Fundações e Obras Enterradas - 80-ES-028A-11-8010 Rev2

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VALEC "Desenvolvimento Sustentável do Brasil"

Engenharia,
Construções e
Ferrovias S.A. VALEC Qualidade Total

Nº VALEC Fl.
Título:
80-ES-028A-11-8010 01/01
ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO DE INFRAESTRUTURA
Nº PROJETISTA Rev.
FUNDAÇÕES E OBRAS ENTERRADAS
2
Indicar neste quadro em que revisão está cada folha
Fl. 0 1 2 3 4 Fl. 0 1 2 3 4 Fl. 0 1 2 3 4 Fl. 0 1 2 3 4
1 x x 26 x 51 76
2 x 27 x 52 77
3 x 28 53 78
4 x 29 54 79
5 x 30 55 80
6 x 31 56 81
7 x 32 57 82
8 x 33 58 83
9 x 34 59 84
10 x 35 60 85
11 x 36 61 86
12 x 37 62 87
13 x 38 63 88
14 x 39 64 89
15 x 40 65 90
16 x 41 66 91
17 x 42 67 92
18 x 43 68 93
19 x 44 69 94
20 x 45 70 95
21 x 46 71 96
22 x 47 72 97
23 x 48 73 98
24 x x 49 74 99
25 x 50 75 100
ELABORADO POR APROVAÇÃO
Rev. Data TE Descrição da revisão
Nome Rubrica Nome Rubrica
0 01/03/2010 B JORGE MESQUITA EMISSÃO INICIAL

1 30/8/2010 Márcio S dos Santos B item 2 e item 9


2 24/7/2012 Rodrigo P.Einstoss REVISÃO GERAL

Tipo de emissão (T.E.) Distribuição Palavra-chave


(A) PRELIMINAR (E) P/ CONSTRUÇÃO
(B) P/ APROVAÇÃO (F) CONFORME COMPRADO
(C) P/ CONHECIMENTO (G) CONFORME CONSTRUÍDO
(D) P/ COTAÇÃO (H) CANCELADO
ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO
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1. OBJETIVO

A presente especificação define os critérios básicos e detalha as diferentes condições de


execução de Fundações e Obras Enterradas, em obras de arte da infraestrutura de vias férreas.
São também aqui apresentados os requisitos concernentes a materiais, controle da qualidade,
manejo ambiental, critérios de medição e forma de pagamento dos serviços executados.

2. DISPOSIÇÕES NORMATIVAS

Esta especificação tem como fundamentação técnica as disposições da norma NBR 6122 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, assim como aquelas do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, aplicáveis ao caso, além de critérios julgados
cabíveis pela VALEC, os quais prevalecerão sobre os demais.

3. CONSIDERAÇÕES DE CARÁTER GERAL

a) Como as obras aqui tratadas são, em sua maioria, em concreto armado, devem ser
observadas, também, as determinações da especificação da VALEC de nº 80-ES-028A-11-
8007, para estrutura de concreto armado.

b) Os materiais mencionados nesta especificação devem ser analisados de acordo com a norma
técnica correspondente em vigor, em laboratório certificado. A VALEC, ao seu exclusivo
critério, pode solicitar, sem qualquer ônus, ensaios e testes adicionais.

c) Detalhes característicos devem ser definidos no projeto e prevalecem sempre, em caso de


conflito, em relação às determinações da presente especificação.

4. CARACTERIZAÇÃO DO SUBSOLO

Apesar de as investigações geotécnicas, previamente executadas, caracterizarem o subsolo na


região da obra, pode haver ocorrências localizadas de solos com natureza ou comportamento
diferentes daqueles detectados anteriormente. Nesse caso, a contratada deve alertar a
fiscalização para que sejam determinadas pela VALEC as modificações e adaptações no projeto
que se façam necessárias.

5. ESCAVAÇÃO, ESCORAMENTO, ESGOTAMENTO E REATERRO

a) Os serviços de escavação, escoramento, esgotamento e reaterro devem ser executados de


acordo com as disposições da presente especificação.

b) Os materiais decorrentes das escavações são classificados de acordo com as seguintes


definições:

l - material de 1ª categoria - compreendem solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos


rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 15 cm, qualquer que seja o teor de
umidade que apresente, com SPT menor ou igual a 35.
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ll- material de 2ª categoria - compreende aquele com resistência ao desmonte inferior a da


rocha sã, cuja extração se processe com o emprego de rompedor pneumático ou ripper e
com SPT compreendido entre 35 e 50 e recuperação de, até, 50%.

lll- material de 3ª categoria - compreende aquele com resistência ao desmonte equivalente ao


da rocha sã, com SPT maior que 50.

6. FUNDAÇÃO EM SUPERFÍCIE

a) Entende-se por fundação em superfície, aquela em que as pressões são transmitidas ao solo
pela base, a pequena profundidade, sendo desprezível a parcela correspondente à
transmissão pelo atrito lateral.

b) A locação desta fundação é feita de maneira a garantir a obediência a todos os elementos


contidos no projeto.

c) No caso de fundações contíguas, assentes em cotas diferentes, deve ser obedecido o item
6.3.3 da NBR 6122, da ABNT.

d) No que diz respeito à concretagem, devem ser observadas as recomendações das


especificações para obras de concreto armado da VALEC, de n° 80-ES-028A-11-8007.

e) Após a desforma e antes de se reaterrarem as cavas, todas as superfícies da fundação que


permaneçam enterradas devem ser pintadas com tinta de base asfáltica.

7. FUNDAÇÃO EM PROFUNDIDADE

a) Entende-se por fundação em profundidade o elemento de fundação que transmite a carga ao


terreno pela base (resistência de ponta), por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por
uma combinação dessas duas maneiras e, ainda, que sua ponta ou base esteja assente em
profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta e, no mínimo, a 3,0m,
salvo justificativa.

b) Neste tipo de fundação incluem-se as estacas e os tubulões.

7.1 Estaca

7.1.1 Definição

Elemento de fundação profunda executado inteiramente por equipamento ou ferramentas, sem


que, em qualquer fase de sua execução, haja descida de operário ao seu interior. Os materiais
empregados podem ser: madeira, aço, concreto pré-moldado, concreto moldado in situ ou misto.

