Introdução Marina

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INTRODUÇÃO

No âmbito da disciplina de Eletrotecnia vamos aborda sobre a impedância e Lei


de Ohm. A impedância é um conceito fundamental em circuitos elétricos e eletrônicos,
representando a oposição que um componente oferece à passagem de corrente alternada
(AC). Ela é uma generalização da resistência, que se aplica a circuitos de corrente
contínua (DC), e leva em conta não apenas a resistência, mas também a reatância, que
pode ser indutiva ou capacitiva.

A Lei de Ohm, que é central no estudo dos circuitos, relaciona a tensão (V), a
corrente (I) e a resistência (R) em circuitos de corrente contínua, expressa pela equação
(V = I.R). Em circuitos de corrente alternada, essa relação é expandida para incluir a
impedância (Z), e a fórmula se torna (V = I.Z), onde Z é um número complexo que
combina resistência e reatância. A impedância é medida em ohms (Ω), assim como a
resistência, e é essencial para o entendimento de circuitos mais complexos e de
frequências variáveis.

1
FUNDAMENTAÇÃO TÉORIA

A impedância e a Lei de Ohm estão inter-relacionadas no estudo de circuitos


elétricos, especialmente quando falamos de circuitos de corrente alternada (CA) e
componentes como capacitores e indutores. Enquanto a Lei de Ohm lida inicialmente com
resistências em circuitos de corrente contínua (CC), a impedância generaliza a resistência
para circuitos CA, incorporando os efeitos de outros componentes reativos.

Lei de Ohm

A Lei de Ohm é a equação fundamental usada para descrever a relação entre a


tensão (V), a corrente (I) e a resistência (R) em um circuito:

𝑉 = 𝐼⋅𝑅

Onde:

• 𝑉 é a tensão (voltagem) em volts,


• 𝐼 é a corrente elétrica em amperes,
• 𝑅 é a resistência em ohms (Ω).

Essa relação é direta e simples em circuitos de corrente contínua, onde a resistência é o


único fator que limita o fluxo de corrente.

Impedância em Circuitos de Corrente Alternada

Nos circuitos de corrente alternada (CA), além da resistência (R), há dois outros
elementos que influenciam o fluxo de corrente:

• Capacitância (C), associada aos capacitores,


• Indutância (L), associada aos indutores.

Ambos os elementos, capacitância e indutância, reagem à mudança da corrente ao longo


do tempo, criando reatância:

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• Reatância capacitiva (Xc): surge em circuitos com capacitores e se opõe à
mudança de tensão. É dada por:

1
𝐗𝐜 =
𝟐𝛑𝐟𝐂

Onde f é a frequência da corrente e C é a capacitância.

• Reatância indutiva (XL): surge em circuitos com indutores e se opõe à mudança


de corrente. É dada por:

𝑿𝑳 = 𝟐𝝅 𝒇𝑳

Onde L é a indutância do circuito.

Definição de Impedância

A impedância (Z) é a generalização da resistência em circuitos CA, incorporando


tanto a resistência (R) quanto a reatância (X) (reatância capacitiva e/ou indutiva). A
impedância é uma quantidade complexa, pois os efeitos de R e X se combinam de maneira
vetorial (com ângulo de fase entre eles). A fórmula geral para a impedância é:

𝒁 = 𝑹 + 𝒋𝑿

Onde jjj é a unidade imaginária (j2 = −1) e X pode ser a reatância total (𝑋 = 𝑋𝐿 − 𝑋𝑐).

A magnitude da impedância é dada por:

∣ 𝐙 ∣= √R2 + X 2

A unidade de impedância é também o ohm (Ω).

Lei de Ohm em Circuitos CA

Nos circuitos de corrente alternada, a Lei de Ohm é adaptada usando a impedância:

𝑽 = 𝑰 ⋅ 𝒁

Aqui, Z substitui a resistência R da equação original, e V e I podem ser grandezas


complexas para levar em conta tanto a magnitude quanto à fase.

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Aplicações da Impedância e da Lei de Ohm em Circuitos Elétricos

1. Análise de circuitos RLC: A análise de circuitos que contêm resistores (R),


indutores (L) e capacitores (C) depende da impedância total do circuito. Por
exemplo, em um circuito série RLC, a impedância total é a soma vetorial de todas
as reatâncias e resistências, permitindo calcular a corrente e a tensão.
2. Ressonância: Em circuitos LC (indutor e capacitor), a frequência de ressonância
ocorre quando XL=Xc, fazendo com que a impedância seja mínima e a corrente
máxima.
3. Sintonização de circuitos: Em eletrônica, circuitos sintonizados ajustam a
frequência de ressonância usando capacitores e indutores para receber ou
transmitir sinais específicos.
4. Sistemas de potência: A análise de impedância é crucial no transporte de energia
elétrica, garantindo a compatibilidade entre fontes e cargas.

Essas relações são fundamentais para o design e a análise de qualquer sistema elétrico
que opere em CA, como redes de energia, sistemas de comunicação e dispositivos
eletrônicos.

