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AULA UNIFACS – ONLINE – 14/10

TEMA: Meio Ambiente, Saúde e o Papel da Educação Física


 BOAS VINDAS

 CURRÍCULO (Profª de Ed. Física – UEFS e PEDAGOGA,


Intercâmbio Acadêmico na UNIVERSIDADE DE
COIMBRA-PT, Especialista em Fisiologia do Exercício,
Atuação prioritariamente como Personal Trainer desde
2012, ano de formatura até os dias atuais atendendo os mais
variados públicos e em especial o público idoso e feminino.
Atualmente também como Professora do Município de Feira
de Santana.

 TEMA: Meio Ambiente, Saúde e o Papel da Educação


Física

 Meio Ambiente:
Os seres vivos, o solo, a água, o ar, os objetos físicos
produzidos pelo homem e suas tradições compõem o meio
ambiente. Sua preservação torna-se indispensável para o
desenvolvimento sustentável das gerações atuais e das
vindouras.
 O meio ambiente engloba fatores físicos (o clima e a
geologia), biológicos (a população humana, a flora, a
fauna, a água) e socioeconômicos (a atividade laboral,
a urbanização, os conflitos sociais).
 SUSTENTABILIDADE
o Termo empreendido para deliberar atuações e atividades
humanas que apontem para suprir as necessidades
contemporâneas dos seres humanos, sem afetar o futuro das
gerações seguintes. Ou seja, a sustentabilidade está
diretamente atrelada à ampliação econômica e material sem
acometer o meio ambiente, utilizando os recursos naturais de
maneira sensata, garantindo assim o desenvolvimento
sustentável.

A conexão do homem à natureza, desde sua origem histórica,


proporciona uma relação divergente de exploração dos recursos
disponíveis, pois este passa progressivamente a criar, recriar e
satisfazer suas necessidades, conforme o seguimento histórico em
que vive.

 ESTILO DE VIDA E SUSTENTABILIDADE

 TRANSPORTE: Com o crescente aumento do


quantitativo de automóveis, provocando vários
engarrafamentos nas ruas e grandes avenidas, o
aumento dos gases depositados em nossa atmosfera
está cada vez maior, contribuindo muito para o
aquecimento global, horas no trânsito de casa-trabalho
com meios de locomoção que não demandam grande
esforço físico
 ALIMENTAÇÃO: consumo exacerbado de produtos
processados e de fastfoods, além da alta a produção de
embalagens que logo se transformam em entulho.
Pouco consumo de alimentos in-natura.
 MORADIA: A edificação desordenada, por vezes,
construídas em encostas montanhosas e/ou ribeirinhas,
em que por esse fato, comumente acontece
deslizamento de terras e enchentes, sem descarte
correto de dejetos.
 CONSUMO: O consumismo exacerbado é um dos
fatores que mais favorece para a falência das reservas
energéticas. Exemplo: consumo excessivo de energia
elétrica.
 HÁBITOS: Alimentação, moradia, consumo e
locomoção. São costumes que se relacionam
diretamente com os recursos naturais, assim como as
opções de lazer.
o Estilo de Vida Sedentário ou Insuficientemente
ativo, gerando predisposição para doenças
crônicas e outras complicações do quadro geral
de saúde.
- Conceito de Saúde

A noção de saúde está intimamente ligada ao conceito de


qualidade de vida, mesmo que de forma implícita. Isso se deve ao
entendimento de que saúde não se restringe simplesmente à
ausência de doença, mas abrange um estado de bem-estar físico,
mental e espiritual.

QUALIDADE DE VIDA= um conceito abrangente, associado à


expectativa de vida e ao bem-estar geral, logo, condições de vida
e trabalho podem estar diretamente relacionadas a doenças
crônicas.

O indivíduo deve ser avaliado como um todo, considerando todos


os âmbitos e ciclos de vida, as condições de vida e os seus
hábitos, sendo assim, a qualidade de vida influenciada pelo
equilíbrio entre todos os fatores que envolvem o indivíduo.

Não é regra que a ausência de doença tenha necessariamente uma


boa qualidade de vida, e que a presença de alguma comorbidade
tenha uma má qualidade de vida. Isso se dá pelo equilíbrio
existente entre as relações do indivíduo e o meio.

