Administração Pública

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 13

Guia de Estudo IDF

1-Cultura Geral

Administração Pública

 Conceito: A Administração Pública Angolana é o sistema de serviços, organismos e


en dades que atuam para a sa sfação das necessidades cole vas. Caracterizada pela
intervenção do Estado na vida econômica e social, apresenta uma estrutura ver cal de
distribuição do trabalho e da autoridade

Introdução à Administração Pública em


Angola
1. Papel do Estado: A Administração Pública é responsável pela gestão e
execução das políticas públicas em benefício da sociedade angolana.

2. Órgãos do Governo: É composta por Ministérios, Secretarios de Estado e


Institutos Públicos, que actuam em diferentes áreas de governação.

3. Princípios Fundamentais: Prossecução do Interesse Público,


Princípio da Legalidade, Princípio da Igualdade,
Princípio da Justiça e da Imparcialidade, Princípio da Proporcionalidade,
Princípio da Colaboração e da Boa-Fé,
Princípio da Informação e da Qualidade, Princípios da Lealdade,
Princípios da Integridade, Princípio da Competência e Responsabilidade,
Princípio do Respeito pelo Património Público e Princípio da Probidade são
valores essenciais para o bom funcionamento da Administração Pública.
A história da Administração Pública
Angolana
1. Período Colonial: A Administração Pública em Angola remonta ao período
colonial, quando a estrutura administrativa era subordinada ao Governo
Português.

2. Independência: Com a independência de Angola em 1975, a Administração


Pública foi nacionalizada, iniciando um novo capítulo na sua história.

3. Pós-Guerra Civil: Após a guerra civil, a Administração Pública passou por


reformas para fortalecer a governação e promover o desenvolvimento do país.

Estrutura do Governo Angolano


1. Poder Executivo: O Poder Executivo em Angola é liderado pelo Presidente
da República, responsável pela gestão do país. O Presidente nomeia os
membros do seu Gabinete, que são encarregados de executar as políticas e
programas do governo;

2. Poder Legislativo: O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Nacional,


composta por deputados eleitos pelo povo para representar os interesses da
nação. A Assembleia Nacional é responsável por aprovar leis, fiscalizar as
actividades do governo e garantir a participação democrática;

3. Poder Judiciário: O Poder Judiciário é independente e actua para garantir a


aplicação imparcial da lei e a proteção dos direitos dos cidadãos. Estrutura-se
em tribunais de diferentes instâncias, incluindo o Tribunal Constitucional, que
assegura a constitucionalidade das leis.

Os principais órgãos da Administração


Pública Angolana
A Administração Pública angolana pode ser repartida em três Grupos, de acordo
aos artigos 201.º e 213.º da Constituição da República de Angola de 2010,
designadamente:

1. Administração Directa: A Administração Pública direta é o conjunto de


órgãos ligados diretamente ao Poder Executivo.
Administração Central: Competência
extensiva a todo o território nacional (Presidência da República, Vice-
Presidência da República, Ministérios e Secretarias de Estado).

Administração Local / Periférica (interna e externa): Competência


restrita a certas áreas ou circunscrições Governos
provinciais, Administrações Municipais e Administrações Comunais.

2. Administração Indirecta do Estado: Entes personificados que realizam os fins


do Estado. Gozam de autonomia administrativa, financeira e patrimonial.

Institutos Públicos: Pessoas colectivas de natureza institucional


dotadas de personalidade jurídica: INSS, INEA, IGAE.

Empresas Públicas: Pessoas colectivas de


natureza empresarial, com fim lucrativo, que visam a prestação de bens
ou serviços de interesse público, com total capital do
Estado (Sonangol, TAAG, ENSA, ENNA).

3. Administração Autónoma: são as entidades que prosseguem interesses


próprios das pessoas que as constituem e que definem com independência a
orientação da sua actividade.

Associações Públicas: Associações de entidades Públicas –


Associações municipais; Associações Públicas de Entidades Privadas –
Ordens Profissionais.

Autarquias Locais: são pessoas colectivas


territoriais correspondentes ao conjunto de
residentes em certas circunscrições do território
nacional e que asseguram a prossecução de
interesses específicos resultantes da vizinhança,
mediante órgãos próprios representativos das respectivas populações
(Artigo nº 217 da Constituição da República de Angola de 2010).

Autoridades Tradicionais: são entidades que


personificam e exercem o poder no seio da respectiva organização
político-comunitária tradicional, de acordo com
os valores e normas consuetudinários e no respeito pela Constituição
e pela lei (Artigo 224º da CRA).

