Book Borboletasfrugivoras Uatuma1

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BORBOLETAS FRUGÍVORAS

DA REBIO DO UATUMÃ
Isabela Freitas Oliveira
Fabricio Beggiato Baccaro
Borboletas frugívoras da REBIO do Uatumã

Autores Conteúdo científico


Isabela Oliveira Isabela Oliveira
Fabricio Baccaro Fabricio Baccaro

Colaboradores Fotografias
Gilmar Klein Isabela Oliveira
Leomar Indruziak
Isabela Nicoletti Revisão do conteúdo
Márcio Uehara-Prado
Coordenação do Projeto
Isabela Oliveira Projeto gráfico e diagramação
Fabricio Baccaro
Felipe Costa
Apoio técnico
Financiamento
Isabela Oliveira
Fundação de Amparo à Pesquisa do
Leila Shirai
Estado do Amazonas (FAPEAM)
Confirmação das identificações
Apoio institucional
Keith Willmott
Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
Thamara Zacca
Mirna Casagrande Instituto Chico Mendes de Conservação
Julián Salazar-E da Biodiversidade (ICMBio)
Mônica Piovesan Instituto Nacional de Pesquisas da
Mario Marín Amazônia (INPA)

O48b Oliveira, Isabela Freitas


Borboletas frugívoras da Rebio do Uatumã [Recurso Digital] /
Isabela Freitas Oliveira, Fabricio Beggiato Baccaro. – Manaus, AM:
EDUA, 2024.
81 p. ; 14 x 21 cm

ISBN 978-65-5839-187-6

1.Borboletas – Amazônia. 2. Ecologia – Conservação. 3. Frugívoros –


Monitoramento. 4. Rebio do Uatumã. I. Oliveira, Isabela Freitas. II.
Baccaro, Fabricio Beggiato.

CDD: 595.789
BORBOLETAS FRUGÍVORAS
DA REBIO DO UATUMÃ
Isabela Freitas Oliveira
Fabricio Beggiato Baccaro
AGRADECIMENTOS

Antônio Queiroz Felipe Macedo Jomhara Quadros Juan Braga


Monitor Monitor Monitora Monitor

Melquisedec Ronaldo Braga Valdeildson


Macedo Monitor Moraes
Monitor Monitor
SUMÁRIO

06 08 11 12
APRESENTAÇÃO A AMAZÔNIA AS UCs A REBIO DO
DO AMAZONAS PARTICIPANTES UATUMÃ

13 14 16 77
O PROGRAMA AS BORBOLETAS ASSINATURA REFERÊNCIAS
MONITORA FRUGÍVORAS DAS TRIBOS

17 25
18
Ageroniini
26
Anaeini

21
Epicaliini
30
Preponini

BIBLIDINAE CHARAXINAE

35 40
36
Coeini
41 55
Brassolini Morphini

52
Haeterini
62
Satyrini

NYMPHALINAE SATYRINAE
6

APRESENTAÇÃO

O projeto “Borboletas frugí- das e enviadas para Manaus, foi pos-


voras do Amazonas: informações sível identificá-las até espécie, fotogra-
para uso técnico, científico e so- fá-las e depositá-las adequadamente
cial”, veio da ideia de refinar o que se na coleção entomológica do Instituto
sabe sobre a diversidade de borboletas Nacional de Pesquisas da Amazônia
das Unidades de Conservação (UCs) (INPA) e no Laboratório de Ecologia
do Amazonas (AM) com o foco na ge- de Comunidades, na Universidade Fe-
ração de conhecimento para morado- deral do Amazonas (UFAM), servindo
res locais, turistas e gestores das UCs. de material testemunho dessas UCs.
Nosso objetivo foi utilizar a logística A identificação das borboletas
e organização do Programa Nacional até espécie possibilita a geração de
de Monitoramento da Biodiversidade diagnósticos ambientais mais com-
– Programa Monitora, implementado pletos e acurados. Dessa forma, o
pela Coordenação de Monitoramento ICMBio pode contar agora com a
da Biodiversidade (COMOB) do ICM- identificação mais detalhada de todos
Bio, para entender melhor a diversida- os indivíduos das duas campanhas
de e distribuição de borboletas frugí- do ano de 2022 (e algumas de 2023),
voras no estado. Seis UCs do AM que contribuindo com a identificação das
realizam o protocolo de borboletas borboletas das próximas campanhas
do Programa Monitora participaram de monitoramento. Esses dados tam-
da amostragem para os guias: Parque bém serão utilizados para a produção
Nacional do Jaú (PARNA do Jaú), de artigos científicos sobre a diversi-
Reserva Extrativista Arapixi (RE- dade local e regional das borboletas
SEX Arapixi), Parque Nacional no Amazonas, além de outras abor-
Nascentes do Lago Jari (PARNA dagens. Os guias também poderão
Nascentes do Lago Jari), Parque ser usados nas escolas, em aulas so-
Nacional dos Campos Amazônicos bre educação ambiental, enfatizando
(PARNA dos Campos Amazôni- a importância ecológica das borbole-
cos), Parque Nacional Mapinguari tas. Além disso, a população poderá
(PARNA Mapinguari) e Reserva utilizar os guias como uma ferramen-
Biológica do Uatumã (REBIO do ta para o ecoturismo local, nas UCs
Uatumã). Com as borboletas coleta- em que esta atividade é permitida.
7

Com duas coletas é possível detec- Agradecemos também à Leila Shirai


tar as espécies mais comuns da região. que ajudou na elaboração dos encar-
Porém, sabemos que não são suficien- tes explicativos, na montagem dos kits
tes para amostrar todas as espécies de de coleta, na participação de coletas
borboletas frugívoras de uma localida- em algumas UCs, no planilhamento
de, especialmente na Amazônia. dos dados e montagens de algumas
Apresentamos aqui alguns com- borboletas. Gostaríamos de agradecer
plexos de espécies ainda sem defi- também aos taxonomistas Keith Will-
nição taxonômica, no qual estudos mott (Universidade da Florida, EUA),
moleculares estão em andamento ou Thamara Zacca (Museu Nacional,
ainda são necessários. Nesses casos, Rio de Janeiro), Mirna Casagrande
optamos por deixar as espécies com (UFPR, Curitiba), Julián Salazar-E
o epíteto específico, porém com um (Universidade de Caldas, Colômbia),
asterisco indicando que são espécies Mônica Piovesan (UFPR, Curitiba) e
que necessitam de cautela na identifi- Mario Marín (Universidade Nacional
cação e análises moleculares e morfo- de Colombia, Colômbia), por revisa-
lógicas para confirmação. Utilizamos rem as identificações das borboletas,
o guia eletrônico Butterflies of Ame- sendo fundamentais para a qualida-
rica (www.butterfliesofamerica.com) e de do guia. Por fim, agradecemos o
diversos artigos de descrição das espé- apoio financeiro da FAPEAM por
cies para as identificações. Além disso, tornar este trabalho possível.
taxonomistas experientes revisaram as Esperamos que estes guias sirvam
identificações aqui apresentadas. de base para as identificações das bor-
A criação desses guias de campo boletas frugívoras na Amazônia brasi-
só foi possível graças à colaboração leira, que instigue novos pesquisadores
de diversas pessoas. Agradecemos o da região Norte do Brasil a trabalha-
interesse no projeto e o apoio logís- rem com este organismo e que as in-
tico dos gestores e dos pontos focais formações trazidas aqui sejam úteis
para que as coletas e o envio do ma- para os monitores locais (ribeirinhos,
terial fossem feitos adequadamente, e indígenas, comunitários), que são
aos monitores que realizaram um óti- grandes responsáveis pela conserva-
mo trabalho coletando as borboletas. ção da biodiversidade do nosso país.
8

