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Treinamento CTN 2022 - Nutrição Parenteral-1

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Nutrição Parenteral

Cuidados de Enfermagem
Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional – EMTN/HUCAM

16 e 17/08/2022
Definição
A Nutrição Parenteral (NP) é uma solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos,
lipídios, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico,
destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial
ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas (Portaria 272/98).
NP Manipulada x Pronta para Uso

Manipulada Pronta para uso


Manipulação por Tecnologia industrial, garantia
dispositivos automatizados, de esterilidade após liberação
sob prescrição individual. de culturas negativas.
Fatores que interferem na seleção da solução
NPT (acesso central) x NPP (acesso periférico)

Relacionados ao Osmolaridade
acesso venoso da solução

Temporário NPP: < 900 mOsml/L


Permanente
PICC

Aporte nutricional Tempo de uso

Suplementar: NPP Curto prazo (< 10 dias): NPP


Pleno: NPT Longo prazo: NPT
Indicações

• Intestino curto;
• Fístula enteral de alto débito;
• Obstrução intestinal/íleo prolongado;
• Paciente desnutrido, incapaz de receber dieta enteral, que será submetido a cirurgia de trato
gastrointestinal;
• Pancreatite aguda grave que não tolera dieta enteral por dor ou distensão intestinal importante;
• Paciente crítico que não consegue ser alimentado por via oral ou enteral;
• Desnutrição calórico-proteica.
Complicações

• Metabólicas;
• Relacionadas ao cateter venoso central;
• Gastrointestinais.
Soluções de NP disponíveis no HUCAM
Nutrição Parenteral Volume (ml) Kcal PTN (g) CHO (g) LIP (g) mOsml/L

Periférica Olimel N4E 1000 700 25,3 75 30 760

Olimel N9E 1000 1070 56,9 110 40 1310


Central
Smofkabiven 1477 1600 75 187 56 1300

ATENÇÃO:
- Equipe médica deve realizar a prescrição SOMENTE no AGHU;
- Bolsa de dieta não deve ser diluída;
- SEMPRE prescrever tempo ou velocidade de infusão
- Dieta parenteral somente é administrada em Bomba de Infusão. SEMPRE colocar essa informação na
prescrição
Em caso de inconsistência a equipe de farmácia e/ou enfermagem deve solicitar a adequação da prescrição
antes da dispensação e/ou administração.
NP no HUCAM
Outros itens da prescrição TN Parenteral

Oligoelementos Polivitaminas
Diariamente Diariamente

Vitamina K Controle Glicêmico


Semanalmente Inicialmente a cada 6 horas,
até estabilidade clínica
Outros itens da prescrição TN Parenteral

Tempo de
Medicamento Via Diluição Observação
Infusão
SG 5% Pode ser diluído no mesmo
Oligoelementos EV 1 hora
100 a 250 ml frasco que a Multivitaminas
Multivitaminas SG 5% Pode ser diluído no mesmo
EV 1 hora
(Cerne 12®) 100 a 250 ml frasco que o Oligoelementos

Fitomenadiona / Fazer uma vez por semana.


Vitamina K IM - - Informar na prescrição o dia da
(Kanakion®) semana que será administrado.

Observação: Iniciar na 1ª prescrição de NP


NP no HUCAM
Em casos especiais, principalmente devido a Triglicerídios elevados, a equipe médica poderá realizar prescrição da
NP de forma particular:

- Administrar a bolsa completa em alguns dias da semana, geralmente 1x semana.

- Nos demais dias, não romper o compartimento dos lipídios, administrando o restante da bolsa homogeneizada.

- A orientação deverá estar prescrita no AGHU, no campo observação, de forma clara para as equipes, evitando
erros de processo.
Exemplos da Prescrição Médica
Vias de Acesso
Acesso Venoso Central: Pacientes com restrição de volume ou quando há estimativa
de NP prolongada;
Acesso Venoso Periférico: respeitar osmolaridade de até 900 mOsm/L;
Cuidados de Enfermagem
Cateter venoso periférico:

• Administrar somente se osmolaridade menor que 900 mOsmol/L;

• Cateter deve estar em veia calibrosa, localizada em braço ou antebraço;

• Via de administração exclusiva para NP;

• Avaliar local da punção periodicamente para sinais de extravasamento e flebite;

• Manter padronização de fixação (filme transparente);


Cuidados de Enfermagem
Cateter venoso central:

• Administrar preferencialmente a NP em acesso venoso central;

• Pode ser administrado através de CVC de curta permanência, semi-implantável, implantável ou cateter
central de inserção periférica (PICC);

• CVC monolúmen ou cateter port-a-cath deve ser utilizado exclusivamente para NP;

• CVC duplo ou triplo lúmem utilizar uma via exclusiva para NP (Preferencialmente a Distal);

• Realizar curativo do CVC conforme rotina.


Compete ao enfermeiro

• Orientar o paciente, a família ou o responsável legal, quanto à utilização e controle da TN;

• Prescrever os cuidados de enfermagem na TN;

• A instalação da NP (Portaria 272/98, parágrafo 5.6.1).


Instalação da NP

• Receber a solução parenteral da farmácia e assegurar a sua conservação até a completa administração;

• A bolsa deverá ser mantida em sua embalagem plástica (sobrebolsa) até o momento da manipulação;

• Antes de abrir a sobrebolsa, se presente, verificar a coloração do indicador do oxigênio;


Instalação da NP

✓ Compare com a coloração de referência impressa


do lado do símbolo OK!

