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Raízes, Caules, folhas, Frutos e

Sementes

1. Flores: Estruturas reprodutivas complexas.


2. Frutos: Protegem e auxiliam na dispersão das sementes.
3. Folhas: Variadas em forma e função, geralmente com
nervuras reticuladas em dicotiledôneas e paralelas em
monocotiledôneas.
4. Raízes: Geralmente pivotantes em dicotiledôneas e
fasciculadas em monocotiledôneas.
5. Caules: Podem ser lenhosos ou herbáceos.

Estrutura primária das raízes


Epiderme:
É a camada mais externa da raiz, composta por uma única camada de células
que têm a função de proteger os tecidos internos.

- Proteção: A epiderme protege a raiz contra patógenos e danos físicos.


- Absorção: Contém pêlos radiculares, que são extensões celulares que
aumentam a superfície de contato da raiz com o solo, facilitando a absorção de
água e nutrientes.

Córtex:
Localiza-se logo abaixo da epiderme e é composto por várias camadas de
células parenquimatosas (células com paredes finas e grandes espaços
intercelulares).

Funções:
Armazenamento: O córtex armazena substâncias como amido e açúcares.
Transporte: Serve como um meio de transporte para a água e os nutrientes
absorvidos da epiderme até o sistema vascular.
Respiração: Os espaços entre as células do córtex permitem a difusão de
gases, facilitando a respiração celular.

Sistema vascular:
É formado pelos tecidos vasculares da planta, incluindo o xilema e o floema.
No caso das raízes, o sistema vascular geralmente está organizado em um
cilindro central.

Funções:
Xilema: Transporta água e sais minerais absorvidos do solo para as partes
superiores da planta (caule e folhas). As células do xilema são tipicamente
mortas na maturidade e têm paredes espessas, o que facilita o transporte de
água em grandes quantidades.

Floema: Transporta nutrientes orgânicos (principalmente açúcares) produzidos


nas folhas por meio da fotossíntese para as outras partes da planta, incluindo
raízes, flores e frutos. As células do floema são geralmente vivas e se
organizam em tubos.

Resumo da Estrutura Primária da Raiz:


- Epiderme: Camada externa que protege e absorve água e nutrientes.
- Córtex: Camada interna que armazena nutrientes e facilita o transporte de
água para o sistema vascular.
Funções da Raiz:
Absorção de água e nutrientes:
- A raiz é responsável por absorver água e sais minerais (nutrientes
inorgânicos) do solo, que são transportados para as outras partes da planta
(caule, folhas, flores) através dos tecidos vasculares (xilema).
- As raízes possuem pêlos radiculares, pequenas projeções que aumentam a
área de contato com o solo, facilitando a absorção.

Fixação e sustentação:
- As raízes ancoram a planta ao solo, proporcionando sustentação física e
impedindo que ela seja derrubada por ventos fortes, chuva ou outros fatores
ambientais.
- Essa função é essencial para plantas de grande porte, como árvores, cujas
raízes se expandem em grande profundidade e largura.

Armazenamento de nutrientes:
- Em muitas plantas, as raízes armazenam substâncias nutritivas (como
amido, açúcares e proteínas) que podem ser utilizadas pela planta em
momentos de necessidade, especialmente durante períodos de dormência ou
no início do crescimento da planta.
- Exemplos de raízes que armazenam nutrientes: cenoura, batata-doce,
beterraba.

Condução de seiva:
- A raiz também desempenha um papel importante na condução de seiva
bruta (água e sais minerais) absorvida do solo para o caule e, eventualmente,
para as folhas, onde a fotossíntese ocorre.
- Essa condução é feita pelo xilema, um dos tecidos vasculares presentes nas
raízes.
Respiração:
- Algumas raízes podem estar envolvidas na troca gasosa com o ambiente,
especialmente em plantas que crescem em solos alagados ou em ambientes
com pouca oxigenação. As raízes adaptadas para esse fim, como em
manguezais, são chamadas de raízes respiratórias ou pneumatóforos.

Reprodução vegetativa:
- Algumas plantas utilizam as raízes para a reprodução assexuada ou
vegetativa. Em plantas como a batata-doce, as raízes podem originar novos
brotos que darão origem a novas plantas, sem a necessidade de sementes.

Simbiose com microrganismos:


- As raízes frequentemente formam associações simbióticas com
microrganismos, como fungos e bactérias, que ajudam na absorção de
nutrientes. Por exemplo, a associação com fungos (micorrizas) melhora a
absorção de água e nutrientes, e a relação com bactérias fixadoras de
nitrogênio, como nas leguminosas, é importante para a nutrição de nitrogênio.

Produção de substâncias químicas:


- Algumas raízes podem secretar substâncias químicas no solo que inibem o
crescimento de plantas concorrentes, um fenômeno conhecido como alelopatia.
Essas substâncias ajudam a planta a se proteger de competidores e a garantir
acesso a recursos como água e nutrientes.

Tipos de raízes e suas funções específicas:


Raízes pivotantes: Com uma raiz principal que penetra profundamente no solo
(como na cenoura), importante para a sustentação e absorção de água em
profundidade.
Raízes fasciculadas: Um sistema de raízes finas e numerosas, mais comum em
gramíneas, que permite a absorção rápida de água próxima à superfície do
solo.
Raízes adventícias: Surgem do caule ou de outras partes da planta, e são úteis
em plantas trepadeiras para ajudar na fixação.

O parênquima
Estrutura:
O parênquima é composto por células vivas, geralmente com paredes
celulares finas e grandes espaços intercelulares. Essas células são geralmente
de forma poligonal, mas podem variar dependendo da localização e da função
do tecido.
As células parenquimatosas têm a capacidade de se dividir e se diferenciar
em outros tipos de células, o que lhes confere uma plasticidade notável.

Localização:
O parênquima pode ser encontrado em várias partes da planta, incluindo
raízes, caules, folhas e frutos. Ele é o principal componente do córtex, da
medula e do mesófilo das folhas.

Funções do Parênquima:
Armazenamento:
O parênquima armazena substâncias nutritivas, como amido, açúcares,
proteínas e água. Esse armazenamento é especialmente importante em raízes
e caules, onde as plantas acumulam reservas para períodos de crescimento ou
estresse.

Fotossíntese:
- Em folhas, o parênquima pode se especializar em realizar a fotossíntese. O
mesófilo, que é composto por células parenquimatosas, é onde ocorrem a
maioria das reações fotossintéticas nas plantas, devido à presença de
cloroplastos.

