Relatório de Estágio Finalizado - Maria Clara Mercês Gusmão

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1

CURSO TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS

MARIA CLARA MERCÊS GUSMÃO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

SANTO ANTÔNIO DE JESUS - BA


2023
2

CURSO TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS


MARIA CLARA MERCÊS GUSMÃO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório apresentado para demonstrar as ativida-


des exercidas no estágio curricular obrigatório rea-
lizado na Universidade Federal do Recôncavo da
Bahia (UFRB), desenvolvido no 3º ano do curso
técnico em análises clínicas do Centro Territorial
de Educação Profissional do Recôncavo (CETEP),
tendo como requisito para conclusão do Curso.

Supervisora Pedagógica: Alexandra Matos.

Tendo como Orientadora Técnica: Enfa. Lorena


Frigia.

SANTO ANTÔNIO DE JESUS - BA

2023
3

CURSO TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS


MARIA CLARA MERCÊS GUSMÃO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório apresentado para demonstrar as ativida-


des exercidas no estágio curricular obrigatório rea-
lizado na Universidade Federal do Recôncavo da
Bahia (UFRB), desenvolvido no 3º ano do curso
técnico em análises clínicas do Centro Territorial
de Educação Profissional do Recôncavo (CETEP),
tendo como requisito para conclusão do Curso.

APROVADO EM: / /

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________
PROF. ALEXANDRA MATOS

_____________________________________________________
PROF. LORENA FRÍGIA

_____________________________________________________
4

RESUMO
O estágio supervisionado desempenha um papel crucial na formação de estudantes que
irão atuar no mercado de trabalho, uma vez que possibilita o aprendizado teórico-prático para
o estagiário. O estágio em questão foi idealizado com base nas rotinas de práticas laboratoriais
e realizado na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). A partir dele, foi possí-
vel a abordagem de inúmeros conteúdos presentes nas áreas de Hematologia, Bioquímica,
Parasitologia, Uroanálise, Imunologia e Microbiologia, assim como a preparação para o mer-
cado de trabalho, lidando não somente com assuntos técnicos, mas também com as relações
interpessoais dentro do ambiente de trabalho, na tentativa de capacitar o estagiário e torná-lo
um profissional ético e responsável.

Palavras-chave: estágio supervisionado, rotinas laboratoriais, assuntos técnicos, relações in-


terpessoais.
5

ABSTRACT

The supervised internship plays a crucial role in the training of students who will work
in the job market, as it enables theoretical-practical learning for the intern. The internship in
question was designed based on laboratory practice routines and carried out at the Federal
University of Recôncavo da Bahia (UFRB). From it, it was possible to approach numerous
contents present in the areas of Hematology, Biochemistry, Parasitology, Uroanalysis, Immu-
nology and Microbiology, as well as preparation for the job market, dealing not only with
technical subjects, but also with interpersonal relationships within the work environment, in
an attempt to train the intern and make him an ethical and responsible professional.

Keywords: supervised internship, laboratory routines, technical subjects, interpersonal rela-


tionships.
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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Pavilhão de Laboratórios no Campus Santo Antônio de Jesus...............................10

Figura 2 - Bancada do Laboratório de Preparo (23)................................................................12

Figura 3 e 4 - Inicialização e finalização da caixa de perfuro-cortantes..................................13

Figura 5 - Estagiária realizando a pipetagem...........................................................................14

Figura 6 - Lâminas com esfregaço sanguíneo..........................................................................16

Figura 7 e 8 - Lâmina hematológica e microbiológica, respectivamente................................18

Figura 9 - Autoclave vertical....................................................................................................19

Figura 10 - Estagiária realizando a coleta a vácuo em colega.................................................22

Figura 11 - Realização do método Hoffman............................................................................23

Figura 12 - Separação de materiais para o procedimento........................................................24

Figura 13 - Estagiária realizando a coleta de orofaringe.........................................................25

Figura 14 - Lâmina com bactérias gram-positivas...................................................................27

Figura 15 - Diferença na cor das águas....................................................................................28

Figura 16 - Estagiária realizando a coleta RT-PCR.................................................................29

Figura 17 – I Simpósio sobre HIV/AIDS do Recôncavo da Bahia..........................................31

Figura 18 - Tiras reativas.........................................................................................................32

Figura 19 - Materiais necessários para a realização do teste rápido........................................34

Figura 20 - Separação de materiais para tipagem sanguínea...................................................35

Figura 21 - Panfleto disponibilizado pelo Hemoba.................................................................36

Figura 22 - Panfleto da oficina de biossegurança....................................................................37


7

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................09
2. DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO..................................................................................10
3. ATIVIDADES REALIZADAS.........................................................................................11
3.1 Mapeamento de utensílios e equipamentos laboratoriais........................................11
3.1.1 Equipamentos comuns em um laboratório........................................................11
3.1.2 Utensílios comuns em um laboratório...............................................................12
3.2 Caixa de perfuro-cortantes.........................................................................................13
3.2.1 Passo a passo da montagem..............................................................................13
3.3 Pipetagem.....................................................................................................................14
3.3.1 Tipos de pipetadores..........................................................................................14
3.3.2 Tipos de pipetas.................................................................................................14
3.4 Esfregaço sanguíneo e coloração (hematologia).......................................................15
3.4.1 Materiais necessários.........................................................................................15
3.4.2 Passo a passo do esfregaço................................................................................15
3.4.3 Passo a passo da coloração................................................................................15
3.5 Microscopia hematológica e microbiológica.............................................................16
3.5.1 Estrutura de um microscópio ótico....................................................................17
3.5.2 Passo a passo da utilização................................................................................17
3.6 Autoclavagem..............................................................................................................18
3.6.1 Processo da autoclavagem.................................................................................18
3.6.2 Diferença entre a autoclave vertical e a de bancada..........................................19
3.7 Coleta sanguínea (hematologia).................................................................................19
3.7.1 Passo a passo do procedimento (agulha e seringa)...........................................20
3.7.2 Passo a passo do procedimento (vácuo)............................................................20
3.7.3 Passo a passo do procedimento (scalp).............................................................20
3.7.4 Relação de tubos de coleta................................................................................21
3.7.4.1 Principais tubos de coleta.............................................................................21
3.8 Sedimentação espontânea/Hoffman (parasitologia)................................................22
3.9 Meios de cultura (microbiologia)...............................................................................23
3.9.1 Tipos de meios de cultura (estado físico)..........................................................23
3.9.2 Tipos de meios de cultura (aplicação)...............................................................23
3.9.3 Meios de cultura comuns...................................................................................24
3.10 Coleta de orofaringe e inoculação (microbiologia)................................................24
3.10.1 Passo a passo do procedimento (coleta de orofaringe).....................................25
3.10.2 Inoculação.........................................................................................................25
3.11 Inoculação e coloração de gram (microbiologia)...................................................25
3.11.1 Passo a passo do procedimento (inoculação)....................................................26
3.11.2 Passo a passo do procedimento (coloração)......................................................26
3.11.3 Relação dos reagentes.......................................................................................26
3.12 Parâmetros físico-químicos da água (visita técnica)..............................................27
3.12.1 Parâmetros físicos.............................................................................................27
3.12.2 Parâmetros químicos.........................................................................................27
8

3.13 LabCoV (RT-PCR)...................................................................................................28


3.13.1 RT-PCR.............................................................................................................28
3.14 I Simpósio sobre HIV/AIDS do Recôncavo da Bahia............................................29
3.15 Sumário de urina (uroanálise).................................................................................31
3.15.1 Coleta da amostra..............................................................................................32
3.15.2 Análise física.....................................................................................................32
3.15.3 Análise química.................................................................................................32
3.15.4 Sedimentoscopia................................................................................................32
3.16 Testes rápidos............................................................................................................33
3.16.1 Teste rápido de Sífilis e Hepatite B...................................................................33
3.16.2 Teste rápido de HIV..........................................................................................33
3.17 II Feira de Saúde Integrativa (tipagem sanguínea)...............................................34
3.17.1 Passo a passo do procedimento (tipagem por punção digital)..........................34
3.18 Doação de sangue e anemia falciforme...................................................................35
3.18.1 Pré-requisitos para a doação de sangue.............................................................35
3.18.2 Onde doar..........................................................................................................36
3.19 Oficina de Biossegurança.........................................................................................36
3.19.1 Tipos de riscos...................................................................................................37
3.19.2 EPI’s e EPC’s....................................................................................................37
4. GERENCIAMENTO DO LABORATÓRIO ESCOLAR..............................................38
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................39
6. BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................40
9

1. INTRODUÇÃO
O estágio supervisionado acontece quando o estagiário presta serviços para determina-
da empresa ou é orientado por ela. Geralmente possui um único supervisor, que acompanha,
instrui e corrige falhas do estagiário no processo, mas dependendo da instituição, há possibili-
dade de que haja mais de uma pessoa encarregada por acompanhar o período de estágio.
É no estágio que o conhecimento teórico associa-se com a prática, levando o estagiário
a adquirir maior conhecimento sobre a área em que está atuando – neste caso a área de análi-
ses clínicas –, ao mesmo tempo em que o prepara para o mercado de trabalho. Costa e Ger-
mano deixam isso evidente quando dizem o seguinte
O Estágio Curricular Supervisionado tem o intuito, de acordo com as diretrizes cur-
riculares, de integrar a atenção individual e coletiva, teoria e prática, ensino e servi-
ço, na perspectiva de formar um profissional apto a atender as demandas de saúde da
população brasileira [...] (COSTA; GERMANO, 2007).

