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CURSO TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO

DISCIPLINA FISIOLOGIA HUMANA


PROF: CAMILO OLIVEIRA

Lélia Cristiane Santos

Biomoléculas

Biomoléculas ou moléculas biológicas são compostos químicos das células de todos


os seres vivos. São em geral moléculas orgânicas, compostas principalmente de carbono,
além de hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. São todas aquelas moléculas inerentes aos seres
vivos, seja como produto de suas funções biológicas ou como constituintes de seus corpos.
Eles vêm em uma ampla e variada gama de tamanhos, formas e funções. As principais
biomoléculas são carboidratos, proteínas , lipídios , aminoácidos, vitaminas e ácidos
nucléicos. As biomoléculas são formadas por átomos de carbonos. São dezenas a milhares de
carbonos reunidos em um esqueleto carbônico ligado a outros elementos químicos em menor
quantidade. Os átomos de carbono se unem por ligações simples ou duplas e formam cadeias
lineares, ramificadas ou cíclicas. A forma como os carbonos se organiza define sua estrutura
tridimensional, o que determina suas funções. As Biomoléculas são componentes
fundamentais dos organismos vivos. A maioria delas são macromoléculas, ou seja, moléculas
grandes e com estrutura bastante complexa. Cada biomolécula é composta de subunidades
que determinam características estruturais e arranjos específicos dentro da célula. Quando
reunidas e devidamente organizadas essas moléculas interagem de modo a conferir as
características dos seres vivos.

As principais biomoléculas são:

 Glicídios ou Carboidratos: compostos por subunidades de monossacarídeos;


 Proteínas: compostas por subunidades de aminoácidos
 Lipídios: compostos por subunidades de ácidos graxos e gliceróis;
 Ácidos Nucleicos ou Nucleotídeos: compostos por subunidades de monossacarídeos
(pentoses), ácido fosfóricos e bases nitrogenadas.

Carboidratos ou Glicídios:

Os carboidratos, conhecidos também pelos nomes glicídios, glucídios, hidratos de


carbono ou açúcares são moléculas de carbono com água (hidrogênio e oxigênio), essenciais
para as reações bioquímicas do nosso corpo. Sua principal função é dar energia, mas vale
lembrar que os carboidratos também possuem uma função estrutural visto que auxiliam na
formação das estruturas celulares e dos ácidos nucleicos. Os carboidratos ou glicídios são as
biomoléculas mais abundantes na natureza. São encontrados principalmente nos vegetais,
sendo considerados o principal produto da fotossíntese. A celulose, carboidrato mais
abundante na natureza, é um componente da parede celular e possui como função principal
auxiliar na estrutura celular vegetal. O amido é considerado a principal reserva energética dos
vegetais e encontrado principalmente nos tubérculos (batatas, mandioca, cará), nas raízes,
caule e folhas. A glicose aparece na forma livre em muitas frutas e é o metabolito habitual de
conversão nos organismos animais, ou seja, todos os glicídios ingeridos e absorvidos pelo
intestino precisam ser convertidos em glicose para participarem dos processos metabólicos
celulares. O glicogênio, armazenado no fígado e nos músculos dos animais, é a principal
reserva energética de animais e fungos. Nos seres humanos, quando o corpo necessita de
energia o glicogênio é transformado em moléculas de glicose. Por fim, a quitina está presente
na parede celular dos fungos e constitui também o exoesqueleto dos artrópodes.

Classificação e Estrutura

O grupo dos carboidratos é dividido em três categorias, são elas: Monossacarídeos,


Dissacarídeos, Polissacarídeos. Os monossacarídeos e os dissacarídeos são chamados de
carboidratos simples (cadeias simples) e os polissacarídeos de carbonos compostos (cadeias
compostas). Contudo, essa classificação dependerá da quantidade de átomos de carbonos
presentes em suas moléculas.

