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T
Gotine, Abrão Manuel António, 1991-
G684r Resiliência habitacional: fatores associados à
2022 vulnerabilidade a desastres naturais na cidade de Nampula,
Moçambique / Abrão Manuel António Gotine. – Viçosa,
MG, 2022.
1 dissertação eletrônica (91 f.): il. (algumas color.).
Inclui apêndices.
Orientador: Túlio Márcio de Salles Tibúrcio.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de
Viçosa,
Departamento de Arquitetura e Urbanismo, 2022.
Referências bibliográficas: f. 81-84.
DOI: https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.758
Modo de acesso: World Wide Web.
Sou grato ao meu pastor Américo Assane e sua esposa Deolinda Assane pelas
orações e instrução espiritual pela palavra de Deus. Aos meus irmãos em Cristo
Brasileiros que me acolheram como família em Viçosa, em especial ao irmão Emídio
e sua esposa Missionária Rosilda.
(Salmos 37:4-5)
RESUMO
GOTINE, Abrão Manuel António, M.Sc., Universidade Federal de Viçosa julay, 2022.
Housing resilience: Factors associated with vulnerability to natural disasters in
the city of Nampula, Mozambique. Adviser: Túlio Márcio de Salles Tibúrcio.
In Mozambique, the vision of making human settlements inclusive, safe, resilient and
sustainable has been a priority. The city of Nampula has been plagued by natural
disasters characterized by building collapses, with a greater focus on areas with
informal settlements. This study sought to analyze the influence of factors associated
with housing resilience in rainy weather in disaster risk areas. It had a qualitative and
quantitative approach with a case study in the field, where post occupation evaluation
techniques were applied for the urban and architectural survey, and the IBM SPSS
version 21 tool for data processing and analysis, preceded by a local document search
for characterization. urban. Houses vulnerable to collapse and located in areas
considered at risk of disasters in the city of Nampula were included, in which the
neighborhood of Murrapaniua stood out. There were 98 participants who were
submitted to a questionnaire and a semi-structured interview. Four main factors
associated with housing resilience in the face of natural disasters were identified and
categorized, namely: Natural climate; Humans; Structural built, and institutional. After
assessing the influence of factors associated with housing resilience in the face of
catastrophes, a higher frequency of landslides was observed in adobe houses covered
with grass, due to their greater structural fragility. Allied to this, soil erosion was the
danger that most exposed the house to risk in rainy weather; In turn, the lack of
technical assistance and financial support from the local government towards residents
of areas considered at risk of disasters, contributed significantly to the collapse of
houses.
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13
1.1. Justificativa ............................................................................................... 14
1.2. Objetivos ................................................................................................... 16
1.2.1. Objetivo geral ..................................................................................... 16
1.2.2. Objetivos especificos .......................................................................... 16
2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 17
2.1. Mudanças climáticas ...................................................................................... 17
2.1.1 Entendendo os fenômenos naturais climáticos e suas tendências ........ 17
2.1.2. Desastres naturais ................................................................................ 18
2.1.3. Vulnerabilidade aos desastres naturais ................................................ 21
2.1.4. Riscos aos desastres naturais .............................................................. 23
2.2. Resiliência ...................................................................................................... 24
2.2.1 Resiliência Urbana ................................................................................. 25
2.2.2. Desabamento de edifícios em tempos chuvosos .................................. 26
2.2.3. Fatores responsáveis pelo colapso dos edifícios .................................. 27
2.2.4. Resiliência habitacional ........................................................................ 30
2.3. Influências de fenômenos climáticos na arquitetura ....................................... 32
2.3.1. Adaptação de edificações na natureza e no ambiente construído ........ 33
2.3.2. A sustentabilidade na arquitetura.......................................................... 37
3. METODOLOGIA.................................................................................................... 39
3.1. Delineamento e amostragem da pesquisa ..................................................... 39
3.1.1. Critérios de elegibilidade ....................................................................... 40
3.1.2. Coleta de Dados ................................................................................... 41
3.1.3. Processamento e análise de dados ...................................................... 42
3.1.4. Aspetos éticos e riscos ......................................................................... 43
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 44
