Fundações e Obras Enterradas - 80-ES-028A-11-8010 Rev2
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Engenharia,
Construções e
Ferrovias S.A. VALEC Qualidade Total
Nº VALEC Fl.
Título:
80-ES-028A-11-8010 01/01
ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO DE INFRAESTRUTURA
Nº PROJETISTA Rev.
FUNDAÇÕES E OBRAS ENTERRADAS
2
Indicar neste quadro em que revisão está cada folha
Fl. 0 1 2 3 4 Fl. 0 1 2 3 4 Fl. 0 1 2 3 4 Fl. 0 1 2 3 4
1 x x 26 x 51 76
2 x 27 x 52 77
3 x 28 53 78
4 x 29 54 79
5 x 30 55 80
6 x 31 56 81
7 x 32 57 82
8 x 33 58 83
9 x 34 59 84
10 x 35 60 85
11 x 36 61 86
12 x 37 62 87
13 x 38 63 88
14 x 39 64 89
15 x 40 65 90
16 x 41 66 91
17 x 42 67 92
18 x 43 68 93
19 x 44 69 94
20 x 45 70 95
21 x 46 71 96
22 x 47 72 97
23 x 48 73 98
24 x x 49 74 99
25 x 50 75 100
ELABORADO POR APROVAÇÃO
Rev. Data TE Descrição da revisão
Nome Rubrica Nome Rubrica
0 01/03/2010 B JORGE MESQUITA EMISSÃO INICIAL
1. OBJETIVO
2. DISPOSIÇÕES NORMATIVAS
Esta especificação tem como fundamentação técnica as disposições da norma NBR 6122 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, assim como aquelas do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, aplicáveis ao caso, além de critérios julgados
cabíveis pela VALEC, os quais prevalecerão sobre os demais.
a) Como as obras aqui tratadas são, em sua maioria, em concreto armado, devem ser
observadas, também, as determinações da especificação da VALEC de nº 80-ES-028A-11-
8007, para estrutura de concreto armado.
b) Os materiais mencionados nesta especificação devem ser analisados de acordo com a norma
técnica correspondente em vigor, em laboratório certificado. A VALEC, ao seu exclusivo
critério, pode solicitar, sem qualquer ônus, ensaios e testes adicionais.
4. CARACTERIZAÇÃO DO SUBSOLO
6. FUNDAÇÃO EM SUPERFÍCIE
a) Entende-se por fundação em superfície, aquela em que as pressões são transmitidas ao solo
pela base, a pequena profundidade, sendo desprezível a parcela correspondente à
transmissão pelo atrito lateral.
c) No caso de fundações contíguas, assentes em cotas diferentes, deve ser obedecido o item
6.3.3 da NBR 6122, da ABNT.
7. FUNDAÇÃO EM PROFUNDIDADE
7.1 Estaca
7.1.1 Definição
7.1.2 Procedimentos
a) As cargas atuantes, bem como o tipo de estaca a ser empregado em cada caso, devem ser
definidas pelo projeto.
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b) Antes do início das escavações, devem ser procedidas verificações de locação e prumo do
sistema de escavação, bem como executada a cravação, no solo da fundação, de
revestimento com comprimento aproximado de 3m, com a finalidade de manter estável a
parte superior do terreno, se houver a presença de água e lama.
e) A estaca deve ter um comprimento tal que, tanto quanto possível, sejam evitadas soldas ou
emendas.
f) Havendo soldas ou emendas, estas devem ter a mesma resistência que a estaca e serão
executadas sem perturbação da parte já cravada.
h) No caso de ocorrência de água ou solos agressivos, devem ser adotadas medidas especiais
de proteção do material da estaca.
i) No caso de levantamento da estaca, esta deve ser recravada, seja ela de madeira, aço ou
pré-moldada. Se a estaca for moldada no local e armada com revestimento recuperável, a sua
execução requer que todas as demais situadas num círculo de raio igual a 5 vezes o seu
diâmetro, tenham sido concretadas há, pelo menos, 24 horas. Estaca deste tipo, na qual for
constatado levantamento, só deve ser aceita após análise da justificativa do caso ocorrido.
j) Se a estaca tiver base alongada, o fuste deve ser ancorado à base pela armação.