Monossacarídeos

Os monossacarídeos recebem o sufixo - ose, são eles basicamente os açúcares que


apresentam de 3 a 7 carbonos em sua estrutura sendo sua fórmula geral representada por
(CH2O)n, no qual o “n” significa o número de átomos de carbono. Segundo o número de
carbonos presentes, podem ser chamadas de Triose (3), Tetrose (4), Pentose (5), Hexose (6) e
Heptose (7). Os monossacarídeos que merecem destaque são: as Pentoses (C 5H10O5): Ribose
e Desoxirribose, e as Hexoses (C6H12O6): Glicose, Frutose e Galactose.
Dissacarídeos

Os dissacarídeos, moléculas solúveis em água, são formados pela união de dois


monossacarídeos por meio de uma ligação denominada glicosídica. Nesse processo, chamado
de “Síntese por Desidratação”, ocorre a perda de uma molécula de água.Os dissacarídeos
mais conhecidos são: sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + galactose) e maltose
(glicose + glicose). Desta maneira, a sacarose e a maltose são encontradas nas plantas ou
vegetais enquanto a lactose é encontrada no leite.

Polissacarídeos

Os polissacarídeos, insolúveis em água, são polímeros de monossacarídeos, ou seja,


são moléculas grandes (macromoléculas) formados pela união de vários monossacarídeos.
Neste grupo, os carboidratos mais conhecidos são: a celulose, o amido, o glicogênio e a
quitina.

Lipídios

Os lipídios são moléculas biológicas, como gorduras, óleos, fosfolipídios e esteróides.


Eles são importantes para as membranas celulares, armazenamento de energia, isolamento,
comunicação célula-célula. Os lipídios têm uma grande variedade de estruturas, mas todos
incluem uma cadeia de hidrocarbonetos que está quase sempre na forma de um ácido gordo.
As gorduras são lipídios produzidos pela ligação de ácidos graxos com um álcool – a gordura
mais comum é o triacilglicerol, que contém três ácidos graxos ligados a um álcool de 3
carbonos chamado glicerol. Os fosfolipídios são os compostos que compõem as membranas
celulares – eles têm extremidades solúveis em água e insolúveis em água que formam uma
barreira útil ao redor das células. Os esteróides são uma forma de lipídio com átomos de
carbono dispostos em quatro anéis. Eles são produzidos naturalmente no corpo e incluem
hormônios como colesterol, testosterona e estrogênio.

Estrutura dos Lipídios


Há uma enorme variedade de lipídios diferentes e a estrutura química varia entre cada
um deles. Por causa disto é difícil delinear uma estrutura geral de um lipídio. Todos os lípidos
contêm, no entanto, pelo menos uma cadeia de hidrocarbonetos (isto é, uma cadeia de átomos
de carbono e hidrogénio) com um final ácido. Cadeias de hidrocarbonetos são insolúveis em
água. A grande maioria dos lipídios tem longas cadeias de hidrocarbonetos e é por isso que
elas são moléculas hidrofóbicas, ou seja, não se dissolvem na água.

Ácidos Graxos
Os ácidos graxos são uma característica definidora dos lipídios. Um ácido graxo é
uma longa cadeia de hidrocarbonetos (alquila) com uma cabeça ácida. A cabeça ácida é mais
corretamente conhecida como “ácido carboxílico” e tem a estrutura química -COOH, a
mesma estrutura que torna o vinagre ácido. Um ácido graxo pode ser saturado ou insaturado.
Se dois átomos de carbono da cadeia de hidrocarbonetos compartilham uma ligação dupla,
então um ácido graxo é conhecido como ‘insaturado’. Se não houver ligações duplas ao longo
da cadeia alquílica, o ácido graxo é saturado. Isso ocorre porque todos os átomos de carbono
se ligaram a tantos átomos de hidrogênio quanto possível. A cadeia alquílica é, portanto,
saturada em hidrogênio. A presença de uma ligação dupla torna um ácido graxo insaturado
porque é possível que a cadeia alquílica seja ligada a mais átomos de hidrogênio.

