Ap3 - Karolline Fonseca

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA – CURSO SERVIÇO SOCIAL - EAD

CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

KAROLLINE FONSECA DE ALMEIDA

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: CONSEQUÊNCIAS NA VIDA DA


ADOLESCENTE E DE SUA FAMÍLIA
URUCARÁ/AM
2024
3

CENTRO UNIVERSITÁRIO EAD – UNINTA

KAROLLINE FONSECA DE ALMEIDA

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: QUAIS SUAS CONSEQUÊNCIAS NA


VIDA DA ADOLESCENTE E DE SUA FAMÍLIA

Trabalho de Conclusão de Curso de Serviço


Social apresentado ao Centro Universitário
UNINTA, polo de Urucará como requisito para a
obtenção de título de bacharel em Serviço
Social.

Orientadora: Francisca Talicia Vasconcelos


Pereira.
4

URUCARÁ/AM
2024
19

EPÍGRAFE
5

O momento que vivemos é um momento pleno de


desafios. Mais do que nunca é preciso ter
coragem, é preciso ter esperanças para enfrentar
o presente. É preciso resistir e sonhar. É
necessário alimentar os sonhos e concretiza-los
dia a dia no horizonte de novos tempos mais

humanos, mais justos, mais solidários.

(Marilda Iama Moto)

AGRADECIMENTOS
6

Agradeço primeiramente a Deus, meu Senhor, por ter permitido que eu


chegasse até aqui e por ser minha luz, meu guia, fonte de inspiração e sabedoria,
minha fortaleza nas horas de angústia, que me deu força e proteção para enfrentar e
vencer os obstáculos surgidos no decorrer deste trabalho.
A minha querida filha Katrynne de Almeida Bentes pelo amor, carinho e
paciência, pois mesmo nos momentos difíceis foi por você que me dediquei a cada
dia para concluir mais esta etapa em minha vida.
Agradeço aos meus pais, Nedilza Fonseca Fontenele e Eldenir Silva de
Almeida, que foram meus grandes incentivadores, fizeram o possível e o impossível
para me ajudar a vencer, obrigada pelos passeios em família, pelas risadas, pelo
apoio incondicional. Obrigada e dedicação e por se emocionarem tanto com minhas
vitórias. Meu maior orgulho é ser filha de vocês.
Aos meus irmãos pela força, pelas risadas, pelas brigas, amo vocês.
Pelo incentivo, pela compreensão, e por está ao meu lado nos momentos de
loucura, momentos em que eu chorava e ria ao mesmo tempo.
Aos amigos que conheci na faculdade, com quem estive diariamente, com
eles eu ri e chorei, quero levá-los por toda a vida em meu coração.
A esta universidade, seu corpo docente, direção е administração que
oportunizaram а janela que hoje vislumbro um horizonte superior, pela acendrada
confiança no mérito е ética aqui presentes.
Agradeço а todos os professores por me proporcionar о conhecimento não
apenas racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no
processo de formação profissional, por tanto que se dedicaram а mim, não somente
por terem ensinado, mas por me terem feito aprender. А palavra mestre, nunca fará
justiça aos professores dedicados aos quais sem nominar terão os meus eternos
agradecimentos.
Enfim obrigada a todos, inclusive os que não citaram aqui, mas que de
alguma forma estiveram mesmo de longe torcendo por mim, obrigada por tudo,
palavras, orações vocês também me ajudaram a vencer esta etapa tão importante
da minha vida.

SUMÁRIO
7

INTRODUÇÃO...........................................................................................................96
2. ADOLESCÊNCIA E FAMÍLIA – PERCEPÇÕES TEÓRICAS, HISTÓRICAS E
SITUACIONAIS....................................................................................................... 149
2.1 Definições de Adolescência...............................................................................149
2.2 Desenvolvimentos Físicos e Comportamentais do adolescente.....................2014
2.3 Adolescentes e a Influência da mídia.............................................................2116
2.4 A Importância da família na Educação do Adolescente..................................2318
3 A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA...................................................................2520
3.2 Fatores de risco da gravidez na adolescência.................................................2923
3.3 Gravidez não planejada...................................................................................3226

3.4 Contracepção.................................................................................................. 3427


4 METODOLOGIA.................................................................................................3629
4.1 Resultados de pesquisa...................................................................................3629
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................3932
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS......................................................................4534

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .........................................................................................................08

CAPÍTULO I ............................................................................................................. 11

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..............................................................................11

1. A INTRODUÇÃO DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO ................................................11

2. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM


.................................................................................................................................. .20

3. PRÁTICAS LÚDICAS NO AMBIENTE ESCOLAR.................................................29

CAPÍTULO II ............................................................................................................34

METODOLOGIA ...................................................................................................... 34

CAPÍTULO III .......................................................................................................... 36

ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO .........................................................................36

CONSIDERAÇÕES FINAIS .....................................................................................38


8

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 39

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO…………………………………………………...………………07
2. DEFINIÇÕES SOBRE ADOLESCÊNCIA--------------------------------------------10

2.1- SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA-------------------------------------------12

2.2- DESENVOLVIMENTOS FÍSICO E COMPORTAMENTAL DO


ADOLESCENTE-------------------------------------------------------------------------------15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9

1 INTRODUÇÃO

O propósito deste estudo é trabalhar o tema Gravidez na adolescência:


consequências na vida da adolescente e de sua família. É um tema desafiador para
o profissional de serviço social. Contemporaneamente a gravidez na adolescência,
quando ocorrida em famílias em situação de vulnerabilidade social, pode ser inclusa
nas novas expressões da questão social.
O principal objetivo deste trabalho é refletir sobre a gravidez na
adolescência, identificando as peculiaridades que envolvem o assunto. Já os
objetivos específicos são: Analisar os tipos de orientações, que deveriam ser
repassadas pela equipe de saúde e, também, as orientações de jovens e
adolescentes nas escolas (esta ação faz parte do plano de ação das escolas e
10

equipe de saúde) que tratam da educação sexual na vida das adolescentes;


identificar as causas da gravidez na adolescência e sintetizar o nível de
conhecimento dos jovens e adolescentes sobre os métodos contraceptivos
disponíveis para prevenção a gravidez na adolescência., identificando se os
mesmos tem conhecimentos sobre o tema e se são orientados.
Como questões norteadoras foram trabalhadas as seguintes:
Quais as orientações que se pode fazer para as adolescentes evitarem uma
gravidez precoce? Que consequências que levam a uma gravidez não planejada?
Que métodos contraceptivos estão disponíveis para prevenção a gravidez na
adolescência?
Para a realização desta pesquisa utilizou-se os seguintes métodos:
Abordagem qualitativa, pois essa junção contribuiu para tornar a pesquisa
mais abrangente, dando maior relevância a dados e informações sobre o fenômeno
pesquisado.

A integração da pesquisa qualitativa permite que o pesquisador faça um


cruzamento de suas conclusões de modo a ter maior confiança que seus
dados não são produtos de um procedimento específico ou de alguma
situação particular. (Goldenberg, 1997, p. 62).