FÓRMULA DE IMPEDÂNCIA TOTAL EM CIRCUITOS RLC

Circuitos:

Em um circuito RLC em série, a impedância total é a soma das impedâncias individuais


de cada c.

𝑍 = 𝑅 + 𝑗 ( 𝑋𝑒𝑢 − 𝑋𝑐)

Onde:

• R é a resistência (em Xeu é um reação Xeu = =2 π f Eu, onde( Leué um industriale


1
é Xc é uma reação capacitiva) 𝑋𝑐 = 2 π f C , 𝑂𝑛𝑑𝑒 𝐶 é 𝑎𝑐 𝑒𝑢 é 𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

A reatância total X pode ser expresso:

𝑋 = 𝑋𝑒𝑢 − 𝑋𝐶

4
Portanto:

𝑍 = 𝑅 + 𝑗𝑋

Circuitos RLC

Em um circuito RLC:

1 1 1 1
= + +
𝑍 𝑍 𝑗𝑋𝑒𝑢 −𝑗𝑋𝑐

1
Podemos recriar − 𝑗 𝑋𝐶 como eu ( − Xc ) para facilitar a soma. O resultado final

para a impedância total em circuitos RLC em paralelo pode ser complexo e envolver
manipulação de frações.

PASSOS PARA CALCULAR A IMPEDÂNCIA TOTAL EM


CIRCUITOS RLC EM PARALELO

1. Calcular as impedâncias individuais:

• 𝑍𝑅 = 𝑅
• 𝑍𝑒𝑢 = 𝑗𝑋𝑒𝑢
• 𝑍𝐶 = −𝑗𝑋𝑐

2. Usando a fórmula da soma das impedâncias em paralelo:

1 1 1 1
= + +
𝑍 𝑍𝑅 𝑍𝑒𝑢 𝑍𝑐

3. Simplifique a descoberta para encontrar.

Exemplo de Cálculo:

Suponha que tenhamos um circuito RLC em série com 𝑅 = 10 𝛺, 𝑒𝑢 = 0,1𝐸, 𝑒𝐶 =


100 𝜇𝐹 em uma frequência 𝑒 = 50𝐻𝑧.

1. Calcular Xeu e Xc:

𝑋𝑒𝑢 = 2 𝜋 ( 50 ) ( 0 ,1 ) = 31 ,42𝛺

5
1
𝑋𝐶 = ≈ 31 ,83𝛺
2 𝜋 ( 50 ) ( 100 × 10−6 )

2. Encontre a reatância total X:

𝑋 = 𝑋𝑒𝑢 − 𝑋𝐶 = 31 ,42 − 31 ,83 ≈ − 0 ,41𝛺

3. A impedância total Z:

𝑍 = 10 + 𝑗 ( − 0 ,41 ) = 10 − 𝑗 0 ,41𝛺

4. Para a magnitude de Z:

Essas fórmulas e exemplos mostram como calcular a impedância total em circuitos RLC,

que
� é crucial para entender o comportamento de circuitos em corrente alternada.

LEI DE OHM

= A Lei de Ohm estabelece a relação básica entre três grandezas fundamentais em
um circuito elétrico: tensão (V), corrente (I) e resistência (R). De forma resumida:

➢ Tensão (V): É a força que empurra a corrente elétrica através do circuito, medida

em volts (V).

➢ Corrente (I): É o fluxo de elétrons, ou seja, a quantidade de carga que passa por

� um ponto do circuito por segundo, medida em amperes (A).
� ➢ Resistência (R): É a oposição ao fluxo de corrente elétrica, medida em ohms (Ω).
+
Fórmula:

𝑉 = 𝐼 .𝑅

Onde:

� ✓ (V) é a tensão (volts),


� ✓ é a corrente (amperes),
✓ (R) é a resistência (ohms).
,
Essa fórmula pode ser rearranjada para resolver qualquer uma das variáveis:

� ✓ 𝐼 = 𝑉 (Corrente)
𝑅
� 𝑉
✓ 𝐼= 𝑅
(Resistência


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A Lei de Ohm é fundamental para o entendimento de circuitos elétricos, sendo
usada para calcular a tensão, corrente ou resistência em diferentes situações, tanto em
corrente contínua (CC) quanto alternada (CA).

LEI DE OHM GENERALIZADA PARA CIRCUITOS DE CA

A Lei de Ohm Generalizada para circuitos de corrente alternada (CA) é uma


extensão da clássica Lei de Ohm, que se aplica a circuitos de corrente contínua (CC). Essa
generalização é necessária devido à presença de elementos reativos (indutores e
capacitores) que afetam o comportamento da corrente e da tensão ao longo do tempo.
Vamos explorar os conceitos e fórmulas envolvidos.

Conceitos Básicos

1. Impedância (Z): Em circuitos CA, a resistência é substituída pela impedância, que


leva em conta tanto a resistência (R) quanto a reatância (X), que pode ser indutiva
(XL) ou capacitiva (Xc):

𝑍 = 𝑅 + 𝑗𝑋

Onde:

• R é a resistência em ohms (Ω),


• X é a reatância total em ohms (Ω),
• j é a unidade imaginária (𝑗 2 = −1).

