes deve ser estabelecida, permitindo o gerenciamento das vias de
transporte dos diversos modais, dos terminais existentes e dos meios de transporte
disponíveis.

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5.4.4 As OMLS de transporte adjudicadas ao CLTO poderão ser reunidas num GT Log Cj,
de forma a racionalizar os meios e o pessoal especializado, integrando a(s) Ba Log Cj
prevista(s).

5.4.5 Um adequado sistema de gerenciamento de transportes deve:


a) realizar o controle do movimento, compatibilizando as necessidades de transporte
de cargas e de tropas com a disponibilidade de meios;
b) realizar o planejamento de controle do trânsito no interior do TO; e
c) acompanhar o estado de trafegabilidade das vias de transporte, realizando as
ações necessárias para sua manutenção e reparação, se for o caso.

5.5 Tarefas Logísticas Conjuntas de Saúde

5.5.1 São adequadas ao emprego em ambiente conjunto, devendo o planejamento prever


a máxima integração dos meios disponíveis, de forma a permitir:
a) o tratamento das baixas e seu retorno ao serviço no menor prazo possível;
b) a estabilização e a evacuação das baixas que não puderem retornar ao serviço
segundo a Norma de Evacuação estabelecida; e
c) a centralização dos meios disponíveis, de forma a obter a sinergia necessária ao
atendimento das demandas.

5.5.2 As OMLS de saúde adjudicadas ao CLTO poderão ser reunidas num GT Log Cj, de
forma a racionalizar os meios e o pessoal especializado, integrando a(s) Ba Log Cj
prevista(s).

5.6 Tarefas Logísticas Conjuntas de Recursos Humanos

5.6.1 As tarefas de Recuperação, Recreação, Assistência Religiosa, Suprimento


Reembolsável e Serviço Postal são especialmente vocacionadas para execução conjunta.

5.6.2 O controle e a operação dos campos de Prisioneiros de Guerra também poderão ser
executados de forma conjunta, sendo atribuído tal encargo a uma tropa de FS
desdobrada na ZA, sob controle operacional do CLTO.

5.6.3 O traslado de militares falecidos, normalmente, será objeto de execução conjunta,


uma vez que, em princípio, seu transporte será realizado de forma centralizada para a ZI.

5.7 Tarefas Logísticas Conjuntas das demais Funções Logísticas


A Tabela 10 apresenta as considerações relativas à execução de TLC para as demais
funções logísticas.

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TABELA 10 – Adequabilidade das Funções Logísticas para a execução de TLC

CLASSE DESCRIÇÃO ADEQUABILIDADE


– Mnt de Vtr Média (Vtr sobre rodas)
– Mnt de Embarcações Fraca
Manutenção – Mnt de Aeronaves Média (Hlcp)
– Mnt Armt Fraca
– Mnt Eqp Eletrônico Fraca
– Construção Forte
Engenharia
– Reparação Forte
– Salvamento de embarcações Média (Emb Flu)
Salvamento
– Salvamento de demais materiais Forte

APÊNDICES: I – Plano de Operações Logísticas


II – Relatório de Estimativa Logística

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APÊNDICE I ao ANEXO E

MODELO DE PLANO DE OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DO CLTO

(GRAU DE SIGILO)

Exemplar no ___ de ___cópias


Comando Logístico
Grupo data-hora
Referência de Mensagem: “XXX-XX”

PLANO DE OPERAÇÕES LOGÍSTICAS “XXX” (nome código)


Referências: Listar documentos e cartas utilizados no planejamento.

1. ORGANIZAÇÃO POR TAREFAS


Listar a organização por tarefas do C Log, onde deverão estar indicados os meios ad-
judicados (poderá constar de um anexo, caso seja muito extensa a lista). Exemplo:
a. Base Logística Conjunta Recuada "ALFA"
– Organizações militares logísticas da MB, EB e FAB
– Instalações civis contratadas ou mobilizadas (lançar se for o caso).
b. Base Logística Conjunta Avançada “BRAVO”
– Organizações militares logísticas _______ (por Força Singular);
c. Grupo-Tarefa Logístico (Singular ou Conjunto)
– Organizações militares logísticas singulares integrantes.
d. Grupo-Tarefa de SEGAR
– Organizações militares operacionais singulares ou de forças auxiliares integran-
tes.
e. Outras Tropas
– Lançar, se for o caso (Assuntos Civis, Operações Psicológicas, Comunicação
Social, etc.).

2. SITUAÇÃO
Fazer referência ao Anexo de Inteligência ao Plano Operacional.

3. MISSÃO
Enunciar, de maneira clara e concisa, a missão do C Log. Esta missão originou-se da
missão atribuída pelo escalão superior, que foi analisada e complementada na primeira
etapa do exame de situação, sendo expressa com uma redação mais completa no final
daquela etapa, junto à Diretriz de Planejamento.

4. EXECUÇÃO
4.1. INTENÇÃO DO COMANDANTE
A Intenção do Comandante apresenta, de forma abreviada, sua visão de como a o-
peração logística será executada e o estado final desejado. Neste item, o Cmt C Log, au-
toridade operacional sobre a logística, imprime seu perfil à operação, valendo-se de sua
experiência profissional para, sucintamente, transmitir a forma como ele pretende cumprir
a missão logística atribuída pelo Cmt Op, servindo como um complemento para orientar o
desenvolvimento do planejamento logístico do C Log e das demais F Cte, sem tolher a
iniciativa dessas forças e dos escalões subordinados. Incluirá, ainda, as necessidades de
coordenação, forças apoiadoras e apoiadas para cada fase da operação/campanha. Ain-

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da que breve, deve ser expresso com detalhes suficientes para assegurar uma completa
compreensão pelos elementos subordinados.

4.2. CONCEITO GERAL


Expor, sinteticamente, como serão conduzidas as operações logísticas ao longo da
campanha, incluindo o esquema geral da manobra logística, as fases e os prazos para a
sua concretização, bem como os objetivos, metas e atividades operacionais de cada fase,
incluindo:
- Objetivo(s) operacional(is) – Estabelecer o(s) efeito(s) desejado(s) mais am-
plo(s) para o qual vão concorrer todas as operações logísticas realizadas em cada fase.
- Forma(s) de apoio – Especificar as formas de apoio a serem empregadas (dire-
to, ao conjunto, por área, suplementar, etc.) por cada um dos elementos logísticos subor-
dinados (Ba Log Cj e GT Log).
- Conceito – A idéia de como as operações logísticas serão realizadas, especifi-
cando o sincronismo e a interdependência entre elas, e ainda, definindo os elementos
apoiadores e apoiados.
- Atividades funcionais – Especificar outras atividades a serem executadas em
proveito do C Op, tais como de finanças, C2, inteligência, SEGAR, operações psicológi-
cas, assuntos civis, comunicação social, meio ambiente e outras.
- Meios – Especificar, na medida do possível, os meios visualizados para cumprir
as operações previstas em cada fase considerada.

4.3. INSTRUÇÕES PARA COORDENAÇÃO


Especificar todas as medidas de coordenação visualizadas para as fases que com-
põem a Campanha/Operação.

5. LOGÍSTICA E MOBILIZAÇÃO
Apresentar todas as informações, desdobramentos, normas ou instruções relativas à
execução do apoio logístico e da mobilização, por fases, conforme abaixo (normalmente
cada tópico constituirá um anexo ao Plano):
a) Suprimento;
b) Manutenção;
c) Saúde;
d) Transporte;
e) Engenharia;
f) Recursos humanos;
g) Salvamento;
h) Tarefas Logísticas Conjuntas; e
i) Mobilização.

6. COMANDO E CONTROLE
Apresentar todas as informações e diretrizes a respeito de comando, controle, comuni-
cações e demais meios de apoio ao processo de C² necessárias à execução da logística,
particularmente no que se refere aos sistemas de gerenciamento logístico a serem em-
pregados no TO.

7. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Apresentar todas as informações e diretrizes a respeito da administração de recursos
financeiros, seja para aquisições e manutenção da vida vegetativa das OM (particular-
mente por meio de suprimento de fundos), pagamento de pessoal em campanha e outras

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necessidades.

8. COMUNICAÇÃO SOCIAL

9. ASSUNTOS CIVIS

10. OPERAÇÕES PSICOLÓGICAS

11. DIVERSOS
Administração interna do posto de comando
a) Deslocamento: quando e como (NGA);
b) Disposição interna: a cargo do Chefe da Seção de Apoio Administrativo;
c) Organização das áreas de abrigo:
- A cargo de(a).................(Cia Cmdo); e
- Dispositivo pronto:.............(data-hora).
Repartição das áreas de abrigo: a cargo do Chefe da Seção Administrativa.

12. SEGURANÇA DE ÁREA DE RETAGUARDA – SEGAR (quando for o caso)


Conforme Plano de SEGAR.
___________________
Comandante Logístico
Anexos(s): A – Organização por Tarefas.
B – Calco de Logística.
C – Anexos das diversas funções logísticas.
D – Plano de Comando e Controle.
E – Plano de Circulação e Controle de Trânsito.
F – Plano de Segurança da Área de Retaguarda. (SFC)
G – Plano de Administração Financeira. (SFC)
H – Plano de Assuntos Civis.
I – Plano de Gestão Ambiental.
J – Plano de Mobilização.
K – Plano de Assessoria Jurídica.
X – Outros Planos e documentos que se fizerem necessários.

Lista de Distribuição: “A”

n/n
(GRAU DE SIGILO)

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APÊNDICE II ao ANEXO E

MODELO DE APÊNDICE RELATÓRIO DE ESTIMATIVA LOGÍSTICA


(REALIZAR AS ADEQUAÇÕES NECESSÁRIAS PARA CADA FORÇA COMPONENTE)

(GRAU DE SIGILO)

Exemplar no ___ de ___cópias


Comando Operacional
Local do Posto de Comando
Grupo Data-Hora (expedição)
Referência de Mensagem: “XXX-XX”

RELATÓRIO DE ESTIMATIVA LOGÍSTICA DA F Cte ALFA


Referências: Listar documentos e cartas utilizados no planejamento.

1. PERÍODO: D-70 À D+108 (total 180 dias)

2. PERFIL DO CONSUMO (lançar a Matriz de Estimativa Logística relativa à F Cte)

TO ALFA COMANDO LOGÍSTICO ALFA

MATRIZ DE ESTIMATIVA LOGÍSTICA DE D-70 A D+108

D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO
D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
FASE DA – Ev da Crise – Aç Def Ev N
Ações Ofs Estabilização Dmob
MANOBRA – C Estrt – Aç Ofs Cmb
FORÇA NAVAL COMPONENTE
TAREFAS OU – Con – Op Def
– Op Def Prt
TIPOS DE – Ap Log Mv – Op Min MIO OPENC Dmob
– Def Trf Mar
MISSÃO – Op Escl – Op Blq
I Médio Médio Médio Médio Forte Médio
II Forte Fraco Fraco Fraco Forte Fraco
III Médio Fraco Fraco Fraco Médio Médio
IV Médio Fraco Fraco Fraco Médio Fraco
PERFIL V (M) Fraco Forte Forte Médio Fraco Fraco
DO VI Médio Médio Médio Médio Médio Fraco
CONS VII Fraco Fraco Fraco Fraco Fraco Fraco
UMO VIII Fraco Médio Forte Médio Forte Fraco
(por IX Forte Médio Médio Médio Médio Fraco
classe) Água Forte Médio Médio Médio Forte Fraco
Sangue Fraco Médio Forte Fraco Fraco Fraco
Itens
Forte Fraco Médio Fraco Forte Fraco
Completos
Sup Ree Forte Médio Médio Médio Médio Fraco

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FORÇA TERRESTRE COMPONENTE


– Def A
NATUREZA DA Não-
Z Reu – M Cmb Atq Coor Def A Z Reu
OPERAÇÃO guerra
– Op Esp
I Forte Fraco Fraco Médio Forte Médio
II Forte Fraco Fraco Fraco Forte Fraco
III Fraco Forte Médio Fraco Forte Forte
IV Fraco Fraco Fraco Forte Forte Fraco
V (M) Fraco Fraco Forte Médio Fraco Fraco
PERFIL
VI Forte Médio Médio Forte Forte Fraco
DO
VII Médio Fraco Médio Forte Fraco Fraco
CONSU
VIII Fraco Fraco Forte Médio Forte Fraco
MO (por
classe) IX Médio Médio Médio Forte Médio Fraco
Água Forte Fraco Médio Médio Forte Fraco
Sangue Fraco Médio Forte Forte Fraco Fraco
Itens
Forte Fraco Fraco Fraco Fraco Fraco
Completos
Sup Ree Forte Fraco Médio Médio Forte Fraco

FORÇA AÉREA COMPONENTE


– Interdi-
TAREFAS OU TIPOS Trnp Ae – Ataque Sustentação Trnp Ae Trnp
ção
DE MISSÃO Log – REVO do combate Log Ae Log
– SAR
I Médio Médio Médio Médio Médio Médio
II Forte Fraco Fraco Fraco Fraco Forte
III Médio Forte Forte Médio Forte Médio
IV Forte Fraco Fraco Fraco Fraco Fraco
V (M) Fraco Forte Forte Médio Fraco Fraco
PERFIL
VI Forte Fraco Fraco Fraco Fraco Fraco
DO
VII Forte Fraco Fraco Fraco Fraco Fraco
CONSU
VIII Fraco Forte Forte Médio Forte Fraco
MO (por
classe) IX Médio Médio Forte Forte Forte Médio
Água Forte Médio Médio Médio Forte Fraco
Sangue Fraco Médio Forte Forte Fraco Fraco
Itens
Forte Fraco Fraco Fraco Fraco Forte
Completos
Sup Ree Forte Fraco Médio Médio Forte Fraco

Obs: Normalmente o planejador logístico quantificará um valor de 50% do Esforço Logístico


Máximo para períodos de Perfil de Consumo Médio e de 20% para os períodos de Perfil Fraco,
determinando assim a estimativa logística geral da operação planejada em termos de suprimen-
to. Os reflexos para as demais funções logísticas também serão estimados da mesma forma.

3. RECURSOS HUMANOS

3.1. Diretrizes de planejamento (exemplos)


1) Efetivo inicial, de acordo com o Anexo de Logística ao Plano Operacional.
2) 60% dos baixados obtém alta em até 07 dias.
3) 15% das perdas são mortos.

3.2. Recompletamentos
1) Situação

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D-70 D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO
a D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
EFETIVO PREVISTO a a a a a a
EFETIVO INICIAL b b b b b b
MORTOS c c c c c c
FERIDOS d d d d d d
CAPTURADOS/DESAP. e e e e e e
TOTAL DE PERDAS f f f f f f
RETORNO AO SERVIÇO g g g g g g
RECOMPLETAMENTOS h h h h h h
EFETIVO FINAL i i i i i i
% PRONTO PARA O x x x x x x
SERVIÇO

2) Conclusão sobre os recompletamentos


Listar as conclusões.

3.3. Sepultamento

D-70 D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO
a D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Nr Mortos x x x x x x
Nr de sepultamentos no TO y y y y y y
Nr de Traslados z z z z z z

3.4. Lavanderia

D-70 a D-3 a Da
D+30 a D+60 a D+69 a
PERÍODO
D-3 D-1 D+29
D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 3030 09 40
Nr de Conjuntos (a) (b) x y z x y z
Total geral xx
(a) uniforme completo+roupa de baixo+roupas de banho+roupa de cama.
(b) dosagem de planejamento: 01 conjunto p/ homem p/ semana.

