COLÉGIO EDUCARTE
ALUNA: ODARA KILMA CAMPOS
SÉRIE: 3° ANO MÉDIO
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
DATA: 20/06/24
Jogos e brincadeiras populares
Os jogos ou brincadeiras populares fazem parte da cultura e são criados pelas
pessoas ao longo do tempo passando de geração para geração. Nestes jogos, não
existem regras fixas, elas podem ser criadas pelo grupo que está brincando e
modificadas sempre que necessário. Para brincar não são necessários materiais ou
espaços específicos, podemos brincar em qualquer lugar. Os jogos populares fazem
parte da cultura.
Atualmente a evolução urbana tem contribuído para a extinção de alguns jogos
populares. O fato de trocar a moradia em casas por prédios de apartamentos e o
processo de insegurança generalizada no País, estão fazendo com que as calçadas
deixem de ser um local de divertimento infantil.
Há algum tempo, era muito comum nas cidades, principalmente nos pequenos
municípios do interior do brasileiro, as crianças brincarem e jogarem na frente das
suas casas, nas calçadas ou em praças e ruas tranquilas
Existe uma grande quantidade de jogos e brincadeiras populares conhecidas, que
fizeram e ainda fazem a alegria de muitas crianças brasileiras: queimado,
cabo-de-guerra, esconde- esconde, rouba bandeira, tá pronto seu lobo?, cabra
cega, bola de gude, sobra um, entre outros.
Alguns brinquedos, jogos e brincadeiras tradicionais entre as crianças brasileiras
têm origens surpreendentes. Vêm tanto dos povos que deram origem à nossa
civilização (o índio, o branco, o negro), como até mesmo do longínquo Oriente.
Atualmente, no mundo cada vez mais urbanizado, industrializado e informatizado, a
tendência é que muitas das brincadeiras tradicionais percam espaço nas
preferências infantis. Mesmo assim, jogos e brinquedos como a peteca, a
amarelinha, a ciranda, a pipa e a cama de gato têm valor cultural inestimável, e o
lugar dessas brincadeiras no folclore já está garantido.
Peteca
Quando os portugueses chegaram no Brasil, encontraram os índios brincando com
uma trouxinha de folhas cheia de pequenas pedras, amarrada a uma espiga de
milho, que chamavam de Pe?teka, que em tupi significa "bater". A brincadeira foi
passando de geração em geração e, no século 20, o jogo de peteca tornou-se um
esporte, com regras e torneios oficiais.
Amarelinha
Essa brincadeira tão tradicional entre as crianças brasileiras também é chamada de
maré, sapata, avião, academia, macaca etc. A amarelinha tradicional é desenhada
no chão com giz e tem o formato de uma cruz, com um semicírculo em uma das
pontas, onde está a palavra céu, lua ou cabeça. Depois vem a casa do inferno (ou
pescoço) e a área de descanso, chamada de braços (ou asas), onde é permitido
equilibrar-se sobre os dois pés. Por último, a área do corpo (ou quadrado).
Cama-de-gato
A cama-de-gato é uma brincadeira com barbante. Consiste em trançar um cordão
entre os dedos das duas mãos e ir alterando as figuras formadas. Provavelmente de
origem asiática, a brincadeira é praticada em diversas partes do mundo. Uma
versão mais moderna é trançar um elástico com as pernas.
Cinco Marias
Também chamada de três Marias, jogo do osso, onente, bato, arriós, telhos, chocos,
nécara etc. O jogo, de origem pré-histórica, pode ser praticado de diversas
maneiras. Uma delas é lançar uma pedra para o alto e, antes que ela caia no chão,
pegar outra peça. Depois tentar pegar duas, três, ou mais, ficando com todas as
peças na mão. Na antiguidade, os reis praticavam com pepitas de ouro, pedras
preciosas, marfim ou âmbar. No Brasil, costuma ser jogado com pedrinhas,
sementes ou caroços de frutas, ossos ou saquinhos de pano cheios de areia.
