Maione Kobashi Mota
Maione Kobashi Mota
Maione Kobashi Mota
1. Introdução
A disciplina intitulada “Indexação: teoria e métodos”
integra a grade curricular do curso de “Biblioteconomia e
Documentação”, oferecido pela Escola de Comunicações
e Artes da Universidade de São Paulo. Tem como objetivo
capacitar o aluno a compreender e desenvolver os processos
de organização da informação, em particular a indexação,
para recuperar informação em ambientes locais e eletrôni-
cos. Além de extenso referencial teórico da área de Análise
documentária, que engloba desde a leitura documentária até
as normas, políticas e metodologias de indexação, a disci-
plina também conta com referências ao uso de softwares de
indexação automática, de modo a promover a incorporação
do ambiente eletrônico aos estudos do campo da Biblioteco-
nomia. Visando a constante atualização do profissional da
informação, são inseridas discussões sobre as tendências de
indexação na web, como é o caso dos marcadores (tagging),
das folksonomias e a otimização das tecnologias da infor-
mação para acesso e recuperação da informação. A prática
de exercícios de indexação de materiais gráficos, em sala de
aula, prioritariamente de textos científicos, possibilitam ao
corpo discente desenvolver expertise técnica e intelectual no
tratamento de documentos para indexação. Observa-se, nes-
te sentido, a fundamental contribuição do estágio obrigatório
73
Tópicos para o Ensino de Biblioteconomia
74
José Fernando Modesto da Silva e Francisco Carlos Paletta
75
Tópicos para o Ensino de Biblioteconomia
76
José Fernando Modesto da Silva e Francisco Carlos Paletta
77
Tópicos para o Ensino de Biblioteconomia
78
José Fernando Modesto da Silva e Francisco Carlos Paletta
79
Tópicos para o Ensino de Biblioteconomia
80
José Fernando Modesto da Silva e Francisco Carlos Paletta
81
Tópicos para o Ensino de Biblioteconomia
82
José Fernando Modesto da Silva e Francisco Carlos Paletta
5. Considerações Finais
A indexação, como exposto neste texto, é fundamen-
tal para que ocorra a adequada recuperação de informa-
ções. Certamente, é necessário buscar formas cada vez mais
aprimoradas de realizar esse processo, seja pela intervenção
direta de indexadores humanos, seja por meio de procedi-
mentos assistidos por computador. Procurou-se, aqui, expor
os principais aspectos da indexação, tais como a análise, a
condensação e a representação de conteúdos informacionais.
A análise é um processo de interpretação que, na indexação,
requer técnicas específicas apoiadas nas teorias de processa-
mento de textos e na Linguística textual (CINTRA, 1987).
A condensação, por sua vez, é um procedimento intelectual
necessário à compreensão de textos. Teun Van Djik e Walter
Kintsch (1983) são os autores que sistematizaram o proces-
so de compreensão de textos, afirmando que nessa operação
cognitiva ocorrem: a) o apagamento de informações consi-
deradas pouco relevantes, b) a seleção de informações rele-
vantes; c) a condensação por generalização e a reescritura
condensada do conteúdo pertinente identificado. No caso da
indexação, a tradução do enunciado reescrito, em descritores
padronizados, é a operação final.
A indexação automática combina conhecimentos lin-
guísticos e computacionais para a elaboração de sistemas de
processamento de textos. É um procedimento muito útil que
necessita, no entanto, de aprimoramento para ser efetiva-
mente utilizado nos sistemas de informação.
Deve-se assinalar, por fim, a importância das lingua-
gens documentárias para representar os conteúdos dos docu-
mentos. Essas linguagens são linguagens artificiais, construí-
das especificamente para indexar e buscar informação em
sistemas de informação. Há diferentes os tipos de linguagens
utilizadas nos Sistemas de informação, tais como os sistemas
de classificação, os tesauros, as taxonomias, as ontologias.
83
Tópicos para o Ensino de Biblioteconomia
Referências
CARNEIRO, M. V. Diretrizes para uma política de indexação. Re-
vista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, Belo Horizon-
te, v. 14, n. 2, p. 221 – 241, set. 1985.
CINTRA, A. M. M. Estratégias de leitura em documentação. In:
SMIT, J. W. (coord.) Análise documentária: a análise da sínte-
se. 2. ed. Brasília, DF: IBICT, 1987.
CINTRA, A. M. M. et al. Para entender as linguagens documen-
tárias. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Polis, 2002. 92 p.
CUNHA, M. B. da; CAVALCANTI, C. R. de O. Dicionário de biblio-
teconomia e arquivologia. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2008.
FUJITA, M. S. L. A leitura do indexador: estudo de observação.
Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 4,
n. 1, p. 101 – 116, jan. / jun. 1999.
FUJITA, M. S. L. A leitura documentária na perspectiva de suas
variáveis: leitor-texto-contexto. Datagramazero – Revista de
Ciência da Informação, v. 5, n. 4, ago. 2004.
FUJITA, M. S. L.; LEIVA, I. G. As linguagens de indexação em bi-
bliotecas nacionais, arquivos nacionais e sistemas de informa-
84
José Fernando Modesto da Silva e Francisco Carlos Paletta
85