Resoluà à o Banco Sem Referencias-14ABR2023
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Sabendo-se que:
O NÚMERO ATÔMICO é constituído pelo número de prótons no núcleo e é representado pela letra
“Z”; e O NÚMERO DE MASSA é constituído pelo número de prótons mais o número de nêutrons no
núcleo e é representado pela letra “A”.
A = (N+Z)
Dessa forma, para obtermos o número de nêutrons de um átomo (N) pode-se isolar a incógnita na
equação acima, subtraindo-se do número de massa (A) o número atômico (Z) e obtendo o número
de nêutrons. Portanto, N = A – Z.
2) Explique porque os produtos de fissão são (em geral) emissores β-?
Para ser estável, um núcleo pesado deve ter uma grande proporção de nêutrons em relação
aos prótons para que as forças nucleares dos nucleons sejam competitivas com as forças
coulombianas de repulsão entre os prótons de mesma carga. Isto explica o comportamento da
curva de estabilidade dos nuclídeos e a razão porque a relação nêutrons/prótons é igual à unidade
para nuclídeos leves estáveis e maior que a unidade para nuclídeos pesados. Para átomos muito
pesados, esta relação é aproximadamente 1,52.
Na fissão nuclear, um átomo pesado – dentro da relação de equilíbrio nêutrons/prótons – se
divide em dois produtos de fissão, com menor número atômico e com a proporção entre nêutrons e
prótons praticamente mantida. Entretanto, para um menor número atômico, a relação de
equilíbrio nêutrons/prótons é menor do que para um maior número atômico, de forma que ambos
os produtos de fissão terão excesso de nêutrons frente à relação de equilíbrio.
Sabemos que o decaimento mais comum para núcleos com excesso de nêutrons é o β-. Dessa
forma, como os produtos de fissão possuem excesso de nêutrons frente à relação de equilíbrio, eles
são então, em geral, emissores β-.
3) O que é defeito de massa?
A seção de choque para fissão do U-235 é bem maior do que para o U-238 na região de
energia dos nêutrons térmicos.
Tal fato se explica uma vez que, ao absorver um nêutron, a energia de ligação liberada no
núcleo de U-235 (6,8 MeV) é superior à energia crítica de fissão (6,5 MeV), possibilitando a
ocorrência da fissão nuclear mesmo que o nêutron seja térmico, isto é, com energia cinética
praticamente nula.
Por outro lado, ao absorver um nêutron, a energia de ligação liberada no núcleo do U-238 (5,5
MeV) é inferior à energia crítica de fissão (7,0 MeV), inviabilizando a ocorrência de fissão nuclear
caso esse nêutron absorvido seja térmico, isto é, com energia cinética praticamente nula. Para a
fissão ocorrer no núcleo de U-238, é necessário que o nêutron absorvido possua energética cinética
superior a 1,5 MeV, de forma que a energia do núcleo mais a energia cinética do nêutron possam
superar o valor de energia crítica de fissão.
Assim, o nêutron térmico é capaz de provocar fissão no U-235 e não no U-238.
5) Explique porque a razão N/Z cresce para nuclídeos mais pesados?
A razão N/Z cresce para nuclídeos mais pesados devido à existência de maior repulsão
entre os prótons presentes no núcleo, o que necessita de um maior número de nêutrons para
oferecer forças que compensem a repulsão eletrostática e assim consiga manter o núcleo íntegro.
Com a maior proporção de nêutrons para átomos mais pesados, aumenta a razão N/Z.
6) Como se distribui a energia liberada na fissão de um núcleo de U-235?
O modelo da gota líquida explica a fissão nuclear analogamente à divisão de uma gota
d’água, a qual é mantida unida graças a forças moleculares que tendem a tornar o seu formato
esférico, resistindo a qualquer deformação.
Da mesma forma, o núcleo é mantido coeso graças à força nuclear atrativa entre seus
núcleons, compensando a força elétrica repulsiva entre os prótons.
A força nuclear possui alcance muito curto e é facilmente saturável, de forma que um
núcleon é capaz de atrair somente alguns outros núcleons que estejam em sua proximidade.
O núcleo em seu estado fundamental possui sua forma esférica não distorcida (A), com as
forças nucleares atrativas superando as forças repulsivas.
Quando uma partícula incidente (por exemplo, um nêutron) é absorvida pelo núcleo, um
núcleo composto temporário em estado excitado é formado, comportando toda a carga e massa
envolvidas. A energia de excitação adicionada ao núcleo é igual à energia de ligação introduzida
pela partícula incidente mais a energia cinética inicialmente contida na partícula. Esse excesso de
energia pode provocar oscilações e distorções do núcleo composto.
Caso essa energia de excitação seja superior a uma energia crítica, as oscilações podem
deformar o núcleo, levando-o ao formato de halteres (B), com formação de um “pescoço” entre
duas porções mais largas.
No formato de halteres, as forças nucleares atrativas na região de menor largura (pescoço)
sofrem forte redução, enquanto que as forças eletrostáticas repulsivas sofrem uma redução menor.
Em um momento, as forças repulsivas superam as forças nucleares atrativas, e ocorre a fissão
nuclear.
9) O que é seção de choque microscópica e macroscópica e quais as suas respectivas unidades?
Nêutrons prontos são aqueles liberados no instante da fissão, enquanto que os nêutrons
atrasados são liberados pelo decaimento radioativo dos produtos de fissão. Como regra, utiliza-se
que os nêutrons prontos são liberados até 10-14 s após a fissão, e os nêutrons atrasados são
liberados após esse período decorrido da fissão.
11) O que são nêutrons térmicos?
São nêutrons que encontram-se em equilíbrio térmico com meio em que estão inseridos. Em
geral, nêutrons térmicos possuem energia inferior a 1 eV. A energia mais provável do nêutron
térmico que encontra-se em um meio a 20°C é de 0,025 eV.
12) Explique o alargamento Doppler e seu efeito na segurança de reatores onde tal efeito ocorre?
As fontes de nêutrons têm a função de garantir que a população neutrônica seja grande o
suficiente para sensibilizar a instrumentação nuclear durante a partida do reator. Isto permite
verificar a operabilidade da instrumentação e o monitoramento da evolução da população
neutrônica.
O IEA-R1 não utiliza fonte independente de nêutrons durante a partida, e sim os próprios
nêutrons produzidos pelos refletores de Berílio. A taxa mínima de contagem durante a partir deve
ser superior a 5 cps.
14) O Reator IEA-R1 apresenta um Kef=0,85 e uma taxa de contagem no canal de partida igual a 15
cps. Retira-se, então, a BC até que a nova taxa chegue a 58 cps. Determine o novo Kef.
CR 1 1−K EF 2
=
CR 2 1−K EF 1
15 1− K EF 2
=
58 1− 0,85
15 (1− 0,85 )= 58 (1− K EF 2 )
2,25=58−58 K EF 2
55,75
K EF 2 =
58
K EF 2 =0,96
M = 1/(1 - Keff)
M = 1/(1 - 0,7)
M = 1/0,3
M = 3,33
n = 107*M
n = 3,33*107 nêutrons/s
16) Porque se usa na prática 1/M ao invés de M na previsão de criticalidade?
De acordo com a expressão abaixo, o fator de multiplicação subcrítica (M) é definido como:
M = 1 / (1 – kef)
Analisando a expressão, observa-se que quando o reator se torna crítico kef= 1, M tende ao
“infinito”. Por este motivo, monitorar e plotar a curva “M em função da posição da barra” durante
uma aproximação da criticalidade é impraticável, visto não ser possível definir um valor exato de M
em que o reator claramente se encontre crítico.
Sendo assim, utiliza-se a curva “1/M em função da posição da barra”. Nesta condição, tem-
se que o reator encontra-se crítico quando kef= 1 e 1/M = 0.
