Artigo Cuidados Paliativos

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1

UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE GRADUAÇÃO BACHARELADO EM
ENFERMAGEM

INGRID SHEILA DA SILVA

IARINE FREITAS DOS SANTOS

JULIANA DE OLIVEIRA CADIDE

ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM CUIDADOS


PALIATIVOS AO PACIENTE ONCOLÓGICO

PORTO VELHO
2024
2

INGRID SHEILA DA SILVA

IARINE FREITAS DOS SANTOS

JULIANA DE OLIVEIRA CADIDE

ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM CUIDADOS


PALIATIVOS AO PACIENTE ONCOLÓGICO

Artigo apresentado à Universidade Paulista como requisito parcial


para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Professora Orientadora: Profª Esp. Ana Elisa Menezes Rodrigues de


Melo.

PORTO VELHO
2024
3

INGRID SHEILA DA SILVA

IARINE FREITAS DOS SANTOS

JULIANA DE OLIVEIRA CADIDE

ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM CUIDADOS


PALIATIVOS AO PACIENTE ONCOLÓGICO
Artigo aprovado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem, pela UNIVERSIDADE PAULISTA - PÓLO PORTO VELHO, por uma
comissão examinadora formada pelos seguintes professores:

______________________________________________________________
Prof.º Esp. Ana Elisa Menezes Rodrigues de Melo
Professora Orientadora

______________________________________________________________
Prof.º Titulação Nome do Professor(a)
Professor(a) Examinador(a)

______________________________________________________________
Prof.º Titulação Nome do Professor(a)
Professor(a) Examinador(a)

Porto Velho, ___/___/____

NOTA:_______________
4

Dedicamos este trabalho aos nossos pais, que sempre nos apoiaram incondicionalmente e
acreditaram em nosso potencial. Sua fé em nós nos deu força e motivação para superar os
5

desafios ao longo dessa jornada. Agradecemos por cada ensinamento, por cada sacrifício e
por estarem sempre ao nosso lado.
6

AGRADECIMENTOS

Quero expressar minha profunda gratidão a todos que estiveram ao meu lado durante essa
trajetória de conclusão.

Agradeço especialmente à minha orientadora, Profa. Ana Elisa, por suas valiosas orientações
e apoio.
7

"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não


por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por
causa daqueles que observam e deixam o mal
acontecer”.
Albert Einstein
8

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................8

2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO...............................................................................11

3 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................................11

3.1 Evolução histórica e a importância dos cuidados paliativos...........................................11

3.2 A fisiopatologia e manifestações clínicas do câncer.......................................................15

3.3 Principais tipos de câncer................................................................................................18

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................19

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................22

REFERÊNCIAS........................................................................................................................22

ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM CUIDADOS PALIATIVOS AO PACIENTE


ONCOLÓGICO
9

Ingrid Sheila da Silva


Iarine Freitas dos Santos
Juliana de Oliveira Cadide
Ana Elisa Menezes Rodrigues de Melo1

Resumo: Os cuidados paliativos (CP) consistem na assistência que promove a qualidade de


vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças graves que ameaçam a
continuidade da vida. Assim, este estudo terá como objetivo analisar a assistência de
enfermagem em cuidados paliativos oncológicos e de forma específica apresentar evidências
científicas sobre: a definição dos cuidados paliativos; princípios e caracterização dos cuidados
paliativos na oncologia e finalmente apresentar os desafios e possibilidades da enfermagem
nos cuidados paliativos oncológicos. Refere-se a um estudo do tipo revisão integrativo de
literatura em que se configura pela investigação sistemática e abrangente de estudos técnicos,
tendo em vista proporcionar uma produção referente ao conhecimento sobre a temática
tratada. À face do exposto, espera-se que esta revisão possa contribuir para novas pesquisas,
no intuito de que seja viável entender melhor o campo de estudo do cuidado paliativo na
oncologia.

Palavras-chave: Enfermeiro; Cuidados; Paliativo; Câncer.

1 INTRODUÇÃO

Os cuidados paliativos se originaram na antiguidade, meados do século XVII, com as


primeiras definições sobre cuidar. Eram abrigadas em monastérios todas as pessoas que
necessitavam de cuidados especiais. Esta forma de hospitalidade tinha como característica o
acolhimento, o alívio do sofrimento, a proteção, mais do que a busca pela cura (Hermes;
Lamarca, 2013).

