Apresentação

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GOVERNO DE SERGIPE

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO,DO ESPORTE E DA CULTURA


DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO 08
ESCOLA ESTADUAL RURAL EDUCADOR PAULO FREIRE

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO- PPP

Formando pessoas com Educação para o futuro através do aperfeiçoamento do


presente

NOSSA SENHORA DO SOCORRO-SE


2020
[...] não é possível refazer este país, democratiza-lo, humanizá-
lo, torna-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente,
ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se
a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela
tampouco a sociedade muda.

Paulo Freire
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.........................................................................................................3

I-JUSTIFICATIVA.........................................................................................................5

a)Histórico da instituição............................................................................................5

b)Razões que justificam as ações propostas...............................................................5

c)Análise da realidade da instituição e da comunidade onde se localiza...................7

II-REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................9

O COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO INTEGRAL.......................................19

PRINCÍPIOS DO CURRÍCULO SERGIPANO......................................................21

III-IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL...................................22

IV-PROPOSTA CURRICULAR DA INSTITUIÇÃO.................................................24

a)Os fins buscados pela instituição para o desenvolvimento do Estudante.............24

b)Pressupostos teóricos-metodológicos...................................................................25

c)Objetivo Geral e Específicos.................................................................................26

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LINGUAGENS PARA O ENSINO


FUNDAMENTAL(Anos Iniciais)............................................................................28

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO


FUNDAMENTAL(Anos Iniciais)............................................................................28

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS DA NATUREZA PARA O


ENSINO FUNDAMENTAL(Anos Iniciais)............................................................29

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS PARA O ENSINO


FUNDAMENTAL(Anos Iniciais)............................................................................29

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ENSINO RELIGIOSO PARA O ENSINO


FUNDAMENTAL(Anos Iniciais)............................................................................30

COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA......................................30

d)Metas a serem alcançadas.....................................................................................32

e) Sistema de avaliação............................................................................................38
f) Metodologias Ativas.............................................................................................41

g)Especificação do momento de estudo...................................................................42

h)Estratégias e cronograma de acompanhamento e avaliação do projeto político


pedagógico................................................................................................................43

V-A EDUCACÃO ESPECIAL NA ESCOLA ESTADUAL RURAL EDUCADOR


PAULO FREIRE...........................................................................................................44

VI-DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES FÍSICAS E EQUIPAMENTOS A SEREM


UTILIZADOS...............................................................................................................46

VII-DESCRIÇÃO DAS AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS.............................47

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................51

Anexos – Projetos Êxitosos ……………………………………………………………55


APRESENTAÇÃO

A proposta pedagógica da Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire segue


parâmetros definidos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº
9.394/1996), que define que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) deve nortear
os currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas, como também as
propostas pedagógicas de todas as escolas públicas, no Ensino Fundamental e Ensino
Médio, em todo o Brasil.

Nessa perspectiva, conforme preconiza a BNCC, esperamos que nossos


estudantes desenvolvam conhecimentos, competências e habilidades ao longo da
escolaridade básica, norteadas pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados
pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Parafraseando o que diz a
Base: tudo isso se soma aos propósitos que direcionam a educação brasileira para a
formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.

Com isso os estabelecimentos de ensino passaram a gozar de grande autonomia


já que elaboram e executam sua própria proposta pedagógica, possibilitando assim, que
cada escola possa pensar sua realidade administrativa e pedagógica com base na
realidade sociocultural na qual está inserida.

Nossa missão visa construir e reconstruir saberes para o aperfeiçoamento de


nossa prática pedagógica e consequente transformação de nossa escola em uma
instituição educacional de referência na vida da comunidade local, fazendo do nosso
aluno um agente transformador, com consciência crítica, capaz de refletir, solucionar
problemas, detentor de competência emocional e ciente das suas potencialidades. Onde
a Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire compartilha dos ensinamentos do
Educador Paulo Freire que deixa claro, que a pratica da Leitura, não é caminhar sobre as
letras, mas interpretar o mundo e poder lançar sua palavra sobre ele, interferir no mundo
pela ação. Ler é tomar consciência. A leitura é antes de tudo uma interpretação do
mundo em que se vive. Mas não só ler. É também representá-lo pela linguagem escrita.
Falar sobre ele, interpretá-lo, escrevê-lo. Ler e escrever, dentro desta perspectiva, é
também libertar-se.

Pensamos que o ser humano deve ser inserido em processos de crescimento


contínuo com autonomia, criticidade, criatividade e amorosidade; a ética deve ser um

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valor essencial para a formação cidadã e a educação democrática pretendida, com a
atuação efetiva de cada um, em prol da aprendizagem e do bem-estar coletivo; com a
responsabilidade social, almejamos dotar posturas éticas e compromissos sociais da
nossa escola com a comunidade; a informação, ampla, acessível e transparente, também
faz parte do nosso fazer pedagógico, assim como um ambiente sustentável, onde
disseminamos culturas conscientes, com atitudes de responsabilidade ambiental
e solidárias para com as gerações futuras;

Na busca de uma melhor qualidade de ensino e de vida, a Escola Estadual


Rural Educador Paulo Freire elabora o presente projeto, pretendendo traçar uma direção
para o aperfeiçoamento de nossa prática pedagógica, com vistas no combate à evasão e
a repetência e, consequentemente, transformando a nossa escola em uma instituição
educacional de referência na vida da comunidade local, fazendo do nosso aluno um
agente transformador, com consciência crítica e ciente das suas potencialidades.

Almejamos que a aprendizagem seja vista como um processo aberto,


inacabado, algo a ser buscado pelo indivíduo e mediado pelo professor, estamos em
permanente processo de construção e reconstrução do saber, permeado pelo pensamento
crítico e criativo, pelo trabalho, projeto de vida do aluno, empatia, cooperação, que
fazem partem das práticas pedagógicas e curriculares da nossa escola, contribuindo para
o desenvolvimento democrático e a participativo dos nossos discentes.

Acreditamos que transformar a Prática Pedagógica em práxis-reflexão


permanente, crítica e instigadora que motiva e mobiliza os agentes envolvidos na ação
educacional é o desafio maior deste Projeto Pedagógico.

A política educacional nacional tem apontado para diferentes ações, cujos


objetivos são a erradicação do analfabetismo, a expansão da oferta de vagas, com vistas
à universalização do Ensino Fundamental, o combate à evasão e à repetência e a busca
pela prática de um ensino de qualidade, como pressupostos básicos para que todos os
brasileiros possam efetivamente se apropriar do conhecimento historicamente
construído e adquirido e, assim, exercerem plenamente a sua cidadania.

É previsto ainda na legislação federal que todas as instâncias educacionais,


independentemente do nível de ensino que ofertem, elaborem o seu projeto de educação,
projeto este que deve ser resultado de uma ação reflexiva entre docentes, direção, pais,

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alunos e demais funcionários, sobre os objetivos e metas norteadores das ações a serem
trabalhadas, como forma de atingir a tão sonhada qualidade da escola pública.

Por esta razão, nós, educadores, juntamente com os demais membros da


comunidade escolar da Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire, elaboramos o
presente projeto, para garantirmos a oferta de vagas necessárias aos anseios da nossa
comunidade local, pretendendo também traçar uma direção para o aperfeiçoamento de
nossa prática pedagógica, com vistas no combate à evasão e à repetência e,
consequentemente, transformarmos a nossa escola em uma instituição educacional de
referência na vida da comunidade local, fazendo do nosso aluno um agente
transformador, com consciência crítica e ciente das suas potencialidades.

I-JUSTIFICATIVA

a) Histórico da instituição
A Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire foi fundada em 1969 para atender
aos filhos dos funcionários da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –
EMBRAPA, no Povoado Quissamã, Nossa Senhora do Socorro –SE , como também
aos povoados vizinhos Bita e Lavandeira.
Mais tarde a EMBRAPA foi desativada, mas a escola permaneceu. Na época de
sua fundação a escola foi denominada Escola Estadual Rural Governador Eronildes de
Carvalho. Em 1989, o movimento dos trabalhadores rurais sem-terra( MST), ocupou a
área abandonada pela EMBRAPA, conquistando sua posse e fundando novo núcleo
populacional em torno da escola, revitalizando o povoado e criando nova demanda de
matrículas.
Em 2010, a comunidade avaliou que o nome da escola não representava a sua
clientela de pequenos agricultores, pois homenageava um latifundiário alheio a causa
dos agricultores e encaminharam um documento ao então Governador Marcelo Déda
que alterou o nome para homenagear um Educador do povo com ideais de justiça
social, o Professor Paulo Freire, atual denominação da escola.
Em 2018, a escola passou por uma reforma e ampliação, tendo hoje 02(dois)
prédios e área livre que atende satisfatoriamente aos anseios da sua clientela.
b)Razões que justificam as ações propostas
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) se desdobra em competências e
habilidades que os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Básica.

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Nesse novo contexto, o grande desafio consiste em desenvolver o ensino e as
atividades pedagógicas com base nessas competências e habilidades, abandonando o
foco exclusivo no acúmulo de conteúdo, na resolução de exames e nas práticas
costumeiras da maioria das escolas.
As metodologias ativas é uma prática pedagógica que leva o aluno a "fazer" e a
"pensar no que se faz". Nesta metodologia, o aluno é envolvido no seu próprio processo
de aprendizado.
A Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire não participa da Prova
Brasil/Saeb por ser uma escola pública que oferece ensino fundamental regular com
menos de 20 alunos matriculados nas séries avaliadas (4ª série/5 º ano),a escola trabalha
com turmas multisseriadas .

In d íce d e a p ro v a çã o

0% 0% 0%

20% 20%

reprovados
aprovados

100% 100% 100% 100%

80% 80%

0%
2014 2015 2016 2017 2018 2019

Fonte : SIAE - Sistema Integrado Administrativo Educacional

Ao analisarmos o índice de aprovação da Escola Estadual Rural Educador Paulo


Freire percebemos o quanto os resultados positivos cresceram ao longo de 5 anos, o que
foi possível devido a soma das forças da equipe gestora e corpo docente na melhoria da
qualidade de ensino,mudanças na forma de avaliação,apoio dos pais e aplicação dos

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estudos de intensificação de aprendizagem, proporcionaram êxito e certeza de que o
caminho escolhido pela escola é eficiente no alcance dos objetivos.

O Corpo Docente é formado por 03 professores, que ministram aulas na sede


do colégio :

Fonte: http://www.seed.se.gov.br/redeEstadual/Escola.asp?cdestrutura=369

Equipe Diretiva da escola:

Fonte: http://www.seed.se.gov.br/redeEstadual/Escola.asp?cdestrutura=369

Abaixo encontra-se o quadro de funcionários da Escola, segundo o site da SEDUC.

Fonte: http://www.seed.se.gov.br/redeEstadual/Escola.asp?cdestrutura=369
c)Análise da realidade da instituição e da comunidade onde se localiza
A Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire localiza-se no Povoado
Quissamã, Nossa Senhora do Socorro –SE, dentro do Assentamento Moacir Vanderlei,
uma das área das mais pobres de Nossa Senhora do Socorro, e ao construirmos nosso
Projeto Político Pedagógico levamos em conta a realidade que circunda a Escola e as
famílias de nossos alunos, pois, certamente, a realidade social dos alunos afeta a sua
vida escolar, e os dados levantados devem contribuir para orientar todo o organismo

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escolar para os fins de tratar tais indícios com a devida relevância, transformando-os em
currículo, objeto de planejamento e potencial de aprendizagem.
É importante frisar que analisamos também as condições físicas e os recursos
materiais e humanos disponíveis para a efetivação do Projeto, como também os recursos
que serão disponibilizados para nossa unidade escolar, cuidando da eficácia na
utilização para que os mesmos sejam passíveis de alcançar as metas e planejamentos
desejados.
Nossa escola em seu dia-a-dia é um espaço de aprendizagem, além dos
componentes curriculares, sempre realizamos passeios escolares ao Oceanário,
Sergipetec , Museu da gente sergipana, Biblioteca Epifânio Doria etc., para enriquecer
os ensinamentos passados em sala de aula aos alunos.
A Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire é caracterizada pela zona rural,
apesar de ser uma área de assentamento, sua clientela é diversificada sendo filhos de
agricultores, domésticas, operários, costureiras, pescadores, autônomos, entre outros. A
instituição está à disposição da comunidade quando se fizer necessário, pois sabemos da
importância do bom relacionamento da escola perante a comunidade. Sendo assim, a
escola promove Feira de Usados ou Bazar com a finalidade de conseguir recursos para
execução de atividades envolvendo alunos e professores para as datas comemorativas
como “Dia das Crianças”, “Festa Junina” e “Confraternização no final de ano”. Desta
maneira, podemos beneficiar a comunidade, visto a mesma ser de baixa renda, uma vez
que, são oferecidos produtos com preços reduzidos.

