Ciclos Anovulatórios - Saiba o Que É, Suas Principais Causas e Tratamentos - CEFERP

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FERTILIDADE

Ciclos anovulatórios: saiba o que é,


suas principais causas e tratamentos

 ciclos anovulatórios

Para os casais que estão tentando engravidar, o atraso menstrual é um bom motivo ▾
para comemorar! Afinal, este pode ser o primeiro sinal de que a gestação está a
caminho! Entretanto, a ausência de ovulação cíclica e frequente (anovulação
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crônica) também pode levar ao atraso na menstruação o que pode ser motivo de
crônica) também pode levar ao atraso na menstruação, o que pode ser motivo de
angústia e frustração porque a gravidez vai ficando mais distante. 

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A anovulação crônica é o fator mais frequente de infertilidade feminina.


Irregularidade menstrual, aumento da quantidade de pelos e/ou espinhas, saída de
secreção leitosa pela mama e obesidade são algumas das manifestações
relacionadas a esse quadro.

A síndrome dos ovários policísticos é a causa mais frequentemente diagnosticada,


mas outras alterações hormonais, como falência precoce do ovário (“menopausa
precoce”), excesso da prolactina (hiperprolactinemia), alterações dos hormônios da
tireóide, hipófise ou hipotálamo são outras causas de anovulação crônica.

A partir dessas informações, neste post, você vai aprender quando suspeitar da
anovulação crônica, conhecer suas causas e aspectos gerais do tratamento e
entender os ciclos anovulatórios. Acompanhe e tenha uma ótima leitura!

O que são ciclos anovulatórios?


Ciclos anovulatórios são definidos pela ausência da liberação periódica e frequente
do óvulo, ou seja, quando não ocorre o rompimento da estrutura ovariana que
contém o óvulo (folículo). Na prática, suspeita-se que o ciclo menstrual é
anovulatório quando a mulher tem menstruações irregulares com fluxo pouco
frequente, em intervalos maiores do que 35-60 dias. Nesses casos, não há
periodicidade definida para ocorrer a menstruação – é imprevisível!

Fisiologicamente, os ciclos ovulatórios apresentam padrão bem definido! A


menstruação ocorre, geralmente, a cada 31 dias (com atraso ou antecipação do ▾
fluxo de 3 dias). Assim, se uma mulher tem sangramento menstrual a cada 28 dias,
mas em determinado mês o fluxo ocorre depois de 25 dias (antecipa 3 dias) ou após
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31 dias (atrasa 3 dias), este padrão é considerado normal.
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O ciclo menstrual é composto por 2 fases. A fase 1 é o período de desenvolvimento
do folículo (estrutura no ovário que abriga o óvulo), tem duração variável e
predomina a produção de estrogênio. Já na fase 2, ocorre o preparo final do
endométrio (camada interna do útero) para receber o embrião. A duração desta
segunda fase é fixa em 14 dias e, nesse momento, predomina a ação da
progesterona.

A ovulação ocorre entre essas duas fases do ciclo menstrual e a sua data provável
pode ser calculada subtraindo-se a duração da segunda fase (fixa em 14 dias) do
número de dias de intervalo do ciclo.

Por exemplo: em uma mulher com fluxo menstrual que ocorre a cada 30 dias, sua
provável ovulação será no 16º dia do ciclo (ovulação: 30-14=16); em outra mulher
que menstrua a cada 26 dias, a ovulação provável será no 12º (ovulação: 26-14=12).
É importante lembrar que a data da ovulação só é possível ser estimada em
mulheres com ciclos menstruais regulares (ovulatórios).

Além da regularidade do ciclo menstrual, sinais ovulatórios (“dor do meio”, muco) e a


presença da tensão pré-menstrual são outros sinais que reforçam a ocorrência da
ovulação.

Quais são as causas mais frequentes de ciclos


anovulatórios?
Classicamente, os ciclos anovulatórios ocorrem pelo desequilíbrio hormonal das
glândulas relacionadas ao eixo hormonal reprodutivo (hipotálamo, hipófise, ovário) e
tireoide. Além da irregularidade menstrual, outros sintomas podem ocorrer a
depender da causa de anovulação crônica.

Podemos citar algumas entre as principais causas. Veja!



Disfunção hipotálamo-hipofisária
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É a causa mais frequente de anovulação crônica mas poucas vezes é
É a causa mais frequente de anovulação crônica, mas poucas vezes é
diagnosticada. Trata-se de um desequilíbrio na produção hormonal do hipotálamo e 
hipófise, localizadas no sistema nervoso central (cabeça) que ocorre quando a
mulher passa por algum estresse fora do habitual.

Na maioria das vezes, as mulheres que sofrem deste mal são altas e magras. O
diagnóstico é difícil por dois principais motivos:

1. o quadro é autolimitado — ou seja, quando a fase do estresse é amenizada, o


quadro se resolve sozinho;
2. o uso de contraceptivos hormonais pode mascarar o quadro porque não permite
que ocorra a irregularidade menstrual.

Síndrome dos ovários policísticos


A síndrome dos ovários policísticos ocorre entre 5 a 14% das mulheres. Este
distúrbio é caracterizado por um conjunto de alterações associadas ao excesso de
androgênios (hormônio masculino) na circulação sanguínea da mulher.

Este desequilíbrio hormonal pode estar relacionado à infertilidade, acne (espinhas),


aumento da quantidade pelos pelo corpo (hirsutismo), queda de cabelo (alopecia) e
alterações metabólicas ao longo da vida (obesidade, hipertensão arterial, diabetes
mellitus tipo 2, entre outras).