Porém, de acordo com a Abrale – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia – os


cuidados paliativos na contemporaneidade foram pensados apenas para o tratamento
oncológico, mas atualmente abrange qualquer doença que ameace a vida por ser progressiva
ou até mesmo incurável. Outro fato importante para a Abrale, é a desmistificação da ideia de
que, cuidados paliativos só devem ser empregados, usados quando não há mais possibilidade
de tratamento e o paciente estiver em estado terminal. Isto não é verdade, uma vez que seu
principal objetivo é promover a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares por meio
de prevenção e alívio do sofrimento (Abrale, 2020).
10

O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo e já está entre as quatro


principais causas de mortes na maioria dos países. A mortalidade por câncer vem crescendo
gradualmente, em partes pelo envelhecimento, pela expansão populacional, como também na
prevalência dos fatores de risco do câncer, relacionados principalmente às condições e
desenvolvimentos socioeconômicos. Os hábitos e estilo de vida, também, é um fator
importantíssimo para o desenvolvimento neoplásico, como a alimentação inadequada, o
sedentarismo, entre outros (INCA, 2020).

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (2020), há fatores internos e externos


que contribuem para o seu crescimento, entre 80% (oitenta por cento) e 90% (noventa por
cento) estão associados a causas externas. Significa que atualmente o câncer está diretamente
relacionado ao ambiente vivido e o estilo de vida que levamos.

A neoplasia surge a partir de uma mutação genética, ocorrendo assim, o crescimento


anormal do número de células. Esse aumento celular foge do controle do organismo, causando
consequências graves. O câncer pode ser denominado maligno e benigno. A neoplasia
benigna é de crescimento lento e organizado, representado por células semelhantes presentes
no tecido normal, já a neoplasia maligna tem seu crescimento rápido, composto por células
diferentes do tecido, podendo assim causar metástase, que é quando o tumor se desprende do
tecido primário e entrar na corrente sanguínea, circulando pelo organismo e se estabelecer em
outros órgãos (INCA, 2019).

Nas últimas décadas o câncer vem se disseminando em uma velocidade assustadora. O


INCA estima que no ano de 2020 foram mais de 700.000 pessoas, homens e mulheres,
diagnosticadas com a doença no Brasil. Esses dados alarmantes são de pesquisas realizadas
pela Coordenação de Prevenção e Vigilância/Divisão de vigilância e Análise de Situação do
próprio Instituto (INCA, 2019).

O câncer é uma doença crônica que acarreta dor, sofrimento e diversos transtornos aos
pacientes e seus familiares. Uns números grandes de pessoas, de todas as idades e de ambos
os sexos, têm sido acometidas por este mal. Por se tratar de uma doença ativa, progressiva e
ameaçadora, podendo levar à morte, causa sentimentos de medo, insegurança e não aceitação
(INCA, 2012).

Segundo Teixeira e Fonseca (2007), por muito tempo o câncer foi visto de diversas
formas, e sua história foi marcada pelo incessante esforço de entendê-la e controlá-la.
Entretanto sua complexidade e suas várias formas mostraram-se como limitadoras,
11

dificultando a ação terapêutica e consequentemente uma cura definitiva para este mal que há
séculos aflige a humanidade.

Segundo informações do INCA nos dias de hoje o câncer é uma das maiores causas de
morte do mundo, mais de 12 milhões de pessoas são diagnosticadas todo ano com câncer e
cerca de oito milhões morrem. No Brasil, o INCA estimou em 700 mil novos casos da doença
para 2020. Se medidas efetivas não forem tomadas, haverá 26 milhões de casos novos e 17
milhões de mortes por ano no mundo em 2030 (Brasil, 2011).

Porém, segundo Barreto e Trevisan (2015), aconteceram diversos avanços para o


tratamento do câncer. De modo geral, radioterapia, quimioterapia e cirurgia são os meios mais
comuns de tratamento utilizados. Entretanto a Hormonioterapia e a imunoterapia também são
utilizadas para o tratamento de alguns tipos de tumores. Essas técnicas podem ser empregadas
separadamente ou em uso combinado, levando em consideração que a opção de tratamento
deve ser estabelecida segundo o tipo de câncer e o estágio da doença, a fim de assegurar
melhores resultados.

Apesar dos avanços da medicina no sentido de oferecer mais opções de tratamento, o


índice de mortalidade por câncer tem aumentado bastante nas últimas décadas. Porém, ainda
que esta realidade traga muito medo e insegurança, morrer é um processo natural e com os
muitos progressos da medicina a tendência é prorrogar este momento (Brasil, 2009).

As ações do enfermeiro são compreender todo o processo de assistência ao paciente


oncológico, levando em consideração os múltiplos aspectos de complexidade como: físicos,
psicológicos, sociais, culturais, espirituais e econômicos. A equipe de Enfermagem é o maior
elo direto com o paciente durante o tratamento oncológico, o enfermeiro deverá trabalhar em
conjunto com os demais profissionais a fim de promover um atendimento integral, seguro e
humanizado para o paciente e para a família.

O tema abordado é de grande magnitude para a pesquisa apresentada, pois, os casos


neoplásicos vêm crescendo de forma significante, segundo o Instituto Nacional de Câncer
(2019), sendo, uma das principais causas de mortalidades entre homens e mulheres.