l) Quando da execução de escavação, devem ser tomadas precauções para evitar que sejam
afetadas construções vizinhas à mesma (estacas, blocos, cintas etc.) devido à instabilidade de
taludes dessa escavação.
a) Essa estaca é armada e moldada no solo por meio de tubo de aço ou outro equipamento
adequado, com o bulbo de alargamento, quando existir, executado da própria massa de
concreto da estaca, devendo atender às seguintes condições:
IV. a armadura deste tipo de estaca deve estar centralizada em relação à própria estaca
e com um recobrimento de concreto de, no mínimo, 3cm; isto pode ser obtido colocando-
se anéis perfurados, obtidos por mistura de cimento e areia, com largura anelar igual ao
recobrimento desejado, fixados ao longo das barras externas da armadura;
VI. a estaca deve atingir solo resistente e o seu comprimento é indicado, em cada caso, no
projeto; cabe, entretanto, à contratada, determinar o comprimento final da estaca,
submetendo esta definição à aprovação da VALEC
VII. o concreto usado deve ter dosagem adequada para que, durante a suspensão do tubo de
revestimento, não se desenvolva atrito excessivo e conseqüente “arqueamento” entre o
concreto e o tubo, o que provocaria o seccionamento do fuste;
VIII. para facilitar a retirada do tubo de revestimento, a ponta do mesmo pode ser dotada de
coroa externa;
IX. não é permitido o uso de lubrificante entre a face externa do tubo e o terreno;
XII. a tolerância admissível para o desvio do centro da cabeça da estaca em relação à sua
locação, é de, no máximo, de 10% do diâmetro da própria estaca;
XIII. a estaca sujeita a esforços horizontais deve ser dotada de armadura e dispositivos
adequados para absorver tais esforços.
A estaca pré-moldada em concreto armado, a ser cravada no solo, deve atender às seguintes
condições:
a) ser dotada de armadura para resistir aos esforços de transporte, manuseio e cravação, além
do trabalho normal a que estará sujeita, inclusive esforços horizontais;
f) o concreto a ser usado apresentar um teor mínimo de cimento de 400 kg/m³ de concreto;
h) ter a cravação executada por bate-estacas equipado com martelo especial apropriado;
i) durante a cravação, a base superior da estaca deve ser protegida por um cabeçote de aço;
a) Em estaca metálica isolada não travada - no caso de estaca isolada não travada em duas
direções aproximadamente ortogonais, tolera-se um desvio entre o eixo da estaca e
ponto de aplicação da resultante das solicitações de 10% do diâmetro da circunferência
da seção transversal da estaca.
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b) Em estaca metálica isolada travada – neste tipo de estaca é tolerado um desvio de 5 cm entre
o seu eixo e a locação prevista em projeto;
d) Em conjunto de estacas metálicas não alinhadas ou sob bloco de coroamento – neste caso,
tolera-se, para cada estaca, um desvio de 5 cm entre o eixo desta e a locação prevista em
projeto. Deve-se observar que a liberação para prosseguimento dos serviços, em qualquer
dos casos acima, só é possível após análise pela fiscalização do posicionamento real do
estaqueamento.
a) A estaca metálica pode ser emendada por solda ou talas aparafusadas. Quanto à resistência
das emendas, esta deve ter, por si só, resistência igual à da seção da estaca para todas as
solicitações a que estiverem sujeitas.
b) No caso de emenda por soldagem, a solda deve satisfazer às prescrições das normas da
ABNT pertinentes.
c) O topo da estaca deve ser cortado no trecho que for danificado durante a cravação ou no
excesso em relação à cota de arrasamento, recompondo-se, quando necessário, o trecho de
estaca até essa cota.
b) Sempre que o terreno não for conhecido para o executor, deve ser feita uma verificação dos
fenômenos acima citados. Para tanto, será feito o controle por procedimento topográfico
adequado, segundo a vertical e duas direções horizontais, do deslocamento do topo de uma
estaca à medida que as vizinhas são cravadas;
d) caso seja constatado o levantamento de alguma estaca, esta deve ser recravada;
• tipo de estaca
• características do equipamento de cravação
• comprimento real da estaca abaixo do arrasamento
• suplemento utilizado - tipo e comprimento
• desaprumo e desvio da locação
• negas no final da cravação e, na recravação, quando houver
• deslocamento e levantamento de estaca por efeito de cravação de estacas vizinhas
• anormalidades de execução.
a) Mesa Rotativa
Deve ser dimensionado para os diâmetros indicados no projeto, possuindo o torque necessário
para levar a escavação até a cota exigida, sendo desejável possuir acionamento auxiliar vertical
por meio de pistões hidráulicos.
