UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
FACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITETURA E URBANISMO E
GEOGRAFIA
ENGENHARIA CIVIL
ANTHONY GABRIEL GOMES MAIA
BRENO MARTINS CALDAS
JÚLIA DE ARAÚJO CERINO
LUIZ AUGUSTO PACHECO SOBRAL
PEDRO HENRIQUE DA SILVA RODRIGUES
PROJETO DE SINALIZAÇÃO DE UMA VIA URBANA
CAMPO GRANDE - MS
2024
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ANTHONY GABRIEL GOMES MAIA
BRENO MARTINS CALDAS
JÚLIA DE ARAÚJO CERINO
LUIZ AUGUSTO PACHECO SOBRAL
PEDRO HENRIQUE DA SILVA RODRIGUES
PROJETO DE SINALIZAÇÃO DE UMA VIA URBANA
Projeto de Sinalização apresentado a
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul para
a obtenção de nota do Trabalho Prático 2 para a
disciplina de Engenharia de Transportes 2.
Docente: Daniel Anijar de Matos
CAMPO GRANDE – MS
2024
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1. INTRODUÇÃO
Um projeto de sinalização de uma via urbana envolve o planejamento e a
implementação de sinais e dispositivos de controle de tráfego em uma área
específica da cidade, visando aumentar a segurança, a eficiência e a fluidez do
tráfego. Esse tipo de projeto é fundamental para assegurar que todos os usuários
da via, incluindo motoristas, pedestres, ciclistas e outros, possam transitar de
maneira segura e eficiente.
Os elementos mais importantes de um projeto de sinalização de uma via
urbana podem ser divididos em duas categorias principais:
• Sinalização horizontal: Consiste em marcações e sinais pintados ou aplicados
diretamente na superfície da via, como estradas, ruas e estacionamentos. Essas
marcações no pavimento são essenciais para orientar o tráfego, informar os
usuários sobre as condições e limites da estrada, além de melhorar a segurança.
Exemplos comuns incluem faixas de pedestres, sinalizações de parada, linhas de
divisão de pistas e sinalizações de estacionamento.
• Sinalização vertical: inclui sinais de trânsito instalados em postes, placas ou
outras estruturas verticais ao lado ou acima da via. Esses sinais são essenciais para
comunicar informações importantes aos usuários, complementando as
sinalizações horizontais. A sinalização vertical é categorizada conforme suas
funções e mensagens.
2. INFORMAÇÕES GERAIS DA LOCALIZAÇÃO
As ruas a serem estudadas estão localizadas na zona urbana da cidade de
Campo Grande – MS. A Avenida Calógeras é uma via usualmente muito
movimentada e a sua devida sinalização, tanto horizontal quanto vertical, é de
extrema importância. O projeto será baseado no cruzamento entre a Avenida
Calógeras e a Rua Marechal Rondon (Figura 1), situadas na zona central da cidade.
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Figura 1: Cruzamento Avenida Calógeras x Rua Marechal Rondon
Fonte: Google Maps
2.1 DIMENSIONAMENTO DO FLUXO DE VEÍCULOS
Tabela 1: Fluxo de tráfego do primeiro cruzamento para períodos de 1 hora
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Fonte: O Autor
Tabela 2: Pesos equivalentes para os dados do cruzamento
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Fonte: O Autor
Tabela 3: Dados finais do cruzamento
7
Fonte: O Autor
2.2 PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DA VIA E CRUZAMENTO
A partir das informações preliminares fornecidas na Seção 2 e utilizando
a ferramenta "medir distância" do Google Maps, foi possível medir as vias em análise
com precisão. Esse procedimento envolveu a seleção de dois pontos específicos no
mapa para determinar a distância entre eles, permitindo assim calcular o
comprimento exato das vias.
Para a coleta de dados sobre as sinalizações horizontal e vertical, utilizou-
se o recurso "Street View" do Google Maps. Essa ferramenta oferece uma
visualização panorâmica de 360° a partir de pontos específicos da via, permitindo
uma inspeção detalhada e precisa das sinalizações. Isso possibilitou a identificação e
o registro minucioso das marcações no pavimento e dos sinais instalados ao longo da
via, fornecendo uma base sólida para a análise e planejamento do projeto de
sinalização urbana.
