Design e Criao para Iniciantes Apostila02

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Modelagem 3 D

Modelagem 3D é um processo que consiste em desenvolver objetos


tridimensionais por meio de softwares, sendo eles representados
virtualmente a partir de modelos matemáticos.

Essa prática é muito usada na indústria de games e animações, mas também


para trazer à realidade os objetos projetados.

Isso é feito através da impressão 3D, processo cujo primeiro passo é a


modelagem 3D. Ou seja, modela-se o objeto para que, depois, ele seja
impresso tridimensionalmente.
No entanto, é importante ter em mente que, dependendo da finalidade do
projeto, técnicas variadas são utilizadas.

Projetar um personagem em 3D para um game, por exemplo, é bastante


diferente de criar uma peça que terá aplicação prática e física.
Embora pareça complicado à primeira vista, projetar em 3D exige apenas
bastante prática com os softwares desenvolvidos especialmente para essa
finalidade (softwares CAD).

O surgimento da modelagem 3D

Os primeiros modelos 3D foram criados nos anos 60. Nessa época,


poucos profissionais estavam diretamente envolvidos com a criação e a
aplicação da modelagem, pois não havia muito interesse em utilizar as
possibilidades dessa área de forma artística.

Foi então que, em 1963, Ivan Sutherland e David Evans finalizaram o


desenvolvimento do primeiro software de Modelagem: o Sketchpad. Ivan e
David inauguraram o primeiro departamento de Tecnologia Computacional
da Universidade de Utah, nos Estados Unidos. Em 1969, os dois
professores fundaram a primeira empresa de desenvolvimento de Gráficos
3D – A Evans & Sutherland.

Nos anos 70, essa área era mais utilizada pela televisão e em
campanhas publicitárias. Mas, com o tempo, a modelagem passou a ser
adotada por diversas áreas do mercado, até que nos anos 90, com o sucesso
arrasador de Toy Story e dos primeiros games 3D, seus trabalhos caíram de
vez mais no gosto da cultura pop. Hoje, a modelagem 3D é parte
indispensável de nossas vidas!

Tipos de Modelagem 3 D

HARD SURFACE

(superfícies duras), são quaisquer objetos feitos ou construídos pelo


homem. Exemplos de hard surface podem ser estruturas arquitetônicas,
veículos, robôs, entre outros.
ORGANIC

(Orgânicos) são modelos, obviamente, orgânicos, ou seja, que existem na


natureza. Isso inclui humanos, animais, árvores, pedras, terrenos, etc.

CONCEPT DOS ELEMENTOS

Está é a fase da Modelagem 3D onde o artista utiliza referências


normalmente em 2D pode ser um Storyboard ou até mesmo uma única
imagem do elemento ainda em 2D.

RENDER (PROCESSO DE RENDERIZAÇÃO NO 3D)

Não confunda Textura com Render. Esta é a fase em que nós geramos toda
a iluminação e renderizamos, ou seja, transformamos a cena em imagem
final.
Já no caso de cenas utilizadas movimento como é o caso dos Games por
exemplo, esse processo precisa ser feito em tempo real, tudo isso enquanto
o jogo roda.

PROCESSO DE PÓS-PRODUÇÃO EM PROJETOS 3D

É normal que após a produção e do render da cena no 3D ela ainda precise


receber algum tratamento de pós-produção para ter suas cores, por
exemplo, melhoradas normalmente isso acontece em programas como o
Photoshop.

Como acontece o processo de criação em 3


dimensões?

O processo de criação em 3D pode variar um pouco de acordo com a sua


finalidade, a complexidade e o estilo do modelo sendo criado. Ainda assim,
há algumas etapas que se mantêm nos diferentes tipos de processos.
Concepção dos elementos

A concepção de elementos inclui o planejamento de tudo que deverá ser


desenvolvido, organização dos elementos que farão parte do projeto, como
texturas e cores, qual o tipo de iluminação que se pretende projetar e até
mesmo as referências do projeto.

Essa organização inicial tem o objetivo de antecipar todas as necessidades


do projeto, para que ele possa ser desenvolvido com qualidade e com o
menor número de imprevistos possível.