17) Qual é a fonte de nêutrons usada no reator IEA-R1?
O reator IEA-R1 atualmente não possui fonte de nêutrons instalada. Durante o processo de
partida do reator, os nêutrons são produzidos pelos refletores de Berílio metálico.
Os refletores de Berílio podem produzir nêutrons principalmente através da reação (γ, n) e,
posteriormente, a depender das condições exigidas, da reação (n,2n).
- Reatividade: é a medida que nos indica o quanto o reator está afastado da condição de
criticalidade (keff=1 e ρ = 0).
- Período: O período do reator é definido como o tempo necessário para a potência do reator
mudar de um fator "e", onde o "e" é a base do logaritmo natural e vale aproximadamente 2,718.
- Precursores de nêutrons atrasados: São produtos de fissão que irão decair dando origem a
nêutrons atrasados.
19) Qual a porcentagem dos nêutrons atrasados no reator IEA-R1 e qual a sua importância?
A fração efetiva de nêutrons atrasados no reator IEA-R1 (βef), segundo o RAS, é de 0,763%.
Os nêutrons atrasados permitem que a potência do reator possa ser controlada de forma
segura, sem que ocorram excursões de potência (aumento descontrolado da potência). Na
ausência dos nêutrons atrasados, o período do reator seria composto apenas pela parcela
referente aos nêutrons prontos. Nesta condição, o reator poderia atingir o estado chamado de
“pronto crítico”, no qual o período do reator é tão baixo que seria impossível controlar a potência
do reator.
20) Se o período do reator é igual a 50 segundos, determine seu K ef e a potência deste reator após
5 segundos. Considere =0,08 s.
τ = /(Kef-1)
Kef – 1= /τ
Kef = 0,08/50 +1
Kef =1,0016
P=Po.et/T
P=Po.e5/50
P=Po.1,105
P=1,11.Po
21) Na equação de Inhour identifique os termos relativos aos nêutrons prontos
e atrasados e cada um dos parâmetros.
6
i
K ef .T i 1 1 i .T
R:
pertencentes ao grupo i
22) Sendo o Kef=1,03 determine a reatividade introduzida no núcleo?
R:
k −1
ρ= eff
k eff
1,03 − 1 0,03
ρ= =
1,03 1,03
∆k
ρ= 0,02913 =2913 pcm
k
23) Qual o período e potência do reator após 10 segundos quando inserimos uma reatividade de
150 pcm a partir da criticalidade (retirada parcial de uma barra)?
β eff − ρ
T= e P=P0 e t /T
ρ λ eff
K∞ = ε.ρ.f.η
ε = fator de fissão rápida, é definido como a razão do número líquido dos nêutrons rápidos
produzidos por todas as fissões pelo número de nêutrons rápidos produzidos por fissões térmicas.
f = fator de utilização térmica, é definido como a razão do número de nêutrons térmicos absorvidos
pelo combustível para o número de nêutrons térmicos absorvidos por qualquer material do reator.
η = Fator de reprodução, é definido como a razão do número dos nêutrons rápidos produzidos por
fissão térmica pelo número de nêutrons térmicos absorvidos pelo combustível.
25) O reator está crítico a 100 kW com a posição da barra de controle em 700 divisões. Quantas
posições que o operador deverá subir a barra de controle para obter um período de 30
segundos?
Portanto, será necessário inserir + 191,08 PCM de reatividade para que tenhamos um
período de 30 seg.
O gráfico abaixo apresenta a posição da Barra de controle no eixo “X” enquanto que na
questão temos a posição da barra na posição 700 (posição inicial). Precisamos portanto do gráfico
abaixo com o eixo “X” em ´posições da barra´. Uma vez de posse do gráfico citado, acrescenta-se o
Δρ calculado na posição inicial e a obtém-se a nova posição da barra de controle, para atingir o
Período de 30 s que determina a questão.
Para posição inicial 700 divisões temos 2875 PCM. Portanto para 2875 + 191,08 = temos
3066 PCM. Retornando no gráfico, temos a posição de 750 divisões.
Durante o período que o reator ficou desligado (1h30min), ocorrerá inserção de reatividade
negativa devido ao aumento da concentração de Xenônio-135 no reator. O aumento da reatividade
negativa deve ser compensado pela nova posição de barras.
Para calcular a nova posição das barras, é necessário obter informações dos gráficos “Reatividade
Integral da Barra de Controle/Segurança” e “Reatividade do Xenônio após Desligamento”.
BS#1: 790
BS#2: 775
BS#3: 810
BC#: 875
5000,00
Potência de 4,5 MW
500
4500,00
Potência de 4,5 MW (CONFIG. 251 - Agosto/2014)
450
4000,00
400
3500,00
REATIVIDADE DO XENÔNIO (pcm)
350
3000,00
300
2500,00
250
2000,00
200
1500,00
150
1000,00
100
50
500,00
0,00 DIAS
00 11 22 33 DIAS44 55 6 6 7 7 8 8
b) Qual o comportamento da barra BC# depois que o reator foi colocado em controle
automático? Explique.
Depois que o reator for colocado em automático, como a concentração de Xe-135 é maior do
que a de equilíbrio à potência de 4,5 MW e o reator encontra-se novamente a essa potência,
devido à queima do Xe-135 pelo fluxo neutrônico ocorrerá uma queda em sua concentração,
implicando numa variação positiva de reatividade no núcleo que resulta numa inserção da BC
(variação negativa de reatividade) pelo controle automático para compensar essa variação
positiva de reatividade.
27) O reator está crítico na potência de 2 kW com as posições das barras em 750. Qual será as
posições das barras na potência de 50 kW?
O reator se encontra no estado pronto crítico quando o valor da reatividade inserida for
numericamente igual à fração efetiva de nêutrons atrasados (1 $). Dessa forma, o período do
reator na equação Inhour é definido apenas pelo termo relativo ao tempo de geração dos nêutrons
prontos, adquirindo um valor extremamente baixo, o que torna a operação do reator de difícil
controle (excursão de potência).
30) O que significa dizer que o reator IEA-R1 é inerentemente seguro? Cite 5 exemplos de
características de projeto do reator que favorecem a segurança.
O reator usa como fonte de nêutrons para a sua partida os refletores de berílio que estão
posicionados circundando os elementos combustíveis em três das quatro faces, bem como com o
irradiador central de berílio.
O berílio libera nêutrons através da reação Be-9(γ,n)Be-8 onde os gamas são oriundos do
decaimento radioativo dos produtos de fissão no combustível. Esta reação já provê nêutrons
suficientes para atingir a contagem mínima (5 cps) exigida para a partida do reator e suficiente
para sensibilizar a instrumentação nuclear que monitora a população de nêutrons do núcleo.
42) Qual é o tipo de combustível utilizado hoje no reator IEA-R1? Qual é o seu grau de
enriquecimento.
Em ambos tipos de barras o material utilizado consiste em uma liga de prata, índio e
cádmio (Ag-In-Cd). As concentrações desses elementos são 80%, 15% e 5% respectivamente.
A barra de controle serve para controlar a potência do reator, enquanto que as de
segurança devem desligá-lo.
44) Qual a variação de reatividade no núcleo (positiva ou negativa) quando:
De acordo com o RAS, o reator possui um coeficiente de vazio negativo e portanto uma
capsula com ar ou vácuo inserirá reatividade negativa.
45) Porque o compartimento de estocagem (piscina de armazenamento) de combustível irradiado
possui muito mais combustível que o núcleo e não fica crítico?
O cálculo do Δt, o qual é indicado por T5, utiliza a diferença entre as temperaturas medidas
nos pontos T4 e T3.
O registrador T3 se localiza na piscina, 60 cm acima do reator, enquanto que o registrador
T4 localiza-se na tubulação do circuito primário, na entrada do tanque de decaimento após a
válvula gaveta VP-01.