3.5. Suprimento reembolsável (a)

D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Item A x y z x y z
Item B x y z x y z
Item C x y z x y z
Total geral xx
(a) uso pessoal, não incluídos na cadeia de suprimento (sabonete, pasta de dente, barbe-
ador, creme de barbear, refrigerante, água mineral, etc.).

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3.6. Conclusão sobre a Função Log Recursos Humanos


Listar as conclusões.

4. SUPRIMENTO

4.1. Pressupostos para os cálculos (exemplos)


1) Foram considerados os fatores de consumo para todas as classes de suprimento.
2) 1 litro de combustível foi considerado igual a 1 kg.
3) Cada militar do TO deverá realizar uma doação de sangue na fase da concentração estra-
tégica.
4) Cada militar do TO deverá receber 02 conjuntos de uniformes operacionais a cada 03 me-
ses. e
5) Lançar outros pressupostos para o planejamento.

4.2. Necessidades
1) Suprimento corrente (t) (a)

D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Classe I (não perecí- x y z x y z
veis)
Classe I (frigorificados) x y z x y z
Classe II y y y y y y
Classe III (Lub) z z z z z z
Itens Completos w w w w w w
Outras Classes k k k k k k
Total p/ período xx xx xx xx xx xx
Total Geral yy
(a) lançar as listas por tipo em documento anexo

2) Cl I (Ração Operacional) (ton)

D-90 a D-3 a Da D+5 a D+177 a D+181 a


PERÍODO
D-3 D-1 D+4 D+177 D+180 D+270
NÚMERO DE DIAS 87 03 05 171 03 90
Rç Op tipo I x y z x y z
Rç Op tipo II x y z x y z
Total geral xx

3) Classe III (Comb) (x 1000 l)

D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Comb A x y z x y z
Comb B x y z x y z
Comb C x y z x y z
Total geral xx

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4) Cl V (Mun) (ton)

D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO
D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Classe V (Mun) (a) x y z x y z
Total geral xx
(a) lançar as listas por tipo em documento anexo

5) Cl VIII (exceto sangue) (t)

D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Medicamentos (a) x y z x y z
Total medicamentos xx
(a) lançar as listas por tipo em documento anexo.

6) Cl VIII (sangue) (litros)

D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Sangue O+ a a a a a a
Sangue A+ b b b b b b
Sangue B+ c c c c c c
Sangue AB+ d d d d d d
Sangue O- e e e e e e
Sangue A- f f f f f f
Sangue B- g g g g g g
Sangue AB- h h h h h h
Total sangue yy

4.3 Capacidade de armazenamento

D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO
D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Sup Cl I (não perecíveis + a a a a a a
Rç Op)
Sup Cl I (frigorificados) b b b b b b
Sup Cl II c c c c c c
Classe III d d d d d d
Classe V (Mun) e e e e e e
Classe VIII (medicamentos) f f f f f f
Classe VIII (sangue) g g g g g g
Itens Completos h h h h h h
Outras Classes i i i i i i
Comparar com as necessidades e definir os níveis de estoque e os processos de distribu-
ição.

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4.4. Conclusão sobre a Função Log Suprimento


Listar as conclusões.

5. TRANSPORTE
5.1. Pressupostos para o cálculo (exemplos)
1) Deve ser considerada uma disponibilidade de transporte limitada a 75% da quantidade de
meios existentes.
2) Velocidades médias padronizadas para o Trnp Rdv: 24, 30, 40 e 50 km/h.
3) Tempo de direção – 16 h/D.
4) 60% das baixas transportadas por ambulância e 40% por EVAM.
5) Foram considerados XX C-130 e XX C-105 para carga geral e XX KC-137 permanente-
mente configurados para Trnp Combustível.
6) XX Hlcp permanentemente configurados para EVAM.
7) Módulos de Transporte Rodoviário.

Cpcd Cg/Vtr (t)(l) Nr Vtr Capacidade de carga


Módulo Leve de Transporte
12 24 75% de 24 Vtr x 12 t = 216 t
de Carga Geral
Módulo Médio de Transpor-
24 12 75% de 12 Vtr x 24 t = 216 t
te de Carga Geral
Módulo Leve de Transporte
8.000 15 75% de 15 Vtr x 8.000 l = 90.000 l
de Combustível
Módulo Médio de Transpor-
12.000 10 75% de 10 Vtr x 12.000 l = 90.000 l
te de Combustível
Módulo Leve de Transporte
12 10 75% de 10 Vtr x 12 t = 90 t
de Frigorificados

5.2. Necessidade de transporte para apoio às necessidades logísticas orgânicas


da F Cte
1) Carga Geral (t)

D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO
D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Total x y z x y z
Total geral xx

2) Combustíveis (t)

D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Total x y z x y z
Total geral xx

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3) Classe V(M) (t)

D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO
D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Total x y z x y z
Total geral xx

4) Frigorificados (t)

D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO
D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Classe I x x x x x x
Sangue y y y y y y
Total z z z z z z
Total geral xx

5.3. Disponibilidade de Meios de Transporte Rdv

1) Carga Geral e Munição (ton)

D-70 a D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 a D-1 D a D+29
D-3 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Cpcd (Ton) x x x x x x
Necessidade (Cg
y y y y y y
Ge+Mun) (t)
Não há Restrição Não há Restrição Não há Restrição
Cpcd x Nec
restrições Média restrições Forte restrições Fraca

2) Combustível (l)

D-70 a D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 a D-1 D a D+29
D-3 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Cpcd (l) x x x x x x
Necessidade (l) y y y y y y
Não há Não há Não há Não há Não há Não há
Cpcd x Nec
restrições restrições restrições restrições restrições restrições

3) Frigorificados (t)

D-70 a D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 a D-1 D a D+29
D-3 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Cpcd (t) x x x x x x
Necessidade (t) y y y y y y
Não há Não há Não há Não há Não há Não há
Cpcd x Nec
restrições restrições restrições restrições restrições restrições

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5.4. Disponibilidade de Meios p/ Trnp Ae Log

1) Carga Geral (t)

D-70 a D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 a D-1 D a D+29
D-3 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Cpcd (t) x x x x x x
Horas de vôo y y y y y y
Necessidade (t) z z z z z z
Não há Restrição Não há Restrição Não há Restrição
Cpcd x Nec restrições Média restrições Forte restrições Fraca

2) EVAM (Homens)

D-70 a D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 a D-1 D a D+29
D-3 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Cpcd (H) x x x x x x
Horas de vôo y y y y y y
Necessidade (40%
z z z z z z
Bx)
Não há Não há Restrição Restrição Não há Não há
Cpcd x Nec restrições restrições Forte Fraca restrições restrições

5.5. Disponibilidade de Meios de Transporte Naval

1) Carga Geral e Munição (t)

D-70 a D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 a D-1 D a D+29
D-3 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Cpcd (t) x x x x x x
Necessidade (Cg
y y y y y y
Ge+Mun) (t)
Não há Restrição Não há Restrição Não há Restrição
Cpcd x Nec restrições Média restrições Forte restrições Fraca

2) Combustível (l)

D-70 a D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 a D-1 D a D+29
D-3 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Cpcd (l) x x x x x x
Necessidade (l) y y y y y y
Não há Não há Não há Não há Não há Não há
Cpcd x Nec restrições restrições restrições restrições restrições restrições

109/158
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3) Frigorificados (t)

D-70 a D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 a D-1 D a D+29
D-3 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Cpcd (t) x x x x x x
Necessidade (t) y y y y y y
Não há Não há Não há Não há Não há Não há
Cpcd x Nec
restrições restrições restrições restrições restrições restrições

4) Trnp de baixas por meio naval (H)

D-70 a D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO D-3 a D-1 D a D+29
D-3 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Cpcd (H) x x x x x x
Necessidade (60%
y y y y y y
Bx)
Não há Não há Não há Não há Não há Não há
Cpcd x Nec
restrições restrições restrições restrições restrições restrições

5.6. Conclusão sobre a Função Log Transporte


Listar as conclusões.

6. MANUTENÇÃO

6.1. Pressupostos para os cálculos


Listar os pressupostos para cálculo.

6.2. Trabalhos de Manutenção (horas)

D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO
D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Até 6 horas x x x x x x
6 a 24 horas y y y y y y
24 a 48 horas z z z z z z
Acima de 48 horas w w w w w w

6.3. Necessidade de evacuação de material

D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a


PERÍODO
D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Lançar (se for o caso)

6.4. Conclusão sobre a Função Log Manutenção


Lançar as conclusões.

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7. SAÚDE
7.1. Pressupostos teóricos
Lançar pressupostos, disponibilidade de aeronaves para EVAM, horas de vôo dispo-
níveis, número de leitos e tempo máximo de internação em cada escalão de saúde (norma
de evacuação).

7.2. Hospitalização e evacuação


1) Hospitalização
D-70 a D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a
PERÍODO
D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Baixas estimadas
Feridos leves x x x x x x
Feridos Médios y y y y y y
Feridos Graves z z z z z z
Leitos disponíveis
Nr Leitos F Cte a a a a a a
Nr Leitos Ba Log A b b b b b b
Nr Leitos Ba Log R c c c c c c
Não Não
Comparação Atende Atende Atende Atende
atende atende

2) Necessidade em Evacuação
D-70 D-3 a Da D+30 a D+60 a D+69 a
PERÍODO a D-3 D-1 D+29 D+59 D+68 D+108
NÚMERO DE DIAS 68 03 30 30 09 40
Evacuação para:
Sv Sau da F Cte x x x x x x
Sv Sau da Ba Log Cj y y y y y y
Sv Sau da ZI z z z z z z
Retorno ao Serviço w w w w w w

3) Conclusão
Lançar as conclusões.

7.3. Evacuação de feridos


Necessidade e disponibilidade
7.4. Conclusão sobre a Função Log Saúde
Lançar as conclusões.

(Assinatura)
Nome e Posto
Comandante Operacional

AUTENTICAÇÃO:

LISTA DE DISTRIBUIÇÃO:
n/n
(GRAU DE SIGILO)

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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ANEXO F – COMANDO E CONTROLE PARA OPERAÇÕES CONJUNTAS

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

1.1 Finalidade
Estabelecer conceitos e procedimentos específicos de Comando e Controle (C²) para a
Publicação de Doutrina de Operações Conjuntas.

1.2 Generalidades

1.2.1 Busca orientar o emprego dos meios das Forças para o exercício do Comando e
Controle de forma integrada, desde o planejamento até a condução e o controle da ope-
ração planejada. Apesar de a sinergia entre as Forças ser uma meta a atingir, deve-se
considerar que existem capacidades específicas e peculiaridades de cada Força que são
críticas para o sucesso de uma campanha e que não podem ser replicadas pelas demais.

1.2.2 Dependendo dos aspectos operacionais e da fase da campanha, poderá haver pre-
ponderância de ações de uma determinada força. A história recente demonstra que o em-
prego das Forças Armadas tem variado conforme a estratégia e as condições operacio-
nais, resultado de um planejamento único (conjunto), voltado a otimizar a eficiência do
emprego como um todo.

1.2.3 O alicerce para o emprego conjunto eficaz dos meios de C² é estabelecido pela
Doutrina Militar de Comando e Controle, que serve como base conceitual para os proces-
sos e respectivos procedimentos apresentados neste documento. Os termos “processo” e
“procedimento” são utilizados com o significado comumente empregado na literatura cien-
tífica, onde um procedimento é visto como uma maneira particular de se obter um objetivo
específico, ao passo que um processo é o conjunto de procedimentos encadeados de
forma a se atingir uma meta desejada.

1.2.4 Essa abordagem tem como escopo proporcionar a utilização de metodologias cientí-
ficas de análise organizacional. Desta forma, os processos (foco nas metas) são mapea-
dos e os procedimentos (foco nas ações) são analisados com o propósito de otimizar o
emprego dos recursos disponíveis para se atingir os objetivos primários do emprego das
Forças Armadas, tanto nas ações rotineiras de C² quanto em relação aos procedimentos
a serem efetuados em operações conjuntas das Forças Armadas.

1.3 Aplicação
As idéias apresentadas neste manual têm o objetivo de orientar o exercício da ativida-
de de Comando e Controle nas operações conjuntas. Para tanto, serão apresentados
conceitos que tratam do exercício da autoridade, do processo decisório, da estrutura e do
planejamento de comando e controle. Serão descritas também a constituição básica e as
atribuições da Seção de Comando e Controle do C Op.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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CAPÍTULO II

O COMANDO

2.1 Considerações Iniciais

2.1.1 Em todos os níveis de uma operação, a unidade de comando é o fator fundamental


de sucesso, pois dá a coerência indispensável ao processo de planejamento e à execu-
ção das operações.

2.1.2 Essa necessidade de coerência determina que o comandante tenha a autoridade


para dirigir, controlar e coordenar o conjunto das forças de um ambiente operacional, se-
gundo uma estrutura dependente da composição dessas forças.

2.1.3 O correto entendimento das interações entre os níveis de comando em uma Op Cj é


fundamental para o exercício do comando, considerando-se que os resultados das ações
táticas podem provocar consequências e efeitos operacionais e estratégicos.

2.2 Coordenação das Atividades em um Comando Operacional (C Op)

2.2.1 A coordenação das atividades de um C Op é realizada por meio de uma rotina de


eventos e de tomada de decisão, responsáveis por estabelecer o ritmo de trabalho do
C Op e das F Cte, promover interação entre as seções do Estado-Maior Conjunto (EMCj),
disciplinar os fluxos de informação e aumentar a eficiência dos meios e do pessoal em-
pregados.

2.2.2 Cada evento gera um documento operacional específico. Os documentos produzi-


dos são utilizados pelo comandante para emitir ordens, adquirir e compartilhar Consciên-
cia Situacional ou registrar decisões tomadas pelo C Op. Caso o Cmt Op decida pela a-
doção de eventos não previstos neste manual para gerar documentos operacionais, esses
eventos devem ser detalhados no Anexo de C² ao Plano Operacional.

2.2.3 Cada F Cte possui uma rotina de trabalho diferente, de acordo com a natureza de
suas operações, porém suas atividades devem possuir sincronismo com o C Op, sob pe-
na de não ocorrer a desejada sinergia com as demais F Cte.

2.2.4 Tanto os eventos do EMCj, como os documentos operacionais gerados serão abor-
dados com mais detalhes nos capítulos seguintes, depois de se estabelecer como ocorre
o Planejamento para o C².

2.3 Sincronização da Campanha

2.3.1 Compreende a coordenação e a otimização de esforços dos meios envolvidos, de


acordo com o planejamento da campanha, Ela deve assegurar que todos os esforços se-
rão conduzidos de acordo com as diretrizes e os objetivos determinados pelo Cmt Op. A
sincronização será implementada por meio de eventos de coordenação, abordados no

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Anexo C, 2º Volume.

2.3.2 A responsabilidade pela coordenação da Campanha será do Cmt Op, assessorado


pelo EMCj. O sucesso dessa atividade depende do gerenciamento da informação, dos
sistemas de informação de apoio à decisão e dos enlaces de comunicações proporciona-
dos pela Seção de Comando e Controle (D6) do EMCj.

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CAPÍTULO III

PROCESSO DECISÓRIO

3.1 Considerações Iniciais


O exercício do comando está diretamente relacionado com o processo de tomada de
decisão, por intermédio de ações coordenadas, oportunas e adequadas ao ambiente ope-
racional. Um comandante adquire vantagem significativa quando é capaz de observar,
orientar-se, decidir e agir mais rapidamente e com maior qualidade que seu oponente, isto
é, aplicando de forma eficaz o Ciclo de C².

