Pop Hmdag Dengue Jan 24
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MACROPROCESSO: Assistência Emissão: Janeiro 2022
PROCESSO GERAL: Atendimento Médico e de Enfermagem
1ª Revisão: Janeiro 2024
PROCESSO ESPECÍFICO: Atendimento Clínico, Unidade de internação,Atendimento de
2ª Revisão: Janeiro 2026
Urgência e Emergência,Terapias Específicas e Ambulatórios.
SUBPROCESSO: Todas as respectivas unidades.
Validade: 2 anos
DESCRITORES:Sintomas de Dengue .
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
SUSPEITA DE DENGUE
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
CONDUTA CLÍNICA
ROTEIRO DE ATENDIMENTO
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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APRESENTAÇÃO
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais idosas
e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de
evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
A infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), apresentar quadro leve, sinais
de alarme e de gravidade. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (>38°C),
de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo
e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele.
Também podem acontecer erupções e coceira na pele. Os sinais de alarme são assim chamados por
sinalizar o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave
e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos
persistentes e sangramento de mucosas.
específico para a doença. A dengue, na maioria dos casos leves, tem cura espontânea depois de 10 dias. É
importante ficar atento aos sinais e sintomas da doença, principalmente aqueles que demonstram
agravamento do quadro, e procurar assistência na unidade de saúde mais próxima. O indivíduo pode ter
dengue até quatro vezes ao longo de sua vida. Isso ocorre porque pode ser infectado com os quatro
diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposto a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, o
indivíduo passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico, ficando ainda suscetível aos demais.
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SUSPEITA DE DENGUE
Deve-se suspeitar de Dengue em todo paciente que apresentar FEBRE e pelo menos 2
(duas) das seguintes manifestações:
Crianças com quadro febril agudo, usualmente entre dois e sete dias de duração, e sem foco
de infecção aparente pode-se suspeitar de infecção pelo vírus da Dengue.
SINAIS DE ALARME
SINAIS DE GRAVIDADE
Sangramento Grave
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Comprometimento grave dos órgãos
Extravasamento grave de plasma, levando ao choque evidenciado por taquicardia, extremidades frias, pulso
fraco e filiforme, enchimento capilar lento (> 2 segundos), pressão arterial convergente (<20mmHg),
taquipnéia, oligúria, hipotensão arterial, cianose, acúmulo de líquidos com insuficiência respiratória
Importante lembrar que os sinais de alarme e o agravamento do quadro costumam ocorrer na fase de
remissão da febre.
Paciente deve retornar imediatamente caso surja algum sinal de alarme ou no dia da melhora da
febre. Caso não ocorra a regressão da febre, retornar no 5º dia da doença.
Definição
A prova do laço consiste em um exame rápido com a finalidade de identificar a fragilidade
dos vasos sanguíneos e a tendência ao sangramento.
Materiais necessários
- Esfigmomanômetro adulto e infantil
- Estetoscópio
- Caneta esferográfica
- Régua
Profissionais executantes
Médicos, enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem.
Descrição do procedimento
- Lavar as mãos;
- Orientar o paciente quanto ao procedimento e seus objetivos;
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
1. SINAIS DE ALARME
2. SINAIS DE GRAVIDADE
3. CONDIÇÕES CLÍNICAS ESPECIAIS (lactentes - menores de 2 anos, gestantes,
adultos com idade acima de 65 anos)
4. COMORBIDADES (hipertensão arterial grave - em uso de pelo menos 2 medicações ou
doenças cardiovasculares graves, obesidade, diabetes mellitus, doença pulmonar
obstrutiva crônica, asma, doença hematológica crônica - principalmente anemia falciforme
e púrpura, doença renal crônica, doença ácido péptica, hepatopatias e doenças
autoimunes)
5. RISCO SOCIAL
6. RESULTADO DA PROVA DO LAÇO
7. INDICAÇÕES PARA INTERNAÇÃO HOSPITALAR
GRUPO B /ESPECIAIS
GRUPO B com idade > 75 anos; presença de
comorbidades de difícil controle ou
descompensada
GRUPO C GRUPO D
sinais de gravidade
CONDUTA CLÍNICA
GRUPO A
Exames laboratoriais complementares a critério médico. Prescrever paracetamol e/ou dipirona; Não
utilizar salicilatos ou anti-inflamatórios não esteroides. Orientar repouso e prescrever dieta e hidratação
oral, conforme a seguir:
A hidratação oral dos pacientes com suspeita de dengue deve ser iniciada ainda na sala de espera
enquanto aguardam consulta médica. Volume diário da hidratação oral: Adultos: 60 ml/kg/dia, sendo 1/3 com
solução salina e no início com volume maior. Para os 2/3 restantes, orientar a ingestão de líquidos caseiros (água,
suco de frutas, soro caseiro, chás, água de coco etc.), utilizando-se os meios mais adequados à idade e aos hábitos
do paciente. Especificar o volume a ser ingerido por dia. Por exemplo, para um adulto de 70 kg, orientar: 60
ml/kg/dia 4,2 L. Ingerir nas primeiras 4 a 6 horas do atendimento: 1,4 L de líquidos e distribuir o restante nos outros
períodos (2,8 L). Crianças (< 13 anos de idade): orientar paciente e o cuidador para hidratação por via oral.
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Oferecer 1/3 na forma de soro de reidratação oral (SRO) e o restante através da oferta de água, sucos e chás.
