Aprendizagem Organizacional
Aprendizagem Organizacional
Aprendizagem Organizacional
SEQUEIRA, Bernardete Mestre, Organizao e Sistemas de Informao Universidade do Algarve Centro Universitrio de Investigao Educativa [email protected]
Resumo A histria da humanidade revela-nos que, desde sempre, os pensadores os filsofos e as sociedades em geral, se interessaram por armazenar as memrias colectivas e os saberes. O conhecimento sempre esteve na base das mudanas civilizacionais e dado que este um dos grandes pilares de desenvolvimento das sociedades actuais, o debate sobre a gesto do conhecimento, a sua construo e evoluo, torna-se, ainda mais pertinente. Nesta comunicao abordar-se- a gesto do conhecimento, centrada nos processos organizacionais relacionados com a criao do conhecimento organizacional, realando a importncia do papel das pessoas e a sua aco individual e grupal. Assim, procurar-se- ter presente as caractersticas multifacetadas de um processo de gesto do conhecimento e o seu alcance prtico. Neste sentido, iremos reflectir sobre o processo de criao e gesto do conhecimento, identificando as suas diferentes fases e as prticas de gesto facilitadoras do mesmo, nomeadamente: a estratgia, as prticas de recursos humanos, a cultura organizacional, a estrutura organizacional e as prticas de interaco com o ambiente externo da organizao.
NMERO DE SRIE:
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Introduo
O conhecimento sempre esteve na base das mudanas civilizacionais, hoje, com a grande mobilidade das pessoas e dos saberes, torna-se ainda mais importante reflectir sobre a acelerao contnua da sua utilizao. As actuais condies tcnico-econmicas e scio-culturais, esgotam gradualmente o tecnicismo, emergindo a sociedade da informao, onde o saber e o conhecimento so os recursos fundamentais de desenvolvimento organizacional.
O campo de estudo da gesto do conhecimento organizacional, tem sido explorado em vrias reas cientficas, nomeadamente, as Cincias da Informao, Psicologia, Sociologia, Cincias da Computao, Sistemas de Informao, entre outras. No mbito das Teorias Organizacionais a gesto do conhecimento emerge como a capacidade que permite s organizaes se desenvolverem, inovarem e reforarem a sua competitividade. Nesta ptica, a gesto de conhecimento uma gesto do contexto onde o conhecimento utilizado. Sendo assim, o conhecimento organizacional ser aqui discutido atravs da apresentao de vrias perspectivas emergentes na literatura, procurando-se, no conjunto, uma melhor compreenso desta nova abordagem organizacional, identificando-se reas chave, actualmente consideradas como essenciais, para uma gesto efectiva do conhecimento. Assim, aborda-se a gesto do conhecimento, centrada nos processos organizacionais relacionados com a criao, reteno, transferncia e utilizao do conhecimento organizacional, realando a importncia de diversas prticas de gesto facilitadoras dos mesmos.
A aprendizagem organizacional tem sido um conceito com relevncia no domnio das cincias sociais, suscitando um grande nmero de estudos na tentativa de compreender o fenmeno. Contudo, no existe uma sntese consensual que possa servir de suporte para se entender o estado da arte do seu quadro conceptual (Fernandes, 2007). A aprendizagem organizacional tem sido um conceito metafrico que assenta na aprendizagem individual, encontrando-se um grande nmero de modelos que tm transferido os processos de aprendizagem individual para o domnio da aprendizagem organizacional.
Deste modo, existe um vasto conjunto de teorias neste domnio desde de longa data. Segundo Klein (1996), as teorias de aprendizagem individual dividem-se em duas grandes perspectivas: as teorias behavoristas e as teorias cognitivistas. As teorias comportamentais centram-se no estudo objectivo do comportamento. Partem do princpio de que os comportamentos complexos podem ser interpretados a partir de conceitos simples, sem recorrer a processos mentais superiores ou foras psquicas internas. Segundo estas teorias, a aprendizagem ocorre medida que as pessoas mudam o seu comportamento em resposta a estmulos do ambiente.
Thorndicke (1874-1949) foi uma das figuras mais influentes no campo da aprendizagem. Este investigador foi considerado um terico conexionista. A teoria conexionista da aprendizagem, denominada tambm de psicologia estmulo-resposta, considera a conexo resultante da associao entre as impresses dos sentidos e os impulsos para a aco, ou seja, associao entre estmulo (S) e a resposta (R) (Aguiar, 1989)
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. Este modelo est associado aos trabalhos de Pavlov, Skinner e aos conceitos de condicionamento e de "estmulo-resposta" Na perspectiva behaviorista a aprendizagem pode ser definida como a mudana de comportamento induzida pela experincia. A aprendizagem encarada como uma processo de tentativa-eerro que leva a uma melhor adaptao do indivduo ao contexto, permitindo o indivduo ajustar-se ao meio ambiente onde se insere. Nesta perspectiva o sujeito passivo, e a aprendizagem no uma qualidade intrnseca do organismo, mas necessita ser impulsionada a partir do ambiente.