3.2 Sistemas de Apoio à Decisão

3.2.1 O processo decisório nas operações militares é uma atividade cujos parâmetros
são, em sua maioria, altamente influenciados pela incerteza. Em adição à incerteza, o
processo decisório militar possui características como a complexidade e a premência
temporal que dificultam, mais ainda, a sua execução, caso não possua adequadas ferra-
mentas de apoio. Nesse contexto, à medida que a complexidade e a incerteza aumentam,
a adoção de um processo decisório formal é cada vez mais necessária, como forma de
minimizar o impacto das limitações humanas no trato com a incerteza do combate.

3.2.2 A maioria das metodologias criadas para reger um processo decisório formal segue
um fluxo similar, onde são confrontados objetivos e parâmetros decisórios, quantificados
no que tange à incerteza envolvida e ao seu impacto na consecução dos objetivos. O re-
sultado desse processo formal é uma decisão otimizada em relação ao conhecimento dis-
ponível no momento, aderente com os objetivos e critérios adotados e, devido à formali-
zação, consistente e passível de ser justificada, documentada e rastreada caso necessá-
rio.

3.2.3 No âmbito militar, os sistemas de apoio à decisão permitem que os avanços tecno-
lógicos em diversas áreas, como fusão de dados de múltiplos sensores, algoritmos de
otimização, análise de sensitividade e outros sejam utilizados para garantir decisões opor-
tunas em todas as fases do Ciclo de C². Neste capítulo, alguns desses sistemas são co-
mentados, no intuito de enfatizar a sua importância para a atividade de C².

3.3 Exame de Situação


Durante o exame de situação, detalhado no Anexo C, 2º Volume, o jogo da guerra po-
de ser realizado com o uso ou não de sistemas de Tecnologia da Informação (TI), permi-
tindo confrontar as nossas Linhas de Ação (LA) com as possibilidades do inimigo (Psb I),
em busca de pontos fracos nas comparações anteriores que possam expor o planejamen-
to da operação.

3.4 Gerenciamento de Risco Operacional (GRO)


Provê uma ferramenta adicional para os comandantes e seus subordinados reduzirem
os riscos inerentes às operações, conforme Apêndice XII, ao Anexo C, 2º Volume.

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3.5 Controle da Operação Planejada


É atividade essencial para o pleno exercício do Comando e Controle pelo C Op e está
sendo abordado de forma pormenorizada, detalhando todos os eventos previstos, no A-
nexo C (PPC), 2º Volume.

3.6 Consciência Situacional

3.6.1 Forma-se a partir do compartilhamento de informações entre as seções do EMCj e


destas com as F Cte.

3.6.2 O compartilhamento é realizado por intermédio da estrutura de Inteligência do C Op,


pelos eventos de tomada de decisão, pelos documentos operacionais e pelo acesso com-
partilhado às informações disponibilizadas na rede de C² do C Op.

3.6.3 A estrutura de Inteligência possui mecanismos estabelecidos para coleta, busca,


análise e disseminação de informações sobre o oponente, o terreno e as condições mete-
orológicas, em assessoramento ao Cmt Op. As informações de interesse operacional são
disponibilizadas nos sistemas de informação do SISMC².

3.6.4 Os eventos de coordenação e de tomada de decisão, além de gerarem documentos


operacionais e constituírem fóruns para tomada de decisões, possibilitam que represen-
tantes das diversas seções do EMCj e das F Cte compartilhem entre si informações ine-
rentes às suas respectivas atividades. Esse compartilhamento cria as condições para a
formação da Consciência Situacional, na medida em que intenções, restrições e possibili-
dades de cada área são comunicadas aos demais elementos do C Op.

3.6.5 Os documentos operacionais sincronizam as atividades do C Op. As ordens permi-


tem que cada F Cte adquira Consciência Situacional sobre as atividades das demais For-
ças, além de uma mesma visão sobre a intenção do Cmt Op. Os relatórios servem para
que o C Op conheça o resultado das ordens emitidas e possa dar continuidade ao Ciclo
de C².

3.6.6 A rede de C² possibilita que as informações sejam compartilhadas em formato ele-


trônico, em tempo real. Os sistemas de informação conectados à rede de C² processam
as informações, permitindo sua visualização simultânea por todos os elementos do C Op.
A rede de C² também permite que as informações produzidas por um elemento do C Op
sejam disponibilizadas em centros de dados e acessadas por outros elementos conecta-
dos, sempre que necessário. Os sistemas de informação devem possuir, ainda, ferramen-
tas de intercâmbio de mensagens de texto livre e de videoconferência.

3.7 Sumário Diário de Situação

3.7.1 É o produto do Exame de Situação Continuado realizado pelas seções do EMCj, as


quais o elaboram e apresentam na Reunião Diária de Situação. Deve conter um resumo
da execução das operações planejadas e coordenadas pelo C Op, visando relatar ao
Min Def, por intermédio do EMCFA, quando determinado, e compartilhar com as F Cte e
C Log informações sobre a evolução da operação e os possíveis óbices para o cumpri-
mento da missão. O modelo do Sumário Diário de Situação está descrito no Apêndice

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XVI, ao Anexo C, 2º Volume.

3.7.2 Deve contribuir para o entendimento e o acompanhamento das ações e ocorrências


inseridas nos sistemas de informação e deverá, de forma sucinta, propiciar uma idéia de
manobra das principais ações ocorridas no dia considerado.

3.7.3 O Sumário Diário de Situação inclui a abordagem de informações relevantes para o


Comandante Operacional, e relata as atividades de cada seção do EMCj. O documento
deve ser simples e objetivo, se possível apresentado de forma automática em sistemas de
apoio à decisão, evitando-se narrativas com detalhamentos não-operacionais e que pos-
sam constar de relatórios finais.

3.8 Visualização do Ambiente Operacional

3.8.1 É visualizado por intermédio de recursos cartográficos e de produtos de sensoria-


mento remoto (imagens, etc.), digitalizados ou não. A visualização digitalizada será pro-
duzida por sistemas do Centro de Comando e Controle do Ministério da Defesa (CC²MD),
mais especificamente no Centro de Inteligência Operacional (CIOp) e compartilhada com
o C Op, F Cte e C Log.

3.8.2 Cada C Op, suas F Cte e C Log necessitam de requisitos de visualização particula-
rizados às suas especificidades, para o acompanhamento de seus meios de combate e
necessidades de Inteligência. O acompanhamento dos meios fica a cargo de cada força.

3.8.3 A visualização de informações é efetivada por intermédio de um sistema de informa-


ção gerenciado pelo CC²MD, que disponibiliza terminais de acesso e de visualização no
C Op, nas F Cte, no C Log e nos CC² de cada Força.

3.8.4 As informações visualizadas no CC²MD são provenientes do EMCFA, de cada Força


Singular, de outras instituições e de cada C Op, suas F Cte e C Log. Essas informações
devem refletir o estado e a posição dos meios de combate dentro de um horizonte de
tempo que permita o acompanhamento da operação pelo CC²MD e não devem apresen-
tar detalhes táticos de manobra.

3.9 Gerenciamento da Informação

3.9.1 Considerações Iniciais

3.9.1.1 Compreende obtenção, armazenamento, acesso, processamento, disseminação,


apresentação e eventual reutilização da informação. Sem ele, pode ocorrer perda de in-
formação crítica, sobrecarga de informações desnecessárias e, eventualmente, permitir
falha na Segurança da Informação.

3.9.1.2 A natureza e a amplitude de uma operação exercem impacto significativo na quan-


tidade de informação e nos sistemas e procedimentos necessários para gerenciá-la, bem
como no dimensionamento da estrutura de C² requerida. Durante a fase de planejamento,
torna-se essencial desenvolver uma estratégia para gerenciar a informação, a fim de via-
bilizar o desdobramento dos meios requeridos para o apoio à Campanha.

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3.9.1.3 A informação chega ao C Op por meio de sistemas de informação, de documentos


em mídias diversas e de relatos verbais. Todos os integrantes do C Op devem garantir
que qualquer informação recebida tenha o tratamento adequado e seja encaminhada a
tempo para o destinatário correto, respeitando os procedimentos de Segurança da Infor-
mação.

3.9.2 Processamento da informação e de documentos operacionais

3.9.2.1 Começa a ser visualizado (estabelecido) durante a fase do planejamento da Cam-


panha. Para tanto, deverão ser levantadas as necessidades de ligação do C Op, identifi-
cando as prioridades e os meios existentes.

3.9.2.2 A organização do fluxo da informação e dos documentos operacionais baseia-se


no estabelecimento da rotina do C Op, a qual define a sequência de eventos de coorde-
nação e de tomada de decisão.

3.9.2.3 Os documentos operacionais processados, independentemente de sua origem ou


destino, devem ser registrados e controlados.

3.9.2.4 Durante o planejamento, por intermédio da Matriz de Processamento da Informa-


ção, constante do Adendo 7 (Anexo de Comando e Controle ao Plano Operacional) do
Apêndice XIV do Anexo C, ao Anexo C, 2º Volume, o D6 terá uma estimativa do fluxo de
informações, o que facilitará seu trabalho no que concerne à arquitetura do sistema de
comando e controle a ser estabelecido em proveito do C Op.

3.9.3 Matriz de Processamento da Informação

3.9.3.1 Tem por propósito mapear os expedidores e destinatários da informação a ser dis-
seminada no Sistema C² C Op, o que facilita a avaliação do volume de tráfego entre os
centros e a adequação da arquitetura às necessidades levantadas.

3.9.3.2 A responsabilidade pela montagem da matriz é da D6.

3.9.4 Instrução para Exploração das Comunicações e Eletrônica- IEComElt

3.9.4.1 Principal publicação sobre a exploração dos procedimentos de Comunicações e


de Eletrônica utilizados pelo Comando Operacional.

3.9.4.2. Trata-se de uma Instrução que deve ser classificada com o mesmo grau de sigilo
do Plano Operacional, sendo redigida por ocasião da confecção do mesmo.

3.9.4.2 Não existe uma padronização especial para a elaboração da IEComElt, porém,
sugere-se seguir o formato existente no Adendo 7 (Anexo de Comando e Controle ao
Plano Operacional) do Apêndice XIV do Anexo C, no 2º Volume.

3.9.4.3. Deve ser um Apêndice do Anexo de C2 ao Plano Operacional.

3.9.5 Mensagem Operacional

3.9.5.1 É o instrumento oficial de emissão de ordens, relatórios e qualquer outra informa-

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ção do SISMC² que necessite ser transmitida em formato de texto. Deve ser empregada
entre os CC² e, quando conveniente, pelas F Cte, respeitadas as respectivas peculiarida-
des e doutrinas.

3.9.5..2 O formato da mensagem deve seguir o prescrito Adendo 7 (Anexo de Comando e


Controle ao Plano Operacional) do Apêndice XIV do Anexo C, no 2º Volume, independen-
te de ser transmitida por escrito, em formato digital ou por fonia.

3.9.5.3 Em programas de correio eletrônico, a Mensagem Operacional pode ser o próprio


corpo da mensagem eletrônica, desde que autenticada digitalmente, ou um documento
anexado.

3.10 Segurança da Informação


Os procedimentos serão estabelecidos pelo C Op, em conformidade com as diretrizes
do EMCFA.

3.10.1 Oficial de Segurança da Informação

3.10.1.1 O C Op deve ter, em sua estrutura, um Oficial de Segurança da Informação, su-


bordinado à D6 e trabalhando em estreita coordenação com a D2 do EMCj.

3.10.1.2 Cada F Cte deve indicar um Oficial de Segurança da Informação, responsável


pelos seus respectivos sistemas de informação.

3.10.2 Instrução de Segurança da Informação do C Op

3.10.2.1 O propósito é definir procedimentos que garantam o atendimento aos requisitos


básicos de Segurança da Informação no âmbito do C Op. A Instrução deve possuir grau
de sigilo ostensivo para que todos os usuários tenham acesso e pleno conhecimento das
ações de planejamento e procedimentos nela contidos.

3.10.2.2 Deve ser redigida em comum acordo com a D2 e revisada regularmente a fim de
evitar a ocorrência de falhas no sistema de segurança dos sistemas de informação. Deve
conter os seguintes campos:
a) objetivos;
b) responsabilidades dos oficiais de segurança da informação;
c) responsabilidades individuais sobre informações sigilosas;
d) componentes críticos do sistema;
e) documentos de Segurança da Informação;
f) procedimentos de Segurança da Informação; e
g) segurança física da informação.

3.10.2.3 O Oficial de Segurança da Informação do C Op tem por atribuições:


a) elaborar, divulgar e fiscalizar o cumprimento da Instrução de Segurança da In-
formação;
b) elaborar e cumprir o Plano de Adestramento de Segurança da Informação do
C Op;
c) assessorar o Cmt Op nos assuntos de Segurança da Informação;
d) propor, analisar e verificar se os requisitos de Segurança da Informação estão

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sendo cumpridos;
e) identificar os integrantes do sistema que necessitem de proteção, de acordo com
o grau de sigilo da informação por eles processada ou armazenada;
f) assessorar a D2 na elaboração do Plano de Segurança Orgânico;
g) reportar ao Cmt Op e aos demais Oficiais de Segurança da Informação do
SISMC², após uma avaliação preliminar, os incidentes de Segurança da Informação;
h) controlar as autorizações para o acesso de usuários aos sistemas de informação
do SISMC²;
i) supervisionar a elaboração, o controle e a manutenção do histórico dos sistemas
utilizados;
j) analisar o impacto da descontinuidade dos serviços e suas consequências para o
C Op, elaborando e testando um Plano de Contingência;
k) exigir do pessoal externo ao C Op, autorizado a executar serviços no SISMC², a
assinatura de um Termo de Responsabilidade e o cumprimento das regras estabelecidas
para guarda e proteção do sigilo das informações que possa ter acesso;
l) empenhar-se para que os serviços (instalações, manutenções ou correções), se-
jam feitos sem afetar a Segurança da Informação; e
m) fazer o possível para que todos os usuários estejam cientes das instruções em
vigor para a Segurança da Informação, por meio da assinatura do Termo de Responsabi-
lidade.

3.10.2.4 A Segurança da Informação tem sua base nas responsabilidades individuais dos
usuários dos recursos computacionais de C2 do C Op e das F Cte. Dessa forma, todos os
envolvidos têm responsabilidades em relação às informações sigilosas, durante a utiliza-
ção de equipamentos integrados à Rede de C2, somente sendo autorizados a acessar
Sistemas de C2 após tomar ciência destas Instruções. As principais responsabilidades
individuais são as seguintes:
a) tratar as informações como patrimônio e preservar o seu sigilo;
b) utilizar as informações disponibilizadas nas Redes de C 2 e seus sistemas com-
putacionais exclusivamente para o interesse do cumprimento da missão;
d) não compartilhar o uso de senha com outros usuários;
e) não se fazer passar por outro usuário usando a identificação de acesso (login) e
senha de terceiros;
f) não alterar ou divulgar o endereço de rede ou qualquer outro dado de identifica-
ção de um recurso computacional de C2 ;
g) utilizar em seus recursos computacionais de C2 somente programas permitidos;
h) guardar segredo das suas autenticações de acesso (senhas), não transferindo,
divulgando ou permitindo o seu conhecimento por terceiros;
i) não utilizar no acesso a recursos computacionais de C2 senha com seqüência fá-
cil ou óbvia de caracteres que facilite a sua descoberta, nem escrevê-la em lugares visí-
veis ou de fácil acesso;
j) utilizar, ao se afastar momentaneamente de recursos computacionais de C 2, des-
canso de tela (screen saver) protegido por senha ou bloqueio da área de trabalho;
k) ao se ausentar de um recurso computacional de C2 por período longo, certificar-
se de que a sessão aberta no ambiente computacional com sua identificação foi fechada
e que as informações sigilosas foram adequadamente salvaguardadas;
l) seguir as orientações da área técnica relativas à instalação, à manutenção e ao
uso adequado dos equipamentos, sistemas e programas de C2;

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m) comunicar, imediatamente, ao seu superior hierárquico e ao Oficial de Seguran-


ça da Informação do C Op e das F Cte, a ocorrência de qualquer evento que implique
ameaça ou impedimento de cumprir os procedimentos de Segurança estabelecidos;
n) não transferir qualquer tipo de arquivo referente à Operação para local alheio à
sua condução, seja por meio magnético ou não, exceto no interesse do serviço e median-
te autorização da autoridade competente;
o) estar ciente de que o processamento, o trâmite e o armazenamento de arquivos,
que não sejam de interesse do serviço, são expressamente proibidos no ambiente compu-
tacional de C2;
p) estar ciente de que os arquivos e correspondências em trâmite ou armazenados
nos equipamentos do ambiente computacional de C2 podem ser auditados a qualquer
momento; e
q) estar ciente de que o correio eletrônico, quando utilizado em apoio ao sistema de
2
C , tem seu uso prioritário para o interesse da operação.