Transporte:
- Embora o parênquima não seja um tecido condutor como o xilema ou
floema, ele pode facilitar a difusão de gases e o transporte de água e
nutrientes entre os tecidos, especialmente devido aos espaços intercelulares.

Respiração:
- O parênquima permite a troca gasosa através de seus espaços
intercelulares, facilitando a respiração celular, que é crucial para a produção de
energia nas células.

Regeneração:
- Em algumas plantas, as células parenquimatosas podem se dividir e se
diferenciar em outros tipos de células, permitindo a regeneração de tecidos
danificados.

Raízes Aéreas
Raízes Aéreas Estranguladoras:
Raízes que se desenvolvem a partir de ramos ou caules e descem em direção
ao solo, envolvendo o tronco de outras plantas.
Comumente encontradas em plantas epífitas, como as figueiras.
- As raízes podem estrangular o tronco da planta hospedeira.
- Função:
- Proporcionam suporte e nutrição, além de facilitar a absorção de água e
nutrientes do solo.
Raízes Aéreas Grampiformes:
Raízes que se desenvolvem em forma de ganchos ou grampos.
Comuns em plantas que necessitam de apoio, como algumas variedades de
orquídeas e ciprestes.
- Função:
- Ajudam a fixar a planta em superfícies verticais, proporcionando suporte e
estabilidade.

Raízes Aéreas Respiratórias:


Raízes que emergem do solo e se projetam para fora, facilitando a troca
gasosa.
Têm adaptações que permitem a troca de gases, como estruturas chamadas de
pneumatóforos.
- Comuns em plantas que vivem em ambientes alagados, como manguezais.
- Função:
- Permitem a absorção de oxigênio, especialmente em solos saturados onde a
aeração é limitada.

Raízes Aéreas Sugadoras:


Raízes que se desenvolvem para se fixar em outras plantas e extrair
nutrientes.
Encontradas em plantas parasitas, como o mistletoe (visco).
Função:
- Permitem que a planta se alimente da planta hospedeira, retirando água e
nutrientes.

Raízes de Suporte:
Raízes que se desenvolvem a partir do caule e oferecem suporte adicional à
planta.
Comuns em árvores altas e em plantas que crescem em solos instáveis.
Função:
- Proporcionam estabilidade, ajudando a planta a resistir a ventos fortes e a
manter sua posição.

Raízes Tubulares:
Raízes que têm uma forma tubular e se desenvolvem em ambientes com água
ou solo úmido.
Podem ser adaptadas para facilitar a absorção de água e nutrientes.
Função:
- Ajudam a planta a acessar água em camadas mais profundas do solo ou em
ambientes alagados.

Raízes Subterrâneas:
São as raízes que se desenvolvem abaixo da superfície do solo. Elas são a
parte principal do sistema radicular da planta e têm várias funções essenciais.
Estrutura: Normalmente, possuem uma raiz pivotante ou um sistema
fasciculado. Podem ser grossas e profundas, permitindo o acesso a água e
nutrientes em camadas mais profundas do solo.
- Funções:
- Absorção de Água e Nutrientes: Principal função das raízes subterrâneas.
Ancoragem: Proporcionam estabilidade à planta, ajudando-a a resistir a ventos
e erosão.
Armazenamento: Algumas raízes subterrâneas, como as de cenouras e
beterrabas, armazenam nutrientes e energia na forma de carboidratos.

Raízes Aquáticas:
São raízes que se desenvolvem em ambientes aquáticos, como em plantas
submersas ou em áreas alagadas.
Estrutura: Geralmente, são mais finas e flexíveis do que as raízes subterrâneas.
Podem ter adaptações para absorver oxigênio diretamente da água.
Funções:
Absorção de Nutrientes: As raízes aquáticas capturam nutrientes dissolvidos na
água.
Ancoragem: Ajudam a manter as plantas fixas no substrato aquático.
Aeração: Algumas raízes aquáticas possuem estruturas que permitem a troca
gasosa, essencial em ambientes onde o oxigênio é escasso.
Raízes Aéreas:
São raízes que crescem acima do solo, geralmente em plantas epífitas ou em
plantas que precisam de suporte adicional.
Estrutura: Podem ser longas e espessas, com uma superfície que pode absorver
água da umidade do ar. Algumas raízes aéreas podem ser cobertas com uma
camada de células especializadas que ajudam na absorção de água e
nutrientes.
Funções:
Suporte: Ajudam a ancorar a planta em superfícies verticais, como troncos de
árvores (como nas orquídeas).
Absorção de Água: Algumas raízes aéreas podem capturar água da umidade
atmosférica, especialmente em ambientes úmidos.
Respiração: Facilitam a troca gasosa em ambientes onde o solo pode ser
pobre em oxigênio.

Raízes Subterrâneas:
Localizadas abaixo do solo, responsáveis pela absorção de água e nutrientes,
ancoragem e armazenamento de energia.
Raízes Aquáticas: Desenvolvem-se em ambientes aquáticos, absorvendo
nutrientes da água e ajudando na ancoragem.
Raízes Aéreas: Crescem acima do solo, oferecendo suporte, absorvendo
umidade do ar e facilitando a respiração.

Tipos de Parênquima:
Parênquima clorofiliano: Contém cloroplastos e realiza a fotossíntese,
encontrado no mesófilo das folhas.
Parênquima de armazenamento: Armazena substâncias como amido e água,
encontrado em raízes tuberosas e caules.
Parênquima aerênquima: Apresenta grandes espaços intercelulares que
facilitam a flutuação e a troca gasosa em plantas aquáticas.
A coifa
É uma estrutura localizada na extremidade das raízes das plantas, cuja
principal função é proteger o meristema apical radicular, a região de
crescimento ativo das raízes, enquanto ela penetra no solo.

Funções da coifa:
Proteção do meristema apical: O meristema apical é a região da raiz onde
ocorre a divisão celular que permite o crescimento da raiz. A coifa envolve e
protege essas células delicadas contra danos físicos causados pelo atrito com
as partículas do solo à medida que a raiz cresce.

Lubrificação da raiz: A coifa secreta uma substância gelatinosa chamada


mucilagem, que ajuda a lubrificar a ponta da raiz, facilitando sua penetração no
solo e reduzindo o atrito durante o crescimento.