As teorias cognitivistas, por seu lado, enquadram o fenmeno da aprendizagem como o estudo das formas em que as cognies - percepes, atitudes e crenas - so modificadas pela experincia e afectam o comportamento. Esta abordagem identifica-se com a teoria da Gestalt, que refere que a aprendizagem ocorre a partir de insights e da compreenso das relaes lgicas entre meios e fins e entre causa e efeito. A pessoa, no seu processo de aquisio de conhecimento, no interpreta o que ocorre em funo de um simples de um acumular de sensaes ou associaes individuais, mas sim em funo de uma estrutura global organizada ou Gestalt (Aguiar, 1989). A perseverana na estrutura global dos factos e dos conhecimentos concede maior importncia compreenso do que a simples acumulao de conhecimentos.
Segundo Piaget (1976) o aspecto essencial da aprendizagem prende-se com a interaco entre o processo de assimilao e acomodao. De acordo com este princpio, o ser humano assimila os dados que obtm do exterior e adapta-os estrutura mental j existente. A assimilao permite a apreenso dos objectos que correspondem estrutura existente do indivduo e, simultaneamente, quando os objectos no se encaixam nessa estrutura, a acomodao transforma o esquema existente em consonncia com as caractersticas do objecto e este assimilado. Este esquema revela que nenhum conhecimento nos chega do exterior sem que sofra alguma alterao pela nossa parte, ou seja, tudo o que aprendemos influenciado por aquilo que j tnhamos aprendido.
A partir dos anos 60 Bandura procura compreender os processos cognitivos da aprendizagem individual, desenvolvendo a teoria da Cognio Social. O autor refere que nem sempre as pessoas tm oportunidade de aprender no meio, pois por vezes estas no podem ter um papel activo, e contudo conseguem aprender observando o comportamento de outros e as consequncias do seu prprio comportamento. A este tipo de aprendizagem o autor designou aprendizagem vicarial. no contexto das interaces sociais que se aprendem comportamentos que nos permitem viver em sociedade e desenvolver capacidades especificamente humanas. A aprendizagem social desenrola-se ao longo de toda a vida, atravs do processo de socializao. Nesta linha de pensamento, Alfred Schtz (citado por Corcuff, 2001), autor que procurou compreender os fundamentos do conhecimento na vida quotidiana, refere que qualquer interpretao do mundo baseia-se numa reserva de experincias prvias, as nossas prprias e as que nos transmitiram os nossos pais ou professores, estas experincias sob forma de conhecimentos disponveis funcionam como esquemas de referncia.
Segundo Kim (1993), a aprendizagem organizacional mais complexa e dinmica do que a aprendizagem individual, uma vez que a complexidade alarga-se quando passamos de uma perspectiva individual para uma perspectiva grupal. importante ter presente que a aprendizagem organizacional resultado no s das aprendizagens individuais, mas tambm das dinmicas estabelecidas entre os indivduos nas
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organizaes. O conhecimento movimenta-se nas organizaes, sendo trocado, comprado, descoberto, criado e aplicado ao trabalho. Ao contrrio do conhecimento individual, o conhecimento organizacional altamente dinmico e se quisermos que o conhecimento seja utilizado de maneira mais eficaz, precisamos entender melhor as foras que o impelem (Davenport & Prusak, 2003). Sendo assim, a anlise da aprendizagem organizacional transporta-nos para um nvel organizacional, sistmico e no a um nvel individual, entendendo-se como um processo atravs do qual se desenvolve conhecimento resultante da interaco da organizao com o meio (Ducan & Weiss, citados em Cardoso, 2000).
