Caderno Monitor LP Iv Bimestre

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S

SECRETARIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - SEDE


SECRETARIA
GERÊNCIA GERALEXECUTIVA DO ENSINO DO
DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS MÉDIO
ENSINOPROFISSIONAL
MÉDIO – GGPEM -
PROGRAMA MONITORIA PE - APRENDIZAGEM
SEMP
PROGRAMA MONITORIA PE - APRENDIZAGEM

CADERNO 4 DO MONITOR

LÍNGUA PORTUGUESA

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Secretário de Educação e Esportes
Alexandre Alves Schneider

Secretária Executiva de Desenvolvimento da Educação


Tarcia Regina da Silva

Equipe de Elaboração

Edvaldo Braz do Nascimento


Professor Técnico de Matemática

Mônica de Sá Soares
Professora Técnica de Língua Portuguesa

Equipe de Coordenação

Janine Furtunato Queiroga Maciel


Gerente de Políticas Educacionais do Ensino Médio (GGPEM)

Rômulo Guedes e Silva


Gestor de Formação e Currículo (GGPEM)

Cristiane Gonçalves de Oliveira Andrade


Chefe da Unidade de Gestão das Aprendizagens (GGPEM)

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Seja bem-vindo(a)!

Olá, Monitor(a)! Tudo bem?

Puxa! Já chegamos ao IV Bimestre!

Mais uma vez por aqui para apresentar a você o CADERNO

4 DO MONITOR.

Desejo uma troca muito positiva com seus colegas

e bastante aprendizado!

Um ótimo trabalho e até a próxima!

2024

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O que você vai encontrar neste Caderno?

1. FIQUE LIGADO! Comentários sobre o descritor;

2. Questões com gabarito;

3. Gabaritos comentados;

4. Videoaulas (QR CODE) para apoiá-lo nesta caminhada. Assim, você poderá
aprofundar os conteúdos propostos e tirar as dúvidas de seus colegas.

Sugestão: que tal responder às questões, utilizando primeiramente


o Caderno do Estudante sem olhar o gabarito?

Apenas um lembrete: os descritores podem apresentar números diferentes, mas o


mesmo conteúdo.

Vamos lá? Você tem muito trabalho pela frente!

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1. Inferir informações em textos

FIQUE LIGADO! Inferir informações em um texto é entender o que o texto diz, mas que não está explícito
nele. Significa, portanto, ler nas entrelinhas, deduzir, entender o que está implícito na mensagem.

Reaprender a ler notícias


Não dá mais para ler um jornal, revista ou assistir a um telejornal da mesma forma que fazíamos até o
surgimento da rede mundial de computadores. O Observatório da Imprensa antecipou isso lá nos idos de 1996
quando cunhou o slogan “Você nunca mais vai ler o jornal do mesmo jeito”. De fato, hoje já não basta mais ler
o que está escrito ou falado para estar bem informado. É preciso conhecer as entrelinhas e saber que não há
objetividade e nem isenção absolutas, porque cada ser humano vê o mundo de uma forma diferente. Ter um pé
atrás passou a ser regra básica número um de quem passa os olhos por um primeiro página, capa de revista ou
chamadas de um noticiário na TV.
Há uma diferença importante entre desconfiar de tudo e procurar ver o maior número possível de lados
de um mesmo fato, dado ou evento. Apenas desconfiar não resolve porque se trata de um atitude passiva. É
claro, tudo começa com a dúvida, mas a partir dela é necessário ser proativo, ou seja, investigar, estudar,
procurar os elementos ocultos que sempre existem numa notícia. No começo é um esforço solitário que pode
se tornar coletivo à medida que mais pessoas descobrem sua vulnerabilidade informativa.
Disponível em: www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 30 set. 2015 (adaptado).

(ENEM 2021) No texto, os argumentos apresentados permitem inferir que o objetivo do autor é convencer os
leitores a
a) buscarem fontes de informação comprometidas com a verdade.
b) privilegiarem notícias veiculadas em jornais de grande circulação.
c) adotarem uma postura crítica em relação às informações recebidas.
d) questionarem a prática jornalística anterior ao surgimento da internet.
e) valorizarem reportagem redigidas com imparcialidade diante dos fatos.

2. Reconhecer o assunto de um texto lido


FIQUE LIGADO! O “tema” de um texto refere-se à ideia ou tópico central que está sendo abordado ou explorado
naquele texto. É a mensagem principal, o assunto ou conceito central. Identificar o tema resulta em reconhecer o assunto
principal do texto. É importante saber que o tema nem sempre está explícito ao longo da leitura. Nesse caso, você precisa
estar atento e deve realizar uma síntese do texto e só depois identificar o assunto principal.

Qual a influência da comunicação nos fluxos migratórios?

Denise Cogo, doutora em comunicação, discute a relação entre as tecnologias digitais e as migrações no
mundo.
Para a especialista, grande parte das representações e das experiências que conhecemos dos imigrantes
chega pela mídia. “A mídia é mediadora das relações”, explica.
O imigrante não é só um sujeito econômico, mas, explica Cogo, um sujeito sociocultural. Portanto, a
comunicação integra a trajetória das migrações dentro de um processo histórico. “Desde o planejamento e o
estudo das políticas migratórias para o país de destino até o contato com amigos e familiares, o encontro dos
fluxos migratórios com as tecnologias digitais traz novas perspectivas para os sujeitos. Também se abre a
possibilidade para que, com um celular na mão, os próprios imigrantes possam narrar suas histórias, construindo
novos caminhos”, analisa.
Disponível em: http://operamundi.uol.com.br. Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).

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(ENEM Digital 2020) Ao trazer as novas perspectivas acionadas pelos sujeitos na escrita de suas histórias, o texto
apresenta uma visão positiva sobre a presença da(s):
a) economia na formação cultural dos sujeitos.
b) manifestações isoladas nos processos de migração.
c) narrações oficiais sobre os novos fluxos migratórios.
d) abordagens midiáticas no tratamento das informações.
e) tecnologias digitais nas formas de construção da realidade.