A AMAZÔNIA
DO AMAZONAS

A Amazônia, o maior bioma flo- rísticas ambientais únicas e exten-


restal tropical do mundo, é um com- sões variadas. Por exemplo, o PAR-
plexo de ambientes formado a partir NA do Jaú, inserido na bacia do Rio
de diferentes processos biogeográfi- Negro, destaca-se pela vasta área de
cos. Esses processos associados com igapó, além de ser uma das maiores
as dimensões continentais do bioma, UCs do Brasil em extensão. Já a RE-
resultaram em um conjunto hetero- BIO do Uatumã, também na bacia
gêneo de habitats, que abriga a maior do Rio Negro, apresenta caracterís-
biodiversidade do planeta[1,2]. ticas geológicas distintas, situada na
O estado do Amazonas abrange zona de contato de duas formações
mais de 1,5 milhão de km², destacan- geológicas, a formação Alter do
do-se como o maior estado brasileiro Chão e o Escudo das Guianas.
em extensão[3]. Sua contribuição para A RESEX Arapixi também se
a preservação da biodiversidade ama- torna única, pois, apesar de ser re-
zônica é vital. Predominantemente lativamente pequena em extensão,
coberto por floresta de terra firme, está localizada em uma das regiões
o Amazonas também possui outros mais diversas da Amazônia. O PAR-
ambientes únicos, como as flores- NA Mapinguari e o PARNA dos
tas sazonalmente alagáveis de igapó Campos Amazônicos possuem,
(inundada por rios de água ‘preta’) em seu interior, grandes enclaves
e várzea (inundada por rios de água savânicos, conferindo uma peculia-
‘branca’/barrenta)[4,5], as florestas de ridade mais seca às florestas de terra
areia branca, campinas e campina- firme adjacentes. O PARNA Nas-
ranas[6], enclaves savânicos[7,8], e as centes do Lago Jari está localizado
florestas de altitude, encontradas na no interflúvio Purus-Madeira, região
região do Pico da Neblina[9]. de grande biodiversidade, sendo um
Este guia concentra-se nas bor- local constantemente ameaçado pela
boletas frugívoras coletadas em flo- BR-319, que liga Porto Velho (RO)
restas de terra firme, embora cada a Manaus (AM). Entretanto, conta
Unidade de Conservação (UC) par- com diversas UCs próximas, o que
ticipante esteja situada em diferentes provavelmente influencia na integri-
regiões do Amazonas, com caracte- dade de sua floresta.
9

A heterogeneidade ambiental e a nhecer a diversidade e distribuição


vastidão do estado do Amazonas são de borboletas frugívoras no estado,
ótimos parâmetros para entendermos contribui para que este feito seja, aos
a enorme diversidade amazônica. Co- poucos, alcançado.

Mapa da América do Sul, destacado em verde


a extensão da Amazônia brasileira, o estado do
Amazonas e a distribuição das UCs participantes.
10

Diferentes ambientes presentes na Amazônia do estado do Amazonas. Floresta


de terra firme, enclaves savânicos, floresta de igapó (período da seca), floresta de
várzea (período da cheia) e floresta de areia branca (campina).
11

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
PARTICIPANTES

PARNA do Jaú JAU RESEX Arapixi ARA

PARNA Nascentes do Lago Jari JAR PARNA dos Campos Amazônicos CAM

PARNA Mapinguari MAP REBIO do Uatumã UAT


12

A RESERVA BIOLÓGICA
DO UATUMÃ

Foto: Diogo Lagroteria


A Reserva Biológica (REBIO) A REBIO do Uatumã encontra-
do Uatumã abrange uma área de -se em uma zona de contato entre a
aproximadamente 930.000 hecta- formação geológica de Alter do Chão
res. Localizada em uma região de e o Escudo das Guianas. Essa caracte-
grande biodiversidade na bacia dos rística geográfica é crucial para a ma-
rios Uatumã e Jatapu, esta reserva nutenção da diversidade biológica do
foi criada oficialmente em 1990 e local, que inclui floresta tropical densa,
expandida em 2002 como uma res- ecossistemas de áreas inundadas e ilhas
posta aos impactos ambientais cau- formadas pela barragem do rio Uatu-
sados pela construção da Usina Hi- mã. Estes habitats são essenciais para a
drelétrica de Balbina e atividades de proteção de espécies endêmicas e raras.
mineração de cassiterita. Devido ao A REBIO também apresenta for-
relevo plano, o barramento do rio mações de floresta aberta com palmei-
Uatumã resultou na formação de ras e cipós, além de área de ecossis-
um lago de margens dendríticas de tema de areia branca (Campinaranas
aproximadamente 2.360 km², com o e Campinas). A reserva faz parte do
surgimento de 3.300 ilhas. Corredor Ecológico da Amazônia
Situada na margem esquerda do Central, importante para conectar e
reservatório de Balbina, a REBIO fortalecer diversas unidades de con-
cobre territórios dos municípios de servação ao longo da calha norte do
Presidente Figueiredo, São Sebas- rio Amazonas, promovendo a conser-
tião do Uatumã e Urucará. vação ambiental em larga escala[10].
13

O PROGRAMA
MONITORA

O Programa Nacional de Moni- grande porte e alguns grupos de aves[11].


toramento da Biodiversidade – Pro- Estes organismos foram selecionados,
grama Monitora, implementado pela de modo geral, por responderem às
Coordenação de Monitoramento da mudanças no ambiente, e pela facilida-
Biodiversidade (COMOB) do ICM- de e padronização na coleta de dados[13].
Bio, busca apoiar o desenvolvimento O Programa Monitora está em cur-
e a implementação de um sistema de so desde 2014 (formalizado em 2017) e
monitoramento in situ da biodiver- tem conseguido compilar dados bioló-
sidade com diretrizes, indicadores gicos extremamente importantes para a
e estratégias para o monitoramento biodiversidade do país. Além disso, um
em diferentes UCs da Amazônia, dos pontos principais do Programa é o
Cerrado e Mata Atlântica[11]. treinamento e a capacitação de monito-
Um dos objetivos principais do res locais para a coleta de dados. Esta
Programa Monitora é gerar informa- participação é fundamental para que o
ções relevantes para subsidiar as to- conhecimento da biodiversidade alcan-
madas de decisões referentes à con- ce espaços sociais, técnicos e científicos.
servação da biodiversidade frente às A grande maioria das UCs parti-
mudanças climáticas em curso, e ava- cipantes do Programa Monitora está
liar o estado de conservação da flora e na Amazônia, região ainda carente de
fauna das UCs e do Sistema Nacional inventários de fauna (especialmente de
de Unidades de Conservação[12]. invertebrados) devido à sua extensão e
O Programa Monitora se desen- alta complexidade logística. A contri-
volve através de seus subprogramas buição do Programa Monitora é fun-
Terrestre, Marinho e Costeiro e Aquá- damental para conhecer e monitorar a
tico Continental. Dentro do subpro- biodiversidade nesses locais ainda pou-
grama Terrestre, há dois componentes: co conhecidos biologicamente[14].
o Florestal, e o Campestre e Savânico. Os dados adquiridos pelo Monito-
Para a implementação do componente ra são de uso da sociedade, incluindo a
florestal, foram determinados quatro comunidade científica, para que inves-
grupos-alvo de monitoramento: bor- tigações mais refinadas sejam feitas e
boletas frugívoras, plantas arbóreas e o conhecimento da biodiversidade do
arborescentes, mamíferos de médio e Brasil seja amplamente disseminado.
14