Quanto natureza desta pesquisa utilizou-se a pesquisa exploratória tem


como propósito proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torná-
lo mais explícito para melhor construção das hipóteses.
Quanto aos meios foi utilizado pesquisa bibliográfica possibilita uma
comparação entre teoria e prática, podendo-se confirmar ou contrariar a teoria
mencionada pelos autores a partir do estudo de casos das adolescentes gestantes.
De acordo com Minayo (2009) a pesquisa é considerada como uma:

Atividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade.


É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um
processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma atividade de
aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma
combinação particular entre teoria e dados. (Minayo, 2009, p.23).

Para realização do estudo utilizamos a pesquisa explicativa da realidade, da


qual observamos e tentamos compreendê-la. Gil (2002) explica melhor do que se
11

trata: “são aquelas pesquisas que têm como preocupação central identificar os fatos
que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos” (p. 42).
Por esse motivo, escolhemos esta linha de pesquisa para nos ajudar a
entender o que a gravidez representa para as famílias das adolescentes.
A pesquisa explicativa auxiliou para percebermos os fatores que contribuem
para esse tipo de acontecimento. Gil (2002) afirma que “Este é o tipo de pesquisa
que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê
das coisas [...]” (p. 42).
Buscamos compreender tais acontecimentos, como ocorrem, quais
mudanças trazem para a vida das adolescentes e de seus familiares. Para que
dessa forma possamos explicá-los e consigamos contribuir para produção de outros
estudos sobre o assunto e para uma maior compreensão sobre o fenômeno.
Para melhor desenvolvimento deste estudo o mesmo foi dividido em três
capitulo, sendo que o capitulo 01 abordaos objetivos do trabalho, no capitulo 02
abordamos tópicos da fundamentação teórica tais como: Definições sobre
Adolescência, sexualidade na Adolescência, Desenvolvimentos físico e
comportamental do adolescente, Adolescentes e a influência da mídia, A importância
da família na educação do adolescente entre outros. Já no capitulo três foi descrito a
metodologia utilizada para a realização deste estudo.
Ao final deste estudo foi possível constatar que o principal fator que podem
levar a uma gravidez na adolescência é a falta de orientação dos pais e da escola e
a redução no número de parceiros sexuais, que faz com que a adolescente sinta-se
mais segura e não se preocupe com proteção sexual.
O próprio comportamento do adolescente também é um fator de risco, já que
a busca por se destacar frente aos demais faz com que tome atitudes arriscadas.
Assim, as hipóteses levantadas puderam ser confirmadas ao final do estudo.
Destaca-se que este estudo não tem como intuito encerrar as discussões
sobre o assunto, mas sim ampliá-las, deixando-se como sugestão para futuros
trabalhos, uma pesquisa junto às adolescentes, fazendo um levantamento acerca de
sua gravidez.
Vale ressaltar a importância de se desenvolver algumas atividades voltadas
para os familiares, como também para as próprias adolescentes, como palestras nas
escolas que busquem enfatizar a temática da gravidez e sexualidade na
adolescência enfatizando as medidas preventivas de orientação sexual.
12

Sendo assim, o presente trabalho nos trouxe contribuições acadêmicas e


nos fez perceber o quão pouco são as políticas sociais existentes que trabalhem
essa problemática que traz expressões da questão social, principalmente nas
famílias de baixa renda.
Evidencia-se aqui a necessidade de formulações de políticas públicas
efetivas e condizentes com a realidade. Algo direcionado a prevenção, para que as
adolescentes possam realmente fazer suas escolhas, sabendo das reais
implicações. Com isso, deixamos algumas propostas para serem desenvolvidas com
os familiares de adolescentes grávidas e com as próprias adolescentes. Propomos
que sejam realizados grupos com os familiares e com as adolescentes buscando
realizar palestras que os orientem e tratem sobre o tema gravidez na adolescência,
sexualidade, puberdade e educação sexual incentivando aos pais falarem sobre
esses assuntos com os filhos. Sendo, também importante expor nestes grupos as
consequências que a gravidez nessa fase pode acarretar para a família e para a
adolescente.
13
14

CAPITULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

12.. ADOLESCÊNCIA E FAMÍLIA – PERCEPÇÕES TEÓRICAS, HISTÓRICAS E


SITUACIONAIS.
A adolescência, uma fase marcante e complexa do desenvolvimento humano,
é caracterizada por intensas transformações físicas, emocionais e sociais. Este
período, compreendido entre 10 e 19 anos de idade segundo a Organização Mundial
da Saúde, e entre 12 e 18 anos conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) no Brasil, é fundamental para a construção da identidade e do papel social
dos jovens.

Historicamente, a percepção da adolescência variou significativamente, com


mudanças notáveis desde a era pré-industrial até a contemporaneidade. Na
sociedade capitalista moderna, a família assume um papel crucial, tanto como
unidade de consumo quanto como instituição que guia as interações sociais e a
reprodução biológica e social. Além disso, a sexualidade na adolescência emerge
como um tema central, refletindo não apenas as mudanças hormonais e físicas, mas
também as influências culturais e ambientais. Compreender estas dinâmicas é
essencial para promover políticas públicas eficazes e apoio adequado a esta etapa
vital da vida.

2.1 1.1 Definições dDe Adolescência

A adolescência, de adolescer, crescer, fortalecer, é um dos mais agitados períodos


da vida humana. (Almeida 1987).

Para Ozella (2002), a adolescência consiste em uma etapa especial do


desenvolvimento humano, onde ocorre uma confusão de papeis, e ainda,
dificuldades na construção de sua identidade.

Adolescência é uma fase peculiar do desenvolvimento humano, porém não é


reconhecida ou não recebe grande destaque em todas as culturas e sociedades.
Cada sociedade tem sua forma diferenciada de conceber esta etapa da vida.
Segundo a definição da A Organização Mundial de Saúde – (OMS (2018),
considera que ) a adolescência é o período compreendido entre 10 e 19 anos de
15

idade. No caso brasileiro desde a constituição federal de 1988 os adolescentes


passaram a ter prioridade sendo considerados legalmente como sujeitos de direitos
em fase de desenvolvimento. Em 1990 foi aprovado sob a Lei 8.069/90 o Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA) reafirmando os seus direitos formalmente. De
acordo com o mesmo, adolescente é a pessoa que tem entre 12 e 18 anos de idade.
O ECA propõe uma nova forma de fazer a política de atendimento à criança e ao
adolescente, adotando a Doutrina da Proteção Integral, incentivando a
descentralização, municipalização e a participação da sociedade civil no processo
de construção das políticas públicas de atenção nessa área.

Segundo Gonzaga (2021), A adolescência , porém, nem sempre foi


compreendida com essa referência. Nas sociedades primitivas, antes do advento
industrial, esta fase tinha uma duração curta quase que imperceptível, visto que as
crianças desde cedo eram incentivadas a aprender os ofícios dos pais para
trabalharem na pesca, e agricultura e com cerca de 14 anos já estavam realizando
tarefas e/ou desempenhando papéis considerados de adultos. Seu aprendizado era
no ambiente doméstico, no qual as famílias eram extensas e viviam do que
produziam conjuntamente.