3. Distinguir um fato da opinião

FIQUE LIGADO! Fato é algo objetivo, que aconteceu. Opinião, por outro lado, é a ideia de alguém
sobre algo ou alguém e, portanto, trata-se de algo subjetivo. Esteja muito atento ao uso de adjetivos e/ou locuções
adjetivas: eles indicam, em geral, uma opinião do autor do texto sobre algo ou alguém.

Uma noite em 67, de Renato Terra e Ricardo Calil


Editora Planeta, 296 páginas.
Mas foi uma noite, aquela noite de sábado 21 de outubro de 1967, que parou o nosso país. Parou pra
ver a finalíssima do III Festival da Record, quando um jovem de 24 anos chamado Eduardo Lobo, o Edu Lobo,
saiu carregado do Teatro Paramount em São Paulo depois de ganhar o prêmio máximo do festival com Ponteio,
que cantou acompanhado da charmosa e iniciante Marília Medalha.
Foi naquela noite que Chico Buarque entoou sua Roda Viva ao lado do MPB-4 de Magro, o arranjador.
Que Caetano Veloso brilhou cantando Alegria, alegria com a plateia ao som das guitarras dos Beat Boys, que
Gilberto Gil apresentou a tropicalista Domingo no parque com os Mutantes.
Aquela noite que acabou virando filme, em 2010, nas mãos de Renato Terra e Ricardo Calil, agora virou
livro. O livro que está sendo lançado agora é a história daquela noite, ampliada e em estado que no jargão
jornalístico chamamos de matéria bruta. Quem viu o filme vai se deliciar com as histórias – e algumas fofocas –
que cada um tem para contar, agora sem os contes necessários que um filme exige. E quem não viu o filme tem
diante de si um livro de histórias, pensando bem, de História.
VILLAS, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 18 jun. 2014 (adaptado).

(ENEM-2017) Considerando os elementos constitutivos dos gêneros textuais circulantes na sociedade, nesse
fragmento de resenha predominam
a) caracterização de personalidades do contexto musical brasileiro dos anos 1960.
b) questões polêmicas direcionadas à produção musical brasileira nos anos 1960.
c) relatos de experiências de artistas sobre os festivais de música de 1967.
d) explicação sobre o quadro cultural do Brasil durante a década de 1960.
e) opinião a respeito de uma obra sobre cena musical de 1967.

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4. Interpretar textos que articulam elementos verbais e não verbais
FIQUE LIGADO! A produção de sentido em textos mistos (aqueles que misturam palavras e
imagens) acontece pela união das falas/discursos e imagens apresentadas pela sequência das cenas.
Ler o não verbal também é uma habilidade muito importante no processo leitor, principalmente para ler textos
como tirinhas e charges, que trabalham com o humor e a crítica social e política.

(ENEM-2018) Os emojis foram criados em 1999 pelo designer japonês Shigetaka Kurita com o intuito de
aprimorar a comunicação da população japonesa. Sobre essa linguagem é correto afirmar que os emojis
a) complementam a linguagem verbal expressando as emoções dos emissores da mensagem.
b) utilizam a linguagem mista em que há o uso da linguagem verbal e não verbal.
c) representam uma linguagem verbal expressa por diversas figuras.
d) são sempre utilizados com os emoticons, outro tipo de linguagem não verbal.
e) são essencialmente uma comunicação linguística expressa pela ordem das palavras.

5. Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

FIQUE LIGADO! Todo texto tem sua função social, ou seja, qual oseu objetivo: informar as
pessoas sobre determinado assunto. expor um ponto de vista, refutar (rejeitar) uma posição, narrar um
acontecimento, fazer uma advertência, persuadir (convencer) alguém de alguma coisa, etc.

A animação Vida Maria


Produzido em computação gráfica 3D e finalizado em 35 mm, o curta-metragem mostra personagens e
cenários modelados com texturas e cores pesquisadas e capturadas no sertão cearense, no Nordeste do Brasil,
criando uma atmosfera realista e humanizada.
O filme nos mostra a história da rotina da personagem Maria José, uma menina de cinco anos de idade
que se diverte aprendendo a escrever o nome, mas que é obrigada pela mãe a abandonar os estudos e começar
a cuidar dos afazeres domésticos e trabalhar na roça.
Enquanto trabalha, ela cresce, casa e tem filhos e depois envelhece, e o ciclo continua a se reproduzir nas
outras Marias suas filhas, netas e bisnetas.
Disponível em: www.revistaprosaversoearte.com. Acesso em: 1 nov. 2021.

Esse fragmento é caracterizado como gênero sinopse, pois apresenta


a) revista sobre a produção da animação.
b) relato da história abordada no curta-metragem.
c) acontecimentos do cotidiano de uma família.
d) história sucinta com poucos personagens.
e) fatos da vida de uma menina e seus familiares.

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6. Reconhecer formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam
do mesmo tema.
FIQUE LIGADO! Há uma variedade de textos (carta, artigo, tirinha,crônica, propaganda...) que podem
ser utilizados para se tratar do mesmo tema. Isso pode proporcionar diferentes finalidades,ou seja, funções
sociais, dependendo da intenção dos interlocutores.

(ENEM-2023) Compare os textos I e II a seguir, que tratam de aspectos ligados a variedades da língua
portuguesa no mundo e no Brasil.

Texto I
Acompanhando os navegadores, colonizadores e comerciantes portugueses em todas as suas incríveis viagens,
a partir do século XV, o português se transformou na língua de um império. Nesse processo, entrou em contato
— forçado, o mais das vezes; amigável, em alguns casos — com as mais diversas línguas, passando por processos
de variação e de mudança linguística. Assim, contar a história do português do Brasil é mergulhar na sua história
colonial e de país independente, já que as línguas não são mecanismos desgarrados dos povos que as utilizam.
Nesse cenário, são muitos os aspectos da estrutura linguística que não só expressam a diferença entre Portugal
e Brasil como também definem, no Brasil, diferenças regionais e sociais.

PAGOTTO, E. P. Línguas do Brasil. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br.


Acesso em: 5 jul. 2009 (adaptado).
Texto II
Barbarismo é vício que se comete na escritura de cada uma das partes da construção ou na pronunciação. E em
nenhuma parte da Terra se comete mais essa figura da pronunciação que nestes reinos, por causa das muitas
nações que trouxemos ao jugo do nosso serviço. Porque bem como os Gregos e Romanos haviam por bárbaras
todas as outras nações estranhas a eles, por não poderem formar sua linguagem, assim nós podemos dizer que
as nações de África, Guiné, Ásia, Brasil barbarizam quando querem imitar a nossa.