Tsang (1997), a partir de uma vasta reviso de literatura identificou duas correntes explicativas da aprendizagem organizacional. Uma das correntes emerge nos primeiros estudos sobre o tema (Cyert e March, 1963; Argyris e Schn, 1978) tendo um cariz predominantemente terico. Esta perspectiva muitas vezes designada de descritiva. E est muito associada aprendizagem individual. Contudo, como j foi dito a aprendizagem organizacional bem mais complexa do que a aprendizagem individual, pelo que tem levado a que grande parte destes modelos, no seja verificada empiricamente (Fernandes, 2007). Apesar de existirem construes tericas muito ricas, so muito difceis de operacionalizar. A segunda corrente surge com o livro de Senge, em 1990, The Fifth Discipline. Esta corrente denominada de prescritiva ou de organizao aprendente, definindo uma srie de aspectos considerados fundamentais para as organizaes aprenderem. Esta abordagem preocupa-se mais em descrever os processos de aprendizagem organizacional assente na anlise de uma realidade observada. No entanto, esta perspectiva tem apresentado investigaes bastante rudimentares, o que conduziu inexistncia de estudos que reunissem os saberes alcanados nesta rea, e tambm, ausncia se uma sntese da literatura que fosse aceite pelos investigadores (Fernandes, 2007).
At aqui, abordou-se algumas das principais perspectivas relativamente aprendizagem individual e organizacional, baseadas na mudana de comportamento e na concepo individual sobre a "complexidade" do mundo. Contudo, outros investigadores, desenvolveram trabalhos tambm eles importantes e, eventualmente, mais pragmticos procurando compreender o processo de aprendizagem organizacional atravs de estgios contnuos, bem definidos, procurando analisar vrias prticas de gesto que melhorem, os processos de aquisio, codificao e transferncia e utilizao do conhecimento no contexto organizacional. Aos modelos concebidos por estes autores podemos lhe chamar os modelos de gesto do conhecimento.
Mais abrangente que o capital intelectual e mais operacional do que o conceito de organizao aprendente, a gesto de conhecimento, com algumas variaes de autor para autor, corresponde a todo um esforo sistemtico realizado pela organizao para criar, utilizar, reter e medir o seu conhecimento (Loureiro, 2003). Neste sentido, procuraremos abordar as perspectivas de alguns autores que se debruaram sobre a temtica em estudo, sem a preocupao de encontrar propriamente um consenso, dado que gerir conhecimento um processo complexo que no poder aceitar receitas prontas.
Na sociologia moderna, o debate sobre o conhecimento colecto/individual retorna a Durkheim. Evidentemente que os indivduos diferem no que sabem, todavia, os grupos socializados sabem coisas, como a cultura, que vai alm do que qualquer indivduo pode identificar. O conhecimento individual est localizado num sistema de conhecimento, e esse sistema encontra-se envolvido por um conjunto coerente
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de prticas sociais, sugerindo uma interaco dialctica entre os indivduos e o contexto em que esto colectivamente embutidos. Deste modo, a gesto do conhecimento bastante diversificada, dada a complexidade dos contextos estruturais, dos processos de tomada de deciso e das dinmicas de interaco entre actores organizacionais (Loureiro, 2003: 63). Ao longo deste artigo, procura-se ter presente as caractersticas multifacetadas da gesto do conhecimento e o seu alcance prtico. Neste sentido, passamos abordagem do processo de gesto do conhecimento, procurando identificar, as diferentes fases do mesmo e as prticas de gesto facilitadoras do processo, com base na promoo da aprendizagem, uma vez que gerir conhecimento criar condies facilitadoras de aprendizagem organizacional (Loureiro, 2003: 63).
Uma crtica que se faz aos estudos sobre processos de aprendizagem refere-se nfase excessiva na ideia de desenvolver novos conhecimentos, perdendo-se a perspectiva de que a organizao j possui um grande volume de conhecimento interno, o qual no adequadamente trabalhado. (Spender, 2001). Criar novos conhecimentos no apenas uma questo de aprender com os outros ou adquirir conhecimentos externos. O conhecimento deve ser construdo por si mesmo, muitas vezes exigindo uma interaco intensiva entre os membros da organizao (Nonaka & Takeuchi,1997: 10).
Nonaka e Takeuchi (1997) so considerados os pioneiros no estudo sobre a criao e o uso do conhecimento nas organizaes, tendo desenvolvido o modelo de criao do conhecimento organizacional, denominado de Espiral do Conhecimento, que valoriza e integra os vrios tipos de conhecimentos. Estes demonstram que a inovao e a criao de novos conhecimentos organizacionais derivam da transformao ou converso do conhecimento tcito em conhecimento explcito (idem, p. 11). O conhecimento tcito, envolve uma dimenso tcnica do tipo know-how e outra cognitiva, relativa a modelos mentais, crenas e percepes e de difcil transmisso. Estes elementos encontram-se incorporados nos indivduos, definindo a forma como agem e se comportam, constituindo o filtro atravs do qual percepcionam a realidade. O conhecimento explcito, por seu lado, produzido a partir de dados recolhidos e informao armazenada. escrito ou gravado e inclui livros, manuais, patentes, base de dados, relatrios, bibliotecas, polticas e procedimentos. Pode ser facilmente identificado, captado, partilhado e aplicado.