4.1. Enquadramento territorial da área de estudo ................................................. 44
4.1.1. Nível Nacional ....................................................................................... 44
4.1.2. Nível Provincial ..................................................................................... 45
4.1.3. Nível Distrital ......................................................................................... 47
4.1.4. Nível municipal...................................................................................... 48
4.2. Fatores naturais climáticos, topográfico e hidrológicos .................................. 49
4.2.1. Clima..................................................................................................... 49
4.2.2. Ciclones na Cidade de Nampula........................................................... 50
4.2.3. Topografia na cidade de Nampula ........................................................ 51
4.2.4. Hidrologia na cidade de Nampula ......................................................... 52
4.3. Fatores estruturais ......................................................................................... 54
4.3.1. Enquadramento e caracterização do Bairro de Murrapaniua ................ 54
Fonte: Autor, (2022) ........................................................................................ 56
4.3.2. Caracterização de tipologias de casas no Bairro de Murrapaniua ........ 56
4.4. Fatores humanos ........................................................................................... 59
4.4.1. Dados sociodemográficos ..................................................................... 60
4.4.2. Construção, qualidade, patologias e reformas em zonas de risco ........ 62
4.5. Fator institucional ........................................................................................... 64
4.5.1. Entrevista ao técnico da instituição privada de gestão urbana ............. 64
4.5.2. Entrevista ao técnico da instituição pública de gestão urbana .............. 66
4.5.2.1. Constatações sobre o fator institucional ............................................ 69
4.6. Análises de significância associativa entres variáveis ................................... 69
4.6.1. Constatações sobre as variáveis com associação................................ 72
5. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 75
5.1. Constatações sobre os objetivos da pesquisa ............................................... 75
5.1.1. Caracterizar zonas de risco a catástrofes, e casas vulneráveis ao
desabamento. ................................................................................................. 75
5.1.2. Identificar os fatores associados à resiliência habitacional e aos
desastres no tempo chuvoso. ......................................................................... 76
5.1.3. Estudar o fenômeno de desabamento a partir dos moradores e gestores
urbanos locais................................................................................................. 76
5.1.4. Avaliar a influência de fatores associados à resiliência habitacional face
às catástrofes ................................................................................................. 77
5.2. Respostas à pergunta de pesquisa ........................................................... 78
5.2.1. Limitações da pesquisa ........................................................................ 78
5.3. Contribuições e recomendações da pesquisa para estudos adicionais ... 79
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 81
APÊNDICE A - Roteiro de questionário .................................................................... 85
APÊNDICE B- Roteiro de entrevista ......................................................................... 89
13
1. INTRODUÇÃO
Moçambique é um país que faz parte da África Austral junto ao Oceano Índico.
O seu clima é influenciado pelo sistema de Zona de Convergência Intertropical,
ciclones e frentes frias. A cidade de Nampula, capital da província de Nampula no
norte de Moçambique, pela sua localização geográfica e pela informalidade no uso do
solo urbano, característico das cidades capitais das províncias do país, tem
contribuído para a vulnerabilidade urbana face aos fenômenos naturais aliado às
mudanças climáticas.
A cidade de Nampula, tem sido fustigada por desastres naturais, marcada pela
degradação ambiental, das infraestruturas e edificações, com destaque para
habitações localizadas nos bairros periféricos da cidade, uma vez que os mesmos
ainda apresentam características informais, fator este que pode estar a contribuir no
alastramento dos desabamentos. Para Rosa e Cortez, (2010) os deslizamentos de
encostas têm aumentado consideravelmente nas últimas décadas, principalmente nos
centros urbanos dos países denominados emergentes, onde esses movimentos
gravitacionais de massa são agravados em função da urbanização intensa e da
construção de residências em encostas acentuadas.
1.1. Justificativa
1.2. Objetivos
2. REVISÃO DE LITERATURA
Portanto, de acordo com IPCC (2014), a convenção quadro das Nações Unidas
para as alterações climáticas (UNFCCC), no seu Artigo 1, define alteração climática
como: “uma alteração no clima que é atribuída, direta ou indiretamente, à atividade
humana que altera a composição da atmosfera global e que é, além da variabilidade
natural do clima, observada ao longo de períodos comparáveis.”