Com o advento da industrialização este cenário foi passando por


modificações, asfamílias ficaram menores e diminuíram os contatos diários entre
seus membros que até então as famílias tinham. Os pais já não trabalham em suas
casas, mas nas fábricas, havendo então uma separação entre ambiente de trabalho
e ambiente doméstico.

Uma das funções da família, na sociedade capitalista, é de uma unidade de


renda e de consumo. Ela não produz mais o que o grupo precisa para sobreviver,
mas com o pagamento advindo de seu trabalho, compra no mercado o necessário
para cada um dos seus membros. A família passa então a ser um grupo que
compartilha um orçamento, com entradas em dinheiro e saídas em gastos. Nesse
sentido, a família é também uma soma de rendimentos. (Cayres 2008). Mas pode
representar também uma individualização de rendimentos, no qual várias pessoas
podem trabalhar dentro de uma mesma família, ou ainda apenas uma é responsável
pela manutenção material desta.
16

Casey (1992) traz discussões sobre a história da família e cita a concepção


desta como instituição. O autor diz que estudar a família acarreta algumas
dificuldades para realização desta interpretação, por isso, a sua análise não seria
tão fácil. Então, aponta que: “[...] Se não se trata de uma instituição (por exemplo, a
família nuclear), os contornos podem ser tão exasperadamente vagos que passam a
desafiar qualquer exame” (Casey, 1992, p. 15).

Segundo estes autores, a família age como uma instituição que guiará os
atos de seus integrantes e definirá algumas relações familiares, assim, assume um
papel na sociedade de reprodução biológica e social dos seus membros. Explica
Durham:

[...] a família deve ser definida como instituição, no sentido de Malinowski, isto é, em
sua referência a um grupo social concreto, que existe como tal na representação de
seus membros, o qual é organizado em função da reprodução (biológica e social) pela
manipulação, de um lado, dos princípios formais de aliança, da descendência e da
consanguinidade e, de outro, das práticas substantivas da divisão sexual do trabalho.
(Durham, 2004, p. 337, 338).

Podemos assinalar que a família não existiu sempre, assim, dizemos que ela
não foi tida como uma instituição desde sua formação. Entretanto, nas relações
entre os indivíduos, ela é percebida como uma instituição formada naturalmente, em
outras palavras, as ações realizadas por este grupo se tornam parte do cotidiano.
Percebemos através de algumas leituras que esta instituição é construto definido
pela história e através de algumas formações sociais.

1.2 - Sexualidades Na Adolescência.


O período da adolescência pode ser considerado como uma atitude ou
postura do ser humano durante uma etapa de seu desenvolvimento, pois permite a
visualização e a reflexão das expectativas da sociedade sobre as características
deste grupo. A adolescência, portanto, é um papel social (Bueno, 2006).

A fase da adolescência se constituiu num período de transformações físicas e


emocionais, sendo considerada desta forma, como um momento de inúmeros
conflitos de crises. Não se pode descrever a adolescência como uma simples
adaptação as mudanças corporais, mas como uma importante fase de ciclo
existencial da pessoa, uma tomada de posição social, familiar, sexual e entre o
grupo (Bueno, 2011). No inicio da adolescência, a ambivalência do jovem deriva em
17

parte da ambiguidade ligada ao seu próprio corpo, como se ele não estivesse bem
certo se deriva agir como criança ou como adulto.

Por outro lado, esta dificuldade é reforçada pelos próprios pais, que também
se mostram inseguros com relação a posição do adolescente dentro do próprio
desenvolvimento (Brasil, 2000). O marco da adolescência se da pelas as lutas do
individuo consigo mesmo e pelas contradições de atitudes, uma vez que o individuo
se acha como que procurando uma diretriz, uma definição em fase da vida que tem
pela frente, ou seja, o adolescente encontra-se numa procura a si mesmo (Freitas,
2003).

A adolescência traz consigo o inicio da puberdade e o desenvolvimentos das


características sexuais, dos órgãos sexuais primários e secundários e um notável
crescimento somático, os quais pressagiam o destino do corpo da criança em sua
inevitável transformação.

As transformações físicas acontecem devido ao elevado aumento da


produção de hormônios neste período. Essas alterações hormonais e as eventuais
incapacidades ou relutâncias em adaptarem-se as alterações físicas contribuem
também para alguns estados de depressão, características dos adolescentes.
Alternadamente, se observam períodos de intensa energia física, entusiasmo e
inquietação sem limites (Santos, 2006).

A inserção na puberdade mais cedo, geralmente ocasiona um


amadurecimento biológico que não necessariamente vai coincidir com o
amadurecimento cognitivo e emocional, apresentando, portanto, como um fator de
risco para o inicio da atividade sexual prematura e suas negativas consequências.
As adolescentes do sexo feminino que entram na puberdade mais cedem do que a
média, apresentam tendências maior a ter experiências sexuais precoce
( Figueiredo, 2002). Atual mente têm visto, cada vez mais prematuramente, crianças
que assumem o papel social de adolescentes e estes, por sua vez, cada vez mais
precocemente, assumem o papel social de adultos.

De acordo com Silva (2011), A puberdade feminina apresenta seu inicio,


geralmente, entre 11 e 14 anos, variando desse período de pessoa pra pessoa. Em
geral, a primeira menstruação (menarca) coincide com o surgimento de uma serie de
18

transformações do corpo que já se vinham manifestando na fase conhecida pré-


puberal. Consensual que a idade que uma mulher atinge a puberdade é bastante
variável e influenciada por fatores pessoais e ambientais. Não é incomum a
puberdade começar um pouco mais cedo ou um pouco mais tarde que a média e
entre os muitos fatores de influencia, se inclui a hereditariedade, o grupo étnico, o
tipo do corpo, nutrição, estilo de vida, toxinas ambientais, etc.

Segundo Silva (2011), O surgimento da menarca marca o estagio


do amadurecimento uterino e aponta que o corpo está pronto para a capacidade de
reprodução, não significa que a adolescência tenha atingido o grau máximo de
função reprodutiva. Uma gravidez na adolescência provocaria mudanças maiores
ainda na transformação que vinha ocorrendo de forma natural. Neste caso, muita
vezes a adolescente precisaria de um importante apoio do mundo adulto para saber
lidar com esta nova situação.

Desta forma, pode-se dizer que a puberdade é marcada por transformação


significativa, tanto biológica como psicológicas e sociais. A transformação biológica
do ponto de vista cultural e transformação do estado não reprodutivo ao reprodutivo.
Na mulher, observa-se alargamento dos quadris e maior deposição de gordura,
aparecimento de pelos pubianos e axilares, desenvolvimento mamário, menarca o
inicio dos ciclos ovulatórios, consequências capacidade reprodutiva.

Mas a puberdade, não proporciona apenas mudanças físicas, mas,


sobretudo, psicológicos. As alterações hormonais despertam a sensibilidade sexual
e, consequentemente, é neste período que muitos adolescentes começam
esporadicamente a ter relações sexuais. (Bueno,2006).