53) Em que nível de vazão ocorre o sinal de SCRAM do reator.
O SCRAM está programado para ocorrer quando a vazão do circuito primário for inferior a
90% da vazão nominal de operação (3400 gpm), resultando num setpoint de 3060 gpm.
54) Porque o detector N-16 não sofre influência da posição das barras durante a operação?
O canal de detecção de N-16 utiliza um detector sensível à radiação gama. Este detector se
localiza na casa de máquinas, fora do núcleo do reator, entre a saída da piscina e o tanque de
decaimento de N-16. Desta forma, a posição das barras não influencia o detector.
55) Qual é a finalidade do detector N-16?
O N-16 é originário dos átomos de O-16 da água da piscina que sejam submetidos à reação
O-16(n,p) → N-16. Este isótopo do Nitrogênio possui T1/2≈7 s e decai pela liberação de radiação γ
com energia de, aproximadamente, 6,8 MeV. Assim, ao detectar a quantidade de emissões desta
radiação, o canal de N-16 permite uma monitoração adicional indireta do nível de potência do
reator. Este valor serve de referência para calibração dos demais canais nucleares, e permite uma
monitoração precisa, e com atraso muito baixo, da potência atual do reator. Porém, este
parâmetro não é utilizado para o envio de sinais de desligamento do reator.
56) Com que periodicidade deve-se testar o sinal de SCRAM do Δp.
Este sinal de SCRAM segue a Periodicidade de teste dos canais do Sistema de Proteção do
Reator e deve ser testado trimestralmente, ou sempre que qualquer dos eventos abaixo ocorrer:
Mudança de configuração
Realinhamento do circuito Primário
Alteração da vazão nominal
57) Porque é monitorada a variação de pressão no núcleo (Δp) e a que nível esta ajustada o sinal
de scram.
Com o núcleo na posição A, isto é, acima da válvula de convecção, o reator pode operar, em
circulação natural, com potência de até 200 kW ou em circulação forçada através dos
equipamentos do circuito primário com potência de até 5 MW. Já com o núcleo na posição B, ou
seja, adjacente à coluna térmica, a potência máxima especificada é de 100 kW.
61) Qual a potência máxima que o reator pode operar na posição da coluna térmica?
Sim, o sinal de plataforma móvel do núcleo do reator destravada (Bridge Lock). Este é um
sinal digital que impede que o reator opere se a plataforma móvel do núcleo do reator não estiver
na posição correta e devidamente travada. A geração deste sinal é feita pelo fechamento de um
contato elétrico situado em cada lado da ponte, e que é acionado quando a trava mecânica
localizada junto ao mesmo é acionada.
63) Qual o objetivo da remoção de três elementos combustíveis do núcleo do reator antes da
movimentação de sua plataforma de sustentação?
O tanque tem a função de retardar o retorno da água de resfriamento que passou pelo
núcleo do reator, permitindo tempo para o decaimento radioativo do 16N formado pela reação
nuclear (n,p) com o 16O da água, reduzindo assim as taxas de dose de radiação na sala de
máquinas e no saguão da piscina.
A meia-vida do N-16 é curta (Aproximadamente 7 s), o que permite que, durante o tempo
de permanência no tanque (aproximadamente 120 s), ocorra o decaimento de praticamente todos
os isótopos de N-16 produzidos.
65) Como são descobertos vazamentos de água no circuito primário, e qual o critério de perda de
água máximo por dia de operação considerado normal (operacional).
O reator IEA-R1 dispõe de uma Coluna Térmica para realização de experimentos que
necessitem somente de nêutrons térmicos.
68) O que um usuário deve fazer para irradiar uma amostra? Cite os principais documentos a
serem preenchidos.
A água utilizada nos Beam-Holes tem origem no Sistema de Tratamento de Água. Já o seu
destino é o tanque Sump e, em seguida, o tanque de retenção para descarte pela equipe de
radioproteção.
71) Pode o reator operar com o BH’s abertos? Justifique a sua resposta.
O reator pode sim operar com Tubos Colimadores (Beam Holes, BH’s) abertos para
determinado experimento e/ou operação.
Para que isto possa ser realizado, é necessário que a Proteção Radiológica esteja ciente e
aprove a operação com o Beam Hole aberto, com as medições necessárias para atestar que as
blindagens utilizadas são suficientes e a taxa de dose no 1º Andar está de acordo com as Normas
pertinentes. Outra exigência necessária será que o Comitê de Segurança Interno (CSI) tenha
ratificado a realização do experimento.
A porta do Beam Hole possui um microswitch que está ligado à cadeia de desligamento
rápido do reator (SCRAM), de tal forma que, se a porta for aberta inadvertidamente durante a
operação, o reator será desligado automaticamente. Dessa forma, para conseguir ligar o reator,
será imprescindível que o mesmo esteja com o respectivo by-pass acionado, localizado na parte
inferior do painel B da Sala de Controle.
72) Quantos BH’s existem atualmente no reator IEA-R1?
• Primeiramente deve-se fechar as válvulas de cada um dos Beam Holes localizadas no salão
de experimentos (exceto os BH #5 e 13 que foram desativados);
• Abrir a válvula DR-VGV-01 da Linha de Drenagem na Sala de Máquinas (Porão);
• Ligar a bomba do Sistema de Tratamento de Água no Painel Auxiliar na Sala de Controle;
• Confirmar a saída de água pelo tubo de drenagem dos BH (Beam Holes) no Tanque Sump
ou no mostrador de pressão no 1º Andar;
• Iniciar a drenagem dos BH, exceto dos BH #4 e #12 que devem estar com suas válvulas
fechadas, abrindo as válvulas correspondentes por 2 a 3 minutos e verificar se há bolhas de
ar;
• Repetir o procedimento anterior, abrindo as válvulas dos BH #4 e #12 e fechando as
demais;
• Ao término da drenagem, fechar as válvulas dos BH #4 e #12, abrir as demais e desligar a
bomba do Sistema de Tratamento de Água no Painel Auxiliar;
• Dirigir-se a Sala de Máquinas (Porão) e fechar a válvula DR-VGV-01 da linha de drenagem
dos Beam Holes;
• As válvulas de cada um dos Beam Holes localizadas no salão de experimentos (exceto os
BH #5 e 13 que foram desativados e os BH # 4 e 12 que são realizados separados) devem
estar abertas;
74) O sistema de medição de Temperatura manda algum sinal para a cadeia de “scram” do reator?
O sinal de temperatura da água de saída da piscina, que causa SCRAM se for maior que 48
°C, é independente do sistema de medição de temperatura.
75) Quais são os tipos de Sistemas de Distribuição Elétrica para as cargas do Reator IEA-R1?
• Mesa de Controle
• Iluminação da Sala de Controle
• Alarmes de Incêndio
• Ventilador (VG-003) da exaustão de emergência da Área Quente
• Bombas do Circuito Primário
• Instrumentação dos sistemas relacionados à segurança;
80) Esquematize a disposição dos Grupos Geradores e dos seus respectivos painéis de comando do
Prédio de Distribuição e Geração de Energia Elétrica.
81) Na indisponibilidade da rede externa, quais os grupos-geradores que alimentam as seguintes
cargas?
a) Mesa de controle
Alimentada pelo conjunto “No-Break” CNB-V-01 de 220 Volts através do estabilizador. Tal
conjunto é energizado pelo grupo diesel gerador GDG-V-03. Na indisponibilidade do “No-Break”
CNB-V-01, a mesa de controle pode ser alimentada pelo GDG-E-02.