Partindo desse conceito, o estágio, por sua vez, possibilita o aprendizado prático, in-
centivando o estagiário a desenvolver técnicas para um trabalho mais eficiente, preparando-o
para lidar com as responsabilidades futuras, pois instrui de forma adequada a maneira como
devem ser realizados os procedimentos dentro da área e possibilita a visão das diferentes difi-
culdades presentes no ambiente de trabalho, capacitando-o, a fim de torna-lo um profissional
competente, ético e resiliente.
Este trabalho acadêmico tem como objetivo principal descrever as atividades realiza-
das durante o período de estágio, contribuindo assim para o aumento de informações a cerca
do tema, ao mesmo tempo em que demonstra o processo técnico pelo qual o estagiário passou.
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2. DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), criada em 2005 por intermé-
dio da lei 11.151 de 29 de julho de 2005, trata-se de uma das maiores instituições de ensino
superior do Estado baiano, sendo a sede presente na cidade de Cruz das Almas, possuindo
unidades instituídas nos municípios de Amargosa, Cachoeira, Feira de Santana, Santo Amaro
e Santo Antônio de Jesus. Além disso, todas as instituições desta rede são identificadas por um
centro de ensino diferente.
Santo Antônio de Jesus conta com o Centro de Ciências da Saúde (CCS), que disponi-
biliza quatro cursos de graduação, sendo eles enfermagem, nutrição, medicina e psicologia,
bem como dois mestrados, sendo um em saúde da população negra e outro em saúde da famí-
lia, duas especializações, uma em gestão em saúde e outra em psicologia, avaliação e atenção
à saúde, e residências em enfermagem, cardiologia e nutrição. Ofertam também cursos e pro-
jetos de extensão curricular, que promovem eventos, como palestras e prestações de serviços.
A UFRB é uma instituição que se dedica ao desenvolvimento mental, pessoal e físico
de cada graduando, ao mesmo tempo em que se preocupa com o potencial socioambiental de
cada campus. Portanto sua missão é formar cidadãos criativos, empreendedores e inovadores,
contribuindo para o desenvolvimento social, tecnológico e sustentável, promovendo a inclu-
são e valorizando as culturas locais.
Possui como visão ser reconhecida como instituição de excelência e referenciada pela
geração e difusão do conhecimento. Tendo a excelência acadêmica, inclusão social, desenvol-
vimento regional e internacionalização como principais valores.

Figura 1 - Pavilhão de Laboratórios no Campus Santo Antônio de Jesus.

Fonte: arquivo pessoal.


11

3. ATIVIDADES REALIZADAS

3.1 Mapeamento de utensílios e equipamentos laboratoriais


Grande parte dos laboratórios clínicos possui utensílios e equipamentos característicos,
específicos e condizentes com o trabalho realizado. A utilização desses aparelhos é indispen-
sável para o diagnóstico adequado do paciente, uma vez que auxiliam na identificação e quan-
tificação de substratos presentes em amostras biológicas, como sangue, urina e fezes (CLÍNI-
CAS, 2023).
Devido o passar do tempo e em decorrência dos avanços tecnológicos na área da saú-
de, muitos destes aparelhos foram modernizados e automatizados, o que facilitou o cotidiano
de inúmeros técnicos e biomédicos, pois dessa forma o trabalho seria realizado com mais ra-
pidez e com uma margem de erro menor. Consequentemente, muitos aparelhos manuais e
antigos foram deixados de lado, por se tornarem menos eficientes em comparação com os
automatizados.
Contudo, saber identificar cada um deles – manuais e automatizados – é essencial para
quem trabalha em laboratório, uma vez que contribui para que os procedimentos sejam efica-
zes e adequados, além de não depender de recursos como energia e acesso à internet. Assim,
caso haja uma intercorrência por falhas tecnológicas, os profissionais saberão manusear equi-
pamentos mais antigos, não interferindo em sua rotina de exames.

3.1.1 Equipamentos comuns em um laboratório


 Agitadora automática: utilizada para homogeneizar soluções.
 Autoclave: utilizada para esterilizar objetos não descartáveis.
 Balança de precisão: utilizada para medir com extrema precisão a massa de líqui-
dos e sólidos.
 Balança semi-analítica: utilizada para analisar alguma grandeza sob certas condi-
ções ambientais.
 Banho-maria: utilizada para aquecer substâncias que não podem entrar em contato
direto com o fogo.
 Cabine de fluxo laminar: utilizada para ofertar um espaço estéril.
 Centrífuga: utilizada para separar amostras.
 Contador de colônias: utilizado para estimar a densidade e quantidade de conjuntos
de microrganismos em uma cultura.
 Estufa de secagem: utilizada para secagem e esterilização de materiais diversos.
 Micro-ondas: utilizado para aquecer substâncias.
 Microscópio: utilizado para analisar estruturas impossíveis de se ver a olho nu.
 Purificador de água (osmose reversa): utilizado para tornar a água ultrapura.
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3.1.2 Utensílios comuns em um laboratório


 Agulha de platina: utilizada para espalhar colônias de microrganismos de tamanho
reduzido.
 Alça de drigalski: utilizada para espalhar células e bactérias por uma superfície.
 Alça de inoculação: utilizada para manipular amostras bacterianas.
 Alça de platina: utilizada para coletar e manipular microrganismos.
 Becker: utilizado para homogeneizar, armazenar e aquecer soluções.
 Bico de Bunsen: utilizado como fonte de calor.
 Cálice graduado: utilizado para medir e transferir quantidades aproximadas de so-
luções.
 Coletor universal: utilizado para diversas coletas.
 Cuba de lavagem/coloração de lâminas: utilizada para lavar ou colorir quantidades
maiores de lâminas.
 Erlenmeyer: utilizado para misturar, armazenar e aquecer soluções.
 Lâmina: utilizada como suporte de amostras não visíveis a olho nu.
 Lamínula: utilizada como barreira entre a lâmina e a objetiva do microscópio.
 Lamparina: utilizada para aquecer amostras que necessitam de pouco calor.
 Meio de cultura: utilizado para o crescimento e desenvolvimento dos microrga-
nismos.
 Panótico: kit de corantes utilizados para o esfregaço sanguíneo.
 Papel tipo grau de esterilização: utilizado para armazenar objetos e amostras esté-
reis.
 Pipeta: utilizada para transportar volumes específicos de soluções.
 Placa de petri: utilizada para cultura de microrganismos.
 Proveta: utilizada para medir variados volumes.
 Tira reativa de urina: utilizada para análises bioquímicas da urina.
 Tudo de ensaio: utilizado para misturar ou armazenar substâncias.
 Tubo de falcon: utilizado para armazenar, centrifugar e preparar amostras.

Figura 2 - Bancada do Laboratório de Preparo (23).

Fonte: arquivo pessoal.