ESQUEMA DO EQUIPAMENTO
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I. Deve ser utilizada, preferencialmente, haste tipo Kelly, de acionamento telescópico, com
comprimento necessário para atingir as cotas de fundação.
II. A caçamba fechada, tipo Bucket, deve ter o diâmetro correspondente às exigências do
projeto.
III. São permitidos alargadores até, no máximo, 20cm acima do diâmetro nominal da
caçamba.
IV. O equipamento para execução de estaca de grande diâmetro, bem como aquele para a
infraestrutura de apoio a este serviço, devem estar em bom estado de conservação e
funcionamento.
V. Deve ser prevista oficina no local para manutenção preventiva e corretiva deste
equipamento.
c) Guindaste
l - Os guindastes devem ter capacidade suficiente para elevação do conjunto haste caçamba
+ solo e possuir a necessária rapidez de descida do conjunto durante os trabalhos de
escavação, possuindo guincho duplo com embreagem reforçada.
ll - Devem estar montados sobre esteiras, com largura que permita uma distribuição da sua
carga sobre o solo não superior a 1,5 kgf/cm² (0,15 MPA).
Após a limpeza do fundo, devem ser efetuadas medições da profundidade atingida pela estaca
por meio de cabo de aço aferido ou instrumento equivalente. As medições são feitas em pelo
menos 3 pontos, respectivamente, no centro da estaca e em dois pontos diametralmente
opostos, sendo consideradas aceitáveis diferenças entre medidas de, aproximadamente, 5cm,
devido a irregularidades provocadas pela ferramenta de ataque.
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7.1.8.3 Armadura
c) As emendas na armadura devem ser efetuadas por transpasse, com utilização de clips.
d) A armadura deve ser isenta de quaisquer impurezas ou elementos corrosivos que possam
afetar a integridade da mesma e prejudicar a qualidade do concreto da estaca.
e) Caso a armadura permaneça no furo por mais de 12h sem que a concretagem seja efetuada,
deve ser retirada para limpeza, livrando-a de lama ou gel, existente.
I. ter diâmetro interno maior que 8 vezes o diâmetro máximo do agregado graúdo;
II. os módulos que compõem a tremonha devem ser acoplados por meio de rosca; deve-
se atentar para a garantia de sua estanqueidade, bem como impedir perda de agregado
durante o processo de concretagem;
III. dispor, na extremidade superior, de funil para lançamento de concreto que, por sua
vez, deve ter adaptação para ser operado por guindaste;
IV. possuir tubos com eficiência para lançar concreto numa área de, até, 4 m²;
V. usar, para obturador, bola de borracha, chapa metálica perdida, bucha de papel ou
outro elemento que possa isolar o concreto da lama, proporcionando uma perfeita
estanqueidade.
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7.1.8.6 Concretagem
a) no início da concretagem, a extremidade do tubo tremonha não deve tocar o fundo da estaca,
permanecendo a cerca de 30 cm do mesmo;
c) durante a concretagem deve ser verificada a subida do concreto dentro do furo, a fim de se
certificar de que todos os vazios estão sendo preenchidos; devem ser traçadas curvas de
concretagem, comparando-as com o volume teórico; é normal que exista um acréscimo sobre
o volume teórico, em função das características do solo perfurado;
f) especial atenção deve ser dada no sentido de se evitar formação de juntas frias;
h) estes tubos servem para injeção de água sob pressão para limpeza da superfície da junta e,
posteriormente, para lançar argamassa de cimento e areia, de modo a preencher os vazios;
as instruções para o reparo devem ser necessariamente, fornecidas pela VALEC, após
analisar cada caso específico;
i) a critério da VALEC, pode ser utilizado outro procedimento no tratamento das juntas frias,
desde que exista a devida comprovação da eficiência do outro método;
a) Em cada estaqueamento, deve-se tirar o diagrama de cravação em, pelo menos, 10% das
estacas, devendo, de preferência, serem aí incluídas as estacas mais próximas aos furos de
sondagem.
b) Sempre que houver dúvidas sobre uma estaca, a VALEC pode exigir comprovação de seu
comportamento e capacidade de carga.