3.10.2.5 No ambiente computacional de C2 integrado, alguns recursos e equipamentos


são considerados críticos em relação a riscos de segurança, pois suas vulnerabilidades
afetam diretamente os requisitos básicos de segurança e disponibilidade exigidos por um
Sistema de C2. Os principais componentes críticos são: estações de trabalho, equipamen-
tos portáteis, equipamentos servidores, roteadores, meios físicos de redes, sistemas de
armazenamento de informações (discos rígidos e outras mídias), sistemas de cópias de
segurança (backup), instalações elétricas, sistemas de refrigeração, sistemas de combate
a incêndio, sistemas de controle de acesso físico e outros sistemas ou recursos das áreas
que abrigam equipamentos computacionais que fazem parte da Rede de C 2.De acordo
com a sua importância para o Sistema, cada componente crítico ou grupo de componen-
tes com características semelhantes pode ser classificado nos seguintes níveis:
a) NÍVEL1: componentes críticos de alta importância, isto é, aqueles que, quando
atingidos, interrompem ou degradam severamente o funcionamento da Rede de C 2 ou
tornam expostas informações sigilosas, causando prejuízo por comprometimento do as-
sunto sigiloso;
b) NÍVEL2: componentes críticos de média importância, isto é, aqueles que, quan-
do atingidos, degradam apenas superficialmente o funcionamento da Rede de C 2 e tor-
nam expostas informações sigilosas, causando prejuízo por comprometimento do assunto
sigiloso; e
c) -NIVEL3: componentes críticos de baixa importância, isto é, aqueles que quando
atingidos não causam prejuízo direto ao funcionamento da Rede de C 2, mas requerem
atenção, pois podem comprometer outros componentes de nível de importância superior.
Os recursos classificados como Nível 1 devem ser claramente identificados.

3.10.2.6. Os procedimentos de segurança compreendem todos aqueles colocados em


prática para impedir a obtenção não autorizada das informações quando estas estiverem
trafegando na Rede de C2 e suas conexões. São relacionados a seguir os procedimentos
a serem adotados pelo C Op e pelas F Cte.

3.10.2.6.1 Segurança Lógica dos Equipamentos Servidores


As vulnerabilidades lógicas normalmente encontradas nos equipamentos servido-
res são inerentes aos protocolos utilizados e à configuração implementada, decorrentes
da falta de atualização dos programas ou pela não instalação de correções disponibiliza-
das pelos fabricantes ou distribuidores dos sistemas operacionais e dos aplicativos em
uso. Para mitigar essas vulnerabilidades, recomenda-se a instalação das versões mais

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atualizadas dos programas existentes nos servidores, bem como de todas as correções
disponibilizadas. Adicionalmente, recomenda-se desabilitar todos os serviços não neces-
sários, observando o princípio do menor privilégio, que preconiza que nenhum serviço
deve estar disponível a não ser que seja realmente necessário, devendo ser desinstala-
dos todos os programas e aplicativos desnecessários e fechadas todas as portas lógicas
não utilizadas.

3.10.2.6.2 Acesso Remoto à Configuração dos Equipamentos Servidores


Os terminais de acesso remoto permitem a configuração dos equipamentos servi-
dores remotamente, sem o acesso físico à máquina. Por segurança, esses terminais de
acesso remoto devem permanecer sempre desabilitados. No caso da eventual necessi-
dade de se utilizar os terminais de acesso remoto, eles deverão ser habilitados somente
no período em que efetivamente for efetuada a configuração ou o reparo à distância, com
a utilização de senha de acesso e protocolos seguros, baseados em criptografia.

3.10.2.6.3 Segurança Lógica dos Dispositivos de Conectividade


Os dispositivos de conectividade da Rede de C2 possuem grande parte de sua
segurança lógica amparada na configuração do equipamento. No entanto, esses disposi-
tivos vêm de fábrica com configurações padrões (incluindo as senhas de acesso) e de
conhecimento irrestrito. Esse fato é amplamente explorado por atacantes, que conhecem
as senhas padrões de fábrica e as vulnerabilidades das configurações não seguras. Tor-
na-se necessário, portanto, que os equipamentos de conectividade utilizados nas Redes
de C2 tenham uma configuração segura, diferente da original de fábrica. Suas senhas de-
vem ser alteradas periodicamente, utilizando doze (12) ou mais caracteres, letras minús-
culas, letras maiúsculas, números e caracteres especiais.

3.10.2.6.4 Proteção das Informações Armazenadas em Microcomputadores


Por corresponder ao tipo de equipamento em maior quantidade no conjunto dos
existentes em uma Rede de C2, os microcomputadores – portáteis ou não - requerem
maior atenção em relação à segurança e, neste caso, a maior vulnerabilidade está no
próprio usuário. Para minimizar essas vulnerabilidades, as seguintes normas de seguran-
ça devem ser disseminadas para cumprimento por todos os usuários da Rede de C 2:
a) cada máquina deverá ter uma senha de configuração (setup), de conhecimento
exclusivo, a fim de evitar que qualquer pessoa não autorizada altere a configuração da
máquina;
b) cada máquina deverá ter uma senha de inicialização (boot), de conhecimento
exclusivo do usuário da máquina, a fim de evitar que outras pessoas acessem o disco
rígido;
c) a entrada e a saída de qualquer dispositivo que possa armazenar informações
digitais, tais como microcomputadores (de mesa ou portáteis), discos rígidos, disquetes,
CD-ROM, etc., dos locais onde se encontram, deve ser controlada e reduzida;
d) a manutenção individual (efetuada pelo respectivo usuário) de cópia de segu-
rança das informações digitais armazenadas nas estações de trabalho deve ser realizada
periodicamente;
e) as informações digitais sigilosas deverão ser mantidas em disco rígido de for-
ma criptografada, utilizando os recursos criptológicos autorizados; e
f) Os discos rígidos dos microcomputadores, que necessitem de assistência técni-
ca, devem ser retirados e guardados em local apropriado, até que o computador retorne
do fornecedor/assistência. Caso o problema seja no HD, o mesmo deverá ser formatado
por meio de uma ferramenta do tipo "Wipe", antes de ser entregue a uma firma.

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3.10.2.6.5 Regras Básicas para o Uso de Senhas


Toda e qualquer senha é sempre individual e intransferível, devendo seu respon-
sável:
a) nunca compartilhá-la;
b) não utilizar seqüência fácil ou óbvia de caracteres, que facilite a sua desco-
berta;
c) não utilizar palavras existentes em dicionários;
d) utilizar aleatoriamente letras minúsculas, maiúsculas, números e caracteres
especiais;
e) não escrevê-la em lugares visíveis, de fácil acesso, ou em claro;
f) proceder às devidas precauções para mantê-la em sigilo;
g) cumprir a política de tempo de validade de senhas que estiver em vigor; e
h) estabelecer um tempo mínimo para a troca de senhas. O usuário ao receber
um recurso computacional ou um acesso a um sistema deverá ser alertado para efetuar
imediatamente a troca da senha inicial.

3.10.2.6.6 Uso de Antivírus e outros Programas de Proteção Individual


A utilização de programas antivírus e outras ferramentas de proteção nos micro-
computadores conectados às Redes de C2 deve ser constante e ininterrupta, pois, no ca-
so de utilização dos enlaces de contingência, uma parte da conectividade poderá vir a ser
provida pela Internet. Devido ao caráter dinâmico dos vírus de computador e outras ame-
aças, a atualização dos programas de proteção deve ser feita sempre que necessário. É
importante atentar que o uso indevido ou a configuração incorreta desses programas po-
de causar uma falsa impressão de segurança e facilitar determinados tipos de ataque.

3.10.2.6.7 Compartilhamento de Arquivos e Diretórios


A configuração e a disponibilização de discos, diretórios ou arquivos por comparti-
lhamento nas estações de trabalho conectadas às Redes de C 2 devem ser evitadas ao
máximo. Mesmo que esse compartilhamento esteja protegido por senha, em virtude de
vulnerabilidades existentes, eles representam uma grave limitação à segurança da infor-
mação.
O compartilhamento de arquivos deve ser realizado através dos servidores.

3.10.2.6.8 Cópias de Segurança


As cópias de segurança (backup) servem para restabelecer a condição anterior,
ou a mais próxima disso, quando a integridade das informações digitais houver sido afe-
tada. No caso de uma Rede de C2, a rapidez e agilidade de restabelecimento dessa con-
dição são fundamentais. Estas cópias devem ser gravadas em mídias específicas e ar-
mazenadas de acordo com o estabelecido nas normas existentes. Em relação às infor-
mações digitais armazenadas nos equipamentos servidores do Sistema SIPLOM, reco-
menda-se que a periodicidade de realização das cópias de segurança siga as orientações
mínimas abaixo apresentadas:
a) realizar 1 (uma) cópia parcial (apenas das informações digitais alteradas) 2 ve-
zes por dia e manter as cópias parciais devidamente identificadas durante todo o período
da operação;
b) realizar 1 (uma) cópia completa diariamente e manter as cópias completas diá-
rias durante todo o período da operação;
c) verificar periodicamente a integridade das cópias de segurança, efetuando tes-
tes de recuperação de informações digitais armazenadas; e

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d) manter um controle da elaboração de cópias de segurança e dos respectivos


testes de recuperação.

3.10.2.6.9 Local de Guarda das Cópias de Segurança dos Equipamentos Servidores


As cópias de segurança dos equipamentos servidores da Rede de C2 devem ser
guardadas em local controlado. Para maior segurança das informações, este local deverá
estar, sempre que possível, afastado do equipamento servidor do qual foi feita a respecti-
va cópia de segurança. Os compartimentos utilizados para armazenar as cópias de segu-
rança devem ter proteção contra incêndio, alagamento e outras julgadas necessárias.
O tratamento descrito neste item também se aplica à guarda da cópia de segu-
rança realizada pelos usuários e descrita na alínea d, do item 6.4, ou seja, dependendo
da informação para a qual tenha sido feita cópia de segurança pelo usuário, a mídia deve
ter o tratamento adequado à informação armazenada.

3.10.2.6.10 Grau de Sigilo das Cópias de Segurança


As cópias de segurança têm o mesmo grau de sigilo das informações que arma-
zenam e, por isso, devem ser protegidas pelas medidas de segurança correspondentes.

3.10.2.6.11 Monitoramento do Volume de Tráfego de Dados


Deve ser efetuado o contínuo monitoramento do volume de tráfego de dados da
Rede de C2. Este tipo de monitoramento é imprescindível para as seguintes atividades:
a) controle e gerenciamento do uso da rede;
b) prevenção e controle de congestionamentos, ataques por vírus e outras amea-
ças;
c) avaliação da capacidade instalada da rede; e
d) planejamento de eventuais necessidades de ampliação.

3.10.2.6.12 Enlaces Afastados


No caso dos enlaces entre estações afastadas, deverão ser adotadas as devidas
medidas de proteção às informações que neles trafegam. Quando os enlaces não forem
controlados pelas Forças, como no caso dos enlaces contratados de companhias telefôni-
cas e na utilização de Internet comercial, é ideal que, além dos dados classificados trafe-
garem criptografados, sejam estabelecidas Redes Privadas Virtuais (VPN) visando mitigar
interceptações.

3.10.2.6.13 Segurança Criptológica


A segurança criptológica consiste no emprego de processos de codificação ou ci-
fração para alterar o conteúdo original da informação, de modo a torná-lo incompreensível
quando examinado sem o uso dos mesmos códigos ou cifras. As informações sigilosas
devem trafegar e ser armazenadas cifradas, utilizando os recursos criptológicos em vigor
para a Operação. É vedada a utilização de quaisquer dispositivos criptológicos que não os
previamente autorizados nesta Instrução, com exceção dos autorizados por cada Força
Singular para utilização interna, que podem ser utilizados para troca de dados, quando
essas se restringirem a uma única Força.

3.10.2.6.14 Mentalidade de Segurança


O esforço para as atividades de Segurança da Informação deve ser de todos e
não somente do pessoal diretamente envolvido com os equipamentos de C 2. O fator mais
importante é a existência de uma mentalidade de segurança incutida em todo o pessoal.
Pouco adiantará o estabelecimento de rigorosas medidas de segurança, se o pessoal

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responsável pela sua aplicação não tiver delas perfeita consciência. Para obter essa men-
talidade, o C Op e as F Cte devem programar palestras, adestramentos e outras ativida-
des cabíveis, englobando normas e procedimentos afetos ao assunto.

3.10.2.7. A Segurança Física corresponde a todos os procedimentos e dispositivos utiliza-


dos para assegurar a integridade física dos componentes críticos da Rede de C 2. Concor-
rem diretamente para a sua consecução os conjuntos de medidas de Segurança dos Re-
cursos Humanos, Documentação, Material e das Áreas.
Com relação à Segurança dos Recursos Humanos, ressalta-se a importância do
fiel cumprimento das medidas voltadas para o pessoal, a fim de assegurar comportamen-
tos adequados à salvaguarda de conhecimentos sigilosos. Convém ressaltar que, histori-
camente, as maiores vulnerabilidades de segurança da informação são as causadas por
falha humana.
No que diz respeito à Segurança do Material, devem ser utilizados perímetros de
segurança para proteger áreas que contenham componentes críticos dos Sistemas de C2.
Deve ser elaborado um Termo de Responsabilidade para os usuários dos recur-
sos computacionais, com o extrato dos deveres e responsabilidades, que tem a finalidade
de servir de reforço, através da certeza da ciência formal do pleno conhecimento da nor-
ma.
a) Perímetro de Segurança
Um perímetro de segurança é uma separação física que estabelece uma bar-
reira de proteção (por exemplo: paredes, salas, cofres, etc.), cujas entradas possuem con-
trole de acesso ou são vigiadas por pessoal (ou ambos). Cada uma dessas barreiras re-
presenta um perímetro ou camada física de segurança que melhora a proteção total. Os
perímetros de segurança dos componentes críticos de C2 devem ser claramente definidos
e demarcados. O acesso físico a cada perímetro de segurança, que contenha componen-
tes críticos, necessita ser controlado e restrito ao pessoal estritamente necessário à sua
operação. A entrada ou a saída do perímetro de segurança de qualquer outro dispositivo
armazenador de informações digitais deve ser coibida, controlada e registrada.
b) Segurança Física dos Componentes Nível 1
Os locais de guarda dos componentes críticos de Nível 1 devem possuir segu-
rança física compatível. Recomenda-se, para tanto, reforçar a segurança física desses
locais, estabelecendo mecanismos de controle de entrada e saída do pessoal. Além dis-
so, todo equipamento servidor deve utilizar, permanentemente, descanso de tela (screen
saver) protegido por senha forte.
c) Segurança Física dos Dispositivos de Conectividade
Os roteadores, hubs, switches, radio-enlaces e os modems são elementos ati-
vos de conectividade. O contato com um equipamento deste tipo, além de permitir um
acesso indevido à Rede de C2, pode possibilitar a manipulação imperceptível (cópia, alte-
ração, inserção ou destruição) das mensagens que ali trafegam. Assim, recomenda-se:
- proteger todos os equipamentos de conectividade, utilizando gabinetes
com chave e lacre;
- proteger os estabilizadores elétricos dos equipamentos de conectividade;
- estabelecer controle rígido das chaves e dos lacres dos gabinetes de pro-
teção dos equipamentos de conectividade; e
- reforçar a segurança física de compartimentos não-guarnecidos que conte-
nham equipamentos de conectividade.

d) Proteção da Alimentação Elétrica dos Equipamentos

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A alimentação elétrica dos equipamentos também requer cuidados, pois sua fa-
lha pode impactar no requisito básico de disponibilidade. Para tal, é desejável que todos
os componentes críticos estejam protegidos por fontes estabilizadas e sistemas de ali-
mentação em emergência (nobreaks). Caso não seja possível a implementação dessas
proteções em todos os equipamentos, pelo menos os de Nível 1 devem possuir proteções
contra falhas de alimentação elétrica, como redundância de alimentação e circuitos de
contingência se aplicável.