13

3.2 Caixa de perfuro-cortantes


Em ambientes laboratoriais é muito frequente o uso de materiais perfuro-cortantes, isto
é, instrumentos que possuem a capacidade de perfurar ou cortar superfícies. Visto o uso recor-
rente desses objetos, se tornou evidente a necessidade de um recipiente que pudesse armaze-
ná-los em segurança até a conclusão do descarte desses resíduos.
Diante disso, criou-se a chamada caixa de perfuro-cortantes, um recipiente destinado
ao armazenamento e recolhimento de objetos que podem ferir fisicamente uma pessoa -- co-
mo as agulhas e as lâminas --, visando o bem-estar e a proteção do profissional que realizará o
procedimento. Durante o processo, para não haver incidente, o trabalhador que utiliza materi-
ais perfuro-cortantes no ambiente laboral é totalmente responsável pelo descarte adequado do
resíduo, sendo obrigatoriamente realizado após a utilização (PERFUROCORTANTES, 2014).
Geralmente apresenta cor externa bem visível, a fim de facilitar sua detecção. Sua
montagem, entretanto, é complexa, possuindo algumas etapas, que se seguidas corretamente
resultará em uma caixa de perfuro-cortante funcional e esteticamente proporcional.

3.2.1 Passo a passo da montagem


 Ler as instruções no saco plástico em que vêm as peças da caixa.
 Retirar e separar as peças.
 Montar o fundo da caixa e abrir as abas superiores.
 Abrir o saco plástico e colocar a peça de fundo.
 Colocar a cinta em um formato triangular dentro do saco e em cima do fundo.
 Posicionar o saco com o fundo e a cinta dentro a caixa.
 Encostar a cinta nas paredes da caixa.
 Puxar as sobras do saco para dentro da caixa.
 Montar e introduzir a bandeja dentro da caixa.
 Montar alças e fechar caixa.

Figura 3 e 4 - Inicialização e finalização da caixa de perfuro-cortantes.

Fonte: arquivo pessoal.


14

3.3 Pipetagem
A pipeta é um dos mais comuns itens presentes em um laboratório, possuindo diversos
tipos e funcionalidades. São comumente utilizadas para transferir determinado volume – que
varia de mililitros a microlitros -- de um recipiente para outro com precisão, sendo geralmente
solicitadas quando o procedimento requer controle de volume.
Esse item pode variar em tipo de material, podendo ser de vidro ou plástico, quantida-
de de volume que suporta e modo de uso. Há pipetas manuais, que exigem do profissional um
conhecimento mais antigo da pipetagem, bem como as pipetas automáticas, que permitem o
técnico trabalhar com mais facilidade e agilidade.

3.3.1 Tipos de pipetadores


 Automática/micropipeta: sua estrutura é comprida, na parte superior contém um
botão que puxa o líquido, na parte lateral superior um botão para desprezar a pon-
teira e na parte lateral um apoio para o dedo.
 Macropipeta: em forma superior de balão, no centro o botão para inflar o balão e
botões de puxar e soltar o líquido.
 Manual: sua estrutura é comprida, possuindo uma roda na parte superior lateral pa-
ra puxar o líquido e um botão lateral para soltar o líquido.
 Pera: sua estrutura é em forma de pera, possuindo um tubo voltado para cima (A),
usado para esvaziar o balão, um tubo na parte de baixo que segue para a lateral (S),
para puxar o líquido e um tubo que segue para baixo (E), usado para soltar o líqui-
do.

3.3.2 Tipos de pipetas


 Graduada: possui graduações ao longo do comprimento, sendo possível ver o lí-
quido, embora não seja tão precisa.
 Pasteur: a mais simples das pipetas, com um furo em baixo para o líquido subir e
superior semelhante a um balão.
 Volumétrica: possui estrutura fina com uma parte mais larga no centro e é aberta
nas duas extremidades.

Figura 5 - Estagiária realizando a pipetagem.


15

Fonte: arquivo pessoal.

3.4 Esfregaço sanguíneo e coloração (hematologia)


O esfregaço sanguíneo é um procedimento que promove a visualização e avaliação das
células sanguíneas em uma superfície, geralmente uma lâmina. É possível, por meio desse
exame, a contagem de células por campo e a avaliação das condições delas, auxiliando na
identificação de variadas doenças.
O esfregaço sanguíneo adequado contém três partes, sendo elas a espessa, a medial e a
fina. A coloração é o processo em que as lâminas com sangue são coradas com três corantes
presentes em um kit Panótico. Após a realização de uma lâmina bem feita e adequadamente
corada, é possível uma melhor visualização das estruturas das células, podendo diferenciá-las
com mais facilidade (NAOUM; NAOUM, 2008).

3.4.1 Materiais necessários


 Amostra de sangue.
 Kit Panótico.
 Lâminas.
 Luvas.
 Pipeta.

3.4.2 Passo a passo do esfregaço


 Coletar uma amostra de sangue fresco.
 Pingar uma gota de sangue pequena, próximo a uma das extremidades da lâmina.
 Posicionar a lâmina guia em cima da lâmina com sangue em cerva de 45 graus.
 Puxar a lâmina guia para trás até encostar-se ao sangue e formar uma linha reta de
sangue.
 Levar a lâmina guia para frente rápido e uniformemente, de forma que o sangue
presente na lâmina forme uma camada uniforme e clara.
 Com a lâmina seca, inserir toda a lâmina durante 10-20 segundos dentro do primei-
ro corante (verde).
 Depois inserir no segundo corante (vermelho) durante 10-20 segundos.
 E por último inserir no terceiro corante (azul-violeta) durante 10-20 segundos.
 Molhar a lâmina com água rapidamente para retirar o excesso de corante e deixar
secar naturalmente.

3.4.3 Passo a passo da coloração


 Com a lâmina hematológica feita, distribuem-se os corantes presentes no kit Panó-
tico em três beckers diferentes.
16

 Mergulha-se a lâmina no primeiro corante (fixador/verde) por cerca de 20 segun-


dos.
 Repete-se o processo com o segundo corante (vermelho) por 20 segundos.
 Termina-se no ultimo corante (azul/violeta) por mais 20 segundos.
 Lavar a lâmina delicadamente com água e deixar secar naturalmente.

Figura 6 - Lâminas com esfregaço sanguíneo.

Fonte: arquivo pessoal.

3.5 Microscopia hematológica e microbiológica


A microscopia nada mais é do que a ciência que estuda os microscópios – principais
objetos de estudo – e sua funcionalidade (DE ROBERTS, 1999). Seu objetivo principal é a
observação de estruturas detalhadas que são invisíveis a olho nu, assim facilitando o trabalho
de muitos profissionais (MANNHEIMER, 2002).
Moreira reforça essa ideia quando diz
O microscópio é um instrumento utilizado para ampliar e observar estruturas peque-
nas dificilmente visíveis ou invisíveis a olho nu. O microscópio ótico utiliza luz vi-
sível e um sistema de lentes de vidro que ampliam a imagem das amostras (MO-
REIRA, 2013).

Devido sua importante função, os laboratórios perceberam que o microscópio facilita-


va a realização de exames e o maior detalhamento de diagnósticos, visto que, a melhor visua-
lização das amostras permitia ao profissional melhor avaliação de determinada estrutura, as-
sim podendo diferenciar e identificar qual patologia ou campo de patologia o paciente está
submetido.
Na hematologia o uso do microscópio é de grande auxílio, pois por meio dele é possí-
vel a visualização de células sanguíneas, como as hemácias e leucócitos, assim como possibi-
lita a diferenciação dos tipos de células brancas. Na microbiologia o microscópio ajuda a
identificar os microrganismos, como as bactérias e os fungos, assim auxiliando na detecção de
muitas doenças.
17

3.5.1 Estrutura de um microscópio ótico


 Braço: é o suporte da parte superior do equipamento (MOREIRA, 2013).
 Canhão/tubo: é o suporte das oculares (MOREIRA, 2013).
 Condensador: é o sistema que orienta e distribui a luz uniformemente pelo micros-
cópio (MOREIRA, 2013).
 Diafragma: é o mecanismo que regula a quantidade de luz emitida (MOREIRA,
2013).
 Fonte luminosa: é a luz artificial emitida por uma lâmpada (MOREIRA, 2013).
 Objetivas: é o conjunto de lentes presentes no revólver, que dependendo da esco-
lhida pode aumentar o objeto em até 100 vezes.
 Oculares: são duas lentes superiores que permitem ampliar a imagem real forneci-
da pela objetiva (MOREIRA, 2013).
 Parafuso macrométrico: é o mecanismo que permite que a platina se mova verti-
calmente (MOREIRA, 2013).
 Parafuso micrométrico: é o mecanismo que permite a focagem da imagem (MO-
REIRA, 2013).
 Pé/base: é o apoio de todos os componentes do microscópio (MOREIRA, 2013).
 Platina/mesa: é a base que suporta e fixa a lâmina com a amostra, possui uma aber-
tura no centro para que a luz passe e ilumine a amostra, bem como uma pinça para
fixar a lâmina (MOREIRA, 2013).
 Revólver: é o suporte das objetivas (MOREIRA, 2013).

