Tema - Vigilância - Na - Saúde - Do - Trabalhador 5

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Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família

Vigilância Em Saúde

Vigilância na Saúde do Trabalhador


Introdução

Abordaremos, nesta aula, uma área que tenta compreender a


relação saúde-doença entre as pessoas e seu trabalho, como
também as diferentes formas de adoecimento e os tipos de doenças
que ocorrem com mais frequência. Estudaremos a história da saúde
do trabalhador no Brasil, sua evolução e, ainda, uma classificação
dos riscos em saúde e as cargas de trabalho enfrentadas por todo
colaborador.

É importante fazer uma conexão entre esses contextos, a fim


de que se possa atuar com prevenção e promoção da saúde. Para
finalizar, veremos os tipos de acidentes de trabalho, assim como
sua comunicação e implicação legal e a avaliação do mapa de
riscos de um setor. Através disso poderemos, então, avaliar as
condições a que os trabalhadores estão submetidos e os riscos a
que eles estão expostos.

A Saúde do Trabalhador e sua História

A história da saúde do trabalhador é muito rica, apesar de a


atuação da vigilância ser relativamente nova no Brasil. Tivemos um
movimento maior nesse sentido após a criação do SUS, sistema no
qual se tinha a previsão de acompanhamento dos trabalhadores, de
suas condições de trabalho e das doenças que os acometiam.

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Na história mundial da saúde do trabalhador, não podemos deixar de
citar Bernardino Ramazzini (1633-1714) − considerado o “pai da
medicina do trabalho” −, que, entre o final do século XVII e o começo
do século XVIII, escreveu um importante tratado sobre as doenças
ocupacionais.

Hipócrates (460-377 a.C.) e Galeno (129-217 a.C.), entre


outros, já tinham um olhar direcionado para o ambiente, a
sazonalidade e as atividades laborais desenvolvidas, atuando como
fatores determinantes para o adoecimento. Entretanto, a primeira lei
sobre acidentes de trabalho foi instituída na Alemanha, somente em
1884, por Otto von Bismark, onde se criou uma política social
exitosa, que foi utilizada como modelo em muitos países e,
posteriormente, pela primeira lei de acidente do trabalho elaborada
no Brasil, em 1919.

Um marco importante sobre o acidente do trabalho no Brasil


ocorreu no distrito de Diamantino por volta de 1765, onde “um dique
erguido para a extração de diamantes do leito do rio arrebentou,
matando 60 negros que trabalhavam no local. Foi o primeiro grande
acidente do trabalho registrado na história do Brasil”. (SOUTO,
2003, p. 97)

Por força da Constituição da República de 1934, foi criado o


Decreto no 24.637/34, que “estabelecia que as doenças inerentes

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ou peculiares a determinados ramos de atividades também se
incluíam como doenças profissionais.” (BRASIL, Decreto no
24.637/34)

Esse decreto

reformulou a questão acidentária ao caracterizar como doenças


profissionais, além das inerentes ou peculiares a determinados
ramos de atividade, as resultantes, exclusivamente, do exercício do
trabalho, ou das condições especiais ou excepcionais em que o
mesmo foi realizado. (BRASIL, Decreto n. 24.637/34).

Posteriormente, foi criada a Consolidação das Leis


Trabalhistas − Decreto-lei no 5.452, de 1o de maio de 1943 −, que
“tratou genericamente as questões relacionadas à prevenção contra
acidentes do trabalho.” (BRASIL, Decreto-lei n. 5.452/43)

O Ministério do Trabalho da Indústria e do Comércio, por


determinação do artigo 200 da CLT, expediu as Normas
Regulamentadoras (NRs) para tratar de cada situação de risco com a
sua especificidade.

Em 10 de novembro de 1944, foi criado o Decreto-lei no 7.036,


cujo artigo 1o trouxe inovações sobre os acidentes de trabalho −
causas que, mesmo não sendo únicas, contribuíam diretamente
para a morte, redução ou perda da capacidade laborativa. A partir
desse decreto, foi estendido o conceito de “acidente de trabalho”
para abranger aqueles acidentes que ocorriam durante os intervalos

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de trabalho. Mais tarde, em 30 de maio de 1947, foi aprovada a
relação das doenças profissionais através da Portaria nº 9 do
Serviço Atuarial, sendo que as doenças constantes foram
consideradas inerentes ou peculiares ao exercício do trabalho, não
necessitando de comprovação entre a doença e o desenvolvimento
do trabalho.

