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Espectro Contínuo
A cor é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fotons sobre células
especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada no nervo
óptico, impressões para o sistema nervoso.
Considerando as cores como luz, a cor branca resulta da sobreposição de todas as cores
primárias(amarelo, azul, verde e vermelho), enquanto o preto é a ausência de luz. Uma
luz branca pode ser decomposta em todas as cores (o espectro) por meio de um prisma.
Na natureza, esta decomposição origina um arco-íris.
Índice
[esconder]
1 Teoria da cor
2 Medição e reprodução
3 Percepção da cor
4 Círculo cromático
5 Combinação de cores
6 Cultura e influência
7 Tabela de cores
8 Psicologia das cores
9 Ver também
10 Ligações externas
Mapa de cores. Observar que cada cor é sempre a intermediária entre as duas vizinhas e
que diametralmente opostas estão as cores complementares
Quando se fala de cor, há que distinguir entre a cor obtida aditivamente (cor luz) ou a
cor obtida subtractivamente (cor pigmento).
No primeiro caso, chamado de sistema RGB, temos os objectos que emitem luz
(monitores, televisão, Lanternas, etc.) em que a adição de diferentes comprimentos de
onda das cores primárias de luz Vermelho + Azul (cobalto) + Verde = Branco.
No segundo sistema (subtractivo ou cor pigmento) iremos manchar uma superfície sem
pigmentação (branca) misturando-lhe as cores secundárias da luz (também chamadas de
primárias em artes plásticas); Ciano + Magenta + Amarelo.
Este sistema corresponde ao "CMY" das impressoras e serve para obter cor com
pigmentos (tintas e objetos não-emissores de luz). Subtraindo os três pigmentos temos
uma matiz de cor muito escura, muitas vezes confundido com o preto.
O "K" da sigla "CMYK" corresponde à cor "Preto" (em inglês, "Black"), sendo que as
outras são:
C = Cyan (ciano)
M = Magenta
Y = Yellow (amarelo)
K = Black (preto)
Alguns estudiosos afirmam que a letra "K" é usada para o "Preto" ("Black") como
referência a palavra "Key", que em inglês significa "Chave". O "Preto" é considerado
como "cor chave" na Indústria Gráfica, uma vez que ele é usado para definir detalhes
das imagens. Outros afirmam que a letra "K" da palavra "blacK" foi escolhida pois, a
sigla "B" é usada pelo "Blue" = "Azul" do sistema RGB.
A principal diferença entre um corpo azul (iluminado por luz branca) e uma fonte
emissora azul é de que o pigmento azul está a absorver o verde e o vermelho refletindo
apenas azul enquanto que a fonte emissora de luz azul emite efetivamente apenas azul.
Se o objeto fosse iluminado por essa luz ele continuaria a parecer azul. Mas, se pelo
contrário, ele fosse iluminado por uma luz amarela (luz Vermelha + Verde) o corpo
pareceria negro.
Note-se ainda que antes da invenção do prisma e da divisão do espectro da luz branca
(veja também difração), nada disto era conhecido, pelo que ainda hoje é ensinado nas
nossas escolas que Amarelo/Azul/Vermelho são as cores primárias das quais todas as
outras são passíveis de ser fabricadas, o que não é incorreto. As cores percebidas por
nossos receptores visuais não correspondem as cores encontradas na Natureza.
Na Natureza amarelo, azul e vermelho são as cores de onde todas as outras se originam
a partir de suas combinações:
A combinação de cores primárias formam cores secundárias, que combinadas com cores
secundárias formam cores terciárias e assim por diante.
Brilho – corresponde à intensidade luminosa (isto é, mais brilho, mais luz, mais
"claridade");
Saturação – corresponde à pureza espectral relativa da luz (alta saturação = cor bem
definida dentro de estreita faixa espectral; baixa saturaçao = cor "indefinida" tendendo
ao branco, ampla distribuição espectral).
Interessante notar que as cores mais claras aparentam maior brilho, mas na verdade isto
é devido ao efeito combinado de brilho e matiz. Também inclui-se a designação
intensidade de cor, que é o efeito combinado de matiz e saturação. Um outro
parâmetro que causa alguma confusão é a densidade de cor, que não diz respeito aos
emissores e sim aos meios transparentes. A densidade de cor é uma medida do grau de
opacidade (absorção da luz), combinado com a intensidade de cor; muito usado na
avaliação de pedras preciosas.
Podemos dizer que quando dois diferentes espectros de luz tem o mesmo efeito nos três
receptores do olho humano (células-cones), serão percebidos como sendo a mesma cor.