3.5.2 Passo a passo da utilização


 A princípio conecta-se o equipamento na tomada e aperta-se o botão de ligar.
 Com o aparelho ligado, coloca-se a amostra acima da platina, de forma a fixar sua
estrutura com a pinça.
 Depois de colocada a amostra, utiliza-se o parafuso macrométrico para subir a pla-
tina sob a visão da primeira objetiva.
 A segunda objetiva deverá ser a próxima escolhida, ao mesmo tempo em que a pla-
tina é elevada ao ponto de ser possível a observação de algum material da amostra.
 Neste momento, o parafuso micrométrico deverá ser usado para focar a imagem
obtida.
 Com a imagem focada, a terceira objetiva deverá ser usada para detalhar o material
observado.
 Por fim, a quarta e última objetiva – a de 100x – deverá somente ser utilizada em
conjunto com o óleo de imersão, para que não haver problemas com a amostra.

Figura 7 e 8 - Lâmina hematológica e microbiológica, respectivamente.


18

Fonte: arquivo pessoal.

3.6 Autoclavagem
A autoclave é um dos equipamentos mais comuns presentes em um laboratório clínico.
Ela é um aparelho que promove a esterilização de inúmeros instrumentos resistentes a tempe-
raturas elevadas. Funciona como um tratamento térmico, submetendo o material contaminado
ao calor úmido com o intuito de exterminar toda e qualquer forma vegetativa de agentes pato-
gênicos (CIENTÍFICA, 2023).
As autoclaves são equipamentos utilizados para a esterilização de materiais através
do uso de calor sob pressão. As autoclaves funcionam através da criação de um am-
biente controlado, onde o calor é gerado e mantido em uma pressão elevada. Esse
ambiente é eficaz para destruir microrganismos, como bactérias, vírus, esporos bac-
terianos e outros agentes patogênicos que possam estar presentes nos materiais que
precisam ser esterilizados (SILVA et al, 2023).

A autoclavagem é o processo pelo qual a autoclave esteriliza objetos que possuam flu-
idos, reagentes, meios de cultura ou qualquer material que possa servir de abrigo para os mi-
crorganismos. Ela utiliza calor úmido por ser mais eficaz que o calor seco, e para isso usufrui
do vapor de água, gerado em um reservatório da autoclave e submetido à alta pressão e eleva-
da temperatura.

3.6.1 Processo da autoclavagem


 Pré-vácuo: todo o ar é retirado do interior da autoclave (SURYA, 2021).
 Rampa de aquecimento: inicia a injeção de vapor até que alcance a temperatura de-
terminada pelo equipamento (SURYA, 2021).
 Etapa de exposição: o vapor d’água é introduzido no material a ser esterilizado
(SURYA, 2021).
 Secagem: a bomba de vácuo retira o restante de oxigênio presente (SURYA, 2021).
 Pressão atmosférica: essa pressão retorna ao interior dos pacotes e quebra o vácuo
(SURYA, 2021).
19

3.6.2 Diferença entre a autoclave vertical e a de bancada


A autoclave vertical possui tampa hermética, podendo ser fechada com grandes para-
fusos. No interior dela é colocada a água para que através da eletricidade seja gerado o vapor
que esterilizará os materiais contaminados (SPLABOR, 2023). Já a autoclave de bancada é
menor em comparação, sendo fácil o transporte. Nela a água é aquecida e o vapor esteriliza os
objetos (SPLABOR, 2022).
Figura 9 - Autoclave vertical.

Fonte: arquivo pessoal.

3.7 Coleta sanguínea (hematologia)


A coleta sanguínea é um procedimento que possibilita a realização de variados exames
de sangue. Ela consiste na retirada de determinada quantidade de sangue, que normalmente é
venoso – aquele que é extraído das veias –, que dependendo do tipo de exame solicitado pode
variar o local e o método da extração.
Esse procedimento, geralmente, pode ser feito de três formas, sendo elas: agulha e se-
ringa, a vácuo e scalp. O método tradicional – agulha e seringa – foi muito utilizado desde o
início das práticas hematológicas, mas tem sido cada vez menos adotado devido aos novos
métodos – vácuo e scalp. Isso se deve ao fato de que as novas formas de se coletar uma amos-
tra de sangue permitem que o paciente seja perfurado somente uma vez, desse modo evitando
maiores lesões e possibilitando conforto.
Uma coleta de sangue adequada perpassa por alguns fatores, sendo um dos principais a
preparação do paciente. No ambiente laboratorial é comum que os profissionais tenham que
20

lidar com muitos tipos de pessoas, por causa disso se faz necessário que o conhecimento e a
consideração estejam presentes nessa prática.
A princípio, o quesito de maior relevância na coleta é a identificação correta do paci-
ente. O controle sobre os dados pessoais do cliente, da identificação da amostra e dos exames
solicitados é de extrema importância, assim como é essencial a preparação adequada do mate-
rial a ser utilizado, sendo fundamental que o profissional se atente a esses requisitos (MAR-
ÇOLA, 2021).

3.7.1 Passo a passo do procedimento (agulha e seringa)


 Confirmar as informações a cerca do paciente, como dados pessoais.
 Perguntar se o paciente realizou atividade física, está em jejum ou está sob efeito
de medicamento.
 Após confirmação, separar o material (algodão, álcool 70%, seringa, agulha, garro-
te, tubo de coleta e curativo), acoplar a agulha à seringa e folgar o êmbolo.
 Analisar qual veia está melhor para realizar o exame.
 Realizar a assepsia, com algodão e álcool 70%, do local que irá ser realizado a co-
leta.
 Garrotear cerca de 10 centímetros acima do local da coleta.
 Inserir a agulha na veia com o bisel voltado para cima.
 Puxar o êmbolo da seringa para que o sangue entre no tubo da seringa.
 Retirar cuidadosamente a agulha, colocando um algodão no local puncionado.
 Retirar o garrote do braço do paciente e colocar um curativo no paciente.
 Transportar a amostra para o respectivo tubo de coleta.

3.7.2 Passo a passo do procedimento (vácuo)


 Confirmar as informações a cerca do paciente, como dados pessoais.
 Perguntar se o paciente realizou atividade física, está em jejum ou está sob efeito
de medicamento.
 Após confirmação, separar o material (algodão, álcool 70%, adaptador, agulha,
garrote, tubo de coleta e curativo) e acoplar a agulha ao adaptador.
 Analisar qual veia está melhor para realizar o exame.
 Realizar a assepsia, com algodão e álcool 70%, do local que irá ser realizado a co-
leta.
 Garrotear cerca de 10 centímetros acima do local da coleta.
 Inserir a agulha na veia com o bisel voltado para cima.
 Encaixar o tubo de coleta no adaptador e esperar o sangue encher o tubo.
 Retirar cuidadosamente a agulha, colocando um algodão no local puncionado.
 Retirar o garrote do braço do paciente e colocar um curativo no paciente.

3.7.3 Passo a passo do procedimento (scalp)


21

 Confirmar as informações a cerca do paciente, como dados pessoais.


 Perguntar se o paciente realizou atividade física, está em jejum ou está sob efeito
de medicamento.
 Após confirmação, separar o material (algodão, álcool 70%, adaptador, agulha
scalp, garrote, tubo de coleta e curativo) e acoplar a agulha scalp ao adaptador.
 Analisar qual veia está melhor para realizar o exame.
 Realizar a assepsia, com algodão e álcool 70%, do local que irá ser realizado a co-
leta.
 Garrotear cerca de 10 centímetros acima do local da coleta.
 Inserir a agulha scalp na veia com o bisel voltado para cima.
 Encaixar o tubo de coleta no adaptador e esperar o sangue encher o tubo.
 Retirar cuidadosamente a agulha scalp, colocando um algodão no local punciona-
do.
 Retirar o garrote do braço do paciente e colocar um curativo no paciente.