De acordo com Alves (2021), A vida sexual de todas as pessoas é formada


por fases, marcadas por fatos que mostram o inicio e o término de mudanças
significativas. Para mulher, essas etapas são especialmente assinaladas por
transformação orgânicas. A primeira menstruação, a primeira relação sexual, a
primeira gravidez e a ultima menstruação (pubarca) evidenciam mudanças
significativas que podem ser fontes de conflitos, ansiedades e inseguranças.

De acordo com Saito (2003), a pratica as sexualidade apresenta como base


três condições que são mais relevantes, sendo elas: a histórica, a cultural e a de
19

cunho social. Concordando com este autor, Bié, Diógenes e Moura (2006)
consideram que, de acordo com o ponto de vista histórico, a visão de sexualidade no
tempo ajuda no entendimento não como proposta individual, mas sim vinculada a
relações de poder de ontem político-econômico, cultural, social, religiosa, moral,
ética, subordinando o comportamento sexual do individuo a valores e instituições
que envolvem de forma dinâmica cada época e que podem ser sob múltiplos
aspectos transpostos para os dias de hoje.

A questão da sexualidade é um tema que vem sendo muito discutido nas


escolas e meios de comunicação, no sentido de fornecer aos jovens acessos às
informações relacionadas com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis,
com os métodos contraceptivos e com a gravidez na adolescência.
Silva (2011), ressalta que Aa forma com a qual o adolescente vai lidar com
comportamento sexual é resultado de fatores presentes na cultura e no ambiente
que se vive, que cada vez mais erotiza o relacionamento social. Desta forma pode-
se entender melhor o comportamento sexual do adolescente que muita vezes
comporta-se por irritação e não pela modelação, o que resulta em consequências
reforçadoras como a gravidez na adolescência.

Cada vez mais dependentes de padrões culturais, os papeis sexuais podem


ser definidos como sendo o conjunto de comportamentos e condutas esperadas do
individuo conforme seu gênero. Esses papeis modificam de acordo com a época
local, e grupo (Helbe, 2000). Sendo assim, o comportamento sexual do adolescente
pode ser visualizado como sendo mais resultado de condições do ambiente do que
meramente um efeito derivado de transformação hormonal, pois é no ambiente que
se podem encontrar as condições que favorecem e sua manifestação.

Silva (2011), enfatiza que Oo impulso pelo adolescente, de efetuar a exibição


de seus instintos, juntamente coma necessidade de provar a si mesmo sua virilidade
e sua independente determinação em conquistar outra pessoa do sexo oposto,
contraria com facilidade as normas tradicionais da sociedade e os aconselhamentos
familiares e começa, avidamente, exercício de sua sexualidade.

Mesmo com todo desenvolvimento social, cultural e tecnológico ocorrido no


século XX, informações relacionadas aos aspectos de crescimento e
desenvolvimento biopsicossocial, e sexual, tão necessária á construção da
20

identidade psicossocial, não tem alcançada de forma ampla e adequada a maior


parte dos adolescentes, ocasionado entre estes altos índices de desinformação
sobre diferentes aspectos.

2.2 1.3- Desenvolvimentos Físicos eE Comportamentais dDo aAdolescente


.
É essencial que se tenha conhecimento sobre as alterações e adaptações
que o organismo da criança e do adolescente sofre durante o período de
crescimento, bem como, de que forma estas alterações influenciam na capacidade
física e na resposta ao exercício, havendo transformações físicas e psicológicas
(Aberastury, 1983).

Desenvolvimento motor pode ser definido como a capacidade do homem de


realizar funções cada vez mais complexa, sendo o resultado do intercâmbio entre os
fatores biológicos e culturais, dessa forma, a aquisição de novas habilidades está
diretamente relacionada não apenas à faixa etária da criança, mas também às
interações vividas com os outros seres humanos do seu grupo social. Whitall (1995),
elucida que o movimentar da criança é fundamental para sua interação com o meio
em que está inserido e salienta que é na infância que a maioria do desenvolvimento
motor se concentra.

Soares (2014), preconiza que Oos movimentos reflexos consistem em


respostas automáticas e involuntárias que permitem, em primeiro lugar, a
sobrevivência do recém-nascido e, em segundo lugar, a interação do bebe com o
ambiente, o que caracterizará, no futuro, atos voluntários. As habilidades básicas
são as atividades voluntárias que permitem a locomoção e manipulação em
diferentes situações, caracterizadas por um objetivo geral, servindo de base para
aquisição futura de tarefas mais complexas, como andar, correr, saltar, arremessar,
chutar etc.

As perceptivas são aquelas que envolvem a percepção, através das quais


os estímulos visual, auditivo e tátil recebidos são interpretados pelos centros
cerebrais superiores que emitem uma decisão como resposta, possibilitando o ajuste
ao ambiente.
21

As capacidades físicas são as características funcionais essenciais na


execução de uma habilidade motora. Quando desenvolvidas proporcionam ao
executante uma melhoria do nível de habilidade. Dentre essas capacidades estão: a
força, a flexibilidade, a resistência e a agilidade.

As habilidades específicas consistem em atividades motoras voluntárias


mais complexas e com objetivos específicos, como a cortada no voleibol, o chute no
futebol, o arremesso à cesta e a bandeja no basquetebol. A comunicação não verbal
são as atividades motoras mais complexas, organizadas de maneira que a qualidade
dos movimentos apresentados permita a expressão, como na dança, ginástica
rítmica desportiva e, até mesmo, ginástica olímpica.

A infância e a adolescência se caracterizam como excelentes períodos para


estimular hábitos e comportamentos de um estilo de vida mais saudável, os quais
quando são adquiridos nessa faixa etária, demonstram uma maior probabilidade de
serem transferidos para a idade adulta (Shepard; Trudeau, 2000).

Para Gesell (2002), comportamento é um termo adequado para todas as


reações da criança, à medida que o sistema nervoso da criança sofre diferenciações
ligadas ao crescimento, as formas de seu comportamento também se diferenciam.
Dessa forma, pode-se dizer que comportamento é o termo empregado para indicar a
forma que as crianças se apresentam, é a reação do indivíduo ao ambiente.

2.3 1.4 Adolescentes e aE A Influência dDa mMídia.

A adolescência, de acordo com Fonte (2008), inicia-se aos 12 anos de


idade, e consiste em um período no qual o indivíduo está buscando consolidar suas
relações fora do contexto familiar, privilegiando os aspectos sociais de sua vida,
observando tudo que o rodeia a tomada de posições e definindo os valores próprios,
passando a defender muito afincadamente as crenças e tudo aquilo em que o grupo
que integra acredita. Trata-se de uma fase complicada, onde o indivíduo passa por
conflitos de identidade, onde a família, a escola, a cultura e o grupo de pares em que
está inserido são essenciais para o seu desenvolvimento.
22

No âmbito da família, o referido autor elucida que:O desenvolvimento da


personalidade da criança depende em grande parte dos estilos ou práticas
educativas parentais utilizadas, tal como das características de personalidade dos
próprios pais e familiares intimamente ligados a criança, do nível de interação entre
ambos e entre o próprio casal e ainda de variáveis sócio demográficas como a idade
e o sexo dos pais ou filhos, como também da classe social e cultural. Todos estes
fatores farão a diferença na forma como cada família permitirá com maior ou menor
sucesso a qualidade das interações familiares e como se conseguirá adaptar
mediante cadafase de vida e de desenvolvimento da criança. (Fonte, 2008, p. 5).