Modelagem

É nessa etapa que a criação de um modelo 3D começa a se desenvolver. As


criações em 3D são feitas através de softwares específicos, que podem
variar de acordo com a finalidade do projeto. Alguns dos softwares mais
utilizados são Autodesk Maya, Blender, 3DS Max e ZBrush.

Essa etapa incluiu a criação dos objetos através das malhas tridimensionais,
inclusão de texturas e cores.
Unwrapping (abertura de malha)

Esta etapa é uma das últimas utilizadas em um processo de modelagem 3D.


Em tradução livre, unwrapping significa algo como desembrulhar, que é
basicamente o que acontece com o objeto nessa etapa.

Aqui, o profissional "desembrulha" o objeto 3D, criando uma versão


bidimensional (2D) dele. Em outras palavras, o modelo 3D é transformado
em uma imagem aberta e “achatada”. Esse recurso é muito utilizado para a
visualização completa das dimensões do objeto e inclusão de texturas que
serão aplicadas no objeto final.

Um bom exemplo para representar o unwrapping são os chamados paper


toys, ou “brinquedos de papel”. Esses “brinquedos” são formados por
modelos que podem ser impressos em folha de papel, recortados e
montados de acordo com as instruções, transformando uma imagem 2D (o
que seria a malha aberta) em um objeto 3D.
Texturização

Após realizar o processo de abertura de malha, o profissional deve aplicar


texturas na superfície do modelo 3D. As texturas são separadas por
categorias.

Como exemplos de categorias temos:

• Base Color (cor base) para visualizar as cores do modelo.


• Roughness (rugosidade) para definir onde há brilho e onde
permanece opaco.
• Ambient Occlusion (oclusão do ambiente) para identificar
regiões escondidas que tendem a ficarem escuras devido às
sombras.
A texturização costuma ser aplicada através de uma técnica chamada Voxel
Painting onde é possível pintar em cima do modelo 3D. Para isso, o
profissional pode utilizar programas como Substance Painter, Mari, Quixel
Mixer ou 3D Coat.

Renderização

Na etapa de renderização, cria-se a iluminação que incide sobre o modelo e


gera-se a imagem final, a qual poderá ser apresentada.

Antes da renderização, as imagens que são visualizadas nos softwares de


edição são superfícies sólidas, com texturas mais simples, facilitando o
processamento da imagem pelo computador.

É no processo de renderização que se finaliza a imagem com os aspectos de


texturas, efeitos de luz e sombra e aspectos finais que devem estar
presentes no resultado final.
Os softwares mais usados em modelagem 3D?

Hoje em dia, é possível encontrar softwares bastante eficientes disponíveis


no mercado de modelagem 3D. O software utilizado pode variar de acordo
com a finalidade do projeto, mas abaixo listamos algumas das opções mais
conhecidas e utilizadas por profissionais da área.

Blender

O Blender é um software muito popular no mundo da modelagem 3D. O


fato de ele ser um software gratuito contribui bastante para sua
popularidade, mas esse não é o único motivo. O Blender possui diversas
funcionalidades muito úteis para quem cria modelos 3D, incluindo recursos
de integração para produções de animações e games.

É uma ferramenta que se mantém atualizada, tornando sua interface cada


vez mais intuitiva para que seja um software eficaz tanto para profissionais
experientes quanto criadores que estão começando.

Além disso, por contar com muitos anos de existência - cerca de 28 anos - e
muitos adeptos ao software, o Blender possui uma grande comunidade de
usuários ativos, o que resulta em muita informação e dados disponíveis
na web.

ZBrush

O ZBrush é um software muito utilizado para modelagem de personagens e


formas mais “orgânicas”. O seu estilo de criação é considerado como algo
semelhante à modelagem de uma massa para esculturas.

O software oferece diversas ferramentas para que você possa utilizar sua
criatividade e criar o personagem ou objeto que desejar. De formas simples,
que servirão de base para o projeto, a diferentes tipos de pincéis para
modelar, o ZBrush atende diversas necessidades de modeladores 3D.