III. Nestes casos a amostra a ser testada, segundo a NBR-6122 da ABNT, corresponderá
a 1% (um por cento) das estacas executadas. Caso este percentual represente um
número fracionário de estacas, deverão ser colocadas à prova uma quantidade inteira
imediatamente superior
V. A VALEC pode, a seu critério e em caso de dúvida, exigir que seja efetuada prova
de carga em determinada estaca e, caso o resultado não seja satisfatório, o programa de
provas deve ser reestudado de modo a permitir o reexame da carga admissível, do
processo executivo e, até, do tipo de fundação utilizados.
VI. Se uma estaca da fundação romper durante a prova sob uma carga inferior ou igual a
uma vez e meia a carga admissível para ela, esta estaca deverá ser substituída, sem
ônus para a VALEC, por outra ou outras, de modo a satisfazer às condições de
estabilidade da fundação.
ll - Para o caso de estaca moldada in loco, o ensaio dinâmico deve ser efetuado em todos os
apoios, conforme preconizado a seguir:
• estacas de pequeno diâmetro, com grande quantidade por bloco – em blocos de apoio
intermediário de pontes em balanço sucessivo, são ensaiadas as 2 (duas) estacas
situadas nos vértices do bloco diametralmente opostos; em blocos de encontros ou
intermediários de pontes em vigas pré-moldadas, é ensaiada uma estaca em cada bloco
e que esteja situada em um dos vértices do bloco;
• estacas de grande diâmetro, com pequena quantidade por bloco – em blocos dos apoios
intermediários de pontes em balanço sucessivo, é ensaiada apenas uma estaca em um
dos vértices do bloco; em blocos de encontro ou intermediários, de pontes em vigas pré-
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moldadas, uma estaca em cada dois blocos e que esteja situada em um dos vértices do
bloco; neste caso, e em qualquer das situações apresentadas, é sempre ensaiada uma
estaca por bloco, no caso de escavação somente em solo e uma a cada dois blocos, no
caso de estacas que possuam pino na rocha.
7.1.11.1 Excentricidade
a) Para excentricidade na direção normal no plano das estacas é tolerado um desvio de 10% do
diâmetro da estaca.
7.1.11.2 Comprimento
7.2 Tubulão
7.2.1 Definição
Tubulão é um elemento de fundação profunda, escavado no terreno, em que pelo menos na sua
etapa final há descida de operário no seu interior. A descida do operário se faz necessária para
executar o alargamento da base ou, pelo menos, a limpeza do fundo da escavação, uma vez que
neste tipo de fundação as cargas são transmitidas essencialmente pela ponta da estaca a um
substrato de maior resistência.
7.2.2 Execução
Para execução dos tubulões devem ser observadas as normas NBR 6118, NBR 6122 e NBR
7678 da ABNT.
a) O tubulão pode ser escavado a céu aberto ou sob ar comprimido (pneumático) e ter ou não
base alargada. Pode ser executado com ou sem revestimento, podendo este ser de aço ou de
concreto. No caso de revestimento de aço, chamado camisa metálica, a mesma poderá ser
perdida ou recuperada após a cura do concreto.
a) Este tipo de tubulão é executado com escavação manual ou mecânica, da seguinte maneira:
II. em escavação com água ou lama - utiliza-se o processo de concretagem submersa, com
o concreto lançado através de tremonha, caçamba ou outro meio de eficiência
comprovada; neste caso, deve-se observar o lançamento do concreto em velocidade tal a
evitar a "lavagem" do concreto lançado pela água do subsolo.
a) Em função das condições de estabilidade do terreno onde será assentado o tubulão, deverá
ser utilizado revestimento com camisa de concreto ou de aço.