Já o artigo 200 da Constituição Federal de 1988 cita:

Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos


termos da lei:
[...] VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele
compreendido o do trabalho.

A Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, cita as questões relativas


à saúde do trabalhador, à assistência ao trabalhador vítima de
acidente de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho,
à fiscalização e ao controle das condições de produção, extração,
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de produtos, de
máquinas e equipamentos que apresentem risco à saúde do
trabalhador.

Veremos a seguir as ações do governo ligadas à saúde do


trabalhador.

Ações de vigilância
Realizam a caracterização produtiva do território para
viabilizar a análise dos riscos de acordo com cada área de atuação,
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os serviços que apresentam acidentes mais graves, o planejamento
de ações de promoção e prevenção de acordo com a realidade
local, a investigação dos acidentes, doenças e óbitos relacionados
ao trabalho, além da execução e monitoração das medidas de
controle dos riscos ao trabalhador.

Ações de assistência
Notificação de agravos relacionados ao trabalho, à
integralidade da atenção à saúde do trabalhador, à análise do nexo
causal, ou seja, o reconhecimento da existência de uma relação de
causalidade entre a doença, ou o acidente, com o trabalho que a
pessoa realiza, independentemente se a lesão ocorreu por causa
do trabalhador (sem medidas preventivas e cuidados).

Outra legislação importante a ser citada é a Portaria no 3.120, de 19


de julho de 1998 − a “Instrução normativa de vigilância em saúde do
trabalhador no SUS” −, que tem como finalidade principal a análise e
intervenção sobre os processos e ambientes de trabalho. Qualquer
trabalhador é objeto das ações da vigilância à saúde do trabalhador,
sempre preservando a universalidade e a integralidade da assistência.

Mais um marco importante para a saúde do trabalhador foi a


publicação do Ministério da Saúde em novembro de 1999: a lista de
doenças relacionadas ao trabalho, que auxilia no diagnóstico das
doenças e dos agravos à saúde do trabalhador.

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Os fatores que podem gerar dano à saúde do trabalhador são
os agentes químicos, físicos e biológicos e os aspectos referentes
ao local e equipamentos inadequados, atividades repetitivas, entre
outros. Resumindo, os riscos à saúde do trabalhador são:

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Cargas de Trabalho

As cargas de trabalho estão diretamente ligadas aos riscos à


saúde e se referem às exigências físicas e psicológicas que cada
profissão/ocupação impõe ao trabalhador. Devemos conhecê-las
para, assim, minimizar a sua ação:

1. Cargas biológicas − bactérias, fungos, vírus, entre outros;

2. Cargas químicas – gases, vapores, fumaças, poeiras, entre


outros;

3. Cargas psíquicas − elementos do trabalho que geram


estresse (ritmo, intensidade, responsabilidade, cotas,
cobrança da chefia, entre outros);

4. Cargas físicas − ruídos, temperatura, iluminação, entre


outros;

5. Cargas mecânicas − esforço físico, visual, posições, entre


outros.

Para esclarecer questões sobre o impacto que as cargas de trabalho


têm sobre os trabalhadores, sugiro ler o artigo “Mensuração da carga
de trabalho e sua relação com a saúde do trabalhador”, disponível no
link a seguir:

<http://ergocentervix.com.br/site/artigos/artigos_2/mensuracao_da_car
ga_de_trabalho.pdf>

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Como prevenção ao aumento das cargas de trabalho,
podemos adotar as seguintes medidas:

 Classificação de produtos químicos de acordo com o tipo e


grau de risco;

 Informações detalhadas em rótulos de produtos, contendo


medidas preventivas e procedimentos de emergência;

 Todo produto deve ser armazenado protegido do sol,


respeitando sempre os prazos de validade, entre outros;

 Treinamento de profissionais sobre incêndio, primeiros


socorros e uso de equipamentos de proteção individual e
coletivo;

 Manuseio adequado e seguro de produtos químicos.

Acidente de Trabalho

O acidente de trabalho é aquele que ocorre no local de


trabalho, no exercício das atividades ou no percurso de casa para o
trabalho e vice-versa, tendo como consequência uma lesão corporal
ou perturbação funcional, resultando na redução da capacidade de
trabalho ou de ganho, ou ainda a morte.