Entretanto, a ferramenta demanda um pouco mais de tempo de estudo e


prática, pois o ZBrush não possui uma interface tão simples e intuitiva
quanto algumas outras ferramentas, o que requer mais tempo de uso para
um bom aprendizado.
Autodesk Maya

O Autodesk Maya também é um software bastante completo, muito


utilizado para a criação de cenários, personagens e animações. Por isso, é
uma das ferramentas mais utilizadas na área de entretenimento e mídia,
como cinema e publicidade.

Este é um software considerado bastante flexível, pois permite que o


profissional ou a equipe que está trabalhando com a ferramenta personalize
tanto sua interface quanto suas ferramentas. Dessa forma, o Autodesk
Maya se torna um software adaptável às necessidades de artistas e
produtoras.

História da arte

História da arte é a história de qualquer atividade ou produto realizado


com propósito estético ou comunicativo, enquanto expressão de ideias,
emoções ou formas de ver o mundo. Ao longo do tempo, as artes
visuais têm sido classificadas de várias formas diferentes, desde a distinção
medieval entre as artes liberais e as artes mecânicas, até à distinção
moderna entre belas artes e artes aplicadas, ou às várias definições
contemporâneas, que definem arte como a manifestação da criatividade
humana. O alargamento da lista das principais artes durante o século
XX definiu
nove: arquitetura, dança, escultura, música, pintura, poesia (aqui definida
em sentido lato como forma de literatura com um propósito ou função
estética, o que inclui também o teatro e a narrativa literária), o cinema,
a fotografia e a banda desenhada. Quando considerada a sobreposição de
termos entre as artes plásticas e as artes visuais, inclui-se também
o design e as artes gráficas. Para além das formas tradicionais de expressão
artística, como a moda ou a gastronomia, estão a ser considerados como
arte novos meios de expressão, como o vídeo, arte digital, performance,
a publicidade, a animação, a televisão e os jogos de computador.
A "história da arte" é uma ciência multidisciplinar que procura estudar de
modo objetivo a arte através do tempo, classificando as diferentes formas
de cultura, estabelecendo a sua periodização e salientando as características
artísticas distintivas e influentes. O estudo da história da arte teve início
durante o Renascimento, ainda que limitado à produção artística
da civilização ocidental. No entanto, ao longo do tempo foi-se impondo
uma visão alargada da história artística, procurando-se compreender e
analisar a produção artística de todas as civilizações sob a perspectiva dos
seus próprios valores culturais.
Hoje em dia, a arte desfruta de uma ampla rede de estudo, difusão e
preservação de todo o legado artístico da humanidade ao longo da História.
Durante o século XX assistiu-se à proliferação de instituições, fundações,
museus, e galerias, tanto no sector público como privado, dedicados à
análise e catalogação de obras de arte e exposições destinadas ao público
em geral. A evolução dos média foi crucial para o desenvolvimento e
difusão da arte. Os eventos internacionais, como as bienais de Veneza ou
de São Paulo ou a Documenta contribuíram bastante para a formação de
novos estilos e tendências. Os prémios, como o Prémio Turner, o Prémio
Wolf de Artes, o Prémio Pritzker de arquitetura, o Prémio Pulitzer de
fotografia ou os Óscares do cinema promovem também as melhoras obras
criativas a nível internacional. As instituições como a UNESCO, através da
criação de listas do Património Mundial, apoiam também a conservação
dos mais significativos monumentos mundiais.

Pré-história

Os primeiros artefactos tangíveis que podem ser considerados arte


aparecem na Idade da Pedra (Paleolítico superior, Mesolítico e neolítico).
Durante o Paleolítico (25 000–8 000 a.C.) o Homem era ainda caçador-
coletor, habitando cavernas que viriam a ser os primeiros suportes de arte
rupestre. Após o período de transição do Mesolítico, é durante o
Neolítico (6 000–3 000 a.C.) que o Homem se sedentariza e inicia a prática
da agricultura. À medida que as sociedades se tornam cada vez mais
complexas e a religião ganha importância, tem início a produção
de artesanato. Durante a Idade do Bronze (c. 3 000–1 000 a.C.), têm início
as primeiras civilizações proto-históricas.