Os cuidados paliativos são primordiais no estágio final de um paciente neoplásico, a


equipe de Enfermagem atua no modo interdisciplinar, visando reduzir o sofrimento e
promover conforto e dignidade humana ao paciente oncológico e sua família. O enfermeiro
demonstra um compromisso em prol de um cuidar que tem a qualidade de vida como objetivo
12

principal, a fim de oferecer uma vida melhor a curto prazo, ao invés de prolongar o
sofrimento (ANCP,2012).

Diante do exposto, e em vista a problemática que o câncer significa para a saúde


pública o objetivo desta pesquisa é mostrar a importância nos cuidados que a Enfermagem
realiza aos pacientes oncológicos.

2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO

Esta pesquisa se refere a uma pesquisa qualitativa, que foi desenvolvida de fevereiro a
novembro de 2024, na qual foi feita uma pesquisa do tipo bibliográfica por meio de revisão
exploratória da literatura. Para a coleta de dados foram utilizados materiais bibliográficos,
artigos, livros etc. Foram utilizadas as seguintes bases de dados; Google acadêmico, Google
Scholar, INCA, SciELO, Pubmed.

Para esta pesquisa foram utilizados as palavras chaves: “Enfermeiro; Cuidados;


Paliativo; Câncer”, e selecionados os artigos publicados a menos de 10 anos em português e
inglês. Os critérios de exclusão são os que não atendem o exposto, artigos desatilados e os que
não estejam no núcleo das palavras chaves.

Os resultados obtidos totalizaram o encontro de 20 artigos, após o critério de exclusão


foram descartados 10 artigos por serem desatualizados e 6 por não estarem no núcleo das
palavras chaves. Ao final restaram 4 artigos para a discussão desta pesquisa.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Evolução histórica e a importância dos cuidados paliativos

De acordo com pesquisas os Cuidados Paliativos surgiram para amenizar a dor daqueles
que sofriam de dores e não tinham cura de suas doenças. Com base em dados históricos, os
cuidados paliativos não eram tidos como uma prática comum. Pesquisadores informam que
era tida como uma prática que desagradava a Deus. Neste sentido Capelas et al. (2014)
afirmam:

Até o século IV a.C. não se considerava tratar o doente durante o seu processo de
morte. Os médicos tinham medo de fazê-lo, pelo risco de serem castigados por
estarem a desafiar as leis da natureza. Após a propagação do Cristianismo,
estabelece-se a necessidade de ajudar estas pessoas, surgindo a primeira instituição
13

para ajudar os desprotegidos, doentes e moribundos em Roma, por Fabíola, como


resultado do seu compromisso cristão (CAPELAS et al. (2014, p.8).

As pesquisas apontam que os cuidados paliativos surgiram na antiguidade, com o


objetivo de amenizar a dor e o sofrimento das pessoas atormentadas por dores físicas. As
pessoas que se dispõe a cuidar na maioria das vezes não tinham conhecimento técnico, tinham
apenas compaixão pelo próximo. Coli (2020), transcreve que o início dos cuidados paliativos
se deu no decorrer das Cruzadas na Idade Média, onde era comumente encontrado lugares
denominados hospícios, que tinham como propósito acolher doentes, pessoas com fome,
mulheres com dores de parto, pessoas em condições de miserabilidade, os conhecidos como
leprosos e órfãos.

É claro e notório que os responsáveis pelo pioneirismo com os cuidados paliativos


objetivavam amenizar o sofrimento dos doentes, sejam dores físicas ou psicológicas. A
evolução histórica dos cuidados paliativos a nível internacional teve seu marco, segundo
Capelas et al. (2014), na década de 1960 com a psiquiatra suíça Elizabeth Kübler-Ross
pioneira da Tanatologia (estudo da morte), e a inglesa Dame Cicely Saunders (enfermeira,
assistente social e médica oncologista), que levantaram a bandeira do cuidado (humanismo)
diante do sofrimento do outro.

. De acordo com Figueiredo (2011), o pioneirismo no Brasil nasceu em Porto Alegre (RS),
com a Profa. Dra. Miriam Martelete, anestesiologista, que no ano de 1979 instituiu o Serviço
de Dor no Hospital de Clínicas, e no ano de 1983 o Serviço de Cuidados Paliativos. Logo
depois, foi a vez da cidade de São Paulo (SP), com o médico fisiatra Dr. Antônio Carlos
Camargo de Andrade Filho instituindo o Serviço de Dor da Santa Casa no ano de 1983 e no
ano de 1986 fundou o Serviço de Cuidados Paliativos. Em seguida no Rio de Janeiro, no ano
de 1989, foi a vez do Instituto Nacional do Câncer com o GESTO (Grupo Especial de Suporte
Terapêutico Oncológico).