BARROS, J. Gramática da língua portuguesa. Porto: Porto Editora, 1957 (adaptado).

(ENEM-2009) Os textos abordam o contato da língua portuguesa com outras línguas e processos de variação e
de mudança decorridos desse contato. Da comparação entre os textos, conclui-se que a posição de João de
Barros (Texto II), em relação aos usos sociais da linguagem, revela
a) atitude crítica do autor quanto à gramática que as nações a serviço de Portugal possuíam e, ao mesmo tempo,
de benevolência quanto ao conhecimento que os povos tinham de suas línguas.
b) atitude preconceituosa relativa a vícios culturais das nações sob domínio português, dado o interesse dos
falantes dessas línguas em copiar a língua do império, o que implicou a falência do idioma falado em Portugal.
c) o desejo de conservar, em Portugal, as estruturas da variante padrão da língua grega — em oposição às
consideradas bárbaras —, em vista da necessidade de preservação do padrão de correção dessa língua à época.
d) adesão à concepção de língua como entidade homogênea e invariável, e negação da ideia de que a língua
portuguesa pertence a outros povos.
e) atitude crítica, que se estende à própria língua portuguesa, por se tratar de sistema que não disporia de
elementos necessários para a plena inserção sociocultural de falantes não nativos do português.

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7. Reconhecer as relações entre partes de um texto, identificando os recursos coesivos
que contribuem para a sua continuidade
FIQUE LIGADO! Essa habilidade objetiva que você demonstre que reconhece as relações
estabelecidas entre partes do texto. Por exemplo, que palavras, no texto, substituem umas às outras
(são sinônimas para evitar repetição), ou ainda, que sentido determinado conectivo apresenta no texto: tempo,
oposição, causa, finalidade...)

Brasil é o maior desmatador, mostra estudo da ONU


O Brasil reduziu sua taxa de desmatamento em vinte anos, mas continua líder entre os países que mais
desmatam, segundo a FAO (órgão da ONU para a agricultura).
A entidade apresentou ontem estudo sobre a cobertura florestal no mundo e o resultado é preocupante:
em apenas dez anos, uma área de floresta do tamanho de dois estados de São Paulo desapareceu do país. De
forma geral, a queda no ritmo da perda de cobertura florestal foi de 37% em dez anos. Entre 1990 e 1999, 16
milhões de hectares por ano sumiram. Entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões de hectares.
Mas o número é considerado alto. A América do Sul é apontada como a maior responsável pela perda
de florestas do mundo, com cortes anuais de 4 milhões de hectares. A África vem em seguida, com 3,4 milhões
de hectares/ano.
O Estado de São Paulo, 26 mar. 2010.

(ENEM-2013) Na notícia lida, o conectivo “mas” (terceiro parágrafo) estabelece uma relação de oposição entre
as sentenças: “Entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões de hectares” e “o número é considerado
alto”. Uma das formas de se reescreverem esses enunciados, sem que lhes altere o sentido inicial, é:
a) Embora, entre 2000 e 2009, esse número tenha caído para 13 milhões de hectares, o número é considerado
alto.
b) Entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões de hectares, uma vez que o número é considerado alto.
c) Visto que, entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões de hectares, o número é considerado alto.
d) Entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões de hectares, por isso o número é considerado alto.
e) Porque, entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões de hectares, o número é considerado alto.

8. Identificar a tese de um texto


FIQUE LIGADO! Essa habilidade pretende que você identifique a ideia principal ou o ponto de vista que
o autor está defendendo. A tese é a mensagem central que o texto quer transmitir, geralmente resumindo o
argumento ou a opinião principal que o autor desenvolve ao longo do texto.

Desmatar não vale a pena


Desmatar é ruim, mas traz crescimento econômico. Isso é o que fizeram você acreditar durante muito
tempo. A realidade é bem diferente. O modelo de ocupação predominante na Amazônia é baseado na
exploração madeireira predatória e na conversão de terras para agropecuária. É o que eu chamo de “boom-
colapso”: nos primeiros anos da atividade econômica baseada nesse modelo, ocorre um rápido e efêmero
crescimento (o boom). Mas, em seguida, vem um declínio significativo em renda, emprego e arrecadação de
tributos (o colapso). A situação de quem era pobre fica ainda pior.
Esse modelo é nefasto em todos os sentidos. O avanço da fronteira na Amazônia é marcado pelo
desmatamento, pela degradação dos recursos naturais e, se não bastasse tudo isso, pela violência rural.
Em pouco mais de três décadas, o desmatamento passou de 0,5% do território da floresta original para
quase 18% do território, em 2008. Além disso, áreas extensas de florestas sofreram degradação pela atividade
madeireira predatória e devido a incêndios florestais.
VERÍSSIMO, Beto. Galileu. set. 2009. Fragmento.

9
Nesse texto, o autor discorda de qual tese?
a) “Desmatar é ruim, mas traz crescimento econômico.”.
b) “É o que eu chamo de “boom-colapso”: nos primeiros...”.
c) “A situação de quem era pobre fica ainda pior.”.
d) “Esse modelo é nefasto em todos os sentidos.”.
e) “O avanço da fronteira na Amazônia é marcado...”.

9. Distinguir ideias centrais de secundárias ou tópicos e subtópicos em um dado gênero


textual
FIQUE LIGADO! Dessa vez você vai precisar identificar o que é essencial (ideia central) e o que é
acessório (ideia secundária) em um texto. Esse descritor visa avaliar sua capacidade de distinguir
informações relevantes daquelas que, num texto específico, se apresentam como partes menos importantes.
Essa habilidade é muito importante, por exemplo, quando você vai realizar um resumo.