3.10.2.8 A Instrução de Segurança da Informação deve ser um Apêndice do Anexo de C 2


ao Plano Operacional

3.10.3 Plano de Contingência de C²

3.10.3.1 Tem por propósito salvaguardar a continuidade operacional dos sistemas de in-
formação empregados na operação e a plena recuperação das informações em caso de
qualquer incidente de Segurança da Informação.

3.10.3.2 O Plano de Contingência de C² é elaborado e revisto pelo Oficial de Segurança


da Informação do C Op o qual o ativará, a título de adestramento, sempre que algum fato
anormal impeça ou afete a operação de algum componente crítico de sistema ou que uma
sucessão de eventos coloque em risco processos ou informações do SISMC².

3.10.3.3 O Plano de Contingência de C² deve conter os seguintes campos:


a) objetivo;
b) abrangência;
c) lista de riscos; e
d) procedimentos.

3.10.3.4 Nos procedimentos de contingência deve constar o seguinte:


a) identificação e correção de danos nos CC² e nas informações, a partir da notifi-
cação e análise dos incidentes detectados.
b) limitação dos desastres e danos, identificados de acordo com o nível de impor-
tância dos CC² atingidos, para impedir sua propagação.
c) manutenção e restauração das informações a partir das cópias de segurança.
d) registro de danos causados ao sistema e análise das possíveis causas.
e) mecanismos para relatar incidentes.
f) estabelecimento de CC² Alternativos do C Op e das F Cte.

3.10.3.5 O Plano de Contingência de C2 deve ser um Apêndice do Anexo de C2 ao Plano


Operacional

3.10.4 Termo de Responsabilidade


Formaliza a ciência individual das responsabilidades sobre a segurança da informa-
ção. O usuário do C Op somente estará autorizado a acessar um sistema de informação
após a assinatura desse Termo. Assim, o usuário toma, formalmente, conhecimento de
sua responsabilidade pelas consequências decorrentes do descumprimento de regras e
da legislação vigente.

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CAPÍTULO IV

ESTRUTURA DE COMANDO E CONTROLE

4.1 Considerações Iniciais

4.1.1 É composta por pessoal, equipamentos, doutrina e tecnologia. Isso inclui toda a in-
fraestrutura, organização e componentes que coletam, processam, armazenam, transmi-
tem, apresentam e disseminam a informação.

4.1.2 O SISMC² é a base da estrutura de C² para apoio às Operações Militares, utilizando-


se dos centros de comando e controle permanentes e temporários ativados, os quais são
interligados, fundamentalmente, por intermédio dos meios do Sistema de Comunicações
Militares por Satélites (SISCOMIS).

4.1.3 A Figura 8 apresenta os Centros de Comando e Controle do SISMC².

FIGURA 8

4.1.4 Quando da ativação de um C Op, a estrutura de comando e controle já existente é


ampliada para apoiá-lo. Neste caso, poderão ser empregados outros meios de C², tais
como: Terminais Transportáveis (TT), Terminais Móveis Navais (MN), Terminais Leves
(TL), Terminais Rebocáveis (TR) e redes das Forças. Adicionalmente, e em situações de
contingência, poderão ser empregados meios de comunicações civis, desde que provida

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a adequada segurança da informação.

4.1.5 Além dos meios de comunicações arrolados acima, O SISMC² fornece uma ampla
variedade de sistemas e serviços de C² em apoio ao C Op, entre os quais se destacam:
a) Rede Operacional de Defesa;
b) voz sobre IP (VoIP);
c) correio eletrônico operacional;
d) serviço de transferência de arquivos (FTP);
e) rede privada virtual (VPN);
f) acesso às redes internas de comunicações e de dados das FA;
g) acesso seguro à Internet;
h) videoconferência; e
i) sistemas de apoio à decisão.

4.2 Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS)

4.2.1 É o principal meio de comunicações do SISMC². Compreende um conjunto de facili-


dades de telecomunicações com o propósito de prover comunicações estratégicas aos
órgãos integrantes da Estrutura Militar de Defesa. É apoiado por uma infraestrutura logís-
tica, que lhe assegura a eficácia quanto ao desempenho, emprego, confiabilidade e dis-
ponibilidade.

4.2.2 A rede de comunicações do SISCOMIS possui enlaces de longa distância e redes


metropolitanas.

4.2.3 Enlaces de longa distância


Constituídos:
– por fibra ótica: interligam os centros metropolitanos pertencentes ao SISCOMIS;
e
– em banda X e Ku: interligam terminais satelitais (TT, MN, TL ou TR) às redes me-
tropolitanas via estações terrenas.

4.2.4 Redes metropolitanas


Constituídos por:
– fibra ótica: interligam os usuários do SISCOMIS em uma mesma cidade ou área;
e
– rádios analógicos ou digitais – interligam pontos específicos em uma mesma ci-
dade ou área.

4.3 Redes das Forças


As redes internas de comunicações de dados das três Forças (RECIM, EBNET e
INTRAER), assim como os respectivos segmentos por voz (RETELMA, RITEX e RTCAer)
são interconectáveis, por intermédio do SISCOMIS e, dessa forma, integram o SISMC².
Devem, portanto, ser exploradas no que for de interesse da estrutura de C² a ser estabe-
lecida.

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4.4 Interoperabilidade

4.4.1 Os sistemas de informação que compõem o SISMC² devem buscar a interoperabili-


dade, provendo capacidade aos sistemas, unidades ou forças de intercambiarem serviços
ou informações, ou aceitá-los de outros sistemas, unidades ou forças e, também, de em-
pregar esses serviços ou informações, sem o comprometimento de suas funcionalidades,
conforme estabelecido pela Doutrina Militar de Comando e Controle.

4.4.2 Nesse sentido, o MD deverá coordenar e orientar as ações pertinentes para o atin-
gimento da interoperabilidade entre as FA, como preconizado na Estratégia Nacional de
Defesa.

4.4.3 As FA, por sua vez, devem buscar a adequação de seus sistemas de C² para o em-
prego em operações conjuntas, isto é, obter a capacidade de integrar os Sistemas C² das
forças adjudicadas ao C Op ao sistemas C² daquele Comando.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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CAPÍTULO V

PLANEJAMENTO PARA O COMANDO E CONTROLE

5.1 Considerações Iniciais


Tem por finalidade viabilizar a ativação da estrutura de C² de um C Op, organizar e ge-
renciar a operação dos Sistemas de Tecnologia da Informação (TI), bem como estabele-
cer parâmetros e uniformizar a condução dos processos de C². Divide-se em cinco gran-
des etapas, conduzidas sequencialmente, dentro do Processo de Planejamento Conjunto
(PPC), enunciadas a seguir:
a) análise de C² do exame de situação operacional;
b) análise da informação;
c) análise de interoperabilidade;
d) análise de capacidades e limitações; e
e) alocação de recursos.

5.2 Análise de C² do Exame de Situação Operacional

5.2.1 O estabelecimento de uma infraestrutura de C² para a Op Cj é uma tarefa complexa,


pois envolve a necessidade de conciliar as demandas operacionais e logísticas, muitas
vezes conflitantes entre si. Os sistemas de comunicações geralmente são limitados, com
o número de canais ou largura de banda insuficientes para atender a todas as necessida-
des. A quantidade de meios de vigilância e sensoriamento também é limitada, exigindo o
estabelecimento de prioridades no cumprimento de ações específicas. O mesmo ocorre
com os demais recursos e equipamentos disponibilizados para uma operação militar. O
desafio de quem planeja a atividade de C² deve ser o de coordenar o uso desses limita-
dos recursos, de maneira a atender às necessidades do Cmt Op no cumprimento de sua
missão.

5.2.2 A Análise de C², conforme Apêndice VI, ao Anexo C, 2º Volume, prevê que sejam
observados “aspectos relevantes” para a atividade de C². Da análise desses fatores, ob-
tém-se os requisitos que o sistema deve possuir, o dimensionamento dos enlaces de co-
municações e dos meios a serem alocados ao C Op e a forma como os processos de C²
serão particularizados para a Operação.

5.3 Análise da Informação

5.3.1 Nesta etapa, os elementos a serem conectados à estrutura de C² do C Op devem


ser identificados e colocados em uma matriz, juntamente com as informações que serão
tramitadas, agrupadas segundo critérios pré-estabelecidos.

5.3.2 Como os atuais recursos tecnológicos possibilitam grande produção e tráfego de


dados e, ao mesmo tempo, existem limitações nos enlaces de comunicações que trans-
portam esses dados, o mapeamento de informações deve atender aos seguintes propósi-
tos:
a) identificar os elementos a serem conectados na rede, as informações a serem

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tramitadas pela rede, os responsáveis por gerar e receber cada informação trafegada e as
limitações nos enlaces de comunicações;
b) analisar o volume de tráfego; e
c) estabelecer: os canais de comunicações adequados; e as prioridades para o trâ-
mite das informações.

5.3.3 As informações que devam ser disponibilizadas a todos os usuários simultaneamen-


te devem ser analisadas em separado, a fim de evitar sobrecarga de tráfego na rede C².

5.4 Análise de Interoperabilidade

5.4.1 Uma vez que os requisitos de informações tenham sido levantados e os seus res-
pectivos usuários identificados, o planejador deve passar a dedicar-se a questões técni-
cas, como protocolos, especificação de dados e formatos.

5.4.2 A interoperabilidade será buscada desde o tempo de paz, tanto entre os Sistemas
de TI das Forças, quanto entre estes e os sistemas de entidades civis e governamentais.
A utilização de outras infraestruturas será em função de necessidades específicas a de-
terminadas operações, o que exigirá uma adequada análise de interoperabilidade.

5.4.3 Em operações multinacionais, a referida análise permite o estabelecimento dos re-


quisitos necessários ao enlace de comunicações entre os Sistemas de TI das partes en-
volvidas.

5.4.4 Os fatores significativos para a atividade de C², nessa etapa, são:


a) identificação de tipos e formato de dados, dos protocolos de comunicação e
transmissão de dados e de serviços disponíveis;
b) compatibilidade de recursos de infraestrutura;
c) mapeamento do uso do espectro eletromagnético; e
d) análise dos procedimentos de Segurança da Informação dos sistemas de infor-
mação a serem inseridos no Sist C².

5.5 Análise de Capacidade e Limitações

5.5.1 A partir desta etapa, o planejador de C² deve combinar o resultado das análises an-
teriores, estabelecer a arquitetura preliminar dos enlaces de comunicações e identificar a
infraestrutura requerida para satisfazer as necessidades do C Op, adequando-as aos re-
cursos disponíveis (meios de C², financeiros, etc.).

5.5.2 Deve-se buscar a economia de meios ao mesmo tempo em que se procura manter a
redundância e a robustez da rede de C², sem comprometer o cumprimento da missão a-
tribuída ao C Op.

5.5.3 Os fatores significativos para a atividade de C², nessa etapa, são:


a) comparação entre a largura de banda necessária e a disponível;
b) treinamento necessário para o desdobramento, operação e manutenção dos sis-
temas e da infraestrutura de C²; e
c) verificação:

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- da disponibilidade de sistemas de comunicações, informação e vigilância;


- da disponibilidade e capacidade para a supervisão e controle do espectro eletro-
magnético; e
- dos recursos de infraestrutura das FA a serem empregados e suas disponibilida-
des, bem como de infraestruturas civis ou governamentais a serem utilizados ou mobiliza-
dos.

5.6 Alocação de Recursos de C²

5.6.1 Os planejadores devem definir os recursos de C² a serem alocados e os meios para


desdobrá-los, operá-los e mantê-los.

5.6.2 Um aspecto crítico nessa etapa é a segurança da informação. O Oficial de Seguran-


ça de Informação, subordinado ao D6, deve ter participação ativa, tanto na definição dos
processos colaborativos de C² como no desenvolvimento e aplicação da Instrução de Se-
gurança da Informação para o C Op.

5.6.3 Nessa etapa são realizadas as seguintes ações:


a) definição dos procedimentos de C²; e
b) elaboração do Anexo de C² ao Plano Operacional, conforme o Adendo 7 do A-
pêndice XIV, ao Anexo C, 2º Volume.

5.7 Gerenciamento do Espectro Eletromagnético

5.7.1 Generalidades

5.7.1.1 O Comando Operacional conduz essa atividade que consiste no planejamento


sistemático do uso do espectro eletromagnético dentro de uma área operacional, durante
o período de uma operação, assim como no período de preparação que a antecede. Tal
atividade visa proporcionar a eficiência no uso do espectro eletromagnético com o mínimo
de interferência, adotando procedimentos detalhados e abrangentes, imprescindíveis à
coordenação de necessidades e interesses dos usuários.

5.7.1.2 Em situação de conflito armado, um grande número de serviços essenciais à po-


pulação, como segurança pública, socorro médico, controle de tráfego aéreo e marítimo,
defesa civil e outros serviços como transmissão de rádio, TV e sistemas de comunicações
de governo, entre outros, devem ter preservado o seu funcionamento, ocupando faixas de
frequências que não estarão disponíveis para as Forças Armadas.

5.7.1.3 Assim sendo, uma administração eficiente, que também implica em uma utilização
racional de todos os equipamentos transmissores de energia eletromagnética, evitará que
esse recurso possa alcançar a saturação e comprometer seriamente a consecução dos
objetivos desejados.

5.7.2 Controle de Emissões

5.7.2.1 O Sistema de Comunicações, as redes de sensores e os diversos tipos de atuado-


res colocados à disposição do Comando Operacional constituem a base física do SISMC²,

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a qual se vale de emissores eletromagnéticos para seu funcionamento.

5.7.2.2 Assim, o controle das emissões contribui para o exercício do C², na medida em
que otimiza o emprego dos emissores eletromagnéticos e protege o Sistema de Comuni-
cações e a rede de sensores contra as Medidas de Ataque Eletrônico (MAE) e Medidas
de Apoio de Guerra Eletrônica (MAGE) inimigas. Em última análise, evita que o ciclo de
C², nos diversos escalões de comando, seja retardado ou tenha a sua eficácia reduzida
em decorrência de atuação da GE inimiga.