Ainda de acordo com Fonte (2008) no âmbito da escola:

A escola tem responsabilidade significativa no desenvolvimento do


adolescente, uma vez que o seu papel de educadora não se restringe
apenas aos aspectos relacionados com a transmissão de
conhecimento científico organizado culturalmente. Vai, além disso,
pois é neste contexto que os adolescentes vivenciam processos de
socialização, se reconhecem enquanto seres individuais passam a
treinar habilidades para participar em situações sociais, a capacidade
de comunicar, “sofrem” os papéis sexuais impostos socialmente e
também adquirem conceitos relevantes para a construção da sua
identidade pessoal – confiança, autonomia e iniciativa . (Fonte, 2008, p.
6).

Já no que concerne à cultura de cada indivíduo e ao grupo de pares, Fonte


(2008), destaca que ele se desenvolve a partir da interação com o meio, passando a
defender tudo que seu grupo acredita. O grupo de pares funciona como um
substituto da família, o indivíduo passa a interagir com amigos em outros meios,
como barzinhos, respondendo à sua necessidade de liberdade, passará a interagir
entre iguais e complementará essa interação com os adultos, sendo esta de suma
importância na adaptação sócio emocional, considerando que vai estimular o
desenvolvimento de competências sociais.

A adolescência trata-se de uma fase complicada, onde o indivíduo está


passando por modificações corporais, por conflitos de identidade, assim, pode
muitas vezes sentir-se como se não fizesse parte do mundo em que vive passando a
se sentir solitário.

De acordo com Vargem (2010):

A solidão pode ser sentida em vários contextos, mesmo os mais


inesperados, ela pode acontecer até mesmo numa festa na qual nos
encontremos rodeados de amigos, no trabalho, em casa com a própria
23

família, isso pode ocorrer por vários motivos, nomeadamente por


existir certo medo da intimidade, medo de se dar a conhecer, de ser
rejeitado, enfim, medo de mostrar o seu “próprio eu”. (Vargem, 2010, p.
1).

Segundo Kahhale (2001) a sexualidade do ser humano inicialmente remete


a uma dimensão biológica, contudo, ela também se produz de acordo com o
contexto social, cultural e histórico no qual o indivíduo está inserido, sendo, portanto
determinada.O texto supracitado direciona as influências da mídia na sexualidade
dos adolescentes ao fato, a um ruído existente na comunicação entre a população
adulta e o adolescente, que prejudica as orientações feitas aos mesmos, sendo
essencial uma boa estabilidade familiar, onde haja uma comunicação flexível entre
pais e filhos que proporcionem confiança e segurança na tomada de decisões dos
adolescentes em suas próprias vidas.

Segundo Duarte (2002) a atual geração de adolescente esta bombardeada


de todos os lados com informações desencontradas e fragmentadas sobre sexo,
principalmente nos meios de comunicação (mídia). Os pais e até mesmo nas
escolas por outro lado não querem ficar com a culpa de não terem abordado o tema
e acabam descarregando palavras complicadas sobre os adolescentes, sem se quer
oferecer um tempo de diálogo mais profundo acerca do assunto para que eles
possam conhecer e entender os vários e inúmeros métodos anticonceptivos para
prevenir uma gravidez precoce.

Segundo Pereira (2014), A mídia exerce uma forte influência nas pessoas,
por isso é necessário que os pais sempre acompanhem e tenham um diálogo com
os filhos, às vezes os pais estimulam os filhos a dançar e ouvir música erotizadas e
não percebem que estão estimulando a desenvolver a sexualidade precoce.

Os pais precisam dar mais atenção até na roupa que compram para os
filhos, estimulá-los a ouvir músicas adequadas, filmes e programas para a sua idade,
entre muitas outras ações, não se esquecendo de sua importância na formação
psicológica e cultural de seus filhos. Uma boa educação é fundamental para que o
desenvolvimento do adolescente ocorra de forma saudável, e ele possa lidar com
todas essas questões de forma positiva.

É necessário se ter em mente que o adolescente está formando sua


personalidade, assim, ele vai precisar está inserido em seu grupo, com isso poderá
24

está disposto a diversas atitudes para que não se sinta excluído, sendo, desta
forma, essencial uma comunicação entre pais e filhos que tragam modificações para
essa realidade.

2.4 1.5 A Importância dDa fFamília nNa Educação dDo Adolescente.

A família tem uma forte influência no processo de aperfeiçoamento da


criança dentro da sociedade, pois é com ela que ocorrem os primeiros contatos da
criança. Os genitores têm uma sobrecarga adicional em vários aspectos de sua
dinâmica individual e familiar, especialmente, no que tange aos aspectos
psicológicos, sociais, financeiros, e às atividades de cuidado da criança (Shapiro;
Blacher; Lopez, 1998).

A educação da criança é de fundamental importância, principalmente, por


ser um fator fundamental na formação da sua personalidade, sendo a família,
essencial no processo de educação, sua presença ajuda a esclarecer modificar e
estudar, o processo de adaptação social e cultural.

De acordo com Andery (2003), a relevância dos pais no desenvolvimento de


uma criança, não se limita apenas ao vínculo que se estabelece entre eles, mas
também, na maneira como interagem uns com os outros, pois é a partir dessa
interação e, das experiências que proporcionarão aos filhos que os pais colaboram
na formação das crianças como indivíduos.

A família é importante no processo de esclarecimento de dúvidas das


crianças. Os meios de comunicação, que bombardeiam com programas de baixa
qualidade são hoje um grande impasse na educação das crianças. Portanto, o
importante é que os pais tenham claro o tipo de orientação que desejam para seus
filhos, e que lhes ofereçam outras opções de entretenimento, para que a criança
aproveite sua fase infantil da melhor forma possível.

Weber (2007), propôs quatro padrões de interação entre pais e filhos: o


estilo autoritário, o estilo permissivo, o estilo negligente, e o estilo participativo. O
estilo autoritário se caracteriza por pais altamente exigentes, impõem regras e
25

limites rígidos e inflexíveis, com o objetivo de conseguirem obediência e controle. A


autora ressalta que esse padrão promove o desenvolvimento de crianças
obedientes, mas muito submissas, com baixa autoestima e, altos índices de
depressão, ansiedade e estresse.

O estilo permissivo é aquele onde os pais têm um baixo nível de exigência,


oferecem coisas materiais em excesso, consideram as vontades e sentimentos da
criança e esquecem os próprios. De acordo com Weber (2007), esses tipos de pais
são aqueles que não conseguem dizer não, e estabelecem poucos limites e regras,
tornando a criança dependente de coisas materiais, com baixa tolerância a
frustrações, não se achando capazes de realizar as coisas por si mesmas.