As bombas B-101A e B-101B podem ser alimentadas pelo conjunto “No-Break” CNB-V-02 de
440 Volts.
As bombas B-102A e B-102B podem ser alimentadas pelo conjunto diesel gerador GDG-E-01
de 440 Volts.
e) Sistema de ventilação
Cargas Vitais 220 V: Serão alimentadas pelo conjunto “No-Break” CNB-V-02 de 440 Volts
Exaustão de Emergência VG-003
Resistências da Exaustão de Emergência.
Cargas Essenciais 220 V: Serão alimentadas pelo conjunto GDG-E-01 de 440 Volts
Ventilador do Insuflamento (VG-001)
Ventilador da Exaustão Normal (VG-002)
Exaustão da Área Fria VG-005
O Self Contained da Área Fria SC-003
A alimentação dos ventiladores das torres de refrigeração pode ser feita pelo grupo diesel
gerador GDG-E-01.
82) Se o reator estiver operando em 4,5 MW, com os grupo-geradores convencionais em prontidão
(automático) e os grupo-geradores “no-break” em funcionamento (alimentando as cargas), e
houver queda de energia elétrica da rede, mas no grupo-gerador “no-break” baterias
aconteceu uma falha e o grupo não alimentou as cargas nele ligadas, ocorrerá então
desligamento do reator por queda de tensão. É possível ligar novamente o reator sem energia
elétrica da rede e sem o grupo-gerador “no-break” baterias? Se for possível, qual o
procedimento adotado?
Tecnicamente é possível realizar uma manobra elétrica para alimentar o quadro QDF-V-11
normalmente alimentado pelo conjunto “no-breaks” CNB-V-01. Nesta condição, o quadro QDF-V-11
(que alimenta as cargas vitais 220 Volts) pode ser alimentado pelo grupo diesel gerador GDG-E-02
através do quadro QDF-E-01. O GDG-E-02 possui capacidade de alimentar, além das cargas
essenciais 220 V, as cargas vitais 220 V.
Antes de realizar tal manobra, contudo, seria necessário registrar no Logbook e avisar o
chefe da instalação sobre a falha do no-break e sobre a alimentação alternativa realizada.
83) Quantos pára-raios constituem o sistema de proteção contra descargas atmosféricas e onde
estão localizados?
Prédio do reator: 4 captores dispostos nos cantos da área de cobertura do prédio, mais 1
instalado no topo da chaminé metálica de exaustão;
Torre de resfriamento (concreto): 2 captores dispostos na parte superior das laterais de
cada torre.
84) Qual a finalidade do sistema de iluminação de emergência?
O Sistema de Drenagem tem por finalidade recolher todo efluente líquido utilizado no
prédio do reator, que pode estar radioativo.
88) Como é composto o sistema de drenagem do prédio do reator?
O bombeamento do tanque de retenção é feito por duas bombas do tipo “sapo” para o
sistema de esgoto da Cidade Universitária, passando pela Estação de Tratamento de Águas e
Esgoto da SABESP. O bombeamento depende de dois parâmetros:
nível de líquido no tanque de retenção;
nível de radiação no tanque de retenção.
Uma análise por espectrometria gama dos efluentes no tanque de retenção do sistema de
efluentes líquidos será realizada sempre que houver necessidade de liberação de efluentes líquidos
para a linha de esgoto. A liberação de efluentes será realizada sempre sob a supervisão da
Gerência de Radioproteção, obedecendo as diretrizes especificadas na Norma CNEN NE 6.05
(Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radioativas).
90) Faça uma descrição resumida do sistema de ventilação e ar-condicionado do prédio do reator
IEA-R1.
• Filtro fino;
• Filtro absoluto;
• Filtro de carvão ativado;
• Filtro absoluto.
a) Registro corta-fogo
O filtro de carvão ativado é utilizado para reter radionuclídeos como Iodo-129 e Iodo-131.
Este filtro está localizado no trem da exaustão de emergência da área quente.
c) Pré-filtro
O pré-filtro é responsável pela filtragem inicial do ar que será insuflado na área quente do
reator.
A exaustão da área fria deverá provocar uma depressão de 100 Pa a 150 Pa em relação ao
exterior do prédio, já a área quente é mantida em uma depressão de no mínimo 200 Pa em relação
ao exterior do prédio.
94) Quais são os monitores de radiação que atuam no sistema de ventilação e o que ocorre
quando esses valores são ultrapassados? Quais são esses valores?
MD-2: Situado no 3o andar, no Saguão da piscina do reator, próximo à parede que separa a
sala de controle.
MD-3: Situado no 4o andar, na Sala de máquinas do Sistema de Exaustão, antes dos filtros
absolutos e de carvão dos Sistemas de Exaustão Normal e de Emergência.
Os monitores atuam no sistema de ventilação se o valor nos dois atingir nível de ALERTA
(10^5 cpm) e fazem a transferência da exaustão normal para a exaustão de emergência, além de
desligar o insuflamento (VG-001).
95) Qual é o procedimento do operador quando alguém avisar que vai fazer uma irradiação na
estação de irradiação pneumática.
Os tipos de extintores usados no prédio do reator e as classes de incêndio que eles atendem
são:
Pó químico seco: indicado para incêndios das classes B e C;
Gás carbônico: indicado para incêndios das classes B e C;
Água pressurizada: indicado para incêndios da classe A.
101) Quanto aos detectores de temperatura localizados no 4o andar junto ao conjunto de filtros
do SVAC, pergunta-se:
b) Difusor
Permitir uma distribuição homogênea da água do circuito primário que retorna à piscina
após resfriamento, evitando a formação de correntes que conduzam a água diretamente à
superfície, minimizando a turbulência que dificulta a visualização do núcleo, dos experimentos e
dos irradiadores e reduzindo a dose no saguão da piscina.
c) Tanque de decaimento
O tanque tem a função de retardar o retorno da água de resfriamento que passou pelo
núcleo do reator permitindo tempo para o decaimento radioativo do 16N formado pela reação
nuclear (n,p) com o 16O da água, reduzindo assim as taxas de dose de radiação na sala de
máquinas e no saguão da piscina.
A meia-vida do N-16 é curta (Aproximadamente 7 s), o que permite que, durante o tempo
de permanência no tanque (aproximadamente 120 s), ocorra o decaimento de praticamente todos
os isótopos de N-16 produzidos.
d) Volante de inércia
Sim. O compartimento principal deve estar totalmente vazio para receber a água do
primário em um eventual acidente de perda de refrigerante. Considerando todo o volume da
piscina em um potencial vazamento, o compartimento principal deve estar vazio para que o nível
de água no porão seja de no máximo 15 cm.
109) Qual a finalidade do Sistema de ar-comprimido?
Este sistema tem por finalidade suprir ar comprimido para diversos utilizadores. Dentre os
principais, podemos citar:
• Válvula de convecção (header) do sistema primário de resfriamento do reator;
• “Dampers” de manobra do sistema de exaustão de ar do prédio do reator;
• Válvula do Sistema de Retratamento de Água (VPA-15).
110) Quais os procedimentos adotados para movimentar a ponte de sustentação do núcleo do
reator?
Como condição inicial temos que o reator deve estar desligado durante a movimentação da
ponte do núcleo.
Movimentação da ponte:
A coluna térmica é constituída por 3 seções de blocos de grafite empilhados em uma das
laterais da piscina.
As fronteiras entre as seções são construídas em aço carbono, sendo as duas primeiras
revestidas internamente com chapas de cádmio e a terceira com placas de carbeto de boro.
Na parte interna da coluna, existem blocos de chumbo, cuja função é blindar as radiações
provenientes do núcleo do reator quando este estiver posicionado em frente a coluna térmica.
O acesso à coluna térmica é realizado por uma porta de aço revestida com carbeto de boro,
chumbo e aço carbono.
112) O que ocorre com o perfil de fluxo num reator quando é inserida uma barra absorvedora
(barra de controle) no núcleo?