Pipa
Pipa, papagaio, arraia, raia, quadrado, pandorga... As pipas apareceram na China,
mil anos antes de Cristo, como forma de sinalização. Sua cor, desenho ou
movimento poderia enviar mensagens entre os campos. Os chineses eram peritos
em construir pipas enormes e leves. Da China elas foram para o Japão, para a Índia
e depois para a Europa. Chegaram no Brasil trazidas pelos portugueses. Os tipos
de pipa mais conhecidos são o de três varas, o de cruzeta e o de caixa. Para
confecciona-las bastam algumas folhas de papel, varinhas e linha.
Ciranda
A famosa dança infantil, de roda, conhecida em todo o Brasil, teve origem em
Portugal, onde era um bailado de adultos. O Semelhante a ela é o fandango, baile
rural praticado até meados do século XX no interior do Rio de Janeiro (Parati) e São
Paulo, em que homens e mulheres formavam rodas concêntricas, homens por
dentro e mulheres por fora. Os versos que abrem a ciranda infantil são
conhecidíssimos ainda hoje:
"Ciranda, cirandinha/ Vamos todos cirandar/ Vamos dar a meia volta/ Volta e meia
vamos dar". De resto, há variações regionais que os complementam como "O anel
que tu me deste/ Era vidro e se quebrou./ O amor que tu me tinhas/ Era pouco e se
acabou".
Visando contribuir para o registro da memória desses jogos e brincadeiras
populares, apresenta-se, a seguir, um pequeno resumo com informações sobre
algumas brincadeiras e jogos populares:
Queimado
Os participantes são divididos em dois grupos de crianças. Delimita-se o campo da
batalha com a mesma distância para cada lado, traçando-se uma linha no centro
chamada de fronteira. O jogo consiste em que cada criança de uma equipe atinja
com a bola, jogada com as mãos da linha de fronteira, outra criança da equipe
adversária. Quem não conseguir segurar a bola e for atingido por ela será
"queimado". A criança que conseguir segurar a bola a atira, imediatamente,
tentando atingir alguém do outro grupo. Vence o jogo o grupo que conseguir
"queimar" ou matar todos os adversários ou o que tiver o menor número de
crianças "queimadas".
Cabo-de-guerra
Os participantes são divididos em dois grupos, com o mesmo número de crianças.
Cada grupo segura um lado de uma corda, estabelecendo-se uma divisão na sua
metade, de forma a permitir que cada grupo fique com o mesmo tamanho de corda.
E dado o sinal do início do
jogo e cada grupo começa a puxar a corda para o seu lado. O vencedor é aquele
que durante
o tempo estipulado (um ou dois minutos) conseguir puxar mais a corda para o seu
lado.
Esconde-esconde
Uma criança é escolhida para contar com os olhos fechados em um determinado
local. chamado de "manja", enquanto as outras se escondem. Após a contagem, ela
tenta encontrar cada criança escondida e ao avistá-la tem que dizer "batida fulano
ou fulana", tocando na "manja". Se alguma das crianças que se esconderam
conseguir chegar na "manja" sem ser vista por aquela que está procurando, fala alto
"batida, salve todos" e quem está procurandocomeça novamente a contar.
Entretanto, se todos forem pegos, escolhe-se outra criança para contar e começa-se
todo o processo outra vez.
Rouba-bandeira
Os participantes são divididos em dois grupos com o mesmo número de crianças.
Delimita- se o campo e, em cada lado, nas duas extremidades, é colocada uma
bandeira (ou um galho de árvore). O jogo consiste em cada grupo tentar roubar a
bandeira do outro grupo, sem ser tocado por qualquer jogador adversário. Quem
não consegue, fica preso no local onde foi pego e parado como uma estátua, até
conseguir que um companheiro de equipe o salve tocando-o. Vence o grupo que
tiver menos participantes presos ou quem pegar primeiro a bandeira, independente
do número de crianças "presas".
Tá pronto seu lobo ?
Uma criança é escolhida para ser o lobo e se esconde. As demais dão as mãos e
vão caminhando e cantando: Vamos passear na floresta, enquanto o seu lobo não
vem! Está pronto seu lobo? E o lobo responde durante muito tempo que está
ocupado, fazendo uma tarefa de cada vez: tomando banho, vestindo a roupa,
calçando os sapatos, penteando o cabelo e o que mais resolver inventar. A
brincadeira continua até que o lobo fica pronto e, sem qualquer aviso, sai do
esconderijo e corre atrás das outras crianças, tentando pegar os participantes
desprevenidos. A primeira criança que for pega, será o lobo na próxima vez.