Figura 2: Visualização do cruzamento a partir do Street View
Fonte: Street View
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Com base nas informações coletadas sobre as dimensões das vias e as
sinalizações existentes, foi possível tratar e analisar os dados para desenvolver um
novo esquema representativo da via. O objetivo foi implementar mudanças que
aumentassem a eficiência do tráfego e a segurança no cruzamento analisado. As
alterações foram fundamentadas no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.
Utilizando o software de desenho assistido por computador AutoCAD, foi possível
criar um modelo detalhado das vias com as novas sinalizações incorporadas.
Figura 3: Representação das melhorias de sinalização na via
Fonte: O Autor
3. CROQUI E MEMORIAL DESCRITIVO DA SEMAFORIZAÇÃO
De acordo com o artigo 29 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a
sinalização semafórica é descrita como um "subsistema da sinalização viária que
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consiste em indicações luminosas ativadas alternada ou intermitentemente por meio
de sistema eletromecânico ou eletrônico".
Seguindo as diretrizes do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito,
podemos categorizar a sinalização semafórica em duas formas: regulamentação e
advertência.
• Sinalização semafórica de regulamentação: Esta modalidade tem o propósito
de controlar o tráfego em interseções ou trechos de vias por meio de sinais
luminosos. Estes sinais alternam entre dar o direito de passagem para veículos e
pedestres, assegurando a ordem e a segurança no fluxo de veículos.
• Sinalização semafórica de advertência: desempenha o papel de alertar sobre a
presença de obstáculos potenciais ou situações perigosas na via. Seu objetivo é
advertir o condutor para reduzir a velocidade, aumentar a atenção e tomar
precauções necessárias.
CROQUI:
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3.1 ORÇAMENTO
Valores obtidos de tabela SINAPE para obra de sinalização viária do Pq.
Dos Poderes em Campo Grande/MS, e incluem os valores unitários dos
equipamentos e da instalação necessária.
Tabela 4: Orçamento Sinalização Semafórica
Fonte: O Autor
4. CROQUI E MEMORIAL DESCRITIVO DA SINALIZAÇÃO
HORIZONTAL
Conforme mencionado anteriormente, a sinalização horizontal consiste
principalmente em marcações no pavimento que têm o objetivo de garantir uma
maior segurança e eficácia no trânsito. Uma característica essencial dessa sinalização
é sua capacidade de fornecer informações aos condutores e pedestres sem distraí-los
da estrada.
Segundo o DNIT (2010), a sinalização horizontal é particularmente
importante durante a noite, pois é responsável por delimitar as faixas de rolamento,
ajudando a prevenir acidentes.
Para garantir que a sinalização horizontal seja eficaz, o DNIT (2010)
estabelece uma série de requisitos, incluindo a organização do fluxo de veículos, a
orientação conforme as características da via, a complementação das informações
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verticais, a conformidade com o CTB, a clareza na comunicação, a garantia de tempo
suficiente para tomada de decisão e a adequação à necessidade real.
A sinalização horizontal pode se manifestar de diversas maneiras, como
linhas contínuas ou tracejadas, setas indicativas de mudança de faixa, símbolos
regulamentando a preferência em cruzamentos e legendas informando sobre
condições da via.
Em relação às cores, o DNIT (2010) especifica o uso do amarelo para
regulamentação em sentidos opostos, branco para regulamentação no mesmo sentido,
vermelho para demarcar ciclovias e áreas de embarque e desembarque de pacientes,
azul para áreas reservadas a deficientes físicos e preto para garantir contraste com o
pavimento.
Além disso, o DNIT (2010) divide a sinalização horizontal em diversas
categorias, como marcas longitudinais e transversais, de canalização, de delimitação
e controle de estacionamento, e inscrições no pavimento, incluindo setas, símbolos e
legendas.
4.1 ORÇAMENTO
Valores obtidos de tabela SINAPE para obra de sinalização viária do Pq. Dos
Poderes em Campo Grande/MS, e incluem os valores unitários da execução do
serviço.