7.1.2 Procedimentos

a) As cargas atuantes, bem como o tipo de estaca a ser empregado em cada caso, devem ser
definidas pelo projeto.
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b) Antes do início das escavações, devem ser procedidas verificações de locação e prumo do
sistema de escavação, bem como executada a cravação, no solo da fundação, de
revestimento com comprimento aproximado de 3m, com a finalidade de manter estável a
parte superior do terreno, se houver a presença de água e lama.

c) As estacas são cravadas até a profundidade de nega, atendendo às características das


sondagens, de forma a suportarem as cargas atuantes. Não são permitidas estacas com
comprimento menor que 3m.

d) Eventualmente, para se atravessar camadas de terrenos mais resistentes, podem ser


necessárias operações de escavação (estaca escavada), de forma a se atingir a profundidade
necessária.

e) A estaca deve ter um comprimento tal que, tanto quanto possível, sejam evitadas soldas ou
emendas.

f) Havendo soldas ou emendas, estas devem ter a mesma resistência que a estaca e serão
executadas sem perturbação da parte já cravada.

g) Quando da cravação de estacas vizinhas, sobretudo à distância inferior a 6 vezes o diâmetro


da estaca, particularmente no caso das estacas moldadas in loco, ou, ainda, no caso de
ocorrer levantamento, deve-se evitar a possível danificação de estacas recém cravadas
próximas, usando-se pré-furos e cravando-se as estacas do centro para a periferia ou de um
bordo para o outro do grupo de estacas.

h) No caso de ocorrência de água ou solos agressivos, devem ser adotadas medidas especiais
de proteção do material da estaca.

i) No caso de levantamento da estaca, esta deve ser recravada, seja ela de madeira, aço ou
pré-moldada. Se a estaca for moldada no local e armada com revestimento recuperável, a sua
execução requer que todas as demais situadas num círculo de raio igual a 5 vezes o seu
diâmetro, tenham sido concretadas há, pelo menos, 24 horas. Estaca deste tipo, na qual for
constatado levantamento, só deve ser aceita após análise da justificativa do caso ocorrido.

j) Se a estaca tiver base alongada, o fuste deve ser ancorado à base pela armação.

l) Quando da execução de escavação, devem ser tomadas precauções para evitar que sejam
afetadas construções vizinhas à mesma (estacas, blocos, cintas etc.) devido à instabilidade de
taludes dessa escavação.

k) Quando da execução de fundação ou infraestrutura em área muito concentrada, constituída de


terreno muito mole, é aconselhável a substituição preliminar da camada superficial pertinente,
por solo selecionado e compactado, de forma a impedir deslocamentos laterais das estacas
por ocasião de escavações futuras.

7.1.3 Estaca Tipo Broca


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a) Para perfuração desta estaca, é empregado trado mecânico ou manual, conforme a


profundidade a ser alcançada e o diâmetro da perfuração.

b) Após a perfuração alcançar a resistência e profundidade desejadas, o furo deve ser


cuidadosamente limpo, com a retirada de todo o material solto pela escavação.

c) A execução, lançamento e adensamento do concreto devem atender às especificações


pertinentes.

d) Antes de completar a concretagem, a armadura da estaca deve ser posicionada


concentricamente ao furo e, da mesma forma e em seguida, o restante da própria estaca.

7.1.4 Estaca Moldada in loco

a) Essa estaca é armada e moldada no solo por meio de tubo de aço ou outro equipamento
adequado, com o bulbo de alargamento, quando existir, executado da própria massa de
concreto da estaca, devendo atender às seguintes condições:

I. ser executada na sua posição definitiva, obedecendo às prescrições do projeto, onde


estarão indicadas a características do concreto e carga a suportar;

II. antes de iniciar a operação, a contratada deve submeter à aprovação da VALEC os


métodos, equipamentos e materiais que irá utilizar na execução da estaca;

III. o concreto empregado deve ter a resistência especificada no projeto;

IV. a armadura deste tipo de estaca deve estar centralizada em relação à própria estaca
e com um recobrimento de concreto de, no mínimo, 3cm; isto pode ser obtido colocando-
se anéis perfurados, obtidos por mistura de cimento e areia, com largura anelar igual ao
recobrimento desejado, fixados ao longo das barras externas da armadura;

V. a estaca deve ser concretada acima da cota de arrasamento indicada no projeto em um


comprimento equivalente a, pelo menos, o seu diâmetro;

VI. a estaca deve atingir solo resistente e o seu comprimento é indicado, em cada caso, no
projeto; cabe, entretanto, à contratada, determinar o comprimento final da estaca,
submetendo esta definição à aprovação da VALEC

VII. o concreto usado deve ter dosagem adequada para que, durante a suspensão do tubo de
revestimento, não se desenvolva atrito excessivo e conseqüente “arqueamento” entre o
concreto e o tubo, o que provocaria o seccionamento do fuste;

VIII. para facilitar a retirada do tubo de revestimento, a ponta do mesmo pode ser dotada de
coroa externa;

IX. não é permitido o uso de lubrificante entre a face externa do tubo e o terreno;

X. a moldagem é feita sempre em tubo previamente cravado;


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XI. o diâmetro mínimo deste tipo de estaca é de 25cm;

XII. a tolerância admissível para o desvio do centro da cabeça da estaca em relação à sua
locação, é de, no máximo, de 10% do diâmetro da própria estaca;

XIII. a estaca sujeita a esforços horizontais deve ser dotada de armadura e dispositivos
adequados para absorver tais esforços.

7.1.5 Estaca Pré-Moldada

A estaca pré-moldada em concreto armado, a ser cravada no solo, deve atender às seguintes
condições:

a) ser dotada de armadura para resistir aos esforços de transporte, manuseio e cravação, além
do trabalho normal a que estará sujeita, inclusive esforços horizontais;

b) ter o seu dimensionamento feito de acordo com a NBR 6118;

c) ter espaçamento mínimo na ferragem da armadura de 2,5cm;

d) ter recobrimento mínimo da armadura da estaca de 3,0cm;

e) ter proteção adequada para resistência aos choques durante a cravação;

f) o concreto a ser usado apresentar um teor mínimo de cimento de 400 kg/m³ de concreto;

g) o concreto ser adensado por vibração e submetido a cura;

h) ter a cravação executada por bate-estacas equipado com martelo especial apropriado;

i) durante a cravação, a base superior da estaca deve ser protegida por um cabeçote de aço;

j) tolerância admissível para o desvio do centro da cabeça da estaca em relação à locação, de


10% do diâmetro da estaca;

7.1.6 Estaca Metálica

Os critérios de utilização, disposições construtivas e outros procedimentos que regem o


fornecimento e cravação de estaca metálica, devem ser os preconizados pela NBR 6122 -
Projeto e Execução de Fundações.