Castro, (2003) faz uma classificação dos desastres naturais quanto origem que
podem estar relacionados com:
O processo erosivo causado pela água das chuvas ocorre na maior parte da
superfície da terra, principalmente, nas regiões de clima tropical, onde as chuvas
atingem índices pluviométricos elevados. A erosão é agravada pela concentração das
chuvas num determinado período do ano (TOMINAGA; SANTORO; AMARAL, 2009).
Neste contexto, Bertoni & Lombardi Neto (1990) citados por Tominaga;
Santoro; Amaral, (2009) sustentam que a cobertura vegetal é a defesa natural de um
21
terreno contra os processos erosivos e entre os principais dos seus efeitos na proteção
do solo, destacam os seguintes:
● Dispersão e interceptação das gotas de água antes que esta atinja o solo;
● Ação das raízes das plantas, formando poros e canais que aumentam a
infiltração da água;
Entretanto, Tominaga; Santoro; Amaral, (2009) por sua vez levantam uma série
de medidas preventivas a saber:
● Não lançar lixo ou entulho nas encostas e drenagens, pois eles retêm a
água das chuvas aumentando o peso e causando instabilizações no
terreno;
2.2. Resiliência
Villa et al. (2017), apud Bortoli; Villa, (2020) salientam que as habitações podem
estar sujeitos a impactos adversos, onde estes podem ser categorizados em quatro
diferentes tipos:
● De ordem natural climática - chuvas muito fortes que podem causar danos
nas casas ou mesmo inundações, seca por períodos longos;
ocupados de formas tradicionais para ficarem adequados aos ocupantes e para trazer
conforto dentro das normas culturais.
Projetar com a natureza, implica procurar soluções com base nas condições
climáticas locais e nas características do meio ambiente imediato para criar edifícios
que estejam em harmonia com o que os rodeia. Isto implica também uma estratégia
integrada a todos os níveis do processo de conceção do edifício, uso de materiais
locais e soluções energeticamente eficientes (KOCH-NIELSEN et al, 1999).
● Aplicar princípios ecológicos desde o início, isso implica que devem ser incluído
no projeto desde a fase inicial para evitar o aumento de custos;
● Projetar visando a simplicidade operacional, pois as edificações complexas não
funcionam a longo prazo, mesmo que sejam eficientes a curto prazo. A
simplicidade das instalações e dos sistemas construtivos permitem atualizações
periódicas, e isso permite uma boa relação do usuário com o edifício;
● Projetar visando a durabilidade, As edificações duráveis e de baixo custo de
manutenção podem ter um custo inicial mais alto, porém ao longo da sua vida
útil economizam a energia e reduzem os resíduos;
38
3. METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa do tipo explicativa, pois analisou as casas que são
frequentemente vulneráveis ao desabamento em tempos chuvosos a partir dos fatores
da sua resiliência face aos desastres naturais. A abordagem foi quali-quantitativa para
mensurar a influência de cada fator na resiliência da casa, assim como estudar o
problema a partir da percepção dos moradores e dos gestores urbanos.
Foram excluidas casas localizadas fora das zonas consideradas de risco e com
frequência de desastres naturais, e do limite administrativo do bairro de Murrapaniua
na cidade de Nampula.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Limites: Nampula é limitada a Este pelo Oceano Índico, ao Sul pela província da
Zambézia, ao Norte pela província de Cabo Delgado e a Oeste pela província de
Niassa. Na figura 11, Segundo LÚRIO (2018) administrativamente a província de
Nampula está dividida em 23 distritos e possui sete municípios. Portanto, em Março
de 2013 foi aprovada e submetida à Assembleia da República, pelo Conselho de
Ministros, a proposta de lei que cria novos distritos e municípios. Assim sendo, para a
província de Nampula foram criados 3 novos distritos, nomeadamente: Nampula (ex-
Nampula-Rapale), Ilha de Moçambique, Larde e Liúpo, estes dois últimos antigos
Postos Administrativos dos distritos de Moma e Mogincual respetivamente e o
município de Malema.
Total 1222
Situa-se no centro da província de Nampula, entre 15° 01 '35 `` e 15° 13' 15" de
latitude Sul e entre 39° 10' 00" e 39° 23' 28" de Longitude Este. A divisão administrativa
é feita de forma radial, e cada bairro estende-se do limite do Posto Administrativo
Central, até o limite com o Distrito de Nampula (CMCN, 2011).