3.7.4 Relação de tubos de coleta


Na coleta sanguínea, o profissional tem que ter ciência sobre o que são e quais são os
tubos de coletas. Eles são utensílios de laboratório que visam o armazenamento e transporte
de amostras, ressaltando que cada tubo possui uma finalidade e é equipado para um ou mais
exames específicos.

3.7.4.1 Principais tubos de coleta


 Amarelo: possui ativador de coágulo e gel separador, tem o intuito de obter soro
para reações químicas e imunológicas (PAT, 2022).
 Azul: possui citrato de sódio e é adotado para testes de coagulação (PAT, 2022).
 Cinza: contém fluoreto de sódio e é muito utilizado para determinar a glicose e o
lactato (PAT, 2022).
 Roxo/lilás: o mais comum na hematologia. Possui o anticoagulante EDTA e é mui-
to utilizado para o exame de hemograma completo (PAT, 2022).
 Verde: contém heparina, muito utilizado para análises bioquímicas do plasma
(PAT, 2022).
 Vermelho: possui duas versões, uma com ativador de coágulo e outra que não pos-
sui nenhuma substância. É utilizado para obter o soro do sangue (PAT, 2022).

Figura 10 - Estagiária realizando a coleta a vácuo em colega.


22

Fonte: arquivo pessoal.

3.8 Sedimentação espontânea/Hoffman (parasitologia)


Os parasitas são seres vivos que vivem através dos nutrientes necessários para a so-
brevivência de outro ser. No processo de parasitismo, um dos agentes envolvidos abriga-se no
corpo do outro para se alimentar, o que faz com que o organismo do hospedeiro fique debili-
tado, consequentemente resultando na maior sujeição a patologias (SANTOS, 2023).
A parasitologia é a ciência/área que estuda os organismos presentes nas reações parasi-
tárias (SANAR, 2019). Dentro dela possui inúmeros métodos de descoberta de agentes parasi-
tas, entre eles um dos mais comuns, o método Hoffman, Pons e Janer ou sedimentação espon-
tânea, que visa detectar ovos de helmintos (PARASITOLÓGICAS, 2018).
A técnica de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz ou método de sedimentação espontânea
consiste basicamente na mistura das fezes com água, sua filtração por uma gaze ci-
rúrgica (ou parasitofiltro) e manutenção em repouso, formando uma consistente se-
dimentação dos restos fecais ao fundo do cálice (PARASITOLÓGICAS, 2018).

Esse procedimento passa por duas etapas: a filtração e a lavagem. Na filtração é neces-
sário que cerca de 30 gramas da amostra de fezes do paciente seja adicionada no recipiente de
mistura e adiciona-se água destilada, após isso homogeneizar com o auxílio de um palito de
picolé as substâncias. Transportar as fezes diluídas para um cálice recoberto com uma peneira
e com gaze.
Após espera para sedimentar conteúdo fecal, ocorre o processo da lavagem, onde a
água presente no cálice é desprezada e adicionada uma nova quantidade de água destilada.
Repete-se a etapa até se obter um cálice com substrato no fundo e líquido transparente acima.
23

Figura 11 - Realização do método Hoffman.

Fonte: arquivo pessoal.

3.9 Meios de cultura (microbiologia)


Os meios de cultura são substâncias que se preparadas corretamente fornecem nutrien-
tes e abrigo para os microrganismos, visando o crescimento e desenvolvimento deles. Existem
muitos desses meios na microbiologia e cada um deles possui determinada função e especifi-
cidade, uns têm a capacidade de nutrir as bactérias, já outros podem alimentar os fungos (SI-
NERGIA CIENTÍFICA, 2021).
Para que as análises microbiológicas tenham resultados seguros, os meios de cultivo
utilizados devem garantir qualidade e eficácia na análise. Sendo assim, é de grande
importância ter no laboratório um sistema de controle de qualidade para garantir a
consistência dos resultados do dia a dia e sua conformidade com os critérios defini-
dos, garantindo assim a segurança do paciente e qualidade do produto (ALVES et al,
2021).
Os meios de cultura são amplamente utilizados nas análises microbiológicas, princi-
palmente na detecção e diferenciação dos microrganismos, por isso devem ser preparados
corretamente. Um local adequado e que promova nutrição aos agentes patogênicos é o ideal
para a realização desses exames, pois possibilita a proliferação das bactérias e dos fungos.
3.9.1 Tipos de meios de cultura (estado físico)
 Líquidos: crescimento inespecífico com turvação do meio (SINERGIA CIENTÍ-
FICA, 2021).
 Semi-sólido: acréscimo de menor quantidade de ágar (SINERGIA CIENTÍFICA,
2021).
 Sólidos: crescimento de colônias isoladas (SINERGIA CIENTÍFICA, 2021).

3.9.2 Tipos de meios de cultura (aplicação)


 Diferencial: possibilita a diferenciação entre espécies (SINERGIA CIENTÍFICA,
2021).
24

 Enriquecimento: aplica-se para elevar a quantidade de microrganismos na amostra


(SINERGIA CIENTÍFICA, 2021).
 Indicador: auxilia na identificação de bactérias (SINERGIA CIENTÍFICA, 2021).
 Seletivo: seleciona os agentes que prefere isolar e impede o crescimento dos res-
tantes (SINERGIA CIENTÍFICA, 2021).
 Transporte: não possui nutriente e sim um agente redutor. Dificulta a desidratação
das secreções (SINERGIA CIENTÍFICA, 2021).

3.9.3 Meios de cultura comuns


 Agar Sabouraud: utilizado para crescimento de fungos.
 BHI: meio de enriquecimento.
 Macconkey agar: adotado para desenvolvimento de bactérias gram-positivas.
 Mueller Hinton: usado para crescimento de diversos microrganismos.
 Nutrient agar: utilizado para diversos microrganismos.

Figura 12 - Separação de materiais para o procedimento.

Fonte: arquivo pessoal.

3.10 Coleta de orofaringe e inoculação (microbiologia)


A orofaringe é a parte localizada no centro da garganta, logo após a cavidade oral. Ela
está intimamente ligada ao ato de respirar e de ingerir alimentos, o que justifica o acúmulo de
fluídos corporais nessa região, consequentemente abrigando muitos microrganismos (SOCI-
ETY, 2021).
O ser humano possui uma flora bacteriana, que não resulta em doença e serve como
uma camada protetora que dificulta o alojamento de outros agentes patogênicos no organismo.
A cultura de orofaringe acontece quando o paciente está com suspeita infecções e é realizada a
coleta nesse local por ele ser mais propenso à acumulação de bactérias e fungos.
Esse procedimento auxilia na detecção e diferenciação de microrganismos, sejam fun-
gos ou bactérias. É a primeira etapa para a descoberta da patologia que o paciente está sujeito.
25

3.10.1 Passo a passo do procedimento (coleta de orofaringe)


 Com o auxílio de um swab estéril, coletar amostra da parede da garganta (orofa-
ringe).
 É fundamental que o swab não se encoste à língua do paciente.
 Colocar o swab numa solução salina.

3.10.2 Inoculação
A inoculação na microbiologia é o processo pelo qual é adicionada uma amostra de
material microbiológico em outro local, como a placa de petri e a lâmina. Ela tem o objetivo
de espalhar o microrganismo pela superfície para que assim seja possível a diferenciação dos
agentes patogênicos.
O espalhamento pode ser feito de diversas formas, sendo mais adequado o formato
zig-zag, bem como pode ser realizado utilizando diversos utensílios laboratoriais, podendo ser
o próprio swab contaminado, a alça de drigalski ou a alça de inoculação.
Figura 13 - Estagiária realizando a coleta de orofaringe.

Fonte: arquivo pessoal.

3.11 Inoculação e coloração de gram (microbiologia)


A inoculação para a lâmina é o processo de transferência de uma pequena amostra da
bactéria para uma lâmina lisa. Esse procedimento possibilita a visualização desses agentes
patogênicos através do microscópio e permite um direcionamento para o profissional de saú-
de.
A coloração de Gram é o método mais utilizado na bacteriologia. Recebeu esse nome
em função do seu descobridor, o médico dinamarquês Hans Cristian Joaquim Gram. Essa téc-
26

nica visa a diferenciação das bactérias em gram-positivas e gram-negativas (MARTINS et al,


1997).
A microscopia pela coloração de Gram é o método mais comumente utilizado para a
observação direta de microrganismos nas amostras clínicas, podendo fornecer um
resultado presuntivo e rápido do agente infeccioso (DAUR et al, 2004).