AS BORBOLETAS
FRUGÍVORAS
As borboletas são comumente subfamília Nymphalinae. Por fim,
divididas em dois tipos de guildas as tribos (9) Morphini, (10) Melani-
alimentares principais durante sua tini, (11) Brassolini, (12) Haeterini
fase adulta: as nectarívoras e as fru- e (13) Satyrini são representantes da
gívoras. As borboletas nectarívoras diversa subfamília Satyrinae[15].
são aquelas que usualmente se ali- Estudos ecológicos e monitora-
mentam do néctar das flores (algu- mentos de fauna que têm o objetivo
mas se alimentam também de pólen) de entender a distribuição e a diversi-
e correspondem à maior diversidade dade das espécies no espaço e tempo,
de borboletas conhecidas, engloban- vem utilizando, cada vez mais, as bor-
do espécies de todas as famílias de boletas frugívoras como organismo
borboletas (Hedylidae, Hesperiidae, modelo[13]. Isso se deve, principalmen-
Lycaenidae, Nymphalidae, Papilioni- te, por serem organismos sensíveis à
dae, Pieridae e Riodinidae)[15,16]. Já as alterações ambientais, por terem um
borboletas frugívoras tem como base curto ciclo de vida e, portanto, respon-
alimentar principalmente, frutos fer- derem rapidamente a perturbações,
mentados, fezes e exsudato de plan- seja através do aumento ou diminui-
tas[15]. As borboletas desta guilda ali- ção no número de espécies, ou pela
mentar correspondem a 50-75% das substituição de espécies[18,19]. Além dis-
espécies da família Nymphalidae[17]. so, o método de coleta utilizando ar-
As borboletas frugívoras estão madilhas com iscas atrativas pode ser
incluídas em quatro subfamílias e, padronizado, sendo importante para
dentro dessas subfamílias, há 13 tri- comparações de dados em diferentes
bos que ocorrem no Brasil. As tribos locais ou anos, por exemplo[20,21]. Ou-
(1) Ageroniini, (2) Biblidini, (3) tro ponto importante para a utilização
Callicorini, (4) Epicaliini e (5) Epi- de borboletas frugívoras em estudos
philini são as tribos de borboletas ecológicos é sua taxonomia relativa-
frugívoras da subfamília Biblidinae. mente bem definida, algo raro dentre
As tribos (6) Anaeini e (7) Prepo- os insetos e grupos muito diversos.
nini fazem parte da subfamília Cha- A maioria das espécies possui di-
raxinae. A tribo (8) Coeini é a única ferentes subespécies[22,23], no entanto,
que contém borboletas frugívoras da neste guia, os indivíduos foram identi-
15

ficados a nível de espécie para simplifi- excelentes modelos para a prática de


car e facilitar o uso do guia no monito- educação ambiental. A empatia com o
ramento de borboletas. Características ambiente e com os organismos que ali
de cada tribo serão trazidas com maior vivem, é um trunfo para que a conser-
detalhe ao longo do guia. Além do vação da biodiversidade seja exercida
texto específico para cada tribo, infor- por todos. Neste guia, apresentamos
mações relevantes sobre o grupo e/ fotografias da face dorsal e ventral dos
ou espécie podem ser conferidas nas indivíduos, o nome das espécies, sua
diversas referências bibliográficas pre- tribo e subfamília, a autoria e o ano
sentes nas pranchas das espécies. em que a espécie foi descrita, a escala
Algumas UCs não têm registro de de tamanho, as UCs em que a espé-
determinadas espécies, porém não é cie foi amostrada, a família das plantas
possível afirmar que elas não ocorram hospedeiras de cada espécie de acordo
ali. É necessário um monitoramento a com o catálogo de plantas hospedei-
longo prazo, preferencialmente ao lon- ras de Beccaloni et al. (2008)[24] e/ou
go do ano, para indicar com mais con- um estudo específico, e uma referên-
fiança que um grupo, ou uma espécie, cia relevante para a espécie ou gênero.
não ocorre naquele determinado local. Quando a espécie apresentar dimorfis-
Borboletas, com suas cores vibran- mo sexual, ou seja, o macho e a fêmea
tes e ciclo de vida complexo (meta- possuírem padrões de asa diferentes,
morfose) estão associadas com beleza indicaremos o sexo dos indivíduos
e transformação, podendo também ser com os símbolos mostrados abaixo.

LEGENDA
FACE FACE
DORSAL VENTRAL

MACHO FÊMEA
16

ASSINATURA DAS
TRIBOS DE BORBOLETAS
A assinatura de tribos de borbo- servadas, sendo tribos encontradas com
letas frugívoras tem sido utilizada no maior frequência nesses tipos florestais.
Programa Monitora[11] para ilustrar a No gráfico elas estão representadas pela
flutuação da proporção das tribos em cor verde. Por outro lado, as tribos Bibli-
uma determinada UC ao longo dos dini, Callicorini e Ageroniini são indi-
anos. Neste guia, o gráfico de assinatura cadores de florestas aberta/perturbadas.
das tribos tem como propósito mostrar Quando presentes, elas estão represen-
o padrão da proporção das tribos en- tadas pela cor marrom. De acordo com
contradas em cada UC em 2022. a identidade das borboletas e suas tribos,
Especialistas do grupo definiram é possível ter uma noção do ambiente
que tribos Brassolini, Morphini e em que essa comunidade de borboletas
Haeterini são consideradas borboletas foi amostrada e assim, fazer diagnósti-
indicadoras de florestas fechadas/pre- cos ambientais mais completos.

Proporção das tribos de borboletas frugívoras amostradas em 2022 em cada UC. Acima de
cada barra está o número de indivíduos amostrados em cada UC.
Subfamília
BIBLIDINAE
Tribo
AGERONIINI

Hamadryas chloe
18

A TRIBO
AGERONIINI

A tribo Ageroniini é atualmen- e aberturas de clareiras. No entanto,


te composta por 32 espécies inclu- é importante mencionar que algumas
ídas em quatro gêneros, sendo eles espécies de Hamadryas, como H. chloe,
Hamadryas (21 spp.), Ectima (4 spp.), H. belladonna, H. alicia e H. velutina
Panacea (6 spp.) e Batesia (1 sp.). Esta ocorrem em ambientes de florestas
tribo é amplamente distribuída na re- fechadas e bem preservadas.
gião Neotropical, principalmente pela Uma característica notável de
abrangência do gênero Hamadryas e algumas espécies do gênero Hama-
Ectima. Os outros gêneros ocorrem dryas é a produção de sons emitidos
majoritariamente na Amazônia, em durante o encontro de dois ou mais
regiões mais próximas aos Andes. indivíduos. O som estalado dá nome
Esta tribo tem sido considerada popular a essas borboletas como ‘es-
a principal indicadora de ambientes taladeiras’. Esses estalos são emiti-
florestais abertos e/ou perturbados dos por machos através de estruturas
pelo Programa Monitora. Esta clas- na asa. Os estalos ocorrem durante
sificação se deve aos gêneros mais a defesa de território, entre machos,
abrangentes dessa tribo no Brasil, ou entre macho e fêmea para reco-
Hamadryas e Ectima, que costumam nhecimento sexual.
ser comuns em áreas urbanas, em Os gêneros Batesia e Panacea apre-
bordas de mata, fragmentos flores- sentam colorações vibrantes de ver-
tais e florestas de ambiente quente e melho, amarelo e azul, sendo alvo de
seco, como nas florestas de campi- colecionadores. É sugerido que, de-
narana na Amazônia. Foi observado vido algumas características de suas
também um significativo aumento na asas, como cores chamativas e textura
abundância de Panacea em regiões do mais resistente, além de seu voo len-
Acre onde houveram grandes que- to, as borboletas Batesia, sejam impa-
das de florestas de taboca (bambus) latáveis para seus predadores.
19
Biblidinae
Ageroniini