Assim, numa dimenso epistemolgica, a combinao destas duas categorias de conhecimento faz emergir quatro modos de converso do conhecimento (socializao, externalizao, combinao e internalizao), atravs dos quais o conhecimento tcito e explcito se difunde, em quantidade e qualidade. Quando o conhecimento criado pelos indivduos transformado em conhecimento ao nvel grupal, organizacional e interorganizacionalii, verifica-se uma dimenso ontolgica da criao do conhecimento. Isto , os vrios processos de converso entre conhecimento tcito e explcito ocorrem num ciclo ascendente do indivduo at interaco da organizao com o ambiente.
A Socializao consiste no processo de partilha do conhecimento tcito entre os indivduos ou no processo de criao de novo conhecimento tcito, por meio do desenvolvimento de experincias partilhadas, da observao, da imitao e da prtica. Os socilogos referem-se socializao com algo que envolve um certo nmero de diferentes agncias de socializao grupos ou contextos sociais. Nestes contextos, as interaces sociais ajudam as pessoas a aprender as normas, valores e crenas que constituem os padres
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da sua cultura. A socializao encarada como um processo em que o comportamento humano configurado de forma contnua por interaces sociais, permitindo que os indivduos desenvolvam o seu potencial, aprendam e se ajustem (Giddens, 2004:28). No entanto, o processo de socializao uma forma limitada de criao do conhecimento, uma vez que o conhecimento tcito, quando no convertido em explcito, dificilmente ampliado ao nvel organizacional.
O processo de explicitao ou exteriorizao consiste na articulao do conhecimento tcito em conhecimento explcito ou codificado, tornando-se transmissvel atravs da linguagem formal e sistemtica de forma a ser facilmente entendida pelos outros. Segundo Pais (2002) grande parte dos pequenos actos da vida quotidiana decorrem de uma forma automatizada, em linhas de conduta no facilmente apreensveis, a no ser atravs da linguagem. Berger e Luckmann (2004) referem que uma das funes da linguagem a classificao, Schtz (citado por Corcuff, 2001) chama-lhe tipificao do mundo social atravs da linguagem herdada. Isto , as experincias so agrupadas em categorias gerais, no seio das quais adquirem a capacidade de serem compreendidas por outros indivduos. Assim, as experincias perdem a caracterstica de foro pessoal, mas ganha-se a possibilidade de serem classificadas segundo ordens gerais de significados, comunicadas e reconhecidas pela colectividade. Considerando os quatro modos de converso do conhecimento, a externalizao considerada a chave para a criao do conhecimento, uma vez que cria novos conceitos explcitos.
A combinao consiste num processo dinmico de converso de novo conhecimento explcito a partir do conhecimento explcito existente. Este processo assenta em trs processos que visam: captar e integrar o novo conhecimento explcito; a sua combinao; e por ltimo, a sua disseminao por intermdio de reunies e apresentaes para estar disponvel por toda a organizao. As questes principais do processo de combinao prendem-se, justamente, com os processos de comunicao, difuso e sistematizao do conhecimento, pelo que o uso de redes de trabalho informatizadas e de bases de dados podem ser catalisadoras deste modo de converso. A gerncia de nvel intermdio desempenha um papel crtico na criao de novos conceitos atravs da rede de informaes e conhecimentos codificados.
O processo de internalizao consiste na incorporao de conhecimento explcito sob a forma de conhecimento tcito. Este modo de converso relaciona-se directamente com a aprendizagem prtica (learning-by-doing), com a formao/treino e o exerccio, que permitem um aperfeioamento das competncias individuais, mas tambm a uma inovao no modo como o trabalho efectuado, atravs de uma articulao estreita e integrada entre aprendizagem pela experincia e trabalho.
A criao do conhecimento emerge, assim, de um processo contnuo e dinmico entre conhecimento tcito e conhecimento explcito, envolvendo flutuaes entre os quatro modos de converso de conhecimento, numa espcie de espiral do conhecimento que alarga progressivamente a base do conhecimento organizacional. Este processo pode expandir-se para o contexto externo da organizao, na medida em que possvel estabelecer interaces com outras organizaes originando a criao de novo conhecimento. Assim, atravs desta interaco dinmica, o conhecimento gerado pela organizao pode despoletar a mobilizao de conhecimentos de intervenientes externos, tais como fornecedores, distribuidores, clientes, etc..
