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Escola: Escola Professor Jose Bione De Araujo

Alunos: Luiz Fellipe, Lavinya Rakelly, Alice Beatriz, Enrique Gabriel,


Janiele Aline

Data: 07/05/2024

Professor: Adriano

A função dos pronomes

Caruaru-2024
Pronomes

Os pronomes são uma classe gramatical variável que se


subdivide em pessoais retos e oblíquos, de tratamento,
demonstrativos, possessivos, relativos, indefinidos e
interrogativos.

Pronome é uma classe de palavras variável cuja finalidade é


substituir ou determinar (acompanhar) um substantivo. Eles se
classificam em razão dessas funções. Aquele que substitui o
nome é chamado de pronome substantivo, e o que o determina
(acompanha) é o pronome adjetivo. Além disso, são
subclassificados em pessoais do caso reto, pessoais oblíquos
tônicos e átonos, de tratamento, relativos, possessivos,
demonstrativos, indefinidos e interrogativos.

Tipos de pronomes:

Pronomes pessoais

São os pronomes que determinam a flexão de pessoa da oração.

1ª pessoa: o ser que se manifesta (fala) no processo


comunicativo; o enunciador; o locutor; o emissor.

2ª pessoa: o ser que recebe a mensagem e decodifica-a; o


receptor; o interlocutor.

3ª pessoa: o ser sobre o qual se fala no processo comunicativo.

Eles se subdividem em pronomes pessoais do caso reto e em


pronomes oblíquos átonos e tônicos. Veja:
⇒ Caso reto: são os pronomes pessoais que sempre exercem
função de sujeito da oração (nunca exercem função de
complemento). São eles:

1ª pessoa do singular: EU

2ª pessoa do singular: TU

3ª pessoa do singular: ELE/ELA

1ª pessoa do plural: NÓS

2ª pessoa do plural: VÓS

3ª pessoa do plural: ELES/ELAS

Exemplos:

Eu corri durante uma hora.

Tu correste durante uma hora.

Ele correu durante uma hora.

Nos exemplos acima, os pronomes eu, tu e ele exercem a função


sintática de sujeito do verbo correr, o qual deve concordar em
número e pessoa com seus sujeitos.

Assim sendo, construções como “eu vi ele” são equivocadas,


visto que o pronome pessoal reto está sendo usado como objeto
direto do verbo “ver”. Os pronomes retos jamais exercem função
de objeto, sempre de sujeito.

⇒ Oblíquos átonos
Todos os pronomes oblíquos exercem função de complemento,
em especial de objeto direto ou indireto. Diferenciam-se dos
tônicos, pois estes são sempre preposicionados e não se
prendem ao verbo pela colocação pronominal (próclise,
mesóclise e ênclise).

São eles:

1ª pessoa do singular: ME

2ª pessoa do singular: TE

3ª pessoa do singular: SE/O/A/LHE

1ª pessoa do plural: NOS

2ª pessoa do plural: VOS

3ª pessoa do plural: SE/OS/AS/LHES

Exemplos:

“Deram-me o recado.” – O pronome em destaque é objeto


indireto do verbo dar.

“Viram-me no estádio.” – O pronome em destaque é objeto


direto do verbo ver.

-O, -A, -OS, -AS X -LHE, -LHES


Os demais pronomes oblíquos átonos podem exercer função de
objeto direto ou indireto, indiscriminadamente, porém os
pronomes -O, -A e suas variantes só podem exercer função de
objeto direto, enquanto -lhe só pode exercer função de objeto
indireto.

Exemplos:

” Eu a amo.” – O verbo amar é transitivo direto e o pronome a


exerce função de objeto direto.

“Eu lhe falei a verdade.” – O verbo falar é transitivo direto e


indireto. Vale dizer que “a verdade” é objeto direto e que lhe é
objeto indireto.

Seria um erro gramatical grave inverter o uso desses pronomes


em um texto formal.

⇒ Oblíquos tônicos

Assim como os átonos, exercem função de complementos (em


especial, objeto direto e indireto), mas jamais de sujeito.
Possuem posição livre na oração, por isso não se prendem ao
verbo pela colocação pronominal. São eles:

1ª pessoa do singular: MIM

2ª pessoa do singular: TI

3ª pessoa do singular: SI/ELE/ELA

1ª pessoa do plural: NOS


2ª pessoa do plural: VOS

3ª pessoa do plural: SI/ELE/ELA

Veja:

“Gosto dele.”

“Falaram a verdade a mim.”

“Entregaram a encomenda a ti.”

Nos exemplos acima, os pronomes oblíquos tônicos em destaque


exercem função de objeto indireto de seus respectivos verbos e
estão todos preposicionados.

• PARA MIM OU PARA EU?

- Se o pronome exerce a função de sujeito do verbo (no


infinitivo), usa-se “para eu”.

“Trouxe o livro para eu estudar” – O pronome reto eu é sujeito


do infinitivo estudar.

Nesse caso, nada de “Trouxe o livro para mim estudar”, pois mim
é pronome oblíquo, por isso não exerce função de sujeito.

- Se o pronome não exerce função de sujeito (é complemento),


usa-se “para mim”.

“Trouxeram este presente para mim.” – Nesse caso, mim é


preposicionado e exerce função de objeto indireto do verbo
trouxeram.
Pronomes possessivos

Estabelecem relação de posse entre um objeto e uma das três


pessoas do discurso. São eles:

meu(s), minha(s)

teu(s), tua(s)

seu(s), sua(s)

nosso(s), nossa(s)

vosso(s), vossa(s)

seu(s), sua(s)

Pronomes relativos

Os pronomes relativos, ao mesmo tempo, retomam o nome


imediatamente anterior e substituem-no dentro de uma oração
subordinada adjetiva (uma oração que “caracteriza”, “define”,
“particulariza” esse nome).