Percepção gravitacional (geotropismo): A coifa também contém células


especializadas, chamadas estatocistos, que têm grânulos de amido
(estatólitos). Esses grânulos se deslocam com a gravidade, ajudando a raiz a
"perceber" a direção do crescimento para baixo (geotropismo positivo),
garantindo que a raiz cresça em direção ao solo.

Estrutura da coifa:
- A coifa é formada por células que se renovam constantemente, pois as
células mais externas se desgastam rapidamente devido ao contato com o
solo. Assim, novas células são continuamente produzidas na parte interna da
coifa para substituir as células perdidas.

A coifa é essencial para o crescimento saudável das raízes, permitindo que elas
avancem no solo em busca de água e nutrientes sem sofrer danos.
O xilema
É um dos principais tecidos vasculares das plantas, responsável pelo
transporte de água e sais minerais das raízes para as partes aéreas. O xilema
pode ser classificado em xilema primário e xilema secundário, que têm origens,
estruturas e funções distintas.

Xilema Primário:
- Origem: O xilema primário se origina do meristema apical, especificamente
do procâmbio, durante o crescimento primário da planta.
- Características:
- Estrutura: O xilema primário é composto principalmente por traqueídes e
elementos de vaso (células especializadas que conduzem água). Ele também
contém **células parenquimatosas** para armazenamento e células
esclerenquimatosas para suporte.
- Função: O xilema primário é responsável pelo transporte de água e
nutrientes durante o crescimento inicial da planta. Ele é fundamental para o
desenvolvimento das raízes e dos caules.

Xilema Secundário:
Origem: O xilema secundário se origina do câmbio vascular, um tipo de
meristema lateral que se ativa após o crescimento primário, geralmente em
plantas perenes e lenhosas.
- Características:
- Estrutura: O xilema secundário é mais complexo e é composto por um maior
número de células, incluindo elementos de vaso, traqueídes e células
parenquimatosas. Ele também possui células de fibra que proporcionam maior
suporte estrutural.
- Função: O xilema secundário é responsável pelo transporte contínuo de
água e minerais e pela expansão do tecido vascular, que aumenta a espessura
do caule e das raízes. Ele contribui para a formação do lenho, que é essencial
para a resistência e suporte das plantas.

Diferenças entre Xilema Primário e Secundário:


| Característica | Xilema Primário | Xilema Secundário
|
|---------------------------|------------------------------------------|-------------
-------------------------------------------------------|
| Origem | Procâmbio (meristema apical) | Câmbio vascular
(meristema lateral) |
| Estrutura | Menos complexo, menos células | Mais complexo,
mais células |
| Função | Transporte inicial de água e nutrientes | Transporte
contínuo e suporte estrutural |
| Exemplo de ocorrência | Encontrado em todas as plantas durante o
crescimento primário | Comum em plantas perenes e lenhosas |

Resumo:
O xilema primário e o xilema secundário desempenham papéis cruciais no
crescimento e na função das plantas. Enquanto o xilema primário é importante
para o crescimento inicial e a condução de água e nutrientes, o xilema
secundário é responsável pela expansão e pela formação de tecidos lenhosos,
proporcionando suporte e eficiência no transporte ao longo da vida da planta.

Periciclo:
O periciclo é uma camada de células localizadas logo dentro do endoderma, no
sistema radicular das plantas. É o tecido mais interno da raiz, que fica entre o
endoderma e o xilema.
Funções:
Formação de Raízes Laterais: O periciclo é responsável pela formação de
raízes laterais (ou adventícias) que se desenvolvem a partir de suas células,
ajudando a planta a expandir seu sistema radicular.
Regeneração: Pode participar na regeneração do tecido em caso de lesões na
raiz.

Periderme:
A periderme é o tecido que substitui a epiderme em caules e raízes de plantas
lenhosas durante o crescimento secundário. É composta por células de
felogênio, feloderme e suberina.
Funções:
-Proteção: A periderme protege os tecidos internos contra a desidratação,
patógenos e danos físicos.
- Suberina: A presença de suberina (um composto ceroso) nas células da
periderme ajuda a impermeabilizar o tecido, minimizando a perda de água.

Fibras de Floema:
As fibras de floema são células de suporte que estão presentes no floema.
Elas são longas, estreitas e possuem paredes espessas, geralmente
lignificadas.
Funções:
Suporte Estrutural: As fibras de floema proporcionam resistência mecânica
ao tecido, ajudando a planta a se manter ereta.
Proteção: Elas ajudam a proteger os tecidos do floema contra danos físicos.

Câmbio Vascular:
O câmbio vascular é um tipo de meristema lateral responsável pela formação
de novos tecidos vasculares. Ele produz tanto o floema secundário quanto o
xilema secundário.
- Funções:
- Crescimento Secundário: O câmbio vascular permite o crescimento em
espessura da planta, contribuindo para o aumento do diâmetro de caules e
raízes.
- Produção de Tecido Vascular: O câmbio vascular produz novos elementos de
floema e xilema, permitindo que a planta continue a crescer e a transportar
água e nutrientes eficientemente.

Triarca, tetrarca e poliarca :


Os termos triarca, tetrarca e poliarca referem-se a diferentes arranjos ou
configurações dos feixes vasculares (xilema e floema) em caules e raízes de
plantas. Essas estruturas são importantes para a condução de água, nutrientes
e suporte estrutural. Vamos entender cada um deles:

triarca
Refere-se à disposição de três feixes vasculares em um arranjo específico.
Os feixes estão geralmente organizados em forma de "U" ou em um padrão
triangular, com o xilema geralmente localizado na parte interna e o floema na
parte externa.
- Esse arranjo é comum em algumas espécies de plantas herbáceas,
especialmente em monocotiledôneas.

Tetrarca:
Refere-se à disposição de quatro feixes vasculares em um arranjo específico.
Os feixes estão organizados de forma que formam um quadrado ou um padrão
retangular, com xilema e floema alternando-se ao longo do arranjo.
- Esse tipo de arranjo é mais comum em algumas plantas dicotiledôneas,
podendo ser encontrado em raízes e caules.

Poliarca:
Refere-se à disposição de vários feixes vasculares (mais de quatro) em um
arranjo em um padrão radial ou em forma de círculo.
Os feixes podem estar dispostos em um círculo, com xilema e floema
intercalados, permitindo uma maior eficiência no transporte de água e
nutrientes.
- Esse arranjo é típico em plantas com maior necessidade de suporte
estrutural e transporte eficiente, como muitas dicotiledôneas, especialmente
em árvores.