7.1.6.1 Tolerância de Execução quanto à Excentricidade

a) Em estaca metálica isolada não travada - no caso de estaca isolada não travada em duas
direções aproximadamente ortogonais, tolera-se um desvio entre o eixo da estaca e
ponto de aplicação da resultante das solicitações de 10% do diâmetro da circunferência
da seção transversal da estaca.
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b) Em estaca metálica isolada travada – neste tipo de estaca é tolerado um desvio de 5 cm entre
o seu eixo e a locação prevista em projeto;

c) Em conjunto de estacas metálicas alinhadas - na direção do alinhamento das estacas, tolera-


se um desvio de 5cm entre o eixo da estaca e a locação prevista em projeto; na direção
perpendicular ao alinhamento é obedecido o disposto no item a, acima.

d) Em conjunto de estacas metálicas não alinhadas ou sob bloco de coroamento – neste caso,
tolera-se, para cada estaca, um desvio de 5 cm entre o eixo desta e a locação prevista em
projeto. Deve-se observar que a liberação para prosseguimento dos serviços, em qualquer
dos casos acima, só é possível após análise pela fiscalização do posicionamento real do
estaqueamento.

7.1.6.2 Emendas e Reparos de Cabeça de Estaca

a) A estaca metálica pode ser emendada por solda ou talas aparafusadas. Quanto à resistência
das emendas, esta deve ter, por si só, resistência igual à da seção da estaca para todas as
solicitações a que estiverem sujeitas.

b) No caso de emenda por soldagem, a solda deve satisfazer às prescrições das normas da
ABNT pertinentes.

c) O topo da estaca deve ser cortado no trecho que for danificado durante a cravação ou no
excesso em relação à cota de arrasamento, recompondo-se, quando necessário, o trecho de
estaca até essa cota.

7.1.7 Disposições para Execução de Estaca Cravada

a) Quando as estacas são executadas em grupo, devem-se considerar os efeitos dessa


execução sobre o solo, ou seja, seus levantamento e deslocamento lateral. Alguns tipos de
solo, particularmente os aterros e as areias fofas, são compactados pela cravação de estacas
e a seqüência de execução dessas estacas em grupo, deve evitar a formação de um bloco de
solo compactado, capaz de impedir a execução das demais estacas.

b) Sempre que o terreno não for conhecido para o executor, deve ser feita uma verificação dos
fenômenos acima citados. Para tanto, será feito o controle por procedimento topográfico
adequado, segundo a vertical e duas direções horizontais, do deslocamento do topo de uma
estaca à medida que as vizinhas são cravadas;

c) Havendo necessidade de atravessar camadas resistentes, pode-se recorrer à perfuração,


quando em solos argilosos ou arenosos ou à lançagem, em caso de solo somente arenoso,
tendo-se o cuidado de não descalçar as estacas já executadas. Em qualquer caso, a
seqüência de execução deve ser do centro do grupo para a periferia ou de um bordo em
direção ao outro do grupo;

d) caso seja constatado o levantamento de alguma estaca, esta deve ser recravada;

e) a paralisação da cravação da estaca se dá quando obtida a nega fornecida pelo projetista.


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7.1.7.1 Controle de Estaqueamento em Estacas Cravadas

Este controle deve ser feito anotando-se, no mínimo, os seguintes elementos:

• tipo de estaca
• características do equipamento de cravação
• comprimento real da estaca abaixo do arrasamento
• suplemento utilizado - tipo e comprimento
• desaprumo e desvio da locação
• negas no final da cravação e, na recravação, quando houver
• deslocamento e levantamento de estaca por efeito de cravação de estacas vizinhas
• anormalidades de execução.

7.1.8 Disposições para Execução de Estaca Escavada

7.1.8.1 Equipamento para Perfuração

a) Mesa Rotativa

Deve ser dimensionado para os diâmetros indicados no projeto, possuindo o torque necessário
para levar a escavação até a cota exigida, sendo desejável possuir acionamento auxiliar vertical
por meio de pistões hidráulicos.

ESQUEMA DO EQUIPAMENTO
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b) Haste, Caçamba (Bucket), Trado (Auger)

I. Deve ser utilizada, preferencialmente, haste tipo Kelly, de acionamento telescópico, com
comprimento necessário para atingir as cotas de fundação.

II. A caçamba fechada, tipo Bucket, deve ter o diâmetro correspondente às exigências do
projeto.

III. São permitidos alargadores até, no máximo, 20cm acima do diâmetro nominal da
caçamba.

IV. O equipamento para execução de estaca de grande diâmetro, bem como aquele para a
infraestrutura de apoio a este serviço, devem estar em bom estado de conservação e
funcionamento.

V. Deve ser prevista oficina no local para manutenção preventiva e corretiva deste
equipamento.

EXEMPLO DE CAÇAMBA (Bucket)


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EXEMPLO DE TRADO (Auger)

c) Guindaste

l - Os guindastes devem ter capacidade suficiente para elevação do conjunto haste caçamba
+ solo e possuir a necessária rapidez de descida do conjunto durante os trabalhos de
escavação, possuindo guincho duplo com embreagem reforçada.

ll - Devem estar montados sobre esteiras, com largura que permita uma distribuição da sua
carga sobre o solo não superior a 1,5 kgf/cm² (0,15 MPA).

lll - O seu comando deve ser, preferencialmente, hidráulico.

7.1.8.2 Controle da Profundidade Atingida

Após a limpeza do fundo, devem ser efetuadas medições da profundidade atingida pela estaca
por meio de cabo de aço aferido ou instrumento equivalente. As medições são feitas em pelo
menos 3 pontos, respectivamente, no centro da estaca e em dois pontos diametralmente
opostos, sendo consideradas aceitáveis diferenças entre medidas de, aproximadamente, 5cm,
devido a irregularidades provocadas pela ferramenta de ataque.
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7.1.8.3 Armadura

a) A armadura da estaca deve obedecer, rigorosamente, ao estabelecido em projeto.


Adicionalmente, a armadura deve possuir em sua estrutura alças de içamento, alças para
travamento do revestimento, anéis de enrijecimento e roletes espaçadores.

b) Para assegurar o recobrimento adequado da armadura são utilizados roletes espaçadores.


Estes roletes devem ser executados com argamassa de cimento e devem apresentar a
mesma resistência do concreto da estaca.

c) As emendas na armadura devem ser efetuadas por transpasse, com utilização de clips.

d) A armadura deve ser isenta de quaisquer impurezas ou elementos corrosivos que possam
afetar a integridade da mesma e prejudicar a qualidade do concreto da estaca.

e) Caso a armadura permaneça no furo por mais de 12h sem que a concretagem seja efetuada,
deve ser retirada para limpeza, livrando-a de lama ou gel, existente.