49
4.2.1. Clima
Continuação
Mutimacanha B 38.77 ha
Ratane 522.62 ha
Terrene 795.26 ha
Nairuco 1328.21 ha
Continuação
Feminino 25 (26,0)
Género
Masculino 71 (74,0)
18-35 70 (72,9)
Idade
36-60 26 (27,1)
Graduação 2 (2,1)
Continuação
Mestrado 1 (1,0)
Primário 21 (21,9)
Terrene 25 (26,0)
Convencional 34 (35,4)
Misto – 1 18 (18,8)
Natural – 1 37 (38,6)
Natural – 2 5 (5,2)
Outros 2 (2,1)
Quais os motivos o para
morar neste local Proximidade com a família 16 (16,7)
Continuação
Tabela 6 - Relação do morador com o edifício e sua visão de risco a desastres naturais
Variáveis Frequência n (%)
Nunca 26 (27,1)
63
Continuação 18 (18,8)
Poucas vezes
Sempre 28 (29,2)
Erosão 16 (16,7)
Todos 9 (9,4)
Cheias 7 (7,3)
Todos 5 (5,2)
64
Continuação
Disponível 20 (20,8)
Como avalia o acesso a talhões infraestrutura dos formais, vão de acordo com
os rendimentos populacionais?
rendimento junto aos cursos de água (para culturas que necessitam de água e tem
um período curto entre o plantio e a colheita).
Como avalia o acesso a talhões infraestrutura dos formais, vão de acordo com
os rendimentos populacionais?
Resposta: Os bancos e microcrédito tem taxas de juro muito altas que não são
compatíveis e nem inclusivamente a renda da maioria da população da cidade de
Nampula.
Resposta: O Governo local não faz assistência aos mercados informais, e estes
acabam funcionando com suas próprias leis e sem fiscalização técnica sobre a
qualidade dos materiais comercializados.
Para esta análise estatística foi identificada a variável principal do estudo, que
são os problemas no edifício habitacional que acontecem com frequência no tempo
chuvoso, onde foram agrupados de acordo com a natureza de incidência.
Continuação
do edifício Misto – 2 1 (50)
0 (0) 0 (0) 1 (50)
Apoio técnico e
financeiro do Nunca 38 (39,6) 46 (47,9) 9 (9,4) 3 (3,1) 0,001
governo local
Continuação
Todos 0 (0) 1 (20) 4 (80) 0 (0)
Dados são frequência absoluta (%). * Valores de P obtidos a partir do teste qui-quadrado de Pearson
ou Exato de Fisher.
● Apoio técnico por parte dos gestores urbanos locais: A participação pública
no processo de urbanização tem sido deficiente, aliado a isso a assistência
técnica e financeira às comunidades locais tem sido ausente principalmente em
zonas de risco a desastres.
Devido a baixa renda para a maioria dos moradores (91,7% com abaixo de 866,85
reais mensais), optam pela auto construção das suas casas ou assistidos por
pedreiros locais, e este processo tem sido caracterizado por empregar mão-de-obra
não qualificada e com conhecimento técnico popular, que por sua vez não
acompanham as dinâmicas dos eventos climáticos;
Entretanto, para Sanz; Brien, (2014), arquitetura adaptativa é uma das soluções
e é parte integrante da abordagem aprender a viver com os riscos que inclui,
nomeadamente:
● Compreender os riscos e vulnerabilidades, e fazer um planejamento dos
aglomerados populacionais de forma participativa e resiliente;
● Adoção da provisão de serviços básicos resilientes em termos de saneamento
urbano, gestão de resíduos sólidos e gestão das águas, e construir de maneira
segura;
● Reconstrução de estruturas melhoradas após as calamidades, introduzir
medidas preventivas e de prontidão nas escolas, nos centros comunitários e
na família.
75
5. CONCLUSÕES
Este objetivo foi alcançado por meio de busca documental que legisla e regula
a Cidade de Nampula especificamente sobre as questões de edificações urbanas, e
mediante um levantamento de campo para a descrição arquitetônica e geográfica da
área delimitada como amostra para a pesquisa.