Entende-se que, por exemplo, um indivíduo com alguma doença


crônica não transmissível, como asma, possa ter uma boa
qualidade de vida, se seguir os cuidados indicados, ao mesmo
tempo, outro indivíduo, com outra doença como depressão, não
consiga ter boa qualidade de vida, por não conseguir ter equilíbrio
com suas relações internas e externas; ao mesmo tempo, outros
indivíduos com as mesmas comorbidades podem ou não ser
considerados com boa qualidade de vida.

ATIVIDADE FÍSICA: Qualquer movimento do corpo realizado pelos


músculos que requer energia para acontecer, podendo ser apresentado
como contínuo, com base na quantidade de energia despendida. (exemplos
de atividades físicas)

EXERCÍCIO FÍSICO: Um subgrupo das atividades físicas, ele é


planejado, estruturado e repetitivo, tendo como propósito a manutenção ou
a otimização do condicionamento físico e tem como objetivo melhorar um
ou mais componentes da aptidão: condição aeróbica, força e flexibilidade.
(exemplos de exercícios físicos)

 SAÚDE E SANEAMENTO

As melhorias na nutrição e no saneamento (aspectos relativos


ao meio ambiente) foram os fatores responsáveis pela redução
da mortalidade na Inglaterra e no País de Gales, no século XIX
e na primeira metade do século XX. Já as intervenções médicas
eficazes, como as vacinas e o uso de antibióticos, tiveram
influência tardia e de menor importância relativa, comparada à
melhor nutrição e saneamento.

Em países como o Brasil e outros da América Latina, a péssima


distribuição de renda, o analfabetismo e o baixo grau de
escolaridade, assim como as condições precárias de habitação e
ambiente têm um papel muito importante nas condições de vida e
saúde.

O Crescimento desordenado da população gera uma série de


fatores de risco para a saúde e é como um ciclo sem fim de ações
prejudiciais: sem uma habitação adequada, os dejetos são
despejados em locais inadequados e até mesmo em nascentes e
afluentes de rios importantes, e que, muitas vezes são utilizados
na irrigação de plantações, o que prejudica a qualidade dos
alimentos, sem contar no uso exacerbado de agrotóxicos.

Temos então uma realidade instalada e de difícil solução:


POBREZA - HABITAÇÃO INADEQUADA - ALIMENTAÇÃO
pobre em nutrientes - FALTA DE EMPREGO E RENDA –
DOENÇA – DIFICULDADE DE ACESSO A SERVIÇOS DE
SAÚDE e transporte – RELAÇÕES FAMILIARES
DESEQUILIBRADAS – AUMENTO DA VIOLÊNCIA -
DOENÇAS PSICOLOGICAS E FÍSICAS.

Entretanto, demonstrar que a qualidade/ condições de vida afeta a


saúde e que esta influencia fortemente a qualidade de vida não é o
único desafio. Embora possamos demonstra-las, restam muitas
questões a serem resolvidas e respondidas neste campo de
investigação, inclusive no que diz respeito às intervenções que, a
partir do setor saúde, possam, mais eficazmente, influenciar de
forma favorável a qualidade de vida.

 PROMOÇÃO DA SAÚDE
O termo Promoção da saúde, está associado a um conjunto de
valores: qualidade de vida, saúde, solidariedade, eqüidade,
democracia, cidadania, desenvolvimento, participação e parceria,
entre outros. Refere-se também a uma combinação de estratégias:
ações do Estado (políticas públicas saudáveis), da comunidade
(reforço da ação comunitária), de indivíduos (desenvolvimento de
habilidades pessoais), do sistema de saúde (reorientação do
sistema de saúde) e de parcerias intersetoriais. Isto é, trabalha
com a idéia de responsabilização múltipla, seja pelos problemas,
seja pelas soluções propostas para os mesmos.

A promoção da saúde vem sendo interpretada, de um lado, como


reação à acentuada medicalização da vida social e, de outro, como
uma resposta setorial articuladora de diversos recursos técnicos e
posições ideológicas. seu significado passou a representar, mais
recentemente, um enfoque político e técnico em torno do processo
saúde-doença-cuidado.

Sigerist (1946, apud Rosen, 1979) foi um dos primeiros autores a


referir o termo, quando definiu as quatro tarefas essenciais da
medicina: a promoção da saúde, a prevenção das doenças, a
recuperação dos enfermos e a reabilitação, e afirmou que

“a saúde se promove proporcionando condições de vida decentes,


boas condições de trabalho, educação, cultura física e formas de
lazer e descanso”.
E para isso, pediu o esforço coordenado de políticos, setores
sindicais e empresariais, educadores e médicos.