Davenport e Prusak (1998), consideram cinco modos de criao consciente e intencional do conhecimento: aquisio, recursos dedicados, fuso, adaptao e rede do conhecimento. A maneira mais directa e, geralmente, a mais eficaz de se adquirir conhecimento a compra isto , adquirir uma organizao ou
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contratar indivduos que o possuam. Cada vez mais, as empresas adquirem outras especificamente pelo seu conhecimento. Alm de poder ser comprado o conhecimento tambm pode ser alugado ou financiado. Uma organizao pode apoiar financeiramente uma pesquisa universitria ou institucional em troca do direito de prioridade no uso comercial dos seus resultados. Contratar um consultor para a realizao de um projecto alugar uma fonte de conhecimento. Contrariamente ao aluguer de activos tangveis o aluguer de conhecimento implica algum grau de transferncia de conhecimento, ainda que corresponda a uma pequena parcela do conhecimento detido pelos especialistas. Uma outra forma de criar conhecimento consiste em dirigir recursos para formar unidades ou grupos com uma finalidade determinada. Departamentos de pesquisa e investigao so exemplos disso. A Fuso rene pessoas com diferentes perspectivas para trabalhar num problema ou projecto, condicionando-as a chegar a uma resposta comum. Esta permite reunir uma variedade de talentos e de experincias, aumentando as possibilidades de um resultado bem-sucedido (Davenport e Prusak, 1998). Todavia, a abraso ou fuso criativa exige algum ponto em comum. Os membros dos grupos precisam desenvolver grau suficiente de linguagem em comum para que possam se entender (Davenport e Prusak, 1998: 74). necessrio, por isso, existir algum conhecimento compartilhado antes de se dar incio colaborao, como por exemplo um objectivo ou conceito comum para unificar os esforos dos diversos membros do grupo. A adaptao que se impem s organizaes, impulsionada pelas inovaes ao nvel da concorrncia, pelas novas tecnologias e as pelas mudanas sociais e econmicas incentivam criao do conhecimento. As redes de conhecimento informais e auto-organizadas no interior das organizaes, como as comunidades de prtica, promovem a partilha de conhecimento comum suficiente para se comunicar e cooperar, a continuidade das redes podem originar novo conhecimento.
O armazenamento dos conhecimentos pretende reduzir a perda de conhecimentos inerentes s especialidades e s experincias dos indivduos que compem a fora de trabalho de uma organizao. Assim, no processo de armazenamento do conhecimento procura-se representar a memria colectiva num repositrio de conhecimentos, a fim facilitar a sua acessibilidade. Este o momento em que os activos de conhecimento tcito so transformados em conhecimento explcito e formalizado. Pois, embora sejam identificados indivduos e equipas detentores de conhecimento estes pouco acrescentaram organizao se no existirem formas de partilhar o mesmo (Beckman, 1997). Deste modo, a finalidade da codificao transformar o conhecimento organizacional num cdigo de forma a torn-lo explcito, porttil e organizado e o mais inteligvel possvel para quem dele necessita (Davenport & Prusak, 1998). Segundo os autores, necessrio ter em conta alguns princpios de codificao de forma a haver uma certa estruturao do conhecimento, sem este perder as suas propriedades, a saber: - Definir a estratgia de negcio para o conhecimento codificado; - Identificar o conhecimento existente nas vrias formas apropriadas para atingir os objectivos de negcios; - Avaliar o conhecimento em termos de utilidade e adequao codificao; - Identificar um meio de codificao e distribuio apropriada.
O mapeamento das fontes de conhecimento organizacional uma parte importante do processo de codificao e pode ser elaborado atravs da tecnologia. A elaborao de um mapa de conhecimento implica a localizao do conhecimento importante na organizao e por conseguinte a publicao de um tipo de lista ou quadro que mostre onde encontr-lo. Estes indicam, geralmente pessoas, documentos e bases de dados. Um mapa de conhecimento poder, tambm, funcionar como um inventrio, podendo ser utilizado
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como uma ferramenta para avaliar o stock do conhecimento organizacional, identificando os pontos fortes a serem explorados e as lacunas a serem colmatadas. As patentes so uma forma de conhecimento explcito codificado, assim como a representao em texto de um processo ou produto desenvolvido por especialista ou inventores, relatrios e outros documentos estruturados.