Outras Formas de Organização e Participação dos


cidadãos: Comissões dos Moradores, Associações,Organizações não
Governamentais – ONGs, Igrejas, Partidos Políticos,
Conselho Municipal de Concertação Social (CMCS) e
Conselho Municipal de Auscultação da Comunidade (CMAC).
Os desafios e lacunas da Administração
Pública Angolana
1. Corrupção e Má Gestão: A corrupção e a má gestão são desafios
significativos que acfetam a eficiência e a transparência da Administração
Pública em Angola.

2. Falta de Capacitação: A falta de capacitação dos funcionários públicos é uma


lacuna que compromete a qualidade dos serviços prestados à população.

3. Acesso Limitado: O acesso limitado aos serviços públicos em áreas remotas


é um desafio para a Administração Pública, que busca garantir a igualdade de
oportunidades para todos os cidadãos.

Os objectivos da Reforma da Administração


Pública Angolana
1. Modernização: A Reforma da Administração Pública busca modernizar os
processos e tornar a Administração mais eficiente e orientada para os cidadãos.

2. Transparência: Aumentar a transparência e a prestação de contas são


objetivos importantes para garantir a confiança dos cidadãos na Administração
Pública.

3. Melhoria dos Serviços: A melhoria dos serviços públicos é um objetivo


chave, visando proporcionar um melhor atendimento e satisfação para a
população.

O papel do cidadão na Administração


Pública
1. Fiscalização: Os cidadãos têm o poder de fiscalizar as ações da
Administração Pública e denunciar casos de corrupção e má gestão.

2. Participação: A participação activa dos cidadãos é essencial para o


desenvolvimento de políticas públicas que atendam às suas necessidades e
prioridades.

3. Beneficiários: Os cidadãos são os principais beneficiários dos serviços


públicos, e a Administração Pública deve garantir a sua qualidade e acesso para
todos.

O cidadão desempenha um papel fundamental na Administração Pública, sendo


parte activa na fiscalização e participação na definição das políticas públicas.
Perspetivas futuras para a Administração
Pública Angolana
1. Tecnologia e Inovação: O uso da tecnologia e a busca por soluções
inovadoras serão fundamentais para a evolução da Administração Pública em
Angola.

2. Desenvolvimento Sustentável: Ao considerar o desenvolvimento


sustentável, a Administração Pública buscará promover políticas que protejam o
meio ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos.

3. Capacitação e Formação: A capacitação contínua de funcionários públicos


e o investimento em formação serão prioridades para garantir o aprimoramento
dos serviços públicos.

Gurus da Administração Pública Angolana

Carlos M. da Silva Feijó


Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto,
Mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e
Doutorado em Direito Público pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de
Lisboa.
Cremildo Félix Paca
Advogado, Árbitro e Docente da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho
Neto. Mestre em Ciências Jurídico-Políticas pela Faculdade de Direito da
Universidade Agostinho Neto, em colaboração com a Faculdade de Direito da
Universidade de Lisboa.

António Pitra Neto


António Pitra Neto, Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da
Universidade Agostinho Neto. Em Dezembro de 1992 é nomeado membro do
Governo de Angola, ocupando-se, desde essa data, da pasta da Administração
Pública, Emprego e Segurança Social.
Carlos Teixeira
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto
no ano académico 1989/1990. É Mestre em Direito, pela Faculdade de Direito da
Universidade de Coimbra, Abril de 1998 e é Doutorando pela Faculdade de Direito
da Universidade de Coimbra.

Virgílio Ferreira de Fontes Pereira


Advogado, Mestre em Ciências Jurídicas, Membro do Bureau Político do Comité
Central do MPLA, Deputado da Comissão: 4.ª - Administração do Estado e Poder
Local, 2004-2010: Ministro da Administração do Território.
Lazarino Poulson
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto,
Mestrados nas áreas: Jurídico-civil, Jurídico-Política. Pós-graduado em Direito
de Comércio Internacional pela Faculdade de Direito da Universidade Agostinho
Neto.

Ins tutos Públicos de formação em Administração Local

IFAL – Ins tuto de Formação da Administração Local e Autárquica


ENAPP – Escola de Administração e Poli cas Públicas

FDUAN – Faculdade de Direito da Universidade Agos nho Neto

En dades de fiscalizações de Actos da Administração Pública

Provedor de Jus ça de Angola


IGAE – Inspecção Geral de Administração do Estado

Procuradoria Geral da República

TCA – Tribunal de Contas de Angola


Assembleia Nacional de Angola

SINSE – Serviço de Inteligência e Segurança de Estado

SIC - Serviço de Inves gação Criminal

Mo Ibrahim Founda on
Ministérios da Administração Pública

MAPTESS – Ministério da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social

MAT – Ministério da Administração do Território

MINOPUH – Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação


MEP – Ministro da Economia e Planeamento

Você também pode gostar