7.1.8.4 Equipamento para Concretagem

a) Central de concreto, dimensionada em função da produtividade dos equipamentos de


perfuração, nunca tendo produção inferior a 25 m³/h.

b) Caminhões betoneira e bombas de lançamento de concreto, em número suficiente para que


não haja interrupção maior do que 30 minutos na concretagem.

c) Tubulação com funil para lançamento de concreto (Tremonha)

d) O equipamento para a concretagem deve possuir as seguintes características:

I. ter diâmetro interno maior que 8 vezes o diâmetro máximo do agregado graúdo;

II. os módulos que compõem a tremonha devem ser acoplados por meio de rosca; deve-
se atentar para a garantia de sua estanqueidade, bem como impedir perda de agregado
durante o processo de concretagem;

III. dispor, na extremidade superior, de funil para lançamento de concreto que, por sua
vez, deve ter adaptação para ser operado por guindaste;

IV. possuir tubos com eficiência para lançar concreto numa área de, até, 4 m²;

V. usar, para obturador, bola de borracha, chapa metálica perdida, bucha de papel ou
outro elemento que possa isolar o concreto da lama, proporcionando uma perfeita
estanqueidade.
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7.1.8.5 Características do Concreto

A dosagem do concreto para concretagem submersa deve observar a seguinte prescrição:

• slump test 20 + 2 cm;


• atendimento às tensões características de projeto;
• cimento e agregados devem ser compatíveis com a agressividade do meio envolvente;
• consumo mínimo de cimento de 400 kg por m³ de concreto;
• diâmetro máximo do agregado igual a 1/8 do diâmetro do tubo de lançamento;
• a critério da VALEC pode ser utilizado retardador de pega para um máximo de 3h.

7.1.8.6 Concretagem

Liberada a escavação para o início da operação de concretagem, os seguintes aspectos devem


ser considerados:

a) no início da concretagem, a extremidade do tubo tremonha não deve tocar o fundo da estaca,
permanecendo a cerca de 30 cm do mesmo;

b) como o processo de concretagem é do tipo submerso, deve-se controlar a imersão do tubo, a


qual deverá ser proporcional à altura de lançamento, não devendo, entretanto, ser inferior a
3m, de modo a impedir a incorporação da lama à massa do concreto;

c) durante a concretagem deve ser verificada a subida do concreto dentro do furo, a fim de se
certificar de que todos os vazios estão sendo preenchidos; devem ser traçadas curvas de
concretagem, comparando-as com o volume teórico; é normal que exista um acréscimo sobre
o volume teórico, em função das características do solo perfurado;

d) havendo interrupção no lançamento do concreto, o reinício da operação de concretagem deve


se der no prazo máximo de 30 minutos;

e) a concretagem reinicia-se com a tremonha seca, observando-se se a mesma está imersa no


concreto anteriormente lançado (mínimo de 3 m), a fim de garantir continuidade da coluna de
concreto;

f) especial atenção deve ser dada no sentido de se evitar formação de juntas frias;

g) caso a interrupção promova a formação de junta fria, no reinício da concretagem são


colocados tubos de PVC conforme mostrado na figura a seguir, de modo a permitir posterior
obturação da superfície entre os dois concretos; neste caso, a VALEC deve ser consultada;
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h) estes tubos servem para injeção de água sob pressão para limpeza da superfície da junta e,
posteriormente, para lançar argamassa de cimento e areia, de modo a preencher os vazios;
as instruções para o reparo devem ser necessariamente, fornecidas pela VALEC, após
analisar cada caso específico;

i) a critério da VALEC, pode ser utilizado outro procedimento no tratamento das juntas frias,
desde que exista a devida comprovação da eficiência do outro método;

j) a concretagem deve prosseguir até, no mínimo, 1m acima da cota de arrasamento prevista em


projeto

7.1.9 Controle de Execução do Estaqueamento

a) Em cada estaqueamento, deve-se tirar o diagrama de cravação em, pelo menos, 10% das
estacas, devendo, de preferência, serem aí incluídas as estacas mais próximas aos furos de
sondagem.

b) Sempre que houver dúvidas sobre uma estaca, a VALEC pode exigir comprovação de seu
comportamento e capacidade de carga.

c) Se essa comprovação for julgada insuficiente e dependendo da natureza da dúvida, a estaca


deve ser substituída ou seu comportamento comprovado por uma prova de carga.

7.1.10 Testes Estáticos e Dinâmicos

7.1.10.1 Prova de Carga Estática


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I. Ficará a cargo da VALEC a indicação da necessidade de ser efetuada prova de carga


estática em estacas.

II. Os procedimentos para execução deste tipo de prova devem seguir as


recomendações da NBR-12131 da ABNT.

III. Nestes casos a amostra a ser testada, segundo a NBR-6122 da ABNT, corresponderá
a 1% (um por cento) das estacas executadas. Caso este percentual represente um
número fracionário de estacas, deverão ser colocadas à prova uma quantidade inteira
imediatamente superior

IV. A prova de carga é feita em estaca pertencente à fundação. Em casos especiais,


pode ser efetuada em estaca executada especialmente para tal fim, desde que ela esteja
o mais próximo possível da fundação a ser testada e que, na sua execução, sejam
utilizados materiais e método executivo idênticos àqueles das demais estacas da mesma
fundação.

V. A VALEC pode, a seu critério e em caso de dúvida, exigir que seja efetuada prova
de carga em determinada estaca e, caso o resultado não seja satisfatório, o programa de
provas deve ser reestudado de modo a permitir o reexame da carga admissível, do
processo executivo e, até, do tipo de fundação utilizados.

VI. Se uma estaca da fundação romper durante a prova sob uma carga inferior ou igual a
uma vez e meia a carga admissível para ela, esta estaca deverá ser substituída, sem
ônus para a VALEC, por outra ou outras, de modo a satisfazer às condições de
estabilidade da fundação.

7.1.10.2 Ensaio Dinâmico

l - O ensaio de carregamento dinâmico é realizado segundo as prescrições da NBR 13208 da


ABNT.

ll - Para o caso de estaca moldada in loco, o ensaio dinâmico deve ser efetuado em todos os
apoios, conforme preconizado a seguir:

• estacas de pequeno diâmetro, com grande quantidade por bloco – em blocos de apoio
intermediário de pontes em balanço sucessivo, são ensaiadas as 2 (duas) estacas
situadas nos vértices do bloco diametralmente opostos; em blocos de encontros ou
intermediários de pontes em vigas pré-moldadas, é ensaiada uma estaca em cada bloco
e que esteja situada em um dos vértices do bloco;

• estacas de grande diâmetro, com pequena quantidade por bloco – em blocos dos apoios
intermediários de pontes em balanço sucessivo, é ensaiada apenas uma estaca em um
dos vértices do bloco; em blocos de encontro ou intermediários, de pontes em vigas pré-
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moldadas, uma estaca em cada dois blocos e que esteja situada em um dos vértices do
bloco; neste caso, e em qualquer das situações apresentadas, é sempre ensaiada uma
estaca por bloco, no caso de escavação somente em solo e uma a cada dois blocos, no
caso de estacas que possuam pino na rocha.