Comparação:
Triarca: 3 feixes vasculares; disposição em forma de "U" ou triangular.
Tetrarca: 4 feixes vasculares; disposição quadrada ou retangular.
Poliarca: Múltiplos feixes vasculares; disposição radial ou circular.

Resumo:
Esses diferentes arranjos de feixes vasculares — triarca, tetrarca e poliarca —
são adaptações das plantas para otimizar o transporte de água e nutrientes e
para fornecer suporte estrutural adequado, dependendo das necessidades
específicas de cada espécie. A configuração do sistema vascular também
reflete as relações evolutivas entre grupos de plantas.

Caule
A estrutura primária do caule refere-se à organização básica das células e
tecidos em sua forma inicial, antes de qualquer crescimento secundário (que
ocorre em plantas perenes, como árvores). A estrutura primária é composta
principalmente pelos tecidos que se desenvolvem a partir do meristema
apical e é crucial para as funções básicas da planta. Aqui estão os principais
componentes da estrutura primária do caule:
Epiderme
É a camada mais externa do caule, composta por uma única camada de células
que atuam como proteção contra desidratação e patógenos.
Funções:
- Protege contra danos físicos e invasão de microorganismos.
- Pode conter estômatos (aberturas que permitem a troca gasosa) e pelos
(que podem ajudar a reduzir a perda de água).

Córtex
Localizado logo abaixo da epiderme, o córtex é composto principalmente por
células parenquimatosas que armazenam substâncias.
Funções:
- Armazenamento de nutrientes e água.
- Pode incluir colênquima (células de suporte flexível) e esclerênquima
(células de suporte rígido).

Tecido Vascular
Feixes Vasculares: Na estrutura primária, o tecido vascular é organizado em
feixes, que podem ser distribuídos de maneira variada.
Xilema:
- Transporta água e nutrientes das raízes para as partes aéreas da planta.
- Geralmente localizado em posições mais internas em relação ao floema.
Floema:
- Transporta produtos da fotossíntese (açúcares) das folhas para outras
partes da planta.
- Geralmente localizado mais externamente que o xilema.

Câmbio
- Produz novos tecidos de xilema e floema à medida que a planta cresce.
- É importante para o crescimento em espessura em plantas que
desenvolvem crescimento secundário mais tarde.
Medula (ou Cápsula)
- Descrição: É a parte central do caule em algumas plantas, composta por
células parenquimatosas.
- Funções:
- Armazenamento de nutrientes.
- Pode servir como um reservatório de água.

A estrutura primária do caule é essencial para a sobrevivência e crescimento da


planta, permitindo a realização de funções vitais como transporte de
nutrientes, armazenamento e proteção. Essa organização celular permite que a
planta cresça e se desenvolva de forma eficiente no ambiente em que se
encontra. Se precisar de mais detalhes ou exemplos específicos, é só avisar!

Câmbio de Casca (Felogênio)


O câmbio de casca, ou felogênio, é um tipo de meristema lateral que produz
células que formam a casca da planta.
- Função: Ele gera novas células que se diferenciam em súber (cortiça) e
feloderme, permitindo o crescimento em espessura da casca.

Estruturas Observáveis da Casca


A casca é composta por várias camadas de células, incluindo:

Súber
É o tecido mais externo da casca, também conhecido como cortiça, que é
produzido pelo câmbio de casca.
Função:
- Proporciona proteção contra a perda de água, ataques de patógenos e
danos físicos.
- Cria uma barreira impermeável, ajudando a conservar a umidade interna da
planta.

Feloderme
É um tecido parênquimatoso que é produzido logo abaixo do súber, também
formado pelo câmbio de casca.
Função:
- Armazenar nutrientes e água.
- Pode servir como um tecido de suporte.

Raios Medulares
São estruturas que se estendem radialmente a partir do centro do tronco e são
formadas pelo tecido parenquimatoso.
Função:
- Transportam nutrientes e água entre o xilema e o floema, ajudando na
comunicação interna da planta.
- Também desempenham um papel na armazenagem de substâncias.

A casca, formada pelo câmbio de casca, súber, feloderme, parênquima e raios


medulares, é crucial para a proteção e funcionalidade da planta. O câmbio de
casca promove o crescimento em espessura, enquanto o súber e a feloderme
fornecem proteção e suporte. Os raios medulares facilitam a movimentação
de nutrientes e água dentro da planta, demonstrando a complexidade e a
importância dessas estruturas no crescimento e na saúde da planta.

Tecidos
Tecido Meristemático
Composto por células meristemáticas, que são células indiferenciadas e
capazes de se dividir.
Células: Pequenas, com paredes finas, núcleo grande e citoplasma abundante.
Tipos:
Meristemas Apicais: Localizados nas extremidades das raízes e caules,
responsáveis pelo crescimento em comprimento.
Meristemas Laterais: Como o câmbio e o felogênio, responsáveis pelo
crescimento em espessura.
Função: Responsável pelo crescimento e desenvolvimento da planta.

Tecido Parenquimatoso
Tecido fundamental, composto por células parenquimatosas.
Células: Geralmente vivas, com paredes finas e flexíveis, podendo ser em
formas esféricas ou alongadas.
- Espaços Intercelulares: Presentes, permitindo troca gasosa.
- Tipos:
- Parênquima Clorofiliano: Contém cloroplastos e realiza a fotossíntese.
- Parênquima de Armazenamento: Armazena substâncias como amido, água
e nutrientes.
- Função: Armazenamento, fotossíntese e suporte.

Tecido Colenquimatoso
Tecido de suporte flexível.
Células: Vivas, com paredes celulares irregulares e espessas, particularmente
nas regiões de crescimento.
- Disposição: Geralmente organizado em feixes ou camadas sob a epiderme.
- Função: Fornece suporte estrutural e flexibilidade, permitindo que a planta
resista a forças externas.

Tecido Esclerênquimatoso
Tecido de suporte rígido.
Células: Mortas no amadurecimento, com paredes espessas e lignificadas.
- Tipos:
- Fibra: Longa e estreita, proporcionando resistência.
- Esclereídes: Células de formas variadas, presentes em algumas frutas e
sementes.
- Função: Suporte e proteção, conferindo rigidez à planta.