O método tintorial predominante utilizado em bacteriologia é o método de Gram. A


bacterioscopia, após coloração pelo método de Gram com diagnóstico presuntivo, de
triagem, ou até mesmo confirmatório em alguns casos, constitui peça importante e
fundamental na erradicação e no controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DST) (MARTINS et al, 1997).

3.11.1 Passo a passo do procedimento (inoculação)


 Depositar uma gota de água destilada no centro da lâmina lisa.
 Esterilizar a alça de inoculação no fogo, esperar esfriar e coletar uma pequena par-
te da bactéria presente na placa de petri.
 Colocar essa amostra na gota de água destilada e homogeneizar de forma que cu-
bra quarenta por centro da lâmina.
 Secar sobre o calor a uma distância entre 5 a 10 centímetros.

3.11.2 Passo a passo do procedimento (coloração)


 Com a lâmina seca, adicionar sobre ela a substância de violeta-de-metila e aguar-
dar por cerca de 60 segundos.
 Lavar a lâmina cuidadosamente com água.
 Adicionar lugol e aguardar 60 segundos.
 Lavar novamente com água.
 Adicionar álcool etílico e escorrer o excesso.
 Adicionar a fucsina/safranina sobre a lâmina.
 Lavar com água e deixar secar naturalmente.

3.11.3 Relação dos reagentes


 Violeta-de-metila: tem o objetivo de fixar a cor azul/roxo as bactérias gram-
positivas.
 Lugol: tem função de fixar o corante violeta.
 Álcool etílico: descolora a lâmina, deixando corada somente as bactérias gram-
positivas.
 Fucsina/safranina: tem a finalidade de corar as bactérias gram-negativas.

As bactérias gram-positivas possuem paredes celulares que tem a capacidade de não


perder a cor azul-arroxeada quando submetidas ao processo de descoloração. Já as bactérias
gram-negativas não possuem essa habilidade, o que faz com que elas percam a coloração
quando entram em contato com o álcool etílico, restando o corante da fucsina/safranina para
corá-las (BARBOSA, 2020).
27

Figura 14 - Lâmina com bactérias gram-positivas.

Fonte: arquivo pessoal.

3.12 Parâmetros físico-químicos da água (visita técnica)


A água é um bem indispensável para a humanidade, um recurso utilizado para inges-
tão, atividades rotineiras e até geração de energia. É fato que esse elemento é muito útil para a
saúde humana, contudo ainda existem pessoas que não possuem acesso à água tratada, o que
aumenta os riscos de patologias na região (RHEINGANS et al, 2006).
Há requisitos de qualidade básicos em relação à água que é utilizada de forma domés-
tica e principalmente para ingestão, esses são chamados de parâmetros de qualidade da água e
avaliam índices como o ph, a cor e a turbidez. Ela tem que estar livre de substâncias químicas
e organismos prejudiciais à saúde, ter baixa dureza e ser visualmente limpa, com ausência de
turbidez (ÁGUA, 2022).

3.12.1 Parâmetros físicos


 Cor: é a consequência da homogeneização de materiais, principalmente, de de-
composição na água. Seu valor de referência é inferir a quinze uH.
 Turbidez: esse aspecto se dá pelas partículas suspensas na água, que quando em
suspensão impossibilitam a transparência total da amostra de água. O valor de refe-
rência é menor que cinco uT. A turbidez diz muito mais sobre a água do que a cor,
pois é mais propícia a acumulação de microrganismos.

3.12.2 Parâmetros químicos


28

 Ph: é o potencial hidrogeniônico, que representa o equilíbrio entre ácido e base.


Quando a água apresenta ph abaixo de 7, significa que ela está ácida. Já quando ela
permanece acima de 7, quer dizer que está alcalina. E quando o índice de ph apon-
ta para o número 7, significa dizer que a água está neutra. A faixa recomendável
está entre 6 e 9,5.

Figura 15 - Diferença na cor das águas.

Fonte: Grupo Mattos & Mattos (2013).

3.13 LabCoV (RT-PCR)


O covid-19 é uma doença altamente infecciosa e contagiosa, sendo causada pela
SARS-CoV-2 (coronavírus). No início da sua disseminação muitos achavam que em alguns
dias as coisas normalizariam, porém em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de saú-
de (OMS) caracterizou a covid-19 como uma pandemia, parando o mundo (CECOM, 2023).
Durante dois anos, pesquisas foram iniciadas com a finalidade de descobrir a cura para
a doença, muitos laboratórios foram remanejados e outros criados visando o estudo desse ví-
rus. Partindo disso, a Universidade do Estado da Bahia criou o LabCoV, um laboratório pre-
sente no campus do Centro de Ciências da Saúde.
Inaugurado no dia 05/04/2021 para contribuir no combate ao COVID-19, o Labora-
tório de Diagnóstico Molecular da COVID-19 (LabCoV), coordenado pelo professor
Fernando Vicentini, é localizado no Centro de Ciências da Saúde (CCS) e realiza
testes RT-PCR, considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como pa-
drão ouro (ANDERSON, 2021).

3.13.1 RT-PCR
Com a rápida e descontrolada disseminação da covid-19, se fez necessário um teste
que diagnosticasse o vírus de forma rápida, para que em caso positivo, o paciente tratasse an-
tecipadamente a doença. Devido à evolução nos diagnósticos médicos, os testes focados na
detecção de ácidos nucleicos mostraram ser confiáveis e rápidos para a descoberta da covid-
19, entre eles o mais eficaz, a técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR) (TAHAM-
TAN, 2020).
29

O método da reação em cadeia da polimerase (PCR) é considerado o 'padrão ouro'


para a detecção de alguns vírus e é caracterizado pela detecção rápida, alta sensibili-
dade e especificidade (TAHAMTAN, 2020).

Figura 16 - Estagiária realizando a coleta RT-PCR.

Fonte: arquivo pessoal.

3.14 I Simpósio sobre HIV/AIDS do Recôncavo da Bahia


O I Simpósio sobre HIV/AIDS do Recôncavo da Bahia, idealizado pelo Doutor João
Neiva, contou com a participação de muito estudantes, em maioria do curso de medicina na
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), bem como de alguns especialistas, que
transmitiram seus conhecimentos a cerca do vírus da imunodeficiência humana, descoberto
em 1981.
O vírus da imunodeficiência, mais conhecido como HIV, é o causador da AIDS, sín-
drome da imunodeficiência adquirida. Esse agente ataca o sistema imunológico do indivíduo,
fazendo com que ele esteja mais suscetível à outras infecções (SAÚDE, 2022). Estima-se que
em 2022 o número de casos de HIV no mundo ultrapassou 35 milhões, o que evidencia o
quanto essa doença se disseminou.
Um indivíduo que possui HIV, não necessariamente possui AIDS. Uma pessoa que
possui o vírus da imunodeficiência humana no sangue, pode não apresentar alterações no or-
ganismo, já a AIDS é a evolução do vírus, onde ele começa a debilitar o sistema imune e tor-
ná-lo propenso a outras patologias, a célula mais atacada nesse processo são os linfócitos
TCD4 (SAÚDE, 2022).
"Ter AIDS não é bom, ter e não saber é pior". Essa frase foi debatida no início do
30