7.1.11 Critérios para Aceitação da Estaca Acabada

7.1.11.1 Excentricidade

a) Para excentricidade na direção normal no plano das estacas é tolerado um desvio de 10% do
diâmetro da estaca.

b) Casos adicionais devem ser analisados de modo particular.

7.1.11.2 Comprimento

Admite-se uma tolerância 1% do comprimento da estaca como desvio de inclinação.

7.2 Tubulão

7.2.1 Definição

Tubulão é um elemento de fundação profunda, escavado no terreno, em que pelo menos na sua
etapa final há descida de operário no seu interior. A descida do operário se faz necessária para
executar o alargamento da base ou, pelo menos, a limpeza do fundo da escavação, uma vez que
neste tipo de fundação as cargas são transmitidas essencialmente pela ponta da estaca a um
substrato de maior resistência.

7.2.2 Execução

Para execução dos tubulões devem ser observadas as normas NBR 6118, NBR 6122 e NBR
7678 da ABNT.

a) O tubulão pode ser escavado a céu aberto ou sob ar comprimido (pneumático) e ter ou não
base alargada. Pode ser executado com ou sem revestimento, podendo este ser de aço ou de
concreto. No caso de revestimento de aço, chamado camisa metálica, a mesma poderá ser
perdida ou recuperada após a cura do concreto.

b) Quando em concreto armado ou em concreto simples, revestido ou não, o tubulão é sempre


executado de acordo com as indicações do projeto.

c) Quanto ao modo de execução, o tubulão pode ser escavado manual ou mecanicamente,


podendo-se usar, eventualmente, ar comprimido para manter estáveis as paredes da
escavação.

7.2.2.1 Tubulão não Revestido


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a) Este tipo de tubulão é executado com escavação manual ou mecânica, da seguinte maneira:

l - manualmente - a escavação só pode ser executada acima do nível d'água, natural ou


rebaixado ou, em casos especiais em que seja possível bombear a água sem que haja
risco de desmoronamento ou perturbação no terreno da fundação, abaixo deste nível; pode
ser dotado de base alargada tronco-cônica;

ll - mecanicamente - a escavação é executada com equipamento adequado, podendo, neste


caso, quando em seco, ter a base alargada aberta manual ou mecanicamente;

b) A concretagem deste tipo de tubulão é feita de acordo com a alternativa de escavação


adotada, como a seguir descrit:

I. em escavação seca - o concreto é simplesmente lançado da superfície, através de


tromba (funil) com comprimento adequado para evitar a sua segregação;

II. em escavação com água ou lama - utiliza-se o processo de concretagem submersa, com
o concreto lançado através de tremonha, caçamba ou outro meio de eficiência
comprovada; neste caso, deve-se observar o lançamento do concreto em velocidade tal a
evitar a "lavagem" do concreto lançado pela água do subsolo.

7.2.2.2 Tubulão Revestido

a) Em função das condições de estabilidade do terreno onde será assentado o tubulão, deverá
ser utilizado revestimento com camisa de concreto ou de aço.

b) Neste tipo de tubulão, consideram-se as seguintes possibilidades de execução:

l - tubulão com revestimento em concreto armado

• neste caso, a camisa é concretada sobre a superfície do terreno ou em uma escavação


preliminar de dimensões adequadas, por trechos de comprimento convenientemente
dimensionado e introduzida no terreno através de escavação interna à mesma, depois que
o concreto esteja com resistência adequada à operação; depois de arriado um elemento,
concreta-se sobre ele o elemento seguinte, e assim por diante, até se atingir o
comprimento final previsto;

• caso, durante essas operações, seja atingido o lençol d'água do terreno, será adaptado ao
tubulão equipamento pneumático que permita a execução a seco dos trabalhos, sob
pressão conveniente de ar comprimido;

• atingida a cota prevista para implantação da camisa, procede-se, se for o caso, à operação
de abertura da base alargada;

• durante essa operação, a camisa deve ser escorada de modo a evitar a sua descida;
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• em obras dentro d'água (rios, lagos etc.), a camisa pode ser concretada no próprio local,
sobre estrutura provisória, e descida até o terreno com auxílio de equipamento apropriado;
pode, também, ser concretada em terra e transportada, posteriormente, para o local de
implantação;

• em casos especiais, principalmente em obras em que se passa diretamente da água para


rocha, as camisas já podem ser executadas com alargamento, de modo a facilitar a
execução da base alargada;

• terminado o alargamento, concreta-se a base e o núcleo do tubulão, sendo que,


dependendo do projeto, a concretagem do núcleo pode ser parcial.

ll - tubulão com revestimento em camisa de aço

• a camisa de aço é utilizada, do mesmo modo que a camisa em concreto, para manter
aberto o furo e garantir a integridade do fuste do tubulão;

• ela pode ser introduzida no terreno por cravação com bate-estacas ou através
de equipamento especial; a escavação interna, manual ou mecânica, pode ser feita à
medida que estiver havendo a penetração do tubo ou de uma só vez, quando
completada a cravação do mesmo;

• quando previsto, pode-se executar um alargamento na sua base, sendo o


tubulão concretado em seguida; este alargamento pode ser executado manual ou
mecanicamente, sob ar comprimido ou não;

• no caso de uso de ar comprimido, a camisa deve ser ancorada ou receber


contrapeso de modo a evitar sua subida;

• a camisa metálica, no caso de não ter sido considerada no dimensionamento


estrutural do tubulão, pode ser recuperada à medida que for sendo efetuada a
concretagem ou, posteriormente; esta alternativa, quando possível, deve ser
especificada no projeto.

b) Quanto à concretagem de tubulão revestido, admitem-se as seguintes variantes:

I. tubulão seco - o concreto é simplesmente lançado da superfície, através de tromba (funil)


com comprimento adequado para evitar segregação do concreto;

II. escavação com água ou lama - neste caso, utiliza-se processo de concretagem
submersa, com o concreto lançado através de tremonha, caçamba ou por outro meio de
eficiência comprovada; a velocidade de lançamento do concreto deve ser definida de
modo a se evitar a "lavagem", pela água do subsolo, do concreto lançado;

III. tubulão com ar comprimido – neste caso, o concreto é lançado sob ar comprimido,
no mínimo até uma altura justificadamente capaz de resistir à subpressão hidrostática.
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7.2.3 Tolerâncias na Execução

a) Quanto à excentricidade, tolera-se um desvio de 10% do diâmetro do fuste do tubulão e que


não seja superior a 10 cm, desde que a verificação de estabilidade esteja em conformidade
com os coeficientes de segurança das normas em vigor; neste caso, a contratada deve
apresentar a verificação de estabilidade para aprovação da VALEC.

b) Quanto ao desaprumo, este não pode ultrapassar a 1%.

c) Quanto à ovalização da camisa metálica, é admitida variação do seu diâmetro em, até, +10%.

d) Se qualquer das tolerâncias acima for ultrapassada, nenhuma medida corretiva pode ser
adotada sem que seja aprovada pela V ALEC.

