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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Determinação da constante elástica de molas –

Lei de Hooke

Alunos: Gabriel Marques

Letícia Maximiano

Wallace Andrade

Docente: Prof. Dra. Ana Maria do Espírito Santo Slapnik

São José dos Campos

2024
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................3
2. OBJETIVOS.......................................................................................................6
3. MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................7
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................8
5. CONCLUSÃO..................................................................................................11
6. REFERÊNCIAS...............................................................................................12

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INTRODUÇÃO

A Lei de Hooke descreve o comportamento de materiais elásticos sob a ação de forças


externas, sendo amplamente utilizada para calcular a força elástica gerada pela
deformação de tais materiais. De acordo com essa lei, quando um corpo elástico é
submetido a uma força externa, uma força elástica restauradora é exercida no sentido
oposto, tentando restaurar o corpo à sua forma original. Essa força pode ser expressa
matematicamente pela equação:

F = -kx

onde F é a força elástica, k é a constante elástica do material, e x é a deformação


sofrida, ou seja, a diferença entre o comprimento inicial e o final da mola. A constante
elástica k é uma propriedade específica de cada mola e representa sua rigidez, enquanto
a deformação x está relacionada ao grau de alongamento ou compressão experimentado
pelo material.

A força elástica é diretamente proporcional à constante elástica k e à deformação x, o


que significa que, quanto maior a deformação ou a rigidez da mola, maior será a força
elástica restauradora exercida. Esse comportamento linear pode ser observado na relação
gráfica entre a força e a deformação, conforme ilustrado em diversas representações
experimentais (Tipler & Mosca, 2009).

Deformação de uma mola.

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(Fonte: Prepara Enem)

É possível realizar o estudo da força elástica de uma mola considerando sua


associação em série ou em paralelo. No caso de um conjunto de molas associadas em
série, a força aplicada em uma das extremidades do sistema é transmitida de forma igual
para cada uma das molas. Entretanto, cada mola sofrerá uma deformação individual, de
acordo com sua constante elástica.

A deformação total (xtotal) desse sistema em série é a soma das deformações de cada
mola, sendo expressa pela equação:

xtotal=x1+x2+⋯+xn

onde nx1,x2,…,xn são as deformações individuais de cada mola no sistema. Nesse tipo
de associação, a constante elástica equivalente (Keq) do conjunto de molas é inversamente
proporcional à soma das constantes elásticas das molas individuais, o que é dado pela
relação:

keq1=k11+k21+⋯+kn1

Esse comportamento reflete que, em uma associação em série, a deformação total do


sistema é maior que a deformação de cada mola isoladamente, resultando em uma

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constante elástica equivalente menor do que a de qualquer uma das molas individuais
(Halliday, Resnick, & Walker, 2011).

(Fonte: Lei de Hooke UFJF)

Considere duas molas, F1 e F2, que se deformam pela mesma quantidade x. A força
resultante total F aplicada ao sistema é a soma das forças exercidas por cada uma das
molas, expressa pela equação:

F = F1 + F2 = k1.x + k2 .x = (k1 + k2).x

onde k1 e k2 são as constantes elásticas das molas F1 e F2, respectivamente, e x é


a deformação comum a ambas. Dessa forma, a força total pode ser reescrita como:

F = (k1 + k2) . x

Portanto, a constante elástica equivalente do sistema (Keq) para duas molas em


paralelo é dada pela soma das constantes elásticas individuais:

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Keq = k1 + k2

Essa relação mostra que, em uma associação de molas em paralelo, a constante


elástica equivalente é maior que a de qualquer mola isolada, tornando o sistema mais rígido
(Tipler & Mosca, 2009).

(Fonte: Lei de Hooke UFJF)

OBJETIVOS

Este relatório tem como objetivo sintetizar os conhecimentos adquiridos no


experimento sobre a "constante elástica de molas". Os principais objetivos do estudo são:
- Determinar a constante elástica de uma mola individual.
- Determinar a constante elástica de combinações de molas, tanto em série quanto
em paralelo.

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MATERIAIS E MÉTODOS

A execução deste experimento envolveu a utilização dos seguintes materiais:

- Duas molas

- Objetos de diferentes massas (mi ± Δmi)

- Suportes para sustentar as molas e os objetos

- Régua milimetrada para medir as deformações

O experimento consistiu na aplicação de várias forças conhecidas em uma mola ou


em uma combinação de molas dispostas verticalmente, medindo-se os alongamentos
resultantes. Inicialmente, uma mola simples foi fixada em seu suporte, e um suporte para
objetos foi colocado em sua extremidade livre. O alongamento causado pelo peso do
suporte de objetos foi desconsiderado, sendo o topo do suporte definido como ponto de
referência para as medições.

Em seguida, foram adicionados objetos de massas conhecidas, um a um, e para cada


objeto, o alongamento da mola foi medido em relação ao ponto de referência. Esse
procedimento foi repetido até que todos os objetos fossem adicionados.