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O acidente de trabalho ocorre, provavelmente, por falhas no processo
de trabalho, no ambiente, na qualidade dos equipamentos e na
capacitação do trabalhador.

Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)


A CAT deverá ser preenchida sempre que ocorrer um
acidente de trabalho ou suspeita de doença do trabalho. É a forma
de se registrar a ocorrência de um acidente de trabalho ou doença
de trabalho. Esse documento foi previsto, inicialmente, pela Lei no
5.316/67, com alterações ocorridas posteriormente, até a Lei no
9.032/95, que foi regulamentada pelo Decreto no 2.172/84.

Deve ser efetuado em formulário do INSS ou no formulário


específico, para o caso de servidor público. A CAT deve ser emitida
sempre no 1o dia útil após o acidente ou a ocorrência de um
acidente de trabalho, ou uma suspeita ou confirmação de uma
doença de trabalho, lembrando que pode ser preenchida por
qualquer profissional da instituição onde trabalha ou no hospital em
que o trabalhador foi atendido, caso o empregador se negar a
preenchê-la.

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A Lei no 8.213/91 determinou, em seu artigo 22, que todo acidente de
trabalho ou doença profissional deveria ser comunicado pela empresa
ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão.

Classificação dos acidentes de trabalho

É importante registrar o acidente de trabalho, a fim de que o


trabalhador preserve seus direitos junto à Previdência
Social/INSS/auxílio acidente de trabalho. Assim, a Vigilância
Epidemiológica pode analisar os dados das condições de saúde dos
trabalhadores, possibilitando a elaboração de um planejamento
adequado de suas ações e possibilitando também a empresa de

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avaliar e monitorar as causas que provocaram o acidente ou
doença do trabalho e realizar todas as medidas preventivas.

A doença do trabalho é aquela desencadeada em função de


condições especiais em que o trabalho é realizado e que com ele
tenha uma relação direta, como a surdez em locais de trabalho
extremamente ruidosos, e a investigação do acidente de trabalho
deve ser feita o mais cedo possível, para que se consiga
informações mais detalhadas acerca do acidente.

É muito importante que, no momento da investigação, o empregador


esteja esclarecido acerca das legislações específicas para saúde do
trabalhador.

Em uma investigação, devemos considerar:

 Os detalhes da atividade que o trabalhador exercia no


momento do acidente e em quais condições;

 Verificar onde, como e quando ocorreu o acidente;

 Verificar como era desenvolvida a tarefa no momento do


acidente;

 Verificar se o trabalhador utilizava os equipamentos de


proteção individual e coletiva (EPI e EPC);

 Saber os nomes das testemunhas.

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As causas mais comuns dos acidentes de trabalho são:
condição insegura, presença de agente causador, ato inseguro,
fator pessoal de segurança.

Árvore de causas
É a reconstrução de todos os passos de um acidente a partir
das lesões que ocorreram até os fatores mais remotos relacionados
com sua origem, organizando os fatos em um esquema
denominado “diagrama ou árvore de causas do acidente” e
utilizando os conceitos de sistema.

As regras básicas para a montagem de uma árvore de causas


são:

 Realizar a investigação do acidente logo após a ocorrência e


no próprio local onde ocorreu, envolvendo a participação do
acidentado, colegas e técnicos que conheçam a situação e o
tipo de trabalho;

 Utilizar apenas fatos objetivos (variações e habituais) na


descrição do acidente e evitar interpretações e juízos de valor;

 Pesquisar o habitual (modo normal do trabalho) para verificar


o que variou;

 Investigar os fatos (variações e permanente) segundo os


componentes: o trabalhador, os meios usados (máquinas,
ferramentas materiais), a tarefa ou atividade e o meio
ambiente de trabalho (físico, cultural, social).

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Normas Regulamentadoras (NRs)

As NRs são relativas à segurança e medicina do trabalho e


são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas
e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta. Os
estabelecimentos devem cumprir as determinações das NRs.

Hoje, temos um total de 34 NRs − algumas gerais, que são


seguidas por várias profissões, e algumas bem específicas, de
acordo com o tipo de atividade. A seguir, citaremos as mais
utilizadas pelos profissionais de saúde.