Os pais são convocados pela escola através do Conselho de Classe, com


frequência, sempre que o aluno apresenta algum problema de comportamento e/ou
dificuldade de aprendizagem. A cada semestre sempre há duas reuniões, com o intuito
dos pais acompanharem o desenvolvimento cognitivo do filho na escola, visando à
melhoria do ensino aprendizagem. No desenvolvimento de cada projeto didático, a
comunidade é convidada a participar do encerramento onde os alunos desenvolvem
atividades relacionadas o que eles desenvolveram na sala de aula e apresentação de
poesia, música, paródia, exposição, danças, teatro etc.

As instituições que fazem partem da comunidade são: Posto de saúde Maria


Lenice Santos do Nascimento, Associação de produtores de Quissamã, Igreja Batista,
Centro de Capacitação Canudos e outros, o principal líder comunitário é Pedro dos
Santos, representante da comunidade do Povoado.

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Não contamos com um espaço físico privilegiado. Em nossa escola temos uma
sala para secretaria e outra para direção, com banheiro único para funcionários, um
depósito geral, cozinha, área de recreação, 01 bloco de banheiros para alunos (1
feminino com 2 gabinetes e um chuveiro e 1 masculino com 2 gabinetes, um chuveiro e
com 2 mictórios), três salas de aula, como não possuímos quadra poliesportiva para a
prática da Educação física, a mesma é ministrada na área de recreação da escola. Vale
ressaltar também, que não temos espaço reservado para biblioteca, e nosso acervo
bibliográfico itinerante permite que as leituras sejam realizadas na própria sala de aula.
O acesso aos meios de transporte não é relativamente fácil, pois contamos com
poucos pontos de ônibus nas proximidades da escola.
A unidade escolar funciona em um turno: manhã, das 7:30h às 12h, com
intervalo de oferecendo o ensino fundamental anos iniciais (1º ao 5º ano).
Essa região também apesar das dificuldades diárias com infraestrutura,
transporte e saneamento é uma comunidade de povo acolhedor, e em questão da
religiosidade conta com um misto de doutrinação como: o Catolicismo, Testemunha de
Jeova e Igreja Batista, apesar desse misto de crenças, todos se respeitam e vivem em
harmonia.
O entorno da escola é composto pela paisagem rural onde existem sítios,
chacáras, posto de saúde, mercearia, IFS (Instituto Federal de Educação) Campus São
Criatóvão antes chamado de Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão e Centro de
Capacitação Canudos.
Com relação ao saneamento básico, a região não conta com rede de esgoto e na
sua grande maioria as ruas são de piçarra e com alguns buracos, a comunidade sofre
principalmente no inverno,onde surgem alagamentos por falta de infraestrutura básica
de pavimentação, drenagem e saneamento. A precariedade da iluminação pública
também gera insatisfações, pois favorece a assaltos e roubos.
Apesar das dificuldades, existe uma boa parceria entre a comunidade local com
a escola, os pais estão sempre presentes as reuniões de pais e mestres e são amigos da
escola, colaboram como podem em soluções para as adversidades que surgem no dia a
dia da escola, acompanhando a vida escolar dos filhos e colaborando na missão educar
da escola.

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II-REFERENCIAL TEÓRICO

Educação é um dos processos de formação da pessoa humana. Processos


através do quais as pessoas se inserem na sociedade, transformando a sua realidade,
possibilitando assim, que o cidadão se torne crítico, criativo, colaborativo, que respeite
as diferenças, favoreça a equidade, tenha autonomia, esteja inserido de forma plena nos
contextos da vida humana, respeite a natureza, exercendo assim, a sua cidadania.
Para Luckesi (2011, p. 45):

A educação é um típico “que fazer” humano, ou seja, um tipo de


atividade que se caracteriza fundamentalmente por uma
preocupação, por uma finalidade a ser atingida. (...) não se
manifesta como um fim em si mesma, mas sim com um
instrumento de manutenção ou transformação social.

O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire


precisa refletir a realidade concreta da nossa escola, considerando os vários aspectos
que a determinam e não uma realidade disfarçada, pois se pretende que a comunidade,
ao refletir sobre sua realidade, possa trabalhar coletivamente e traçar estratégias para
avançar na busca de uma educação de qualidade para todos.
“O projeto pedagógico não é um conjunto de planos e projetos
de professores, nem somente um documento que trata das
diretrizes pedagógicas da instituição educativa, mas um produto
específico que reflete a realidade da escola, situada em um
contexto mais amplo que a influência e que pode ser por ela
influenciado". Portanto, trata-se de um instrumento que permite
clarificar a ação educativa da instituição educacional em sua
totalidade. O projeto pedagógico tem como propósito a
explicitação dos fundamentos teóricos-metodológicos, dos
objetivos, do tipo de organização e das formas de
implementação e de avaliação institucional. ” (Veiga, 1998, p.
11-113)

Parafraseando nosso grande Educador Paulo Freire, para que haja a formação
de uma cultura democrática, o conhecimento deve ser instrumento político de
libertação. Ele permitirá o desenvolvimento dos potenciais de cada aluno-cidadão no
meio social em que vive.
Segundo Libâneo (2006, p. 12):
Democratizar o ensino é ajudar os alunos a se expressar bem, a
se comunicar de diversas formas, a desenvolver o gosto pelo

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estudo, a dominar o saber escolar; é ajuda-los na formação de
sua personalidade social, na sua organização enquanto
coletividade.

Para isso o espaço educacional deve ser múltiplo, que compreende diferentes
atores, ambientes e dinâmicas formativas, efetivado por meio de processos sistemáticos
e assistemáticos. Tal concepção enxerga as possibilidades e os limites inseridos a essa
prática e sua relação de subordinação aos macroprocessos sociais e políticos delineados
pelas formas de sociabilidade vigentes. Nessa direção, a educação é entendida como
elemento constitutivo e constituinte das relações sociais mais amplas, contribuindo,
contraditoriamente, desse modo, para a transformação e a manutenção dessas relações.
As ações técnicas e pedagógicas da nossa escola serão orientadas por meio
deste Projeto Político Pedagógico, documento em construção/revisão coletiva
permanente, fundamentado nas determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, LDB 9.394/96, nos Parâmetros Curriculares Nacionais, na Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), no Currículo de Sergipe e legislação vigente.
Nosso PPP não terá uma linha única de raciocínio e de desenvolvimento,
também não nos respaldaremos em ações direcionadas por conceitos que nos
possam levar a uma identificação Piagetiana, Rogeriana, Freinetiana, Montessoriano
etc. A Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire entende que a imposição de uma
única linha de raciocínio, limita e impõe o educando o mesmo raciocínio, exigindo
de todos desempenhos iguais quando entendemos que a compreensão, a inteligência
nas suas diferentes dimensões é variável de aluno para aluno. Todos os conceitos e
técnicas consideradas facilitadoras do aprendizado serão respeitadas, mesclando-se
àquelas que se completam ou que, de forma especial e direcionada, possam facilitar o
aluno a aprender.
Nosso destaque será sempre à relação entre professor e aluno em todos os
segmentos, propiciando uma liberdade sadia para a facilidade do aprender. Nesse
contexto nosso projeto será permeado por concepções de aprendizagem que assim,
como preconiza Jean Piaget, o educando seja um ser ativo no processo de ensino e
aprendizagem, queremos também que ele seja um ser que constrói e reflete interagindo
nas relações interpessoais e um ser digital, que tenha expertise com os meios eletrônicos
esteja conectado. Na nossa proposta o professor é um mediador, que ensina para a
prática do respeito à diferença. Respeita o tempo de aprendizagem de cada aluno.
Ensina valores humanos e se utiliza das tecnologias a favor da educação.

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Teremos como eixo central o Construtivismo de Jean Piaget, a concepção sócia
interacionista de Vygotsky e a educação para o século XXI.
Nesse contexto a Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire compreende a
educação como construção coletiva permanente, baseada nos princípios de convivência,
solidariedade, justiça, respeito, valorização da vida na diversidade e na busca do
conhecimento. Nessa perspectiva, utiliza-se de uma metodologia cooperativa e
participativa, que contribua na construção da autonomia moral e intelectual de todos os
envolvidos no processo educativo, buscando humanização e a mudança social.
Para Moreira (2009), a teoria do pesquisador Vygotsky, propõe que o
desenvolvimento cognitivo se dá por meio da interação social, em que, no mínimo, duas
pessoas estão envolvidas ativamente trocando experiência e ideias, gerando novas
experiências e conhecimento.
Nesse contexto o conhecimento dar-se-á com síntese das experiências e
informações provenientes da relação individual com o objeto cognoscente. Assim como
preconiza o Construtivismo, de Jean Piaget.
O conhecimento não pode ser concebido como algo
predeterminado desde o nascimento (inatismo), nem como
resultado do simples registro de percepções e informações
(empirismo): o conhecimento resulta das ações e interações do
sujeito no ambiente em que vive. Todo conhecimento é uma
construção que vai sendo elaborada desde a infância, por meio
de interações do sujeito com os objetos que procura conhecer,
sejam eles do mundo físico ou do mundo cultural. O
conhecimento resulta de uma inter-relação do sujeito que
conhece com objeto a ser conhecido. (MOREIRA, 1999, p.75)

Assim como, por meio das relações que se estabelecem entre o educando e o
meio histórico e por fim um conhecimento Globalizado, pois as tecnologias são
extensões do homem contemporâneo.
Segundo ANTINUCCI (1998, pag.13)

Crianças, jovens e adultos estão rodeadas por estimuladores dos


sentidos, pelo rádio, pela TV, pelo vídeo, pelo cinema e recebem
informações em diferentes linguagens e se veem diante de uma
outra forma de aprendizagem, esquecida na escola tradicional, a
sensório-motora ou "perceptivo-motora", que se realiza
observando, tocando, modificando, observado os resultados

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Nosso PPP está pautado no que preconiza a BNCC e o Currículo de Sergipe
considerando as principais competências e habilidades que os alunos precisam
desenvolver, entre elas: uso correto da aprendizagem no contexto social; liberdade para
explorar a curiosidade intelectual nas abordagens científicas; criação do senso estético,
potencializando a valorização e o reconhecimento das diferentes culturas e suas formas
de manifestação; utilização do conhecimento na linguagem falada, escrita, em libras,
corporal, tecnológica e artística para a expressão pessoal; conhecimento das tecnologias
e suas formas de comunicação; emprego da comunicação de forma crítica, ética e
reflexiva.
Ao ampliar como professores e cidadãos nossa visão acerca da relatividade de
“ser competente” e de como essa expressão apresenta aspectos diferenciados em cada
indivíduo, propiciamos aos alunos a possibilidade de realizar com mais sucesso seu
potencial intelectual.

Não se trata de olhar o aluno de modo relativista, nem conformista ou ainda de


maneira paternalista, mas de assumir as diferenças e buscar trabalhar com elas, fazendo
com que a inteligência, uma vez democratizada, seja usada a favor do aluno e não
contra ele. Trata-se, portanto, de considerar que a escola visa à libertação e a
transformação da realidade para melhorá-la, para torná-la mais humana, para permitir
que todos sejam reconhecidos como sujeitos de sua história e não como objetos.