Tecido Vascular
Composto por xilema e floema, responsável pelo transporte de água,
nutrientes e produtos da fotossíntese.
Xilema:
- Composto por elementos de vaso e traqueídes.
- Células mortas no amadurecimento, com paredes lignificadas.
- Transporta água e sais minerais das raízes para as partes aéreas.
- Floema:
- Composto por elementos de tubo crivo e células companheiras.
- Células vivas, responsáveis pelo transporte de açúcares e outros produtos
da fotossíntese.
- Função: Transporte de água e nutrientes, manutenção da estrutura da planta.

Tecido Epidérmico
Camada externa que cobre a planta.
Células: Geralmente vivas, com paredes finas e cutícula (camada cerosa) na
superfície.
Estruturas Associadas:
Estômatos: Aberturas que permitem a troca gasosa, compostas por células
guarda.
Pelos: Estruturas que podem ajudar a reduzir a perda de água.
Função: Proteção contra desidratação e patógenos, regulação da troca
gasosa.

Raios Medulares
Estruturas que se estendem radialmente a partir do centro do tronco.
Células: Compostas principalmente por parênquima, podem ser vivas ou
mortas.
Função: Facilitam a movimentação de nutrientes e água entre o xilema e o
floema, e também servem como reserva de nutrientes.

Traqueídes
As traqueídes são células do xilema que desempenham um papel fundamental
no transporte de água e nutrientes.

Traqueídes Comuns
Células longas e estreitas, com extremidades pontiagudas.
Paredes celulares espessas e lignificadas.
Contêm poros (punctuações) que permitem a passagem de água e nutrientes.
Função: Transporte de água e minerais das raízes para as partes aéreas da
planta, além de fornecer suporte estrutural.

Traqueídes Multiseriais
Células dispostas em fileiras ou grupos, com células de traqueídes
adjacentes.
Maior eficiência no transporte de água devido à disposição em grupos.
Função: Facilitar o fluxo de água, especialmente em plantas que crescem em
ambientes úmidos.

Traqueídes de Conexão
Especializadas em conectar feixes vasculares de diferentes partes da planta.
Paredes finas em relação às traqueídes comuns.
Função: Facilitar a comunicação e o transporte de água e nutrientes entre
diferentes tecidos vasculares.

Tipos de Caule
Caule Herbáceo
Caule macio, verde e flexível, geralmente não lignificado.
Crescimento rápido e sazonal.
- Composto principalmente por tecidos parenquimatosos e vascularizados.
Função: Suporte para folhas e flores, armazenamento de nutrientes e condução
de água e nutrientes.
Exemplos: Ervas, gramíneas, plantas anuais.

Caule Lenhoso
Caule rígido e lignificado, que pode crescer por muitos anos.
Estruturas internas complexas, com camadas de xilema e floema.
- Capacidade de crescer em espessura devido ao câmbio vascular.
Função: Suporte estrutural robusto, armazenamento de água e nutrientes.
Exemplos: Árvores, arbustos.

Caule Suculento
Caule especializado para armazenar água, geralmente carnoso e grosso.
Estruturas que permitem a retenção de água.
- Paredes celulares espessas e com tecido parenquimatoso.
Função: Armazenamento de água para sobrevivência em ambientes áridos.
Exemplos: Cactos, algumas suculentas.

Caule Modificado
Caules que apresentam adaptações especiais para funções específicas.
Tipos:
Estolões: Caules horizontais que crescem ao longo do solo, permitindo a
propagação vegetativa (ex.: morangos).
Rizomas: Caules subterrâneos que armazenam nutrientes e possibilitam o
crescimento lateral (ex.: gengibre).
Tubérculos: Caules subterrâneos que armazenam nutrientes, como batatas.
Função: Reprodução vegetativa, armazenamento de nutrientes e adaptação a
ambientes variados.
Tipos de Caules por Habitat
Caule Aéreo
Cresce acima do solo e está exposto ao ar.
Geralmente verde e macio (herbáceo) ou rígido e lenhoso.
- Suporta folhas, flores e frutos.
Função: Realiza fotossíntese (especialmente os caules herbáceos) e transporte
de água e nutrientes.
Exemplos: Árvores, arbustos, ervas.

Caule Subterrâneo
Cresce abaixo do solo.
Geralmente mais grossos e suculentos, adaptados para armazenar nutrientes e
água.
Função: Armazenamento de nutrientes e reprodução vegetativa.
Tipos:
Rizomas: Caules horizontais que crescem sob o solo (ex.: gengibre).
Tubérculos: Caules que armazenam nutrientes, geralmente em forma de
tubérculos (ex.: batata).
Estolões: Caules que se estendem horizontalmente sobre o solo (ex.:
morangos).

Caule Aquático
Cresce submerso em água ou flutua na superfície.
Muitas vezes mais leves e flexíveis, adaptados à flutuabilidade.
- Podem apresentar tecidos que ajudam na troca gasosa.
Função: Suporte para folhas e flores, além de facilitar a fotossíntese em
ambientes aquáticos.
Exemplos: Plantas aquáticas como a Vallisneria e a Nymphaea (lírios d'água).

Caule Semi-Aéreo
Parte do caule cresce acima do solo, enquanto outra parte se estende ou se
fixa no solo.
Pode ter características de caules aéreos e subterrâneos.
Função: Pode realizar fotossíntese e armazenar nutrientes, além de se
reproduzir vegetativamente.
Exemplos: Algumas espécies de orquídeas e epífitas que se apoiam em outras
plantas.

principais modificações de caule, suas características e funções:


Estolões
Caules horizontais que crescem ao longo do solo.
Podem enraizar em nós ao tocar o solo.
- Normalmente, têm um crescimento rápido.
Função: Reproduzem a planta vegetativamente, formando novas plantas a
partir dos nós que tocam o solo.
Exemplos: Morangos (Fragaria spp.) e gramas.

Rizomas
Caules subterrâneos que crescem horizontalmente.
Têm nós e entrenós visíveis.
- Armazenam nutrientes e água.
Função: Reproduzem a planta vegetativamente e permitem a sobrevivência em
condições adversas.
Exemplos: Gengibre (Zingiber officinale) e cana-de-açúcar (Saccharum
officinarum).

Tubérculos
Caules subterrâneos modificados que se expandem para armazenar nutrientes.
Características:
- Têm um formato arredondado ou oval.
- Contêm reservas de amido, o que lhes confere uma textura suculenta.
Função: Armazenamento de nutrientes, permitindo a sobrevivência da planta
durante períodos adversos.
Exemplos: Batata (Solanum tuberosum) e batata-doce (Ipomoea batata).