Hamadryas arinome
(Lucas, 1853)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Jenkins DW (1983) Neotropical Nymphal-
ARA MAP UAT
idae I. Revision of Hamadryas. Bulletin of
the Allyn Museum, 81.
PLANTA HOSPEDEIRA
Euphorbiaceae.
Subfamília
BIBLIDINAE
Tribo
EPICALIINI

Myscelia cyaniris
21

A TRIBO
EPICALIINI

A tribo Epicaliini atualmente é Elas possuem um marcante dimor-


composta por 71 espécies e quatro fismo sexual, no qual a fêmea e o
gêneros, sendo eles Catonephele (11 macho têm o padrão de asa bastante
spp.), Nessaea (4 spp), Myscelia (9 spp.) diferente. Geralmente, os machos
e Eunica (47 spp.) distribuídas ao lon- possuem uma coloração mais cha-
go da região Neotropical. Neste guia, mativa do que as fêmeas.
utilizaremos a classificação taxonômi- Além de serem exuberantes, essas
ca seguida pelo ICMBio referente ao borboletas apresentam um voo ágil.
gênero Eunica, que pode ser agrupado Elas podem ocorrer tanto no dossel
dentro de Eunicini por alguns autores. quanto no sub-bosque das florestas,
Assim, para não alterar a dinâmica de porém, para a maioria das espécies,
classificação já disseminada dentre os há uma ocorrência prevalente em um
monitores do Programa Monitora, as estrato florestal. Apesar deste guia
borboletas do gênero Eunica foram in- conter coletas de borboletas somente
cluídas na tribo Epicaliini. no sub-bosque, estudos que investi-
Esta tribo é bastante representati- garam a estratificação vertical das es-
va em inventários de borboletas frugí- pécies apresentaram uma maior den-
voras utilizando armadilhas atrativas. sidade desta tribo no sub-bosque.
São borboletas de tamanho médio As espécies de Catonephele, Nes-
(algumas Eunica podem ser pequenas) saea e Myscelia ocorrem predominan-
e, dentre as espécies mais representati- temente em florestas preservadas e
vas na Amazônia brasileira, Catonephele secundárias, podendo frequentar cla-
acontius e Nessaea obrinus possivelmente reiras no meio da mata. As espécies
sejam as espécies mais amplamente de Eunica variam bastante na sua dis-
distribuídas e abundantes. tribuição, ocorrendo desde florestas à
As borboletas dessa tribo pos- savanas, porém, é registrada em gran-
suem asas coloridas, com cores vi- des abundâncias em locais de flores-
brantes como laranja, verde e azul. tas mais abertas, secas e quentes.
22
Biblidinae
Epicaliini

Catonephele acontius
(Linnaeus, 1771)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Jenkins DW (1985) Neotropical Nymphal-
JAU ARA JAR CAM MAP UAT
idae. III. Revision of Catonephele. Bulletin
of the Allyn Museum, 92.
PLANTAS HOSPEDEIRAS
Euphorbiaceae; Fabaceae; Lauraceae.
23
Biblidinae
Epicaliini

Nessaea batesii
(Felder & Felder, 1860)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE *espécie críptica: pode ser confundida com a


fêmea de Nessaea obrinus
UAT
REFERÊNCIA RELEVANTE
PLANTA HOSPEDEIRA Jenkins DW (1989) Neotropical Nymphal-
Sem registro. idae.VII. Revision of Nessaea. Bulletin of
the Allyn Museum, 125.
24
Biblidinae
Epicaliini

Nessaea obrinus
(Linnaeus, 1758)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Jenkins DW (1989) Neotropical Nymphal-
JAU ARA JAR CAM MAP UAT
idae.VII. Revision of Nessaea. Bulletin of
the Allyn Museum, 125.
PLANTA HOSPEDEIRA
Sem Registro
Subfamília
CHARAXINAE
Tribo
ANAEINI

Zaretis isidora
26

A TRIBO
ANAEINI

A tribo Anaeini atualmente é e Zaretis. A identificação de espécies


composta por 115 espécies e nove gê- desses dois gêneros enfrenta algumas
neros, sendo eles Coenophlebia (1sp.), dificuldades, porque várias espécies do
Consul (4 spp.), Hypna (2 spp), Polygra- mesmo gênero se assemelham morfo-
pha (4 spp.), Siderone (2 spp.), Zaretis logicamente e, por vezes, são identifi-
(13 spp.), Phantos (2 spp.), Anaea (6 cadas erroneamente. Para complicar
spp.), Fountainea (10 spp.) e Memphis ainda mais, muitas dessas espécies
(71 spp.). Elas se distribuem desde o parecidas ocorrem em simpatria, ou
sul dos Estados Unidos à Argentina. seja, juntas numa mesma região. Ou-
As espécies da tribo são conheci- tro complicador é que dentro de uma
das como ‘borboletas-folha’, devido a mesma espécie, pode-se encontrar di-
grande similaridade com folhas secas, ferentes padrões de asa, não havendo
quando estão pousadas com as asas um único padrão morfológico para a
fechadas. As espécies possuem um espécie. Dessa forma, a necessidade
voo extremamente rápido e são cap- de trabalhos taxonômicos utilizando
turadas, em sua maioria, através de técnicas moleculares, juntamente com
armadilhas atrativas. Em ambientes análises morfológicas para a identifica-
florestais, elas perpassam por todos os ção correta das espécies é essencial. É
estratos, porém, são mais comumente importante também que estes estudos
encontradas no dossel. Por causa dis- considerem uma ampla amostragem de
so, são menos avistadas e consequen- indivíduos espacialmente bem distribu-
temente, há poucos estudos sobre his- ídos na Amazônia para que diferentes
tória natural e comportamento. morfotipos sejam contemplados.
É uma tribo muito diversa e a Neste guia iremos sugerir espécies
identificação de espécies é complexa, de acordo com artigos e guias específi-
especialmente dos gêneros Memphis cos, porém, informaremos as ressalvas.
27
Charaxinae
Anaeini

Hypna clytemnestra
(Cramer, 1777)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Gomes-Filho A (2003) Seasonal fluctua-
ARA UAT
tion and mortality schedule for immatures
of Hypna clytemnestra (Butler), an uncom-
PLANTA HOSPEDEIRA
mon neotropical butterfly (Nymphalidae:
Euphorbiaceae.
Charaxinae). Journal of Research on the
Lepidoptera, 37, 37-45.
28
Charaxinae
Anaeini

Memphis phantes*
(Hopffer, 1874)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Toussaint EF et al. (2019) Flight over the
ARA MAP UAT
Proto-Caribbean seaway: phylogeny and
macroevolution of Neotropical Anaeini
PLANTA HOSPEDEIRA
leafwing butterflies. Molecular Phyloge-
Sem Registro
netics and Evolution, 137, 86-103.
* necessita da confirmação de taxonomistas
Subfamília
CHARAXINAE
Tribo
PREPONINI