Diante dos resultados apresentados, foi possível verificar que as zonas de risco
a catástrofes com habitações vulneráveis ao desabamento são regiões que se
estendem na margem dos rios, zonas alagáveis suscetíveis a enchentes, e áreas cujo
terrenos apresentam declividades acentuadas, na sua maioria com ocupação irregular
sem observância do afastamento estabelecido de 100 metros da margem dos rios.
Por sua vez, a pesquisa constatou que a gênese do problema em estudo pode
estar associada ao fator institucional, pela ausência da assistência técnica e apoio
financeiro por parte do governo local para com os moradores das zonas consideradas
de risco a desastres, oque contribuiu significativamente para o desabamento das
casas.
● O estudo de caso foi limitado a um bairro na cidade de Nampula, uma vez que
a extensão territorial da cidade não foi proporcional ao tempo estipulado para
esta pesquisa, o que fez com que se escolhesse um bairro cujo perfil atendia os
fatores e serem estudados, e que o mesmo poderia se enquadrar na amostra e
cronograma da pesquisa;
● O desenho dos questionários também teve limitações para coleta de dados, pois
uma vez que o campo da pesquisa foi em Moçambique e houve a necessidade
de se adaptar os questionários a realidade local para melhor compreensão e
participação dos moradores no estudo;
Esta pesquisa para além das áreas de arquitetura e urbanismo, também tem
contribuições com um alcance multidisciplinar, e os procedimentos metodológicos
neles aplicados podem ser replicados ou adaptados para estudos com temáticas
urbanas com foco na questão da habitação.
Portanto, através desta pesquisa o autor recomenda medidas que podem ser
fundamentais na redução de casos de desabamento habitacional, para contribuir na
inclusão das tipologias construtivas mais acessíveis à maioria da população local, e
aumentando a resiliência das casas aos desastres, a saber:
REFERÊNCIAS
BORTOLI, Karen Carrer Ruman De; VILLA, Simone Barbosa. Adequação ambiental
como atributo facilitador da resiliência no ambiente construído em Habitações de
Interesse Social. Ambiente Construído v. 20, n. 1, p. 391– 422, mar. 2020.
DURAN, S.C. A casa ecológica. Ideias práticas para um lar ecológico e saudável,
Loft Publications, S.L, Barcelona 2010.
FARBER, Daniel A. et al. Disaster Law and policy. New York: Aspens Publishers,
2010
82
OSEGHALE, G.EÇ et al. Causes and Effects of Building Collapse in Lagos State,
Nigeria. Civil and Environmental Research. ISSN 2224-5790 (Paper) ISSN 2225-
0514 (Online) Vol.7, No.4, 2015
PELLING, M.. The Vulnerability of Cities: Natural Disasters and Social Resilience.
London:EARTHSCAN Publications. 2003.
SAITO, Silvia Midori; PELLERIN, Joel Robert Georges Marcel. Capital social em
comunidades de áreas de risco de deslizamentos em Florianópolis, Santa Catarina,
Brasil. Revista da Anpege v. 13, n. 22, p. 223–246 , 2017.
Para esta pesquisa adotaremos os seguintes procedimentos: Terá uma intervenção de campo para observar
e coletar os dados no bairro de Murrapaniua na Cidade de Nampula, onde ocorre o fenômeno com maior
frequência, e este levantamento será por meio de um questionário para o levantamento de dados, onde o
participante será submetido por chamada telefónica para evitar o contato físico com vista a respeitar as medidas
sanitárias devido a pandemia de Covid-19. Para melhor compreensão será feita uma busca documental para
descrição da área em estudo, e revisão de literatura para a identificação e descrição dos fatores de resiliência
habitacional.
Portanto, todos os procedimentos adotados pela pesquisa seguirão as recomendações éticas propostas na
Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde no intuito de evitar ou solucionar tais sensações. Para tal, a
participação será realizada remotamente no horário escolhido pelo voluntário, para que se sinta confortável e à
vontade para participar, propiciando assim o bem estar do sujeito de pesquisa. A pesquisa contribui no
fortalecimento social e técnico nas comunidades vulneráveis a desastres naturais, assim como influencia nas
tomadas de decisões de políticas de gestão urbana.
Para participar deste estudo o Sr.(a) não terá nenhum custo, nem receberá qualquer vantagem financeira.