Para Paulo Freire, uma das tarefas essenciais da escola, como centro de produção
sistemática de conhecimento, é a de “trabalhar criticamente a inteligibilidade das coisas
e dos fatos e a sua comunicabilidade”. Torna-se imprescindível que a escola instigue
constantemente a curiosidade do educando, sujeito da produção de sua inteligência;
sujeito do mundo e não apenas receptor do que lhe seja ensinado pelo professor.

Paulo Freire afirma ainda que “é de extrema importância respeitar a leitura de


modo que o educando chegue à escola, obviamente condicionado por sua cultura de
classe revelada em sua linguagem”. Respeitar a leitura do mundo do educando significa
torná-la como ponto de partida para a compreensão do papel da curiosidade de modo
geral e da humana de modo especial, como um dos impulsos fundantes da produção do
conhecimento. “Quem ensina, aprende a ensinar”. Segundo ele, “Quando vivemos a
autenticidade, exigida pela prática de ensinar e aprender, participamos de uma
experiência total, diretiva, política, ideológica, pedagógica, estética e ética, em que o

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que for belo deve achar-se de mãos dadas com a docência e com a seriedade!”. Dessa
feita, a educação torna-se um processo de formação mútua e permanente.

Diante do exposto, podemos afirmar que desenvolver um trabalho na escola,


compromissado com uma educação pública de qualidade, é indispensável. Neste
sentido, para que haja um envolvimento de toda comunidade escolar, trabalhando
coletivamente, refletindo, interagindo, divulgando registros do trabalho feito, bem como
avaliando os avanços e revisando os retrocessos, será necessária a parceria de todos
sempre. Seguindo essas trilhas, a comunidade estará caminhando para a conquista da
cidadania.

Araújo (2009), analisando a teoria criada pelo autor Vygotsky, diz que a
aprendizagem na sala de aula é resultado de atividades que proporcionam interação,
cooperação social, atividades instrumentais e práticas. Filatro (2008) enfoca que as
atividades em sala de aula devam ser colaborativas, possibilitando que o aluno vá além
do que seria capaz sozinho.
Com essa compreensão, podemos situar a escola como espaço institucional de
produção e de disseminação, de modo sistemático, do saber historicamente produzido
pela humanidade.
Estamos vivendo Educação para o século XXI, a era do conhecimento, uma
educação condicionada a globalização do planeta e aos recursos tecnológicos
disponíveis na rede mundial de informação, que passa a ser construída, sobre estes
quatro pilares Educacionais que estão baseados no Relatório da UNESCO da Comissão
Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors:
‘Aprender a conhecer’ é o primeiro deles. Ao contrário de
outrora, não importa tanto hoje a quantidade de saberes
codificados, mas o desenvolvimento do desejo e das capacidades
de aprender a aprender. Compreender o mundo que rodeia o
aluno tornar-se, para toda a vida, "amigo da ciência", dispor de
uma cultura geral vasta e, ao mesmo tempo, da capacidade de
trabalhar em profundidade determinado número de assuntos,
exercitar a atenção, a memória e o pensamento são algumas das
características desse aprender que faz parte da agenda de
prioridades de qualquer atividade econômica. Este é um
processo que não se acaba e se liga cada vez mais à experiência
do trabalho, na proporção em que este se torna menos rotineiro.
‘Aprender a fazer’, é o segundo pilar - Conhecer e fazer, diz-nos
o Relatório, são, em larga medida, indissociáveis. O segundo é
consequência do primeiro. Em economias crescentemente
tecnificadas, em que ocorre a "desmaterialização" do trabalho e

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cresce a importância dos serviços entre as atividades
assalariadas e em que o trabalho na economia informal é
constante, deixa-se a noção relativamente simples de
qualificação profissional. Passa-se para outra noção, mais ampla
e sofisticada de competências, capaz de tornar as pessoas aptas a
enfrentar numerosas situações e a trabalhar em equipe. Isso
ocorre nas diversas experiências sociais e de trabalho que se
apresentam ao longo de toda a vida.
Aprender a viver juntos, é o terceiro pilar - desenvolvendo a
compreensão do outro e a percepção das interdependências, no
sentido de realizar projetos comuns e preparar-se para gerir
conflitos. Em contraposição à competitividade cega, a qualquer
custo, do mundo de hoje, cabe à escola mediar. Conhecimentos
sobre a diversidade da espécie humana e, ao mesmo tempo,
tomar consciência das semelhanças e da interdependência entre
todos os seres humanos. Para isso, não basta colocar em contato
grupos e pessoas diferentes, o que pode até agravar um clima de
concorrência, em especial se alguns entram com a postura
inferior. É preciso, para isso, promover a descoberta do outro,
descobrindo-se a si mesmo, para compreender as suas reações.
Por fim, aprender a Ser, é o quarto pilar. A educação deve
contribuir para o desenvolvimento total da pessoa, isto é,
espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético,
responsabilidade pessoal e espiritualidade. Cabe à educação
preparar não para a sociedade do presente, mas criar um
referencial de valores e de meios para compreender e atuar em
sociedades que dificilmente imaginamos como serão. Este pilar
significa que a educação tem como papel essencial “conferir a
todos os seres humanos a liberdade de pensamento,
discernimento, sentimentos e imaginação de que necessitam
para desenvolver os seus talentos e permanecerem, tanto quanto
possível, donos do seu próprio destino" (DELORS et al., 1996).
A escola pública deve ser um espaço de direito à socialização e disseminação
do saber e da cultura historicamente construídos, com vistas à formação de sujeitos
éticos, participativos, críticos e criativos, sendo a mesma responsável pela formação
política dos futuros cidadãos de nossa sociedade, ou seja, a escola tem a função de
promover a formação geral básica do aluno, através da síntese entre cultura formal e
saber popular.
Nesse novo paradigma de educação fala-se muito em qualidade, que com
certeza, é um requisito que almejamos para nossa educação, porém o que existe na
prática é uma educação de qualidade para poucos. Precisamos construir uma “nova
qualidade”, como dizia Paulo Freire, que consiga acolher a todos e a todas, e qualidade
significa melhorar a vida das pessoas da comunidade local através da escola e esse é um

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dos grandes desafios que encontramos, não para pararmos nele, mas para nos
impulsionar, para ser bússola nesse caminho desafiador que é a arte de educar.
Sabemos que a educação precisa ser encarada de forma sistêmica, pois o
sistema educacional é formado de muitas partes interativas e interdependentes, e só
teremos sucesso no que concerne essa educação de qualidade para todos se todas as
partes estiverem envolvidas em um único objetivo e para isso, cada organismo que faz
parte desse sistema educacional maior, precisa traçar metas e objetivos e trabalhar com
seriedade para que os mesmos sejam atingidos.
José Carlos Libâneo defende uma escola que, com seus métodos, alcance as
classes menos favorecidas, que prepare o aluno para o mundo, uma escola acessível a
todos e que garanta um bom ensino, que leve em conta as transformações do mundo
contemporâneo e ofereça um ensino adequado a realidade do aluno da classe popular.
Neste sentido, a escola que norteia este Projeto pretende ser uma “Escola
Cidadã”, que pressupõe a formação para a cidadania ativa e a educação para o
desenvolvimento. Assim, a escola trabalhará a cultura construída historicamente pela
humanidade, sem perder de vista a contextualização da cultura local. Com isso, a escola
possibilitará a seus alunos ter uma consciência e visão crítica do seu meio e da
sociedade como um todo.
Segundo Libâneo (2002, p.28):
A educação, enquanto atividade intencionalizada, é uma prática
social cunhada como influência do meio social sobre o
desenvolvimento dos indivíduos na sua relação ativa com o
meio natural e social, tendo em vista, precisamente,
potencializar essa atividade humana para torná-la mais rica,
mais produtiva, mais eficaz diante das tarefas da práxis social,
postas num dado sistema de relações sociais”

A tecnologia eletrônica nos permite inventar uma realidade, por isso, nossos
professores já perceberam que podem ensinar nossos alunos a utilizar esses recursos
tecnológicos de modo a expressarem e produzirem bens culturais. Não podemos
abandonar a leitura e a escrita verbal, ao contrário, vamos integrá-la à leitura e a escrita
audiovisual e digital. Enquanto esta permite um ir e vir que responde aos impulsos
imediatos do leitor e tem um significado instantâneo que atende à aprendizagem
sensório-motora ou "perceptivo-motora", não descartamos aquela, que exige
concentração, sequência, lógica, concatenação de ideias expressas em frase, períodos e
parágrafos necessárias à aprendizagem simbólica-reconstrutiva.

16
Hoje, as metodologias, devem atender aos princípios de formação de um
sujeito que não é um mero receptor, deve estar baseada na interação, na inovação e na
promoção das capacidades de autonomia do aluno no processo de aprender e pensar,
desafiando-o de forma que busque constantemente soluções aos problemas
apresentados.

As metodologias ativas, preconizadas pela BNCC, consistem na mudança do


paradigma do aprendizado e da relação entre o aluno e o professor. O aluno passa então
a ser o protagonista e transformador do processo de ensino, enquanto o educador
assume o papel de um orientador, abrindo espaço para a interação e participação dos
estudantes na construção do conhecimento.

Dessa forma, temos de desenvolver uma proposta metodológica de trabalho


para que as aulas não se tornem apenas reprodução de conteúdo, mas possibilidades de
reflexão e construção de conhecimentos, integrando teoria e prática.

O papel do professor é o de prover ambientes e ferramentas que ajudem os


alunos a interpretar e analisar o mundo real numa interação dialética, utilizando-se de
recursos diversos tais como: aulas expositivas e teóricas; aulas práticas com realização
de atividades experimentais; trabalhos individuais e em grupos; debates; uso das
tecnologias disponíveis na escola: vídeo, pesquisa (individual ou em grupo); teatro,
música, danças/coreografias, livros didáticos, jogos didáticos; textos informativos de
revistas, jornais, reportagens de TV; produção de textos e relatórios de análises de temas
abordados; pesquisas de campo; confecção de painéis; exposição de trabalhos; oficinas
temáticas; desenhos, histórias em quadrinhos, leituras e releituras de imagens.

Segundo Delors, a prática pedagógica deve preocupar-se em desenvolver quatro


aprendizagens fundamentais, que serão para cada indivíduo os pilares do conhecimento:
aprender a conhecer indica o interesse, a abertura para o conhecimento, que
verdadeiramente liberta da ignorância; aprender a fazer mostra a coragem de executar,
de correr riscos, de errar mesmo na busca de acertar; aprender a conviver traz o desafio
da convivência que apresenta o respeito a todos e o exercício de fraternidade como
caminho do entendimento; e, finalmente, aprender a ser, que, talvez, seja o mais
importante por explicitar o papel do cidadão e o objetivo de viver.

Os pilares são quatro, e os saberes e competências a se adquirir são apresentados,


aparentemente, divididos. Essas quatro vias não podem, no entanto, dissociar-se por

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estarem imbricadas, constituindo interação com o fim único de uma formação holística
do indivíduo.

Jacques Delors (1998) aponta como principal consequência da sociedade do


conhecimento a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda vida, fundamentada
em quatro pilares, que são, concomitantemente, do conhecimento e da formação
continuada.

*Aprender a conhecer – É necessário tornar prazeroso o ato de compreender,


descobrir, construir e reconstruir o conhecimento para que não seja efêmero, para que
se mantenha ao longo do tempo e para que valorize a curiosidade, a autonomia e a
atenção permanentemente. É preciso também pensar o novo, reconstruir o velho e
reinventar o pensar.

*Aprender a fazer – Não basta preparar-se com cuidados para inserir-se no setor
do trabalho. A rápida evolução por que passam as profissões pede que o indivíduo esteja
apto a enfrentar novas situações de emprego e a trabalhar em equipe, desenvolvendo
espírito cooperativo e de humildade na reelaboração conceitual e nas trocas, valores
necessários ao trabalho coletivo. Ter iniciativa e intuição, gostar de uma certa dose de
risco, saber comunicar-se e resolver conflitos e ser flexível. Aprender a fazer envolve
uma série de técnicas a serem trabalhadas.