Piscina natural no Morro do Moreno vira atração no ES


Local tem sido descoberto por moradores da Grande Vitória no calor.
A piscina de águas naturais da Ponta do Farol, no Morro do Moreno, em Vila Velha, virou atração durante
o calor no Espírito Santo. O local, antes pouco visitado, foi divulgado em uma página que mostra os pontos
turísticos do estado nas redes sociais. Depois da publicação, a piscina tem recebido visitantes de toda a Grande
Vitória.
Nem mesmo os moradores de Vila Velha e frequentadores antigos da formação de pedra que cerca o
local conheciam o pequeno recanto. É o caso do administrador Deverson Daltio, que costuma passear de
bicicleta e fazer caminhadas com a amiga Joseane de Carvalho bem pertinho da piscina. “A gente sempre passou
por aqui, mas não sabia da piscina. Vimos que é um lugar maravilhoso para relaxar, fazer fotos, então viemos
descobrir. Estamos adorando”, disse Deverson.
As estudantes Eduarda Furtado e Juliana Moreira saíram de Vitória para ir até a piscina. As duas também
já conheciam o Farol de Santa Luzia e o Morro do Moreno, mas a piscina natural foi uma surpresa.
Enquanto a maré estiver alta, o local pode ser curtido para banhos. A água cristalina e a vista para a
Terceira Ponte fizeram sucesso entre os moradores e turistas. [...]
Disponível em: <http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2015/12/piscina-natural-no-morro-do-moreno-vira-atracao-no-es. html>. Acesso em: 12
jan. 2016. Fragmento.

A informação principal do texto está no trecho:


A) “A piscina de águas naturais da Ponta do Farol, no Morro do Moreno, em Vila Velha, virou atração...”.
B) “Nem mesmo os moradores de Vila Velha e frequentadores antigos [...] conheciam o pequeno recanto.”.
C) “É o caso do administrador Deverson Daltio, que costuma passear de bicicleta...”.
D) “As estudantes Eduarda Furtado e Juliana Moreira saíram de Vitória para ir até a piscina.”.
E) “Enquanto a maré estiver alta, o local pode ser curtido para banhos.”.

10. Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e o conflito gerador


FIQUE LIGADO! As questões que avaliam essa habilidade pretendem que você identifique o que
causa as mudanças na história e quais eventos transformam a situação.

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Grande sertão: Veredas
Até que, um dia, eu estava repousando, no claro estar, em rede de algodão rendada. Alegria me espertou,
um pressentimento. Quando eu olhei, vinha vindo uma moça. Otacília.
Meu coração rebateu, estava dizendo que o velho era sempre novo. Afirmo ao senhor, minha Otacília ainda
se orçava mais linda, me saudou com o salvável carinho, adianto de amor. Ela tinha vindo com a mãe. E a mãe
dela, os parentes, todos se praziam, me davam Otacília, como minha pretendida.
Mas eu disse tudo. Declarei muito verdadeiro e grande o amor que eu tinha a ela; mas que, por destino
anterior, outro amor, necessário também, fazia pouco eu tinha perdido. O que confessei. E eu, para nojo e
emenda, carecia de uns tempos. Otacília me entendeu, aprovou o que eu quisesse. Uns dias ela ainda passou lá,
me pagando companhia, formosamente.
Ela tinha certeza de que eu ia retornar à Santa Catarina, renovar; e trajar terno de sarjão, flor no peito,
sendo o da festa de casamento. Eu fui, com o coração feliz, por Otacília eu estava apaixonado. Conforme me
casei, não podia ter feito coisa melhor, como até hoje ela é minha muito companheira — o senhor conhece, o
senhor sabe. [...]
ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro. José Olympio, 1978. Fragmento.

O acontecimento que dá origem aos fatos narrados nesse texto é o


a) descanso do narrador na rede de algodão.
b) aparecimento da moça Otacília.
c) coração do narrador ter batido forte.
d) narrador ter se declarado à Otacília.
e) casamento de Otacília com o narrador.

11. Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas em um texto

FIQUE LIGADO! Esse descritor pretende que você reconheça (interprete) o sentido das relações
semânticas indicadas por conjunções, preposições, advérbios: por exemplo, se a ideia expressa pelo
conectivo é de consequência, finalidade, oposição, tempo, dentre outras.

O mundo é grande
O mundo é grande e cabe
Nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
Na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
No breve espaço de beijar.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia


e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
1983.

Neste poema, o poeta realizou uma opção estilística: a reiteração de determinadas construções e expressões
linguísticas, como o uso da mesma conjunção para estabelecer a relação entre as frases. Essa conjunção
estabelece, entre as ideias relacionadas, um sentido de
a) oposição. b) comparação. c) conclusão. d) alternância. e) finalidade.

11
12. Reconhecer efeito de humor ou de ironia em um texto

FIQUE LIGADO! Essa habilidade, com frequência, é avaliada em tirinhas, piadas (ou anedotas),
charges / cartuns, letras de músicas. É fundamental que você perceba que o humor é gerado pela
surpresa, pela quebra da expectativa, pelo inusitado e que não só palavras, mas também aspectos da imagem
como as características físicas dos personagens podem promover o riso. Importante: a graça de um texto nem
sempre produz uma gargalhada.

(ENEM – 2005) As tiras ironizam uma célebre fábula e a conduta dos governantes. Tendo como referência o
estado atual dos países periféricos, pode-se afirmar que nessas histórias está contida a seguinte ideia:
a) Crítica à precária situação dos trabalhadores ativos e aposentados.
b) Necessidade de atualização crítica de clássicos da literatura.
c) Menosprezo governamental com relação a questões ecologicamente corretas.
d) Exigência da inserção adequada da mulher no mercado de trabalho.
e) Aprofundamento do problema social do desemprego e do subemprego.

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13. Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra
ou expressão.

FIQUE LIGADO! Palavras, frases ou expressões podem assumir diferentes sentidos, dependendo
do contexto em que estão. Além disso, é muito importante reconhecer o “peso”, a carga semântica de
uma palavra no lugar de outra, mesmo que sejam sinônimas. Por exemplo, “problema” e “catástrofe” podem
ser substitutos numa frase, mas esse uso vai depender da intenção de quem escreve.