Os negligentes são aqueles que permitem tudo a seus filhos, mas não
possuem papel de educadores, estabelecem poucos limites e oferece pouco afeto,
seus filhos desenvolvem baixo desempenho e uma maior probabilidade de
depressão, pessimismo, baixa autoestima e estresse. Também podem desenvolver
comportamentos antissociais e apresentar, além de desenvolvimento atrasado,
grande sentimento de culpa em relação a isso. (Weber, 2007).

Por fim, o estilo mais adequado que é o participativo, que se caracteriza por
pais com alto nível de exigência, porém, estão sempre acessíveis para conversas e
trocas. Este estilo de pais impõe bastantes limites, contudo, compensam com muito
afeto. Seus filhos aprendem a respeitar o direito dos outros, sabem as
consequências de seus comportamentos e, sentem-se amados e valorizados. São
crianças com autoestima poucas possibilidades de estresse e depressão e
apresentam boas habilidades sociais . (Weber, 2007).

Nesse contexto, a família é importante agente na construção do


comportamento da criança, pois é onde se inicia a cultura do azul e do rosa,
determinando atitudes e papéis sociais que diferenciam meninos e meninas, homens
e mulheres. Convém ressaltar que a tarefa de cuidar adequadamente de um ser em
formação é extremamente difícil porquanto exige dos educadores capacidade de
lidar com os conflitos gerados pelos impulsos dos jovens em direção ao prazer
imediato.
26

3 2. A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA.
Neste capítulo, serão explorados os principais aspectos relacionados à
gravidez na adolescência, uma questão que envolve não apenas a saúde pública,
mas também dimensões sociais, emocionais e educacionais. Inicialmente,
abordaremos as causas que levam à gravidez precoce, destacando fatores como a
falta de orientação sexual eficaz, o contexto familiar conturbado e as influências
socioculturais que incentivam a sexualidade precoce. Será analisada a
complexidade desse fenômeno, considerando que, apesar de muitas adolescentes
conhecerem os métodos contraceptivos, há uma lacuna significativa na sua
aplicação prática e na compreensão das suas implicações.

Além disso, este capítulo examinará as consequências da gravidez na


adolescência para a vida das jovens, incluindo os impactos no desenvolvimento
físico e emocional, na continuidade educacional e nas oportunidades futuras de
trabalho e realização pessoal. Será discutido como a gravidez nesse período pode
agravar a vulnerabilidade social e econômica das adolescentes, muitas vezes
resultando em abandono escolar e dificuldades de inserção no mercado de trabalho.
Por fim, serão apresentadas as estratégias de apoio e intervenção que podem ser
implementadas por famílias, escolas e políticas públicas para mitigar os desafios
enfrentados por adolescentes grávidas, promovendo um ambiente mais seguro e
informativo que possibilite escolhas conscientes e responsáveis.

3.1 2.1 - Aspectos Gerais.

Neste trabalho buscaremos estudar o significado da gravidez na


adolescência, para os familiares e a adolescente que está grávida. Para isso,
precisamos nos aproximar de produções teóricas sobre as categorias gravidez na
adolescência, gênero e família, que se entrelaçam e nos proporcionam uma
compreensão maior do fenômeno estudado.
27

Levando as considerações para o sexo feminino, podemos dizer que a


adolescente, quando engravida nessa fase, pode estar buscando um
reconhecimento como adulta, pois, para ela a sociedade poderá notá-la como uma
pessoa que deixou de ser criança e que deverá ter responsabilidades, assim,
perceber-se como uma adulta, ou seja, ela terá uma identidade.

Outro fator que pode levar a esse fenômeno é a questão da sexualidade.


Segundo Calligares (2000), o corpo do adolescente se torna mais desejável, mas
também começa a desejar outros corpos. Esses adolescentes podem se permitir
fazer coisas diferentes tais como “[...] amar, copular e gozar” (p. 15).

Sendo destacados esses aspectos, podemos adentrar nas discussões sobre


a gravidez na adolescência. Segundo Bocardi (2003), ser gestante na adolescência
é diferente da vivência desse momento em uma idade mais madura, pois a
adolescente ainda está em um momento transitório da sua formação, como já foi
destacado neste texto. Por isso, é importante percebermos esta etapa para além do
referencial da anatomia e fisiologia. Nas palavras de Bocardi (2003): “É preciso entre
outras referências, considerar que a discussão envolve aspectos socioculturais que
influenciam o seu encaminhamento”. (p.11).

Com a contribuição de Bocardi (2003), notamos que a gravidez na


adolescência não envolve apenas aspectos biológicos, mas também culturais e
sociais. Na atualidade, percebemos algumas mudanças na independência feminina
nas áreas, econômica, social, cultural etc. Conforme Conger (1979), as adolescentes
atualmente têm maior liberdade no que tange às relações sexuais, ao uso das
pílulas anticoncepcionais e ao acesso a outros meios de contracepção. Dessa
forma, podendo evitar a gravidez, buscando primeiro seus objetivos culturais, sociais
e econômicos.

Após discutirmos os aspectos de adolescência como fase transitória, os


significados de gravidez na adolescência e as questões de sexualidade, podem
explanar algumas informações sobre gravidez na adolescência no Brasil.

A atividade sexual na adolescência tem tido seu início cada vez mais
precoce, tendo como consequência gravidez indesejada e doenças sexualmente
transmissíveis (Mimica; Piato, 1991).
28

Segundo Desser (1993), a quantidade de adolescentes grávidas no final dos


anos 70 ainda era apresentada como uma forma de preocupação para as ciências
de saúde e sociais, pois conforme a autora ainda é notável um aumento deste
fenômeno. Mesmo após uma diferenciação de valores impostos sobre a perda da
virgindade e o aumento das formas de contracepção, a gravidez na adolescência
ainda é um fenômeno frequente. Para a autora supracitada, isso pode ocorrer por
conta da pouca contracepção realizada pelas adolescentes. Síntese de Indicadores
Sociais (SIS):

Dados do SINASC mostram que esse é um fenômeno que pouco vem se


alterando ao longo dos anos em 1988, houve registro de 27 237 nascimentos de
mães de 10 a 14 anos de idade; 26 276, em 2004; e 28 479, em 2008. (...). Para o
grupo de 15 a 17 anos, a PNAD mostra um total de 283 000 mulheres (6% do total
nessa faixa etária) que tiveram filhos nascidos vivos em 2009, 40% delas residentes
na Região Nordeste. (SIS, 2010, p. 156).

A ocorrência gravidez na adolescência como temática está revestida de


tabus e dificuldades de sua abordagem na família. No contexto atual vem ganhando
destaque, devido àsnovas formas de se lidar com a sexualidade. A separação de
sexo e reprodução, a iniciação de adolescentes na vida sexual entre outros são
fatores que também contribuem para que esta situação, em dadas culturas como a
nossa, ainda seja considerado um problema, expressos principalmente nas camadas
mais pobres da sociedade brasileira, onde uma gravidez não planejada pode vir
como um fator a mais para dificultar a sobrevivência de muitas famílias. Não
estamos desconsiderando a possibilidade de uma gravidez na adolescência situada
nas camadas mais altas da sociedade, mas nestas a família conta com recursos
para disponibilizar determinados suportes de infraestrutura que impeça que esta
adolescente mude o curso normal de sua vida, ou pelo menos aquele esperado
socialmente.