• caso, durante essas operações, seja atingido o lençol d'água do terreno, será adaptado ao
tubulão equipamento pneumático que permita a execução a seco dos trabalhos, sob
pressão conveniente de ar comprimido;
• atingida a cota prevista para implantação da camisa, procede-se, se for o caso, à operação
de abertura da base alargada;
• durante essa operação, a camisa deve ser escorada de modo a evitar a sua descida;
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• em obras dentro d'água (rios, lagos etc.), a camisa pode ser concretada no próprio local,
sobre estrutura provisória, e descida até o terreno com auxílio de equipamento apropriado;
pode, também, ser concretada em terra e transportada, posteriormente, para o local de
implantação;
• a camisa de aço é utilizada, do mesmo modo que a camisa em concreto, para manter
aberto o furo e garantir a integridade do fuste do tubulão;
• ela pode ser introduzida no terreno por cravação com bate-estacas ou através
de equipamento especial; a escavação interna, manual ou mecânica, pode ser feita à
medida que estiver havendo a penetração do tubo ou de uma só vez, quando
completada a cravação do mesmo;
II. escavação com água ou lama - neste caso, utiliza-se processo de concretagem
submersa, com o concreto lançado através de tremonha, caçamba ou por outro meio de
eficiência comprovada; a velocidade de lançamento do concreto deve ser definida de
modo a se evitar a "lavagem", pela água do subsolo, do concreto lançado;
III. tubulão com ar comprimido – neste caso, o concreto é lançado sob ar comprimido,
no mínimo até uma altura justificadamente capaz de resistir à subpressão hidrostática.
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c) Quanto à ovalização da camisa metálica, é admitida variação do seu diâmetro em, até, +10%.
d) Se qualquer das tolerâncias acima for ultrapassada, nenhuma medida corretiva pode ser
adotada sem que seja aprovada pela V ALEC.
a) A camisa de revestimento, quando metálica, pode ser cravada por equipamento de percussão
(bate-estacas), vibração ou ainda por equipamento que imprima ao tubo um movimento de vai
e vem simultâneo a uma força exercida sobre ele de cima para baixo.
c) Em tubulão com camisa de aço que atinja grande profundidade, abaixo do lençol d'água,
devem ser utilizadas técnicas especiais na escavação, como, por exemplo, a utilização de
lama bentonítica ou mesmo água no seu interior, de modo a que seja evitada a ruptura do
fundo.
f) Nenhum tubulão de camisa de concreto pode ser colocado sob pressão enquanto o
concreto não tiver atingido a resistência especificada no projeto.
Antes da concretagem, deve-se limpar internamente a camisa, seja ela metálica ou de concreto,
manualmente ou através da circulação de água, a fim de garantir a aderência do concreto do
núcleo ao revestimento, assim como a limpeza do fundo da escavação.
a) A armadura do núcleo do tubulão deve ser montada de maneira que seja suficientemente
rígida para que não aconteçam deformações durante o seu manuseio ou durante a
concretagem.
b) A armadura de ligação do fuste à base deve ser executada de modo a garantir concretagem
satisfatória da base alargada.
a) Deve-se procurar fazer com que, entre o término da execução do alargamento da base e sua
concretagem, decorra o mínimo de tempo possível.
b) De qualquer modo, sempre que a concretagem não for feita imediatamente após o término do
alargamento e a inspeção do mesmo, nova inspeção deve ser feita por ocasião da
concretagem, limpando-se, cuidadosamente, o fundo da base e removendo-se a camada
eventualmente amolecida pela sua exposição ao tempo ou por águas de infiltração.
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a) Quando previstas cotas variáveis de assentamento entre tubulões próximos, a execução deve
ser iniciada pelo tubulão mais profundo, passando-se, a seguir, para o imediatamente mais
raso e, assim, sucessivamente.
c) A observações citadas em a e b, acima, são válidas, tanto para a escavação, quanto para a
concretagem.