*Aprender a conviver – No mundo atual, este é um importantíssimo aprendizado


por ser valorizado quem aprende a viver com os outros, a compreendê-los, a
desenvolver a percepção de interdependência, a administrar conflitos, a participar de
projetos comuns, a ter prazer no esforço comum.

*Aprender a ser – É importante desenvolver sensibilidade, sentido ético e


estético, responsabilidade pessoal, pensamento autônomo e crítico, imaginação,
criatividade, iniciativa e crescimento integral da pessoa em relação à inteligência. A
aprendizagem precisa ser integral, não negligenciando para mudar nossa história e
lograr conquistas, precisamos ousar em cortar as cordas que impedem o próprio
crescimento, exercitar a cidadania plena, aprender a usar o poder da visão crítica,
entender o contexto desse mundo, ser o ator da própria história, cultivar o sentimento de
solidariedade, lutar por uma sociedade mais justa e solidária e, acima de tudo, acreditar
sempre no poder transformador da educação.

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Com base na visão dos quatro pilares do conhecimento, pode-se prever grandes
consequências na educação. O ensino-aprendizagem voltado apenas para a absorção de
conhecimento e que tem sido objeto de preocupação constante de quem ensina deverá
dar lugar ao ensinar a pensar, saber comunicar-se e pesquisar, ter raciocínio lógico,
fazer sínteses e elaborações teóricas, ser independente e autônomo, enfim, ser
socialmente competente.

O COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO INTEGRAL


Segundo a BNCC 2017, p.14) a educação integral tem como propósito a
formação e o desenvolvimento global dos estudantes, compreendendo “a complexidade
e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que
privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva”. No texto
introdutório do currículo, a concepção de educação deve concretizar os princípios de
inclusão, equidade e diversidade sublinhados pela BNCC. Também é importante que
todo o documento curricular ofereça aos professores leitores possibilidades para sua
efetivação.
Sendo assim, a maneira de construirmos conhecimento, de certa forma, nos
define. Em outras palavras: se o conhecimento é apresentado na escola de modo
fragmentado, se os componentes curriculares não se integram e não respondem a um
projeto de educação que tenha como objetivo o desenvolvimento pleno dos estudantes,
não será possível formar um sujeito pleno, integral, respeitando as especificidades de
cada aluno o ritmo, forma e tempo de aprender.
Isso se torna importante quando estamos refletindo sobre aluno com deficiência
de alto comprometimento, os quais devem ser respeitados suas particularidades quando
referimos sobre a concepção de ser humano que se quer formar. É apresentar uma
concepção do conhecimento relacional em que as áreas do conhecimento e seus
conteúdos, métodos e visões de mundo possam ser apreendidos com maior integração.
É uma visão que devemos ter enquanto profissionais da área da educação, propostas
interdisciplinares, multidisciplinares e transdisciplinares para assim lograrmos êxito nas
mais diversas possibilidades no processo de aprendizagem.
Para que a integração curricular se concretizar de fato na escola, é necessário que
o Projeto Político Pedagógico (PPP) anuncie novas formas de condução para a gestão e
para o trabalho colaborativo entre professores. Uma das formas de fazer isso é instituir
práticas comuns a todas as áreas, tanto no que se refere às metodologias ativas de ensino

19
e aprendizagem (tais como a aprendizagem colaborativa, a aprendizagem por projetos
ou a pesquisa e a problematização), quanto ao que diz respeito às estratégias de
avaliação formativa e processual.
No texto “o compromisso com a educação integral” (BNCC, 2017, p. 14), a
BNCC apresenta três elementos estruturantes desse paradigma educacional:
Visão de estudante - A BNCC assume uma “visão plural, singular e integral da
criança, do adolescente, do jovem e do adulto – considerando-os como sujeitos de
aprendizagem”, a fim de “promover uma educação voltada ao seu acolhimento,
reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades”.
Também considera a relevância de serem estabelecidos processos educativos que
incluam “as diferentes infâncias e juventudes, as diversas culturas juvenis e seu
potencial de criar novas formas de existir” (BNCC, 2017, p. 14).
Desenvolvimento pleno - A BNCC aponta para alguns desafios de
aprendizagem postos pela sociedade contemporânea que precisam ser incluídos
intencionalmente no processo educativo. Segundo o documento, “no novo cenário
mundial, reconhecer-se em seu contexto histórico e cultural, comunicar-se, ser criativo,
analítico-crítico, participativo, aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e
responsável requer muito mais do que o acúmulo de informações. Requer o
desenvolvimento de competências para aprender a aprender, saber lidar com a
informação cada vez mais disponível, atuar com discernimento e responsabilidade nos
contextos das culturas digitais, aplicar conhecimentos para resolver problemas, ter
autonomia para tomar decisões, ser proativo para identificar os dados de uma situação e
buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças e as diversidades”.
Integração curricular - A BNCC indica que a educação integral propulsione
uma educação sem fragmentação radical dos componentes curriculares e que tenha
sentido para os estudantes, ou seja, uma educação que promova pontes entre o
conhecimento e a vida. O documento também destaca a importância da valorização do
contexto do estudante para que seja dado sentido ao que se aprende, e joga luz sobre o
"protagonismo do estudante em sua aprendizagem e na construção de seu projeto de
vida” (BNCC, 2017, p. 15).

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PRINCÍPIOS DO CURRÍCULO SERGIPANO
Em Sergipe, seguindo o princípio do Regime de Colaboração, os gestores da Rede
Estadual de Ensino e os Municípios se reuniram e firmaram um pacto para a construção
coletiva do currículo, havendo a adesão dos 75 (setenta e cinco) municípios sergipanos.
Perfazendo um caminho histórico e dialogando entre as concepções pedagógicas tem como
princípios:

Colaboração: Perceber-se como parte de um coletivo (família, escola, grupo social,


comunidade, cidade, estado, país) capaz de se relacionar com o outro e trabalhar junto em
equipes, exercitando a competência de ser líder e liderado e se reconhecendo como um ser
corresponsável pelo outro e pelos grupos dos quais faz parte.

Respeito à diferença: Saber lutar, combater a discriminação e o preconceito que afetam a


autoestima do estudante, isso se reflete no aprendizado e pode ser uma das causas da
desistência do aluno. É uma atitude que precisa ser encampada pela coletividade, não é uma
responsabilidade só de quem é discriminado, a escola precisa ser o espaço que proporcione a
reflexão e mudança de postura.

Criticidade: Saber investigar, filtrar e organizar a imensa quantidade de informações que lhe
são ofertadas diariamente, a fim de estabelecer um pensamento estruturado e crítico acerca de
determinado assunto. É também a habilidade de fazer as perguntas certas, de reconhecer a raiz
dos problemas e de olhar para uma questão sob diferentes perspectivas

Inclusão: Participar da garantia do direito de todos à educação. Concretiza-se na igualdade de


oportunidades e a valorização das diferenças humanas, contemplando, assim, as diversidades
étnicas, sociais, culturais, intelectuais, físicas, sensoriais e de gênero dos seres humanos.

Equidade: Desenvolver a capacidade de apreciar, de fazer um julgamento justo comporta-se


a partir do senso de justiça, imparcialidade, respeito à igualdade de direitos.

Autonomia: Fazer escolhas, tomar suas próprias decisões, saber decidir diante de alternativas
reais e postos em condição de poder escolher entre uma e outra. Para a efetivação dessa
condição, é de fundamental importância a garantia de direitos.

Sustentabilidade: Desenvolver a capacidade de interagir com o mundo atual, satisfazendo


suas necessidades de forma consciente e responsável, comprometendo-se com as gerações
futuras, seja no âmbito ambiental, social ou econômico.

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Criatividade: Desenvolver a capacidade de criar ideias novas e úteis, através de uma
motivação suficiente para florescer a capacidade de criar soluções para as situações
desafiadoras do cotidiano e descobrir como implementá-las nos diversos aspectos da
aprendizagem, tornando um ser humano em potencial para a apreensão do que está proposto
na sociedade moderna e a partir desse contexto inovar.

III-IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL

a) Denominação da Instituição: Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire


b)Endereço: Povoado Quissamã S/N
c) Município: Nossa Senhora do Socorro- SE

d)Modalidades de ensino: Ensino Fundamental anos iniciais


e)E-mail: [email protected]
f) Entidade mantenedora: Secretária de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura
– SEDUC
g) Regional : Diretoria Regional de Educação 08

A escola possui a modalidade de Ensino fundamental Anos Iniciais, com classes


multiseriadas, que são uma forma de organização de ensino na qual o professor
trabalha, na mesma sala de aula, com várias séries do Ensino Fundamental
simultaneamente, tendo de atender a alunos com idades e níveis de conhecimento
diferentes.
Bastante presentes na zona rural do País, as classes multiseriadas estão
presentes sobretudo em áreas de difícil acesso, como é o caso da Escola Estadual
Rural Educador Paulo Freire que fica em área de assentamento e portanto, a
mudança dos alunos para outras escolas nem sempre é possível, por conta da
distância.
Temos em nossa escola a matrícula online, onde, a priori, os alunos não
precisariam se descolar para a unidade de ensino para efetuar a matrícula; bastando
acessar o site www.seed.se.gov.br no link Portal de Matrículas.
Houve um calendário de matricula onde o sistema só abria para a escola em
data predefinida anteriormente pela escola e SEDUC, objetivando auxiliar os alunos e
os responsáveis legais no momento de realização da matrícula online, a Secretaria
disponibilizou um chat virtual (atendimento feito de forma online por profissional
capacitado), no portal da matrícula.

22
Porém, na nossa escola especificamente, a maioria dos alunos e/ou
responsáveis se deslocavam até o estabelecimento de ensino alegando não ter acesso a
internet na zona rural, assim a escola dispõe acesso a internet no período de matricula,
para efetivar essas matriculas.
Na hora de matricular o sistema não organiza os alunos por turma, isso é feito
pela escola, que enturma os alunos, seguindo o critério de idade-série, quando é
possível, dando preferência aos alunos da casa.
Depois da matricula, outro ponto que merece nosso cuidado é o calendário
escolar, pois o mesmo nos ajuda a organizar todo o ano letivo previamente, e deixar
mais claro para todos que fazem a escola, como podem se organizar, quando haverá
feriados, férias, passeios, festas, reuniões de pais, quando começam cursos
extracurriculares e, o mais importante, quais serão os dias de aula letivos, aqueles em
que ocorrem as atividades pedagógicas.
Seguimos um calendário letivo próprio, que termina dentro do Ano Civil é
elaborado de acordo com as leis vigentes e as especificidades da escola, aprovado pelo
Departamento de Inspeção Estadual –DIES da Secretaria Estado de Educação, do
Esporte e da Cultura - SEDUC. O mesmo é afixado em locais visíveis da unidade
escolar e no Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (SIGA).

h)Atos legais

http://www.seed.se.gov.br/redeEstadual/Escola.asp?cdestrutura=369

23
IV-PROPOSTA CURRICULAR DA INSTITUIÇÃO

a)Os fins buscados pela instituição para o desenvolvimento do Estudante


No ensino fundamental da Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire tem
garantido a permanência do nosso educando na escola, oferecendo-lhe condições de
uma aprendizagem significativa; respeitando sua forma de pensar e expressar-se;
valorizando toda a experiência extraescolar adquirida por ele em seu convívio social;
preparando-os para o trabalho futuro, oferecendo-lhe os mecanismos básicos para a
apreensão e transformação do saber historicamente construído e adquirido, através da
inserção, mesmo que de forma ainda lenta, metodologias ativas, como a aprendizagem
baseada em projetos e em problemas e a aprendizagem entre times.
A Escola, entendida como agência de cultura, como ambiente de convivência social
e como espaço de produção e socialização do saber, em consonância com os princípios
e objetivos da educação escolar, tem por fim:

 Respeito pelo indivíduo - Respeitando os direitos e a individualidade de cada


pessoa dentro da escola. Respeito ao meio-ambiente;
 Participação - Trabalhamos de forma participativa e integrada;
 Criatividade - Incentivamos a criatividade individual de cada colaborador.
 A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade
e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
 O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar,
pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de
ideias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância;
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; gratuidade do ensino
público em estabelecimentos oficiais; valorização do profissional da educação
escolar; gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
legislação dos sistemas de ensino; garantia de padrão de qualidade; valorização
da experiência extraescolar; vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as
práticas sociais.