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará desenvolveu um dicionário para traduzir


sintomas de doenças da linguagem popular para os termos médicos. Defruço, chanha e piloura, por exemplo,
podem ser termos conhecidos para muitos, mas, durante uma consulta médica, o desconhecimento pode
significar um diagnóstico errado.
“Isso é um registro histórico e pode ser muito útil para estudos dessas comunidades, na abordagem
médica delas. É de certa forma pioneiro no Brasil e, sem dúvida, um instrumento de trabalho importante, porque
a comunicação é fundamental na relação médico-paciente”, avalia o
reitor da instituição.
Disponível em: https://g1.globo.com. Acesso em: 1 nov. 2021 (adaptado).

(ENEM – 2023) Ao registrarem usos regionais de termos da área médica, pesquisadores


a) apontaram erros motivados pelo desconhecimento da variedade linguística local.
b) explicaram problemas provocados pela incapacidade de comunicação.
c) descobriram novos sintomas de doenças existentes na comunidade.
d) propiciaram melhor compreensão dos sintomas dos pacientes.
e) divulgaram um novo rol de doenças características da localidade.

14. Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos


morfossintáticos.
FIQUE LIGADO! As escolhas que fazemos ao escrever um texto servem a objetivos específicos,
como a escolha de palavras e a forma como organizamos as frases. Por exemplo, o autor pode usar
frases curtas para dar mais rapidez ao texto ou mudar a ordem das palavras para causar surpresa, impacto ou
encantamento. O importante não é só reconhecer a estrutura das frases, mas entender o efeito que essas
escolhas têm no leitor.

Enquanto isso, nos bastidores do universo você planeja passar um longo tempo em outro país,
trabalhando e estudando, mas o universo está preparando a chegada de um amor daqueles de tirar o chão, um
amor que fará você jogar fora seu atlas e criar raízes no quintal como se fosse uma figueira. Você treina para a
maratona mais desafiadora de todas, mas não chegará com as duas pernas intactas na hora da largada, e a
primeira perplexidade será esta: a experiência da frustração. O universo nunca entrega o que promete. Aliás,
ele nunca prometeu nada, você é que escuta vozes. No dia em que você pensa que não tem nada a dizer para o
analista, faz a revelação mais bombástica dos seus dois anos de terapia. O resultado de um exame de rotina
coloca sua rotina de cabeça para baixo. Você não imaginava que iriam tantos amigos à sua festa, e tampouco
imaginou que justo sua grande paixão não iria. Quando achou que estava bela, não arrasou corações. Quando
saiu sem maquiagem e com uma camiseta puída, chamou a atenção. E assim seguem os dias à prova de
planejamento e contrariando nossas vontades, pois, por mais que tenhamos ensaiado nossa fala e estejamos
preparados para a melhor cena, nos bastidores do universo alguém troca nosso papel de última hora, tornando
surpreendente a nossa vida.
MEDEIROS, M. O Globo, 21 jun. 2015.

13
(ENEM – 2018) Entre as estratégias argumentativas utilizadas para sustentar a tese apresentada nesse
fragmento, destaca-se a recorrência de
a) estruturas sintáticas semelhantes, para reforçar a velocidade das mudanças da vida.
b) marcas de interlocução, para aproximar o leitor das experiências vividas pela autora.
c) formas verbais no presente, para exprimir reais possibilidades de concretização das ações.
d) construções de oposição, para enfatizar que as expectativas são afetadas pelo inesperado.
e) sequências descritivas, para promover a identificação do leitor com as situações apresentadas.

15. Identificar marcas linguísticas em um texto.

FIQUE LIGADO! Certamente, você já percebeu que a Língua Portuguesa pode expressar
diferentes usos, dependendo dos diversos contextos, como também da participação dos variados
interlocutores presentes no ato comunicativo. É só você imaginar uma suposta conversa entre um surfista e um
advogado. Se cada um utilizar as variações típicas de sua condição social e/ou profissional, provavelmente, esse
diálogo ficará comprometido quanto à compreensão linguística. Isso, porém, não pode ser visto como algo
equivocado da língua, mas como um processo real que garante a língua como um conjunto rico de variações
possíveis.

Futebol: “A rebeldia é que muda o mundo”


Conheça a história de Afonsinho, o primeiro jogador do futebol brasileiro a derrotar a cartolagem e a conquistar
o Passe Livre, há exatos 40 anos
Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira vez, então com a camisa do Santos (porque depois voltaria
a atuar pelo New York Cosmos, dos Estados Unidos), em 1972, quando foi questionado se, finalmente, sentia-se
um homem livre. O Rei respondeu sem titubear:
— Homem livre no futebol só conheço um: o Afonsinho. Este sim pode dizer, usando as suas palavras, que deu
o grito de independência ou morte. Ninguém mais. O resto é conversa.
Apesar de suas declarações serem motivo de chacota por parte da mídia futebolística e até dos torcedores
brasileiros, o Atleta do Século acertou. E provavelmente acertaria novamente hoje.
Pela admiração por um de seus colegas de clube daquele ano. Pelo reconhecimento do caráter e personalidade
de um dos jogadores mais contestadores do futebol nacional. E principalmente em razão da história de luta — e
vitória — de Afonsinho sobre os cartolas.
ANDREUCCI, R. Disponível em: http://carosamigos.terra.com.br. Acesso em: 19 ago. 2011.

(ENEM – 2013) O autor utiliza marcas linguísticas que dão ao texto um caráter informal. Uma dessas marcas é
identificada em:
a) “[...] o Atleta do Século acertou.”
b) “O Rei respondeu sem titubear [...]”.
c) “E provavelmente acertaria novamente hoje.”
d) “Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira vez [...]”.
e) “Pela admiração por um de seus colegas de clube daquele ano.”

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Gabarito comentado

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QUESTÃO 1 – letra C
Para responder à questão corretamente, você precisa considerar que o autor afirma que é necessário que os leitores
tenham autonomia para questionarem as informações que recebem e sinaliza a necessidade da checagem de informações de
forma ativa (“Apenas duvidar não resolve porque se trata de uma atitude passiva”). Assim, os leitores devem assumir postura
crítica em relação às informações recebidas.
As demais estão incorretas, pois: em A, o autor não enfatiza a necessidade de buscar fontes comprometidas com a verdade,
mas sim a atitude crítica que o leitor deve adotar; em B, essa alternativa é uma contradição, pois o autor não sugere que os leitores
devam dar preferência a grandes veículos de comunicação. Pelo contrário, o texto sugere uma postura crítica, independente da
fonte; em D, embora o texto mencione a diferença entre a prática jornalística de antes e depois da internet, o objetivo principal
não é criticar o jornalismo anterior, mas sim promover uma postura crítica em relação às notícias na atualidade; em E, o autor
reconhece que a imparcialidade absoluta é difícil, dado que cada pessoa tem sua própria visão de mundo, mas o texto não enfatiza
a necessidade de valorizar reportagens imparciais.