Perfil axial:
Perfil Radial:
113) Explique os coeficientes de reatividade abaixo:
c) Coeficiente de vazio.
Há também uma parcela deste elemento formada como produto direto de fissão do
combustível. Correspondendo a 5% do Xenônio formado.
116) O que é tempo morto do reator?
Período pelo qual, após um desligamento, não é possível a partida do reator devido à
quantidade de reatividade negativa inserida pelo 135Xe ser maior que o excesso de reatividade
disponível.
117) Explique como se determina a massa crítica de um reator na sua primeira criticalidade.
Primeiramente, é realizada uma modelagem para determinar a massa crítica para um núcleo
novo. Operacionalmente, realiza-se um experimento de aproximação para a criticalidade
utilizando-se o gráfico “1/M em função do carregamento de combustível”. Adota-se a previsão
mais conservativa, usando como critério de aceitação o desvio entre o modelo calculado e o
resultado obtido na prática.
118) Explique o que significa dizer que um elemento combustível tem “queima” de 10%?
Significa que 10% dos átomos de 235U originalmente no combustível já foram fissionados.
119) Porque os EC’s# novos devem ser colocados na periferia do núcleo e permanecer até atingir
a queima de 4% de 235U?
R: 3200 pcm
R: 800 pcm
R: 1800 pcm
d) Defeito de potência
R: 300 pcm
e) Experimentos
R: 1000 pcm
R: 500 pcm
g) Total máximo
R: 7600 pcm
123) Cite cinco itens da lista de verificação inicial para a partida do reator.
Não, a posição de criticalidade das barras é mais elevada devido à queima do combustível,
assim para uma mesma condição do núcleo haverá uma variação perceptível da posição após três
meses.
A variação exata dependerá da quantidade de horas de operação e da potência de
operação no período e será maior quanto maior a queima.
126) Considere o reator operando a uma potência de 4,5 MW por 5 horas. Desprezando-se os
efeitos de temperatura e admitindo que nenhum absorvedor de nêutrons foi introduzido ou
retirado do núcleo, explique qualitativamente, no evento de um “scram” do reator as novas
posições das barras em relação às suas posições no instante do “scram” do reator (supondo
que o reator tornou-se novamente crítico uma hora após o instante do “scram”).
Após o “scram” do reator, a concentração de Xenônio-135 aumentará, uma vez que sua
produção continuará ocorrendo pelo decaimento do Iodo-135 anteriormente produzido no núcleo
enquanto que sua remoção reduzirá pois não haverá sua queima com o reator desligado. Desta
forma, o resultado desta maior concentração de Xenônio-135 será a inserção de reatividade
negativa no núcleo. Então, se compararmos qualitativamente a posição de barras antes e após o
evento de “scram”, podemos afirmar que a nova posição de barras estará mais retirada do núcleo.
127) Qual o valor da contagem mínima da fonte? Qual o comportamento da instrumentação se
essa contagem mínima não for atingida? Pode-se ligar o reator?
Todo o processo de partida do reator é monitorado pelo canal nuclear de faixa ampla, que só
permite que as barras de segurança comecem a ser retiradas se o mesmo apresentar uma
contagem mínima de 5 cps. Este sinal tem como objetivo assegurar que a instrumentação (canal de
faixa ampla) tenha condições de acompanhar a taxa de crescimento do fluxo neutrônico na medida
em que as barras de controle/segurança são removidas. Desta forma, se o canal registrar uma
taxa de contagem inferior a 5 cps, os magnetos não são energizados, o que impede a remoção das
barras de controle/segurança.
128) Quais as diferenças fundamentais entre câmara de fissão, câmara de ionização compensada
(CIC) e câmara de ionização não compensada (CINC), utilizadas no controle e monitoração de
potência no reator IEA-R1?
Câmara de fissão:
* Os nêutrons interagem com o revestimento de U-235 da câmara, causando uma fissão;
* Os fragmentos de fissão interagem com o gás causando sua ionização;
* Os elétrons produzidos são coletados, produzindo um pulso no eletrodo.
Utilizada no canal de faixa ampla e no Safety 1.
O scram ocorre quando o valor do período for menor ou igual a 12 segundos. Este sinal não
causa scram caso a potência do reator seja superior a 500 kW (10% da potência nominal) em 2 de
3 canais de segurança.
133) Faça um diagrama das faixas de operação comparativas em termos de porcentagem de
potência de todos os canais de segurança e potência utilizados no controle do reator IEA-R1.
134) Liste 6 “SCRAM’s” do reator e dê os limites de atuação de cada um deles.
Potência nos canais de segurança 100% da pot. nominal 105% da pot. nominal
Tensão de alimentação dos detectores dos 700 Volts 630 Volts
canis de segurança
Período do reator na condição de Acima de 30 segundos 12 segundos
potência < 500 kW
Taxa de contagem no canal faixa-ampla Acima de 5 cps 5 cps
com reator na condição de
potência < 500 kW
Nível de água na piscina do reator 8,95 metros 8,60 metros
Nível de radiação no saguão da piscina < 150μSv/h 1500 μSv/h
sobre a plataforma móvel do núcleo do
reator
Nível de radiação no monitor de radiação < 100μSv/h 500 μSv/h
no salão de experimentos da Física Nuclear
Temperatura da água na saída da piscina Entre 37 e 42 °C 48 °C
Variáveis digitais Nível/condição de Nível/condição ajustada
operação normal para desligamento do reator
Desligamento manual Contatos fechados Contato aberto
Canal de período em teste Chave na posição - Chave na posição - calibrete
operante
Canais de segurança em teste (vide nota 1) Chave na posição - Chave na posição – trip test
operante ou zero ou calibrete
Qualquer barra de segurança ou de Contato fechado Contato aberto
controle desacoplada de seu respectivo
mecanismo de acionamento
Qualquer BH aberto sem o devido bloqueio Contato fechado Contato aberto
Válvula de convecção não acoplada à base Válvula acoplada Válvula desacoplada
do núcleo (contato fechado) (contato aberto)
Ponte de sustentação do núcleo do reator Ponte travada (contato Ponte destravada (contato
destravada fechado) aberto)
Válvula de isolamento da piscina do reator Válvula aberta: Válvula não aberta:
microswitch “fim de microswitch “fim de curso-
curso-posição aberto”- posição aberta”- aberto
fechado
Nível de água na piscina Contato fechado Contato aberto
SCRAM do experimento CAFÉ Contato fechado Contato aberto
Modo teste ativo (TESTE) Contato fechado Contato aberto
Com o núcleo na posição A, isto é, acima da válvula de convecção, o reator pode operar, em
circulação natural, com potência de até 200 kW. Já com o núcleo na posição B, ou seja, adjacente à
coluna térmica, a potência máxima especificada é de 100 kW.
137) Explique a diferença entre variáveis de proteção analógicas e digitais.
Cont On
Up
Drive Down
Rod Seated
Canal de Segurança Indicando Potência maior que 105% da Potência Nominal - Desligar o
reator por sobrepotência, evitando assim o aumento na temperatura do revestimento das placas
combustíveis acima do limite de segurança.
Obs: Estes canais atuam na coincidência 2 em 3 sempre que a potência do reator ultrapassar 105
% da potência nominal.
Temperatura de saída da água da piscina acima de 48ºC (Outlet temp): Evitar elevadas
temperaturas do fluido refrigerante no núcleo do reator, uma vez que as mesmas favorecem a
ocorrência de corrosão no revestimento das placas combustíveis.
Alto nível de Radiação em um dos dois detectores (MA-1 e MA-2) localizados sobre a ponte
móvel do núcleo do reator (RAD LVL POOL)
Alto nível de radiação no detector de radiação (MA-5) localizado no salão de experimentos
da Física Nuclear (RAD LVL BEAM ROOM)
Assegurar o desligamento do reator, minimizando assim, possíveis danos ao reator, dose de
radiação aos trabalhadores e liberação de produtos radioativos para o meio ambiente.