São exemplos de pronomes relativos: QUE, O QUAL, A QUAL, OS


QUAIS, AS QUAIS; QUEM; ONDE, AONDE, DE ONDE (DONDE);
CUJO(S), CUJA(S); COMO; QUANTO.

Em primeiro lugar, veja a capacidade de retomada e de


substituição desses pronomes:

Pegue os livros que estão sobre a mesa.


A oração em negrito é adjetiva. Observe que ela caracteriza
livros (os livros estão sobre a mesa) e quem retoma e substitui
livros é o pronome relativo que.

A cidade onde Pedro vai ficar no interior de Goiás.

O pronome relativo onde retoma e substitui cidade (Pedro vai à


cidade).

A garota da qual nós falamos mora nesta rua.

O pronome relativo a qual retoma e substitui garota (nós


falamos da garota).

Pronomes demonstrativos

São pronomes que eram originalmente usados para posicionar


espacialmente um objeto em relação às três pessoas do discurso,
principalmente em relação a quem fala e a quem ouve. Também
são usados para a marcação de tempo (passado, presente e
futuro) e para o estabelecimento de referências anafóricas e
catafóricas em um texto.

⇒ Pronomes demonstrativos variáveis

1ª pessoa: este, esta, estes, estas – indicam um objeto sob posse


da 1ª pessoa;

2ª pessoa: esse, essa, esses, essas – indicam um objeto sob posse


da 2ª pessoa;

3ª pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas – indicam um objeto


sob posse de um 3º ou distante da 1º e da 2ª pessoa.
⇒ Pronomes demonstrativos invariáveis

Referem-se a coisas ou objetos de forma indefinida.


Espacialmente, possuem a mesma utilização dos anteriores.

1ª pessoa: isto

2ª pessoa: isso

3ª pessoa: aquilo

Pronomes de tratamento

São pronomes empregados no trato com as pessoas, familiar ou


respeitosamente. Embora o pronome de tratamento dirija-se à
segunda pessoa, toda a concordância deve ser feita com a
terceira pessoa. Assim, usa-se VOSSA quando conversamos com
a pessoa e SUA quando falamos da pessoa.

Veja:

Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas obrigações e não


com as de Sua Excelência, o Governador, que está em viagem.

Observe na tabela a seguir alguns exemplos de pronomes de


tratamento:

Presidente da República

Vossa Excelência
Não se usa:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

Reitor de Universidade

Vossa Magnificência

Não se usa:

Magnífico Reitor,

Papa

Vossa Santidade

Não existe:

Santíssimo Padre,

Juízes

Vossa Excelência

V.Exa.

Senhor Juiz,

Membros da Câmara dos Deputados

Vossa

Excelência

V.Exa.

Senhor Deputado,
Membros do Senado Federal

Vossa

Excelência

V.Exa.

Senhor Senador

Pronomes indefinidos

Referem-se à terceira pessoa do discurso de forma indefinida,


genérica e imprecisa. Podem ou não se flexionarem em gênero e
número.

⇒ Variáveis:

Qualquer/Quaisquer

Qual/Quais

Bastante/Bastantes

Um(ns)/Uma(s)

Pouco(s)/Pouca(s)

Nenhum(ns)/Nenhuma(s)

Outro(s)/Outra(s)

Todo(s)/Toda(s)

Certo(s)/Certa(s)
Muito(s)/Muita(s)

Tanto(s)/Tanta(s)

Algum(ns)/Alguma(s)

Quanto(s)/Quanta(s)

⇒ Invariáveis:

Alguém

Ninguém

Quem

Algo

Tudo

Nada

Cada

Mais

Menos

Demais

Outrem

Pronomes interrogativos
Pronomes interrogativos são aqueles empregados em orações
interrogativas diretas ou indiretas. São eles: que, quem, qual,
quais, quanto, quanta, quantos, quantas.

• Exemplos de orações interrogativas diretas:

“Que horas são?”

“Quem é você?”

“Qual seu nome?”

“Quanto custa o livro?”

• Exemplos de orações interrogativas indiretas:

“Eu perguntei que horas são.”

“Ana quer saber quem é você.”

“O juiz questionou qual seu nome.”

“Pedro indagou quanto custava o livro.”

Que e quem não se flexionam. Já o pronome qual é variável em


número, e o pronome quanto concorda em gênero com o termo
a que se refere.

Pronomes substantivos x pronomes adjetivos

Os pronomes substantivos, ao substituir o substantivo, exercem


a mesma função sintática que este exerceria (núcleo do sujeito,
do objeto direto ou indireto, do complemento nominal etc.).
Veja:

“João passou no vestibular.” (“João” é núcleo do sujeito)

“Ele passou no vestibular.” (ao substituir “João” pelo pronome


reto “ele”, este passa a ser núcleo do sujeito)

“Gosto de João.” (“João” é núcleo do objeto indireto)

“Gosto dele.” (ao substituir “João” pelo pronome oblíquo tônico


“ele”, este passa a ser núcleo do objeto indireto)

Os pronomes adjetivos vêm sempre juntos ao substantivo a que


se referem, por isso sempre exercem função sintática de adjunto
adnominal.

Veja:

“Meus livros sumiram.” (o pronome possessivo “meus” é um


pronome adjetivo e exerce função de adjunto adnominal do
núcleo do sujeito “livros”)

“Assisti a este filme.” (o pronome demonstrativo “este” é um


pronome adjetivo e exerce função de adjunto adnominal do
núcleo do objeto indireto “filme”).

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