7.2.4 Disposições Construtivas

7.2.4.1 Equipamento para assentamento de camisa metálica

a) A camisa de revestimento, quando metálica, pode ser cravada por equipamento de percussão
(bate-estacas), vibração ou ainda por equipamento que imprima ao tubo um movimento de vai
e vem simultâneo a uma força exercida sobre ele de cima para baixo.

b) Qualquer um desses equipamentos deve ser dimensionado de modo a possibilitar a cravação


do tubo até a profundidade prevista sem deformá-lo longitudinal ou transversalmente.

c) Em tubulão com camisa de aço que atinja grande profundidade, abaixo do lençol d'água,
devem ser utilizadas técnicas especiais na escavação, como, por exemplo, a utilização de
lama bentonítica ou mesmo água no seu interior, de modo a que seja evitada a ruptura do
fundo.

7.2.4.2 Trabalhos sob ar comprimido

a) No caso de uso de ar comprimido em qualquer etapa da execução do tubulão, devem-se


observar, rigorosamente, os tempos de compressão e descompressão prescritos pela
legislação em vigor para o pessoal que trabalhar no seu interior.

b) Só se admitem trabalhos sob pressão superior a 1,5 Kgf/cm² quando as seguintes


providências forem tomadas:

I. existir equipe permanente de socorro médico à disposição;

II. existir câmara de recompressão equipada, disponível na obra;

III. existir, disponíveis na obra, compressor e reservatório de ar comprimido de


reserva;

IV. existir renovação de ar garantida, sendo o ar injetado em condições satisfatórias


para o trabalho humano.
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c) Tratando-se de tubulão com camisa metálica, a campânula deve ser ancorada ou


lastreada de modo a evitar sua subida devido à pressão aplicada.

d) O lastramento é obtido através de pesos adequados colocados sobre a campânula e a


ancoragem, por algum meio eficiente de fixação da campânula à camisa.

e) Tratando-se de camisa de concreto armado, a mesma deve ser escorada, interna ou


externamente, durante os trabalhos de alargamento de base, para evitar sua descida.

f) Nenhum tubulão de camisa de concreto pode ser colocado sob pressão enquanto o
concreto não tiver atingido a resistência especificada no projeto.

g) Deve-se evitar o trabalho com excesso de pressão que possa ocasionar


“desconfinamento” do tubulão e perda de sua resistência de atrito. Por esta razão, é
desaconselhável eliminar,

h) Através de pressão, a água eventualmente acumulada no fundo do tubulão, devendo a


mesma ser retirada através da campânula.

7.2.4.3 Alargamento da Base

Quando as características do solo indicar que o alargamento da base do tubulão é problemático,


deve-se prever o uso de injeções ou de aplicações superficiais de argamassa de cimento, lama
betonítica ou, então, o escoramento da parede alargada, para evitar desmoronamento da base.

7.2.4.4 Limpeza Interna da Camisa

Antes da concretagem, deve-se limpar internamente a camisa, seja ela metálica ou de concreto,
manualmente ou através da circulação de água, a fim de garantir a aderência do concreto do
núcleo ao revestimento, assim como a limpeza do fundo da escavação.

7.2.4.5 Armadura do Núcleo e Armação de Ligação do Fuste à Base.

a) A armadura do núcleo do tubulão deve ser montada de maneira que seja suficientemente
rígida para que não aconteçam deformações durante o seu manuseio ou durante a
concretagem.

b) A armadura de ligação do fuste à base deve ser executada de modo a garantir concretagem
satisfatória da base alargada.

7.2.4.6 Tempo de Execução

a) Deve-se procurar fazer com que, entre o término da execução do alargamento da base e sua
concretagem, decorra o mínimo de tempo possível.

b) De qualquer modo, sempre que a concretagem não for feita imediatamente após o término do
alargamento e a inspeção do mesmo, nova inspeção deve ser feita por ocasião da
concretagem, limpando-se, cuidadosamente, o fundo da base e removendo-se a camada
eventualmente amolecida pela sua exposição ao tempo ou por águas de infiltração.
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7.2.4.7 Programação dos Trabalhos

a) Quando previstas cotas variáveis de assentamento entre tubulões próximos, a execução deve
ser iniciada pelo tubulão mais profundo, passando-se, a seguir, para o imediatamente mais
raso e, assim, sucessivamente.

b) Deve-se sempre evitar o trabalho simultâneo em bases alargadas em tubulões adjacentes.

c) A observações citadas em a e b, acima, são válidas, tanto para a escavação, quanto para a
concretagem.

7.2.5 Controle de Execução

a) Deve ser confeccionado um boletim de execução de tubulões, anotando-se nele, entre


outros, os seguintes elementos, para cada tubulão, conforme o tipo:

• cota de arrasamento
• dimensões reais da base alargada
• material utilizado na contenção e escoramento
• equipamento usado nas várias etapas
• deslocamento e desaprumo
• consumo de material durante a concretagem (comparação com o volume previsto)
• qualidade dos materiais
• anormalidades de execução e providências tomadas

b) A contratada solicitará à fiscalização a liberação para execução dos seguintes serviços:

• alargamento da base
• armação da base
• concretagem da base
• concretagem do fuste

7.2.6 Prova de Carga

a) Sempre que houver dúvida sobre um tubulão, a VALEC pode exigir a comprovação satisfatória
de seu comportamento.

b) Se essa comprovação for julgada insuficiente, e dependendo da natureza da dúvida, o tubulão


deve ser substituído ou seu comportamento comprovado por prova de carga.

c) Caso sejam feitos testes no tubulão, estes deverão obedecer às recomendações feitas nas
normas da ABNT pertinentes.

7.3 Bloco de Coroamento


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Para execução do bloco de coroamento, aplicam-se todas as determinações citadas no item 5


desta especificação para fundações de superfície. Além disso, deve ser dada especial atenção
ao preparo das "cabeças" de tubulões, desbastando-se o excesso de concreto com ponteiro ou
martelete leve com pequena inclinação em relação à horizontal, repondo-se, quando necessário,
o trecho até a cota de arrasamento com concreto de igual quantidade ao da estaca ou do
tubulão. Os detalhes de ligação entre estacas ou tubulões e blocos de coroamento indicados no
projeto devem ser seguidos à risca.