Para Gutierrez (1994, apud Gutierrez, M. et al., 1997), promoção


da saúde é o conjunto de atividades, processos e recursos, de
ordem institucional, governamental ou da cidadania, orientados
a propiciar a melhoria das condições de bem-estar e acesso a
bens e serviços sociais, que favoreçam o desenvolvimento de
conhecimentos, atitudes e comportamentos favoráveis ao cuidado
da saúde e o desenvolvimento de estratégias que permitam à
população maior controle sobre sua saúde e suas condições de
vida, a níveis individual e coletivo. Neste conceito, mais
apropriado à realidade latino-americana, agrega-se ao papel da
comunidade a responsabilidade do Estado na promoção da saúde
de indivíduos e populações.

Várias conferências internacionais aconteceram para discutir o


assunto da promoção da saúde e estratégias de aplicabilidade.

Dentre elas, a conferência de Ottawa em 1986 foi o marco mais


importante e gerou o documento: Carta de Ottawa (WHO, 1986),
que tornou-se, desde então, um termo de referência básico e
fundamental no desenvolvimento das idéias de promoção da
saúde em todo o mundo e têm as seguintes diretrizes:

 Elaboração e implementação de políticas públicas


saudáveis
 • Criação de ambientes favoráveis à saúde
 • Reforço da ação comunitária
 • Desenvolvimento de habilidades pessoais
 • Reorientação do sistema de saúde

A criação de ambientes favoráveis à saúde implica o


reconhecimento da complexidade das nossas sociedades e das
relações de interdependência entre diversos setores. A proteção
do meio ambiente e a conservação dos recursos naturais, o
acompanhamento sistemático do impacto que as mudanças no
meio ambiente produzem sobre a saúde, bem como a conquista
de ambientes que facilitem e favoreçam a saúde, como o
trabalho, o lazer, o lar, a escola e a própria cidade, passam a
compor centralmente a agenda da saúde.

 SAÚDE E ESTILO DE VIDA

Nas últimas décadas, observamos uma transformação sem


precedentes no padrão de vida das sociedades. Os avanços
tecnológicos e a freqüente presença de mecanismos que poupam
esforço físico como escadas rolantes, elevadores e controles
remotos têm conduzido à diminuição progressiva de atividade
física no trabalho, em casa e no lazer (Rejeski e Mihalko, 2001;
Charles, 2014).

 ATIVIDADE FÍSICA: Qualquer movimento do corpo


realizado pelos músculos que requer energia para acontecer,
podendo ser apresentado como contínuo, com base na quantidade
de energia despendida. (exemplos de atividades físicas)

 EXERCÍCIO FÍSICO: exercício físico é um subgrupo das


atividades físicas, ele é planejado, estruturado e repetitivo, tendo
como propósito a manutenção ou a otimização do
condicionamento físico e tem como objetivo melhorar um ou mais
componentes da aptidão: condição aeróbica, força e flexibilidade.
(exemplos de exercícios físicos)

Um grande número de evidências científicas tem demonstrado,


cada vez mais, que o hábito da prática de atividade física se
constitui não apenas como instrumento fundamental em
programas voltados a promoção da saúde, inibindo o
aparecimento de muitas das alterações orgânicas que se associam
ao processo degenerativo, mas, também, na reabilitação de
determinadas patologias que atualmente contribuem para o
aumento nos índices de morbidade e mortalidade (Darren et al.,
2006).

 PRÁTICA REGULAR DE EXERCÍCIOS

Estudos evidenciam que os exercícios habituais são benéficos para a saúde,


proporcionando melhora da eficiência do metabolismo

o Aumenta o catabolismo lipídico e a queima de calorias do


corpo,

o Incremento da massa e força muscular, da densidade óssea e


fortalecimento do tecido conjuntivo.

o Aumento de flexibilidade, melhora da postura.

o Diminuição da freqüência cardíaca em repouso e no trabalho


submáximo
o Aumento da ventilação pulmonar, diminuição da pressão
arterial,

o Melhora do autoconceito, da autoestima e da imagem corporal,

o Diminuição do estresse, ansiedade, depressão, aumento da


disposição física e mental

o Diminuição do consumo de medicamentos e também melhora


o funcionamento orgânico geral proporcionando aptidão física
para uma boa qualidade de vida

(Teixeira, Carraça et al, 2012; Eyigor e Akdeniz, 2014).