Gorduras e Óleos
As gorduras são uma forma comum e bem conhecida de lipídios. Eles são feitos por
ligação de ácidos graxos a um álcool. A gordura mais comum é um triacilglicerol. Um
triacilglicerol é uma gordura feita a partir de três ácidos graxos ligados a um álcool chamado
“glicerol”. O glicerol é um álcool de três carbonos e cada um dos carbonos se liga a um ácido
graxo. A estrutura dos ácidos graxos de uma gordura determina se uma gordura é saturada ou
insaturada. Ligações duplas em uma ou mais cadeias alquílicas dos ácidos graxos criam uma
gordura insaturada. Uma molécula de gordura sem ligações duplas em qualquer uma das suas
cadeias alquílicas é conhecida como uma gordura saturada. Uma ligação dupla cria uma
curva em uma cadeia alquílica. Isso reduz a quantidade de moléculas de gordura que podem
ser comprimidas juntas. Gorduras fracamente acondicionadas têm pontos de fusão mais
baixos e é por isso que gorduras insaturadas, como óleos vegetais, são comumente líquidas à
temperatura ambiente. Gorduras saturadas, por outro lado, têm pontos de fusão mais altos e
são mais prováveis de serem encontradas como sólidos à temperatura ambiente. A principal
função de uma gordura é armazenar energia. Eles são mais comuns em animais porque
contêm uma quantidade muito grande de energia para o seu peso. Uma molécula gorda
armazenará muito mais energia do que uma molécula de carboidrato do mesmo peso. Para
animais móveis que transportam peso extra não é ideal, portanto, o armazenamento de
energia em moléculas leves é benéfico. As gorduras são armazenadas em tecido conhecido
como “tecido adiposo” e em células conhecidas como “células adiposas”.

Fosfolipídeos

Os fosfolipídios são menos conhecidos que as gorduras e óleos, mas são essenciais
para a vida na Terra. Eles são as moléculas usadas para construir as membranas encontradas
ao redor e dentro das células. Sem uma membrana plasmática, uma célula não seria capaz de
sobreviver. Um fosfolipídio é semelhante em estrutura a um triacilglicerol. Ele contém DOIS
ácidos graxos mais um grupo fosfato ligado aos três carbonos de uma molécula de glicerol. A
única diferença entre um fosfolipídio e uma gordura é a substituição de um ácido graxo por
um grupo fosfato. Um grupo fosfato tem uma carga negativa, de modo que muitas outras
moléculas podem se ligar ao grupo fosfato. Isso faz uma grande variedade de diferentes
fosfolipídios possíveis. A combinação de ácidos graxos e um grupo fosfato tornam os
fosfolipídios ideais para a produção de membranas celulares. O grupo fosfato é solúvel em
água e é, portanto, atraído pela água (hidrofílico). Os ácidos graxos são insolúveis em água e
são hidrofóbicos. Uma membrana fosfolipídica contém duas camadas de fosfolipídios. Em
ambas as camadas, os ácidos graxos hidrofóbicos apontam para dentro um do outro. Os
grupos de fosfato estão voltados para os ambientes à base de água da célula e do mundo ao
redor. Esta bicamada fosfolipídica cria uma barreira para substâncias que entram e saem de
uma célula. Se uma substância quiser passar através da membrana, deve poder mover-se
através da barreira hidrofílica dos grupos fosfato e da barreira hidrofóbica dos ácidos gordos.
Muitas substâncias só podem entrar e sair das células através de canais de membrana criados
por proteínas.

Esteróides

Os esteróides são um tipo particular de lipídio com uma estrutura química única. Eles
são caracterizados por terem átomos de carbono dispostos em quatro anéis adjacentes – três
anéis feitos de 6 átomos de carbono e o anel final feito de 5 átomos de carbono. Os esteróides
são produzidos naturalmente no corpo. Exemplos incluem o colesterol e os hormônios
sexuais testosterona, progesterona e estrogênio. O colesterol é o esteróide mais abundante no
corpo e é produzido no cérebro, sangue e tecido nervoso.

Proteínas

As proteínas são as macromoléculas orgânicas mais abundantes das células,


fundamentais para a estrutura e função celular. Elas são encontradas em todos os tipos de
células e nos vírus. Elas são formadas por aminoácidos ligados entre si e unidos através de
ligações peptídicas.

Aminoácidos

Os aminoácidos são moléculas orgânicas que possuem, pelo menos, um grupo amina -
NH2 e um grupo carboxila - COOH em sua estrutura. As proteínas são polímeros de
aminoácidos ligados entre si por ligações peptídicas. Uma ligação peptídica é a união do
grupo amino (-NH2) de um aminoácido com o grupo carboxila (-COOH) de outro
aminoácido. Eles são as unidades fundamentais das proteínas. Todas as proteínas são
formadas a partir da ligação sequencial de 20 aminoácidos. Alguns aminoácidos especiais
podem estar presentes em alguns tipos de proteínas.

Composição das Proteínas

De peso molecular extremamente elevado, as proteínas são compostas por carbono,


hidrogênio, nitrogênio e oxigênio, sendo que praticamente todas elas possuem enxofre.
Elementos como ferro, zinco e cobre também podem estar presentes. Todas as proteínas são
formadas por um conjunto de 20 aminoácidos, arranjados em sequências específicas variadas.