Simpósio e gerou uma reflexão. Há muitas pessoas que optam por não realizar o teste de HIV,
seja por medo do resultado ou por não confiar, entretanto esse vírus acomete o organismo com
o passar do tempo, ou seja, uma pessoa que estiver com o agente e não tiver conhecimento
sobre ele, consequentemente não tratará a doença. A tendência nesses casos é a degradação do
corpo humano.
O método mais acessível para evitar a doença é a educação sexual. Isso tendo base que
o vírus é transmitido principalmente por relações sexuais, mas também por compartilhamento
de seringas e da mãe para o filho. Em contrapartida, beijar, abraçar, dividir talheres, respirar o
mesmo ar, doar sangue e picada de inseto não transmitem a doença.
Os testes rápidos são uma forma eficaz de detectar a doença, duram em média 30 mi-
nutos e o paciente recebe o resultado na hora. Esses testes são amplamente estudados e verifi-
cados por especialistas, possuem um alto grau de especificidade e sensibilidade, sendo, por-
tanto, o método mais utilizado para a descoberta da doença. Em caso positivo para a doença, é
necessário que o paciente faça um teste confirmatório, para que assim possa iniciar o trata-
mento.
Em muitos casos, o paciente ao saber do resultado positivo não sabe o que é o vírus,
como ele transmite e como tratá-lo. Por causa disso, é necessário que o profissional esclareça
as dúvidas, escute as preocupações, propor alternativas para auxiliar, visando sempre o bem
estar do indivíduo.
No pré-teste a pessoa deve sentir-se confortável. O profissional deve reafirmar o cará-
ter voluntário do teste rápido e esclarecer que ele é sigiloso. Em caso de menor de idade, ne-
cessita-se o acompanhamento dos pais. No pós-teste o profissional deve instruir práticas segu-
ras caso seja reagente, esclarecer a confirmação e o tratamento disponível pelo Sistema Único
de Saúde (SUS), e ressaltar os mecanismos de tratamento atualizados.
Há medicamentos antirretrovirais (ARV) que surgiram no início da disseminação do
HIV, eles pretendiam aumentar a defesa do sistema imunológico para que menos células fos-
sem acometidas. Além desses medicamentos, existem as intervenções biomédicas, que são
medidas para a diminuição do risco de exposição. Essas medidas vão desde os impedimentos
físicos como as camisinhas até tratamentos como o TTP, Tratamento para Todas as Pessoas, a
PEP, Profilaxia Pós-Exposição e a PrEP, Profilaxia Pré-Exposição (SÁUDE, 2022).
O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) juntamente com o Serviço de Assis-
tência Especializada (SAE), é um dos locais que realiza testes de HIV/AIDS e promove
acompanhamento para portadores de HIV/AIS e HTLV, além de possibilitar consultas, ofertar
exames e medicamentos para Hepatite B e C, atender a PEP e a PrEP, promover atividades
31

educativas, bem como a dispensação de retrovirais e a vacinação.


Figura 17 – I Simpósio sobre HIV/AIDS do Recôncavo da Bahia.

Fonte: arquivo pessoal.

3.15 Sumário de urina (uroanálise)


A urina é um fluido expelido pelo ser humano e armazenado na bexiga. O processo de
formação dela é chamado de filtração glomerular e por meio dela diversas disfunções ou pato-
logias podem ser detectadas (DELLALIBERA-JOVILIANO, 2011). A uroanálise é a área
presente nas análises clínicas que inclui todos os exames de urina, visando a detecção de mi-
crorganismos.
A urina é amplamente utilizada nos exames humanos por ser de fácil obtenção. Nela é
possível detectar informações sobre as funções metabólicas do corpo e identificar compostos
presentes na amostra, como a ureia, a creatinina e o ácido úrico. A urina também pode apre-
sentar células, bactérias e cristais, elementos que não fazem parte do filtrado inicial (DELLA-
LIBERA-JOVILIANO, 2011).
O sumário de urina ou urina tipo I é um exame presente na uroanálise. Ele possui três
etapas, sendo elas a física, a química e a Sedimentoscopia, todas visando a análise sobre a
qualidade e normalidade da urina. Nela, a primeira urina da manhã é a ideal para que se obte-
nham resultados completos e com mais eficiência, isso porque a amostra estará mais concen-
trada, consequentemente com mais substâncias presentes.
32

3.15.1 Coleta da amostra


 Colher a primeira urina da manhã, desprezando o primeiro jato.
 A amostra deve ser armazenada em recipiente limpo e seco.
 O recipiente deve conter identificação.
 Manter a amostra na geladeira e em até 2 horas entregar ao laboratório.

3.15.2 Análise física


A análise física da urina tem como objetivo a verificação da aparência da amostra. É a
primeira etapa da urina tipo I e é por meio dela que o profissional tem um direcionamento de
como está o paciente. Esse exame verifica a cor da urina, que em condições normais deve está
“amarelo-transparente”, bem como o volume, mais visto na urina 24 horas, na qual o valor de
referência ideal está entre 1 a 1,8 litros, assim como a turbidez, que nada mais é que substân-
cias suspensas na urina, podendo deixa-la turva, ligeiramente turva ou muito turva (DELLA-
LIBERA-JOVILIANO, 2011).
3.15.3 Análise química
A análise química da urina é o procedimento no qual elementos químicos presentes na
amostra são detectados por tiras reativas. Essa tira é uma forma de visualizar como está a uri-
na nos quesitos densidade, ph, presença de hemácias, leucócitos e alguns outros fatores des-
critos no recipiente das tiras (DELLALIBERA-JOVILIANO, 2011).
3.15.4 Sedimentoscopia
A sedimentoscopia é a etapa microscópica do sumário de urina. É nela que as substân-
cias presentes na amostra irão ser observadas, com o auxílio do microscópio. As mais comuns
são as células, os cristais e os microrganismos (DELLALIBERA-JOVILIANO, 2011).
Figura 18 - Tiras reativas.
33

Fonte: arquivo pessoal.

3.16 Testes rápidos


Os testes rápidos estão sendo amplamente utilizados nos dias atuais, visto que possibi-
litam o resulta em poucos minutos. Eles garantem a execução, leitura e interpretação do resul-
tado em no máximo 30 minutos, de forma eficaz e adequada. Podem utilizar amostras de san-
gue (por punção venosa ou digital), fluidos orais e em alguns casos soro e plasma (DCCI,
2022).
Conforme os manuais técnicos de diagnóstico da infecção pelo HIV, sífilis e Hepati-
tes Virais qualquer pessoa capacitada, presencialmente ou a distância, pode realizar
os testes rápidos (DCCI, 2022).

Todos os testes rápidos considerados padrão ouro possuem especificidade e sensibili-


dade entre 98 a 99 por cento. A especificidade é a capacidade do teste de detectar negativos ou
não reagentes, já sensibilidade é a habilidade do teste de descobrir os positivos ou reagentes.
Quanto mais próximos esses índices estiverem de 100%, mais confiável ele será. No kit vem a
instrução de uso as lancetas, as lancetas, uma solução que irá reagir com a amostra de sangue,
os dispositivos do teste e os tubos capilares.

3.16.1 Teste rápido de Sífilis e Hepatite B


 Ler as instruções presente no kit.
 Com a lanceta fazer punção digital.
 Com o tubo capilar colher uma gota de sangue do dedo e depositar no círculo me-
nor do dispositivo.
 Colocar duas gotas da solução no círculo maior do dispositivo.
 Esperar 15 a 20 minutos para saber o resultado do teste.

3.16.2 Teste rápido de HIV


 Ler as instruções presente no kit.
 Com a lanceta fazer punção digital.
 Com o tubo capilar colher uma gota de sangue do dedo e depositar no único círcu-
lo do dispositivo.
 Colocar duas gotas da solução no círculo do dispositivo.
 Esperar 15 a 20 minutos para saber o resultado do teste.

Figura 19 - Materiais necessários para a realização do teste rápido.


34

Fonte: arquivo pessoal.

3.17 II Feira de Saúde Integrativa (tipagem sanguínea)


A II Feira Integrativa aconteceu no Centro Territorial de Educação Profissional do Re-
côncavo da Bahia (CETEP) e contou com muitas apresentações, sobre a saúde da mulher, a
saúde do homem, a educação sexual, a saúde bucal e muitas outras atividades, incluindo a
realizada pela estagiária, a tipagem sanguínea.
O sistema ABO, descoberto em 1901 por Landsteiner, é composto por quatro grupos
sanguíneos, A, B, AB e O. O fator Rh foi descoberto quase 40 anos depois por Landsteiner e
Wiener, dois pesquisadores. Juntos, esses dois fatores são capazes de determinar o tipo san-
guíneo de qualquer indivíduo.
A tipagem sanguínea é o nome dado à técnica que promove a descoberta do tipo san-
guíneo de um indivíduo. Ela pode ser realiza por punção venosa e por punção digital, sendo
mais comumente utilizada a última.