Paleolítico

As primeiras manifestações artísticas durante o Paleolítico dão-se por volta


de 25 000 a.C., atingindo o auge na época da Cultura Magdaleniana (c. 15
000-8 000 a.C). Os primeiros vestígios de objetos produzidos pelo Homem
foram encontrados na África meridional, no Mediterrâneo ocidental, na
Europa Central e de Leste (no mar Adriático), na Sibéria (Lago
Baical), Índia e Austrália. Estes primeiros vestígios são geralmente
ferramentas em pedra (sílex e obsidiana), madeira ou osso. Na pintura era
usado óxido de ferro para obter vermelho, dióxido de manganés para obter
preto e argila para obter o ocre. A arte deste período que sobreviveu até aos
nossos dias é composta sobretudo por pequenos entalhes em pedra e osso
ou arte rupestre, esta última forma presente sobretudo na
região cantábrica e no sudoeste de França, como nas cavernas de
Altamira ou Lascaux. As pinturas são de carácter fundamentalmente
religioso e mágico ou representações naturalistas de animais. Os trabalhos
de escultura são representados pelas estatuetas de vénus como a Vénus de
Willendorf, figuras femininas provavelmente usadas em cultos de
fertilidade.

Neolítico

O Neolítico representa uma alteração profunda para o Homem, que se


sedentariza e inicia a prática da agricultura e pastorícia, ao mesmo tempo
que se desenvolve a religião e formas complexas de interação social.
Nos sítios de arte rupestre da bacia mediterrânica da Península Ibérica,
assim como no norte de África e na região do atual Zimbabué, foram
encontrados várias representações esquemáticas figurativas, em que o
homem é representado através de uma cruz e a mulher através de uma
forma triangular. Entre os artefatos de arte móvel, um dos exemplos mais
notáveis é a cultura da cerâmica cardial, decorada com gravuras
de conchas. São utilizados novos materiais, como o âmbar, quartzo e
o jaspe. Durante este período podem ainda ser observados os primeiros
sinais de planimetria urbana, como nos vestígios de Tell as-
Sultan, Jarmo e Çatalhüyük.

Idade dos metais

O último período pré-histórico é a Idade dos Metais, durante a qual as


sociedades dão início à produção, transformação e o trabalho de elementos
como o cobre, bronze e ferro. Durante o calcolítico surge a
cultura megalítica, notável pelos monumentos de pedra
((dólmens, menires e cromeleques) como Stonehenge). Na Península
Ibérica surgem as culturas de Los Millares e do vaso campaniforme,
caracterizadas pelas figuras humanas com olhos de grande dimensão. São
também notáveis os templos megalíticos de Malta. As culturas megalíticas
das Ilhas Baleares apresentam monumentos característicos, como a naveta,
um túmulo com a forma de uma pirâmide truncada e câmara funerária
alingada; a taula e o talayot.
Durante a Idade do Ferro, as culturas de Hallstatt (Áustria) e La
Tène (Suíça) marcam as fases mais significativas na Europa. A cultura de
Hallstatt desenvolveu-se entre os séculos V e IV a.C. A cerâmica era
policromática, com decorações geométricas e apliques de ornamentos
metálicos. La Tène desenvolveu-se no mesmo período, sendo também
conhecida como Arte celta primitiva. A produção artística focou-se
sobretudo em objectos de ferro, como espadas e lanças, e em bronze, como
nos escudos profusamente decorados e em fíbulas, ao longo de diversos
estágios evolutivos do estilo (La Tène I, II e III). A decoração foi
influenciada pela arte Grega, Estrusca e Cita.