Portanto, com base nas datas, é possível afirmar que os cuidados paliativos são recentes
no Brasil. De acordo com Figueiredo (2011), foi na direção de José Serra que o Ministério da
Saúde publicou a Portaria 3535/1998, determinando a obrigatoriedade dentro das unidades de
Centro de Alta Complexidade em Oncologia - CACON de qualquer categoria, a celebrarem
contratos de terceirização com o Sistema Único de Saúde - SUS, para prestarem um Serviço
de Dor e Cuidados Paliativos.
14

Carvalho e Parsons (2012), observam que o Cuidado Paliativo no Brasil iniciou na


década de 1980 e cresceu significativamente a partir do ano 2000, consolidando cuidados já
existentes, pioneiros e com a criação de outros não menos importantes. Atualmente surgem
iniciativas novas a todo o momento em todo o Brasil.

Apesar de recente aqui no Brasil, o cuidado paliativo é de suma importância para todas
aquelas pessoas que estão passando por momentos difíceis e dolorosos em sua vida.
Figueiredo (2011) traz a seguinte informação:

Portanto, com base nas datas, é possível afirmar que os cuidados paliativos são recentes
no Brasil. De acordo com Figueiredo (2011), foi na direção de José Serra que o Ministério da
Saúde publicou a Portaria 3535/1998, determinando a obrigatoriedade dentro das unidades de
Centro de Alta Complexidade em Oncologia - CACON de qualquer categoria, a celebrarem
contratos de terceirização com o Sistema Único de Saúde - SUS, para prestarem um Serviço
de Dor e Cuidados Paliativos.

Carvalho e Parsons (2012), observam que o Cuidado Paliativo no Brasil iniciou na


década de 1980 e cresceu significativamente a partir do ano 2000, consolidando cuidados já
existentes, pioneiros e com a criação de outros não menos importantes. Atualmente surgem
iniciativas novas a todo o momento em todo o Brasil.

Apesar de recente aqui no Brasil, o cuidado paliativo é de suma importância para todas
aquelas pessoas que estão passando por momentos difíceis e dolorosos em sua vida.
Figueiredo (2011) traz a seguinte informação:

O Instituto Nacional do Câncer – INCA, calculou que a mortalidade por câncer em


2010 fosse de 319.596 doentes por todo o país. Ora, a Organização Mundial da
Saúde – OMS calcula que 70% a 80% dos doentes que falecem por câncer, o fazem
com sofrimento insuportável. Usando no caso do Brasil o índice menor, isto é 70%,
vê-se que 111.858 doentes morreram com intenso sofrimento! Supondo que
existiriam 100 unidades de Serviço Paliativo em 2010 em todo o país, que cada uma
delas tivesse capacidade para um atendimento anual de 200 pessoas, seriam 20.000
doentes. Subtraindo esse último número de 111.858 ficamos com 91.858 doentes
morrendo miseravelmente! E some-se a isso, que o crescimento anual de câncer
diagnosticado no Brasil é de 2% ou pouco mais (FIGUEIREDO, 2011, p.2).

É por meio do cuidado paliativo que é possível ouvir para cuidar melhor. Entender a dor
para amenizá-la. Neste sentido Andrade; Costa e Lopes (2013, p.2526), abordam que é “no
momento que o profissional se comunica com o paciente, vivencia a terminalidade de maneira
15

adequada, fortalece o vínculo, adquire confiança e quase sempre, consegue decifrar


informações essenciais e amenizar lhe ansiedade e a aflição”.

É por esta e muitas outras razões que o cuidado paliativo é considerado como uma
melhora na qualidade de vida do doente, seja em estado terminal ou em um estado difícil, não
importa o estágio da doença. O objetivo é oferecer uma humanização ao seu tratamento. Para
Coli (2020), o tratamento paliativo necessita ser iniciado simultaneamente ao tratamento
curativo, aplicando dessa forma todos os esforços necessários para melhor compreender e
controlar os sintomas do doente. Os cuidados paliativos têm que ser vistos como parte da
assistência completa à saúde, no tratamento de todas as doenças crônicas, e em programas de
atenção aos idosos.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer - INCA – o câncer é a segunda


causa que mais mata no Brasil. Se trata de uma doença progressiva e crônica, provocando em
inúmeras pessoas muitas dores e em seus familiares muita angústia e tristeza. E o cuidado
paliativo é um meio de amenizar e demonstrar que os funcionários da saúde sentem empatia e
compaixão pelo seu estado (ANCP, 2012).

Silva e Hortale (2006, p. 2059), asseguram que “os cuidados paliativos podem e devem
ser oferecidos o mais cedo possível no curso de qualquer doença crônica potencialmente fatal,
para que esta não se torne difícil de tratar nos últimos dias de vida”.

Dado a sua importância e necessidade, o cuidado paliativo tem objetivo a alcançar. No


site do Instituto Nacional do Câncer é apresentado o objetivo dos cuidados paliativos como
sendo promover a qualidade de vida do paciente e de seus familiares através da prevenção e
alívio do sofrimento, da identificação precoce de situações possíveis de serem tratadas, da
avaliação cuidadosa e minuciosa e do tratamento da dor e de outros sintomas físicos, sociais,
psicológicos e espirituais (ANCP, 2012).