7.4 Emprego de Lama Bentonítica

7.4.1 Controle das Características da Lama Bentonítica

a) As características da lama devem ser controladas nas seguintes etapas:

l - na central de fabricação de lama, antes da sua efetiva aplicação;

ll - durante as escavações, no desenrolar das atividades que compõem o serviço, ao término


das escavações, na troca da lama, e durante e após a concretagem;

b) Além dos controles descritos acima, a lama deve ser ensaiada nos seguintes casos:

l - no reservatório de lama, após a ocorrência de chuvas que possam afetar a proporção da


lama, ou quando, após longa exposição ao sol, houver suspeitas de modificações nas suas
características;

ll- durante as etapas de execução da escavação ou concretagem, toda vez que houver
suspeita de desbarramento, chuvas ou outros eventos que possam contribuir para
modificação da composição da lama bentonítica;

c) A lama deverá obedecer aos seguintes parâmetros, estipulados pela NBR 6122, da ABNT:

DISPOSITIVO
PARÂMETRO VALORES
PARA
Peso específico 1,025 a 1,10 g/m³ Densímetro

Viscosidade 30 a 90 Funil “Marsh”

PH da água 7 a 11’ Papel de PH

Espessura do cake 1,0 a 2,0 mm “Filter Press”

até 3% “Baroid send content”


Teor de Areia
ou similar
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ESQUEMA GRÁFICO DA FORMAÇÃO DE CAKE

7.4.2 Equipamento para Preparo da Lama Bentonítica

a) A Central de reparo de lama é constituída de:

• Misturador de bentonita
• Reservatório para distribuição
• Reservatório para decantação
• Peneiras vibratórias
• Desarenadores (hidrociclone)
• Bombas de recalque
• Sistema para agitação da bentonita armazenada
• Sistema air lift ou equivalente
• Laboratório para controle da lama, com material necessário para realização dos ensaios
necessários.
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LAY-OUT DA INSTALAÇÃO PARA LAMA BENTONÍTICA

7.4.3 Procedimentos

a) A lama bentonítica deve permanecer em repouso por, no mínimo, 24 h após sua confecção e
ser sempre agitada antes de ser usada.

b) Utilização do Auger sob a lama bentonítica só é indicado para ultrapassagem de zonas de alta
resistência.

c) A perfuração pode ser feita a seco ou com o uso de água até se atingir o lençol freático,caso
as paredes do furo se apresentem estáveis. A partir do lençol freático, para equilibrar o
gradiente hidráulico, a escavação prosseguirá utilizando-se lama bentonítica. Cabe observar
que o nível da lama dentro do furo deve, obrigatoriamente, ser mantido acima do nível freático
em, no mínimo, 2 vezes o diâmetro da estaca.

d) Na eventualidade de a lama bentonítica ser insuficiente para a contenção das paredes, deve
ser previsto o encamisamento do trecho instável.

e) Limpeza do Fundo da Escavação

l) Deve ser efetuada a limpeza no fundo da escavação, caso a análise da lama bentonítica
coletada neste fundo indicar "teor de areia" fora dos limites prescritos no item 6.4.1c, desta
especificação.
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ll) Esta amostra deve ser coletada através de um dispositivo especial conforme croqui abaixo:

lll) De posse da amostra coletada, procede-se a novos ensaios para determinação da


viscosidade e do teor de areia da lama bentonítica.

lV) Para essa limpeza, pode ser também utilizado o sistema air lift ou outro processo de
sucção apropriado que não provoque perturbação na parede da escavação, mantida
estável pela ação da bentonita.

7.4.4 Preparação para Concretagem

Antes do início da operação de concretagem da estaca, devem ser efetuadas as atividades


descritas a seguir.

a) Ensaios da Lama Bentonítica

São executados novos ensaios para determinação da viscosidade, do teor de areia e densidade
da lama bentonítica. Caso seja verificada a existência de deposição de materiais em excesso no
fundo da escavação, nova limpeza deve ser executada.

b) Controle de Profundidade

Novas medidas para controle de profundidade devem ser procedidas. Essas medições devem
ser executadas nos mesmos pontos medidos anteriormente.

c) Se o intervalo entre a operação de colocação da armadura e o início da concretagem for maior


que 1h, necessariamente devem ser exigidos os ensaios pertinentes para a lama do fundo
da escavação. Caso os ensaios não se enquadrem dentro dos parâmetros estabelecidos no
item 6.4.1c desta especificação, obrigatoriamente deve ser providenciada a troca da lama,
com remoção do depósito do fundo.
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d) Quando qualquer motivo conduzir ao retardamento do início da concretagem por tempo


superior à 1h após a colocação da armadura, cuidado especial deve ser tomado, com ensaio
da lama a cada 1/2h.

e) Se sinais evidentes indicarem a possibilidade de desabamento, deve ser removida a armadura


e providenciada nova limpeza do fundo, devendo-se, em casos extremos, reaterrar o furo para
posterior reescavação. Neste caso, a VALEC deve ser consultada.

7.4.5 Serviços Complementares (Corte do Topo)

a) O topo da estaca apresenta normalmente concreto não satisfatório (borra): esse concreto
deve ser removido até que se atinja material adequado, ainda que abaixo da cota de
arrasamento. Neste caso, procede-se à reconcretagem do trecho da estaca que foi cortado
abaixo dessa cota.

b) A remoção da borra deve ser executada, obrigatoriamente, com corte no sentido de baixo
para cima ou no máximo com as ferramentas na posição horizontal, ou seja: em nenhuma
hipótese pode haver corte de cima para baixo.

8. MANEJO AMBIENTAL

a) Durante a execução da obra, devem ser preservadas as condições ambientais, com a


exigência, entre outros, dos seguintes procedimentos:

l - o desmatamento e destocamento devem obedecer rigorosamente os limites estabelecidos


no projeto, sendo evitados acréscimos desnecessários, com a precaução de não expor os
solos e taludes naturais à erosão;

ll - na operação de limpeza, a camada vegetal deve ser estocada, sempre que possível, para
o futuro uso da recomposição vegetal do talude;

lll - não é permitida a queima do material removido;

lV- todo o material excedente de escavação ou sobras, devem ser removidos das
proximidades da obra, devendo ser transportado para local pré-definido em conjunto com
a fiscalização, sendo vedado seu lançamento na faixa de domínio, nas áreas lindeiras, no
leito de rios e em quaisquer outros locais onde possam causar prejuízos ambientais;

V- a área afetada pelas operações de construção deve ser recuperada mediante a limpeza
do canteiro de obras, devendo ainda ser efetuada sua recomposição ambiental;

Vl- o tráfego de máquinas e funcionários deve ser disciplinado de forma a evitar a abertura
indiscriminada de caminhos e acessos, pois acarretaria desmatamento desnecessário;

Vll - durante o desenvolvimento da obra deve ser evitado o tráfego desnecessário de veículos
e equipamentos por terrenos naturais de modo a evitar a sua desfiguração.
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b) Além destas, devem ser observadas, no que couberem, as disposições da série Norma
Ambiental VALEC (NAVA) e a Política de Meio Ambiente da VALEC, nas suas edições mais
recentes.

