5 Escola Cognitiva
5 Escola Cognitiva
5 Escola Cognitiva
ESCOLA COGNITIVA
A formulação da estratégia como um processo mental. Natureza: descritiva
Essa escola funciona como ponte entre as escolas mais objetivas (design, planejamento, posicionamento, e
empreendedora) e as mais subjetivas (aprendizado, cultura, poder, ambiente e configuração). Nela, a formulação da
estratégia resulta de um processo mental - a cognição humana, cujo estudo derivado de pesquisas a partir dos anos 90
configura, antes o estabelecimento de correntes de comportamentos relativos à estratégia do que propriamente uma escola
do pensamento estratégico. Os estrategistas são vistos nesta escola como autodidatas que desenvolvem estruturas de
conhecimento e processos de pensamento através de suas experiências diretas e de comportamentos que vão do
‘positivismo’, que trata o processamento e a estruturação como um esforço para produzir uma visão de mundo; ao
‘subjetivismo’, como uma interpretação do mundo, a maneira como a mente percebe a realidade e a constrói.
A cognição sob diferentes perspectivas:
1. Cognição como confusão: a busca de evidências que apóiem as crenças, em vez de negá-las; favorecimento de
informações mais recentes sobre informações anteriores; o poder do pensamento otimista; crenças infundadas ou
sabedoria convencional; decisões tendenciosas; estratégias explicitas podem gerar resistências psicológicas para mudá-las.
2. Cognição como processamento de informações: o processamento de informações levam indivíduos e organizações a
operarem segundo os mesmos princípios: as etapas de atenção (informações que serão processadas ou ignoradas),
codificação (dá significado às informações, molduras de consenso), armazenagem/recuperação (cognição como
memorização); escolha (empreender a ação) e resultados (promovem o circuito de retro-alimentação do processo,
aprendizado).
3. Cognição como mapeamento: cognição estratégica como processo de criação de estruturas mentais para organizar o
conhecimento. As molduras (esquema, conceito, enredo, plano, modelos mentais, mapas) são as áreas de observação, de
conhecimento, de atuação.
4. Configuração como conceito: representação mental de uma realidade abstrata ou concreta na tarefa de identificar,
descrever e entender essa realidade.
5. Cognição como construção: a visão construtivista interpreta aquilo que a mente reproduz do mundo exterior, pois atua
segundo suas próprias dinâmicas cognitivas, as molduras que são entendidas como premissas. A escola não tem
exatamente proposições estratégicas e sim um entendimento de como o processo é formado na mente dos estrategistas
PREMISSAS
1 A formulação de estratégia é um processo cognitivo que ocorre na mente do estrategista;
As estratégias emergem como perspectivas - na forma de conceitos, mapas, esquemas e estruturas - que moldam
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a maneira como as pessoas lidam com informações vindas do ambiente;
Essas informações (de acordo com a ala "objetiva" desta escola) fluem por todos os tipos de filtros deturpadores
antes de serem decodificadas pelos mapas cognitivos, ou (de acordo com a ala "subjetiva") são meramente
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interpretações de um mundo que existe somente em termos de como é percebido.
Em outras palavras, o mundo visto pode ser modelado, estruturado e construído;
Como conceitos, as estratégias são difíceis de realizar em primeiro lugar. Quando são realizadas, ficam
4 consideravelmente abaixo do ponto ótimo e, subsequentemente, são difíceis de mudar quando não são mais
viáveis.
CRÍTICAS A ESCOLA COGNITIVA
É caracterizada mais pelo seu potencial doque pela contribuição;
A Psicologia cognitiva ainda precisa resolver as questões de interesse da administração estratégica. Como se formam os
conceitos na mente;
A distorção na tomada de decisão é perigosa;
A variação do estilo cognitivo do estrategista, com conseqüências na estratégia a ser seguida;
Apego às estratégias existentes devido a fixações cognitivas.