Arte Antiga

Arte antiga, ou arte da antiguidade, designa as criações artísticas do


primeiro período da História que se inicia com a invenção da escrita, e
durante o qual aparecem as primeiras grandes cidades nas margens dos
rios Nilo, Tigre, Eufrates, Indo e Amarelo e se destacam as grandes
civilizações do Médio Oriente (Egípcia e Mesopotâmica). Ao contrário de
períodos anteriores, as manifestações artísticas ocorreram em todas as
culturas de todos os continentes.
Um dos maiores progressos deste período foi a invenção da escrita, criada
sobretudo a partir da necessidade de manter registos de natureza económica
e comercial. A primeira forma de escrita foi a cuneiforme, surgida na
Mesopotâmia por volta de 3 500 a.C. 3 500 a.C., baseada em
elementos pictográficos e ideográficos e registada em suportes de argila.
Os sumérios desenvolveriam mais tarde a escrita com sílabas, enquanto que
a escrita Egípcia recorria a hieróglifos. A língua hebraica foi uma das
primeiras a utilizar um alfabeto, que atribui um símbolo a cada fonema.

Mesopotâmia

A arte mesopotâmica surgiu na região entre os rios Tigre e Eufrates, no que


é atualmente a Síria e o Iraque, território onde a partir do século IV
a.C. coexistiram várias culturas, entre as quais a Suméria, o Império
Acádio, os Amoritas e os Caldeus. A arquitetura
mesopotâmica caracterizou-se pelo uso de tijolo, lintéis e pela introdução
de elementos construtivos como o arco e a abóbada. São particularmente
notáveis os zigurates, templos de grandes dimensões no formato
de pirâmide de degraus, dos quais praticamente não restam vestígios para
além das suas bases. O túmulo era geralmente um corredor, com a câmara
funerária coberta por falsa cúpula.
As principais técnicas escultóricas eram os entalhes e relevos. As peças
abordavam temas religiosos, militares e de caça, sendo representadas
figuras animais e humanas, reais ou mitológicas. Durante o período
sumério eram comuns as estatuetas de formas angulares, em pedra colorida,
sem cabelo e de mãos no peito. Durante o período Acádio as figuras
apresentavam cabelos e barba longos, como na estela de Narã-Sim. Do
período Amorita, é notável a estatueta do rei Gudea, enquanto o objecto
mais notável do domínio babilónico é a estela de Hamurabi. Na escultura
assíria é assinalável o antropomorfismo do gado e o motivo recorrente
do génio alado, observado em inúmeros relevos com cenas de guerra e de
caça, como no Obelisco Negro.
Com a introdução da escrita surge também a literatura enquanto forma de
expressão da criatividade humana. Entre as mais significativas obras
de literatura suméria estão a Epopeia de Gilgamexe, escrita no século XVII
a.C. e na qual são narrados trinta mitos acerca das mais importantes
divindades sumérias e acádias, ou o poema moral e didático Lugal ud
melambi Nirpal'. No período Acádio a obra mais relevante é a Epopeia de
Atrahasis na qual se narra o mito do Dilúvio. A obra mais notável de
literatura babilónica é o poema Enuma Elish, que descreve a criação do
mundo.
A música surge na região entre o IV e III milénios a.C., usada nos templos
sumérios onde os sacerdotes entoavam hinos e salmos (ersemma) aos
deuses. O canto litúrgico era composto em responsórios – alternando entre
os sacerdotes e o coro – e antífonas – alternando entre dois coros. Entre os
instrumentos mais utilizados estão
o tigi (flauta), balag (tambor), lilis (antecessor
do tímpano), algar (lira), zagsal (harpa) e adapa (pandeiro).

