Rodolfo Peguin - 02 - Iesc J - 19 - 08 - 24
Rodolfo Peguin - 02 - Iesc J - 19 - 08 - 24
Rodolfo Peguin - 02 - Iesc J - 19 - 08 - 24
Caso Clínico:
Paciente - Identificação: P.S.B.L – 61. Masculino; Mogi-Guaçu; Acompanhante:
ESPOSA.
Queixa Principal: “Fraqueza e perda abrupta de peso”.
HDA: Paciente comparece ao consultório acompanhado da esposa e apresenta-se
bastante apático, com dificuldade de deambulação e na fala. Esposa alega que marido
teve uma pneumonia há 2 meses, se recuperou lentamente, porém, há algumas semanas
veio perdendo bastante peso (13kg em um mês), começou a ter dificuldades para andar,
conversar, comer e falar. Severa astenia.
Causas Comuns
A inflamação do fígado pode ser causada por vírus (hepatite A, B, C), consumo
excessivo de álcool ou reações a medicamentos. Quando o fígado está inflamado, sua
capacidade de metabolizar a bilirrubina é reduzida, levando à icterícia. Sintomas: Icterícia,
perda de apetite, fadiga, dor no quadrante superior direito do abdome, urina escura e fezes
claras. A perda de peso ocorre devido à anorexia e ao mal-estar geral. Tratamento: O
manejo envolve tratamento antiviral (para hepatites virais), abstinência de álcool (para
hepatite alcoólica) e retirada de medicamentos que possam ter causado lesões hepáticas.
- Cirrose Hepática
O sistema biliar é responsável por transportar a bile do fígado para o intestino. Quando
há uma obstrução no fluxo da bile, a bilirrubina se acumula no sangue, causando icterícia.
Se essa obstrução for crônica, a perda de peso pode ocorrer devido à má absorção de
gorduras e nutrientes.
A colangite é uma infecção séria do ducto biliar, geralmente causada por uma
obstrução (como um cálculo). A icterícia e a perda de peso podem ocorrer devido à má
absorção de nutrientes e ao estado catabólico gerado pela infecção. Sintomas: Febre alta,
dor abdominal, icterícia e perda de peso. Tratamento: Antibióticos e, em muitos casos,
cirurgia ou procedimentos endoscópicos para remover a obstrução.
- Câncer de Pâncreas ou Ducto Biliar (Colangiocarcinoma)
3. Doenças Hemolíticas
4. Cânceres Sistêmicos
Muitos tipos de câncer, especialmente aqueles que afetam o fígado, pâncreas e trato
biliar, podem levar à icterícia. A perda de peso pode ocorrer devido ao estado
hipermetabólico associado ao câncer, além de anorexia e má absorção de nutrientes.
- Câncer de Pâncreas
- Pancreatite Crônica
Dor abdominal: A dor persistente no abdome superior que pode irradiar para as
costas.
Icterícia: Pode ocorrer se o ducto biliar estiver bloqueado pela inflamação ou
cicatrizes.
Esteatorreia (fezes gordurosas): Devido à má absorção de gorduras, causada pela
disfunção do pâncreas em produzir enzimas digestivas.
Perda de peso: A má absorção de nutrientes, associada à pancreatite crônica,
frequentemente resulta em perda de peso.
Diabetes: Pode se desenvolver em estágios avançados, quando a função endócrina
do pâncreas é afetada.
Diagnóstico: Testes de imagem como TC, RM, ultrassonografia endoscópica, ou
CPRE para avaliar a inflamação e possíveis complicações.
Tratamento: Mudanças na dieta, cessação do álcool, suplementos enzimáticos
pancreáticos, e em casos graves, cirurgia para aliviar a obstrução ou remover tecido
danificado.
- Pancreatite Aguda
Nos casos mais graves, a inflamação pode comprimir o ducto biliar, bloqueando o fluxo de
bile. Se houver necrose (morte do tecido) pancreática ou pseudocistos, isso pode piorar a
obstrução.
- Linfomas e Leucemias
Essas neoplasias malignas podem envolver o fígado ou baço, levando à icterícia. A
perda de peso é comum devido ao metabolismo acelerado do câncer. Sintomas: Fadiga,
febre, aumento dos linfonodos, perda de peso e icterícia. Tratamento: Quimioterapia,
radioterapia ou transplante de medula óssea.
3. Autorreflexão:
Achei bastante interessante e proveitosa a nossa nova dinâmica, uma vez que
discutimos entre apenas entre nós, alunos, com nossos conhecimentos se misturando pra
chegar num denominador comum. A prática assim é muito mais prazerosa e até didática, já
que temos que pensar e discutirmos para a hipótese diagnóstica ser a mais correta, sendo
complementada depois com a ajuda do nosso médico preceptor.
Referência bibliográfica
Velasco IT, Brandão Neto RA, Scalabrini Neto A, Martins HS. Emergências
clínicas: abordagem prática. 10ª Ed. 2015