5.7.3 Responsabilidades
O planejamento do gerenciamento é encargo da D6, a qual acompanha a elabora-
ção do Exame de Situação de Operações e também das Análises dos diversos apoios,
com o objetivo de levantar as necessidades de emissões eletromagnéticas ao longo de
toda a campanha planejada.
Fruto desse trabalho de compilação de informações, elabora-se o Plano de Controle
das Irradiações Eletromagnéticas que é distribuído como Apêndice ao Anexo de C² ao
Plano Operacional do C Op.
Esse planejamento integra-se com as necessidades de emissões de Defesa Anti-
Aérea e de emprego de meios aéreos, atividades essas que também empregam emisso-
res eletromagnéticos em sua execução. Para isso, a D6 interage constantemente com os
O Lig das F Cte, de modo a obter os dados de emprego de emissões eletromagnéticas
em todas as fases da Campanha que foram planejadas.

5.7.4 Funções do Gerenciamento do Espectro Eletromagnético


Serão definidas pelo Cmt Op durante o planejamento da Operação.
O Gerenciamento do Espectro Eletromagnético baseia-se nas prioridades operacio-
nais e na avaliação do D2 quanto ao uso do espectro pelo inimigo, atendendo, ainda, ou-
tras necessidades logísticas e de C².
A célula de gerenciamento do espectro dentro do D6 deve trabalhar de forma muito
estreita com a D3, sendo responsável por coordenar a utilização ofensiva do espectro na
área de conflito.

5.7.5 Processo de Gerenciamento do Espectro

5.7.5.1 Elaboração e manutenção de uma base de dados de uso do espectro eletro-


magnético
O MD mantém uma base de dados com as informações dos usuários do espectro
eletromagnético, permitindo que os planejamentos sejam realizados conforme essas in-
formações.
As informações devem incluir dados como: faixas de radiofrequências disponíveis,
equipamentos de dotação, organização da tropa a ser apoiada, cartas de propagação de
ondas terrestres ou ionosféricas, tabelas de interferência entre os equipamentos, etc.
Quanto aos equipamentos, deverão estar disponíveis características técnicas, tais como:
potência de transmissão, tipo de modulação, técnica de transmissão, largura de canais,
faixa de frequência de operação, técnica de MPE incorporada, altura, ganho, polarização
e diagrama de irradiação das antenas empregadas, tais como contato, responsável entre
outras, etc.
Cabe ao D6 conhecer as características dos emissores das forças amigas. Este
conhecimento permite melhor planejar o emprego do espectro eletromagnético, reduzindo
a probabilidade de ocorrência de interferência mútua entre os sistemas amigos.

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A elaboração e manutenção dos registros no nível do C Op necessita de sistemas


automatizados, tendo em vista a complexidade da tarefa.

5.7.5.2 Definição dos Requisitos do Espectro Eletromagnético


Com base no tipo de composição do C Op e do tipo de operação, o gerente do es-
pectro será capaz de determinar os requisitos de uso do espectro, em proveito da campa-
nha combinada.
Este é um processo dinâmico, dependente da evolução do quadro da campanha.
Está incluída a confecção de uma Lista Conjunta de Frequências Restritas. Trata-se de
um documento dinâmico e produto da cooperação entre o D2, D3 e D6, sendo o seu res-
ponsável o gerente do espectro.
Deverão ser verificadas as regras governamentais relativas ao uso do espectro na
área de responsabilidade, componente político que estará sempre presente nas opera-
ções e que deve ser gerenciado desde o tempo de paz, a fim de que não surjam, de den-
tro do país, surpresas técnicas que afetem o planejamento e execução de uma Op Cj.
Com base nas informações acima mencionadas, o Plano de Controle de Emissões
deverá ser confeccionado e deve representar as disponibilidades, atualizadas, para uso
do espectro eletromagnético. Esse plano deve conter ainda a alocação e designação de
frequências para os emissores eletromagnéticos.
Durante as fases de montagem desse plano, o D6 deverá manter estreito contato
com os EM das forças envolvidas na operação e com o MD. Trata-se de um plano dinâ-
mico devido à sensibilidade da área a qual faz referência, pois cada ambiente operacional
– terra, ar e mar – exige atenção diferenciada e o grau de liberdade à F Cte deve ser o
maior possível, sem provocar interferência mútua.

5.7.5.3 Quadro de Irradiações


É uma tabela de dupla entrada na qual consta, em uma das entradas, os diversos
tipos de emissores de ondas eletromagnéticas a serem empregados durante todo o de-
senrolar da campanha e, na outra entrada, as diversas fases da campanha, as quais po-
dem ser expressas em termos de dias/horas (formato D-N/XX:YY, D/XX:YY, D+N/XX:YY),
eventos ou mesmo fases. Nas quadrículas internas, decorrentes da interseção de ambas
as entradas, são empregados códigos numéricos para representarem as diferentes Con-
dições de Silêncio Eletrônico dos diversos emissores nas diversas fases da campanha.
As Condições de Silêncio Eletrônico são restrições ao pleno emprego dos emisso-
res eletromagnéticos, variáveis em função da necessidade de sigilo requerida pelo mo-
mento operacional vivido, bem como pela necessidade de preservar as instalações e sis-
temas de C² contra a atuação da Guerra Eletrônica (GE) e dos meios de destruição física
do inimigo. Além disso, prevêem diferentes níveis de restrição às emissões, em função do
compromisso entre rapidez e segurança, com vistas a viabilizar o funcionamento ágil do
ciclo de C² para os elementos de tropa já engajados com o inimigo ou em vias de enga-
jamento.

5.7.5.3.1 Emprego
O preenchimento e a atualização do Quadro de Irradiações são efetivados em
função do planejamento da campanha e do controle da operação planejada.
Pode-se atribuir diferentes níveis de Condições de Silêncio Eletrônico para deter-
minadas faixas de frequência, em função de sua importância para o funcionamento do
sistema de C² amigo, para evitar interferência mútua entre sistemas de emissores eletro-
magnéticos amigos. Tais faixas de frequência recebem as classificações a seguir.

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5.7.5.3.2 Frequências Proibidas


São aquelas que não devem sofrer interferência de qualquer tipo. Podem ser cita-
das como exemplo, as frequências:
a) do SISMC²;
b) inimigas classificadas como extremamente úteis para fins de produção de co-
nhecimento de Inteligência do Sinal;
c) de emergência médica, policial, defesa civil e das redes de busca e salvamen-
to; e
d) de controle de tráfego aéreo e marítimo comercial.

5.7.5.3.3 Frequências Protegidas


São aquelas empregadas pelas forças amigas nas operações. São distribuídas
pelo C Op às F Cte. Embora seja desejável que todas estejam imunes a efeitos adversos,
algumas poderão, em função do grau de congestionamento do espectro e da necessidade
de atender às prioridades traçadas pelo comando, sofrer restrições de uso no tempo e
espaço, com a finalidade de reduzir as consequências de possíveis interferências mútuas,
ou mesmo ter de sujeitar-se à operação sob interferência.

5.7.5.3.4 Frequências Vigiadas


São aquelas empregadas pelo inimigo. Elas são obtidas pela GE, por meio das
MAGE, pela Inteligência de Sinais, além de outras fontes de dados e conhecimentos. As
frequências vigiadas podem ser interferidas somente mediante autorização, após o Co-
mando, assessorado pelo D2 e pelo D3, analisar o valor relativo entre a busca de dados e
a vantagem que se obteria com o desencadeamento da ação de interferência.

5.7.5.3.5 Faixas de frequências permitidas para salto


São aquelas autorizadas pelo Cmt Op para emprego em salto, diversidade e agili-
dade de frequências ou outras técnicas semelhantes de transmissão.

5.7.5.3.6 Guarda de Monitoragem


É uma Medida de Proteção Eletrônica (MPE) com o objetivo de assegurar que as
comunicações amigas não constituam fonte de informações para a GE inimiga pela inob-
servância dos procedimentos padrão de exploração dos meios de comunicações por parte
dos operadores.
Consiste na monitoração das comunicações amigas, realizada por postos de co-
municações especificamente ativados para essa finalidade, os quais observam o conteú-
do das transmissões de voz e dados e verificam se os procedimentos corretos de explo-
ração estão sendo adotados, bem como se estão sendo cumpridas as Condições de Si-
lêncio Eletrônico vigentes.
O posto de guarda de monitoragem tem, inclusive, atribuição de intervir na explo-
ração que está observando, por meio de mensagens curtas em código, de modo a alertar
os operadores para que corrijam os procedimentos inadequados. Elabora um relatório
para a D6, contendo os fatos observados.

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CAPÍTULO VI

ESTRUTURA DE COMANDO E CONTROLE PARA OPERAÇÕES CONJUNTAS

6.1 Composição da Estrutura de C2 do Comando Operacional

6.1.1 O Ministério da Defesa estabelecerá a ligação entre o Centro de Comando e Contro-


le do Ministério da Defesa (CC²MD) e o Centro de Comando e Controle do Comando O-
peracional (CC²COp), por intermédio dos enlaces do Sistema Militar de Comando e Con-
trole (SISMC²).

6.1.2 O CC²COp será estabelecido pelo C Op. Para tal, se necessário, contará com o a-
poio do EMCFA, incluindo o fornecimento de equipamentos de telemática, treinamento de
operadores, assistência técnica e padronização de procedimentos de C², o qual será rea-
lizado pela Subchefia de Comando e Controle.

6.1.3 O C Op, por intermédio da Seção de Comando e Controle (D6), deverá coordenar o
estabelecimento das ligações com as Forças Componentes, inclusive o C Log. Para tal, o
EMCj deverá tomar conhecimento dos locais onde serão estabelecidos os Comandos das
Forças Componentes, bem como identificar os meios existentes e os que poderão ser
aproveitados para o estabelecimento das ligações.

6.1.4 O CC²COp deve possuir um CC² alternativo, com equipamentos e dispositivos que
possibilitem replicar, nas mesmas condições, o CC² principal. O CC² alternativo poderá
funcionar nas mesmas instalações do CC² de um dos escalões subordinados.

6.1.5 De maneira similar, o CC² de cada F Cte, em princípio, devem possuir um CC² alter-
nativo.

6.2. Constituição do CC²COp


O CC²COp é constituído, em princípio, pelos seguintes elementos:
a) Centro de Operações do Cmdo Op, para a condução e o acompanhamento da ope-
ração;
b) Centro de Comunicações para gerenciar o fluxo de informações;
c) Centro de TI para armazenar informações e gerenciar os bancos de dados existen-
tes; e
d) Sala de Reuniões.

6.3. Enlaces entre os CC²


O D6 deve elaborar o planejamento para integração entre o CC²COp e os das F Cte,
observando as possibilidades abaixo:

6.3.1 Estrutura do SISCOMIS

6.3.1.1 A rede SISCOMIS será a base do sistema a ser estabelecido. Sempre que for
possível, devem ser utilizados os enlaces satelitais, por fibra ótica e as redes metropolita-

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nas do SISCOMIS existentes na área de operações. Podem ser solicitados, ainda, Termi-
nais Transportáveis (TT) ou o emprego de navios que possuam Terminais Móveis Navais
(MN) para atender ao planejamento da operação, desde que as localidades atendidas
estejam dentro da cobertura satelital do SISCOMIS.

6.3.1.2 A utilização dos recursos do SISCOMIS deve ser solicitada ao EMCFA.

6.3.2 Redes de dados e voz das Forças

6.3.2.1 As Forças singulares possuem suas redes de dados e voz, interligando suas OM,
que podem ser aproveitadas no estabelecimento das ligações do C Op com as Forças
Componentes.

6.3.2.2 A utilização dessas redes deve ser coordenada com o EMCFA (SC1) e os órgãos
técnicos das Forças, de forma que as mesmas possam ser integradas à rede SISCOMIS.

6.3.3 Outros meios de C²


6.3.3.1 Outros meios de C², como os equipamentos de radiocomunicação em HF, com
dispositivo de criptofonia (HF Cripto), os meios de órgãos civis e governamentais, as re-
des de dados e de telefonia públicas e privadas e a Internet são passíveis de utilização
pelo C Op para o estabelecimento dos enlaces entre os CC².

6.3.3.2 Esses meios adicionais devem obedecer, rigorosamente, às Instruções de Segu-


rança da Informação empregadas pelo C Op.

6.4. Recursos de C²
Visando aumentar a coordenação e integração do C Op com suas F Cte, o D6 deve,
em princípio, disponibilizar os seguintes recursos de C²:
a) Sistema de apoio à decisão, que proporciona a aceleração dos processos de tomada
de decisão e a formação da Consciência Situacional compartilhada. O C Op deverá utili-
zar o Sistema de Planejamento Operacional (SIPLOM) e integrar os sistemas de comando
e controle das F Cte.
b) Serviço de videoconferência, o qual possibilita melhor acompanhamento e coorde-
nação das ações.
c) Correio eletrônico operacional, o qual facilita o trâmite de mensagens operacionais
entre o C Op, F Cte.
d) Serviço de transferência de arquivos (FTP) para transferência de arquivos magnéti-
cos de maiores dimensões, que não possam ser intercambiados por meio do correio ele-
trônico operacional.
e) Rede privada virtual (VPN), que proporciona o acesso, com segurança, aos dados
de planejamento do C Op por intermédio da internet, quando não for possível a utilização
de rede SISCOMIS.
f) Equipamentos ou softwares criptográficos para a transmissão segura de arquivos
com classificação sigilosa.

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CAPÍTULO VII

A SEÇÃO DE COMANDO E CONTROLE DO ESTADO-MAIOR CONJUNTO - D6

7.1 Estrutura da D6 no Estado-Maior Conjunto

7.1.1 A D6 não possuiu uma forma rígida, pois a situação de emprego determinará as ne-
cessidades de estruturação e respectivos meios. Entretanto, terá normalmente a seguinte
formação básica: Chefia, Adjuntos de cada Força envolvida na Operação e uma Equipe
Técnica, conforme o organograma abaixo:

D6

Adjunto Adjunto EB Adjunto Equipe


MB FAB Técnica

Segurança da Centro de Co- Centro de Moni-


Informação municações toramento e
2
Apoio de C

7.1.2 O Chefe da D6, em princípio, deverá ser um Oficial possuidor do curso de Comando
e Estado-Maior, servindo na região do C Op ativado.

7.1.3 A Equipe Técnica é composta por um Chefe e elementos subordinados em três á-


reas de atuação: Segurança da Informação, Centro de Comunicações e Centro de Moni-
toramento e Apoio de C2.

7.1.4 O setor de Segurança da Informação deverá possuir elementos especialistas no as-


sunto.

7.1.5 O Centro de Comunicações deverá possuir especialistas em comunicações e em


criptografia.

7.1.6 O Centro de Monitoramento e Apoio de C2 é montado com elementos especialistas


de várias organizações, nas seguintes áreas: SISCOMIS, SIPLOM, correio eletrônico ope-
racional, videoconferência, redes, sistemas e helpdesk.

7.2 Atribuições e Competências

7.2.1 Do Chefe da D6 e seus Adjuntos


a) proceder à Análise de Comando e Controle, conforme proposto no Apêndice VI ao

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Anexo C – Processo de Planejamento Conjunto, 2º Volume.


b) coordenar a integração das redes que interligarão os CC2 do C Op com os CC2
das F Cte.
c) planejar e coordenar a instalação, a operação, a manutenção e a desmobilização
de todos os sistemas de C2 do C Op, em coordenação com as demais seções do EMCj;
d) proporcionar o apoio necessário ao funcionamento do centro de operações do
C Op;
e) prover o suporte técnico-operacional necessário à execução e ao acompanha-
mento das operações do C Op;
f) estabelecer e gerenciar o banco de dados do C Op, contando com a contribuição
das demais seções do EMCj para a atualização do mesmo;
g) estruturar, especificar, instalar e manter atualizados todos os sistemas eletrônicos
de interesse do C Op, tais como comunicações, rede de dados, modelagem e simulação e
biblioteca eletrônica;
h) planejar, coordenar e executar as medidas necessárias ao adestramento do pes-
soal necessário à operação do sistema de C2;
i) coordenar com as seções de operações e inteligência as atividades afetas à ex-
ploração do espectro eletromagnético e do ambiente cibernético, com vistas à obtenção
de informações e à proteção de dados de interesse operacional.
j) contribuir para a manutenção da Consciência Situacional do Cmt Op;
k) confeccionar o anexo de C² ao Plano Operacional; e
l) estruturar a Seção de C2 do EMCj.