Egito

É no Antigo Egito que surge uma das primeiras grandes civilizações, com
obras de arte elaboradas e complexas, e durante a qual ocorre a
especialização profissional do artista. A arte egípcia era intensamente
religiosa e simbólica, com uma estrutura de poder centralizada e
hierárquica, e na qual se deva especial importância ao conceito religioso de
imortalidade, sobretudo do faraó, para o qual se erguiam monumentos
colossais. A arte egípcia abrange o período entre 3 000 a.C. e a conquista
do Egito por Alexandre, o Grande. No entanto, a sua influência perdurou
até à arte copta e bizantina.
A Arquitetura do Antigo Egito caracteriza-se pela sua monumentalidade,
conseguida através do uso de blocos de pedra de grandes dimensões, linteis
e colunas sólidas. O elemento mais notável são os monumentos funerários,
agrupados em três tipos principais: as mastabas, túmulos de forma
rectangular; as pirâmides, de faces regulares ou em escada; e os hipogeus,
túmulos subterrâneos. Os outros edifícios de grande dimensão são os
templos, complexos monumentais antecedidos por uma avenida
de esfinges e obeliscos, à qual se sucedem dois pilones trapezoidais,
o hipostilo e finalmente o santuário.
A pintura caracteriza-se pela justaposição de planos sobrepostos. As
imagens eram representadas hierarquicamente, isto é, o faraó é maior que
os súbditos ou inimigos ao seu lado. Os egípcios pintavam a cabeça e os
membros de perfil, enquanto os ombros e olhos eram pintados de frente.
Houve uma evolução significativa nas artes aplicadas, sobretudo o trabalho
em madeira e metal, que deram origem a obras exímias de mobiliário
em cedro entalhada com ébano e marfim.

Arte Medieval (c.3000-1350)

A arte medieval, sendo uma derivação direta da arte romana, inicia com
a arte paleocristã, após a oficialização do cristianismo como religião
do Império Romano. Trabalharam as formas clássicas para interpretar a
nova doutrina religiosa. Porém, logo o estilo clássico se pulverizou em uma
multiplicidade de escolas regionais, com o aparecimento de formas mais
esquemáticas e simplificadas. Na arquitetura destacou-se como o
tipo basílica, enquanto que na escultura os sarcófagos assumiram papel
destacado, bem como os mosaicos e as pinturas das catacumbas. A etapa
seguinte constituiu a chamada arte bizantina, incorporando influências
orientais e gregas, e tendo no ícone e nos mosaicos seus gêneros principais.
A arte românica seguiu lhe paralelamente, recebendo a influência de povos
bárbaros como os germânicos, celtas e godos. Foi o primeiro estilo de arte
internacional depois da queda do Império Romano. Eminentemente
religiosa, a maioria da arte românica visa a exaltação e difusão do
cristianismo. A arquitetura enfatiza o uso de abóbadas e arcos, começando
a construção de grandes catedrais, que continuará durante o gótico. A
escultura se desenvolveu principalmente no âmbito arquitetônico, com
formas esquematizadas. A arte gótica se desenvolveu entre os séculos XII e
XVI, sendo um momento de florescimento econômico e cultural. A
arquitetura foi profundamente alterada a partir da introdução do arco
ogival e do arcobotante, nascendo formas mais leves e mais dinâmicas, que
possibilitaram a construção de edifícios mais altos e com aberturas maiores,
tipificados na catedral gótica. A escultura continua principalmente
enquadrada na obra arquitetônica, mas começou a desenvolver-se de forma
autônoma, com formas mais realistas e elegantes inspirados pela natureza
e, em parte, numa recuperação de influências clássicas. Aparecem grandes
retábulos escultóricos e a pintura desenvolve técnicas inovadoras como o
óleo e a têmpera, criando-se obras de grande detalhamento.

Arte na Idade Moderna (c.1350-1850)