O diagnóstico é realizado através da avaliação clínica e por exames


complementares (sanguíneos e ultrassonografia dos ovários).

Excesso de prolactina (hiperprolactinemia)
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Mulheres que têm excesso do hormônio prolactina, responsável pela produção de
leite pelas glândulas mamárias fora do período da gravidez/amamentação
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(galactorréia) podem desenvolver ciclos anovulatórios.

Tumores na hipófise, uso de medicamentos (metildopa, cimetidina, antidepressivos,


entre outros), lesões na parede do tórax, doenças crônicas, hipotireoidismo, entre
outros, são algumas das causas de hiperporlactinemia. Além da galactorréia,
problemas de visão, sinais de carência de estrogênio (vagina seca, ausência de
lubrificação vaginal, ondas de calor) podem ser outras manifestações da
hiperprolactinemia.

Falência ovariana precoce


A falência precoce dos ovários (“menopausa precoce “) está associada a cessação
prolongada ou até definitiva dos ciclos menstruais. Além disto, essas mulheres
apresentam ondas de calor, ressecamento da vagina, ausência de lubrificação
vaginal durante as relações sexuais e osteoporose se não forem tratadas em tempo
oportuno.

Na maioria dos casos, não há uma causa definida (idiopática), mas a cirurgia,
quimio/radioterapia, doenças autoimunes, doenças genéticas são outros fatores
associados a falência ovariana precoce.

Hipotireoidismo
A redução da produção hormonal pela glândula tireoidiana pode provocar a
anovulação crônica através do desequilíbrio hormonal do eixo hipotálamo-hipófise-
ovariano. Ganho de peso, cansaço, sonolência, intestino preso e hiperpolactinemia
com galactorréia são algumas das manifestações desta desordem tireoidiana.

Alterações na hipófise ou hipotálamo (centrais)


O estilo de vida também está ligado com a questão dos ciclos anovulatórios. A
redução importante do peso nos casos de anorexia pode provocar a cessação quase ▾
que completa da produção hormonal pela hipófise e hipotálamo. Atletas
competidoras, principalmente bailarinas e corredoras também podem apresentar
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anovulação crônica por este mecanismo.
anovulação crônica por este mecanismo.
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Como suspeitar que eu tenho anovulação crônica?


A principal suspeita é a irregularidade menstrual com sangramentos infrequentes
que não apresentam qualquer previsão. Além da irregularidade, os sintomas clínicos
descritos acima conforme a causa de anovulação crônica podem auxiliar no
diagnóstico. Entretanto, os exames sanguíneos e a ultrassonografia serão os fatores
determinantes no diagnóstico.

Vale lembrar que mulheres com ciclos anovulatórios podem ovular esporadicamente
mesmo sem menstruação. Por isso, essas mulheres podem engravidar mesmo sem
ciclos regulares. O primeiro passo na investigação das causas de anovulação
crônica é sempre afastar a gravidez.

E o tratamento?
O tratamento tem como objetivo dois fatores principais: 1) desejo ou não de
engravidar; 2) evitar complicações ao longo da vida.

A modificação do estilo de vida é a primeira linha de tratamento para mulheres com


síndrome dos ovários policísticos e também com alterações no eixo central
(hipotálamo-hipófise).

O uso de medicamentos geralmente é empregado para auxiliar no desequilíbrio


hormonal e prevenir complicações ao longo da vida da mulher. Dependendo da
causa, existem esquemas específicos que são suficientes para restaurar a
fertilidade ou mesmo evitar a gravidez.

O namoro programado é a primeira opção para mulheres com síndrome dos ovários
policísticos que desejam engravidar, desde que não haja alterações nas trompas ou
espermograma. A fertilização in vitro com óvulos de doadora pode ser a primeira
opção para as mulheres com falência precoce do ovário. ▾
Enfim, de um modo geral, o tratamento deve ser conduzido de acordo com a causa
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da anovulação e deve-se levar em consideração aspectos relacionados a qualidade
da anovulação e deve se levar em consideração aspectos relacionados a qualidade
de
 vida e desejo ou não de engravidar. 

Se você apresenta irregularidade menstrual e suspeita que tem a anovulação


crônica, agende uma consulta com um especialista e conheça as estratégias
específicas para reduzir o risco de complicações ao longo da vida.

Caso seu desejo seja engravidar, é necessário estabelecer um planejamento para


não agir de forma precipitada, mas também reconhecer o momento de buscar ajuda
profissional para otimizar a fertilidade. Conte conosco nessa jornada! Visite nosso
blog, entre em contato e aumente seu conhecimento sobre a fertilidade!

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VER COMENTÁRIOS

Patrícia Souza de Melo


14/10/2020 a 11:54

Bom dia .
Já fui ao medico e não tenho problema algum, a única coisa que tenho é que eu não ovulo, mas estou
tomando o Clomid há meses, mais até agora não consegui engravidar, tomo direitinho conforme essa me
passou, gostaria tanto de engravidar, estou fazendo meus 32 anos e até agora nada, não gostaria de ter filho
com uma idade tão avançada.
Alguém para me orientar?

Atendimento CEFERP
15/10/2020 a 15:45
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Olá Patrícia
Olá Patrícia,
Obrigado pelo seu comentário!
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Apenas um especialista em Reprodução Humana, após a consulta, poderá te passar essas
informações. Não conseguimos orientá-la apenas com base nestas informações.
Atenciosamente.
Equipe CEFERP - Centro de Fertilidade de Ribeirão Preto

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PUBLICADO POR

Prof. Dr. Anderson Sanches de Melo

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