QUESTÃO 2 – letra E
O texto destaca, isto é, enfatiza o papel das tecnologias digitais na criação e no compartilhamento das narrativas pelos
próprios imigrantes, mostrando uma visão positiva dessas tecnologias na construção de suas realidades e experiências, permitindo
que os imigrantes narrem suas próprias histórias e construam novos caminhos.
As demais estão incorretas, pois: em A, embora o texto mencione que o imigrante não é apenas um "sujeito econômico",
a alternativa não reflete o foco principal do texto, que é a comunicação e as tecnologias digitais na construção das narrativas dos
imigrantes; em B, Essa alternativa não é coerente com o texto, que enfatiza o papel abrangente das tecnologias digitais na
experiência migratória, não abordando manifestações isoladas; em C, o texto sugere que os próprios imigrantes, com o uso de
tecnologias digitais, podem narrar suas próprias histórias, o que contrasta com a ideia de "narrações oficiais"; em D, apesar de o
texto mencionar que a mídia é uma mediadora das relações, o foco principal é como as tecnologias digitais permitem que os
imigrantes construam e compartilhem suas próprias histórias, o que vai além das abordagens midiáticas tradicionais.
e) Tecnologias digitais nas formas de construção da realidade.
Essa é a alternativa correta. O texto destaca como as tecnologias digitais, como o uso de celulares, permitem que os imigrantes
narram suas próprias histórias e constroem novos caminhos. Essas tecnologias oferecem novas perspectivas e formas de
construção da realidade para os sujeitos envolvidos nos fluxos migratórios.

QUESTÃO 3 – letra E
A análise da questão envolve identificar o elemento predominante nesse fragmento de resenha. Resenha é um comentário
opinativo, ou seja, a avaliação do conteúdo de filme, livro, partida de futebol, peça de teatro... Por isso, trata-se de um texto
argumentativo que avalia um livro sobre o III Festival da Canção, da Record, realizado em 1967, cujo efeito foi o lançamento do
movimento tropicalista.
As demais estão incorretas, pois: em A, embora o texto mencione figuras importantes da música brasileira, como Edu Lobo,
Chico Buarque, Caetano Veloso, e Gilberto Gil, a caracterização dessas personalidades não é o foco principal do trecho. O texto
faz referências a essas figuras como parte do contexto maior da resenha, mas não aprofunda a caracterização delas, em B, o trecho
não aborda questões polêmicas sobre a produção musical. O foco do texto é descrever e opinar sobre a obra que retrata um
evento específico na história da música brasileira; em C, embora o texto mencione o festival e os artistas que participaram, ele
não se concentra em relatar as experiências dos artistas em primeira pessoa. A resenha é mais focada na obra que retrata esse
evento, não nas experiências individuais dos artistas; em D, o fragmento não fornece uma explicação detalhada sobre o quadro
cultural da década de 1960. Ele menciona um evento cultural específico e seu impacto, mas não se aprofunda em uma análise do
contexto cultural mais amplo.

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QUESTÃO 4 – letra A
Emojis são usados para adicionar uma camada emocional à comunicação, ajudando a expressar sentimentos,
reações ou intenções que as palavras sozinhas podem não transmitir adequadamente. Eles atuam como complementos à
linguagem verbal, não como substitutos ou partes de uma linguagem verbal em si, mas adicionando nuances emocionais ou
enfatizando o tom da mensagem e ajudando a expressar sentimentos ou intenções que podem não ser totalmente captados
apenas por palavras.
As demais estão incorretas, pois: em B, embora os emojis possam ser usados junto com a linguagem verbal, essa
alternativa não é a mais precisa. Emojis, por si só, são elementos não verbais e não necessariamente constituem uma "linguagem
mista". Essa alternativa poderia confundir, sugerindo que os emojis combinam diretamente linguagem verbal e não verbal,
quando na verdade eles são, por definição, não verbais; em C, emojis não são uma forma de linguagem verbal. Eles são símbolos
gráficos e pertencem à categoria de linguagem não verbal, pois não utilizam palavras para transmitir mensagens; em D, embora
emojis e emoticons possam ser usados juntos, não é uma regra que eles sejam sempre utilizados em conjunto. Eles são distintos
entre si: emoticons são representações textuais de expressões (como :) para sorriso), enquanto emojis são imagens gráficas; em
E, emojis não seguem a estrutura linguística da ordem das palavras. Eles são elementos gráficos usados para complementar ou
substituir palavras, mas não se organizam em uma ordem que constitua uma frase ou sentença.

QUESTÃO 5 – letra B
Importante você saber que a sinopse é um resumo do enredo, não apenas um relato de fato. O fragmento fornece um
resumo da trama do curta-metragem "Vida Maria", destacando os principais eventos e o ciclo de vida da personagem principal,
que se repete em suas descendentes. Isso é típico de uma sinopse, cujo objetivo é fornecer ao leitor uma visão geral da história
de uma obra.
As demais estão incorretas, pois: em A, o fragmento não expressa a opinião ou o posicionamento da revista sobre a
animação. Ele se limita a descrever o conteúdo do curta-metragem; em C, embora o fragmento descreva a rotina de Maria José
e sua família, essa alternativa não caracteriza adequadamente o texto como uma sinopse. O foco da questão é identificar o
propósito do fragmento, que é o relato resumido da história do curta; em D, embora uma sinopse possa apresentar uma história
sucinta (resumida), a presença de poucos personagens não é o aspecto central que caracteriza o gênero sinopse. O essencial é
o resumo da trama, da história; em E, essa opção também descreve o conteúdo, mas não caracteriza o gênero do fragmento
como uma sinopse. A sinopse é um resumo do enredo, não apenas um relato de fatos.