A conceituação de cuidado paliativo é apresentada pela Organização Mundial de Saúde.


E é transcrita por Silva e Hortale (2006), da seguinte maneira:

"Cuidados paliativos é uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos


pacientes e seus familiares frente a problemas associados à doença terminal, através
da prevenção e alívio do sofrimento, identificando, avaliando e tratando a dor e
outros problemas, físicos, psicossociais e espirituais” (SILVA; HORTALE, 2006, p.
2059).
16

Portanto o cuidado paliativo é um conjunto de condutas realizado pelos profissionais de


saúde com o objetivo de amenizar e melhorar a dor e o sofrimento do paciente e de sua
família, uma vez que o câncer em seu estágio terminal é muito sofrido e doloroso.

3.2 A fisiopatologia e manifestações clínicas do câncer.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (2012), o vocábulo câncer vem do grego


karkínos, e quer dizer caranguejo, e foi Hipócrates (viveu entre 460 e 377 a. C.), o pai da
medicina quem mencionou tal palavra pela primeira vez. O que deixa evidente que não se
trata de uma doença nova. Pois foi diagnosticada em múmias egípcias comprovando sua
existência há pelo menos 3 (três) mil anos antes de Cristo. Na atualidade, o câncer nominal é
utilizado de forma geral para nominar o conjunto de mais de 100 doenças, com características
comuns do crescimento desordenado de células com tendência de invasão de tecidos e órgãos
vizinhos.

Bastos (2014), afirma que o câncer tem como principal característica o crescimento
descontrolado de células que passaram por mutações de genes que comandam o crescimento e
a mitose celular. Constituindo basicamente uma enfermidade nas células que não apresentam
mecanismos de desvios de controle responsáveis pela proliferação e diferenciação celular.

Portanto a Fisiopatologia do câncer é apresentada por esta multiplicação celular


descontrolada, ou seja, enquanto uma célula normalmente tem seu crescimento controlado por
meio do equilíbrio entre fatores estimulantes e fatores inibidores, as células propensas ao
câncer rompe este equilíbrio, e inicia-se então um processo de proliferação celular
desordenado, com o surgimento de células com propensão ao crescimento e divisão anômalos,
insensíveis aos mecanismos reguladores normais, que levam ao surgimento de neoplasias
(BRASIL, 2008).

De acordo com Hermes; Lamarca (2013), para que as células tumorais sejam geradas, é
necessário que aconteça um processo denominado de oncogênese, também conhecido como
carcinogêneas. A oncogênese tem como característica alterações que ocorrem no DNA celular
por meio de mutações de genes responsáveis por controlar o crescimento e a mitose celular.
Esses genes mutantes são conceituados de oncogênese. E para que a célula seja considerada
cancerosa é preciso dois ou mais oncogênese presentes em sua composição. Ressalvando que
uma única mutação, raramente procede na formação de um tumor. E para que aconteça o
câncer são necessárias várias mutações efetivando a modificação genética celular, que
17

progressivamente irá interferir nos mecanismos responsáveis pela proliferação, diferenciação


celular.

Para os pesquisadores a principal diferença entre as células saudáveis e as doentes são


que as normais morrem enquanto as cancerígenas não morrem.

O crescimento das células cancerosas é diferente do crescimento das células


normais. As células cancerosas, em vez de morrerem, continuam crescendo
incontrolavelmente, formando outras novas células anormais. Diversos organismos
vivos podem apresentar, em algum momento da vida, anormalidade no crescimento
celular – as células se dividem de forma rápida, agressiva e incontrolável,
espalhando-se para outras regiões do corpo –acarretando transtornos funcionais. O
câncer é um desses transtornos (Brasil, 2011, p. 18).

Santos; Gonzaga (2018), afirmam que o câncer representa um conjunto de mais de cem
doenças e é qualificado por ser uma enfermidade complexa com potencial mutacional,
proliferativo, com crescimento celular descontrolado e atípico, em que as células neoplásicas
podem invadir tecidos e órgãos adjacentes, com capacidade migratória para regiões distantes
do organismo definindo o conceito de metástase.

Com base em dados do Instituto Nacional de Câncer (2012), é possível afirmar que os
efeitos cumulativos de diferentes agentes cancerígenos ou carcinógenos são os responsáveis
pelo início, promoção, progressão e inibição do tumor. A carcinogêneas é determinada pela
exposição a esses agentes, em uma dada frequência e em dado período de tempo, e pela
interação entre eles. Devendo ser consideradas, no entanto, as características individuais, que
facilitam ou dificultam a instalação do dano celular.