Mesoprepona pheridamas
30

A TRIBO
PREPONINI

A tribo Preponini é composta, As fêmeas tendem a frequentar es-


atualmente, por 27 espécies incluí- tratos mais baixos para ovipositar
das em três gêneros, sendo eles Me- nas plantas hospedeiras.
soprepona (1 sp.), Prepona (14 spp.), Assim como algumas espécies
Archaeoprepona (12 spp.) e são exclu- deste e de outros grupos, os machos
sivas da região Neotropical. apresentam evidentes androcônios, es-
As borboletas Preponini são truturas sexuais que se parecem com
relativamente grandes, robustas, e um tufo de pelos (não são pelos, mas
apresentam grande habilidade no escamas modificadas) na asa posterior.
voo, sendo extremamente rápidas. São comumente capturadas atra-
Predominam no dossel da floresta vés de armadilhas atrativas e estão
e costumam ficar pousadas no alto sempre presentes em estudos de in-
dos troncos ou folhas de árvores al- ventários de borboletas frugívoras
tas, até descerem para o sub-bosque na Amazônia. Algumas espécies são
se alimentarem de frutos fermenta- relativamente comuns e amplamente
dos e excretas de vertebrados. Os distribuídas (ex: Archaeoprepona demo-
machos são bastante territorialistas phon, Mesoprepona pheridamas).
e, ao se depararem com outra borbo- Por apresentarem um padrão de
leta, eles a perseguem até afastá-las, coloração vibrante e chamativo, são
voltando para a árvore que estavam. bastante almejadas por colecionadores.
31
Charaxinae
Preponini

Archaeoprepona demophon
(Linnaeus, 1758)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Muyshondt A (1976) Notes on the life cy-
JAU ARA JAR CAM MAP UAT
cle and natural history of butterflies from
El Salvador. VII. Archaeoprepona demophon
PLANTAS HOSPEDEIRAS
centralis (Nymphalidae). Journal of the
Annonaceae; Lauraceae; Monimiaceae;
Lepidopterists’ Society, 30, 23-32.
Moraceae; Polygonaceae; Violaceae.
32
Charaxinae
Preponini

Archaeoprepona licomedes
(Cramer, 1777)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Bonfantti D et al. (2015) Exoskeleton Morphol-
ARA CAM MAP UAT
ogy of Three Species of Preponini, with Dis-
cussion of Morphological Similarities among
PLANTA HOSPEDEIRA
Neotropical Charaxinae (Lepidoptera: Nym-
Sem Registro
phalidae)—I. Head, Cephalic Appendages,
and Cervix. Zoological science, 32, 278-283.
33
Charaxinae
Preponini

Mesoprepona pheridamas
(Cramer, 1777)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Ortiz‐Acevedo E & Willmott KR (2013) Mo-
JAU ARA CAM MAP UAT
lecular systematics of the butterfly tribe
Preponini (Nymphalidae: Charaxinae). Sys-
PLANTA HOSPEDEIRA
tematic Entomology, 38, 440-449.
Chrysobalanaceae.
34
Charaxinae
Preponini

Prepona claudina
(Godart, [1824])

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Ortiz‐Acevedo E & Willmott KR (2013) Mo-
ARA MAP UAT
lecular systematics of the butterfly tribe
Preponini (Nymphalidae: Charaxinae). Sys-
PLANTA HOSPEDEIRA
tematic Entomology, 38: 440-449.
Chrysobalanaceae.
Subfamília
NYMPHALINAE
Tribo
COEINI

Colobura dirce
36

A TRIBO
COEINI

A tribo Coeini é composta por ce, além de ocorrerem em ambientes


borboletas de 11 espécies, incluídas florestais, são comumente vistas em
em cinco gêneros, sendo eles Historis (2 ambientes urbanos na Amazônia.
spp.), Baeotus (4 spp.), Colobura (2 spp.), O gênero Historis e Baeotus e a
Tigridia (1 spp.) e Smyrna (2 spp.). espécie Colobura annulata são captu-
Neste guia, consideramos a clas- radas, em sua maioria, no dossel das
sificação taxonômica utilizada pelo florestas. Dessa forma, estas espécies
ICMBio. Sendo assim, a tribo Coeini tendem a ter uma amostragem menor
é composta pelas borboletas frugí- no Programa Monitora, pois as cole-
voras da subfamília Nymphalinae tas estão limitadas ao sub-bosque.
(exceto o gênero Pycina). Em muitas Devido a grande similaridade
literaturas, os gêneros Colobura, Tigri- fenotípica com sua espécie irmã Co-
dia e Smyrna fazem parte de outra tri- lobura dirce, e por ser menos comum
bo (i.e., Nymphalini), no entanto, há e restrita à Amazônia, a espécie Colo-
recomendações de considerar esses bura annulata foi descrita somente em
três gêneros dentro da tribo Coeini, 2001. Antes deste período, a espécie
porém deixando claro que a tribo era erroneamente identificada. Na
não é um grupo monofilético. Amazônia, estas duas espécies ocor-
As borboletas deste grupo são rem em simpatria, ou seja, podem
encontradas em diversos tipos de am- estar presentes em um mesmo local.
bientes. O gênero Baeotus e Tigridia e Nesses casos, foi observado que há
a espécie Colobura annulata são encon- uma preferência de estrato florestal
trados predominantemente em am- em que cada uma das espécies ocorre;
bientes florestais da América Central sendo a Colobura dirce predominante-
e da Amazônia. As espécies de His- mente encontrada no sub-bosque e a
toris, Smyrna e a espécie Colobura dir- Colobura annulata no dossel.
37
Nymphalinae
Coeini

Colobura annulata
Willmott, Constantino & Hall, 2001

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Willmott KR et al. (2001) A review of
ARA CAM MAP UAT
Colobura (Lepidoptera: Nymphalidae)
with comments on larval and adult ecol-
PLANTA HOSPEDEIRA
ogy and description of a sibling species.
Urticaceae.
Annals of the Entomological Society of
America, 94, 185-196.
38
Nymphalinae
Coeini

Colobura dirce
(Linnaeus, 1758)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Willmott KR et al. (2001) A review of
JAU ARA JAR CAM MAP UAT
Colobura (Lepidoptera: Nymphalidae)
with comments on larval and adult ecol-
PLANTA HOSPEDEIRA
ogy and description of a sibling species.
Urticaceae.
Annals of the Entomological Society of
America, 94, 185-196.
39
Nymphalinae
Coeini

Tigridia acesta
(Linnaeus, 1758)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Pardonnet S et al. (2013) Effect of tree-fall
JAU ARA JAR CAM MAP UAT
gaps on fruit-feeding nymphalid butterfly
assemblages in a Peruvian rain forest. Bio-
PLANTAS HOSPEDEIRAS
tropica, 45, 612-619.
Urticaceae; Moraceae.
Subfamília
SATYRINAE
Tribo
BRASSOLINI