✓ Não utilize se a coloração não corresponder a


referência!

✓ Notifique no Vigihosp e devolva a farmácia!


Instalação da NP

• Higienizar as mãos antes e após o manuseio da NP;


• Utilizar luvas, máscara cirúrgica e técnica asséptica para proceder à
instalação da NP;
• Conferir a integridade da embalagem, homogeneidade da solução,
presença de partículas, precipitações, alterações da cor antes da instalação
e infusão;
• Não adicionar nenhuma substância a bolsa de NP.
Instalação da NP

Conferir:
- Prescrição médica;
- Bolsa de NP enviada pela farmácia;
- Dados do paciente;
- Velocidade de infusão;
- Via de acesso.
Em caso de inconsistência informar a farmácia e/ou equipe médica antes de
instalar a NP.
Instalação da NP

• Confeccionar o rótulo da NP com nome do paciente, volume total de infusão, data e hora, gotejamento de
acordo com prescrição e nome do profissional que instalou;

• Romper e homogeneizar os compartimentos da bolsa sem danificá-la;

• Inserir o equipo de forma asséptica e preenche-lo pela solução parenteral;

• O equipo e os extensores (multivias, conexões) devem ser trocado juntamente com a bolsa de NP a cada 24
horas;

• NP deve ser infundida em Bomba de infusão de forma contínua em 24 horas, controlando o volume
infundido.

• É vetado à equipe de enfermagem, a compensação do volume no caso de atraso ou infusão rápida.


Instalação da NP
Infusão da NP
• Retirar bolsa/equipo de NP anterior;

• Realizar desinfecção da conexão do acesso com álcool a 70%;

• Manter a cadeia asséptica, injetar 20ml de soro fisiológico com técnica de turbilhonamento;

• Manter a cadeia asséptica, conectar novo sistema bolsa/equipo de NP;

• Programar Bomba de Infusão conforme Prescrição Médica;

• Realizar a checagem na prescrição médica e anotar em folha de balanço hídrico o volume infundido da bolsa
anterior;

• Realizar glicemia capilar a cada 6 horas, conforme prescrição médica;


Infusão da NP

• Evitar desconexão e interrupções da infusão da NP, pois a abertura do sistema de infusão


aumenta o risco de contaminação da solução e de colonização do cateter;

• Manter a infusão de NP durante procedimentos de cirurgia, exames, banho, transporte e outros.


Suspendê-la somente por ordem médica;

• Se necessário interromper o uso da NP instalar soro glicosado a 10% na mesma velocidade de


infusão.

• Caso haja necessidade de pausa na NP, a equipe médica deverá ser informada para tomada de
decisão quanto ao reajuste do volume a ser infundido.
Eventos Adversos

• Anotar em prontuário intercorrências relacionadas a infusão da NP e comunicar


equipe médica;
• Na ocorrência de eventos adversos comunicar equipe médica e EMTN;
• Em casos de suspeita de infecção da Bolsa de NP:
- Interromper a Bolsa;
- Instalar SG 10% na mesma vazão da NP;
- Coletar Cultura da Bolsa NP;
- Coletar Hemocultura do Paciente.

• Notificar em VIGIHOSP eventos adversos, problemas técnicos e administrativos


relacionados a NP.
EMTN/HUCAM
Titulares:
• Karoline Calfa Pitanga – Médica – Coordenadora
• Anna Rachel Ribeiro Cabral de Rezende – Assistente Administrativo - Secretária
• Glenda B. Petarli – Nutricionista
• Gileila de Jesus Lopes- Nutricionista
• Rikeller Ronchi - Farmacêutica
• Dora Borellis Ornelas – Enfermeira
• Julia Tona Barreto Darowisch – Enfermeira
• Rozy Tozetty Lima – Fisioterapeuta
• Ivanete Rocha dos Santos – Fonoaudióloga
Suplentes:
• Jansen Giesen Falcão – Médico
• Rafael Araújo Guedes de Moraes – Nutricionista
• Patrícia Sthel Caiado Ventorim – Nutricionista
• Mirela Aguiar Ferreira – Farmacêutica
• Nathália Diniz Brusque Marinho – Enfermeira
• Diane Holz – Enfermeira
• Jonaina Fiorim Pereira de Oliveira – Fisioterapeuta
• Letícia Macedo Penna – Fonoaudióloga
Referências

• CARUSO, L.; SOUSA, A. B. (Org.). Manual da equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) do Hospital
Universitário da Universidade de São Paulo - HU/USP. São Paulo: Hospital Universitário da Universidade de São
Paulo, 2014. 132p. http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/46775.
• PORTARIA N° 272/MS/SNVS, DE 8 DE ABRIL DE 1998. Regulamento Técnico para a Terapia De Nutrição
Parenteral. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs1/1998/prt0272_08_04_1998.html.
• SOUZA, Thais Vilela; FERREIRA, Georlúcya Kátia da Silva. Cuidados de enfermagem na nutrição parenteral.
Comissão de Suporte Nutricional. HC-UFG/EBSERH.
• Zago, Luana. Nutrição parenteral: fluxo, instalação e manutenção.
http://www.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Nutri%C3%A7%C3%A3o+parenteral-
fluxo,+instala%C3%A7%C3%A3o+e+manuten%C3%A7%C3%A3o.pdf/9cffda60-31ba-4499-8cf8-4c0a2f3f3450.
• POP/DENF/059/2019. Administração de nutrição parenteral total (NPT). Hucam.

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