Tipos de Proteínas

Dependendo da sua função no organismo, as proteínas são classificadas em dois grandes


grupos:

 Proteínas Dinâmicas: Esse tipo de proteína realiza funções como defesa do organismo,
transporte de substâncias, catálise de reações, controle do metabolismo;
 Proteínas Estruturais: Como o próprio nome indica, sua função principal é a estruturação das
células e dos tecidos no corpo humano. O colágeno e a elastina são exemplos desse tipo de
proteína.
Classificação das Proteínas

As proteínas podem ser classificadas das seguintes formas:

Quanto à Composição

 Proteínas Simples: Liberam apenas aminoácidos durante a hidrólise;


 Proteínas Conjugadas: Por hidrólise, liberam aminoácidos e um radical não peptídico,
denominado grupo prostético.
Quanto ao Número de Cadeias Polipeptídicas

 Proteínas Monoméricas: Formadas apenas por uma cadeia polipeptídica;


 Proteínas Oligoméricas: De estrutura e função mais complexas, são formadas por mais de
uma cadeia polipeptídica.
Quanto à Forma

 Proteínas Fibrosas: A maioria das proteínas fibrosas são insolúveis em meio aquosos e
possuem pesos moleculares bastante elevados. Normalmente são formadas por longas
moléculas de formato quase retilíneo e paralelas ao eixo da fibra. Fazem parte deste grupo
as proteínas estruturais como o colágeno do tecido conjuntivo, a queratina do cabelo, a
miosina dos músculos, entre outras;
 Proteínas Globulares: Possuem estrutura espacial mais complexa e são esféricas. Geralmente
são solúveis em meio aquoso. São exemplos de proteínas globulares as proteínas ativas,
como as enzimas, e as transportadoras, como a hemoglobina.

Função das Proteínas

As principais funções das proteínas são:

 Fornecimento de energia;
 Estruturação da célula;
 Catalisador de funções biológicas, na forma de enzimas;
 Regulação de processo metabólicos;
 Armazenamento de substâncias;
 Transporte de substâncias;
 Construção e reparação dos tecidos e músculos;
 Defesa do organismo, na forma de anticorpos;
 Produção de hormônios e neurotransmissores.
Alimentos ricos em proteínas

Os alimentos ricos em proteínas são os de origem animal e em menor quantidade de origem


vegetal:

 Alimentos de origem animal: Carnes em geral, peixes, ovos, leite e derivados;


 Alimentos de origem vegetal: Feijão, lentilha, soja, quinoa, trigo, ervilhas

Ácidos nucleicos

Os ácidos nucleicos são formados por moléculas menores chamadas de nucleotídeos


que, em sequência, formam o DNA e o RNA. Eles são armazenados no núcleo das células e
são os responsáveis por armazenar a informação genética que será expressa na síntese
proteica, pela multiplicação celular e transferência de características por hereditariedade.

Estrutura química dos nucleotídeos

Cada nucleotídeo é formado por uma pentose, uma base nitrogenada e um radical
fosfato. A pentose é um açúcar formado por cinco carbonos que pode ser de dois tipos:
desoxirribose no DNA ou ribose no RNA. As bases nitrogenadas são estruturas em anel e
podem ser do tipo púricas ou do tipo pirimídicas. O DNA e o RNA compartilham as bases
púricas adenina (A) e guanina (G). Já entre as bases pirimídicas, eles compartilham a citosina
(C) e têm particularidades quanto a segunda, o DNA possui timina (T) e o RNA possui
uracila (U). O radical fosfato é o responsável por dar aos ácidos nucleicos sua característica
acida e, além disso, ele também faz as ligações entre os nucleotídeos que formam uma cadeia.

DNA ou ácido desoxirribonucleico

O DNA é formado por uma fita dupla em forma de espiral (dupla hélice) contendo os
nucleotídeos. Os filamentos enrolados entre si são ligados por pontes de hidrogênio que se
formam entre as quatro bases nitrogenadas. As pontes de hidrogênio não são formadas
aleatoriamente entre os pares de bases, cada base tem seu parceiro ideal, adenina se liga a
timina (A-T ou T-A) e citosina se liga a guanina (C-G ou G-C). O DNA fica completamente
compactado dentro do núcleo da célula, se ele pudesse ser esticado, teríamos uma fita com
pelo menos 2 metros de comprimento! Os vírus são os únicos seres vivos que não possuem
DNA no planeta Terra.