A estimulação para que haja o crescimento se inicia com a liberação de fatores de


crescimento que se ligam às membranas celulares por meio de receptores dos fatores
de crescimento desencadeando ativação de uma cascata de proteínas transdutoras de
sinais. Após a ligação do fator de crescimento a um receptor específico, ocorre a
ativação do mesmo por meio da proteína transmembrana responsável por ativar
proteínas transdutoras de sinais presentes, tais proteínas ficam localizadas no
citoplasma e é efetivada através do domínio interno do receptor (Bastos, 2014,
p.8/9).
O processo de iniciação da carcinogênese é dividido em três estágios: estágio de
iniciação: onde os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos, que provocam modificações
em alguns de seus genes. Estágio de promoção: as células geneticamente alteradas, sofrem o
efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. A célula iniciada é
transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Porém para o acontecimento desta
modificação, é preciso extenso e contínuo contato com o agente cancerígeno promotor. A
interrupção do contato com agentes promotores muitas vezes suspende o processo neste
18

estágio. Alguns ingredientes de determinado alimento, exposição demasiada e prolongada a


hormônios são exemplos de fatores que proporcionam a transformação de células iniciadas
em malignas. Estágio de progressão: é caracterizado pela multiplicação descontrolada e
irreversível das células alteradas. Nesta fase, o câncer já está hospedado, pronto para
progredir até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. Os produtores que
propiciam a iniciação ou progressão da carcinogênese são denominados agentes
oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo é um agente carcinógeno completo, pois possui
componentes que atuam nos três estágios da carcinogênese (INCA, 2012).

Para que um tumor maligno seja detectado é necessário que o mesmo alcance até 1 cm de
diâmetro, tornando-se detectável por meio dos métodos diagnósticos, devendo conter
aproximadamente 10º células alteradas. Não sabendoao certo, o período de tempo necessário
para que o tumor atinja este tamanho, podendo levar anos para que tal evento aconteça
(BARRETO; TREVISAN, 2015).

O diagnóstico vem na maioria das vezes quando o paciente procura o médico com
sintomas diversos, a depender da localização da neoplasia. De acordo com dados do INCA,
existem descoberta no estágio bem inicial, de pacientes que foi ao consultório fazer exames de
rotina, estes são raros, mas acontecem; bem como de pacientes que apesar de sintomas, não
busca ajuda médica a tempo e acaba recebendo o diagnóstico tardio, dificultando o tratamento
(BASTOS, 2014).

De acordo com as pesquisas um câncer é considerado em estágio avançado ou terminal


quando as avaliações diagnosticam que sua proliferação atingiu o órgão em quase sua
totalidade ou quando os tratamentos e medicações não surgem os resultados esperados, não
responde ao tratamento e a neoplasia continua a disseminar por outros órgãos, não sendo
possível seu controle. Neste caso os médicos recomendam os cuidados paliativos para
amenizar a dor e sofrimento (BRASIL, 2019).

O paciente em estado terminal senti sintomas comuns, que podem ser tratados,
controlados ou aliviados pelos cuidados paliativos. Os sintomas comumente são: dores,
problemas respiratórios, perda de apetite, perda de peso, fadiga, depressão e ansiedade,
confusão, náuseas e vômitos, Constipação. Todavia nem todos os pacientes vão sentir todos
os sintomas. Podendo sentir alguns dos sintomas que normalmente ocorre quando o câncer
avançado atinge diferentes partes do corpo (INCA, 2012).
19

As recomendações médicas é de que a qualquer suspeita procure um médico, pois quanto


antes o diagnóstico, maiores são as chances de cura. Existem câncer raro e muito agressivo,
mas como informado raro, a maioria consegue um resultado satisfatório quando detectado em
fase inicial (BRASIL, 2008).

3.3 Principais tipos de câncer


Segundo Guerra et al. (2015) os principais tipos de câncer em homens são próstata,
câncer de pele e intestino. Nos idosos com câncer observasse maiores prevalência de
hipertensão arterial, doenças do coração, pressão e doenças respiratórias crônicas.

Nas mulheres são câncer de mama, ele e intestino ouve aumento em cânceres de
pulmão em mulheres e de colo de reto em homens.

Monica soldan (2017) A maioria dos diagnósticos ocorre entre os 50 anos de idade um
pico de incidência em torno dos 70 aos 75 anos e mais frequente em homens. Fatores de risco
relacionados ao câncer de pâncreas são: tabagismo, pancreatite crônica, cirrose, obesidade,
sedentarismo, dieta rica em gordura e colesterol.

Teixeira; Araújo (2020), segundo, No século xx com clareza, para entender a


transformação e evolução câncer de mama, de agravo inespecífico, incurável e de baixa
incidente, ele se transformou num mal cada vez mais conhecido pela população em geral,
vários fatores contribuíram para mudanças; o desenvolvimento do conhecimento médico,
novas tecnologias, avanço de tecnologia diagnóstico, terapêuticos, avanço da urbanização e
industrializado, especialização médica etc.