Apesar disso, diante de eventuais danos, identificados e comprovados, decorrentes da pesquisa, o Sr.(a) tem
assegurado o direito à indenização. O Sr.(a) tem garantida plena liberdade de recusar-se a participar ou retirar seu
consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem necessidade de comunicado prévio. A sua participação é
voluntária e a recusa em participar não acarretará qualquer penalidade ou modificação na forma em que o Sr.(a)
é atendido(a) pelo pesquisador. Os resultados da pesquisa estarão à sua disposição quando finalizada.
O(A) Sr.(a) não será identificado(a) em nenhuma publicação que possa resultar. Seu nome ou o material que
indique sua participação não serão liberados, os pesquisadores tratarão a sua identidade com padrões
profissionais de sigilo e confidencialidade, atendendo à legislação brasileira, e utilizarão as informações somente
para fins acadêmicos e científicos, e os dados e instrumentos utilizados na pesquisa ficarão arquivados. Este termo
de consentimento encontra-se impresso em duas vias originais, sendo que uma será arquivada pelo pesquisador
responsável, no “INFORMAR O LOCAL DA PESQUISA” e a outra será fornecida ao Sr.(a).
86
B) Dados demográficos l
C)
10. Na sua opinião, como deve ser o acesso ao empréstimo bancário para construção habitacional?
Muito acessível [ ], Acessível [ ], Moderadamente acessível [ ],
Pouco acessível [ ], Não acessível [ ]
13. Qual o problema de construção acontece com mais frequência na sua habitação tempo chuvoso?
Desabamento de paredes [ ], humidade nas paredes [ ], fissuras e rachadura nas paredes [ ],
Erosão [ ], infiltração no teto [ ], Todos [ ], Nenhum [ ].
15. Na sua opinião, como avalia os preços dos materiais utilizados na sua habitação?
Acessível e inclusivo [ ], Moderadamente acessível e inclusivo [ ], Não acessível e nem inclusivo [ ]
21. Dos possíveis desastres no tempo chuvoso, em qual dos perigos sua habitação está mais exposta?
Desabamento do edifício [ ], Erosão dos solos [ ], Deslizamento de terra [ ], Cheias [ ], Todos [ ].
22. Como avalia sua preocupação e segurança na sua habitação em tempo chuvoso?
Preocupação extrema [ ], Muita preocupação [ ], Preocupação moderada [ ], Pouca preocupação [ ],
Nenhuma preocupação [ ].
23. O que tem feito para minimizar o risco a desastre da sua habitação no tempo chuvoso?
Combate a erosão por meio de contenção de terra [ ], Reforçar a resistência do edifício [ ], Procurar outro
abrigo temporário e seguro [ ], Nenhuma intervenção [ ].
88
25. Em caso de um possível reassentamento de pessoas localizadas nas zonas de risco, estaria
disponível morar em outro local seguro?
Muito disponível [ ], Disponível [ ], Moderadamente disponível [ ], Pouco disponível [ ],
Sem disponibilidade [ ].
26. Na sua opinião, quem mais contribui para aumento de desastres habitacionais nesta zona nos
tempos chuvosos?
Mudanças climáticas [ ], Tipo de construção [ ], Próprio morador [ ], Governo local [ ].
89
O(a) Sr.(a) está sendo convidado(a) como voluntário(a) a participar da pesquisa “Resiliência habitacional:
Fatores associados à vulnerabilidade a desastres naturais na Cidade de Nampula, Moçambique.” Nesta pesquisa
pretendemos analisar o fenômeno de desabamento habitacional em períodos chuvosos na Cidade de Nampula, a
partir dos fatores associados à capacidade de resposta a catástrofes.
O motivo que nos leva a estudar este tema é para contribuir na tomada de medidas urgentes para combater
a mudança do clima e seus impactos, assim como reforçar a capacidade de adaptação a riscos relacionados às
catástrofes naturais em todos os países, integrando medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e
planejamentos nacionais.
Para esta pesquisa adotaremos os seguintes procedimentos: Terá uma intervenção de campo para observar
e coletar os dados no bairro de Murrapaniua na Cidade de Nampula, onde ocorre o fenômeno com maior
frequência, e este levantamento será por meio de um questionário para o levantamento de dados, onde o
participante será submetido por chamada telefónica para evitar o contato físico com vista a respeitar as medidas
sanitárias devido a pandemia de Covid-19. Para melhor compreensão será feita uma busca documental para
descrição da área em estudo, e revisão de literatura para a identificação e descrição dos fatores de resiliência
habitacional.