24
 A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegura- lhe a
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe
meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
b)Pressupostos teóricos-metodológicos
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica:
A escola é o espaço em que se ressignifica e se recria a cultura herdada,
reconstruindo-se as identidades culturais, em que se aprende a valorizar as raízes
próprias das diferentes regiões do País, onde se privilegia trocas, acolhimento e
aconchego, para garantir o bem-estar de crianças, adolescentes, jovens e adultos, no
relacionamento entre todas as pessoas. (DCNs, p.27, 2013)
O currículo da Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire segue os
parâmetros da Base Nacional Comum Curricular, que tem como competências gerais a
“mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas,
cognitivas e socioemocionais), atividades e valores para resolver demandas complexas
da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”.
CECÍLIO (2019, p. 46) nos diz que:
Nesse contexto as competências socioemocionais começaram a
ser investigadas depois dos anos 1930, quando pesquisadores se
debruçaram sobre quais seriam as palavras usadas para
descrever os traços da personalidade humana. Somente a partir
dos anos 1980 foi possível chegar aos cinco eixos que definem
as competências socioemocionais: abertura ao novo (curiosidade
para aprender, imaginação criativa e interesse artístico),
consciência ou autogestão (determinação, organização, foco,
persistência e responsabilidade), extroversão ou engajamento
com os outros (iniciativa social, assertividade e entusiasmo),
amabilidade (empatia, respeito e confiança) e estabilidade ou
resiliência emocional (autoconfiança, tolerância ao estresse e à
frustração).

Nosso educando deve utilizar os saberes para dar conta do seu dia a dia,
sempre respeitando princípios universais, como a ética, os direitos humanos e a justiça
social e sustentabilidade ambiental.
O Currículo do Ensino Fundamental, anos iniciais, obedece à legislação vigente
e está constituído de uma base nacional comum, suas áreas do conhecimento e seus
componentes curriculares dialogam entre si de forma transversal e integradora. Assim o
Ensino Ministrado pela Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire tem por objetivo:

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Oportunizar ao aluno desta escola, um espaço que lhe garanta um
desenvolvimento integral, através da apropriação do saber de forma reflexiva e crítica,
permitindo-lhe a compreensão do mundo e da realidade, exercendo sua cidadania,
através da aprendizagem baseada na resolução de desafios, de forma colaborativa.
Aprendizagem baseada em projetos, para que os estudantes confortem questões e
problemas do mundo real, significativos para eles e através de uma ação colaborativa
busque soluções para os mesmos. Aprendizagem entre times, que consiste na formação
de equipes dentro das turmas, privilegiando o fazer em conjunto para compartilhar
ideias.
Com o objetivo de propiciar o desenvolvimento pleno do estudante, no preparo
consciente para o exercício da cidadania e na qualificação para o trabalho a Escola
coloca como seus os princípios e fins da educação, expressos no artigo 2° da LDB n°.
9.394/96 e no artigo 3° apresentado a seguir:
Artigo 3º – O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento a
arte e o saber;
Pluralismo de ideais e concepções pedagógicas;
Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
Valorização do profissional da educação escolar;
Gestão democrática de ensino público, na formação desta lei e da legislação
dos sistemas de ensino;
Garantia de padrão de trabalho;
Valorização da experiência extraescolar;
Vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Nosso currículo tem como objetivo principal o desenvolvimento pleno do
estudante, no preparo consciente para o exercício da cidadania e na qualificação para o
trabalho.
c)Objetivo Geral e Específicos
Objetivo Geral
 Pensar o fazer pedagógico, para com isso, proporcionar ao educando,
observando suas peculiaridades, um ensino de qualidade,

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possibilitando-lhe o acesso ao conhecimento historicamente construído,
como forma de transformá-lo num sujeito crítico, para que ele possa
aprofundar seus conhecimentos, possibilitando o crescimento dos seus
estudos.

Objetivos específicos
 Coordenar e acompanhar o desempenho do planejamento pedagógico,
tendo como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação Básicas e a BNCC.
 Elaborar ações para elevar o desempenho escolar dos estudantes,
levando em conta seu projeto de vida, possibilitando-lhes o
prosseguimento de seus estudos;
 Fomentar a qualificação dos professores e demais colaboradores da
escola;
 Garantir uma gestão participativa;
 Utilizar metodologias ativas para despertar nos alunos a importância
Educação Ambiental.
 Elaborar estratégias para promover o envolvimento dos Pais e da
Comunidade nas ações desenvolvidas pela escola;
 Discriminar a aplicação dos recursos oriundos do PDDE e PROFIN,
com ações voltadas para a melhoria da qualidade do ensino;
 Especificar o desempenho escolar dos estudantes para com dados
concretos elaborar estratégias de melhoria desse desempenho;
 Levar p aluno a compreender criticamente seu ambiente natural, o
sistema político, a economia, a tecnologia, as artes, a cultura e os
valores sociais;
 Preparar o aluno para a cidadania e para o trabalho, tomando esse
último como princípio educativo.
 Ser capaz de coordenar e acompanhar o desempenho do planejamento
pedagógico, tendo como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais
da Educação Básicas, a BNCC e o currículo de Sergipe.

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A Base Nacional Comum abrange o estudo das Linguagens: Língua Portuguesa,
Arte, Educação Física, Matemática, Ciência da Natureza: Ciências, Ciência Humana:
História e Geografia e Ensino Religioso.

De acordo com o Currículo Sergipano, os componentes curriculares seguem


seus objetivos na busca de competências e habilidades.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LINGUAGENS PARA O ENSINO


FUNDAMENTAL(Anos Iniciais)

Língua Portuguesa: Visa desenvolver a consciência no uso da língua


portuguesa, ou seja, oral ou escrita, promover os multiletramentos com o auxílio de
ferramentas digitais e do trabalho com os gêneros discursivos, habilitando para as
práticas de comunicação social, tornando-se um cidadão crítico e capaz de desenvolver
realizações pessoais e profissionais.

Arte: No campo das artes, a BNCC entende sua importância dentro do contexto
histórico, cultural e social da humanidade. Afinal foi através das artes que perpetuamos
e pudemos conhecer toda a trajetória humana ao longo da história. Esta interage com
todas as demais disciplinas e oportuniza ao alunado ter uma visão mais ampla sobre sua
história e sua própria vida, pois a capacidade de criar é intrínseca ao homem. A proposta
do currículo sergipano é trabalhar as especificidades de nosso Estado, conhecer nossa
cultura, o folclore, suas tradições, para que possam se sentir verdadeiramente
sergipanos.

Educação Física: Deve-se estudar as diferentes manifestações da cultura


corporal de forma contextualizada, buscando uma prática que entenda a natureza
específica das diferenças, mas que também aprecie a adesão comum aos princípios de
igualdade e justiça. Inserir objetos de aprendizagem e especialmente habilidades que
tocam nas questões socioculturais, na diversidade, na identificação das diferenças, na
problematização das relações de poder e tencionam uma formação mais ampla e crítica.
A organização das unidades temáticas se baseia na compreensão de que o caráter lúdico
está presente em todas as práticas corporais. O brincar, dançar, jogar, praticar esportes,
ginásticas ou atividades de aventura propiciam além do lúdico o aprendizado das lógicas
intrínsecas, regras, códigos, rituais, sistemática de funcionamento, organização e táticas,
o que privilegia oito dimensões de conhecimento: Experimentação; Uso de
Apropriação; Reflexão sobre ação; Construção de Valores; Analise; Compreensão e
Protagonismo comunitário.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO


FUNDAMENTAL(Anos Iniciais)

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Matemática: Enquanto campo do saber, tem suas características bem peculiares no
sentido do desenvolvimento intelectual, humano e científico, que vão desde as
atividades cotidianas a questões complexas de cunho tecnológico. Busca desenvolver a
integralidade do cidadão em diversos aspectos matemáticos concebendo habilidades e
competências, que perpassam desde as socioemocionais a questões mais especificas do
saber matemático. O foco do professor deve ser na articulação dos objetos de
conhecimento da matemática, permitindo que o aluno entenda a relação e
importância existente em cada conceito apresentado, tanto de forma abrangente, como
de forma local, de maneira que a realidade do aluno seja considerada, em especifico as
formas de ser e proceder do povo sergipano. Trabalhar a cultura e a diversidade do
sergipano com saberes da matemática e valorizar as relações sociais que esse povo
possui, visando desenvolver o autoconhecimento, a empatia, a cooperação, habilidades
alavancadas através da reflexão da heterogeneidade cultural, econômica, social e racial,
marcantes em nosso Estado.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS DA NATUREZA PARA O


ENSINO FUNDAMENTAL(Anos Iniciais)

Ciências: Visa favorecer a aprendizagem e a compreensão ativa dos conceitos,


possibilitando desenvolver habilidades para analisar problemas, questionar, argumentar
construir conhecimento e investir de forma sustentável no mundo. O processo de
aprendizagem deve ser gradual e progressivo, considerando o desenvolvimento
cognitivo, o contexto sociocultural, os conhecimentos prévios, o interesse e a
curiosidade para conhecer, explorar e interver de forma consciente e responsável no
ambiente.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS PARA O


ENSINO FUNDAMENTAL(Anos Iniciais)

Geografia: Deve englobar desde situações cotidianas do espaço de vivencia aos


mais específicos conceitos globais da geografia, de maneira a propor uma ciência
baseada no desenvolvimento do raciocínio geográfico e no pensamento complexo,
levando a pensar a sua inserção na produção e reprodução do espaço em sua totalidade,
possibilitando uma formação integral.

História: Ensinar e aprender história mobilizando os métodos do saber histórico,


com o testemunho das fontes históricas e a compreensão das construções narrativas.
Contemplar a compreensão de identidades, à análise do mundo social, político, cultural
e suas variações no tempo e no espaço, a comparação de eventos, a construção de

29
argumentos e a apresentação de ideias através de linguagens variadas com o objetivo de
participar das dinâmicas sociais, valorizar a diversidade entre indivíduos e grupos,
respeitando, reconhecendo e valorizando as diferenças étnicos raciais na construção de
uma sociedade brasileira e sergipana mais justa, solidaria, responsável e democrática.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ENSINO RELIGIOSO PARA O


ENSINO FUNDAMENTAL(Anos Iniciais)

Ensino Religioso: Formar um ser humano a partir de um conjunto de relações


tecidas em determinado contexto histórico-social, em um movimento ininterrupto de
apropriação e produção cultural. Nesse processo, o sujeito se constitui enquanto ser de
imanência (dimensão concreta, biológica) e de transcendência (dimensão subjetiva,
simbólica). Ambas as dimensões possibilitam que os humanos se relacionem entre si e
com a natureza a partir de mediações simbólicas tecidas na experiência do sagrado,
percebendo-se como iguais e diferentes. A percepção das diferenças (alteridades)
possibilita a distinção entre o “eu” e o “outro”, “nós” e “eles”, cujas relações dialógicas
são mediadas por representações, saberes, crenças, convicções e valores, com caráter
religioso ou não, mas sempre necessário à construção das identidades.

COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA


Nosso currículo está pautado no que preconiza a BNCC que traz como pilares
10 competências gerais que vão além dos saberes cognitivos (aqueles conhecimentos
pautados pelos componentes curriculares como Língua Portuguesa e Matemática). As
competências gerais apontam para a necessidade do desenvolvimento integral do
estudante, são elas:
1- Conhecimento que é valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente
construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e
explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de
uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2- Pensamento científico, crítico e criativo que consiste em Exercitar a
curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a
investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3- Repertório cultural que significa valorizar e fruir as diversas manifestações
artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas
diversificadas da produção artístico-cultural.