A medição da cor é fundamental para se poder criá-la e reproduzí-la com precisão, em
especial, nas artes gráficas, arquitetura, alimentação e sinalização. Existem diversos
métodos para medição da cor, tais como a tabelas de cores, o círculo cromático e os
modelos de cores.
A cor é algo que nos é tão familiar que se torna para nós difícil compreender que ela não
corresponde a propriedades físicas do mundo mas sim à sua representação interna, em
nível cerebral. Ou seja, os objectos não têm cor; a cor corresponde a uma sensação
interna provocada por estímulos físicos de natureza muito diferente que dão origem à
percepção da mesma cor por um ser humano. Não notamos, por exemplo, nenhuma
diferença fundamental na cor dos objectos familiares quando se dá uma mudança na
iluminação. Para o nosso sistema visual, as cores da pele e dos rostos das pessoas e as
cores dos frutos permanecem fundamentalmente invariáveis, embora seja tão difícil
conseguir que esse tipo de objecto fique com a cor certa num monitor de televisão.
A cor não tem só que ver com os olhos e com a retina mas também com a informação
presente no cérebro. Enquanto, com uma iluminação pobre, um determinado objecto cor
de laranja pode ser visto como sendo amarelado ou avermelhado, vemos normalmente
mais facilmente com a sua cor certa, laranja, porque é um objecto de que conhecemos
perfeitamente a cor. E, se usarmos durante algum tempo óculos com lentes que são
verdes de um lado e vermelhas do outro, depois, quando tiramos os óculos, vemos
durante algum tempo tudo esverdeado, quando olhamos para um lado, e tudo
avermelhado, quando olhamos para o outro. O cérebro aprendeu a corrigir a cor com
que «pinta» os objectos para eles terem a cor que se lembra que eles têm; e demora
algum tempo a perceber que deve depois deixar de fazer essa correcção.
A chamada constância da cor é este fenómeno que faz com que a maioria das cores das
superfícies pareçam manter aproximadamente a sua aparência mesmo quando vistas sob
iluminação muito diferente. O sistema nervoso, a partir da radiação detectada pela
retina, extrai aquilo que é invariante sob mudanças de iluminação. Embora a radiação
mude, a nossa mente reconhece certos padrões constantes nos estímulos perceptivos,
agrupando e classificando fenómenos diferentes como se fossem iguais. O que vemos
não é exactamente «o que está lá fora», mas corresponde a um modelo simplificado da
realidade que é de certeza muito mais útil para a nossa sobrevivência.
Os organismos complexos não reagem directamente aos estímulos físicos em si, mas
sim à informação sobre os estímulos representada internamente por padrões de
actividade neuronal. Se os estímulos fornecem informação sobre a cor, é apenas porque
a qualidade sensorial, a que chamamos cor, emerge nos mecanismos sensoriais pelo
processo de aprendizagem e é por estes projectada sobre os estímulos. E uma grande
variedade de combinações de estímulos muito diferentes podem gerar esse mesmo
padrão de actividade neuronal correspondente a um mesmo atributo de uma qualidade
sensorial. São essas qualidades sensoriais que permitem aos seres vivos detectar a
presença de comida ou de predadores, sob condições de luz diferentes e em ambiente
variados. Correspondem a um modelo simplificado do mundo que permite uma
avaliação rápida de situações complexas e que se mostrou útil e adequado à manutenção
de uma dada espécie.
O nosso sistema sensorial faz emergir todo um contínuo muito vasto de cores com as
diferenças de tonalidades que nós aprendemos a categorizar, associando determinados
nomes a certas bandas de tonalidade (com uma definição extremamente vaga). É este
hábito humano de categorizar que nos faz imaginar que o nosso sistema nervoso faz
uma detecção «objetiva» de uma determinada cor que existe no mundo exterior.
Lápis de cor.
Culturas distintas podem ter diferentes significados para determinadas cores. A cor
vermelha foi utilizada no Império Romano, pelos nazis e comunistas. Usualmente é
também a cor predominante utilizada em redes de alimentação fast food. O vermelho é
a cor do sangue e naturalmente provoca uma reação de atenção nos indivíduos.
Outras cores possuem significados diferentes em culturas diferentes, como por exemplo
o luto.
Ex: se uma pessoa passa o ano novo de verde, ela pode esperar esperança para o ano
seguinte. Muitas pessoas passam de branco, esperando a paz.
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Categorias: Óptica | Cores
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