Esperando Godot, de Samuel Becket
Esperando Godot, de Samuel Becket
Esperando Godot, de Samuel Becket
1. A Abertura (Ato I)
● Quando Pozzo e Lucky entram, eles trazem uma nova dinâmica para a peça. Pozzo,
com sua postura dominadora e cruel, lidera Lucky, que está submisso e carregado
de fardos. Esse momento é significativo, pois explora temas de poder e submissão,
ao mesmo tempo que questiona a natureza das relações humanas e a existência.
● Esta cena é uma das mais famosas e surreais da peça. Depois de ser mandado
falar, Lucky começa um monólogo incoerente, uma explosão de palavras sem
sentido que reflete o caos e a confusão da vida. Sua fala é quase um fluxo de
consciência que mistura filosofia, teologia e absurdo, simbolizando o colapso do
sentido e da lógica na existência humana.
● No final, Vladimir e Estragon decidem mais uma vez que vão partir, mas continuam
imóveis. A peça termina com a famosa frase "(Eles não se movem)", encapsulando
o ciclo interminável da espera. Este encerramento poderoso e ambíguo deixa o
público com uma sensação de vazio e de incompletude, reforçando a mensagem de
absurdo e a ausência de resolução.