Caso ocorra alguma situação desconfortável, o voluntário poderá interromper ou até mesmo não participar da
pesquisa sem que a mesma seja prejudicada ou punida. Portanto, todos os procedimentos adotados pela pesquisa
seguirão as recomendações éticas propostas na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde no intuito de
evitar ou solucionar tais sensações.
Para tal, a participação será realizada remotamente no horário escolhido pelo voluntário, para que se sinta
confortável e à vontade para participar, propiciando assim o bem estar do sujeito de pesquisa. A pesquisa contribui
no fortalecimento social e técnico nas comunidades vulneráveis a desastres naturais, assim como influencia nas
tomadas de decisões de políticas de gestão urbana.
Para participar deste estudo o Sr.(a) não terá nenhum custo, nem receberá qualquer vantagem financeira.
Apesar disso, diante de eventuais danos, identificados e comprovados, decorrentes da pesquisa, o Sr.(a) tem
assegurado o direito à indenização. O Sr.(a) tem garantida plena liberdade de recusar-se a participar ou retirar seu
consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem necessidade de comunicado prévio.
A sua participação é voluntária e a recusa em participar não acarretará qualquer penalidade ou modificação
na forma em que o Sr.(a) é atendido(a) pelo pesquisador. Os resultados da pesquisa estarão à sua disposição
quando finalizada. O(A) Sr.(a) não será identificado(a) em nenhuma publicação que possa resultar. Seu nome ou
o material que indique sua participação não serão liberados, os pesquisadores tratarão a sua identidade com
padrões profissionais de sigilo e confidencialidade, atendendo à legislação brasileira, e utilizarão as informações
somente para fins acadêmicos e científicos, e os dados e instrumentos utilizados na pesquisa ficarão arquivados.
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Este termo de consentimento encontra-se impresso em duas vias originais, sendo que uma será arquivada
pelo pesquisador responsável, no “INFORMAR O LOCAL DA PESQUISA” e a outra será fornecida ao Sr.(a).
1. Como avalia as políticas existentes de gestão da terra, em relação às práticas reais dos cidadãos em zonas
de risco na cidade de Nampula?
2. Os municípios são os principais responsáveis pela alocação de terras, Neste contexto, como avalia sua
capacidade institucional para aplicação de políticas e planos existentes nas zonas de risco a desastres, na
cidade de Nampula?
5. A maioria da população nas zonas de risco a desastres naturais, recorre às economias próprias para
construção habitacional, na sua opinião será que o baixo grau de instrução financeira pode estar a influenciar
na ocupação desses locais inseguros?
6. Necessidade de propriedade como de garantia para ter acesso ao financiamento bancário, acha este ser um
requisito acessível e inclusivo para a população na cidade de Nampula?
8. Quando as Licenças de construção, achas que os custos são acessíveis? E como avalia o tempo de emissão?
9. Na sua opinião, quais os possíveis motivos levam os residentes nas zonas de risco a desastres naturais,
optarem ao mercado informal para aquisição de materiais de construção?
10. Qual sua opinião quanto aos fornecedores informais de materiais de construção, acha que têm padronização
dos preços e de qualidade dos materiais?
11. Como avalia os preços dos materiais em mercados formais, em comparação ao rendimento da população em
zonas de risco a desastres? No mesmo contexto, como avalia a acessibilidade a construção formal por parte
da mesma população?
91
12. Acha que existem arranjos institucionais locais apropriados para auxiliar a autoconstrução na cidade de
Nampula, seja tecnicamente ou financeiramente?
14. Na sua opinião, acha que que o mercado informal tem sido assistido adequadamente na utilização de materiais
e técnicas de construção melhorados
15. A falta de conhecimento sobre as práticas de construção resiliente por parte dos construtores locais, reduz a
demanda por serviços melhorados provenientes do mercado formal. Concorda com esta afirmação?
16. Na cidade de Nampula existem políticas específicas de habitação resiliente? Se existe, há assistência local
para práticas de construção resiliente.
17. Tem conhecimento de plano de urbanização ou documento normativo local, em que especifica áreas de risco
a desastres naturais?