Catoblepia versitincta
41

A TRIBO
BRASSOLINI

A tribo Brassolini é composta, crepúsculo. Mesmo sendo ativas du-


atualmente, por borboletas de 111 rante o dia, suas atividades reproduti-
espécies, incluídas em 16 gêneros, vas, como oviposição e cópula, ocor-
sendo eles Bia (6 spp.), Blepolenis (3 rem em horários crepusculares.
spp.), Brassolis (5 spp.), Caligo (21 spp.), As Brassolini tem uma colora-
Caligopsis (1 sp.), Catoblepia (7 spp.), ção majoritariamente marrom na
Dasyophthalma (4 spp.), Dynastor (3 parte ventral e laranja ou azulada na
spp.), Eryphanis (7 spp.), Mielkella (1 parte dorsal. Elas variam entre ta-
sp.), Opoptera (6 spp.), Opsiphanes (23 manhos médio e grande. O gênero
spp.), Orobrassolis (1 sp.), Penetes (1 sp.), Bia é abundante na bacia amazôni-
Selenophanes (4 spp.), Narope (18 spp.). ca, sendo sua identificação bastante
Esta tribo tem sido considerada complicada, principalmente em re-
a principal indicadora de ambientes giões em que as diferentes espécies
florestais fechados e bem preservados ocorrem em simpatria (juntas em
pelo Programa Monitora. No entanto, uma mesma região).
muitas espécies do gênero Opsiphanes As espécies de Caligo são bastante
não são muito representativas nessas populares por serem grandes e apre-
condições, pois estão presentes em sentarem grandes ocelos na asa poste-
diversos ambientes, além de ter uma rior ventral, sendo chamadas de ‘bor-
taxa de captura maior no dossel. Espé- boletas-coruja’, por mimetizar olhos
cies do gênero Bia, Caligo e Catoblepia de coruja. Outros gêneros bastante
estão sempre presentes nos inventá- conhecidos são Opsiphanes e Brassolis,
rios de borboletas na Amazônia brasi- pelo fato que suas lagartas podem se
leira. Elas ocupam majoritariamente o tornar pragas de algumas plantações
sub-bosque das florestas, onde o mi- de palmeiras, como o dendê.
croclima é mais úmido e sombreado. Os machos de Brassolini apresen-
As espécies tendem a pousar na parte tam órgãos de feromônios altamente
baixa dos troncos, muitas vezes se ca- desenvolvidos, além da presença de
muflando com o sub-bosque. androcônios nas asas posteriores, que
As borboletas desta tribo têm, em são escamas modificadas que se pare-
sua maioria, maior atividade durante o cem com ‘tufos de pelos’.
42
Satyrinae
Brassolini

Bia actorion
(Linnaeus, 1763)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Penz C et al. (2017) Documenting diversity
UAT
in the Amazonian butterfly genus Bia (Lep-
idoptera, Nymphalidae). Zootaxa, 4258,
PLANTA HOSPEDEIRA
201-237.
Sem Registro
43
Satyrinae
Brassolini

Caligo eurilochus
(Cramer, 1775)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Malo F & Willis ER (1961) Life history and
JAU ARA MAP UAT
biological control of Caligo eurilochus, a
pest of banana. Journal of Economic Ento-
PLANTAS HOSPEDEIRAS
mology, 54, 530-536.
Cannaceae, Heliconiaceae, Marantaceae,
Musaceae, Arecaceae, Zingiberaceae.
44
Satyrinae
Brassolini

Caligo idomeneus
(Linnaeus, 1758)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Penz CM et al. (1999) Descriptions of Early
JAU ARA JAR MAP UAT Stages of Caligo illioneus oberon Butler, and C.
idomeneus (L.) from the Lowland Rainforest of
PLANTAS HOSPEDEIRAS Panama (Nymphalidae, Brassolinae), with Re-
Heliconiaceae; Marantaceae; Musaceae. marks on Larval Food Plants for the Subfamily.
Journal of The Lepidopterists’ Society.
45
Satyrinae
Brassolini

Caligo illioneus
(Cramer, 1775)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Specht MJ & Paluch M (2009) Estágios im-
ARA CAM MAP UAT
aturos de Caligo illioneus illioneus (Cramer)
(Nymphalidae: morphinae: Brassolini). Neo-
PLANTAS HOSPEDEIRAS
tropical Entomology, 38, 801-808.
Cannaceae; Poaceae; Heliconiaceae;
Musaceae.
46
Satyrinae
Brassolini

Catoblepia berecynthia
(Cramer, 1777)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Bristow CR (1981) A revision of the bras-
JAU ARA JAR CAM MAP UAT
soline genus Catoblepia (Lepidoptera:
Rhopalocera). Zoological Journal of the
PLANTA HOSPEDEIRA
Linnean Society, 72, 117-163.
Arecaceae.
47
Satyrinae
Brassolini

Catoblepia xanthicles
(Godman & Salvin, 1881)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Bristow CR (1981) A revision of the bras-
ARA MAP UAT
soline genus Catoblepia (Lepidoptera:
Rhopalocera). Zoological Journal of the
PLANTA HOSPEDEIRA
Linnean Society, 72, 117-163.
Sem Registro
48
Satyrinae
Brassolini

Catoblepia xanthus
(Linnaeus, 1758)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Bristow CR (1981) A revision of the bras-
JAU UAT
soline genus Catoblepia (Lepidoptera:
Rhopalocera). Zoological Journal of the
PLANTA HOSPEDEIRA
Linnean Society, 72, 117-163.
Arecaceae.
49
Satyrinae
Brassolini

Opsiphanes invirae
(Hübner, [1808])

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Piovesan M et al. (2022) Systematics of
JAU ARA JAR CAM MAP UAT
Opsiphanes Doubleday,[1849](Lepidoptera:
Nymphalidae, Satyrinae, Brassolini): an in-
PLANTA HOSPEDEIRA
tegrative approach. Zootaxa, 5216, 1-278.
Arecaceae.
50
Satyrinae
Brassolini

Opsiphanes quiteria
(Stoll, 1780)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Piovesan M et al. (2022) Systematics of Op-
JAU ARA CAM MAP UAT
siphanes Doubleday, [1849] (Lepidoptera:
Nymphalidae, Satyrinae, Brassolini): an inte-
PLANTA HOSPEDEIRA
grative approach. Zootaxa, 5216, 1-278.
Arecaceae.
Subfamília
SATYRINAE
Tribo
HAETERINI

Pierella hyalinus
52

A TRIBO
HAETERINI

A tribo Haeterini é atualmente (padrões circulares que se parecem pe-


composta por 23 espécies incluídas em quenos olhos) nas asas posteriores.
cinco gêneros, sendo eles Cithaerias (7 Uma característica comum das
spp.), Dulcedo (1 sp.), Haetera (2 spp.), espécies deste grupo é sua ocorrên-
Pierella (11 spp.) e Pseudohaetera (2 spp.). cia e voo bem próximo ao solo. São
Esta tribo é amplamente distribuída comumente encontradas em trilhas
nas florestas úmidas da região Neo- nas florestas e raramente voam acima
tropical. Assim, é uma das tribos in- de 50 cm do solo. Dessa forma, essas
dicadores de florestas fechadas e bem borboletas não são vistas em florestas
preservadas pelo Programa Monitora. sazonalmente inundáveis, somente
Esta tribo destaca-se pelas es- em terra firme, que não alaga.
pécies terem asas transparentes (ex- Apesar de serem frugívoras, são
ceto o gênero Pierella). Além da trans- amostradas em baixa densidade em
parência, espécies desses gêneros armadilhas atrativas, justamente por
podem apresentar coloração rosa, azul voarem bem baixo, não alcançando
ou amarelo em suas asas posteriores. as armadilhas que geralmente ficam
Já as espécies do gênero Pierella, são a 1,0 - 1,5 metros do solo. Em es-
predominantemente marrons, mas tudos ecológicos e de levantamentos
suas asas posteriores podem variar em de espécies, os indivíduos de Haeter-
coloração azul, roxo ou laranja. No ini são mais amostrados utilizando a
entanto, todas elas apresentam ocelos rede entomológica (puçá).
53
Satyrinae
Haeterini

Haetera piera
(Linnaeus, 1758)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Constantino LM (1993) Notes on Haetera
JAR UAT
from Colombia, with description of the
immature stages of Haetera piera (Lepi-
PLANTA HOSPEDEIRA
doptera: Nymphalidae: Satyrinae). Tropical
Araceae.
Lepidoptera Research, 13-15.
Subfamília
SATYRINAE
Tribo
MORPHINI