Cabra-cega
Escolhe-se uma das crianças para ser a cabra-cega. Coloca-se um venda nos seus
olhos, alguém faz com que ela de vários giros e pede-se que ela tente tocar ou
segurar alguma das outras crianças participantes. Quem ela conseguir tocar ou
segurar primeiro, será a próxima cabra-cega. A norma tem que ser combinada
antes, se é só tocar ou tem que agarrar. A brincadeira deve ser realizada em um
espaço pequeno e livre, com poucos obstáculos para que não haja acidentes e
machucados.
Bola de gude
É um jogo muito antigo, conhecido desde as civilizações grega e romana. O nome
"gude" tem origem na palavra "gode", do provençal, que significa "pedrinha redonda
e lisa". Atualmente, a bola de gude é feita de vidro colorido. Há várias modalidades
do jogo, porém a mais conhecida é o chamado triângulo. Risca-se um triângulo na
terra e coloca-se uma bola de gude em cada vértice. Se houver mais de três
participantes, as bolas são colocadas dentro ou nas linhas do triângulo. Para saber
quem vai iniciar o jogo marca-se um risco no chão, a uma certa distância do
triângulo. Posicionando-se perto do triângulo, cada participante joga uma bola
procurando fazer com que ela pare o mais próximo da linha riscada no chão. O nível
de proximidade da bola define a ordem dos jogadores. O jogo começa com o
primeiro participante jogando a bola para tentar acertar alguma das bolinhas
posicionadas no triângulo. Se conseguir, fica com a bola atingida e continua
jogando, até errar quando dará a vez ao segundo e assim por diante. Se a bola
parar dentro do triângulo o jogador fica "preso" e só poderá participar da próxima
rodada. Os participantes vão se revezando e tentando "matar" as bolinhas dos
adversários, utilizando os dedos polegar e indicador para empurrar a bola de gude
na areia, com o objetivo de atingir o maior número de bolas dos outros participantes.
Ganha o jogo quem conseguir ficar com mais bolas.
Sobra um
Várias crianças formam um círculo e uma fica em pé, fora do círculo. Cada criança
escolhe o nome de uma fruta. Quem estiver dirigindo a brincadeira diz:- Eu fui
comer uma salada de frutas na casa de fulana. Faltaram banana e abacaxi. As
crianças que representam essas frutas vão trocar de lugar. A criança que ficou em
pé deve tentar ficar no lugar de uma delas. Se conseguir, uma daquelas é que vai
ficar em pé esperando a dirigente falar o nome de outras frutas e tentar pegar outro
lugar. Num dado momento a dirigente da brincadeira diz: - Faltaram todas as frutas!
Todas as crianças tentam trocar de lugar de uma vez só, e a que ficou em pé
também. Como nesta brincadeira sempre sobra um, a criança que sobrou depois
dessa grande troca, é a perdedora.
Assim, Os jogos e brincadeiras populares desempenham um papel fundamental no
desenvolvimento das crianças, contribuindo para o seu desenvolvimento físico,
cognitivo, social e emocional. Além disso, essas atividades proporcionam momentos
de diversão e interação entre os participantes, promovendo a criatividade, a
imaginação e o trabalho em equipe.
É importante ressaltar que os jogos e brincadeiras populares são parte da cultura de
um povo, transmitidos de geração em geração, e devem ser valorizados e
preservados. Eles também podem ser uma forma de resgate das tradições e
fortalecimento da identidade cultural de uma comunidade.
Portanto, é fundamental que as crianças tenham a oportunidade de brincar e se
divertir com jogos populares, tanto em ambientes formais, como escolas, quanto em
espaços informais, como praças e parques. Dessa forma, elas poderão desfrutar
dos diversos benefícios dessas atividades e manter viva a tradição de brincar de
forma saudável e criativa.
Fontes bibliográficas
www.uol.com.br
www.brasilescola.com.br