RNA ou ácido ribonucleico

O RNA é a molécula responsável pela síntese de proteínas. O RNA é produzido no


núcleo da célula pelo DNA, mas como precisa transportar informações, também pode ser
encontrado no citoplasma. Ele é formado por uma cadeia simples, ou seja, possui uma única
fita que é formada a partir de uma fita de DNA, com a ajuda da RNA polimerase. A RNA
polimerase é a enzima que auxilia a produção de RNA. Essa enzima é formada pelo DNA a
partir de um processo chamado transcrição.

O RNA pode se apresentar de três formas:

 RNA transportador (RNAt): transporta os aminoácidos até os ribossomos, local onde


serão utilizados pelos RNAr na síntese proteica.
 RNA mensageiro (RNAm): transporta as informações genéticas do núcleo até o
citoplasma e orienta a ordem dos aminoácidos para o RNAr usar na síntese de
proteínas.
 RNA ribossômico (RNAr): é o principal constituinte dos ribossomos e,
consequentemente, o principal responsável pela síntese de proteínas.

ENZIMAS

As enzimas são proteínas que podem ser classificadas em vários tipos, de acordo com
a especificidade com que elas se encontram envolvidas. As enzimas atuam acelerando a
velocidade das reações químicas em nosso organismo, ou seja, possuem função catalisadora.
As enzimas podem se associar às coenzimas, que são moléculas orgânicas não proteicas
indispensáveis ao funcionamento das mesmas. Como exemplos de enzimas podemos
destacar: lipase, ptialina, pepsina, amilases, DNA polimerase, entre outras. As enzimas
podem ser classificadas em: hidrolases, ligases, oxidoredutases, transferases, liases e
isomerases. Bioquimicamente, alguns fatores podem influenciar a atividade enzimática, como
a temperatura e o pH. A principal característica da enzima é que ela age especificamente
sobre um substrato, como um encaixe perfeito. Elas possuem uma estrutura tridimensional
conservada, sendo essenciais à vida. As enzimas geralmente recebem nomes relacionados
com o substrato, sobre o qual atuam, mais o sufixo -ase. Por exemplo: lipases, são enzimas
que atuam sobre proteínas; amilases são enzimas que atuam sobre amido. Nem todas as
enzimas, entretanto, seguem esse padrão de nomenclatura, como é o caso da ptialina, da
pepsina e da tripsina, por exemplo. As enzimas são responsáveis por acelerar a velocidade
das reações químicas em nosso organismo.

As enzimas podem ser classificadas de acordo com os vários critérios pelos quais elas estão
envolvidas:

Hidrolases: São aquelas enzimas que se associam às moléculas de água para promoverem a
quebra das ligações covalentes, como a peptidases
Ligases: São responsáveis por formar novas moléculas através da união de duas já pré-
existentes, como a sintetases
Oxidoredutases: São responsáveis por efetuar a transferência de elétrons, o que podemos
definir como oxi-redução. Exemplo: desidrogenases
Transferases: São enzimas que têm como finalidade realizar a translocação de grupos
funcionais como grupamento amina, carbonila, carboxila, fosfato, de uma molécula para
outra. Podemos citar como exemplo a quinase.
Liases: Atuam na remoção de molécula de água, gás carbônico e amônia, a partir da ruptura
de ligações covalentes. Exemplo: descarboxilase

Isomerases: Responsáveis por mediar a conversão de substâncias isoméricas, sejam elas


geométricas ou ópticas, como a epimerases.

Função

As enzimas têm função de aumentar a velocidade das reações sem elevar a


temperatura. Isso ocorre porque elas diminuem a energia de ativação necessária para a
ocorrência da reação. Por isso, elas são chamadas catalisadores biológicos. Se não fossem as
enzimas, diversas reações do nosso metabolismo aconteceriam de maneira exageradamente
lenta, o que prejudicaria e muito o nosso sistema.
O que é uma coenzima?

São substâncias não proteicas que auxiliam as enzimas em seus processos de catálise.
Quando a coenzima se une à enzima, recebe o nome de holoenzima. Exemplo de coenzimas:
vitaminas, NAD e o FAD.