Cormos
Caules curtos e grossos, subterrâneos, que armazenam nutrientes.
Semelhante a um bulbo, mas com uma estrutura mais compacta.
- Possui camadas de tecidos que se assemelham a bulbos, mas não têm
folhas.
Função: Armazenamento de nutrientes e sobrevivência em condições
desfavoráveis.
Exemplos: Cebola (bulbos, embora os cormos sejam uma modificação
diferente) e alho (Allium sativum).

Bulbos
Caules subterrâneos modificados que consistem em um caule curto e carnoso,
envolto por folhas modificadas (escamas).
Armazenam nutrientes em suas escamas.
As escamas são normalmente suculentas.
Função: Armazenamento de energia e sobrevivência em condições adversas,
permitindo que a planta brote na primavera.
Exemplos: Cebola (Allium cepa) e lírios (Lilium spp.).

Caule Suculento
Caules que armazenam água em sua estrutura.
Espessos e carnudos, com paredes celulares adaptadas para reter água.
- Superfície geralmente coberta por uma cutícula cerosa para reduzir a perda
de água.
Função: Armazenamento de água para sobreviver em ambientes áridos.
Exemplos: Cactos e algumas suculentas como aloe vera.

Espinhos
Modificações de caule que se transformaram em estruturas afiadas.
Podem ser derivados de nós e são frequentemente rígidos.
Função: Defesa contra herbívoros e proteção contra a perda de água.
Exemplos: Espinhos de cactos e plantas como a rosa (Rosa spp.).

Caules Aéreos Modificados


Caules que crescem acima do solo e podem ter funções específicas.
Tipos:
Fusos: Caules que armazenam água, encontrados em algumas plantas do
deserto.
Escamais: Caules que se desenvolveram em estruturas de suporte ou defesa.
Função: Variável, dependendo da planta e do ambiente.

As modificações de caule são adaptações importantes que permitem que as


plantas sobrevivam e prosperem em diferentes ambientes. Cada tipo de
modificação tem características únicas e desempenha funções específicas que
contribuem para a saúde e o sucesso reprodutivo das plantas.

Folhas: Introdução
As folhas são órgãos vegetativos fundamentais das plantas vasculares, sendo
responsáveis pela fotossíntese, transpiração e respiração. Elas têm grande
importância ecológica, pois são as principais responsáveis pela captura da luz
solar e pela troca de gases com a atmosfera, essencial para o crescimento e
sobrevivência da planta.

Origem das Folhas


As folhas se originam de primórdios foliares, pequenas protuberâncias que se
formam nas gemas apicais (ou meristemas apicais caulinares) e nas gemas
laterais. Esses primórdios se diferenciam em folhas completas, à medida que a
planta cresce. O processo de desenvolvimento foliar é controlado por
hormônios vegetais e fatores ambientais.

Função das Folhas


Fotossíntese: Função primária das folhas, onde a luz solar é capturada pelos
cloroplastos e utilizada para converter dióxido de carbono e água em glicose e
oxigênio.
Transpiração: Evaporação de água através dos estômatos, que ajuda na
regulação térmica e no transporte de nutrientes.
Respiração: Troca de gases, permitindo a entrada de oxigênio e a saída de
dióxido de carbono.
Armazenamento: Algumas folhas especializadas armazenam água (como
suculentas) ou nutrientes.
Proteção: Certas folhas modificadas (como espinhos) fornecem defesa contra
herbívoros.

Estrutura Externa Completa da Folha


1. Lâmina foliar ou limbo: A porção mais larga da folha, onde ocorre a
fotossíntese. Apresenta uma face superior (adaxial) e uma inferior (abaxial).
2. Pecíolo: Estrutura que conecta a lâmina ao caule.
3. Base foliar: Parte inferior da folha que conecta o pecíolo ao caule, podendo
formar estípulas em algumas plantas.
4. Estípulas: Apêndices presentes em algumas espécies, localizadas na base
da folha, com funções variadas como proteção.
Folha Simples vs Folha Composta
- Folha Simples: Possui uma única lâmina contínua. Exemplo: Mangueira.
- Folha Composta: A lâmina é dividida em várias pequenas porções chamadas
folíolos. Cada folíolo pode ser preso diretamente ao pecíolo ou à raque (pecíolo
principal).
- Bipinadas: Folhas compostas divididas em dois níveis de folíolos. Exemplo:
Samambaia.
- Trifoliadas: Possuem três folíolos. Exemplo: Trevo.

Classificação das Folhas Quanto à Posição do Pecíolo


1. Pecioladas: Folhas com pecíolo bem desenvolvido, conectando a lâmina ao
caule.
2. Sésseis: Folhas sem pecíolo, diretamente ligadas ao caule.
3. Pecíolo alado: Pecíolo com extensões semelhantes a lâminas ao longo de
sua extensão.

Classificação Quanto à Nervação


1. Paralela: As nervuras principais correm paralelas entre si. Exemplo:
Gramíneas.
2. Pinnada: Uma nervura principal com ramificações secundárias. Exemplo:
Rosa.
3. Palmada: Várias nervuras principais se irradiam de um ponto comum na
base da folha. Exemplo: Hera.

Classificação Quanto à Superfície do Limbo


- Liso: Superfície sem protuberâncias.
- Piloso: Coberto por pelos (tricomas).
- Rugoso: Superfície com irregularidades.

Classificação Quanto à Coloração do Limbo


1. Verde: Cor mais comum, devida à clorofila.
2. Variegada: Com manchas ou faixas de diferentes cores.
3. Bicolor: Com duas cores distintas.
4. Listrada: Com faixas longitudinais de diferentes tons.

Classificação Quanto à Consistência do Limbo


1. Coriácea: Lâmina dura e resistente, como no louros.
2. Membranácea: Lâmina fina e delicada, como no cipó.
3. Carnosa: Espessa e suculenta, como em suculentas.

Classificação da Filotaxia (Disposição das Folhas no Caule)


1. Alternada: Uma folha por nó, de forma alternada.
2. Oposta: Duas folhas por nó, opostas entre si.
3. Verticilada: Três ou mais folhas por nó, formando um círculo.

Classificação Quanto à Margem do Limbo


1. Inteira: Margem lisa e contínua.
2. Serrilhada: Margem com pequenas projeções semelhantes a dentes.
3. Lobada: Margem com recortes profundos, formando lobos.
Classificação Quanto à Base do Limbo
1. Cuneada: Base em forma de cunha, estreitando-se no ponto de inserção do
pecíolo.
2. Cordada: Base com formato de coração.
3. Truncada: Base reta ou achatada.