Nível de água na piscina do reator < 350 mm abaixo do nível do ladrão (detectado por LT-11
ou LS-12): Assegurar a blindagem na parte superior do núcleo do reator, as condições termo-
hidráulicas para o resfriamento do núcleo por convecção natural e, em caso de perda de água da
piscina, manter o núcleo do reator submerso por um intervalo de tempo suficiente para que a
potência residual decaia a valores inferiores à capacidade de remoção deste calor através do
Sistema de Resfriamento de Emergência (SRE).
Taxa de contagem no canal de faixa ampla < 5 cps (Count Rate): Este sinal tem como objetivo
assegurar que o canal de faixa ampla tem condições de acompanhar a taxa de crescimento do
fluxo neutrônico na medida em que as barras de controle/segurança são removidas.
Plataforma móvel do núcleo do reator destravada (Bridge Lock): Este é um sinal digital que
impede que o reator opere se a plataforma móvel do núcleo do reator não estiver na posição
correta e devidamente travada.
Válvulas de isolamento da piscina do reator fechadas: Todas as quatro válvulas são
monitoradas, e caso uma delas não esteja na condição “totalmente aberta”, é enviado o sinal de
scram.
Modo de teste ativo (TESTE): Sempre que a unidade de relés, instalada no painel B da Sala de
Controle, for colocada na condição de teste para ajuste do nível de desligamento das variáveis
analógicas (nos comparadores instalados no bastidor dos comparadores e isoladores/Painel B),
será gerado um sinal de desligamento do reator.
140) Descreva o funcionamento do Sistema de Controle do Reator quando operando em
automático. Use um diagrama de blocos para auxiliar na sua resposta.
O controle automático tem como entrada a potência indicada pelo canal linear, o valor
ajustado da demanda e o valor do período enviado pelo canal de faixa ampla.
O controle compara o valor da potência com o valor da demanda, o resultado é um sinal de
erro que passa por um limitador e é somado ao inverso do período.
O limitador visa impedir que diferenças muito grandes entre o valor da demanda e o da
potência gerem períodos muito curtos, assim pode-se ajustar o período mínimo aceitável para
varições de potência pelo controle automático (aproximadamente 20 s).
O controle automático atua então na barra de controle retirando ou inserindo barra de
maneira a manter em zero o erro combinado da potência com inverso do período.
141) Dê o tipo de detector usado nos seguintes indicadores de potência:
a) Log
O canal de faixa ampla, ou Campbell, é formado por uma câmara de fissão (com urânio
enriquecido no isótopo 235 U) conectada a um módulo amplificador (eletrônico).
b) S#1
c) S#2
Tipo câmara de ionização não compensada (CINC) com depósito de 10 B em seu interior.
d) S#3
Tipo câmara de ionização não compensada (CINC) com depósito de 10 B em seu interior.
e) Linear
A execução de tais procedimentos se justifica para garantir que a não ativação do Circuito
primário não cause SCRAM no Reator quando este se encontra propositalmente nesse modo de
funcionamento.
É necessário abrir totalmente as válvulas de isolamento da piscina (HV-15, HV-16, HV-17 e
HV-18), pois apesar de o primário estar desligado, elas não são by-passadas da cadeia de scram.
144) Em que condição ocorre o scram “Baixa Vazão/P>200 kW”?
Duas condições principais podem levar ao desligamento do reator por “Baixa Vazão/P>200
kW”.
Ou
São funções que visam atuar automaticamente nos processos que levam o reator a uma
condição segura, garantindo a segurança da planta em operação normal, incluindo a inicialização/
partida, operação em potência, desligamento, troca de combustível, manutenções e condições de
acidente. As principais funções são:
• Iniciar automaticamente o desligamento do reator;
• Garantir o resfriamento de emergência do núcleo, incluindo a remoção do calor residual;
• Assegurar o confinamento do material radioativo.
146) Liste os possíveis eventos que poderiam esvaziar a piscina do reator.
Inspeções e testes periódicos são realizados no S.R.E. para se verificar as suas condições de
operação.
O teste cuja realização é semanal é o Teste de Vazão para Operação do SRE.
Para esse teste, foi previsto um distribuidor para testes no Salão de experimentos do Prédio
do Reator, o qual possui a mesma geometria do distribuidor principal que fica na piscina do reator.
Por meio da válvula de 3 vias do saguão da piscina, a água do SRE é direcionada ao
distribuidor de testes e, a partir da sala de emergência, é verificada a vazão de forma
independente, através do acionamento pelo painel de cada uma das válvulas dos cavaletes A e B.
A vazão mínima deverá ser de 3 m³/h para a válvula manual e de 3,5 m³/h para cada
válvula automática.
150) Qual a finalidade das válvulas motorizadas existentes na tubulação de saída e de entrada do
circuito primário, quando elas atuam e de que tipo elas são?
Os atuadores motorizados das válvulas são alimentados em 440 V (trifásicos, 60 Hz) por
meio de alimentadores individuais localizados no quadro CCM-E/V-11. Nesse quadro, os motores
das válvulas HV-15 e HV-18 são alimentados pelo Sistema de Distribuição Elétrica Essencial (SDEE)
e os motores das válvulas HV-16 e HV-17 são alimentados pelo Sistema de Distribuição Elétrica
Vital (SDEV).
152) O S.R.E. foi dimensionado para resfriar o núcleo para:
O SRE foi dimensionado para resfriar o núcleo do reator IEA-R1 caso ocorra um acidente
com perda de refrigerante após a sua operação contínua por 120 horas a uma potência nominal de
5 MW.
O alerta de nível baixo da piscina seria acusado para valores inferiores a 8,75 m acima do
fundo da piscina, ou seja, uma diferença maior que 200 mm abaixo do nível do ladrão.
b) Desligamento do reator
O desligamento do reator ocorre para valores de nível inferiores a 8,60 m acima do fundo
da piscina, ou seja, uma diferença maior que 350 mm abaixo do nível do ladrão.
d) Acionamento do SRE
O acionamento ocorre para valores de nível inferiores a 4,45 m acima do fundo da piscina,
ou seja, uma diferença maior que 4500 mm abaixo do nível do ladrão.
155) Dê a localização das válvulas do Sistema de isolamento da piscina (SIP).
Considerando como referência a interface com a piscina, cada perna do Circuito Primário
possui a seguinte sequência de válvulas de isolamento:
a) uma válvula gaveta com acionamento por motor (HV-15 na entrada e HV-17 na saída),
b) uma válvula esfera com acionamento por motor (HV-16 na entrada e HV-18 na saída) e,
c) uma válvula gaveta de acionamento manual (VP-09 na entrada e VP-01 na saída).
As 4 válvulas motorizadas estão localizadas em posição estratégica, muito próximas à
parede de concreto da piscina, fisicamente bem protegidas contra possíveis impactos,
principalmente do volante de inércia.
156) Quais os monitores de área estão ligados na cadeia de scram do reator? Dê a localização
deles.
São três monitores de radiação: MA-1 e MA-2, que monitoram o nível de radiação na
superfície da piscina do reator(A), e MA-5, no salão de experimentos do primeiro Andar (B).
A) Alto nível de radiação no saguão da piscina, sobre a ponte móvel do núcleo do reator (RAD
LVL POOL): Este sinal de radiação é detectado por 2 detectores do tipo Geiger Müller, os quais
estão associados os monitores MA-1 e MA-2 na Sala de Controle. Os dois sinais de desligamento do
reator, gerados por estes monitores, são combinados numa lógica 1 em 2 (qualquer um desliga o
reator), resultando na variável "RAD LVL POOL".