Características e estrutura de uma enzima

A principal característica da enzima é ser uma proteína com estrutura tridimensional


(terciária ou quaternária). Caracterizam-se pela grande especificidade enzima-substrato, como
se fosse um encaixe de chave e fechadura. Outra característica importante é que, após ocorrer
a reação, elas permanecem quimicamente intactas, podendo participar novamente do mesmo
tipo de reação.

Tipos

São vários os tipos de enzimas e geralmente recebem nomes relacionados com o substrato
sobre o qual atuam mais o sufixo ‘ase’, havendo exceções.

 Catalase
 DNA polimerase ou Transcriptase Reversa
 Lactase
 Lipase
 Protease
 Urease:
 Ptialina ou Amilase
 Pepsina ou Protease
 Tripsina

Influências externas nas enzimas

Existem alguns fatores que podem contribuir para que a enzima tenha algum tipo de
disfunção e consequentemente se torne inativa. Entre essas influências externas podemos
citar a alteração da temperatura ou do pH. Um exemplo clássico é o que acontece no nosso
estômago com ação das pepsinas, que possui um pH ácido por volta de 2, fazem com que
nossa digestão aconteça de forma mais rápida, melhorando assim nosso condicionamento.
Por isso é tão comum vermos alimentos dando destaque a sua função digestória, graças a
utilização das enzimas que efetuarão um bom trabalho na digestão do mesmo em união com
outras moléculas. Já a tripsina atua em meio básica, com pH em torno de 8,0. Essa enzima é
produzida pelo pâncreas e lançada no duodeno, onde catalisa a degradação de proteínas que
não foram digeridas no estômago. É interessante também salientar que a temperatura
adequada não pode ser nem baixa nem elevada demais pois, do mesmo jeito que as baixas
podem causar a inativação da enzima, a temperatura elevada pode gerar sua desnaturação.
Um fato curioso é quando estamos com alto teor de febre. É super importante baixarmos a
temperatura, pois a alta taxa de calor corporal pode causar a desnaturação enzimática. A
partir de certa temperatura, cujo valor varia dependendo da enzima, ocorre desnaturação
proteica, o que torna a enzima inativa. Há alteração de sua forma e com isso ela deixa de se
acoplar ao substrato, não havendo mais a formação do complexo enzima-substrato. A
velocidade da reação, então, diminui rapidamente. Outro fator que interfere na atividade
enzimática é o pH, índice que nos informa se uma solução é ácida, básica ou neutra. Sua
escala vai de 0 a 14, sendo que pH = 7 corresponde ao pH neutro. Valores abaixo de 7
indicam que a solução é ácida e valores acima de 7 indicam que é básica ou alcalina. Cada
enzima tem seu ótimo de atividade em um determinado pH. Alterações no pH podem
provocar desnaturação e inativação da mesma.

OXIDAÇÃO RESPIRATÓRIA DOS CARBOIDRATOS


A oxidação respiratória dos carboidratos é um processo fundamental para a produção
de energia nas células. Vamos explorar as principais etapas desse processo:

Glicólise:
A glicose, um carboidrato de seis carbonos, é convertida em dois piruvatos (cada um
com três carbonos). Durante a glicólise, ATP e NADH são produzidos. Essas reações
ocorrem no hialoplasma (citoplasma). Oxidação do piruvato: O piruvato formado na
glicólise viaja até a matriz mitocondrial. Lá, ele é convertido em uma molécula de dois
carbonos, ligada à coenzima A, chamada de acetil-CoA. Nesse processo, dióxido de carbono
é liberado e NADH é produzido.
Ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs)

A molécula de acetil-CoA combina-se com uma molécula de quatro carbonos. Essa


combinação passa por um ciclo de reações, regenerando, por fim, a molécula inicial de quatro
carbonos. Durante o ciclo do ácido cítrico, são produzidos ATP (ou, em alguns casos, GTP),
NADH e FADH₂. O dióxido de carbono também é liberado. Essas reações ocorrem na
matriz mitocondrial.