7.2.2 Do setor de Segurança da Informação


a) elaborar, divulgar e fiscalizar o cumprimento da Instrução de Segurança da Infor-
mação;
b) elaborar e cumprir o Plano de Adestramento de Segurança da Informação do
C Op;
c) assessorar o Cmt Op nos assuntos de Segurança da Informação;
d) propor, analisar e verificar se os requisitos de Segurança da Informação estão
sendo cumpridos;
e) identificar os integrantes do sistema que necessitem de proteção, de acordo com
o grau de sigilo da informação por eles processada ou armazenada;
f) assessorar a D2 na elaboração do Plano de Segurança Orgânica;
g) reportar ao Cmt Op e aos demais Oficiais de Segurança da Informação do
SISMC², após uma avaliação preliminar, os incidentes de Segurança da Informação;
h) controlar as autorizações para o acesso de usuários aos sistemas de informação
do SISMC²;
i) supervisionar a elaboração, o controle e a manutenção do histórico dos sistemas
utilizados;
j) analisar o impacto da descontinuidade dos serviços e suas consequências para o
C Op;
k) exigir do pessoal externo ao C Op, autorizado a executar serviços no SISMC², a
assinatura de um Termo de Responsabilidade e o cumprimento das regras estabelecidas
para guarda e proteção do sigilo das informações que possa ter acesso;
l) empenhar-se para que os serviços (instalações, manutenções ou correções), se-
jam feitos sem afetar a Segurança da Informação; e
m) fazer o possível para que todos os usuários estejam cientes das instruções em
vigor para a Segurança da Informação, por meio da assinatura do Termo de Responsabi-
lidade.

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7.2.3 Do Centro de Comunicações


Gerenciar o trâmite das informações no Comando Operacional

7.2.4 Do Centro de Monitoramento e Apoio de C2


Manter a disponibilidade da rede operacional, possibilitando, desta forma, garantir o
fluxo de informações entre o C Op, as F Cte, e o MD

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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GLOSSÁRIO

PARTE I – ABREVIATURAS E SIGLAS

A
Abreviatura/Siglas Significado
A Op Área de Operação
ABIN Agência Brasileira de Inteligência
ACISO Ação Cívico-Social
Adj Adjunto
AO Arte Operacional
AOGI Área Operacional de Guerra Irregular
Ap Log Apoio Logístico
APA Adequabilidade, Praticabilidade e Aceitabilidade
APF Administração Pública Federal
Ass Civ Assuntos Civis
Atq Ataque
AtualizFçLog Atualização das Funções Logísticas
Atv Intlg Atividade de Inteligência

B
Abreviatura/Siglas Significado
Ba Log Cj Base Logística Conjunta
Ba Log Cj A Base Logística Conjunta Avançada
Ba Log Cj R Base Logística Conjunta Recuada
BM Bombeiro Militar
BOE Base de Operações Especiais
Btl Op Psc Batalhão de Operações Psicológicas

C
Abreviatura/Siglas Significado
C Cj Comando Conjunto
C Log Comando Logístico
C Mi D Conselho Militar de Defesa
C Op Comando Operacional
C Op Cj Comando Operacional Conjunto
C Op Sing Comando Operacional Singular
C² Comando e Controle
C³M Centro de Coordenação Civil-Militar
CAE Chefia de Assuntos Estratégicos
CapLogProj Capacidade Logística Projetada
CAR Código de Avaliação de Risco
CARH1 Célula de Administração de Recursos Humanos – D1
CBM Corpo de Bombeiros Militar
CC Capacidade Crítica
CC² Centro de Comando e Controle
CC² F Paz Centro de Comando e Controle da Força de Paz
CC² FTer Centro de Comando e Controle da Força Terrestre
CC²COp Centro de Comando e Controle do Comando Operacional

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Abreviatura/Siglas Significado
CC²MD Centro de Comando e Controle do Ministério da Defesa
CCE Centro de Controle de Evacuados
CCL Centro de Coordenação Logística
CCOL Centro de Coordenação das Operações Logísticas
CCRH Centro de Coordenação de Recursos Humanos
CD Controle de Danos
CDN Conselho de Defesa Nacional
CEMCFA Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas
CG Centro de Gravidade
CGU Controladoria-Geral da União
Ch EMCj Chefe do Estado-Maior Conjunto
CI Contrainteligência
CIA Centro de Inteligência Aérea
CIAer Centro de Inteligência da Aeronáutica
CICOp Centro de Inteligência do Comando Operacional
CIE Centro de Inteligência do Exército
CIN Centro de Inteligência Naval
CIOp Centro de Inteligência Operacional
CIT Centro de Inteligência Terrestre
Cj Conjunto (a)
CLTO Comando Logístico do Teatro de Operações
Cmt Comandante
Cmt Cj Comandante Conjunto
Cmt F Cte Comandante de Força Componente
Cmt Op Comandante Operacional
COAC Centro de Operações de Assuntos Civis
COC4 Célula de Operações Correntes – D4
CODA Centro de Operações de Defesa Aérea
COF4 Célula de Operações Futuras – D4
COGAR Centro de Operações do Comando-Geral de Operações Aéreas
COL Centro de Operações Logísticas
Com Soc Comunicação Social
COMAR Comando Aéreo Regional
COMDABRA Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro
COMGAR Comando-Geral de Operações Aéreas
ComOpNav Comando de Operações Navais
ComTO Comandante do Teatro de Operações
Con Concentração
COSEGAR Centro de Operações de Segurança de Área de Retaguarda
COTER Comando de Operações Terrestres
CPC Comparação de Poderes Combatentes
CPE Chefia de Preparo e Emprego
CPLAN1 Célula de Planejamento – D1
CPLAN10 Célula de Planejamento – D10
CPM Código Penal Militar
CPO Conceito Preliminar da Operação
CPOF10 Célula de Programação Orçamentária e Financeira – D10

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Abreviatura/Siglas Significado
CRC10 Célula de Registros Contábeis – D10
CS Comandante Supremo
Ct Controle

D
Abreviatura/Siglas Significado
D1 1ª Seção do Estado-Maior Conjunto – Pessoal
D2 2ª Seção do Estado-Maior Conjunto – Inteligência
D3 3ª Seção do Estado-Maior Conjunto – Operações
D4 4ª Seção do Estado-Maior Conjunto – Logística
D5 5ª Seção do Estado-Maior Conjunto – Planejamento
D6 6ª Seção do Estado-Maior Conjunto – Comando e Controle
D7 7ª Seção do Estado-Maior Conjunto – Comunicação Social
D8 8ª Seção do Estado-Maior Conjunto – Operações Psicológicas
D9 9ª Seção do Estado-Maior Conjunto – Assuntos Civis
D10 10ª Seção do Estado-Maior Conjunto – Administração Financei-
ra
DAMEPLAN Dados Médios de Planejamento
DEFAR Defesa de Área de Retaguarda
DEORF Departamento de Planejamento, Orçamento e Finanças
DICA Direito Internacional dos Conflitos Armados
DIH Direito Internacional Humanitário
DispMeiosTrnp Disponibilidade de Meios de Transporte
DMD Doutrina Militar de Defesa
DMED Diretriz Ministerial de Emprego de Defesa
Dn Outra Seção do Estado-Maior Conjunto
DN Distrito Naval
DO Desenho Operacional
DPED Diretriz Presidencial de Emprego de Defesa
DPEM Diretriz de Planejamento Estratégico Militar
DQBN Defesa Química, Biológica e Nuclear

E
Abreviatura/Siglas Significado
E Mi D Estratégia Militar de Defesa
EEI Elementos Essenciais de Inteligência
EFD Estado Final Desejado
Elm Op Esp Elemento de Operações Especiais
EM Estado-Maior
EMA Estado-Maior da Armada
EMCFA Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas
EMCj Estado-Maior Conjunto
END Estratégia Nacional de Defesa
EPIOp Estações do Portal de Inteligência Operacional
EPO Elaboração dos Planos e Ordens
EPT Eixo Prioritário de Transporte
ER Efetivo de Recompletamento
Esc Sp Escalão Superior

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Abreviatura/Siglas Significado
Etta Mi D Estrutura Militar de Defesa
EUA Estados Unidos da América
EVAM Evacuação Aeromédica
Exm Sit Cmdo Exame de Situação de Comando

F
Abreviatura/Siglas Significado
F Cj Força Conjunta
F Cj Op Esp Força Conjunta de Operações Especiais
F Cte Força Componente
FA Força Armada
FAC Força Aérea Componente
FechNec Fechamento das Necessidades
FFF Fator de Força e Fraqueza
FNC Força Naval Componente
FS Força Singular
FT Cj Força-Tarefa Conjunta
FTC Força Terrestre Componente
FTD Fator de Tempo e Distância

G
Abreviatura/Siglas Significado
GAD Grupo de Autodefesa
GE Guerra Eletrônica
GLO Garantia da Lei e da Ordem
GRO Gerenciamento de Risco Operacional
GSI/PR Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Repú-
blica
GT Grupo-Tarefa
GT Log Grupo-Tarefa Logístico

H
Abreviatura/Siglas Significado
HE Hipótese de Emprego

I
Abreviatura/Siglas Significado
Inst Civ Instalação Civil

L
Abreviatura/Siglas Significado
L Op Linha de Operação
LA Linha de Ação
LA Log Linha de Ação Logística
LAOP Levantamento de Área para Operações Psicológicas
LC Lei Complementar
LCAF Linha de Controle de Apoio de Fogo
LDS Local de Destino Seguro

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Abreviatura/Siglas Significado
LEA Levantamento Estratégico de Área
LEP Linha de Escurecimento Parcial
LET Linha de Escurecimento Total
LIA Lista Integrada de Alvos
LIPA Lista Integrada e Priorizada de Alvos
Loc Localização
LPIPA Lista Preliminar Integrada e Priorizada de Alvos

M
Abreviatura/Siglas Significado
MAE Medidas de Ataque Eletrônico
MAGE Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica
MD Ministério da Defesa
Min Def Ministro da Defesa
MN Terminal Móvel Naval
Mnt Manutenção
MPE Medidas de Proteção Eletrônica
Mun Munição

N
Abreviatura/Siglas Significado
NecAtdOCoor Necessidade de Atendimento às Ordens de Coordenação
NEv Norma de Evacuação
NGA Normas Gerais de Ação
NI Necessidade de Inteligência

O
Abreviatura/Siglas Significado
O Coor Ordem de Coordenação
O Lig Oficial de Ligação
OBE Operação Baseada em Efeito
Obj Objetivo
Obj Estrt Objetivo Estratégico
Obj Op Objetivo Operacional
OEM Opção Estratégica Militar
Of Oficial
Of Com Soc Oficial de Comunicação Social
Of Intlg Oficial de Inteligência
Of Op Oficial de Operações
OI Órgão de Inteligência
OM Organização Militar
OM Log Organização Militar Logística
OM Subrd Organização Militar Subordinada
OMLS Organização Militar Logística Singular
ONG Organização Não Governamental
ONI Outras Necessidades de Inteligência
OODA Observar, Orientar, Decidir e Agir (ciclo de decisão)
Op Operação

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Abreviatura/Siglas Significado
Op Ae Operação Aérea
Op Cj Operação Conjunta
Op FE Operação de Forças Especiais
Op Info Operações de Informação
Op Intlg Operação de Inteligência
Op Nav Operação Naval
Op Psc Operações Psicológicas
Op Ter Operação Terrestre
ORBAT Ordem de Batalha
OSP Órgão de Segurança Pública
OTAN Organização do Tratado do Atlântico Norte

P
Abreviatura/Siglas Significado
PA Público-Alvo
PB Premissa Básica
PC Ponto Culminante
PC Posto de Comando
PD Ponto Decisivo
PDCD Política de Defesa Cibernética de Defesa
PDN Política de Defesa Nacional
PEAC Plano Estratégico de Assuntos Civis
PEAF Plano Estratégico de Administração Financeira
PEC² Plano Estratégico de Comando e Controle
PEDCF Plano Estratégico de Deslocamento e Concentração de Forças
PEECFA Plano Estratégico de Emprego Conjunto das Forças Armadas
PEI Plano Estratégico de Inteligência
PEL Plano Estratégico de Logística
PEM Planejamento Estratégico-Militar
PEMM Plano Estratégico de Mobilização Militar
PEOI Plano Estratégico de Operações de Informação
PF Polícia Federal
PG Prisioneiro de Guerra
PI Pedido de Inteligência
PINDE Plano de Inteligência de Defesa
PIOp Portal de Inteligência Operacional
Pl Op Plano Operacional
Pl Trnp Plano de Transporte
PLD Política de Logística de Defesa
Plj Op Planejamento Operacional
PM Polícia Militar
PMD Política Militar de Defesa
POC Plano de Obtenção de Conhecimentos
PPC Processo de Planejamento Conjunto
PR Presidente da República
PRF Polícia Rodoviária Federal
PSA Plano de Segurança Ativa

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Abreviatura/Siglas Significado
Psb I Possibilidade do Inimigo
PSO Plano de Segurança Orgânica

Q
Abreviatura/Siglas Significado
QBN Químico, Biológico ou Nuclear
QC Quadro de Cargos

R
Abreviatura/Siglas Significado
RAFE Rede de Auxílio à Fuga e Evasão
RC Requisito Crítico
RD Reunião à Distância
RDA Região de Defesa Aeroespacial
Rdv Rodovia
ReuDiariaSit Reunião Diária de Situação
ReuPrepReuDiariaSit Reunião Preparatória para a Reunião Diária de Situação
RGED Rede de Guerra Eletrônica de Defesa
RH Recursos Humanos
RICOp Rede de Inteligência do Comando Operacional
RM Região Militar
RNI Repertório de Necessidades de Inteligência
RPI Reunião Preliminar de Inteligência

S
Abreviatura/Siglas Significado
S Ap Adm Seção de Apoio Administrativo
SAbM Sistema de Abastecimento da Marinha
SAF Seção de Administração Financeira
Sal Saúde
SC1 Subchefia de Comando e Controle
SC2 Subchefia de Inteligência Operacional
SC3 Subchefia de Operações
SC4 Subchefia de Logística Operacional
SCIE Subchefia de Inteligência Estratégica
SEGAR Segurança da Área de Retaguarda
SEORI Secretaria de Coordenação e Organização Institucional
SEPROD Secretaria de Produtos de Defesa
SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira
SIC Segurança da Informação e Comunicações
SILOMS Sistema Integrado de Logística de Material e de Serviços
SIMATEX Sistema de Material do Exército
SINAMOB Sistema Nacional de Mobilização
SINDE Sistema de Inteligência de Defesa
SINFORGEx Sistema de Informações Organizacionais do Exército
SINGRA Sistema de Informações Gerenciais de Abastecimento da Mari-
nha
SIOP Sistema de Inteligência Operacional

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Abreviatura/Siglas Significado
SIPLOM Sistema de Planejamento Operacional Militar
SISBIN Sistema Brasileiro de Inteligência
SISCOMIS Sistema de Comunicações Militares por Satélite
SISMA Sistema de Material Aeronáutico
SISMAB Sistema de Material Bélico
SISMC² Sistema Militar de Comando e Controle
SisMetDef Sistema de Meteorologia de Defesa
SisPECFA Sistemática de Planejamento de Emprego Conjunto das Forças
Armadas
SMC Serviço Móvel Celular
SPEM Sistemática de Planejamento Estratégico Militar
STFC Serviço Telefônico Fixo Comutado
SUBILOG Subchefia de Integração Logística
SUBMOB Subchefia de Mobilização
Sup Suprimento
Supe Ae Superioridade Aérea

T
Abreviatura/Siglas Significado
TI Tecnologia da Informação
TL Terminal Leve
TLC Tarefa Logística Conjunta
TO Teatro de Operações
TR Terminal Rebocável
TT Terminal Transportável

U
Abreviatura/Siglas Significado
UGE Unidade Gestora Executora
UGR Unidade Gestora Responsável
UHE Usina Hidroelétrica
UT Unidade-Tarefa

V
Abreviatura/Siglas Significado
VANT Veículo Aéreo Não-tripulado
VC Videoconferência
VC Vulnerabilidade Crítica

Z
Abreviatura/Siglas Significado
Z Aç Zona de Ação
ZA Zona de Administração
ZA Avçd Zona de Administração Avançada
ZC Zona de Combate
ZD Zona de Defesa
ZI Zona do Interior

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PARTE II – TERMOS E DEFINIÇÕES

Ação Crítica – Ação essencial para o êxito das operações militares, no contexto do
planejamento de uma HE, podendo ser conjunta ou singular.