De acordo com Pelloso (2002), O efeito da gravidez produz modificações nas


relações familiares e na saúde dos seus membros. A nova vida, não planejada na
composição familiar, muitas vezes é o elemento estressor ou desencadeador de
conflitos já subjacentes.
29

A família, que muitas vezes tem dificuldade de lidar com as crises da


adolescência, se vê às voltas com uma crise maior: a gravidez.
Raramente é necessário interromper os estudos, ou ainda, seu retorno não é
prejudicado visto que mesmo que não possa contar com algum familiar para os
cuidados com o filho, tem recursos financeiros para pagar um cuidador (a) ou uma
creche, não havendo necessidade de esperar pela disponibilidade de alguém e nem
pela abertura de vagas.

Já as adolescentes de classe social menos abastadas, que estão em fase


escolar, após o nascimento do bebê passam por dificuldades como acesso a
creches, retorno a escola, procura de emprego, enfim são fatores que tendem a
agravar a situação de muitas famílias em vulnerabilidade social, famílias que
historicamente são marcadas por dificuldades de acesso à escola. Então a gravidez
nesta fase da vida pode ser um fato novo que venha contribuir para dificultar ainda
mais na sua procura de uma colocação e inserção profissional.

A gravidez precoce de uma adolescente pode limitar sua educação, restringir


suas habilidades na força de trabalho e reduzirsua qualidade de vida. Mulheres que
têm filhos durante aadolescência têm uma chance maior de estar em desvantagem
econômica no futuro vis-à-vis aquelas que postergam sua gravidez (Menschet al.,
1998). Apesar do homem também sofrer possíveisconsequências do comportamento
sexual e reprodutivo, os custosde uma gravidez geralmente são arcados pela
mulher. (AKERLOFF et al., 1996 cit. In: LONGO, 2002 apud ABRAMOVAY2004,
p.159).

O que não significa dizer que as adolescentes em situação de


vulnerabilidade social, que não engravidaram neste período, terão automaticamente
modificado sua situação de vulnerabilidade. Mas diferentes autores, como Mensch,
consideraram que a gravidez nesta fase pode representar um fator a mais para
dificultar ainda mais sua condição.

Nas últimas décadas os governos passaram a programar políticas de


educação sexual nas escolas, pois, conforme indicado anteriormente, ainda persiste
certa dificuldade no seio das famílias em discutir-se este tema, delegando assim a
escola o papel da educação sexual.
30

3.2 2.2 - Fatores dDe rRisco dDa gGravidez nNa aAdolescência.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde - OMS (1977-1978), a


gestação na adolescência é considerada de alto risco, pois:

A atividade sexual na adolescência vem se iniciando cada vez mais


precocemente, com consequências indesejáveis imediatas como:

 Aumento da frequência de doenças sexualmente transmissíveis


(DST) nessa faixa etária;

 Quadros de má nutrição, com carência de nutrientes essenciais
para o bom desenvolvimento do bebê.

 Gravidez, muitas vezes também indesejável e que por isso, pode
terminar em aborto;

 Partos prematuros prematuros. Muitos bebês de adolescentes
nascem antes da 37ª semana de gestação.

 Seus bebês têm um peso baixo, já que a imaturidade do seu
corpo faz com que o seu útero não tenha se desenvolvido
completamente.

 As mamães adolescentes têm filhos com mais problemas de
saúde e transtornos de desenvolvimento.

 Nos casos de gravidezes de meninas com menos de 15 anos, o
bebê têm mais possibilidades de nascer com más formações.

Complicações psicológicas para a adolescente grávida.

Em geral, os estudos revelam uma série de circunstâncias pelas quais as


mamães adolescentes passam:
31

 Medo de serem rejeitadas socialmente: uma das consequências da


adolescência e a gravidez, é que a jovem se sente criticada pelas pessoas
do seu meio e tende a se isolar do grupo. Medo de serem rejeitadas
socialmente: uma das consequências da adolescência e a gravidez, é que a
jovem se sente criticada pelas pessoas do seu meio e tende a se isolar do
grupo
 Rejeição ao bebê: são crianças e não desejam assumir a
responsabilidade, o tempo e as obrigações que significa ser mãe. No
entanto, isso também faz com que elas se sintam culpadas, tristes e diminui
sua autoestima.
 Problemas com a família: comunicar a gravidez na família, muitas
vezes é motivo de conflito e inclusive rejeição dentro da própria família.
 Os filhos de mães e pais adolescentes podem sofrer maior taxa de
fracasso escolar, problemas de aprendizagem ou inclusão social.
.

Rejeição ao bebê: são crianças e não desejam assumir a responsabilidade, o tempo e as obrigações
que significa ser mãe. No entanto, isso também faz com que elas se sintam culpadas, tristes e diminui
sua autoestima. Problemas com a família: comunicar a gravidez na família, muitas vezes é motivo de
conflito e inclusive rejeição dentro da própria família.

Rejeição ao bebê: são crianças e não desejam assumir a responsabilidade, o tempo


e as obrigações que significa ser mãe. No entanto, isso também faz com que elas se
sintam culpadas, tristes e diminui sua autoestima.

 Problemas com a família: comunicar a gravidez na família, muitas


vezes é motivo de conflito e inclusive rejeição dentro da própria
família.
 Os filhos de mães e pais adolescentes podem sofrer maior taxa de fracasso
escolar, problemas de aprendizagem ou inclusão social.

Quando a atividade sexual tem como resultante a gravidez, gera consequências


tardias e em longo prazo, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido.

É importante considerar também os riscos psicológicos, como a depressão


pós-parto e, além disso, os riscos biológicos, citados por Justos (2000):

Desconhecimento do tempo de gravidez, anemia, proteinúria, aumentos da tensão


arterial, toxina, ruptura prematura de membranas, desencadeamento prematuro do
parto, aumento das complicações do parto, desproporção feto-pélvico, infecções
urinárias e infecções do trato genital. (Justos, 2000, p. 11).

Há também grande probabilidade de eclampsia, abortos espontâneos, má


formação pélvica e mortalidade neonatal (Weerasekera, 1997). Gama (et. al, 2001)
32

relata, ainda, que as mães adolescentes são mais propícias a sofrer de depressão
pós-parto.

Já para o bebê, o risco está no baixo peso ao nascer devido à natureza


biológica da mãe como imaturidade do sistema reprodutivo e ganho de peso
inadequado durante a gestação (Roth, 1998).

No entanto, todos esses riscos podem ser reduzidos se forem considerados


todos os procedimentos necessários durante o pré-natal por meio de uma equipe
multidisciplinar formada por obstetras, psicólogos, assistentes sociais e outros.