30
4- Comunicação que é utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-
motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como
conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e
produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5- Cultura digital que significa compreender, utilizar e criar tecnologias
digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética
nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6- Trabalho e projeto de vida que é valorizar a diversidade de saberes e
vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem
entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência
crítica e responsabilidade.
7- Argumentação que é argumentar com base em fatos, dados e informações
confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns
que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8- Autoconhecimento e autocuidado que significa conhecer-se, apreciar-se e
cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar
com elas.
9- Empatia e cooperação é exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de
conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos
direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos
de qualquer natureza.
10- Responsabilidade e cidadania significa agir pessoal e coletivamente com
autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando
decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e
solidários.

31
Constata-se, hoje em dia, que tem sido muito comum ver profissionais serem
contratados pelas competências cognitivas, mas demitidos por falta de competências
socioemocionais.
A abordagem das habilidades focadas na educação das emoções é fundamental
para promover o pensamento autônomo dos estudantes e suas potencialidades, o que,
consequentemente, pode reduzir a indisciplina e melhorar os índices de aprendizagem.
d)Metas a serem alcançadas, relacionando com as estratégias para cumpri-las

Metas Estratégias Cronograma


2020
 Adotar medidas que Apresentações culturais e No final de cada bimestre
venham a melhorar esportivas Realização de
o relacionamento projetos culturais e
com estudantes, pais esportivos na unidade de
e a comunidade; ensino, com o intuito de
fomentar na escola a tríade
esporte, cultura e evento
estimulando um estilo de
vida saudável em nossos
alunos, a socialização, o
espírito de equipe, a
coordenação motora,
responsabilidades,
disciplina, organização e
respeito, entre tantas outras
coisas. No final de cada
semestre os alunos
organizarão um mini festival
nos quais terão a
oportunidade de mostrar às
famílias o que aprenderam
durante o ano e colocar em
prática suas habilidades.

32
Promoção da gincana Novembro de 2020
cultural Mundo
saudável=Vida sustentável

Exposições das atividades Nas datas de reuniões dos pais, previamente


realizadas pelos estudantes marcadas no calendário escolar.
em reuniões de pais.

 Elaborar ações para Oficinas Desenvolver No final de cada bimestre


elevar o atividades práticas através de
desempenho escolar oficinas, com temas de
dos estudantes; interesses dos alunos, para
instigá-los e estimulá-los a
uma nova postura diante do
contexto escolar, criando
assim, situação de
aprendizagem aberta e
dinâmica, que possibilita a
inovação, a troca de
experiências e a construção
de conhecimentos.

Clube de debates Aulas Nas aulas das disciplinas, em datas marcadas


no pátio da escola, onde os pelos professores
estudantes serão instigados a
debater temas, definidos com
base em seus interesses,
simulando um júri. Motivo:
Os estudantes precisam
aprimorar a habilidade de
argumentação.
Realização dos projetos
Atividade
abaixo: cultural dos No final de cada unidade
conteúdos dados em sala de
aula (Jogo de perguntas e

33
respostas). Competição entre
turmas no pátio da escola,
será sorteada uma pergunta,
onde a equipe previamente
escolhida pela turma deverá
responder.

Realização de diagnósticos e No final do primeiro e segundo semestre.


análises de dados do
desempenho acadêmico dos
alunos.
 Fomentar o Rodas de conversa com a Nas reuniões de pais e mestres, de acordo com
envolvimento dos comunidade escolar as datas predeterminadas no calendário
Pais e da Promoção de momentos de escolar, que se encontra em anexo.
Comunidade nas reflexão (nas reuniões de
ações desenvolvidas pais e mestres) que possam
pela escola; contribuir com a
conscientização da
comunidade escolar.

Discussão e avaliação do Reuniões de pais e mestres do calendário


desempenho escolar dos escolar
alunos.

Aplicação dinâmicas de Nas aulas, durante o ano letivo.


grupo em atividades
promovidas pelos
professores .
Apresentação de filmes Nas aulas, durante o ano letivo.
envolvendo as temáticas
citadas a cima.
Realização dos projetos De acordo com as datas dos projetos da escola.
citados nesse documento,

34
relacionando-os aos temas:
ética, disciplina,
responsabilidade e respeito
mútuo.
Distribuição de forma Durante todo o ano, conforme a
equitativa do material disponibilidade do material.
didático-pedagógico;

 Reduzir os índices Acompanhamento da Mensalmente


de evasão e frequência do aluno, através
repetência; das fichas do FICAI;
Estabelecer contato com as Quando for diagnosticado que o aluno faltou
famílias dos alunos faltosos, por duas semanas seguidas.
objetivando a sua
assiduidade, ou retorno à
unidade escolar;

Trabalho de pluralidade Março a Novembro


cultural, através de
pesquisas, observações in
loco, filmes, excursões,
destacando as características
físicas, humanas e sociais da
comunidade, através do
Projeto “ Mundo em que
Vivo”;
Discussões sobre questões Nas aulas, envolvendo o conteúdo das
de discriminação racial, disciplinas.
sexual e religiosa, buscando
a origem dos preconceitos;
Com os Projetos, discussões Durante a execução dos Projetos, discussões e
e palestras da nossa unidade palestras citadas nesse documento.

35
escolar, despertar no aluno a
importância da preservação
do meio-ambiente, como
meio de sobrevivência da
espécie humana e seres vivos
em geral.
Projeto “Falar Certinho “ Nas aulas de Língua Portuguesa.
objetivando valorizar a
variação linguística do
aluno, introduzindo-o
gradativamente à linguagem
padrão.
Através de jogos Durante as aulas de matemática.
matemáticos, dinamizar as
atividades matemáticas,
tomando como base para a
resolução de problemas,
situações reais
contextualizadas;
Através da execução dos Nas datas dos projetos.
projetos, favorecer o
desenvolvimento cultural
através das artes;
Através de atividades citadas Durante as atividades citadas nesse documento.
nesse PPP trabalhar de forma
integrada, proporcionando
ao educando uma formação
generalista de modo
prazeroso e eficaz.
 Fomentar a Divulgação através de Antes do período da realização dos cursos.
qualificação dos cartazes e e-mails dos cursos
professores e demais oferecidos pela Divisão de
colaboradores da Tecnologia de Sergipe e
escola; incentivo aos professores,
36
nos intervalos das aulas,
através e-mail, redes sociais
e nas reuniões, para fazê-los.
 Garantir uma gestão Reserva de um Durante as reuniões, conforme datas previstas
participativa; tempo nas reuniões de no calendário letivo, disponível em anexo.
professores, pais, conselho
de classe para discussão do
PPP, para garantir assim, o
envolvimento de todos, e
para que esse possa ser
elaborado em sintonia com
as diretrizes gerais da
educação, emanadas dos
órgãos públicos, mas
sobretudo, com a
participação dos que fazem a
unidade escolar.
 Utilizar Aulas de Educação Durante o ano .
metodologias Ambiental em parques ,
especificas para praias e praças. Estimular a
despertar nos alunos coleta seletiva de lixo e
a importância reduzir o desperdício de
Educação água na escola
Ambiental.
 Coordenar e Através de cronograma No período de planejamento dos professores.
acompanhar o semestral, pré-elaborado,
desempenho do acompanhar o planejamento
planejamento didático dos professores.
pedagógico, tendo Selecionar, junto como No período do planejamento.
como referência as professores, textos
Diretrizes interdisciplinares para
Curriculares enriquecimento das aulas;
Nacionais da Promoção de discussão No período do planejamento.
Educação Básicas; coletiva de temas a serem
37
trabalhados semestralmente
por todas as séries,
respeitando-se a
gradualidade dos níveis de
conhecimento dos alunos;
Discussão coletiva sobre No período do planejamento.
formas de avaliação das
atividades mensais;

e) Sistema de avaliação
A avaliação possibilita a conjunção de diversos tipos de inteligência e as
diferentes competências individuais de forma colaborativa e integradora, onde nossos
alunos são avaliados em diferentes estágios do processo educacional.
Avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo
de corrigir rumos e repensar situações para que a aprendizagem ocorra.
Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos
professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como
um todo.
"Seja pontual ou contínua, a avaliação só faz sentido quando leva ao
desenvolvimento do educando", afirma Luckesi. Ou seja, só se deve avaliar aquilo que
foi ensinado. Não adianta exigir que um grupo não orientado sobre a apresentação de
seminários se saia bem nesse modelo. E é inviável exigir que a garotada realize uma
pesquisa (na biblioteca ou na internet) se você não mostrar como fazer.
Os instrumentos de avaliação são os meios e recursos utilizados para se
alcançar determinado fim, de acordo com os encaminhamentos metodológicos e em
função dos conteúdos e critérios estabelecidos para tal. O importante é destacar que este
fim não é a aquisição pura e simples de conhecimento, mas o seu processo de (re)
elaboração e as ações a que conduz os alunos em relação a uma prática social, tendo em
vista a própria condição humana.
O processo de avaliação do desempenho escolar é atribuído através de
acompanhamento contínuo do aluno e dos resultados por ele obtidos nos exercícios
escolares realizados durante o período letivo e nos exames finais.

38
No 1º e 2 º anos do Ensino Fundamental a avaliação far-se-á mediante
acompanhamento e registro do desenvolvimento do aluno, sem o objetivo de promoção,
não havendo retenção de percurso do 1º (primeiro) para o 2º (segundo) e deste para o 3º
(terceiro) ano, conforme as orientações contidas nas normas legais em vigor.
O acompanhamento dos trabalhos será um processo contínuo para verificar o
crescimento da criança em todas as áreas. Os resultados obtidos pelos alunos serão
sistematicamente documentados através de observações registradas pelo professor. O
rendimento escolar será expresso em notas que variarão na escala de 0(zero) a 10(dez).
O processo de aprendizagem, que precede o da verificação de rendimento
escolar, abrange todos os momentos e ações cujos objetivos visem à compreensão e
correlação dos conteúdos apreendidos com demais saberes.
A avaliação tem função didático-pedagógica de diagnóstico e de controle em
relação à verificação do rendimento escolar.
A avaliação do aproveitamento será contínua e compreenderá o
acompanhamento do processo de aprendizagem nos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
A avaliação tem por objetivo acompanhar o desenvolvimento do aluno em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual, social e religioso, em complementação ao
trabalho da família e da comunidade.
A Portaria Nº 7046/2018/GS/SEED, de 16 agosto de 2018 estabelece as
Diretrizes para a Implementação dos Estudos de Intensificação da Aprendizagem e
do Conselho de Classe nas Instituições de Ensino da Rede Pública Estadual, e dá
providências correlatas.
Os Estudos de Intensificação da Aprendizagem são um conjunto de atividades
diversificadas colocadas à disposição dos estudantes com o objetivo de ampliar as
oportunidades de ensino e de aprendizagem, a fim de subsidiar as ações de intervenção
pedagógica, conforme disposto na Portaria Nº 7046/2018/GS/SEED, de 16 de agosto de
2018.
O EIA deverá ser ofertado aos estudantes dos diferentes níveis e modalidades
de ensino, observadas as respectivas especificidades, de forma contínua e processual,
observadas as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos estudantes durante o
percurso educacional e considerado o rendimento nas avaliações bimestrais.