B) Alto nível de radiação no salão de experimentos da Física Nuclear (Primeiro andar), entre
os tubos de irradiação 3 e 4 (RAD LVL BEAM ROOM): Neste caso, o nível de radiação é detectado
por um detector do tipo Geiger Müller, localizado entre os tubos de irradiação 3 e 4 no Salão de
Experimentos (no 1 o pavimento do prédio) e que está associado ao monitor MA-5, instalado no
Painel D.
O sinal de desligamento é gerado sempre que o nível de radiação superar um valor pré-
estabelecido, no caso 1500 µSv/h nos MA-1 e 2 e 500 µSv/h no MA-5.
157) Cite a localização dos monitores de dutos do prédio do reator.
Nº Localização do detector
MD-1 2º andar - Sala de ar condicionado
MD-2 3º andar - Saguão da piscina do reator, próximo à parede que separa a sala de
controle
MD-3 4º andar - Sala de máquinas do Sistema de Exaustão, antes dos filtros absolutos e
de carvão dos Sistemas de Exaustão Normal e de Emergência
MD-4 4º andar - Sala de máquinas do Sistema de Exaustão, após os filtros absolutos e
de carvão dos Sistemas de Exaustão Normal e de Emergência
158) Qual a taxa de vazamento do volume de ar da área quente por hora com os dampers
fechados e o Sistema de Exaustão de Emergência em funcionamento?
Foi considerado como critério de projeto para o confinamento, uma taxa de vazamento de
4% do volume da área quente por hora com os “dampers” fechados e o Sistemas de Exaustão de
Emergência em funcionamento.
159) Segundo a EspecTec defina:
a) Criticalidade
b) Excesso de reatividade
filtro fino
filtro absoluto
eliminador de gotas
resistência de aquecimento
filtro fino
filtro absoluto
filtro de carvão ativado
filtro absoluto
Os filtros finos na exaustão servem para retirar particulados maiores, prolongando a vida útil dos
filtros absolutos e de carvão ativado.
Os filtros absolutos da exaustão servem para reter particulados menores, evitando sua liberação
no meio ambiente.
O filtro de carvão ativado serve, principalmente, para reter os radionuclídeos 129I e 131I caso ocorra
liberação de produtos de fissão.
164) A bomba de refrigerante do reator apresenta um vazamento pela gaxeta da ordem de 50
litros por minuto, durante a operação do reator. De que maneira o operador na Sala de
Controle poderia diagnosticar este vazamento? Explique.
Uma perda de 1000 l/min equivale a uma perda de nível de água da piscina de 2000 mm/h.
Isso significa que dentro de pouco tempo ocorrerá SCRAM por baixo nível da piscina do reator, em
seguida a piscina será isolada e as bombas do primário serão desligadas. Entre as ações que o
operador deve realizar destacam-se: acionar a radioproteção para análise e isolamento do local
onde o vazamento ocorreu; iniciar os procedimentos de investigação, inspeção e manutenção;
somente religar o reator após a correção do defeito identificado.
166) Quanto à documentação de registro da operação normal do reator responda:
Os Registros são:
Dados Operacionais do Reator;
Temperatura e Outros Parâmetros operacionais do IEA-R1; e
Logbook;
Permanência na sala de controle;
Lista de Verificação Inicial;
Lista de Verificação Final.
Entre as informações que devem ser anotadas, podem-se destacar: horário de entrada e
saída dos operadores na sala de controle; temperatura em diversos pontos do sistema; posição das
barras de controle e segurança; período do reator; condutividade; indicação dos safeties; indicação
dos canais linear e faixa ampla; nível da piscina; concentração de gases nobres; indicação do
medidor de N-16 e observações sobre a operação.
Os registros foram instituídos e são mantidos para prover evidências da conformidade com
requisitos e operação eficaz dos sistemas.
169) Cite três procedimentos que estão documentados como procedimentos operacionais.
Em alguns casos, pode ser necessário isolar da água da piscina o elemento combustível
danificado, colocando-o dentro de um tubulão especial. São efetuados monitoração e controle da
água do tubulão onde se encontra o elemento, para determinação de possíveis vazamentos. Deste
modo, pode-se avaliar a possibilidade da reutilização do elemento.
Caso o nível de radiação na região da plataforma móvel de sustentação do núcleo
(monitores de área números 1 e 2) atinja o Nível de Perigo, deve-se proceder:
1. Desligamento automático do reator (SCRAM);
2. Desligamento do Sistema de Resfriamento do Reator;
No caso de o nível de radiação nos monitores de duto MD-2, 3 e 4 (lógica 2 de 3) atingir o
nível de perigo (> 106 cpm):
3. Desligamento, por decisão do operador, da exaustão de emergência das áreas quente e fria
do Prédio do Reator IEA-R1 e fechamento, por decisão do operador, de todos os registros de
ultraestanqueidade;
Em ambos os casos:
4. Acionamento do Plano de Emergência.
172) Dê um evento para cada uma das classes de emergências:
CITAR APENAS UM
• Queda de objeto no núcleo do reator;
• Explosões, devido a curto circuito na área do reator, que afetem a sua operação,
• Violação de qualquer especificação técnica para o combustível ou para a instalação,
• Presença de mancha em elemento combustível no núcleo do reator,
• Qualquer evento causador de SCRAM, exceto interrupção no fornecimento de energia
pela empresa responsável,.
b) Alerta
CITAR APENAS UM
• Problemas de proteção física como sabotagem e/ou de intrusão em andamento,
• Queda de um elemento combustível no núcleo,
• Incêndio de pequena proporção no prédio do reator
c) Emergência no IPEN
CITAR APENAS UM
• Incêndio de grande proporção no Prédio do Reator;
• Perda do controle de proteção física do reator, sabotagem completada com sucesso
com possíveis danos no núcleo,
• Explosões na área do prédio do reator que tenha afetado a sua integridade física.
• Eventos que requeiram a atuação dos sistemas de SCRAM e com falha dos mesmos
em desligar o reator, resultando em danos ao núcleo,
d) Emergência Geral
Os eventos que podem levar à fusão do núcleo com perda do refrigerante e parte da
contenção com liberação de material radioativo no meio ambiente.
173) Em uma situação de Alerta quais são os procedimentos a serem adotados?
É uma condição que indica a real ou provável degradação de segurança, onde pode ter
havido ou provavelmente haverá vazamento ou liberação de quantidades não significativas de
material radioativo, porém sem colocar em risco a saúde de pessoas no interior ou no exterior da
instalação. Requer um imediato acionamento do plano de emergência e de ações protetoras
específicas. Não são esperadas ações protetoras ou monitoração de radiação fora da área do
reator, porém, evacuações ou isolamentos de determinadas áreas dentro da área do reator ou nos
prédios anexos podem ser necessárias.
174) Um vazamento ocorreu entre o primário e o secundário no Trocador de Calor do Sistema de
Refrigeração do Reator durante sua operação normal.
Desligamento do reator;
Desligamento das bombas do circuito primário e do secundário;
Isolamento do trocador de calor que ocorreu o vazamento;
Realinhamento de válvulas para utilização do outro trocador de calor;
Circulação da água do circuito primário no sistema de retratamento para remoção das
impurezas.
175) Dê a razão para os seguintes itens da “Lista de Verificação Inicial”:
Verificar o funcionamento das lâmpadas dos Beam Holes, evitando uma informação
incorreta sobre o estado das portas dos Beam Holes.
b) Garantir que o canal Log N esteja indicando contagem mínima.
A unidade antiga de dose equivalente é o rem. A unidade atual é o Sievert (Sv), que
equivale a 100 rem.
177) Qual é o limite de dose equivalente anual para o trabalhador e para o indivíduo do público?
178) O reator IEA-R1 opera normalmente à 3 MW:
Para operações em 3 MW, os detectores MA-1 e MA-2 situados na ponte móvel do núcleo
do reator detectam uma taxa de dose 40 µSv/h.