Agência – É todo Órgão criado e ativado para atender necessidades específicas de


Inteligência e subordinado ao órgão central de um Sistema de Inteligência. Este termo
pode ser também definido como: "uma organização ou indivíduos envolvidos em recolher
e/ou processar dados”. Uma agência deve ser capaz de recolher e processar dados e in-
formações ou simplesmente ter a capacidade de repassá-los a outra agência para pro-
cessamento.

Atividade Logística – é um conjunto de tarefas afins, reunidas segundo critérios de


relacionamento, interdependência ou similaridade.

Avaliação da Conjuntura – apreciação que expressa a opinião de diversos analis-


tas sobre fatos e/ou situações, passados e/ou presentes, e/ou de um futuro imediato, refe-
rente às conjunturas nacional ou internacional.

Base Logística Conjunta (Ba Log Cj) – é um agrupamento temporário de OMLS


desdobradas no interior da área do C Op, diretamente sob o controle operacional do C
Log, responsável pela realização do apoio logístico ao conjunto das forças em operações.
Normalmente, o C Log agrupará as OMLS fixas em Bases Logísticas Recuadas (Ba Log
R). Caso seja necessário prestar apoio logístico cerrado às F Cte, as OMLS que
possuírem mobilidade tática poderão ser agrupadas em Bases Logísticas Avançadas (Ba
Log A).

Centro de Coordenação Logística (CCL) – é uma estrutura que integra o Centro


de Comando e Controle do Ministério da Defesa (CC²MD), com o propósito de realizar a
coordenação logística no âmbito das Forças Armadas, estabelecendo prioridades
logísticas e otimizando o transporte para atender o apoio logístico a:
a) Comandos Operacionais ativados;
b) Contingentes Brasileiros no exterior; e
c) Forças Singulares, Auxiliares ou entidades civis (governamentais, não-
governamentais ou empresariais), destacadas para prestar apoio às situações de calami-
dade ou desastres naturais, no interior do país ou no exterior.

Comando Logístico do Teatro de Operações (CLTO) – é uma F Cte encarregada


de coordenar e executar o apoio logístico no TO, racionalizando e otimizando os meios
disponíveis. Sua estrutura é flexível, de forma a se adequar às demandas logísticas
decorrentes do planejamento operacional.

Comando Operacional (C Op) – é o mais alto comando destinado a operações


militares, que deverá ser ativado de acordo com a Estrutura Militar de Defesa, podendo
ser conjunto ou singular, conforme as necessidades de preparo ou de emprego.

Comando Operacional Conjunto (C Op Cj) – é o C Op estruturado com meios


ponderáveis de mais de uma Força Armada. É o mesmo que Comando Conjunto (C Cj)
ou Comando Operacional (C Op).

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Comando Operacional Singular (C Op Sing) – é o C Op estruturado com meios


ponderáveis de apenas uma Força Armada. É o mesmo que Comando Singular (C Sing).

Comandos Regionais de Teatro de Operações – são os Distritos Navais, as


Regiões Militares e os Comandos Aéreos Regionais que podem ser adjudicados a um
Teatro de Operações. Nessa situação, um desses comandos poderá receber o encargo
de ativar e estruturar um CLTO, bem como assumir os encargos de Segurança de Área
de Retaguarda (SEGAR). Além disso, deverão realizar as tarefas administrativas
executadas em tempo de paz, no âmbito de suas Forças Singulares, em suas áreas de
responsabilidade.

Comando de Operações (CO) – é um órgão de direção setorial existente na


estrutura organizacional de cada uma das Forças Armadas, responsável pelo preparo
técnico e tático dos elementos de combate, a saber:
a) na Marinha do Brasil – Comando de Operações Navais (ComOpNav);
b) no Exército Brasileiro – Comando de Operações Terrestres (COTER); e
c) na Força Aérea Brasileira – Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR).

Conhecimento – é o produto resultante do processamento de dados e/ou


informações de interesse para o processo decisório, com vistas ao cumprimento da
missão do comandante. As informações são de grande valor quando uma dedução de
algum tipo pode ser feita, aproveitando-as. A Informação por conta própria é um fato ou
uma série de fatos, mas quando é relacionada a outras Informações já conhecidas, e
quando é considerada a luz de experiência passada, dará origem a um novo conjunto de
fatos, que é chamado de Conhecimento. Sendo o resultado de um processo de
julgamento subjetivo, não é inequívoco e está aberto à contestação.

Conjuntura – apreciação que enfoca o acompanhamento da conjuntura de um de-


terminado país ou área estratégica, em um período de tempo definido, constando de uma
abordagem analítica dos principais assuntos de interesse em pauta, divididos segundo os
campos do poder e de uma conclusão geral.

Dado – é o elemento ou a base para a formação de juízo, a ser utilizado na


produção do conhecimento. Consiste num único item de dados ou uma série ou o grupo
de itens de dados, que são capturados por um sensor e, por conseguinte, recolhidos por
um dispositivo desse sensor. É uma declaração de uma situação que existe, ou existiu,
em algum local, tempo e espaço. É inequívoco em natureza e pode se relacionar com
acontecimentos no passado ou no presente; sendo histórico ou atual. É definido como
dado não processado que pode ser usado na produção de Conhecimentos e Informações.

Estruturas Logísticas das Forças Singulares – é um conjunto de OMLS


desdobradas no interior da ZI, responsável pela realização do apoio logístico nas diversas
funções logísticas às tropas singulares desdobradas em um TO, Zona de Defesa (ZD) ou
Área de Operações (A Op). Compete às FS estabelecer a estrutura organizacional, a
composição e a localização das OMLS que integram suas respectivas estruturas
logísticas.

Fonte – É qualquer pessoa ou artefato da qual o dado pode ser obtido. Uma fonte
possui informações quer adquirida ao acaso, como em uma conversa num café, como em
atendimento a uma petição específica, como numa câmera registrando imagens ao longo

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de uma rota programada de vôo de um Veículo Aéreo Não-tripulado (VANT), etc. A fonte
é a origem primária dos dados e ou possui as informações ou por sua atividade
demonstra que as informações existem. Um agente de coleta é uma pessoa ou sistema
que obtém as informações da fonte. A única mudança nos dados que a fonte pode causar
é no seu formato. Isto pode ser, por exemplo, uma tradução de uma linguagem a outra
por um contato humano ou a conversão de um quadro de uma imagem visual a um sinal
de rádio por um satélite. Uma fonte não tem nenhuma capacidade de processar dados.

Força-Tarefa – Grupamento temporário de forças, de valor unidade ou subunidade,


sob comando único, formado com o propósito de executar uma operação ou missão
específica, que exija a utilização de uma forma peculiar de combate em proporções
adequadas.

Força-Tarefa Conjunta – Força Conjunta, organizada para a execução de uma


missão específica, de objetivos e duração limitados, sendo desativada após o
cumprimento da missão

Função Logística – é a reunião, sob uma única designação, de um conjunto de


atividades logísticas afins, correlatas ou de mesma natureza.

Grupo-Tarefa Logístico (GT Log) – é um agrupamento temporário de OMLS, sob


comando único, formado quando houver necessidade de se estruturar o apoio logístico
orgânico numa F Cte. Poderá ser, a critério do Comandante da F Cte, integrado por
OMLS de uma mesma FS (GT Log Nav, Ter ou Aer) ou de mais de uma FS (GT Log Cj).

Informação – é um dos documentos de Inteligência. Porém, para fins de Inteligência


Conjunta, considera-se um produto intermediário, fruto do processamento de dados, no
ciclo da produção do conhecimento. Em planejamentos e, com maior intensidade, em
operações militares, o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e os
Comandantes (Operacionais e Táticos) terão acesso a quantias muito grandes de
informações relacionadas a cada aspecto do ambiente operacional. As informações
estarão disponíveis e cobrindo um leque extremamente vasto de questões relacionadas
às suas próprias Forças e às do oponente; seus efetivos, equipamentos, localização,
estado de logística, números de perdas, estado de reforço, estados de munição e muitos
outros fatores. Haverá um volume igualmente grande de informações acerca do ambiente,
do clima, do tempo, do terreno, das influências sócio-políticas e de outros aspectos da
área em estudo ou do campo de batalha. Ao preparar a condução do seu processo de
tomada de decisão, o EMCFA e os Comandantes (Operacionais e Táticos) poderão
identificar, desde o começo, que informações, relacionadas tanto ao adversário quanto às
Forças amigas, serão exigidas para que possa tomar uma decisão e fazer o seu plano.

Inteligência Tecnológica – É o conjunto de atividades de caráter tecnológico exer-


cidas no exclusivo interesse da Atividade de Inteligência, nos ramos da Inteligência e da
Contrainteligência, abrangendo fontes, dados, informações, conhecimentos e processos
de análise, nas áreas de Sensoriamento Remoto e Imagens, Sinais e Guerra Eletrônica,
Cartografia, Meteorologia, Criptologia, Cibernética e Tecnologia da Informação.

Levantamento Estratégico de Área (LEA) – compilação organizada e metódica de


conhecimentos determinantes ou condicionantes do Poder Nacional de um determinado
país ou do potencial de uma área estratégica ou de atividades humanas.

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Logística Militar – é o conjunto de atividades relativas à previsão e à provisão dos


recursos e dos serviços necessários à execução das missões das Forças Armadas (FA).

Logística Militar Conjunta – é a sinergia das logísticas realizadas pela Marinha,


pelo Exército e pela Aeronáutica, sob um comando único, para proporcionar o apoio
logístico adequado e contínuo à consecução das missões nas operações conjuntas.

Necessidades de Inteligência (NI) – É o conjunto de requisitos estabelecidos para


a atividade de Inteligência visando equacionar as incertezas que poderão influenciar no
processo de tomada de decisão. Podem ser classificadas como Conhecimentos ou Infor-
mações.

Organização Militar Logística Singular (OMLS) – é uma organização militar de


uma FS, existente desde o tempo de paz ou ativada em operações, dotada de pessoal,
equipamentos e outros meios especializados, apta para executar atividades e tarefas de
uma ou mais funções logísticas.

Pedido de Inteligência (PI) – é o documento utilizado formalmente para solicitar aos


órgãos de Inteligência respostas para as suas NI. As respostas a esses pedidos poderão
ser Conhecimentos ou Informações.

SILOMS – Sistema Integrado de Logística de Material e de Serviços da Força Aérea


Brasileira (FAB) – é um sistema corporativo informatizado, integrado ao Sistema de Mate-
rial Aeronáutico (SISMA) e ao Sistema de Material Bélico (SISMAB), para o gerenciamen-
to da logística da FAB.

SIMATEX – Sistema de Material do Exército – é um sistema corporativo informatiza-


do, de desenvolvimento contínuo e evolutivo, integrante do Sistema de Informações Or-
ganizacionais do Exército (SINFORGEx), que busca, por meio da utilização de recursos
de tecnologia da informação, integrar processos, procedimentos, métodos, rotinas e técni-
cas, destinados à produção de conhecimentos com qualidade e oportunidade necessários
ao controle automatizado e ao gerenciamento de todos os materiais no âmbito do Exército
Brasileiro.

SINGRA – Sistema de Informações Gerenciais de Abastecimento da Marinha – é um


sistema corporativo informatizado, para apoiar o Sistema de Abastecimento da Marinha
(SAbM) no planejamento, controle e execução das fases básicas da logística (determina-
ção de necessidades, obtenção e distribuição), provendo recursos de tecnologia da infor-
mação (TI) necessários ao desempenho das atividades técnicas e gerenciais, inerentes
às funções logísticas de sua responsabilidade (Suprimentos, Manutenção e Transportes).

SIPLOM – Sistema de Planejamento Operacional Militar do Ministério da Defesa –


consiste em um conjunto de software interrelacionados para coletar, processar, armaze-
nar e disseminar informações em apoio aos processos de tomada de decisão. Está inte-
grado ao Sistema Militar de Comando e Controle (SISMC²).

Tarefa Logística – é um trabalho específico e limitado no tempo que agrupa passos,


atos ou movimentos interligados segundo uma determinada sequência e visando à
obtenção de um resultado definido.

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Tarefa Logística Conjunta – é uma Tarefa Logística executada por um elemento de


apoio logístico singular, em proveito de todos ou vários elementos integrantes de um
Comando Operacional (C Op).

Zona de Administração (ZA) – é uma porção predominantemente terrestre do


teatro de operações, compreendida entre o limite de retaguarda das forças empregadas
na zona de combate e o limite posterior da área de um C Op, no qual se desdobram
instalações de Comando e Controle, instalações fixas, unidades especializadas e outros
órgãos necessários para o apoio logístico ao conjunto das forças em operações. A
responsabilidade territorial pela ZA será determinada pelo Cmt Op.

Zona de Administração Avançada (ZA Avçd) – é uma área compreendida pela


ZA, situada em território estrangeiro, mas que necessitará ser mantida sob a jurisdição de
um comando militar para fins de administração territorial militar e de segurança, cabendo
ao Cmt Op a designação de seus elementos constitutivos.

Zona de Combate (ZC) – é a porção da área do C Op à frente dos limites de


retaguarda das forças empregadas na condução das operações, podendo incluir áreas
terrestres, marítimas e o espaço aéreo, no interior dos quais os comandos podem influir
diretamente na evolução das operações, pela manobra de seus elementos ou pelo
emprego do poder de fogo. Inclui, também, a área necessária ao apoio imediato às forças
amigas. A ZC pode prolongar-se pelo território controlado pelo inimigo, desde a linha de
contato até o alcance máximo dos sistemas de armas pertencentes às Forças Singulares.
Pode subdividir-se em zonas de ação (Z Aç) pelas F Cte, devendo os limites de
retaguarda das mesmas serem estabelecidos tão à frente quanto possível, a fim de
reduzir as responsabilidades logísticas, de segurança e territoriais de seus comandantes.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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Ministério da Defesa
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas
Brasília, 7 de dezembro de 2011
MINISTÉRIO DA DEFESA
Esplanada dos Ministérios – Bloco Q – 7o Andar
Brasília – DF – 70049-900
www.defesa.gov.br

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