Morpho helenor
55

A TRIBO
MORPHINI

A tribo Morphini é composta, at- Muitas espécies de Morpho são


ualmente, por 48 espécies incluídas em comuns e amplamente distribuídas
três gêneros, sendo eles Morpho (33 spp.), na região Neotropical. As captur-
Antirrhea (13 spp.) e Caerois (2 spp.). As adas com maior frequência e mais
borboletas desta tribo ocorrem desde a conhecidas (ex. Morpho helenor, Mor-
América Central à América do Sul. pho achilles, Morpho menelaus), ocorrem
Essa tribo é conhecida princi- predominantemente no sub-bosque,
palmente pelas borboletas do gênero mas há também espécies ampla-
Morpho, com suas grandes asas azuis mente distribuídas que raramente
brilhantes. As estruturas das escamas são vistas por ocuparem somente o
das asas da Morpho azul e sua irides- dossel das florestas. As espécies de
cência (fenômeno óptico de como a sub-bosque muitas vezes são vistas
cor é refletida dependendo do ângulo em ambientes ripários (perto de ig-
de incidência da luz) têm sido modelos arapés), sendo de difícil captura por
para diversas nanotecnologias, como rede e por predadores, devido sua
de placas solares, sensores de radiação agilidade e manobras no voo.
e materiais antirreflexo, por exemplo. Os outros gêneros da tribo, Antir-
A maioria das espécies de Morpho rhea e Caerois, são menos abundantes e
apresentam asas azuis na sua face dorsal, mais restritos a um ou outro bioma. A
porém, existem algumas espécies que maioria das espécies desses gêneros é
têm asas alaranjadas e até mesmo bran- encontrada na Amazônia, mas algumas
cas. Até o momento, não há registro das espécies estão restritas à Mata Atlânti-
Morpho brancas na Amazônia, somente ca e à América Central. Elas não apre-
na América Central, no nordeste, sul e sentam coloração iridescente, ocupam
sudeste da América do Sul. Na face ven- sub-bosques com pouca incidência so-
tral, as espécies possuem um padrão de lar e voam bem próximo ao solo.
coloração marrom, importante para se A tribo Morphini é considerada
camuflarem no solo ou nas folhas en- pelo Programa Monitora indicadora de
quanto se alimentam ou repousam. florestas fechadas e bem preservadas.
56
Satyrinae
Morphini

Antirrhea philoctetes
(Linnaeus, 1758)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Urich FC & Emmel TC (1990) Life histories
JAR UAT
of Neotropical butterflies from Trinidad 2.
Antirrhaea philoctetes (Lepidoptera: Nym-
PLANTA HOSPEDEIRA
phalidae: Morphinae). Tropical Lepidop-
Arecaceae.
tera Research, 27-32.
57
Satyrinae
Morphini

Morpho achilles
(Linnaeus, 1758)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Le Roy C et al. (2021) Convergent morphol-
ARA UAT
ogy and divergent phenology promote the
coexistence of Morpho butterfly species.
PLANTA HOSPEDEIRA
Nature communications, 12, 7248.
Fabaceae.
58
Satyrinae
Morphini

Morpho deidamia
(Hübner, [1819])

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Takacs M & Tello C (1992) Notas sobre la
JAU ARA JAR UAT
biología de Morpho deidamia Hubner, 1819
(Lepidoptera: Nymphalidae). Revista Perua-
PLANTAS HOSPEDEIRAS
na de Entolomogía, 35(1), 37-40.
Fabaceae; Arecaceae.
59
Satyrinae
Morphini

Morpho helenor
(Cramer, 1776)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Gareca Y & Blandin P (2011) Morpho (Mor-
ARA JAR CAM MAP UAT
pho) helenor (Cramer) (Lepidoptera, Nym-
phalidae, Morphinae) in Bolivia: Geograph-
PLANTAS HOSPEDEIRAS
ical distribution and ecological plasticity,
Fabaceae; Bignoniaceae; Arecaceae; Dicho-
with a description of a new subspecies.
petalaceae; Malpighiaceae; Ochnaceae.
Zootaxa, 3130, 30-56.
60
Satyrinae
Morphini

Morpho menelaus
(Linnaeus, 1758)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Debat V et al. (2018) Why are Morpho
ARA JAR UAT
blue?. In: Biodiversity and Evolution, Else-
vier, pp. 139-174.
PLANTAS HOSPEDEIRAS
Bignoniaceae, Erythroxylaceae, Fabaceae,
Ochnaceae, Arecaceae.
Subfamília
SATYRINAE
Tribo
SATYRINI

Scriptor sphenophorus
62

A TRIBO
SATYRINI

A tribo Satyrini representa o gru- tes no grupo, algumas identificações


po mais diverso dentre a família Nym- a nível de espécie ainda dependem de
phalidae. É uma tribo tão diversa e mais estudos taxonômicos. Isto inclui
complexa taxonomicamente que as principalmente espécies dos gêneros
espécies têm sido classificadas em nível Taygetis e Pareuptychia. Neste caso, ire-
de subtribo. Neste guia, a tribo Satyri- mos sinalizar uma potencial espécie,
ni refere-se à subtribo Euptychiina. mas destacaremos a necessidade de
Atualmente, esta subtribo conta com mais estudos para confirmação.
aproximadamente 460 espécies, com Em diversos estudos utilizando
espécies distribuídas desde a Améri- armadilhas atrativas, a tribo Satyri-
ca do Norte até a América do Sul. A ni: subtribo Euptychiina aparece
Amazônia, contém a maior diversida- como o grupo mais diverso e abun-
de deste grupo, com regiões podendo dante. Na Amazônia brasileira, elas
abrigar até 100 espécies diferentes. estão presentes em todos os tipos
Devido à complexidade ta- de ambientes, seja no dossel ou
xonômica e diversas espécies críp- sub-bosque das florestas, em locais
ticas, ou seja, que se parecem muito com bastante gramínea, como as
umas com as outras, é indicado para florestas de várzea e igapó no perí-
alguns grupos a utilização de técnicas odo da seca, e campos abertos.
moleculares e morfológicas, com dis- As espécies desse grupo variam
secação da genitália para que o espé- entre tamanho pequeno e médio,
cime seja corretamente identificado. são em sua maioria marrons, apesar
Como este é um guia básico, estri- de algumas espécies serem azula-
tamente visual, utilizado principal- das. A presença de ocelos e linhas
mente para o público leigo, seremos nas asas é bastante comum. Não
cautelosos em colocar o epíteto espe- possuem grande capacidade de des-
cífico das espécies. Apesar das iden- locamento e não são muito rápidas,
tificações dos indivíduos terem sido sendo facilmente capturadas utili-
revisadas por taxonomistas experien- zando a rede entomológica (puçá).
63
Satyrinae
Satyrini

Amiga arnaca
Nakahara, Willmott & Espeland, 2019

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Nakahara S et al. (2019) A revision of the
ARA UAT
new genus Amiga Nakahara, Willmott & Es-
peland, gen. n., described for Papilioarnaca
PLANTA HOSPEDEIRA
Fabricius, 1776 (Lepidoptera, Nymphali-
Poaceae.
dae, Satyrinae). ZooKeys, 821, 85.
64
Satyrinae
Satyrini

Chloreuptychia chlorimene
(Hübner, [1819])

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Espeland M et al. (2023) Combining target
JAU ARA JAR CAM UAT
enrichment and Sanger sequencing data to
clarify the systematics of the diverse Neo-
PLANTA HOSPEDEIRA
tropical butterfly subtribe Euptychiina (Nym-
Sem Registro
phalidae, Satyrinae). Systematic Entomology.
65
Satyrinae
Satyrini