179) Liste em ordem decrescente quanto a danos biológicos os seguintes tipos de radiações,
assumindo 1 RAD para cada tipo
a) Betas
b) Nêutrons térmicos
c) Alfas
d) Nêutrons rápidos
e) Gamas
Alfas > nêutrons rápidos > nêutrons térmicos > Gamas = Betas
180) Quais são os órgãos do corpo humano mais sensíveis à radiação?
Após a descoberta do parafuso, primeiramente tal situação deve ser anotada entre as
discrepâncias encontradas na inspeção e o fato deverá ser comunicado ao OSR e ao supervisor da
Proteção Radiológica.
Uma vez que haja a aprovação do supervisor da Proteção Radiológica, deverá ser efetuada
a retirada do parafuso considerando-o inicialmente como objeto contaminado.
O operador que realizará a retirada do parafuso deverá seguir os procedimentos
operacionais, com utilização de pinças e papel absorvente para a retirada do parafuso e portando
jaleco, dosímetro de alerta, luvas, sapatos/sapatilhas.
Após a retirada do parafuso, este deverá ser descontaminado com água corrente e
detergente, sendo em seguida isolado.
Após a descontaminação e isolamento do parafuso, deverá ser detectado se ocorre emissão
de radiação a partir do objeto.
Caso não haja emissão de radiação a partir dele, o parafuso poderá ser reutilizado para
outra finalidade. Por outro lado, caso seja detectada a emissão de radiação, o parafuso deverá ser
tratado como um rejeito, sendo descartado apropriadamente de acordo com os procedimentos da
instalação.
183) Qual o tempo que um trabalhador pode permanecer ao lado de um tambor com rejeito
radioativo contendo 137Cs encapsulado em concreto, sendo que a atividade do material é
A=50mCi e a espessura do concreto de 23 cm, de forma a não ultrapassar o limite de dose
efetiva de um IOE?
Dados:
x1/2=5,33 cm
FR=2n
AΓ x
Ẋ= n=
d2 x 1/2
Início da Resposta: Dado que o rejeito radioativo encontra-se encapsulado por uma
blindagem, deve-se calcular o fator de atenuação que a mesma oferece:
AΓ x
Ẋ= n=
d2 x 1/2
23
5,33
FR= 2 =19,9
50×10−3 Ci×0,32m2 Ci R /h 1 −3
Ẋ = 2 2
× =15,2×10 R/h
0,23 m 19,9
20×10−3 Sv
T= =131 ,6 horas
1 ,52×10−4 Sv /h
184) Na retirada de uma amostra de 60Co, cuja taxa de exposição a 20 cm é de 5 R/h.
Monitores de Área:
MA-1 e MA-2 na ponte móvel do núcleo. Causam scram do reator se a taxa de dose for maior que
1500uSv/h.
MA-3: Situado no saguão da piscina.
MA-4: Primeiro andar em frente ao BH-8.
MA-5: Primeiro andar entre os BH-3 e BH-4. Atua na lógica de segurança causando scram se a taxa
de dose for maior que 500uSv/h.
MA-6: Primeiro andar sobre os tubos de armazenamento.
MA-7 : Porão sobre o SUMP.
MA-8: Porão no Sistema de Retratamento.
MA-9: Porão entre os trocadores de calor.
Monitores de Duto:
MD-1: Plenum do SVAC no 2º andar, monitora a exaustão do 1º andar.
MD-2: Saguão da piscina, junto com o MD-3 atua na lógica da exaustão de emergência.
MD-3: 4º andar exaustão geral antes dos filtros. Junto com o MD-2, atua na lógica da exaustão de
emergência.
MD-4: 4º andar, monitora o ar enviado para a chaminé.
O elemento combustível padrão (EC) do Reator IEA-R1 é constituído por duas placas suporte
laterais onde as 18 placas combustíveis são montadas, pelo bocal situado na extremidade inferior
e pelo pino de sustentação na extremidade superior.
As placas combustíveis possuem um comprimento ativo de 590 mm e largura ativa de 60
mm, com o cerne revestido de liga de alumínio. O combustível consiste de siliceto de urânio (U 3Si2)
enriquecido em 19,75 % (peso), disperso em uma matriz de alumínio com densidade de 3,0
gU/cm³.
Entre as placas combustíveis existem os canais de refrigeração, por onde escoa o refrigerante
do núcleo.
O bocal situado na parte inferior do EC permite o encaixe deste na placa matriz, enquanto o
pino de sustentação permite o manuseio do EC.
O elemento combustível de controle (ECC) é constituído por duas placas suporte laterais, pelo
bocal situado na extremidade inferior, um amortecedor de queda do elemento absorvedor, 12
placas combustíveis e quatro placas guias internas que são fixadas mecanicamente nas placas
suporte laterais.
As placas combustíveis são idênticas às do EC padrão em todos os aspectos, porém no ECC as
três últimas placas de cada extremidade são substituídas por duas placas guias e um vão, por onde
passam as lâminas absorvedoras de nêutrons.
As placas guias formam um canal para movimentação das lâminas absorvedoras protegendo
as placas combustíveis e mantendo a uniformidade dos canais de refrigeração.
As placas suporte laterais são maiores que no EC padrão, pois devem alojar e guiar as
lâminas absorvedoras. As placas laterais possuem um rasgo retangular que permite o escoamento
do refrigerante para dentro do ECC e dois rasgos em cada placa na extremidade superior para
fixação da ferramenta de manuseio do ECC.
192) Qual a função da sala de emergência?
O acesso de visitantes deve ser realizado por meio de um controle organizado pelos próprios
titulares/colaboradores da instalação, tomando-se as medidas necessárias para que:
• Seja assegurada a proteção radiológica adequada aos visitantes a áreas controladas, com
informações, instruções e EPI’s apropriados;
• Os visitantes sejam acompanhados, em qualquer área controlada, por uma pessoa com
conhecimentos sobre as medidas de Proteção Radiológica para aquela área; e
• Assegurar que visitantes menores de 16 anos não tenham acesso às áreas controladas.
Sim, existe a restrição de que vistantes menores de 16 anos não podem ter acesso às áreas
controladas.
195) Quais as velocidades de movimentação das barras de controle e de segurança?
A velocidade das barras de segurança é de 1,76 mm/s, enquanto que para a barra de
controle a velocidade é de 2,20 mm/s.
196) Qual o critério de aceitação para o teste de queda das barras de controle e segurança do
reator IEA-R1?
O OSR é responsável pela condução da operação do Reator IEA-R1, incluindo aprovação dos
Programas de Operação elaborados pela Equipe de Irradiação. Está subordinado ao Gerente
adjunto para Operação e Manutenção do Reator IEA-R1, assumindo suas responsabilidades na
ausência deste.
203) Quais são as atribuições do OR?
O ORT não possui responsabilidades nem permissão para operar o reator, exceto quando
autorizado. As ações do Operador em Treinamento devem ser acompanhadas por um Operador
licenciado e por um Operador Sênior, caso o reator esteja em operações que exijam variações de
potência. No caso de operação em potência estável, o operador em treinamento poderá estar
acompanhado apenas por um Operador licenciado.
205) Qual o documento oficial que trata sobre o licenciamento de OR e OSR? A licença obtida pelo
operador no licenciamento vale para qualquer reator?
Dois (2) anos. Para manter uma licença ativa, o OR ou OSR deve realizar suas funções, no
mínimo, por 60 horas a cada três meses, em período não inferior a seis horas contínuas, tendo,
efetivamente, uma posição na equipe de turno, sendo responsável por executar a atividade
inerente a esta função. Para reatores de pesquisa, o OSR ou OR deve realizar suas funções, no
mínimo, por seis horas a cada três meses.