Relativamente ao processo de codificao do conhecimento tcito existente nas organizaes, muitas vezes impossvel de o reproduzir num documento, este reduz-se, geralmente localizao de quem o detm, e ao incentivo do seu detentor a interagir. preciso ter em conta, que apesar de ser difcil codificar o conhecimento tcito, este esforo pode ser compensatrio para a organizao, dado que a perda das pessoas que o detm pode significar uma ameaa ao capital intelectual da organizao. A organizao deve, pois, desenvolver estratgias para procurar disseminar ao mximo este conhecimento, evitando que este se concentre numa nica pessoa. Assim, uma organizao pode segmentar o seu processamento do conhecimento em duas grandes classes: integradora (repositrios estruturados para gerir conhecimento explcito); e interactiva (permite interaco para integrar conhecimento tcito).
Segundo Terra (1999) importante que todo o trabalhador possa contribuir para a base de informaes e conhecimentos estratgicos da organizao, atravs de um processo e tecnologias de suporte adequados. Uma classificao comum da informao entre reas, departamentos e regies fundamental na facilitao da colaborao. Contudo, isto s no basta para que os sistemas de informao sejam utilizados na sua plenitude. Deve haver uma preocupao em desenvolver competncias no uso de tecnologias de informao, principalmente novas tecnologias baseadas na internet que facilitam a colaborao virtual e tambm a pesquisa, acesso e publicao de informaes em ambiente web.
A actividade de transferncia de conhecimento visa garantir que o conhecimento individual de cada especialista seja transferido para os demais, garantindo a sinergia entre todos (Sveiby 1998). Esta passa pela obteno do conhecimento da memria colectiva e implica a sua distribuio pelos utilizadores, individuais ou grupais, segundo o tipo de interesses e trabalho, facilitando a partilha de conhecimento entre colegas.
A transferncia do conhecimento sucede de forma natural no quotidiano das organizaes sendo importante que a gesto do conhecimento possa intervir dando-lhe alguma formalidade, mas no asfixiando-o. Um dos elementos fundamentais para a gesto do conhecimento o desenvolvimento de estratgias especficas para incentivar trocas espontneas de conhecimento (Davenport e Prusak, 1998). A melhor forma de transferir conhecimento numa organizao de forma eficiente contactar pessoas perspicazes e deixar que elas conversem entre si (Loureiro, 2003). Mas, por vezes o que sucede que estas pessoas, ficam submersas em trabalho e sem tempo para pensarem e muito menos conversarem. As transferncias do conhecimento no dia-a-dia nas organizaes, embora seja uma realidade, muitas vezes ocorrem ao nvel local e fragmentadas, em particular em organizaes de menor dimenso. As organizaes de maior porte, por seu lado, podem ter maiores probabilidades de possurem o conhecimento de que necessitamos, contudo a possibilidade de sabermos onde encontrar esse conhecimento pode ser menor.
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A comunicao entre os elementos da organizao, um dos exemplos mais pragmtico da transferncia de conhecimento, que pode consubstanciar-se, numa conversa de corredor, numa pausa para caf, numa comunidade prtica, na participao de seminrios, conferncias ou formao profissional e em outras formas. Estes processos de transferncia permitem criar contexto de criao de novas ideias e mesmo de resoluo de problemas. Contudo, Davenport e Prusak (1998), mencionam alguns factores inibidores da transferncia de conhecimento, que esto relacionados com aspectos culturais, e as formas de os ultrapassar:
da
Solues Construo de relacionamentos e confiana mtua atravs de reunies presenciais Estabelecer consenso atravs da educao, discusso, publicao, trabalho em equipa e rotao de funes. Criar tempo e locais para transferncia do conhecimento: feiras, salas de conversa, relatos de conferncias, etc.. Avaliar o desempenho e oferecer incentivos baseados na partilha. Educar os actores organizacionais para a flexibilidade, proporcionar tempo para a aprendizagem e basear as contrataes na abertura de ideias. Encorajar o mtodo no hierrquico para o conhecimento; a qualidade das ideias mais importante que a categoria da fonte. Aceitar e recompensar erros criativos e colaborao; no h perda de posio (categoria) por no saber tudo.
Diferentes culturas, vocabulrios e quadros de referncia Falta de tempo e de locais de encontro; ideia estreita de trabalho produtivo Posio e recompensas vo para os possuidores de conhecimento. Falta de capacidade de absoro pelos receptores.
Crena de que o conhecimento privilgio de determinados grupos, sndroma do no inventado aqui Intolerncia para com erros ou necessidades de ajuda.
Todos estes elementos condicionam o sucesso e a eficcia da transferncia do conhecimento organizacional. Uma vez que, os valores, normas e comportamentos que constituem a cultura organizacional so os principais determinantes do nvel de sucesso da transferncia do conhecimento.