• cota de arrasamento
• dimensões reais da base alargada
• material utilizado na contenção e escoramento
• equipamento usado nas várias etapas
• deslocamento e desaprumo
• consumo de material durante a concretagem (comparação com o volume previsto)
• qualidade dos materiais
• anormalidades de execução e providências tomadas
• alargamento da base
• armação da base
• concretagem da base
• concretagem do fuste
a) Sempre que houver dúvida sobre um tubulão, a VALEC pode exigir a comprovação satisfatória
de seu comportamento.
c) Caso sejam feitos testes no tubulão, estes deverão obedecer às recomendações feitas nas
normas da ABNT pertinentes.
b) Além dos controles descritos acima, a lama deve ser ensaiada nos seguintes casos:
ll- durante as etapas de execução da escavação ou concretagem, toda vez que houver
suspeita de desbarramento, chuvas ou outros eventos que possam contribuir para
modificação da composição da lama bentonítica;
c) A lama deverá obedecer aos seguintes parâmetros, estipulados pela NBR 6122, da ABNT:
DISPOSITIVO
PARÂMETRO VALORES
PARA
Peso específico 1,025 a 1,10 g/m³ Densímetro
• Misturador de bentonita
• Reservatório para distribuição
• Reservatório para decantação
• Peneiras vibratórias
• Desarenadores (hidrociclone)
• Bombas de recalque
• Sistema para agitação da bentonita armazenada
• Sistema air lift ou equivalente
• Laboratório para controle da lama, com material necessário para realização dos ensaios
necessários.
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7.4.3 Procedimentos
a) A lama bentonítica deve permanecer em repouso por, no mínimo, 24 h após sua confecção e
ser sempre agitada antes de ser usada.
b) Utilização do Auger sob a lama bentonítica só é indicado para ultrapassagem de zonas de alta
resistência.
c) A perfuração pode ser feita a seco ou com o uso de água até se atingir o lençol freático,caso
as paredes do furo se apresentem estáveis. A partir do lençol freático, para equilibrar o
gradiente hidráulico, a escavação prosseguirá utilizando-se lama bentonítica. Cabe observar
que o nível da lama dentro do furo deve, obrigatoriamente, ser mantido acima do nível freático
em, no mínimo, 2 vezes o diâmetro da estaca.
d) Na eventualidade de a lama bentonítica ser insuficiente para a contenção das paredes, deve
ser previsto o encamisamento do trecho instável.
l) Deve ser efetuada a limpeza no fundo da escavação, caso a análise da lama bentonítica
coletada neste fundo indicar "teor de areia" fora dos limites prescritos no item 6.4.1c, desta
especificação.
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ll) Esta amostra deve ser coletada através de um dispositivo especial conforme croqui abaixo:
lV) Para essa limpeza, pode ser também utilizado o sistema air lift ou outro processo de
sucção apropriado que não provoque perturbação na parede da escavação, mantida
estável pela ação da bentonita.
São executados novos ensaios para determinação da viscosidade, do teor de areia e densidade
da lama bentonítica. Caso seja verificada a existência de deposição de materiais em excesso no
fundo da escavação, nova limpeza deve ser executada.
b) Controle de Profundidade
Novas medidas para controle de profundidade devem ser procedidas. Essas medições devem
ser executadas nos mesmos pontos medidos anteriormente.
a) O topo da estaca apresenta normalmente concreto não satisfatório (borra): esse concreto
deve ser removido até que se atinja material adequado, ainda que abaixo da cota de
arrasamento. Neste caso, procede-se à reconcretagem do trecho da estaca que foi cortado
abaixo dessa cota.
b) A remoção da borra deve ser executada, obrigatoriamente, com corte no sentido de baixo
para cima ou no máximo com as ferramentas na posição horizontal, ou seja: em nenhuma
hipótese pode haver corte de cima para baixo.
8. MANEJO AMBIENTAL
ll - na operação de limpeza, a camada vegetal deve ser estocada, sempre que possível, para
o futuro uso da recomposição vegetal do talude;
lV- todo o material excedente de escavação ou sobras, devem ser removidos das
proximidades da obra, devendo ser transportado para local pré-definido em conjunto com
a fiscalização, sendo vedado seu lançamento na faixa de domínio, nas áreas lindeiras, no
leito de rios e em quaisquer outros locais onde possam causar prejuízos ambientais;
V- a área afetada pelas operações de construção deve ser recuperada mediante a limpeza
do canteiro de obras, devendo ainda ser efetuada sua recomposição ambiental;
Vl- o tráfego de máquinas e funcionários deve ser disciplinado de forma a evitar a abertura
indiscriminada de caminhos e acessos, pois acarretaria desmatamento desnecessário;
Vll - durante o desenvolvimento da obra deve ser evitado o tráfego desnecessário de veículos
e equipamentos por terrenos naturais de modo a evitar a sua desfiguração.