O mesmo processo foi realizado para duas combinações de molas: em série e em


paralelo. Em ambas as configurações, duas molas foram utilizadas, e os alongamentos
foram medidos após a adição de cada objeto ao suporte.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

A força aplicada sobre a mola variou de acordo com a quantidade de objetos


adicionados ao suporte, uma vez que a massa aumentava com a adição de cada objeto.
Para calcular a força, foi utilizada a seguinte equação:

F=mxa

onde F é a força, m é a massa dos objetos, e g é a aceleração da gravidade.

A incerteza associada à força foi calculada por meio da equação:

Nesta equação, a força F é o produto da massa m pela aceleração da gravidade a.


Os valores adquiridos para os cálculos foram (45,0±0,1) g para a massa e (9,78±0,05)
m/s², para a aceleração da gravidade. Após a conversão da massa de gramas para
quilogramas, obteve-se a seguinte tabela de resultados.

Tabela 1 – Relação entre combinação de molas, força atuante e alongamento produzido

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Fonte: Autoria própria

Para uma melhor visualização dos resultados, foi elaborado um gráfico utilizando o
programa MyCurveFit. Foi gerada uma regressão linear a partir da equação , com os
valores de força e alongamento, que podem ser vistos a seguir.
y = Axi + B

Fonte: Autoria Própria

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Ao analisar as equações, referente à força elástica, e da regressão linear, é possível
identificar algumas semelhanças. Comparando-as, pode-se inferir que x representa o
alongamento da mola, y a força elástica, A a constante elástica da mola, e B uma constante
de valor nulo. Ou seja:

Y=F
Xi = X
A=k
B=0

Por se tratar de um experimento, é necessário apresentar os dados com suas


respectivas incertezas. Ao elaborar o gráfico, o parâmetro B apresentou valores
próximos de 0, mas não nulos. Dessa forma, o valor da constante elástica foi
determinado graficamente. No sistema de mola simples, a constante elástica é
(15,14±0,17) N/m; na combinação de molas em série, (9,23 ± 0,07) N/m; e no arranjo
de molas em paralelo, (37,8 ± 1,2) N/m.

Como as combinações em série e paralelo utilizaram duas molas, é necessário


calcular a constante elástica de cada uma. Considera-se que o valor da constante
elástica da mola utilizada na combinação simples corresponde a mola1, e é
necessário encontrar o valor de mola2. Esse processo é realizado pela combinação
das equações, citadas anteriormente neste relatório, conforme mostrado a seguir.

Ao realizar os cálculos, obtém-se o valor de 23,04 N/m para mola2. Por se tratar de
um procedimento experimental, o resultado está sujeito a certa incerteza. Assim, é
necessário calcular a propagação dessas incertezas.

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O valor encontrado para Δmola2 foi de (±0,79). Assim, a constante elástica da
segunda mola é (23,04 ± 0,79) N/m.

Ao analisar o gráfico e os resultados obtidos, é possível observar que, no regime


elástico, a constante elástica é inversamente proporcional ao alongamento. Esse
comportamento também pode ser verificado através da análise da unidade da constante
elástica, que, no Sistema Internacional (SI), é expressa em newtons por metro (N/m).

Considerando que o Newton (N) é a unidade de medida de força e o metro (m) é a


unidade de medida de comprimento, pode-se afirmar que a constante elástica de uma mola
indica a força necessária para que seu alongamento seja de 1 m. Observou-se também que
o arranjo das molas afeta seu comportamento sob a aplicação de uma mesma força. No
caso de molas combinadas em série, conforme mencionado anteriormente, a constante
elástica do sistema é dada pelo inverso da soma das inversas das constantes elásticas
individuais das molas. Dessa forma, a constante elástica do sistema em série é menor
quando comparada à de uma mola simples. Por outro lado, na combinação em paralelo, a
constante elástica do sistema é a soma das constantes elásticas de cada mola, resultando
em uma constante elástica maior do que a de uma mola simples.

CONCLUSÃO

O principal objetivo deste trabalho foi determinar a constante elástica de molas em


diferentes configurações. Esse objetivo foi alcançado por meio do estudo e da aplicação da
Lei de Hooke, além da análise de gráficos. Ademais, o experimento permitiu compreender
a influência do tipo de combinação das molas na deformação que elas sofrem sob a
aplicação de uma força.

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REFERÊNCIAS

BRASIL ESCOLA. Lei de Hooke: conceito, fórmula, gráfico, exercícios. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lei-de-hooke.htm>. Acesso em 2024.

MUNDO EDUCAÇÃO. Lei de Hooke: força elástica, fórmula, exercícios. Disponível


em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/lei-ho-oke.htm>. Acesso em 2024.

PREPARA ENEM. Lei de Hooke: cálculo da força elástica e exercícios. Disponível em:
<https://www.preparaenem.com/fisica/lei-hooke.htm>. Acesso em 2024.

TODA MATERIA. A Força Elástica e a Lei de Hooke. Disponível em:


<https://www.todamateria.com.br/lei-de-hooke/>. Acesso em 2024.

TODO ESTUDO. O que é a força elástica? Disponível em:


<https://www.todoestudo.com.br/fisica/forca-elastica>. Acesso em 2024.

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