39
Deverão ser realizados estudos de intensificação da aprendizagem, o estudante
considerado em situação de menor rendimento escolar que não alcançar a média
5,0(cinco) nas avaliações bimestrais.
Somente será considerado em situação de menor rendimento, para efeito de
nova avaliação, o estudante que participou do processo avaliativo do bimestre.
A nova avaliação para os estudantes em situação de menor rendimento poderá
ser realizada através de recuperação paralela nas instituições que ofertam essa forma de
recuperação assegurada em seu Regimento Escolar, o que não se aplica a Escola
Estadual Rural Educador Paulo Freire.
O resultado da nova avaliação substituirá a nota do bimestre, caso o estudante
atinja resultado superior ao alcançado anteriormente.
Aos estudantes que não atingiram o nível de aprendizagem esperado ao longo
do bimestre, mesmo tendo alcançado a média 5,0(cinco), será garantido o direito de
participar dos Estudos de Intensificação.
Acerca do Conselho de Classe, de acordo com o artigo 8º da Portaria Nº
7046/2018/GS/SEED, o Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza
consultiva e deliberativa em âmbito didático-pedagógico, que exercerá a função de
acompanhar o processo de ensino e de aprendizagem, bem como as condições em que a
aprendizagem se realiza no decorrer de cada bimestre e ao final do ano letivo.
O Conselho de Classe deverá atender aos princípios que fundamentam o
processo de ensino e de aprendizagem, dispostos no Art. 3º da Lei 9.394/96, e garantir a
participação dos docentes e da gestão pedagógica em reunião colegiada, a fim de
qualificar o processo educacional.
No final do ano letivo, o Conselho de Classe deve analisar a evolução da
aprendizagem dos estudantes, e, constatando as condições para a promoção, deliberar
sobre os resultados, sem acarretar prejuízo aos alunos.
Ao Conselho de Classe é vedado deixar de analisar o processo de evolução da
aprendizagem dos estudantes e os resultados por estes obtidos durante todo ano letivo.
O Sistema de avaliação EIA dar-se-á na semana posterior a prova da unidade,
ou seja, quatro anuais, sendo que a recuperação semestral, será feita na semana
posterior ao EIA da 2ª avaliação bimestral e a recuperação final no final do ano letivo,
com valores de 0 a 10 pontos.

40
O Procedimento realizado ocorrerá da seguinte forma: A nota da recuperação
semestral será somada a média do semestre e extraída a média aritmética, devendo
prevalecer a maior média obtida.
De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de Estudos consiste na
retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que
todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente
acumulado, por meio de metodologias diversificadas e participativas. A recuperação,
diz respeito a um processo de ensino que precisa ser revisto, a luz das condições daquele
que não aprendeu (educando).
A avaliação do aluno será registrada no Diário de Classe do professor, com
prazo máximo de 05 dias para entrega e 10 dias para registro no diário, os mesmos
procedimentos dar-se-ão para os procedimentos avaliativos de recuperação.
Ter-se-ão como aprovados quanto ao rendimento os alunos que:
Obtiverem a média anual igual ou superior a cinco (5) em todas as disciplinas;
Submetidos a recuperação semestral ou não, obtiverem vinte (20) pontos ou
mais;
Ter-se-ão como reprovados, os alunos com média anual inferior a cinco (5) e
os que submetidos a recuperação final não alcançarem, no mínimo, 20 pontos.
f) Metodologias Ativas
No Brasil, uma das maneiras mais comuns da adoção do ensino híbrido é por
meio da chamada rotação de laboratório (ou lab rotation, em inglês), na qual são
combinados momentos na sala de aula e no laboratório de informática, com conteúdos
complementares, como na nossa escola, não possui laboratório de informática,
abusamos da tecnologia da plataforma da Maleta Digital.

Desta forma, o aluno é estimulado a pensar criticamente, a trabalhar em


grupo e a ver mais sentido no conteúdo. Ele assume a posição de protagonista e tem
mais chances de aprender da maneira que melhor funciona para ele. Já o professor
ganha um papel mais próximo ao de um mentor que guia esse processo de busca pelo
conhecimento e, com a diminuição da carga de aulas expositivas, ele tem mais tempo
para dar atenção personalizada às necessidades dos estudantes e acompanhar de
maneira mais próxima evolução deles. A plataforma, por si só, não garante que a
escola passe a adotar o ensino híbrido, mas é uma facilitadora desse processo ao
permitir que o aluno encontre ali o que precisa para ter uma visão geral sobre o

41
conteúdo e possa aprender no seu ritmo, sem depender somente da explicação do
professor.

g)Especificação do momento de estudo

O Plano de trabalho docente ou planejamento será feito por etapa letiva, no


momento do planejamento, previsto no calendário, e durante o ano, com o
acompanhamento da equipe pedagógica, sendo que cada professor é responsável pelo
planejamento do trabalho diário a ser desenvolvido em sua turma.
Os demais profissionais da instituição deverão participar dos cursos e oficinas
oferecidas pela SEDUC para aperfeiçoar seu trabalho e colaborar de forma eficaz com
todos que fazem a unidade escolar.
A importância de um gestor comprometido com as causas pedagógicas de sua
escola, como um profissional formativo e inovador, que crie condições básicas de
intervenções competentes, face à necessidade do seu dia a dia; que pense, crie e conduza
propostas e alternativas pedagógicas na medida das novas necessidades da sociedade
pós-moderna é primordial para construção de um processo educativo eficaz.
Neste contexto a Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire tem como uma
das ações : Buscar realizar ações, para o melhor desenvolvimento das atividades
educacionais, com oficinas ministradas pelo Núcleo de Educação do Campo, que irão
propiciando ao professor novas técnicas que possam ser utilizadas para o melhor
desenvolvimento de suas atividades.
Também buscaremos enfatizar os cursos que são disponibilizados pelo NTE
(Núcleo de Tecnologia Educacional), adentrando o professor cada vez mais a inclusão
das novas tecnologias para o bom desenvolvimento de suas atividades.
Para desenvolver o currículo e atingir o objetivo de promover a aprendizagem é
indispensável um bom planejamento. O professor deve elaborar o seu planejamento
tendo sempre em mente PARA QUEM se planeja. Isto significa levar em conta o seu
aluno real. A segunda pergunta é o QUÊ ensinar para esta ou aquela turma. Isto remete
ao conteúdo que deve ser selecionado para fazer a ponte entre o que o aluno já sabe, o
que ele precisa aprender e os objetivos que se pretende atingir. Em seguida, o professor
deve estabelecer o COMO proceder para que o aluno supere o patamar em que se
encontra para chegar aonde se deseja. O passo seguinte é a metodologia (de que jeito
fazer) para que o que se planejou seja concretizado, isto implica em prever atividades,

42
problematizar e formular hipóteses, assim como verificar os recursos materiais que
serão necessários.
Assim como não se levanta um prédio sem plantas e cálculos, não se constrói a
educação sem planejamento. A formula para planeja é simples: primeiro define -se os
objetivos, pensando nos interesses e nas possibilidades do aluno. Depois o caminho para
alcança-los, com materiais e espaços, técnicas e tempo disponível. Entre o primeiro e o
último ponto é preciso caminhar muito, mas o professor que faz o percurso encontra a
chave do sucesso.
Os demais profissionais da instituição deverão participar dos cursos e oficinas
oferecidas pela SEDUC e/ou Escola do Governo para aperfeiçoar seu trabalho e
colaborar de forma eficaz com todos que fazem a unidade escolar.

h)Estratégias e cronograma de acompanhamento e avaliação do projeto político


pedagógico

O Projeto Pedagógico da Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire é mais


do que a formalidade. É a aproximação do que se pensa sobre a educação, sobre o
ensino, sobre os conteúdos do ensino, sobre o aluno com a prática pedagógica que se
realiza nas escolas. É a aproximação, cada vez maior, entre o que se pensa ser a tarefa
da instituição escola e o trabalho que se desenvolve na Escola. Ë o confronto entre as
intenções e os resultados escolares. É uma Filosofia de educação que se discute e se
vive na Escola.
Por isso ele exige um constante acompanhamento para a certificação das
propostas e seu andamento, as dificuldades enfrentadas para colocá-lo em ação, o que
deverá ser feito para verificar e o que está e o que não está dando certo. Nenhuma
proposta deverá ser colocada de lado, mas sim, trabalhada, mesmo que se tenha que
buscar ajuda para alcançar esses objetivos. Portanto é de suma importância que esse
Projeto seja acompanhado na prática diária do professor, coordenador, conselho, enfim,
por todos que direta ou indiretamente estão inseridos em seu contexto de metas e ações
a serem realizados.
A avaliação deverá ser feita no final de cada semestre com a participação de
toda a comunidade escolar por meio de instrumentos próprios que especifiquem os
avanços e regressos para que a Escola possa mensurar de forma qualitativa o Projeto e
implementar novas ações, se for preciso para o sucesso do mesmo.

43
No final de cada semestre, ao nos reunirmos para uma reavaliação do Projeto
Político Pedagógico, estaremos também reavaliando a nossa sistemática de avaliação
como também o nosso planejamento, visando a melhoria e qualidade do processo
ensino-aprendizagem, que direção tomarmos, ou se esse balanço foi positivo,
continuaremos com mais dinamismo ainda, buscando nossos objetivos finais.
V-A EDUCACÃO ESPECIAL NA ESCOLA ESTADUAL RURAL EDUCADOR
PAULO FREIRE

A Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire é uma escola inclusiva e


promove uma inclusão real dos alunos com deficiência, assim as avaliações e
instrumentos de avalição diferenciados são propostos constantemente por nossos
educadores sempre fazendo uso do melhor instrumento para a condição apresentada
pelo aluno, garantindo assim seu direito ao processo de escolarização.
A Educação Especial é uma modalidade de ensino da Educação Básica, de
caráter transversal perpassando todos os níveis, etapas e modalidades atendendo
adolescentes e adultos com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e
superdotação | altas habilidades tendo o AEE - Atendimento Educacional Especializado
como parte integrante do processo educacional.

A Educação Especial desenvolvida pela Escola Estadual Rural Educador Paulo


Freire, orienta sua ação nos fins da Educação Nacional, previstos no Art. 2º e artigo 3º,
Inciso I da Lei Federal – LDB – 9394/96 e na RESOLUÇÃO Nº 7, DE 06 DE
NOVEMBRO DE 2014, que institui Diretrizes Operacionais para a Educação Especial
na Educação Básica, nas instituições educacionais integrantes do Sistema de Ensino do
Estado de Sergipe.

Para atender às especificidades dos alunos públicos-alvo da educação especial, no


processo educacional e, no âmbito de uma atuação mais ampla, a escola orienta-se sua
organização curricular no desenvolvimento de todos os alunos e no desenvolvimento de
práticas colaborativas na escola regular.

A escola atende ao Parecer CNE/CEB Nº 17/01, que define que o projeto


pedagógico de uma escola inclusiva deverá atender ao princípio da flexibilidade para
que o acesso ao currículo seja adequado às condições do aluno, favorecendo seu
processo escolar.

44
De acordo com a Resolução do CEE/SE Nº 7, DE 06 DE NOVEMBRO DE 2014
tendo as seguintes atribuições das Instituições Educacionais:

Art. 8º As instituições educacionais integrantes do Sistema de Ensino do Estado de


Sergipe, para oferta da educação especial, devem:

I. identificar e elaborar recursos pedagógicos, produzir e organizar serviços de


acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos estudantes;

II. elaborar e executar o AEE, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos


recursos pedagógicos e de acessibilidade;

III. organizar e definir o tipo e a frequência de atendimentos, acompanhando sua


funcionalidade nas salas de aula e nas salas de recurso multifuncional;

IV. estabelecer parcerias com entidades afins para a elaboração de estratégias e


disponibilização de recursos de acessibilidade;

V. promover a formação continuada dos professores, da equipe gestora e demais


funcionários/servidores;

VI. orientar as famílias sobre a utilização de recursos pedagógicos e de


acessibilidade;

VII. orientar os professores acerca do uso de recursos de tecnologias assistivas como


tecnologias da informação e comunicação, comunicação alternativa e aumentativa,
informática acessível, recursos ópticos e não ópticos, softwares específicos, códigos e
linguagens, sistema Braille, atividades de orientação e mobilidade, utilizando-os de
forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo autonomia,
atividade e participação; e

VIII. estabelecer articulação entre os professores das classes comum se do ensino


especial visando à gestão eficiente e eficaz de processo pedagógico.