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b) Além destas, devem ser observadas, no que couberem, as disposições da série Norma
Ambiental VALEC (NAVA) e a Política de Meio Ambiente da VALEC, nas suas edições mais
recentes.
9. CRITÉRIO DE MEDIÇÃO
9.1 Sapata
A cravação da estaca metálica é medida por kg de estaca compreendida entre as cotas de ponta
e arrasamento, considerado como arrasamento a cota de topo definida no projeto.
9.3 Tubulão
• Armadura de aço para a camisa em concreto e para a ligação fuste-base alargada, em kg,
de acordo com o estipulado em projeto;
A execução das estacas raiz é medida em metro de furo, de acordo com as dimensões
especificadas em projeto e já contabiliza a perfuração/escavação, a armadura e o concreto de
preenchimento.
9.5.1 Estaca executada em terreno natural ou sob lâmina d’água inferior a 4 metros, com
utilização de ensecadeira.
9.5.2 Estaca executada em local com presença de lâmina d’água superior a 4 metros
• Armadura de aço, em kg
Quando necessário à execução dos serviços, será medido por mês (ou fração) de utilização.
As fundações são pagas aos preços unitários contratuais, os quais incluem todos os serviços
necessários, fornecimento de material, transporte, perdas, suprimento, mão de obra com
encargos e utilização de equipamentos e ferramentas, medidas como estipulado no item 9,
acima.
É paga ao preço unitário contratual, estando nele incluídos fornecimento, corte solda, talas,
cravação e emendas, fornecimento de material, transporte, levantamento e posicionamento,
perdas, mão de obra com encargos, utilização de equipamento e demais serviços necessários à
sua execução, inclusive deslocamento do bate estacas.
10.2 Tubulão
a) Escavação
É paga pelo preço unitário contratual, no qual está incluído o fornecimento de material, carga,
descarga, transporte, perdas, utilização de equipamento e ferramentas, mão de obra com
encargos e demais serviços necessários à sua execução.
b) Utilização de Ar Comprimido
c) Corpo do Tubulão
l - É pago pelo preço unitário contratual, onde está incluídos o fornecimento de todo o
material, como forma, concreto de enchimento do fuste e da camisa em concreto ou a
camisa metálica, se for o caso, com todo o material e serviços, inclusive solda, os
andaimes, escoramento, corte e remoção da camisa excedente acima da cota de projeto,
utilização de equipamentos e ferramentas, outras perdas, mão de obra com encargos e
todos os demais serviços necessários à execução da obra, exceto o aço da armadura.
É pago pelo preço unitário contratual, nele incluídos o fornecimento e o transporte do material,
utilização de equipamento e ferramentas, preparo transporte, lançamento, adensamento, cura,
perdas, mão de obra com encargos e outros serviços necessários à sua execução.
e) Armadura
É paga pelo preço unitário contratual, nele incluídos o fornecimento e transporte do material,
ensaios de caracterização, arames, grampos, tarugos, ferros de montagem, corte, dobra,
colocação, emendas, perdas, utilização de equipamentos e ferramentas, transporte, mão de obra
com encargos e demais serviços necessários.
ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO
ENGENHARIA, CONSTRUÇÕES E FERROVIAS S.A.
DE INFRAESTRUTURA
FOLHA REV.
FUNDAÇÕES E OBRAS ENTERRADAS 80-ES-028A-11-8010 28 / 27 1
É paga pelo preço unitário contratual, como medida em 9.5, acima, estando nele incluídos o
fornecimento de material, corte, solda, ensaios de controle de solda, transporte, cravação,
levantamentos e posicionamento, corte e remoção da camisa excedente acima da cota de
projeto, outras perdas, utilização de equipamento, mão de obra com encargos e demais serviços
necessários à sua execução, sendo ainda pagas:
a) a camisa utilizada na parte em água, quando com altura de lâmina d’água maior que 4 m.