QUESTÃO 6 – letra D
O texto de João de Barros demonstra uma visão de língua como entidade homogênea e fixa, ao considerar as variações
introduzidas pelos povos colonizados como "barbarismo". Isso revela uma visão preconceituosa e rígida sobre a língua, tratando
as variações introduzidas pelos povos colonizados como uma contribuição negativa e rejeitando a ideia de que a língua
portuguesa poderia ser transformada por outros povos.
As demais estão incorretas, pois: em A, o texto de João de Barros não demonstra benevolência quanto ao conhecimento
que os povos tinham de suas línguas, mas sim uma visão preconceituosa ao considerar a pronúncia das nações colonizadas como
"barbarismo"; em B, embora o texto revele uma atitude preconceituosa, a ideia de que isso implicou a falência do idioma falado
em Portugal não é abordada no trecho; em C, o texto não menciona a língua grega nem sugere um desejo de conservar suas
estruturas. João de Barros fala sobre a língua portuguesa e as variações introduzidas pelos povos colonizados; em E, João de
Barros não critica a língua portuguesa, mas sim os usos linguísticos dos povos colonizados, que ele considera como
"barbarismos". Ele não sugere que a língua portuguesa seja inadequada para a inserção sociocultural.

QUESTÃO 7 – letra A
A conjunção "embora" estabelece uma relação de concessão, preservando a oposição presente na frase original. Obseve
que, apesar da queda no desmatamento, o número ainda é considerado elevado. Essa reescrita mantém o sentido original dos
enunciados, assim como o conectivo "mas" utilizado no texto.
As demais estão incorretas, pois: em B, o conectivo "uma vez que" indica causa, sugerindo que o número caiu porque é
considerado alto, o que altera o sentido original da frase; em C, o conectivo "visto que" também indica causa, alterando o sentido
original da frase. Ele sugere que o número é considerado alto porque caiu para 13 milhões de hectares, o que não é o significado
pretendido; em D, o conectivo "por isso" indica uma relação de consequência, o que também altera o sentido original. A frase
sugere que o número é considerado alto como consequência da queda para 13 milhões de hectares, o que não é o caso; em E,
O conectivo "porque" também indica causa, o que altera o sentido original da frase, sugerindo uma relação causal que não existe
no enunciado original.

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QUESTÃO 8 – letra A
"Desmatar é ruim, mas traz crescimento econômico." O autor do texto discorda dessa tese, isto é desse ponto de vista,
argumentando que o desmatamento leva a um crescimento econômico temporário que é seguido por um colapso, resultando em
degradação ambiental e maior pobreza, especialmente para os mais vulneráveis. O texto critica a crença de que o desmatamento
pode trazer benefícios econômicos sustentáveis.
As demais estão incorretas, pois: em B, o autor não discorda dessa ideia; pelo contrário, ele a utiliza para explicar o que
acontece quando o desmatamento é utilizado como modelo econômico; em C, o autor não discorda dessa afirmação: ele a usa como
parte de seu argumento para mostrar as consequências negativas do desmatamento; em D, o autor também não discorda dessa
tese; na verdade, ele a defende ao longo do texto, criticando o modelo de desmatamento; em E, novamente, o autor não discorda
dessa ideia. Ele a apresenta como um fato que sustenta sua crítica ao desmatamento.

QUESTÃO 9 – letra A
"A piscina de águas naturais da Ponta do Farol, no Morro do Moreno, em Vila Velha, virou atração..." é a correta, pois resume
a ideia central do texto. Ele destaca que a piscina natural se tornou uma nova atração para os moradores e turistas, o que é o foco
principal da reportagem.
As demais estão incorretas, pois: em B, esse trecho fornece um detalhe interessante sobre o fato de que a piscina era
desconhecida até mesmo pelos moradores locais, mas não resume a informação principal do texto; em C, esse trecho fala sobre a
experiência de uma pessoa específica, Deverson Daltio, o que é um exemplo, mas não a ideia central do texto; em D, este trecho
oferece um exemplo do impacto da nova popularidade da piscina, mencionando as estudantes que vieram de outra cidade para
conhecê-la. Contudo, não expressa a ideia principal; em E, este trecho fornece uma informação específica sobre a piscina,
relacionada às condições de maré, mas também não contém a informação principal do texto.

QUESTÃO 10 – letra B
Aparecimento da moça Otacília é a correta porque é o surgimento dela que dá início a todos os eventos subsequentes (que
surgem depois) no texto. É a partir do momento em que o narrador a vê que ele começa a refletir sobre seus sentimentos e ações,
levando à narrativa descrita.
As demais estão incorretas, pois: em A, este é um detalhe descritivo que estabelece o cenário inicial, mas não é o evento que
desencadeia a narrativa principal; em C, esse detalhe é uma reação emocional do narrador ao ver Otacília, mas não é o evento inicial
que dá origem aos fatos narrados; em D, a declaração do narrador é uma consequência do aparecimento de Otacília e do que ele
sente por ela, mas não é o ponto de partida da narrativa; em E, o casamento é o desfecho de toda a sequência de eventos, não o
acontecimento que inicia a narrativa.

QUESTÃO 11 – letra A
No poema de Carlos Drummond de Andrade, a conjunção "e" é usada de forma repetitiva para conectar as ideias de que o
"mundo é grande", o "mar é grande" e o "amor é grande", enfatizando uma ideia de oposição. Veja: o mar, o mundo e o amor são
grandes, MAS cabem na janela, na cama, no colchão e no espaço de beijar.
Fique atento, pois, em exames, muitas vezes, esse tipo de questão apresenta um sentido incomum: “e” costuma indicar adição
e, no poema, oposição.