O conhecimento tcito especialmente difcil de transferir. Nonaka e Takeuchi (1995), referem a socializao como o processo por excelncia de partilha do conhecimento tcito entre os indivduos, assente num processo de partilha de experincias que muitas vezes feito atravs de observao, imitao e prtica, que no raras vezes ocorre no desenvolvimento das relaes informais dos elementos da organizao. A transferncia do conhecimento tcito poder tambm ocorrer atravs de uma parceria, de uma orientao dos funcionrios mais jovens ou de uma relao de formao, envolvendo tanto a transferncia de conhecimento tcito como explcito. Pode-se tambm considerar as tecnologias de informao como infra-estruturas de transferncia do conhecimento tcito, nomeadamente redes internas,
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bases de dados que relacionem os trabalhadores que desejam partilhar informao, mapas de conhecimento, sistemas de vdeoconferncia do trabalho em equipa, registo em vdeo ou CD-ROM de histrias e experincias de trabalhadores com maior antiguidade, antes de deixarem a organizao.
Segundo Terra (2007) Para que os sistemas de informao sejam relevantes e permitam a identificao, acesso, organizao, distribuio selectiva de informaes adequadas ao trabalho de cada colaborador da organizao, preciso desenvolver sistemas a partir de diferentes perspectivas de trabalho: individual, de equipa, de projecto, da organizao no seu conjunto e tambm intra-organizacional. por isso importante que a organizao tenha a preocupao constante de tornar seus sistemas de informao amigveis. Tendo em considerao os objectivos organizacionais, melhores prticas de utilizao, caractersticas dos vrios tipos de pblicos internos e externos, situaes de uso e limites da tecnologia existente.
Uma infra-estrutura de gesto do conhecimento pode ajudar a armazenar informao para sua posterior distribuio. Contudo (Bukowitz e Williams, 2002) alertam que a principal questo passa por convencer as pessoas do retorno, quer a nvel organizacional quer a nvel pessoal, da sua contribuio para a base do conhecimento comum. Uma vez que a partilha de conhecimento pode ser vista como um perigo para a viabilidade do trabalhador na organizao. Neste sentido, fundamental que a gesto de topo d sinais de encorajamento para partilha de conhecimento, podendo ser requisitos para ocupao de posies mais altas na organizao o esprito de colaborao, demonstraes evidentes de partilha de conhecimento e um histrico comprovado de capacidade para desenvolver novos colaboradores.
A resistncia mudana e a necessidade de confiana mtua so, no mnimo, igualmente importantes. Por vezes, necessrio observar as pessoas que possuem o novo conhecimento antes de aceit-lo. Isto saber quem so, as suas qualificaes, se so confiveis, etc. (Davenport e Prusak, 1998). No contexto da gesto do conhecimento, confiana entre as pessoas est relacionada com o nvel de competncia dos colegas, a disponibilidade de informao por parte dos colegas, a confiana de que a crtica construtiva e que os desentendimentos so tratados de forma transparente e profissional.
A informao tambm deve ser partilhada com actores externos, dada crescente interdependncia das relaes com parceiros, fornecedores e clientes. Obviamente que isto implica uma pr-definio do que pode e deve ser partilhado externamente. A proteco de informaes sensveis a partir de mecanismos de senha, criptografia, restries distribuio, circulao e impresso de arquivos j fazem parte da rotina de grandes organizaes lderes na gesto do conhecimento (Terra, 2007) A existncia de espaos colaborativos virtuaisiii (seguros) para a troca de informaes, conhecimento e colaborao com os diversos tipos de actores externos (fornecedores, parceiros, clientes e outros), tende a diminuir rudos na comunicao e a aumentar a confiana e a agilidade, podendo, tambm, impulsionar a inovao conjunta e melhorar os servios prestados aos clientes. A obteno de valor atravs destes relacionamentos fora a organizao a apostar numa gesto mais facilitadora da troca de informao e de conhecimento.
O acesso ao conhecimento necessrio, mas de maneira alguma garante da sua utilizao. A transmisso do conhecimento e a observao no tm utilidade se no levar a alguma mudana de
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comportamento ou ao desenvolvimento de ideias novas com repercusses no comportamento. Uma vez que a organizao investe na criao, codificao e transferncia do conhecimento faz todo o sentido que desenvolva esforos no sentido de promover uma cultura facilitadora da sua utilizao.
A fase de utilizao do conhecimento complementa o processo de partilha do mesmo, dado que este s atingir seu valor mximo se for aplicado numa situao concreta. Aplicar o conhecimento implica mobilizlo para tomar decises, executar tarefas, resolver problemas, pesquisar ideias e aprender. Para isso, o sistema deve entender os objectivos dos utilizadores e o seu contexto. Cabe aos especialistas das reas alimentar o repositrio de conhecimento e fornecer suporte aos funcionrios atravs de formao formal, consultoria e instrues, a fim de melhorar a especialidade e o desempenho dos trabalhadores (Beckman (1997).