Tabela 5: Orçamento Sinalização Horizontal
Fonte: O Autor
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CROQUI:
5. JUSTIFICATIVA
A incorporação de sinalizações horizontais e verticais, tais como semáforos, faixas
de pedestres e placas de trânsito, desempenha um papel vital na promoção da
segurança e eficácia do tráfego. Essas sinalizações têm a função primordial de
ordenar o movimento de veículos e pedestres, garantir a conformidade com as regras
de trânsito, priorizar a segurança dos pedestres, facilitar a orientação e contribuir para
a prevenção de acidentes. Em resumo, a cuidadosa seleção e implementação dessas
sinalizações são essenciais para estabelecer um ambiente viário organizado, seguro e
eficiente.
6. DIAGRAMAS
6.1 ESTÁGIOS SEMAFÓRICOS
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Figura 4: Representação do Estágio 1
Fonte: O Autor
Figura 5: Representação do Estágio 2
Fonte: O Autor
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Figura 6: Representação dos Ciclos
Fonte: O Autor
6.2 INTERVALOS LUMINOSOS
Figura 7: Representação dos intervalos luminosos
Fonte: O Autor
7. MOVIMENTOS
7.1 MOVIMENTOS CONFLITANTES
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Figura 8: Movimentos conflitantes
Fonte: O Autor
7.2 REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DOS MOVIMENTOS
Figura 9: Esquema dos movimentos
Fonte: O Autor
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8. CONCLUSÃO
A gestão do trânsito nas cidades brasileiras é uma incumbência das prefeituras
locais, que têm a responsabilidade de fiscalizar, planejar e operar o fluxo de veículos.
A fiscalização consiste na aplicação das normas do Código de Trânsito Brasileiro
(CTB) aos motoristas, enquanto o planejamento diz respeito aos métodos utilizados
para analisar o tráfego e buscar uma maior eficiência, seguindo os princípios da
engenharia de transportes. A operação do trânsito engloba as medidas adotadas
diariamente para gerenciar o fluxo de veículos.
De acordo com a pesquisa realizada, percebe-se que a sinalização é um dos
principais meios de comunicação entre os sistemas de trânsito e os usuários das vias
urbanas. Através dela, os usuários são orientados de forma segura e planejada,
permitindo que se previnam de situações inesperadas que possam colocar em risco
sua segurança e a de outros.
Conclui-se, portanto, que as sinalizações de trânsito desempenham um papel
crucial na eficiência do fluxo de veículos e pedestres nas ruas e avenidas das cidades,
além de garantir a segurança de todos os cidadãos. É imprescindível que o
planejamento da sinalização urbana seja realizado com cuidado, seguindo
rigorosamente o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Além disso, a
fiscalização e a manutenção contínua das sinalizações danificadas ou inadequadas
pelos órgãos municipais responsáveis pelo trânsito são fundamentais para garantir a
segurança e a fluidez do tráfego.
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REFERÊNCIAS
ANÁLISE DO CRUZAMENTO DE DUAS VIAS, PARA VERIFICAÇÃO DA
NECESSIDADE DE INSTALAÇÃO DA SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA NO
LOCAL. Núcleo do Conhecimento, 2019. Disponível em: . Acesso em: 15 de maio
de 2024.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Engenharia de Tráfego
– Terminologia – NBR 7032. Rio de Janeiro, 1983. CET – Companhia de Engenharia
de Tráfego. Manual de Sinalização Semafórica – Critérios de Programação. São
Paulo: CET, 2001. FARIA, Albertran Dias.
CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN. Manual Brasileiro de
Sinalização de Trânsito – Volume I: Sinalização Vertical de Regulamentação, 2022.
Disponível em: . Acesso em: 15 de maio de 2024.
CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN. Manual Brasileiro de
Sinalização de Trânsito – Volume IV: Sinalização Horizontal, 2022. Disponível em:
. Acesso em: 15 de maio de 2024.
CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN. Manual Brasileiro de
Sinalização de Trânsito – Volume V: Sinalização Semafórica, 2014. Disponível em:
. Acesso em: 15 de maio de 2024.