9. CRITÉRIO DE MEDIÇÃO

O serviço é aceito e, assim, passível de medição, desde que atenda, simultaneamente, às


exigências de materiais e de execução estabelecidas nesta especificação sendo medido da
forma a seguir descrita, para cada ripo de fundação, considerando sempre, na medição, as
dimensões, quantidades e condições do projeto.

9.1 Sapata

• Escavação em material de 1ª, 2ª ou 3ª categoria, em m³;


• Concreto simples de regularização sob a sapata ou concreto estrutural, em m³
• Armadura de aço, em kg;
• Formas, em m²;

9.2 Estaca Metálica

A cravação da estaca metálica é medida por kg de estaca compreendida entre as cotas de ponta
e arrasamento, considerado como arrasamento a cota de topo definida no projeto.

9.3 Tubulão

• Escavação a céu aberto ou a ar comprimido, de acordo com o nível d’água, em material de


1ª, 2ª ou 3ª categoria, para fuste e base alargada, em m³, até a cota de assentamento do
fundo da base alargada especificada no projeto, devendo o material encontrado ser
classificado pela fiscalização;

• Corpo do tubulão, medido em metros, estando nele inclusos a camisa, em concreto ou


metálico, o concreto de preenchimento do fuste e as formas e serviços necessários para o
molde da camisa em concreto e concretagem do fuste;

• Armadura de aço para a camisa em concreto e para a ligação fuste-base alargada, em kg,
de acordo com o estipulado em projeto;

• Concreto de enchimento da base alargada, em m³, calculado de acordo com as medidas


de projeto.

9.4 Estaca Raiz

A execução das estacas raiz é medida em metro de furo, de acordo com as dimensões
especificadas em projeto e já contabiliza a perfuração/escavação, a armadura e o concreto de
preenchimento.

9.5 Estaca Escavada de Grande Diâmetro


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9.5.1 Estaca executada em terreno natural ou sob lâmina d’água inferior a 4 metros, com
utilização de ensecadeira.

a) Na parte da estaca em material de 1ª e/ou 2ª categoria

• Estaca efetivamente executada, em metros, já estando computados o concreto de


preenchimento do furo e a armadura de aço.

• Fornecimento e cravação da camisa metálica, em metros, medida de acordo com a


especificação do projeto, no caso de impossibilidade do saque da camisa.

b) Na parte da estaca em material de 3ª categoria

• Estaca efetivamente executada, em metros, já estando computados o concreto de


preenchimento do furo e a armadura de aço.

9.5.2 Estaca executada em local com presença de lâmina d’água superior a 4 metros

a) Na parte da estaca em lâmina d’água

• Fornecimento e cravação da camisa metálica, em metros

• Concreto de preenchimento da camisa, em m³

• Armadura de aço, em kg

b) Na parte da estaca em materiais de 1ª e/ou 2ª categoria

• Estaca escavada em material de 1ª e/ou 2ª categoria, em metros, já estando computados


o concreto de preenchimento do furo e a armadura de aço.

• Fornecimento e cravação da camisa metálica, em metros, caso não seja possível a


realização do saque da camisa.

c) Na parte da estaca em material de 3ª categoria

Estaca efetivamente executada, em metros, já estando computados o concreto de


preenchimento do furo e a armadura de aço.

9.5.3 Fixação da camisa metálica

É medida por unidade de camisa fixada.

9.5.4 Apoio náutico

Quando necessário à execução dos serviços, será medido por mês (ou fração) de utilização.

10. FORMA DE PAGAMENTO


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As fundações são pagas aos preços unitários contratuais, os quais incluem todos os serviços
necessários, fornecimento de material, transporte, perdas, suprimento, mão de obra com
encargos e utilização de equipamentos e ferramentas, medidas como estipulado no item 9,
acima.

10.1 Estaca Metálica

É paga ao preço unitário contratual, estando nele incluídos fornecimento, corte solda, talas,
cravação e emendas, fornecimento de material, transporte, levantamento e posicionamento,
perdas, mão de obra com encargos, utilização de equipamento e demais serviços necessários à
sua execução, inclusive deslocamento do bate estacas.

10.2 Tubulão

a) Escavação

É paga pelo preço unitário contratual, no qual está incluído o fornecimento de material, carga,
descarga, transporte, perdas, utilização de equipamento e ferramentas, mão de obra com
encargos e demais serviços necessários à sua execução.

b) Utilização de Ar Comprimido

Na execução com ar comprimido, o preço unitário inclui, também, a utilização de equipamentos,


materiais e serviços de torre de sustentação da campânula, balsa, ponte provisória, etc...

c) Corpo do Tubulão

l - É pago pelo preço unitário contratual, onde está incluídos o fornecimento de todo o
material, como forma, concreto de enchimento do fuste e da camisa em concreto ou a
camisa metálica, se for o caso, com todo o material e serviços, inclusive solda, os
andaimes, escoramento, corte e remoção da camisa excedente acima da cota de projeto,
utilização de equipamentos e ferramentas, outras perdas, mão de obra com encargos e
todos os demais serviços necessários à execução da obra, exceto o aço da armadura.

ll - A remoção da parte de camisa excedente só deverá ser feita após autorização da


VALEC.

d) Concreto para a Base Alargada

É pago pelo preço unitário contratual, nele incluídos o fornecimento e o transporte do material,
utilização de equipamento e ferramentas, preparo transporte, lançamento, adensamento, cura,
perdas, mão de obra com encargos e outros serviços necessários à sua execução.

e) Armadura

É paga pelo preço unitário contratual, nele incluídos o fornecimento e transporte do material,
ensaios de caracterização, arames, grampos, tarugos, ferros de montagem, corte, dobra,
colocação, emendas, perdas, utilização de equipamentos e ferramentas, transporte, mão de obra
com encargos e demais serviços necessários.
ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO
ENGENHARIA, CONSTRUÇÕES E FERROVIAS S.A.
DE INFRAESTRUTURA
FOLHA REV.
FUNDAÇÕES E OBRAS ENTERRADAS 80-ES-028A-11-8010 28 / 27 1

10.3 Estaca Escavada de Grande Diâmetro

É paga pelo preço unitário contratual, como medida em 9.5, acima, estando nele incluídos o
fornecimento de material, corte, solda, ensaios de controle de solda, transporte, cravação,
levantamentos e posicionamento, corte e remoção da camisa excedente acima da cota de
projeto, outras perdas, utilização de equipamento, mão de obra com encargos e demais serviços
necessários à sua execução, sendo ainda pagas:

a) a camisa utilizada na parte em água, quando com altura de lâmina d’água maior que 4 m.

b) camisa utilizada em material de 1ª e 2ª categorias, quando impossibilitada de ser sacada.

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