Fosforilação oxidativa:
O NADH e o FADH₂ produzidos nas etapas anteriores depositam seus elétrons na
cadeia transportadora de elétrons na membrana mitocondrial interna. À medida que os
elétrons descem pela cadeia, energia é liberada e usada para bombear prótons para fora da
matriz e para dentro do espaço intermembranar, formando um gradiente. Os prótons voltam
para a matriz por meio de uma enzima chamada ATP sintase, produzindo ATP. No final da
cadeia transportadora de elétrons, o oxigênio recebe elétrons e adquire prótons para formar
água. Durante a respiração celular, uma molécula de glicose é gradualmente decomposta em
dióxido de carbono e água. A fosforilação oxidativa, alimentada pelo movimento de elétrons
através da cadeia transportadora de elétrons, é responsável pela produção da maior parte da
energia celular A respiração aeróbia desenvolve-se sobretudo nas mitocôndrias, isto porque
apenas uma fase, das quatro que a constituem, ocorre no hieloplasma.

C6H12O6 + O2 -> 6 CO2 + 6 H2O + energia

EXPLIQUE E DESENHE COM DETALHES AS ETAPAS DA RESPIRAÇÃO AERÓBICA


CELULAR

Nessa equação, verifica-se que a molécula de glicose (C 6H12O6) é dividida de maneira


a originar substâncias relativamente mais simples (CO 2 e H2O). A divisão da glicose,
entretanto, não pode ser efetuada de forma repentina, uma vez que a energia liberada seria
muito intensa e comprometeria a vida da célula. É preciso, portanto, que esta seja dividida
lentamente durante o processo.
Assim, a Respiração Aeróbia é constituída basicamente por quatro fases: a Glicólise, A
Formação de Acetil-coezima A, o ciclo de Krebs e a cadeia respiratória.
Glicólise

Glicólise significa " quebra " da glicose. Nesse processo, a glicose converte-se em
duas moléculas de um ácido orgânico dotado de 3 carbonos, denominado ácido pirúvico
(C3H4O3).
Para a ser ativada e tornar-se reativa a célula consome 2 ATP (armazena energia química
extraída dos alimentos distribuindo de acordo com a necessidade da célula). No entanto, a
energia química liberada no rompimento das ligações químicas da glicose permite a síntese
de 4 ATP. Portanto, a glicólise apresenta um saldo energético positivo de 2 ATP.

Formação de Acetil-coezima A

O ácido pirúvico, na presença de oxigénio, entra na mitocôndria, onde é


descarboxilado (perde uma molécula de dióxido de carbono) e oxidado, isto é, perde um
hidrogénio, que é usado para reduzir o NAD +, formando NADH e H +

Ciclo de krebs

O ciclo de krebs é um conjunto de reações metabólicas que conduz à oxidação


completa da glicose. Este conjunto de reações ocorre na matriz da mitocôndria e é catalizado
por um conjunto de enzimas, destacando-se as descarboxilases (catalizadores das
descarboxilações) e as desidrogenases (catalizadores das reações de oxidação-redução que
conduzem à formação de NADH).
Ainda no Ciclo de Krebs, cada molécula de glicose conduz à formação de duas moléculas de
ácido pirúvico, as quais originam duas moléculas de Acetil-coezima A. Devido à combinação
do grupo acetil (que tem dois carbonos) coezima A com o ácido Oxaloacético com quatro
carbonos, forma-se o ácido cítrico com seis carbonos.
Assim, por cada molécula de glicose degradada, formam-se no ciclo de krebs:
-seis moléculas de NADH;
-duas moléculas de FADH²;
-duas moléculas de ATP;

Quatro moléculas de CO2


Cadeia respiratória

Essa fase ocorre nas cristas mitocôndriais. Os electrões e protões retirados da glicose e
presentes nas moléculas de FADH 2 e NADH2 são transportados até o oxigénio, formando
água. Dessa maneira, na cadeia respiratória o NAD e o FAD funcionam como transportadores
de hidrogénios.
Depois disto tudo podemos dizer que o processo respiratório aeróbio pode, então, ser
equacionado assim:

C6H12O6 + 6 O2 -> CO2 + 6 H2O + 38 ATP


REFERÊNCIAS:

Disponível em: https://conceitosdomundo.pt/biomoleculas/. Acessado em: 29/03/2024.

Disponível em: Respiração celular: o que é, quais as etapas e entenda como é processo - Toda
Matéria (todamateria.com.br). Acessado em: 29/03/2024.

Disponível em: O que são Lipídios: Funções e Tipos - Toda Matéria (todamateria.com.br).
Acessado em: 29/03/2024.

Disponível em: Ácidos nucléicos - conceito, DNA, RNA, estrutura e funções


(conceitosdomundo.pt). Acessado em: 29/03/2024.

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