NR 4 − serviço especializado em engenharia de


segurança e medicina do trabalho
Essa NR tem a finalidade de manter a integridade do
trabalhador, sempre avaliando o grau de risco do colaborador
exposto em seu local de trabalho.

NR 5 − comissão interna de prevenção de


acidentes
Nessa NR, o foco principal é a prevenção de acidentes
decorrentes do trabalho.

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NR 6 − regulamenta o uso de equipamentos de
proteção individual (EPI)
Considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo
produto de uso individual utilizado pelo trabalhador e destinado à
proteção de riscos à saúde no local de trabalho.

NR 7 – Programa de Controle Médico e Saúde


Ocupacional (PCMSO)
Tem caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico
precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho que o
indivíduo desenvolve.

Nessa NR, está previsto o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) −


atestado médico que contém as informações das condições de saúde
do trabalhador – no qual fica esclarecido se existe alguma limitação ou
restrição. Deve-se incluir a realização obrigatória dos seguintes
exames médicos: admissional, periódico de retorno ao trabalho,
mudança de função e demissional.

NR 9 – programa de prevenção de riscos


ambientais
Identificação dos riscos relacionados ao ambiente de trabalho,
que podem ser biológicos ou relacionados à atividade,
possibilidades de exposição, medidas preventivas, entre outros.
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NR 17 – ergonomia
Visa estabelecer medidas para a melhoria das condições de
trabalho, priorizando o conforto, a segurança e o desempenho
profissional.

NR 32 – segurança e saúde no trabalho em


serviços de saúde
Estabelece as diretrizes básicas para as medidas de proteção
à segurança e à saúde dos trabalhadores, bem como daqueles que
exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. É
a NR mais específica dos serviços em saúde e deve ser de
conhecimento de todo e qualquer profissional de saúde.

Para uma melhor compreensão sobre o conceito de saúde do


trabalhador, sugiro ler o artigo “Da medicina do trabalho à saúde do
trabalhador”, disponível no link a seguir:

<http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v25n5/03.pdf>

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1. Marcos, 19 anos, é motociclista e trabalha com entregas rápidas.
Quando conduzia sua motocicleta para mais uma entrega, teve
uma colisão e foi lançado da moto. Ao dar entrada no pronto-
socorro, foi preenchida uma Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT).

Avaliando as informações dadas nesta aula, em qual tipo de


acidente de trabalho está caracterizado esse acidente?

a. Acidente atípico

b. Acidente típico

c. Acidente de trajeto

d. Doença do trabalho

2. Certo dia, em um grande hospital às 9 horas manhã, houve um


grande acontecimento. Surpreendentemente, àquela hora, ao
levar o café aos pacientes, a copeira desconfiou que uma
senhora do último quarto estivesse morta. Minutos depois, o
médico constatou que ela estava mesmo morta e chamou, então,
a supervisora do hospital para verificar quem tinha ficado
responsável pela paciente. Descobriu-se que ninguém havia

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verificado os dados vitais da senhora desde a tarde do dia
anterior.

Na mesma enfermaria dessa paciente, havia mais cinco


pacientes com o mesmo diagnóstico, todos graves. No setor todo,
havia mais de 30 pacientes, em sua maioria em estados graves
ou idosos, além dos dependentes da enfermagem. Todos os dias,
além dos pacientes, os responsáveis precisam também cuidar
dos afazeres diários, da limpeza e desinfecção de materiais, do
preparo de medicamentos, dos banhos no leito etc. Durante o
turno da noite, havia apenas uma profissional de enfermagem
que veio de outro plantão em uma clínica. Ela estava sozinha,
cansada e ainda olhava as enfermaria ao lado do seu setor, pois
uma havia faltado.

Frente a esse relato, assinale a resposta correta quanto aos


riscos e as cargas de trabalho às quais estava sujeito esse
profissional enquanto trabalhava.

a. Risco biológico e físico, carga psicológica e mecânica.

b. Risco químico e biológico, carga psicológica e elétrica.

c. Risco biológico e social, carga física e química.

d. Risco biológico e ergonômico, carga psicológica e biológica.

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Vigilância na Saúde do Trabalhador
Referências

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Créditos pelo material escrito


Profa. Elaine Grácia de Quadros Nascimento
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