Considerar o volume de líquidos a ser ingerido conforme recomendação a seguir (baseado na regra de Holliday
Segar acrescido de reposição de possíveis perdas de 3%): - Crianças até 10 kg: 130 ml/kg/dia - Crianças de 10 a 20
kg: 100 ml /kg/dia - Crianças acima de 20 kg: 80 ml/kg/dia Nas primeiras 4 a 6 horas do atendimento considerar a
oferta de 1/3 deste volume. Especificar em receita médica ou no cartão da dengue o volume a ser ingerido. Manter
a hidratação durante todo o período febril e por até 24-48 horas após a defervescência da febre. A alimentação não
deve ser interrompida durante a hidratação e sim administrada de acordo com a aceitação do paciente. O
aleitamento materno dever ser mantido e estimulado.
Orientar o paciente para: Não se automedicar. Procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de
sangramentos ou sinais/sintomas de alarme. Agendar o retorno para reavaliação clínica no dia de melhora da febre
(possível início da fase crítica); caso não haja defervescência, retornar no quinto dia de doença. Notificar, preencher
“cartão da dengue” e liberar o paciente para o domicílio com orientações. Orientar sobre a eliminação de criadouros
do Aedes aegypti. Os exames específicos para confirmação não são necessários para condução clínica. Sua
realização deve ser orientada de acordo com a situação epidemiológica.
GRUPO B
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GRUPO C
Para os pacientes do grupo C, o mais importante é iniciar a reposição volêmica imediata, em qualquer ponto de
atenção, independente do nível de complexidade, inclusive durante eventual transferência para uma unidade de
referência, mesmo na ausência de exames complementares conforme segue:
Reposição volêmica com 10 ml/kg de soro fisiológico na primeira hora. Devem permanecer em
acompanhamento em leito de internação até estabilização – mínimo 48 horas.
Se não houver melhora clínica e laboratorial conduzir como grupo D.
Pacientes do grupo C precisam de avaliação contínua, se necessário pela equipe de Enfermagem. Na presença de
qualquer sinal de agravamento ou choque a reavaliação médica deve ser imediata.
GRUPO D
Reposição volêmica (adultos e crianças): Iniciar imediatamente fase de expansão rápida parenteral, com solução
salina isotônica: 20 ml/kg em até 20 minutos, em qualquer nível de complexidade, inclusive durante eventual
transferência para uma unidade de referência, mesmo na ausência de exames complementares. Caso necessário,
repetir por até três vezes, de acordo com avaliação clínica;
Reavaliação clínica a cada 15-30 minutos e de hematócrito em 2 horas. Estes pacientes necessitam ser
continuamente monitorados e acomodados na Enfermaria D de nossa unidade Hospitalar
Oferecer O2 em todas as situações de choque (cateter, máscara, Cpap nasal, ventilação não invasiva,
ventilação mecânica), definindo a escolha em função da tolerância e da gravidade. Pacientes dos grupos C e D
podem apresentar edema subcutâneo generalizado e derrames cavitários, pela perda capilar, que não significa, a
princípio, hiper-hidratação, e que pode aumentar após hidratação satisfatória; o acompanhamento da reposição
volêmica é feita pelo hematócrito, diurese e sinais vitais. Evitar procedimentos invasivos desnecessários,
toracocentese, paracentese, pericardiocentese; no tratamento do choque compensado é aceitável catéter periférico
de grande calibre; nas formas iniciais de reanimação o acesso venoso deve ser obtido o mais rapidamente possível.
A via intraóssea em crianças pode ser escolha para administração de líquidos e medicamentos durante a RCP ou
tratamento do choque descompensado, se o acesso vascular não for rapidamente conseguido; no contexto de
parada cardíaca ou respiratória, quando não se estabelece a via aérea por intubação orotraqueal, por excessivo
sangramento de vias aéreas, o uso de máscara laríngea pode ser uma alternativa. Monitoração hemodinâmica
minimamente invasiva, como oximetria de pulso, é desejável, mas em pacientes graves, descompensados, de difícil
manuseio, os benefícios de monitoração invasiva como PAM, PVC, Svc02 podem suplantar os riscos. O choque
com disfunção miocárdica pode necessitar de inotrópicos; tanto na fase de extravasamento como na fase de
reabsorção plasmática, lembrar que, na primeira fase, necessita reposição hídrica e, na segunda fase, há restrição
hídrica. Dose das drogas inotrópicas » Dopamina: 5-10 microgramas/kg/min. » Dobutamina: 5-20
microgramas/kg/min. » Milrinona: 0,5 a -0,8 microgramas/kg/min. – Atenção – Dose corrigida.
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ANEXO FLUXOGRAMA
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REFERÊNCIAS
BELO HORIZONTE. Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo para atendimento aos pacientes com
suspeita de dengue – 2014. 2013. Disponível em: . Acesso em: 8 dez . 2021. BRASIL.
INSTITUTE DE VEILLE SANITAIRE. Département de Coordination des Alertes et des Régions. Virus Zika
Polynésie _ 2013 - 2014 Ile de Yap, Micronésie _ 2007. Saint-Maurice, 2014. Disponível em: . Acesso em:
9 dez. 2021.
ELABORAÇÃO
Elaborado por: Revisado por: Aprovado por:
2024: Fabíola Pessôa Leopoldo 2024: Juliana Gabriela Lopes Alves 2024: Marcelo José Rozzeto
Coren-RJ 179352 Coren –RJ 345532
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