3.17.1 Passo a passo do procedimento (tipagem por punção digital)


 Separar os materiais (algodão, álcool 70%, lanceta, lâmina, reagente Anti-A, Anti-
B e Anti-D).
 Realizar a assepsia entre o centro e a lateral da extremidade do dedo, utilizando al-
godão e álcool 70%.
 Com a lanceta, perfurar entre a lateral e o centro do local.
 Empurrar o sangue e depositar três gotas de sangue separadas numa mesma lâmi-
na, de forma que não se encostem.
 Fornecer algodão limpo para o paciente pressionar sob o local.
 Adicionar uma gota do reagente Anti-A na primeira gota de sangue.
 Adicionar uma gota do reagente Anti-B na segunda gota de sangue.
35

 Adicionar uma gota do reagente Anti-D na terceira gota de sangue.


 Com uma das pontas de um palito homogeneizar a primeira gota, com outra ponta
homogeneizar a segunda gota, e com um palito novo homogeneizar a terceira gota.
 Com a lâmina nas mãos, fazer movimentos lentos circulares para homogeneizar. É
importante ter cuidado para que as gotas não se misturem ou escorram da lâmina.
 Por fim, analisar o resultado e descartar materiais no local adequado.

Figura 20 - Separação de materiais para tipagem sanguínea.

Fonte: arquivo pessoal.

3.18 Doação de sangue e anemia falciforme


A doação de sangue é um processo em que o sangue de um indivíduo é extraído e doa-
do para quem necessita. No Brasil a doação de sangue é voluntária e gratuita, ou seja, qual-
quer pessoa que esteja adequada aos pré-requisitos pode doar e salvar a vida de até quatro
pessoas.
Dentre os pacientes que mais precisam de transfusões de sangue, se encontram os por-
tadores de doença falciforme. Essas pessoas necessitam de transfusões de sangue contínuas,
visto que suas hemácias são em forma de foice, assim não distribuindo oxigênio adequada-
mente para todo o corpo.

3.18.1 Pré-requisitos para a doação de sangue


36

 Ter entre 16 a 69 anos, sendo que menor de idade tem que estar acompanhado dos
pais e maiores de 60 anos tem que ter feito a primeira doação antes dos 60 anos
(FHB, 2023).
 Pesar no mínimo 50 quilos (FHB, 2023).
 Apresentar documento de identificação oficial com foto (FHB, 2023).
 Dormir pelo menos as seis horas que antecedem a coleta (FHB, 2023).
 Evitar alimentos gordurosos (FHB, 2023).
 Não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas antecedentes à doação (FHB, 2023).
 Não fumar por duas horas antes da doação (FHB, 2023).

3.18.2 Onde doar sangue


O Hemoba de Santo Antônio de Jesus se localiza no Hospital Regional, próximo ao
centro de queimaduras. É importante pra quem for doar ir 30 minutos antes do esperado, para
que consiga passar pela triagem e realizar a coleta de forma apropriada.
Figura 21 - Panfleto disponibilizado pelo Hemoba.

Fonte: arquivo pessoal.

3.19 Oficina de Biossegurança


A biossegurança é o conjunto de ações que tem por finalidade a prevenção, o controle,
a diminuição ou a eliminação dos riscos presentes em um ambiente laboral que possa com-
prometer a saúde humana, animal, o meio ambiente e a qualidade dos resultados (LESSA,
2014). As Boas Práticas Laboratoriais são um conjunto de orientações normativas que deter-
37

minam atitudes que devem ser aplicadas em um ambiente que oferte riscos, prevenindo assim
acidentes.
A atual lei da biossegurança, de 24 de março de 2005, número 11.105, está presente
em todos os ambientes laborais que ofertam riscos ao pacientes. Ela tem por finalidade regu-
lamentar tudo aquilo associado à questão dos Organismos Geneticamente Modificados
(OGMs) no Brasil (BRASIL, 2021).

3.19.1 Tipos de riscos


 Físicos: calor, frio, umidade, pressão, ruído e radiação.
 Químicos: gás, poeira e vapor.
 Biológicos: fungos, protozoários, bactérias e vírus.
 Acidentais: falta de epi’s e epc’s, má iluminação, altura, choque elétrico e incên-
dio.
 Ergonômicos: postura inadequada, levantamento de peso e muitas horas de traba-
lho.

3.19.2 EPI’s e EPC’s


Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), na área laboratorial, são objetos que
previnem e minimizam riscos ao profissional de saúde. São exemplos de EPI’s: máscara, jale-
co, sapato fechado, luvas e óculos de proteção. Já os Equipamentos de Proteção Coletiva são
objetos que previnem tanto os profissionais quanto o ambiente laboratorial dos riscos. São
exemplos de EPC’s: extintor de incêndio, lava-olhos e chuveiros de segurança.
Figura 22 - Panfleto da oficina de biossegurança.

Fonte: arquivo pessoal.


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4. GERENCIAMENTO DO LABORATÓRIO ESCOLAR


Um laboratório de Análises Clínicas é o ambiente adequado para que os exames labo-
ratoriais sejam realizados, pois ele permite que todo o processo seja feito, muita das vezes, no
mesmo local. O objetivo desse laboratório especializado é auxiliar no diagnóstico do paciente
e no direcionamento do médico, o que impacta diretamente a saúde humana.
Esse ambiente, entretanto, não se mantém sozinho, se faz necessário que um profissio-
nal se responsabilize pelo laboratório, gerenciando todo o material que entra e sai, cuidando
para que todos os utensílios e equipamentos estejam funcionando adequadamente e princi-
palmente promovendo a qualidade dos trabalhadores. Na situação do ambiente não estar se-
guindo as conformidades legais, o local poderá se tornar potencialmente perigoso.
É responsabilidade da instituição contratar um responsável técnico habilitado e capaci-
tado para assumir o cargo, bem como é obrigação do técnico garantir que os exames e os tra-
balhadores permaneçam bem durante a jornada de trabalho.
O projeto Vênus é uma parceria da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
(UFRB) com o Centro Territorial de Educação Profissional do Recôncavo da Bahia (CETEP).
Ele promoveu as meninas entre 15 a 19 anos a realização de exames antropométricos, bioim-
pedância, questionários sobre saúde mental e física, assim como exames de sangue e urina.
Entretanto, para que isso acontecesse de forma adequada e tranquila, uma equipe ficou res-
ponsável pelo controle de entrada e saída, alimentação e qualquer intercorrência das partici-
pantes, gerenciando assim vários procedimentos.
Dentre algumas atitudes equivocadas observadas durante o período de gerenciamento,
encontra-se o reencape da agulha – que é contraindicado –, o acúmulo de perfuro-cortantes
utilizados sob a mesa – que deveria ser descartado na caixa de perfuro-cortantes após o uso –,
a ausência de informações sobre o procedimento realizado para as participantes – que pode
causar insegurança por parte do paciente –, e a conversa enquanto realizava a punção venosa
– que por ser um exame considerado invasivo e letal, não poderia haver distrações.
Todas essas ações são regulamentadas pelas normas regulamentadoras, a qual se des-
taca a NR 32. Essa norma, que se tornou vigente em 2005, visa estabelecer medidas preventi-
vas à segurança e saúde dos trabalhadores ligados diretamente ou indiretamente aos serviços
de saúde.
39

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio supervisionado em rotinas laboratoriais promovido pela Universidade Fede-
ral do Recôncavo da Bahia (UFRB) foi uma grande oportunidade de aprender a base dos con-
teúdos referentes à área de Análises Clínicas, como Hematologia, Bioquímica, Parasitologia,
Uroanálise, Imunologia e Microbiologia. Por meio dele, o conhecimento prático foi desenvol-
vido, a relação interpessoal foi aperfeiçoada e a capacitação da estagiária foi adquirida.
Ao longo do caminho, surgiram situações que demandavam muito mais sobre questões
sociais do que a técnica em si, o que possibilitou uma maior experiência sobre o mundo do
trabalho real. As relações interpessoais foram grandes pautas, isso visando a capacitação da
estagiária quanto técnica e quanto colega de trabalho.
Diante de tudo que foi abordado nesse relatório de estágio, fica explícito o quão im-
portante é o estágio supervisionado para a vida profissional do estagiário, bem como a rele-
vância dos conteúdos repassados pelos supervisores, o que futuramente ajudará na realização
de procedimentos adequados feitos pelo estagiário e possibilitará a inserção dele no mercado
de trabalho, formando desse modo um excelente técnico em Análises Clínicas.
40

6. BIBLIOGRAFIA
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