Classificação Quanto ao Ápice do Limbo


1. Agudo: Ápice pontiagudo.
2. Obtuso: Ápice arredondado.
3. Mucronado: Ápice com uma pequena ponta.

Classificação Quanto ao Formato do Limbo


1. Elíptica Em forma de elipse.
2. Lanceolada em forma de lança, estreitando-se nas extremidades.
3. Forma ovalada.

Folhas Compostas
Folhas compostas possuem múltiplos folíolos presos ao pecíolo principal ou
raque. Elas podem ser palmadas, com folíolos irradiando de um ponto comum,
ou pinnadas, com folíolos dispostos ao longo da raque.

Estrutura Interna da Folha


A estrutura interna da folha apresenta três camadas principais:

1. Epiderme: Camada externa, coberta por cutícula cerosa que evita a perda
excessiva de água.
2. Mesofilo: Camada interna com células especializadas em fotossíntese.
Divide-se em:
Parênquima paliçádico: Células alongadas e ricas em cloroplastos, que
realizam a maior parte da fotossíntese.
Parênquima lacunoso: Células mais arredondadas, com espaços
intercelulares que facilitam a troca de gases.
3. Vasos condutores: Feixes vasculares que transportam água (xilema) e
nutrientes (floema).

Anexos da Epiderme
Os anexos epidérmicos são estruturas acessórias na epiderme das folhas:

1. Tricomas: Pêlos epidérmicos que podem ter funções de proteção contra


herbívoros, perda de água ou de radiação excessiva.
2. Estômatos: Aberturas na epiderme, reguladas por células guarda, que
controlam a troca de gases e a transpiração.

Tipos de Tricomas e Função


1. Tricomas glandulares: Secreção de substâncias químicas, como óleos
essenciais.
2. Tricomas tectores: Proteção física contra herbívoros e diminuição da perda
de água.

Estômato Aberto e Fechado


Os estômatos são poros presentes na epiderme das folhas, regulados pelas
células-guarda, que controlam sua abertura e fechamento:

- Estômato aberto: Ocorre quando a planta precisa realizar trocas gasosas


(entrada de CO₂ e saída de O₂), geralmente durante o dia.
- Estômato fechado: Ocorre para evitar a perda excessiva de água,
principalmente durante condições de seca ou calor extremo.

Introdução às Flores e Inflorescências:


As flores são as estruturas reprodutivas das angiospermas, responsáveis pela
produção de sementes e frutos. Elas variam em tamanho, forma e cor,
desempenhando um papel fundamental na reprodução sexuada das plantas.
As inflorescências são os arranjos ou conjuntos de flores em um caule comum,
sendo importantes para otimizar a polinização e dispersão das sementes.

Estrutura da Flor:
A flor é composta de várias partes essenciais organizadas em verticilos
concêntricos. As principais estruturas são:
- Cálice: Conjunto de sépalas, geralmente verde, que protege a flor ainda em
botão.
- Corola: Conjunto de pétalas, geralmente coloridas, que atraem polinizadores.
- Androceu: Conjunto de estames, responsáveis pela produção de pólen.
- Gineceu: Conjunto de carpelos ou pistilos, que contêm os óvulos e se
transformam em frutos após a fertilização.
- Receptáculo: Parte dilatada do pedicelo, onde as partes florais estão
inseridas.

Características Macroscópicas das Flores:


Tamanho e forma: As flores podem ser grandes, pequenas, simples ou
compostas, solitárias ou em inflorescências.
Cores: Variam do branco, amarelo, vermelho, azul, entre outras cores,
dependendo das espécies e do tipo de polinizador.
Perfume: Muitas flores produzem aromas agradáveis para atrair polinizadores.
Simetria: As flores podem ser actinomorfas (simetria radial) ou zigomorfas
(simetria bilateral).

Tipos de Flor:
1. Cálice: Estrutura formada pelas sépalas, com função de proteção.
- Cálix dialissépalo: sépalas livres.
- Cálix gamossépalo: sépalas unidas.

2. Corola: Estrutura formada pelas pétalas, cuja principal função é atrair


polinizadores.
- Corola dialipétala: pétalas livres.
- Corola gamopétala: pétalas unidas.

3. Androceu: Conjunto de estames, cada estame composto por antera (onde se


forma o pólen) e filete.
- Estames livres ou unisériados.
- Estames agrupados (em feixes).

4. Gineceu: Conjunto de carpelos ou pistilos, compostos por ovário,


estilete e estigma.
- Gineceu monocarpo: um carpelo.
- Gineceu dialicarpo: carpelos livres.
- Gineceu sincárpico: carpelos unidos.

5. Receptáculo: Base onde todas as partes florais estão conectadas.


Formas das Pétalas e seus Nomes:
- Tubulosa: pétalas em forma de tubo (ex.: lírios).
- Rosácea: pétalas dispostas como uma rosa.
- Campanulada: em formato de sino (ex.: campânula).
- Papilionácea: forma de borboleta (ex.: flores de leguminosas).
- Infundibuliforme: em forma de funil.
- Cruciforme: pétalas em formato de cruz.

Inflorescências:
A inflorescência é o arranjo das flores no caule. Ela pode ser simples (uma flor
solitária) ou composta (várias flores organizadas em estruturas complexas).
Existem dois principais tipos de inflorescências:

1. Inflorescências Racemosas (crescimento indefinido):


- As flores se formam de maneira acropetal (da base para o ápice).
- Exemplos: Cacho, Espiga, Umbela, Capítulo, Panícula, Racemo.

2. Inflorescências Cimosas (crescimento definido):


- As flores se formam de maneira centrípeta (do ápice para a base).
- Exemplos: Dicásio, Tricásio, Monocásio.

Microscopia da Flor:
A análise microscópica de uma flor inclui a observação detalhada dos tecidos
que compõem suas partes essenciais:

Epiderme: Observa-se a presença de células epidérmicas, tricomas glandulares


e estômatos.
Mesofilo: Nas pétalas, é comum a presença de células parenquimatosas que
conferem cor, e células com cromoplastos contendo pigmentos.
Estames: Anteras contêm microsporângios, que produzem grãos de pólen. Os
grãos de pólen podem ser analisados em detalhes, verificando sua
ornamentação e número de aberturas.
Pistilo: O ovário pode ser seccionado para observar os óvulos no seu interior.