Rodrigues; Cruz e Paixão (2015), afirmam que o câncer de mama atinge toda as
nações, transformando em uma pandemia, as grandes taxas de mulheres com o tumor maligno
mamário, ocorre em países em grande desenvolvimento, e com isso o diagnóstico e precoce e
avançando para um tratamento imediato, diminuindo os números de mortalidade. O câncer de
mama é um crescimento descontrolado de células (células dos lobos, células produtoras de
leite, ou dos ductos, por onde é drenado o leite), que adquirem características anormais,
causadas por uma ou mais mutações no seu material genético.

A doença ocorre quase que exclusivamente em mulheres, mas os homens também


podem ter câncer de mama. Santos(2023), O câncer de mama é um problema de saúde
pública, pois é o tipo de câncer mais incidente e que mais leva ao óbito as mulheres
brasileiras. Existem vários fatores de risco para o câncer de mama e, um deles, presente em
20

cerca de 10% dos casos diagnosticados é a mutação em genes de predisposição ao câncer de


mama e ovário.

SARRIS, CANDIDO, Pucci FILHO, STAICHAK, TORRANI, SOBREIRO. Próstata


é uma glândula presente em homens, cuja principal função é facilitar a fecundação. O câncer
de próstata é o segundo tumor mais comum em homens no Brasil e o segundo em termos de
mortalidade por câncer. Tem Diversos fatores de risco estão ligados ao desenvolvimento do
câncer de próstata: etnia negra, idade avançada, histórico familiar positivo para esse tipo de
câncer, exposição à testosterona e outros hormônios similares, tabagismo, obesidade, entre
outros

O câncer de próstata (CaP) é uma doença altamente prevalente no mundo inteiro. O


seu rastreamento é preconizado através do toque retal e dosagem do PSA em homens a partir
dos 50 anos ou a partir dos 45 anos de idade, caso haja a presença de fatores de risco.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A equipe de cuidados paliativos é composta por médicos, equipe de enfermagem,


psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, nutricionista, dentista e capelania
(QUEM FALA SOBRE ISSO? CITAR ARTIGO).

O objetivo é minimizar os sintomas de desconforto que podem acompanhar o paciente


e familiares, desde o diagnóstico da doença até a fase terminal, permitindo mais qualidade de
vida aos pacientes, cuja doença é grave e não tem cura. Esses profissionais podem ser
encontrados no hospital, em hospice, nos ambulatórios, na assistência domiciliar e nas
unidades de saúde. E cada membro é uma peça fundamental na engrenagem nesse processo de
detectar os sofrimentos e de cuidar (INCA 2023).

Quadro 1. Profissionais que atuam em cuidados paliativos.

O médico prescreve os cuidados terapêuticos para o alívio dos sintomas físicos,


intermédia os conflitos entre equipe multiprofissional, paciente e família, acompanha as
etapas do adoecimento e o plano de cuidado até a morte, respeitando a vontade e
autonomia do paciente.

O enfermeiro e equipe de enfermagem administram as medicações, realizam cuidados de


higiene e conforto, orientações sobre o sono, dieta e restrição de líquidos. Também
identifica os fatores que trazem sofrimento ao paciente e familiares e realizam
intervenções para diminuí-los. Propiciam o conforto psíquico, social, e espiritual
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respeitando a vontade do paciente.

O psicólogo dá suporte à família e ao paciente durante toda as etapas do adoecimento,


proporciona uma escuta ativa e empática, maneja o sofrimento nas dimensões
biopsicossociais e espirituais, lida com os conflitos, trabalha o luto, cria um ambiente
acolhedor onde emergem as angústias, medos, fantasias a serem trabalhados e possibilita
o paciente/familiares a realizarem os rituais de despedidas.

O fisioterapeuta avalia o paciente nas diversas etapas do adoecimento e realiza condutas


terapêuticas, sendo entre outros; exercício respiratório, uso de oxigênio, alongamentos
musculares, exercícios e posicionamento.

O nutricionista avalia o estado nutricional, orienta e faz as adaptações da dieta em cada


caso com o foco no conforto e bem-estar do paciente e realiza discussões com a equipe
multiprofissional e os familiares.

O fonoaudiólogo avalia a função da deglutição e intervêm para propiciar um maior


conforto, qualidade de vida, ajuda a equipe na decisão da via de alimentação, dá
exercícios e orientações em relação a quantidade, ritmo e postura durante a alimentação
por via oral.

O dentista diagnostica as doenças bucais e intervém. Os cuidados podem ser, curativos,


preventivos ou paliativos. Também orienta métodos de higiene oral, mastigação e atende
as emergências.

O assistente social identifica as necessidades de cada família em seu contexto social e


auxilia no fortalecimento da rede de cuidado e apoio, oferece suporte aos pacientes nas
questões de documentação, auxílio-doença, seguro, loas entre outros fundamentais para
cada paciente e família.