QUESTÃO 12 – letra A
Os textos refletem uma realidade comum em muitos países periféricos, onde as políticas de proteção social podem ser
insuficientes e as condições de trabalho muitas vezes são inadequadas, levando a uma vida de dificuldades tanto para os que ainda
trabalham quanto para os que já se aposentaram. Dentre essas dificuldades é possível destacar baixos salários, falta de segurança
no trabalho ou aposentadorias insuficientes. A fábula e a conduta dos governantes servem como instrumentos para destacar essa
realidade de maneira crítica e com um certo tom de humor.
As demais estão incorretas, pois: em B, embora a fábula seja um clássico literário, essa alternativa sugere uma reflexão sobre
a necessidade de revisitar e atualizar obras clássicas. Contudo, a questão parece mais focada em uma crítica social do que em um
debate literário; em C, essa alternativa poderia ser válida se as tiras destacassem uma abordagem irônica sobre a falta de ações
governamentais em prol do meio ambiente. No entanto, a questão não parece sugerir um foco específico em questões ecológicas;
em D, essa alternativa se relaciona com questões de gênero e igualdade no mercado de trabalho. Novamente, como a questão
menciona a fábula e a crítica aos governantes, essa alternativa não parece ser o foco central da ironia nas tiras; em E, essa alternativa
parece a mais apropriada, pois toca diretamente em um dos maiores problemas enfrentados pelos países periféricos: o desemprego
e o subemprego. A fábula e a crítica à conduta dos governantes podem estar sendo usadas para ironizar como as políticas públicas
(ou a falta delas) aprofundam essas questões, afetando significativamente a população.

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QUESTÃO 13 – letra D
A alternativa correta reflete o principal objetivo da pesquisa descrita no texto: melhorar a compreensão dos sintomas dos
pacientes por meio de um dicionário que traduz termos populares para a terminologia médica. Isso facilita a comunicação entre
médicos e pacientes, contribuindo para diagnósticos mais precisos e uma melhor abordagem médica, que é essencial na prática
clínica, especialmente em regiões onde a linguagem pode variar significativamente.
As demais estão incorretas, pois: em A, esta alternativa sugere que os pesquisadores identificaram e apontaram erros que
ocorrem devido ao desconhecimento dos termos regionais utilizados pelos pacientes. Embora o dicionário possa, de fato, ajudar
a evitar erros, o foco principal do texto está na criação de um instrumento para melhorar a comunicação, e não especificamente
em apontar erros passados. Portanto, essa alternativa não é a mais adequada, pois não captura o principal objetivo da pesquisa;
em B, essa alternativa foca nos problemas de comunicação entre médicos e pacientes, que podem ocorrer devido à diferença
de terminologia. No entanto, o texto não menciona que os pesquisadores explicaram esses problemas; em vez disso, eles criaram
uma ferramenta para melhorar a comunicação; em C, esta alternativa sugere que os pesquisadores descobriram novos sintomas,
o que não é mencionado no texto. O dicionário foi criado para traduzir termos já existentes na linguagem popular para termos
médicos, mas não há indicação de que novos sintomas tenham sido descobertos; em E, essa alternativa sugere que os
pesquisadores divulgaram novas doenças, o que não é mencionado no texto. O foco da pesquisa foi a tradução de termos
populares para a linguagem médica, e não a identificação de novas doenças.

QUESTÃO 14 – letra D
O texto se baseia fortemente em construções de oposição, como o uso da conjunção adversativa “mas”, que indica
contraste/oposição para enfatizar como as expectativas são frequentemente contrariadas pelo inesperado. Essas oposições são
fundamentais para sustentar a tese de que a vida, apesar de nossos planejamentos, tende a seguir caminhos surpreendentes,
mudando de forma inesperada o "roteiro" que havíamos traçado para nós mesmos.
As demais estão incorretas, pois: em A, o texto apresenta várias situações inesperadas que rompem com as expectativas
do leitor. No entanto, a velocidade das mudanças da vida não é. enfatizada por estruturas sintáticas semelhantes, mas sim pelas
reviravoltas nos acontecimentos. Essa alternativa sugere que o ritmo do texto é o foco, mas a questão central é o contraste entre
o planejado e o que realmente acontece; em B, o texto usa a segunda pessoa do singular ("você"), o que é uma marca de
interlocução. Isso cria uma proximidade com o leitor, fazendo com que ele se sinta parte das situações descritas. No entanto, a
questão não se refere às experiências da autora, mas às situações hipotéticas apresentadas. Embora essa estratégia de
interlocução esteja presente, o foco do texto está mais nas oposições do que na simples aproximação com o leitor; em C, o texto
usa formas verbais no presente ("você planeja", "o universo está preparando"), o que sugere que as situações descritas podem
realmente acontecer. Contudo, o foco principal do texto não é nas possibilidades de concretização, mas sim no contraste entre
as expectativas e o que ocorre de fato. Portanto, essa alternativa, embora correta em parte, não captura a essência da
argumentação; em E, o texto não é propriamente descritivo; ele é mais narrativo e argumentativo, apresentando situações que
ilustram a imprevisibilidade da vida. Embora essas situações possam promover alguma identificação, o texto não foca na
descrição detalhada das cenas para atingir esse objetivo.

QUESTÃO 15 – letra D
A expressão "pra valer" é uma marca clara de informalidade no texto. O uso dessa expressão confere ao texto um tom
mais coloquial e próximo do leitor, diferindo das outras alternativas que mantêm uma linguagem mais neutra ou formal. Isso
destaca o caráter informal do texto e reflete o estilo do autor ao abordar a história de Afonsinho e sua luta por liberdade no
futebol.
As demais estão incorretas, pois: em A, essa frase utiliza a expressão "Atleta do Século" para se referir a Pelé, que é uma
maneira formal de reconhecê-lo como uma figura de destaque. Não há elementos nessa frase que sugiram uma linguagem
informal. Portanto, essa alternativa não apresenta a característica solicitada pela questão; em B, aqui, "O Rei" é usado para se
referir a Pelé, o que, apesar de ser uma expressão carinhosa e de respeito, não é propriamente informal. A expressão "sem
titubear" (sem ter dúvida) também é uma maneira relativamente comum de se expressar, mas não é especificamente uma marca
de informalidade; em C, essa frase é estruturada de forma simples e direta, mas não contém elementos que explicitamente
indicam informalidade. A linguagem é clara e acessível, mas a simplicidade não é suficiente para classificar o texto como informal;
em E, essa frase é mais formal e objetiva, sem o uso de termos ou expressões que indiquem informalidade. A estrutura da frase
e a escolha das palavras são neutras e convencionais, o que não contribui para a informalidade do texto.

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ANOTAÇÕES
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