O grande desafio encontrar formas de integrar a aprendizagem na forma como as pessoas trabalham. Este repto foi tambm uma preocupao muito particular de Peter Senge. O autor (1998) refere que a questo-chave saber como fazer com que a aprendizagem ocorra e efectue profundas mudanas nas formas de pensar e interagir das pessoas, por isso avana com as cinco disciplinas. Este processo implica resistir a um pensamento de curto prazo e promover uma reflexo estruturada, que provavelmente s dar um retorno a longo prazo. Bukowitz e Williams (2002). A adopo e aplicao do conhecimento novo pode ser um processo lento e rduo, e o ndice de sucesso ser altamente influenciado pela cultura da empresa (Davenport & Prusak, 1998: 125).
A aprendizagem implica um permanente processo de reformulao dos modelos mentais e mapas cognitivos. Neste sentido, as organizaes devem prover condies favorveis (recursos financeiros e principalmente tempo) para que as pessoas encontrem seus prprios mtodos de aprendizagem. A organizao pode fornecer muitos instrumentos para promover a utilizao da informao para a inovao reforando o pensamento criativo, no entanto, o mais importante estabelecer um ambiente que encoraje a criatividade, experimentao e a receptividade a novas ideias (Bukowitz e Williams, 2002). Neste sentido, a aprendizagem contnua deve ser um valor por palavras e aces (Terra, 2007), isto , deve demonstrar que v com bons olhos o tempo gasto em formao, seminrios, workshops, leituras ou mesmo em programas de e-learning durante o horrio de trabalho. Por outro lado, natural que a organizao espere que os colaboradores se mostrem pr-ativos nas suas estratgias pessoais de aprendizagem e aperfeioamento pessoal e que estas sejam evidenciadas em mudanas efectivas no comportamento e nos resultados atingidos.
Sem dvida que, algumas organizaes tm sido eficazes na criao ou aquisio de novos conhecimentos, mas so menos capazes quanto aplicao desses conhecimentos nas suas prticas. Estas sero incapazes de criar aprendizagem organizacional sem mudanas subsequentes nos mtodos de trabalho. A melhoria contnua exige comprometimento efectivo com a aprendizagem.
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Concluso
A gesto do conhecimento uma nova rea do saber que ainda no tem uma estrutura universalmente aceite nem sequer uma metodologia estabelecida, o que tem surgido at data so tentativas de abordagem do assunto por alguns autores. O grande interesse dos investigadores pelo conceito da gesto do conhecimento, no significa que os quadros conceptuais estejam estabilizados. A maioria das abordagens tericas tm caractersticas multidimensionais difceis de circunscrever. No entanto, so diversos os autores que referem que um processo de gesto do conhecimento se caracteriza por promover a capacidade da organizao de criar, partilhar, incorporar e integrar o conhecimento de forma consistente.
Muitas organizaes praticam estas actividades at certo ponto. Mas poucas apresentam xitos consistentes, pois confiam amplamente em situaes espordicas ou exemplos isolados. As organizaes, para serem eficientes na gesto da aprendizagem tm de criar sistemas e processos onde ressaltem essas actividades e integr-los na trama das operaes quotidianas.
O conhecimento no nasce propriamente de gerao espontnea. necessrio que a sua criao seja fomentada de forma consciente e intencional, realizando-se actividades e iniciativas com o objectivo de aumentar o patrimnio de conhecimento organizacional. tambm imprescindvel disponibilizar o conhecimento num formato acessvel para todos os que precisam dele, sendo fundamental que as organizaes tenham conscincia do seu conhecimento e, principalmente, que o utilizem. Por este motivo, justifica-se a importncia que a gesto do conhecimento adquiriu nos ltimos anos, pois ela sempre existiu nas organizaes, mas nunca de forma consciente nem reconhecendo a importncia do conhecimento tcito.
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Estmulo definido como a modificao de um ou vrios aspectos do meio; resposta entendida como a modificao de uma ou vrias partes do comportamento (Bergamini, 1990). ii Deste modo, uma outra espiral ocorre quando o conhecimento desenvolvido, por exemplo, no nvel de equipa de projecto, transformado em conhecimento ao nvel de diviso e possivelmente ao nvel da empresa como um todo ou mesmo entre organizaes. iii Por exemplo uma biblioteca digital, lista de contactos, fruns, mecanismos de notificao e mesmo workflow.