O capelão tem como função propiciar ao paciente e à sua família o conforto espiritual. O
cuidado é integral e respeita as diferentes culturas e religiões. O trabalho pode ocorrer em
visitas no leito, celebrações religiosas e aconselhamentos individuais ou grupais.

(Autoria própria, 2024)


Os cuidados paliativos são realmente uma abordagem essencial para melhorar a
qualidade de vida de pacientes com doenças avançadas. Eles se concentram em aliviar o
sofrimento físico, psicológico e emocional, abordando as necessidades não apenas do
paciente, mas também de sua família.

Esses cuidados podem ser oferecidos em diferentes contextos, como hospitais,


instituições de longa permanência ou em casa, sempre com o objetivo de respeitar a dignidade
do paciente e proporcionar um final de vida mais confortável. A educação e a comunicação
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eficaz entre a equipe de saúde, o paciente e a família são fundamentais para o sucesso dos
cuidados paliativos.

A contribuição de Cicely Saunders para os cuidados paliativos e o Movimento


Moderno de Hospice é realmente fundamental. O "St. Christopher's Hospice", fundado em
1967, introduziu uma nova abordagem que prioriza o cuidado integral ao paciente,
reconhecendo a complexidade da experiência de morrer.

O conceito de “dor total” proposto por Saunders é particularmente significativo, pois


amplia a compreensão do sofrimento além dos sintomas físicos.

Essa abordagem abrangente permite que a equipe multidisciplinar personalize o


cuidado, levando em consideração as necessidades individuais de cada paciente e de sua
família. A filosofia de cuidar para além da cura tem propiciado um suporte mais humano,
promovendo não apenas alívio do sofrimento, mas também uma experiência de dignidade e
respeito durante os momentos finais da vida.

Hoje, os cuidados paliativos têm se expandido globalmente, sendo reconhecidos como


um componente essencial da assistência médica em contextos de doenças complexas,
reforçando a importância da qualidade de vida em todas as fases da saúde.

O aumento da população idosa no Brasil realmente destaca a crescente necessidade de


cuidados paliativos a realidade de que, em 2020, o Brasil estaria entre os seis países com
maior número de idosos ressalta a urgência de se estruturar políticas públicas e serviços de
saúde adequados. É fundamental promover a capacitação de profissionais e a implementação
de serviços de cuidados paliativos em diversas configurações, incluindo hospitais, unidades de
saúde e atenção domiciliar.

Essas medidas visam não apenas atender à demanda crescente, mas também assegurar
que os idosos recebam um cuidado digno, respeitoso e centrado no paciente, garantindo
qualidade de vida mesmo em situações em que a cura não é mais uma possibilidade.

A terapêutica paliativa é baseada em princípios, ao invés de protocolos, que


fundamentam esse cuidado: promover o alívio da dor e outros sintomas; afirmar a vida e
considerar a morte como um processo natural; não acelerar nem adiar a morte; integrar os
aspectos psicológicos e espirituais ao cuidado do paciente; oferecer um sistema de suporte que
possibilite uma vida ativa ao paciente, até o momento da sua morte; oferecer sistema de
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suporte aos familiares do paciente durante a doença e no enfrentamento do luto; realizar uma
abordagem multiprofissional para focar nas necessidades dos pacientes e seus familiares;
melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso a doença; e iniciar os
cuidados paliativos o mais precocemente possível.

Desse modo, o presente estudo se propôs a compreender a implementação e atuação da


equipe de cuidados paliativos de um hospital de referência, identificando os limites e
possibilidades do exercício multiprofissional, a fim de compreender a prática paliativista em
sua relação com os diversos sujeitos envolvidos no processo de cuidado a pacientes em fim de
vida.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como visto, a malária ainda continua sendo uma patologia de amplo impacto global,
com ênfase nos trópicos do globo. Com o destaque das mortes ocasionadas por ela, é
imprescindível conhecer a equipe que trabalha em seu combate. Este trabalho explorou na
literatura a ação do Enfermeiro nos três âmbitos de atuação: Pesquisa, educação e assistência.
Embora esta doença seja tratável, e com medicações padronizadas pelo SUS no Brasil, ainda
assim há notificações de mortes todos os anos no território nacional.
As dificuldades encontradas no decorrer desta pesquisa foram no quesito de
levantamento de dados, pois foram achados vários artigos que falem da ação do enfermeiro
frente à malária, mas todos antigos e outros não envolviam os dois tópicos centrais
“enfermagem” e “malária”. Mesmo com as dificuldades os objetivos foram alcançados.
Contudo, na pesquisa foi possível levantar que a educação da população com os
métodos de prevenção e tratamento, são importantes, como também pesquisas para melhor
entender esta patologia e como erradicá-la, e se caso houver o desenvolvimento da doença, a
enfermagem também estará lá para prestar a assistência ao paciente com malária, e com esta
pesquisa, de forma mais clara como a atuação do enfermeiro é reorganizada neste combate.
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