VI-DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES FÍSICAS E EQUIPAMENTOS A


SEREM UTILIZADOS

A Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire, situada no Povoado Quissamã


(Socorro) oferece Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano, no turno matutino, no horário de

45
7h30 às 12h, com intervalo de 20 minutos. A estrutura física da Escola é de alvenaria,
com revestimento de reboco, piso de alta resistência, a cobertura com forro PVC,
paredes revestidas de azulejo com altura de 1,50m como exigido no art.36, X, alínea e,
da Resolução Normativa nº 02/2014/CEE, com ventiladores e quadros brancos em todas
as salas. A gestão realiza-se através de um Diretor. Possui uma estrutura física regular,
com (03)três salas de aula, (01)um banheiro masculino e (01)um feminino para
funcionários, (02)dois masculinos e femininos para os alunos, (01)um banheiro para
portadores de necessidades especiais, secretaria, cozinha com depósito, pátio coberto e
área livre. A escola passou por reforma e ampliação em 2016.
a)Mobiliário e Equipamentos
Especificação Quantidade
Fogão 01
Geladeira 02
Freezer 01
Ventilador 08
Mesas de aula 45
Cadeiras de aula 45
Bebedouros 01 com 3 saídas
Cadeiras para refeitório 45
Computador 01
Birôs 03
Estantes 03
Armário 01
Arquivador 01

B) Instalações físicas
Em nossa escola temos uma sala para secretaria e outra para direção, com
banheiro único para funcionários, um depósito geral, cozinha, área de recreação,
01 bloco de banheiros para alunos (1 feminino com 2 gabinetes e um chuveiro e 1
masculino com 2 gabinetes, um chuveiro e com 2 mictórios), três salas de aula,
como não possuímos quadra poliesportiva para a prática da Educação física, a
mesma é ministrada na área de recreação da escola.

46
C) Instalações sanitárias
Temos quatros sanitários, sendo um deles adaptado para portadores de
necessidades especiais. Não possuímos banheiro para professores e funcionários.
D) Condições de acesso para portadores de necessidades especiais
A escola possui rampas no desnível do piso, do pátio e em algumas salas de
aula, piso tátil ,sinalização em Braille e também possui banheiro adaptado.

E) Biblioteca/Sala de Leitura
Não possuímos espaço para biblioteca ou sala de leitura. Os professores
escolhem os livros do acervo bibliográfico, colocam em um organizador plástico com
rodas e os levam para a sala de aula.

VII-DESCRIÇÃO DAS AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS

a) Apresentações culturais e esportivas


Realização de projetos culturais e esportivos na unidade de ensino, com o
intuito de fomentar na escola a tríade esporte, cultura e evento estimulando um estilo de
vida saudável em nossos alunos, a socialização, o espírito de equipe, a coordenação
motora, responsabilidades, disciplina, organização e respeito, entre tantas outras coisas.
No final de cada semestre os alunos organizarão um mini festival nos quais terão a
oportunidade de mostrar às famílias o que aprenderam durante o ano e colocar em
prática suas habilidades. Promoção da gincana cultural
Mundo saudável=Vida sustentável
Promover o projeto “Vida saudável = Mundo Sustentável”, com oficinas que
levem o aluno a refletir acerca da importância de se preservar o meio ambiente.
Exposições das atividades
Realizadas pelos estudantes em reuniões de pais. Nas datas de reuniões dos
pais, previamente marcadas no calendário escolar.
b) Realização dos projetos abaixo:

47
Dia do Índio Atividades que favoreçam a percepção dos costumes e valores
indígenas através de desenhos, recortes, colagens, poesias, músicas. Confecção de
cocar, colares, fantoches e outros;
Folclore

Histórias para deleito com as lendas mais comuns em nossa região; Filme com o tema
trabalhado (Ex: Sítio do Picapau Amarelo); Receitas; Quebra-cabeça (recorte e
colagem); Montagem de mural com: Trava línguas; Parlendas; Personagens; Comidas
Típicas; Superstições; Remédios caseiros; Hora do chá; Dia da Bandeira e Proclamação
da República Leitura (Textos diversos), pesquisas; Pintura, recorte e colagem; Palestras
informativas.

Atividade cultural dos conteúdos dados em sala de aula

(Jogo de perguntas e respostas). Competição entre turmas no pátio da escola, será


sorteada uma pergunta, onde a equipe previamente escolhida pela turma deverá
responder.

Rodas de conversa com a comunidade escolar. Promoção de momentos de reflexão (nas


reuniões de pais e mestres) que possam contribuir com a conscientização da
comunidade escolar, para discussão e avaliação do desempenho escolar dos alunos, da
frequência, assiduidade, pontualidade, uso do fardamento escolar, aprendizagem,
preservação do patrimônio, do meio ambiente, projeto de vida dos alunos, etc.

Dinâmicas de grupo.

Aplicação dinâmicas de grupo em atividades promovidas pelos professores das


diferentes áreas do conhecimento. Nas aulas, durante o ano letivo.
Apresentação de filmes envolvendo as temáticas citadas a cima. Nas aulas, durante o
ano letivo.

Acompanhamento da frequência do aluno, através das fichas do FICAI, dos diários e de


chamadas diárias, realizadas por turma. Estabelecer contato com as famílias dos alunos
faltosos, objetivando a sua assiduidade, ou retorno à unidade escolar, quando for
diagnosticado que o aluno faltou por duas semanas seguidas.

Projeto “Mundo em que vivo”

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Trabalho de pluralidade cultural, através de pesquisas, observações in loco,
filmes, excursões, destacando as características físicas, humanas e sociais da
comunidade, através do Projeto “Mundo em que Vivo”.
Preservação do Meio Ambiente

Com os Projetos, discussões e palestras da nossa unidade escolar, despertar no


aluno a importância da preservação do meio-ambiente, como meio de sobrevivência da
espécie humana e seres vivos em geral.
Projeto “Falar Certinho”. Objetivando valorizar a variação linguística do aluno,
introduzindo-o gradativamente à linguagem padrão.
Jogos matemáticos. Dinamizar as atividades matemáticas, tomando como base para a
resolução de problemas, situações reais contextualizadas.
Artes
Através da execução dos projetos, favorecer o desenvolvimento cultural através
das artes.
Formação dos professores
Fomentar a qualificação dos professores e demais colaboradores da escola; Divulgação
através de cartazes e e-mails dos cursos oferecidos pelo de Núcleo de Educação do
Campo,e incentivo aos professores, nos intervalos das aulas, através e-mail, redes
sociais e nas reuniões, para fazê-los. Antes do período da realização dos cursos.
Gestão participativa. Reserva de um tempo nas reuniões de professores, pais, conselho
escolar para discussão do PPP, para garantir assim, o envolvimento de todos, e para que
esse possa ser elaborado em sintonia com as diretrizes gerais da educação, emanadas
dos órgãos públicos, mas sobretudo, com a participação dos que fazem a unidade
escolar. Durante as reuniões, conforme datas previstas no calendário letivo,
disponível em anexo.
Coordenar e acompanhar o desempenho do planejamento pedagógico. Tendo
como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básicas;
Através de cronograma semestral, pré-elaborado, acompanhar o planejamento
didático dos professores. No período de planejamento dos professores.
.

49
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTINUCCI, F. MUITOS COMPUTADORES NÃO SÃO SUFICIENTES PARA FAZER UMA

ESCOLA MODERNA. ATUAL, 1998.


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______,MEC/ CNE/ CEB RESOLUÇÃO Nº 7, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2010 (*) FIXA
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 (NOVE)
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CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO MÉDIO. BRASÍLIA: MEC, 2002-A.
________,SECRETARIA DA EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA. PCN+: ENSINO MÉDIO-
ORIENTAÇÕES EDUCACIONAIS COMPLEMENTARES AOS PARÂMETROS CURRICULARES
NACIONAIS . BRASÍLIA: MEC, 2002-B.
________,SECRETARIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA . ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O
ENSINO MÉDIO: CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS .
BRASÍLIA, MEC, 2006-A.
________,SECRETARIA DA EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA. PCN: PARÂMETROS
CURRICULARES NACIONAIS. BRASÍLIA: MEC, 2002-C.
______,MEC/ CNE/ CEB RESOLUÇÃO Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2010 (*) DEFINE
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS GERAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA.
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LUCKESI, CIPRIANO C. FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO. SÃO PAULO: CORTEZ, 2001
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MOREIRA, M.A. (1999). APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA. BRASÍLIA: EDITORA DA UNB.

MOREIRA, M. A. TEORIAS DE APRENDIZAGEM. 3. ED. SÃO PAULO: EDITORA


PEDAGÓGICA E UNIVERSITÁRIA, 2009.

SERGIPE, SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. PROPOSTA CURRICULAR REDE


ESTADUAL DE ENSINO DE SERGIPE. ARACAJU, 2011. DISPONÍVEL EM

<https://seed.se.gov.br/referencial_curricular.asp> ACESSO EM: 10 AGO. 2019.

_________. CEE. RESOLUÇÃO NORMATIVA N° 5, DE 12 /11/ 2015. ESTABELECE


DIRETRIZES OPERACIONAIS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E

SEUS INSTRUMENTOS DE EXECUÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO BÁSICA


INTEGRANTES DO SISTEMA DE ENSINO DO ESTADO DE SERGIPE E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

52
__________. CEE. RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 25 DE FEVEREIRO DE
2016. ALTERA O ART. 52, DA RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 5/2015/CEE, QUE

ESTABELECE DIRETRIZES OPERACIONAIS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO


PEDAGÓGICO E SEUS INSTRUMENTOS DE EXECUÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO
BÁSICA INTEGRANTES DO SISTEMA DE ENSINO DO ESTADO DE SERGIPE, OBJETIVANDO

DISCIPLINAR OS PROCESSOS EM TRAMITAÇÃO NO CEE E AMPLIAR O PRAZO DE

ADEQUAÇÃO DE SEU OBJETO FÁTICO.

___________. CEE. RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 30 DE JANEIRO DE


2014. DISPÕE SOBRE A INCLUSÃO DO NOME SOCIAL DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NOS

REGISTROS ESCOLARES INTERNOS DAS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRANTES DO

SISTEMA DE ENSINO DO ESTADO DE SERGIPE.


____________. CEE. RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 2, DE 14 DE ABRIL DE 2016.
ALTERA OS ARTIGOS 1º E 22DA RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 2/2013/CEE, QUE

ESTABELECE DIRETRIZES PARA O FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS NAS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS PERTENCENTES AO SISTEMA DE ENSINO DO


ESTADO DE SERGIPE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
_____________. CEE. RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 4, DE 16 DE JUNHODE
2016. ALTERA OS ARTS. 35E 36, DA RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 3/2014/CEE, QUE

ESTABELECE DIRETRIZES COMPLEMENTARES PARA A OFERTA DA EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL NO SISTEMA DE ENSINO DO ESTADO DE SERGIPE, PARA A ADMISSÃO DE

PROFISSIONAL GRADUADO OU PÓS-GRADUADO, NÃO LICENCIADO, NO EXERCÍCIO DA

DOCÊNCIA NOS CURSOS TÉCNICOS PREVISTOS NO CATÁLOGO NACIONAL, EDITADO PELO


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO –MEC.
________________. CURRÍCULO DE SERGIPE DISPONIVEL EM

<<HTTP://BASENACIONALCOMUM.MEC.GOV.BR/IMAGES/IMPLEMENTACAO/CURRICULOS_
ESTADOS/DOCUMENTO_CURRICULAR_SE.PDF>> ACESSO EM 15 DE AGOSTO DE 2019.

_________________. SECRETARIA DA EDUCAÇÃO E CULTURA DO ESTADO DE SERGIPE.


PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, VERSÃO PRELIMINAR.

DISPONÍVEL EM <https://seed.se.gov.br/referencial_curricular.asp> ACESSO EM 05 DE

AGOSTO DE 2019.

53
ANEXOS- Projetos Êxitosos

54
Falar Certinho

55
56
Dia do Circo

Páscoa –Vida Nova

57
Bloco Heróis do Paulo Freire

Dia da Independência

58
Festejos Juninos

59
Folclore

Natal

60

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