13.4.edificações - Madeira

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MADEIRA

 A madeira apresenta uma excelente relação resistência/peso

 Facilidade de fabricação de diversos produtos industrializados e bom isolamento


térmico
 Está sujeita à degradação biológica por ataque de fungos, brocas etc
 Apresenta inúmeros defeitos, como nós e fendas que interferem em suas propriedades
mecânicas
 Uso de produtos industriais de madeira convenientemente tratados, em sistemas
estruturais adequados, resultando em estruturas duráveis e com características
estéticas agradáveis

Categorias principais de madeiras para construção:

 madeiras duras - provenientes de árvores frondosas (dicotiledôneas, da classe


Angiospema, com folhas achatadas e largas), de crescimento lento, como peroba, ipê,
aroeira, carvalho etc.; as madeiras duras de melhor qualidade são também chamadas
madeiras de lei;
 madeiras macias - provenientes em geral das árvores coníferas (da classe
Gimnospema, com folhas em forma de agulhas ou escamas, e sementes agrupadas em
forma de cones), de crescimento rápido, como pinheiro-do-paraná e pinheiro-bravo, ou
pinheirinho, pinheiros europeus, norte-americanos etc

Propriedades das Madeiras:

a) Densidade

massa específica convencional obtida pelo quociente da massa seca pelo volume saturado

b) Resistência

Os efeitos da duração do carregamento e da umidade do meio ambiente são considerados por


meio de coeficientes de modificação Kmod

c) Rigidez

A rigidez dos materiais é medida pelo valor médio do módulo de elasticidade, determinado na
fase de comportamento elástico-linear

d) Umidade
As classes de umidade têm por finalidade ajustar as propriedades de resistência e de rigidez da
madeira em função das condições ambientais onde permanecerão as estruturas

A faixa de variação da umidade das madeiras verdes tem como limites aproximados 30% para
as madeiras mais resistentes e 130% para as madeiras mais macias

e) Anisotropia da Madeira

Devido à orientação das células, a madeira é um material anisotrópico, apresentando 3


direções principais conforme mostra a figura a seguir: longitudinal, radial e tangencial

f) Retração da Madeira

As madeiras sofrem retração ou inchamento com a variação da umidade entre 0% e o ponto de


saturação das fibras (30%), sendo a variação dimensional aproximadamente linear. O
fenômeno é mais importante na direção tangencial; para redução da umidade de 30% até 0%,
a retração tangencial varia de 5% a 10% da dimensão verde, conforme as espécies. A retração
na direção radial é cerca da metade da direção tangencial. Na direção longitudinal, a retração é
menos pronunciada, valendo apenas 0,1% a 0,3% da dimensão verde, para secagem de 30% a
0%. A retração volumétrica é aproximadamente igual à soma das três retrações lineares
ortogonais
g) Dilatação Linear

O coeficiente de dilatação linear das madeiras, na direção longitudinal, varia de 0,3 x 10-5 a
0,45 x 10-5 por ºC. Na direção tangencial ou radial, o coeficiente de dilatação varia com o peso
específico da madeira, sendo da ordem de 4,5 x 10-5 ºC-1 para madeiras duras e 8,0 x 10-5 ºC-
1 para madeiras moles. Vê-se, assim, que o coeficiente de dilatação linear na direção
perpendicular às fibras varia de 4 a 7 vezes o coeficiente de dilatação do aço

h) Deterioração da Madeira

Ataque biológico e a ação do fogo. Fungos, cupins, moluscos e crustáceos marinhos são
exemplos de agentes biológicos que se instalam na madeira para se alimentar de seus produtos

A vulnerabilidade da madeira de construção ao ataque biológico depende: da camada do


tronco de onde foi extraída a madeira, da espécie da madeira e das condições ambientais

Por meio de tratamento químico pode-se aumentar a resistência da madeira aos ataques de
agentes biológicos e do fogo. Este tratamento, em geral, consiste em impregnar a madeira com
preservativos químicos (por exemplo creosoto) e retardadores de fogo

1.2 – Defeitos das Madeiras

Os defeitos podem provir da constituição do tronco ou do processo de preparação das peças. A


seguir, descrevem-se os principais defeitos da madeira:

Nós: imperfeição da madeira nos pontos dos troncos onde existiam galhos
Fendas: aberturas nas extremidades das peças, produzidas pela secagem mais rápida da
superfície; ficam situadas em planos longitudinais radiais, atravessando os anéis de
crescimento. O aparecimento de fendas pode ser evitado mediante a secagem lenta e
uniforme da madeira

Gretas ou ventas: separação entre os anéis anuais, provocada por tensões internas devidas ao
crescimento lateral da árvore, ou por ações externas, como flexão devida ao vento

Abaulamento: encurvamento na direção da largura da peça


Arqueadura: encurvamento na direção longitudinal, isto é, do comprimento da peça

Fibras reversas: fibras não paralelas ao eixo da peça. As fibras reversas podem ser provocadas
por causas naturais ou por serragem. As causas naturais devem-se à proximidade de nós ou ao
crescimento das fibras em forma de espiral. A serragem da peça em plano inadequado pode
produzir peças com fibras inclinadas em relação ao eixo. As fibras reversas reduzem a
resistência da madeira

Esmoada ou quina morta: canto arredondado, formado pela curvatura natural do tronco. A
quina morta significa elevada proporção de madeira branca (alburno)
.3 – Condições de Referência

1.4 – Caracterização das propriedades das madeiras

a) Valores de cálculo

2 – COBERTURAS DE MADEIRA

A estrutura de madeira é composta por uma armação principal e outra secundária, também
conhecida por trama. A estrutura principal poderá ser constituída por tesouras ou por
pontaletes e vigas principais, sendo a trama constituída pelas ripas, pelos caibros e pelas terças

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