A Idade Moderna inicia no Renascimento, período de grande esplendor


cultural na Europa. A religião deu lugar a uma concepção científica do
homem e do universo, no sistema do humanismo. As novas descobertas
geográficas levaram a civilização europeia a se expandir para todos os
continentes, e através da invenção da imprensa a cultura se universalizou.
Sua arte foi inspirada basicamente na arte clássica greco-romana e na
observação científica da natureza. Entre seus expoentes estão Filippo
Brunelleschi, Leon Battista Alberti, Bramante, Donatello, Leonardo da
Vinci, Dante Alighieri, Petrarca, Rafael, Dürer, Palestrina e Lassus. Sua
continuação produziu o Maneirismo, com a emergência de um maior
individualismo e um senso de drama e extravagância, proliferando em
inúmeras escolas regionais. Também foi importante nesta fase a disputa
entre protestantes e católicos contra-reformistas, com repercussões na arte
sacra. Shakespeare, Cervantes, Camões, Andrea
Palladio, Parmigianino, Monteverdi, El Greco e Michelangelo são alguns
de seus representantes mais notórios. No período barroco fortaleceram-se
os Estados nacionais, dando origem ao absolutismo. Como reflexo disso a
arte se torna suntuosa e grandiloquente, privilegiando os contrastes
acentuados, o senso de drama e o movimento. Firmam-se grandes escolas
em vários países, como na Itália, França, Espanha e Alemanha. São nomes
fundamentais do
período Góngora, Vieira, Molière, Donne, Bernini, Bach, Haendel, Lully, P
ozzo, Borromini, Caravaggio, Rubens, Poussin, Lorrain, Rembrandt, Riber
a, Zurbarán, Velázquez, entre uma multidão de outros.[14]
Sua sequência foi o Rococó, surgido a partir de meados do século XVIII,
com formas mais leves e elegantes, privilegiando o decorativismo, a
sofisticação aristocrática e a sensibilidade individual. Ao mesmo tempo se
firmava uma corrente iluminista, pregando o primado da razão e um
retorno à natureza. Foram importantes, por exemplo, Voltaire, Jean-Jacques
Rousseau, Carl Philipp Emanuel Bach, Jean-Antoine Houdon, Antoine
Watteau, Jean-Honoré Fragonard, Joshua Reynolds e Thomas
Gainsborough. No final do século emergem duas correntes opostas:
o Romantismo e o Neoclassicismo, que dominarão até meados do século
XIX, às vezes em sínteses ecléticas, como na obra de Goethe. O
Romantismo enfatizava a experiência individual do artista, com obras
arrebatadas, visionárias e dramáticas, enquanto que o Neoclassicismo
recuperava o ideal equilibrado do classicismo e impunha uma função social
moralizante e política para a arte. Na primeira corrente podem ser
destacados Victor Hugo, Byron, Eugène Delacroix, Francisco de
Goya, Frédéric Chopin, Ludwig van Beethoven, William Turner, Richard
Wagner, William Blake, Albert Bierstadt e Caspar David Friedrich, e, na
segunda, Jacques-Louis David, Mozart, Haydn e Antonio Canova

Arte na Idade Contemporânea (c.1850-atualidade)

Entre meados do século XIX e o início do XX se lançaram as bases da


sociedade contemporânea, marcada no terreno político pelo fim
do absolutismo e a instauração dos governos democráticos. No campo
econômico, marcaram esta fase a Revolução Industrial e a consolidação
do capitalismo, que tiveram respostas nas doutrinas de esquerda como
o marxismo, e nas lutas de classes. Na arte o que tipifica o período é a
multiplicação de correntes grandemente diferenciadas. Até o fim do século
XIX surgiram, por exemplo, o realismo, o impressionismo, o simbolismo e
o pós-impressionismo.
O século XX se caracterizou por uma forte ênfase no questionamento das
antigas bases da arte, propondo-se a criar um novo paradigma de cultura e
sociedade e derrubar tudo o que fosse tradição. Até meados do século as
vanguardas foram enfeixadas no rótulo de modernismo, e desde então elas
se sucedem cada vez com maior rapidez, chegando aos dias de hoje a um
estado de total pulverização dos estilos e estéticas, que convivem,
dialogam, se influenciam e se enfrentam mutuamente. Também surgiu uma
tendência de solicitar a participação do público no processo de criação, e
incorporar ao domínio artístico uma variedade de temas, estilos, práticas e
tecnologias antes desconhecidas ou excluídas. Entre as inúmeras tendências
do século XX podemos citar: art
nouveau, fauvismo, pontilhismo, abstracionismo, expressionismo, realismo
socialista, cubismo, futurismo, dadaísmo, surrealismo, funcionalismo, const
rutivismo, informalismo, arte pop, neorrealismo, artes de ação
(performance, happening, fluxus), Instalação, videoarte, op
art, minimalismo, arte conceitual, fotorrealismo, land art, arte povera, body
art, arte pós-moderna, transvanguarda, neoexpressionismo.

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