Microscopia da Inflorescência:
A análise microscópica das inflorescências inclui:
Receptáculo floral: Estrutura que sustenta as flores, onde se observam células
parenquimáticas e condutoras.
Pedúnculo: Presença de tecidos vasculares que nutrem as flores.
Brácteas: Estruturas modificadas em algumas inflorescências, observadas por
suas características epidérmicas e tricomas.

Em inflorescências mais complexas, como capítulos, observa-se a diferenciação


entre flores centrais (discóides) e periféricas (lígulas).

Classificação quanto à Simetria:


1. Flores Zigomórficas:
- Têm simetria bilateral, ou seja, podem ser divididas em duas metades iguais
apenas por um plano de simetria.
- Exemplo: flores de leguminosas, como o feijão, ou orquídeas.

2. Flores Actinomórficas:
- Apresentam simetria radial, podendo ser divididas em várias metades
iguais ao longo de múltiplos planos.
- Exemplo: flores de rosas e lírios.

3. Flores Assimétricas:
- Não apresentam nenhum plano de simetria, ou seja, não podem ser
divididas em partes iguais.
- Exemplo: algumas flores de canna.

Classificação quanto ao Número de Peças Florais:


1. Flores Pentâmeras:
- Possuem suas partes florais (sépalas, pétalas, estames) organizadas em
grupos de cinco.
- Exemplo: a maioria das flores de dicotiledôneas, como a rosa.

2. Flores Tetrâmeras:
- Apresentam suas peças florais organizadas em grupos de quatro.
- Exemplo: flores da família Brassicaceae, como a mostarda.

3. Flores Trímeras:
- Suas partes florais estão organizadas em grupos de três.
- Exemplo: flores de monocotiledôneas, como os lírios e as orquídeas.

Frutos e Sementes: Introdução


Os frutos e sementes são partes fundamentais da reprodução das plantas com
flores (angiospermas). O fruto resulta do desenvolvimento do ovário após a
fertilização, e a semente se forma a partir do óvulo fecundado. Essas estruturas
têm como função principal proteger o embrião vegetal e auxiliar na dispersão
das espécies.
Classificação dos Frutos
1. Quanto à origem (frutos simples, agregados e múltiplos):
- Frutos simples: Desenvolvem-se a partir de um único ovário de uma única
flor.
- Exemplo: Tomate, maçã.
- Frutos agregados; Formam-se a partir de vários ovários de uma única flor.
- Exemplo: Morango.
- Frutos múltiplos ou infrutescências: Resultam da fusão de ovários de
várias flores de uma inflorescência.
- Exemplo: Abacaxi.

2. Quanto à consistência do pericarpo (frutos carnosos e secos):


- Frutos carnosos: O pericarpo (parede do fruto) é suculento.
- Exemplo: Pêssego, laranja.
- Frutos secos: O pericarpo é seco e pode ser:
- Deiscentes: Abrem-se para liberar as sementes.
- Exemplo: Feijão, ervilha.
- Indeiscentes: Não se abrem para liberar as sementes.
- Exemplo: Milho, girassol.

3. Classificação dos frutos carnosos:


- Baga: Fruto carnoso com várias sementes dispersas na polpa.
- Exemplo: Uva, tomate.
- Drupa: Fruto carnoso com uma única semente, protegida por uma parte
interna rígida (caroço).
- Exemplo: Cereja, pêssego.

4. Classificação dos frutos secos:


- Aquênio: Fruto seco e indeiscente, onde a semente é solta dentro do
pericarpo.
- Exemplo: Girassol.
- Cariopse: Fruto seco e indeiscente, onde a semente está intimamente ligada
ao pericarpo.
- Exemplo: Milho, trigo.
- Sâmara: Fruto seco indeiscente com expansões aladas.
- Exemplo: Olmo, plátano.

Funções dos Frutos e Sementes


- Proteção do embrião: O fruto envolve a semente, oferecendo proteção física
contra predadores e condições ambientais adversas.
- Dispersão: Frutos e sementes possuem adaptações para se dispersarem de
diversas formas, como pelo vento (anemocoria), água (hidrocoria), animais
(zoocoria), e até por explosão de suas estruturas (autocoria).
- Nutrição do embrião: As sementes possuem tecidos ricos em nutrientes
(endosperma) para sustentar o embrião até que ele se desenvolva em uma
plântula e possa realizar fotossíntese.

Inflorescências:
A inflorescência é o arranjo das flores em um eixo. Existem diferentes tipos de
inflorescências, com base na forma e na disposição das flores:

1. Simples (racemosas):
- As flores crescem de forma contínua a partir de um eixo principal.
- Exemplos: Cacho (uvas), Espiga (milho).
2. Composta (cimosas):
- O crescimento do eixo principal é interrompido por uma flor terminal, e
novas flores surgem a partir das laterais.
- Exemplo: Dicásio, monocásio.

Características Macroscópicas dos Frutos e Sementes


1. Frutos:
- Forma: Pode variar de esférica, oval, achatada, entre outras.
- Cor: Depende do tipo de fruto e da maturação (verde, amarelo, vermelho,
etc.).
- Textura: A casca pode ser lisa, rugosa, pilosa (com pelos), etc.
- Tamanho: Extremamente variável, de milímetros (frutos de gramíneas) a
metros (frutos de algumas palmeiras).

2. Sementes:
- Forma e tamanho: Variam consideravelmente; podem ser redondas, ovais
ou angulares.
- Superfície: Lisa, rugosa, áspera, coberta por pelos.
- Coloração: Desde tons claros, como branco e bege, até tons escuros, como
preto e marrom.

Características Microscópicas dos Frutos e Sementes


1. Frutos:
- Pericarpo: É a camada formada pelo desenvolvimento do ovário, que pode
ser dividida em três partes:
- Epicarpo: Camada externa (pele).
- Mesocarpo: Parte intermediária, geralmente suculenta nos frutos
carnosos.
- Endocarpo: Camada interna, frequentemente rígida nas drupas.

2. Sementes:
- Tegumento: Camada externa que envolve e protege o embrião. Pode ter
uma estrutura microscópica complexa, com várias camadas.
- Endosperma: Tecido nutritivo que envolve o embrião.
- Embrião: A parte jovem da planta que irá se desenvolver em uma nova
planta. Contém a radícula (futura raiz) e a plúmula (futura parte aérea).

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