Lazulina hewitsonii
(Butler, 1867)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Espeland M et al. (2023) Combining target
MAP UAT
enrichment and Sanger sequencing data to
clarify the systematics of the diverse Neo-
PLANTA HOSPEDEIRA
tropical butterfly subtribe Euptychiina (Nym-
Sem Registro
phalidae, Satyrinae). Systematic Entomology.
66
Satyrinae
Satyrini

Modica fugitiva
(Lamas, [1997])

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Espeland M et al. (2023) Combining target
JAU ARA UAT
enrichment and Sanger sequencing data to
clarify the systematics of the diverse Neo-
PLANTA HOSPEDEIRA
tropical butterfly subtribe Euptychiina (Nym-
Sem Registro
phalidae, Satyrinae). Systematic Entomology.
67
Satyrinae
Satyrini

Modica myncea
(Cramer, 1780)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Espeland M et al. (2023) Combining target
ARA UAT
enrichment and Sanger sequencing data to
clarify the systematics of the diverse Neo-
PLANTAS HOSPEDEIRAS
tropical butterfly subtribe Euptychiina (Nym-
Cyperaceae; Poaceae.
phalidae, Satyrinae). Systematic Entomology.
* indivíduo coletado em outra região
68
Satyrinae
Satyrini

Pareuptychia lydia
(Cramer, 1777)

DORSAL VENTRAL
*

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Espeland M et al. (2023) Combining target
CAM UAT
enrichment and Sanger sequencing data to
clarify the systematics of the diverse Neo-
PLANTA HOSPEDEIRA
tropical butterfly subtribe Euptychiina (Nym-
Sem Registro
phalidae, Satyrinae). Systematic Entomology.
* indivíduo coletado em outra região
69
Satyrinae
Satyrini

Pseudeuptychia herseis
(Godart, [1824])

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Espeland M et al. (2023) Combining target
JAU ARA JAR CAM MAP UAT
enrichment and Sanger sequencing data to
clarify the systematics of the diverse Neo-
PLANTA HOSPEDEIRA
tropical butterfly subtribe Euptychiina (Nym-
Sem Registro
phalidae, Satyrinae). Systematic Entomology.
70
Satyrinae
Satyrini

Taygetis cleopatra*
C. Felder & R. Felder, 1867

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE com T. laches, T. sosis e T. thamyra, especialmente


a fêmea. Necessita de trabalhos moleculares.
ARA JAR CAM MAP UAT REFERÊNCIA RELEVANTE
Hurtado T et al. (2021) Complete immature
PLANTA HOSPEDEIRA stages of the euptychiine butterfly Taygetis
Poaceae. cleopatra (C. Felder & R. Felder, 1862)(Lepidop-
tera: Nymphalidae: Satyrinae) in southeastern
*espécie críptica, podendo ser confundida
Peru. Tropical Lepidoptera Research, 179-185.
71
Satyrinae
Satyrini

Taygetis echo
(Cramer, 1776)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Corahua-Espinoza T et al. (2023) Imma-
ARA UAT
ture stages and new host plant records
for three species in the “Taygetis clade” of
PLANTAS HOSPEDEIRAS
Euptychiina in southeastern Peru (Lepidop-
Poaceae; Commelinaceae.
tera: Nymphalidae: Satyrinae). Neotropical
Entomology, 52, 67-80.
72
Satyrinae
Satyrini

Taygetis sosis*
Hopffer, 1874

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE T. laches, T. cleopatra, T. thamyra, especialmente a


fêmea. Necessita de trabalhos moleculares.
JAU ARA JAR CAM MAP UAT REFERÊNCIA RELEVANTE
Corahua-Espinoza T et al. (2023) Immature
PLANTA HOSPEDEIRA stages and new host plant records for three
Poaceae. species in the “Taygetis clade” of Euptychiina in
southeastern Peru (Lepidoptera: Nymphalidae:
*espécie críptica, podendo ser confundida com
Satyrinae). Neotropical Entomology, 52, 67-80.
73
Satyrinae
Satyrini

Taygetis rufomarginata
Staudinger, 1888

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Baine Q et al. (2019) Immature stages
ARA UAT
and new host record of Taygetis rufo-
marginata Staudinger, 1888 (Lepidoptera:
PLANTA HOSPEDEIRA
Nymphalidae: Satyrinae). Tropical Lepi-
Poaceae.
doptera Research, 79-86.
74
Satyrinae
Satyrini

Taygetis thamyra*
(Cramer, 1779)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE com T. laches, T. cleopatra, T. sosis, especialmente


a fêmea. Necessita de trabalhos moleculares.
JAU ARA JAR CAM MAP UAT REFERÊNCIA RELEVANTE
Espeland M et al. (2023) Combining target en-
PLANTA HOSPEDEIRA richment and Sanger sequencing data to clarify
Marantaceae. the systematics of the diverse Neotropical but-
terfly subtribe Euptychiina (Nymphalidae, Satyr-
*espécie críptica, podendo ser confundida
inae). Systematic Entomology.
75
Satyrinae
Satyrini

Trico tricolor
(Hewitson, 1850)

DORSAL VENTRAL

U.C. PRESENTE REFERÊNCIA RELEVANTE


Espeland et al. (2023) Combining target
JAU ARA MAP UAT
enrichment and Sanger sequencing data to
clarify the systematics of the diverse Neo-
PLANTA HOSPEDEIRA
tropical butterfly subtribe Euptychiina (Nym-
Poaceae.
phalidae, Satyrinae). Systematic Entomology.
76

LISTA DE
ESPÉCIES

Amiga arnaca Modica myncea


Antirrhea philoctetes Morpho achilles
Archaeoprepona demophon Morpho deidamia
Archaeoprepona licomedes Morpho helenor
Bia actorion Memphis phantes
Caligo eurilochus Morpho menelaus
Caligo idomeneus Nessaea batesii
Caligo illioneus Nessaea obrinus
Catoblepia berecynthia Pareuptychia lydia
Catoblepia xanthicles Prepona claudina
Catoblepia xanthus Pseudeuptychia herseis
Catonephele acontius Opsiphanes invirae
Chloreuptychia chlorimene Opsiphanes quiteria
Colobura annulata Taygetis cleopatra
Colobura dirce Taygetis echo
Haetera piera Taygetis rufomarginata
Hamadryas arinome Taygetis sosis
Hypna clytemnestra Taygetis thamyra
Lazulina hewitsonii Tigridia acesta
Mesoprepona pheridamas Trico tricolor
Modica fugitiva
77

REFERÊNCIAS
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www.nymphalidae.net/Nymphalidae/
Classification/Higher_class2.html
AUTORES

Isabela F. Oliveira
Bióloga bacharel e licenciada, mestra e
doutora em Ecologia. Começou a traba-
lhar com borboletas em 2011, atuando em
diversos biomas brasileiros, como Cerrado,
Caatinga, Mata Atlântica e Amazônia. Em
2012 começou a fazer trabalhos de consul-
toria ambiental com borboletas na Amazô-
nia e desde 2018 participa de projetos cien-
tíficos no bioma. Atualmente é bolsista do
ICMBio e trabalha gerenciando, identifi-
cando e analisando os dados de borboletas
frugívoras do Programa Monitora.

[email protected]

Fabricio B. Baccaro
Biólogo e doutor em Ecologia, atualmente
é professor de Zoologia na Universidade
Federal do Amazonas, atuando também
nos Programas de Pós-Graduação em Zo-
ologia da UFAM, e de Entomologia e Eco-
logia do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia. Trabalha há mais de 20 anos
com ecologia de comunidades de diversos
táxons, mas com uma queda especial por in-
vertebrados amazônicos. Conheceu o mun-
do das borboletas graças à Isabela, e desde
então se tornou um entusiasta do grupo.

[email protected]
apoio

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