 Exercício físico e meio ambiente

Os estudos de interações humanas e ambientais costumam


considerar os extremos do ambiente sobre os indivíduos e vice-
versa. A atividade física além de melhorar a saúde do corpo e o
psíquico do indivíduo, contribui para o seu bem-estar geral. Por
outro lado o sedentarismo é uma condição indesejável e
representa risco para a saúde. Assim sendo, torna-se relevante
verificar como diferentes ambientes podem influenciar na
qualidade de vida e a adoção do exercício físico como uma prática
indispensável do cotidiano.

A natureza contribui para a redução do estresse. Estudos


indicam que marcadores endócrinos como a adrenalina,
noradrenalina e cortisol, conhecido como o hormônio do estresse,
apresentam diminuição dos níveis quando o indivíduo está em
contato com a natureza, sugerindo assim que essa exposição afeta
os mecanismos que desencadeiam as alterações que resultam no
estresse (Park et al., 2010; Li, 2010). Além disso, o exercício
aumenta o nível dos neurotransmissores noradrenalina e
serotonina, os quais se encontram diminuídos em pessoas
depressivas, promovendo uma melhoria no estado de humor (Park
et al., 2010; Li, 2010).

 Para viver melhor é necessário que todo o cidadão tenha


acesso aos avanços científicos e tecnológicos das
diferentes áreas relacionadas à saúde.
 A combinação de exercícios físicos e o contato com a
natureza em ambientes conhecidos como ‘grandes
espaços’ é algo acessível e traz benefícios à saúde. A
prática de exercícios físicos ao ar livre além de reduzir o
estresse, combate a crescente incidência de inatividade
física (Horowiz, 2006).
 Os benefícios à saúde têm aumentado juntamente com o
crescimento dos 'grandes espaços' que inclui florestas,
beira-mar, campos, parques e áreas verdes.
 Estudos recentes indicam que o exercício ao ar livre
parece ser mais benéfico (Thompson et al., 2011),
levando em conta o impacto do ambiente sobre a saúde
mental do indivíduo (Bowler et al., 2010). Pretty et al.
(2003) demonstram que o exercício ao ar livre pode
melhorar o bem-estar e marcadores de saúde mental.
Outros estudos sugerem que essa prática de exercícios
tem um papel útil na prevenção primária e secundária de
doenças. Além disso, há evidências que sugerem um
papel importante dessa prática em programas de
reabilitação (Barton; Griffin e Pretty, 2012).
 Pesquisadores das áreas de exercício físico, Educação
Física e de Medicina do Exercício e do Esporte, pelos
métodos epidemiológicos de pesquisa, demonstraram que
tanto a inatividade física como a baixa aptidão física são
prejudiciais à saúde (Blair et al., 1995). No mundo todo,
31,1% dos adultos são fisicamente inativos (Hallal et al.
2012). Parte do declínio é atribuído aos avanços
tecnológicos e, mais recentemente, a revolução digital.
 Programas de incentivo à prática de atividade física
precisam ser estimulados por políticas públicas (ACSM,
2000). O ato de exercitar-se precisa estar incorporado não
somente ao cotidiano das pessoas, mas também à cultura
popular, aos tratamentos médicos, ao planejamento da
família e à educação infantil.

- Meio ambiente e sua influência no bem-estar físico e
psicológico
- Saúde nas Cidades (Formação de profissionais de
Engenharia e Arquitetura e Urbanismo)
. Formação integrada
- Cidades Educadoras e Favoráveis a um estilo de vida
Saudável

REFERÊNCIAS:

SAÚDE PÚBLICA COM ÊNFASE EM QUALIDADE DE VIDA: UM


ENSAIO ACADÊMICO Revista Foco |Curitiba (PR)| v.16.n.12|e4012|
p.01-10 |2023Revista Foco |Curitiba (PR)| v.16.n.12|e4012| p.01-10 |2023

 BUSS, Paulo Marchiori, Promoção da saúde e Qualidade de


Vida. Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde
Pública, Departamento de Administração e Planejamento em
Saúde, Rio de Janeiro, Brazil. 19 Jul 2007.
https://doi.org/10.1590/S1413-81232000000100014

 PRESOTTO, Anelise Teresinha, ET ALL. Benefícios do


exercício físico e sua relação com o meio ambiente.
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 213, Febrero de 2016. http://www.efdeportes.com/

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