2. Reatância:
• Reatância Indutiva (XL):

𝑋𝐿 = 2𝜋𝑓𝐿

• Reatância Capacitiva (Xc):

1
𝑋𝑐 =
2𝜋𝑓𝐶

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3. Fase: A impedância também incorpora um ângulo de fase (ϕ), que é a diferença
de fase entre a corrente e a tensão em circuitos CA. Este ângulo pode ser calculado
usando a tangente:

𝑋
𝐭𝐚 𝐧(𝜙) =
𝑅

Lei de Ohm Generalizada

Para circuitos de corrente alternada, a Lei de Ohm é expressa como:

𝑉 =𝐼⋅𝑍

Onde:

• V é a tensão (ou voltagem) em volts (V),


• I é a corrente em amperes (A),
• Z é a impedância total em ohms (Ω).

Forma Complexa:

As grandezas de tensão e corrente em circuitos CA são geralmente tratadas como números


complexos:

• 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜: 𝑽 = 𝑽𝒎 𝒆𝒋𝝎𝒕
• 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒: 𝑰 = 𝑰𝒎 𝒆𝒋(𝝎𝒕+ϕ)

Aqui, 𝑽𝒎 𝒆 𝑰𝒎 são as magnitudes (valores máximos) de tensão e corrente, ω é a


frequência angular, e t é o tempo.

Impedância e Potência:

1. Potência Ativa (P): É a potência real consumida pelo circuito, medida em watts
(W):

𝑃 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 . 𝐼𝑟𝑚𝑠 . 𝑐𝑜𝑠(ϕ)

2. Potência Reativa (Q): É a potência que oscila entre a fonte e a carga, medida em
volt-amperes reativos (VAR):

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𝑄 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 . 𝐼𝑟𝑚𝑠 . 𝑠𝑖𝑛(ϕ)

Potência Aparente (S): É a combinação da potência ativa e reativa, medida em volt-


amperes (VA):

𝑆 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 . 𝐼𝑟𝑚𝑠

Exemplificação

Suponha um circuito RLC série com os seguintes valores:

• Resistência R=10Ω,
• Indutância L=0,1H,
• Capacitância C=100μF,
• Frequência f=60Hz.

1. Cálculo da Impedância Total:

𝑋𝐿 = 2𝜋(60). (0,1) ≈ 37,7𝛺

1
𝑋𝑐 = ≈ 26,5𝛺
2π(60) (100 × 10−6 )

2. Calcule a reatância total:

𝑋 = 𝑋𝐿 − 𝑋𝑐 ≈ 37,7 − 26,5 ≈ 11,2𝛺

3. Calcule a impedância total:

𝑍 = 𝑅 + 𝑗𝑋 = 10 + 𝑗11,2𝛺

4. Magnitude de Z:

∣𝑍 ∣= √102 + 112 ≈ √1002 + 1252 ≈ 14,9𝛺

5. Se 𝑉𝑟𝑚𝑠 = 120 𝑉, calcule a corrente:

1 120
I= ⟹I= ≈ 8,06A
𝑍 14,9

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A Lei de Ohm Generalizada para circuitos de CA é essencial para entender como
as tensões e correntes se comportam em circuitos que contêm resistores, indutores e
capacitores. Através da impedância, podemos calcular correntes, tensões e potências,
permitindo uma análise completa e precisa de sistemas elétricos em corrente alternada.

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CONCLUSÃO

Depois de tantas pesquisas com o tema acima mencionado chegamos


á conclusão que A Lei de Ohm e a Impedância são conceitos fundamentais
para a análise de circuitos elétricos, tanto em corrente contínua (CC) quanto
alternada (CA). Lei de Ohm relaciona diretamente tensão, corrente e
resistência em circuitos CC pela fórmula (V = I . R \).

Para circuitos CA, a Lei de Ohm Generalizada introduz a impedância (Z),


que combina resistência e reatâncias (indutiva e capacitiva), permitindo que
calculemos a tensão, corrente e fase nos circuitos com componentes reativos,
usando ( V = I.Z )

Além disso, em circuitos RLC (resistores, indutores, capacitores), a


impedância total varia dependendo se os componentes estão em série ou
paralelo, sendo essencial para determinar o comportamento da corrente e da
potência (ativa, reativa e aparente). Esses conceitos permitem um
entendimento amplo do comportamento de circuitos elétricos em diversas
aplicações, como sistemas de potência, eletrônicos e telecomunicações.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

• HAYT, W.; KEMMERLY, J.; DURBIN, S. Análise de Circuitos Elétricos. 7ª


ed. McGraw-Hill, 2012.
• ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentals of Electric Circuits.
5ª ed. McGraw-Hill, 2013.
• BOYLESTAD, R.; NASHELSKY, L. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de
Circuitos. 11ª ed. Pearson, 2014.

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