Carneiro e Matos (1999, p. 82) afirmam que:

Complicações maternas, repercutindo sobre a saúde do filho, são mais


frequentes nas gestações de adolescentes mais jovens. Entre os problemas mais
comuns dessas gestantes, os atores destacam a pré-eclâmpsia, anemia,
hemorragias, infecções, e nos bebês a prematuridade e baixo peso ao nascer,
elevando as taxas de mortalidade Peri natal. (Carneiro E Matos, 1999, p. 82).

O adolescente pode apresentar problemas de crescimento, emocional,


educacional e possíveis complicações obstetrícias por ganho de peso insuficiente
além de complicações puerperais com a morte da mãe.

A doença hipertensiva é muito frequente na adolescente podendo gerar


eclampsia e síndrome HELLP (hemólises, enzimas hepáticas elevadas e
plaquetopenia). Nesta fase, o tratamento básico consiste em dieta hipossódica e
repouso, que resolverão a grande maioria dos casos (Maldonado,1985, p. 13).

Por essa razão, é importante realizar as consultas pré-natais para que possa
ser identificado o risco de pré-eclâmpsia. Ainda, pode a anemia aumentar os riscos
de infecção e parto prematuro. Para tal, deve-se fazer uso de suplementação de
ferro e realização de um hemograma para caracterizar o tipo específico.

O ultrassom deve ser solicitado pelo menos três vezes durante o pré- natal,
sendo um no primeiro semestre e dois no segundo semestre com intervalo de duas
ou três semanas, para observar o ritmo de crescimento a partir do peso estimado
pelo ultrassom.
33

Nesse contexto, a maioria das gestantes adolescentes opta pelo parto


cesáreo, em virtude da redução de risco infeccioso ou hemorrágico.

3.3 2.3 - Gravidez nNão pPlanejada.

A gravidez em qualquer época é uma situação que normalmente gera


alterações, mudanças do papel social da mulher, reajustamentos interpessoais e
intrapsíquicos, e quando essa ocorre na adolescência, as alterações assumem um
risco maior, pois é um período de vida em que há uma superposição de crises vitais,
a de um organismo infantil para um organismo adulto com reflexos somáticos e
psíquicos (Bereta, 1995).
A atividade sexual na adolescência tem tido seu início cada vez mais precoce,
tendo como consequência gravidez indesejada e doenças sexualmente
transmissíveis (Mimica; Piato, 1991).

A organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda para evitar a


gravidez não planejada na adolescência:

- limitar o casamento antes dos 18 anos,

- aumentar o uso de contraceptivos para os adolescentes,

- gerar compreensão e apoio para reduzir a gravidez antes dos 20 anos,

- reduzir o sexo forçado entre adolescentes,

- apoiar projetos de prevenção da gravidez na adolescência

De qualquer modo, a melhor prevenção é que as jovens tenham uma


boa educação sexual dentro do seio familiar. É importante informar sobre os riscos e
complicações da gravidez na adolescência e todas as mudanças que acontecem a
partir do momento que uma adolescente engravida.
O diálogo em família é essencial e deve haver uma conversa aberta e
transparente para que as jovens tenham toda a informação ao seu alcance.
34

A gravidez indesejada em adolescentes pode gerar vários problemas, como o


aborto, problemas emocionais e comportamentais, além de complicações na
gravidez (Vitalle, 1997). A adolescente diante de uma gravidez precoce se ver
assumindo um novo papel, de mãe, de dona de casa, às vezes de esposa e o nível
de maturidade, em geral, não é compatível com essas situações (Chelala, 2000).

A gravidez na adolescência, desejada ou não, provoca um conjunto de


impasses comunicativos no âmbito social, familiar e pessoal. No
âmbito social, lamentam-se as falhas dos programas de educação
sexual que, aparentemente, mostravam de modo claro e convincente
como iniciar e usufruir com segurança a experiência da sexualidade.
No âmbito familiar, a gravidez na adolescência parece indicar
dificuldades nas relações entre pais e filhas e nas condições
contextuais para o desenvolvimento psicológico da filha. No âmbito
individual, a jovem gestante se questiona “por que isso aconteceu
justamente comigo? ” e “que será agora de minha vida? ”. Em outras
palavras, a gravidez na adolescência traz sérios problemas para
programas de saúde pública, para projetos educacionais, para a vida
familiar, e para o desenvolvimento pessoal, social e profissional da
jovem gestante como vem sendo reconhecido pela literatura (Dias,
2000, p. 21).

Levando em consideração que em qualquer época, a gravidez altera a vida


social da mulher, quanto mais na adolescência, época em que em geral se está
vivendo, namorando, aumentando seu ciclo de amizades (Fonseca, 2004).

Tais fatores acabam desencadeando complicações nos estudos ou nas


atividades profissionais, tendo a futura mãe que alterar os planos pessoais e
enfrentando dificuldades inerentes a sua nova realidade (Dias, 2000).

A proposta da prevenção da gravidez na adolescência pode ser


realizada de diversas maneiras. Uma delas é tentar retardar o início da
experiência sexual, já no caso das adolescentes que iniciaram o
intercurso sexual, é o uso de contraceptivos. Essas duas medidas, a
educação sexual e a utilização de contraceptivos, são de caráter
individual (Paucar, 2003, p. 15).

Desta forma, verifica-se a importância de se usar métodos contraceptivos


(Bemfam, 1997). Nesse contexto, muitas vezes o adolescente procura um serviço de
saúde em busca de informações sobre sexualidade, métodos contraceptivos e cabe
ao profissional de saúde está preparado para ouvi-lo e atendê-lo e ainda convidá-lo
a participar de algum programa na Unidade de Saúde em que se possa discutir
sobre essa etapa de vida e assim tirar suas principais dúvidas (OMS, 2006).
35

3.4 2.4 -Contracepção

Segundo Souza (2006) o uso de métodos contraceptivos na adolescência


não ocorre de modo eficaz, pois o adolescente por está em fase de desenvolvimento
acaba ignorando os riscos de uma possível gravidez. O conhecimento sobre
métodos é um tema relevante, pois o adolescente não conhece totalmente o seu
corpo e os métodos anticoncepcionais, devendo ser adotado critérios na hora de
receitar anticoncepcionais como:
Pereira (2014), enfatiza que Aa idade da jovem visto que é necessário
verificar seus hormônios e o estado de seu organismo, podendo esta não ter seus
órgãos de reprodução ainda totalmente desenvolvidos. É importante frisar a
estabilidade do relacionamento do casal, averiguando-se a frequência com que se
relacionam sexualmente e adaptando o método de contracepção se ocorre com uma
maior frequência, é necessário um anticoncepcional que proporcione segurança
diária.
Outro fator de grande importância é a idade e a experiência do parceiro
sexual, pois sua maturidade poderá influenciar a jovem, haja vista a possibilidade de
diálogo entre o casal devido a sua experiência.

Maturidade psicológica, referente à como a adolescente se comporta e as


possibilidades de esquecimento de um comprimido oral, à vergonha de pedir ao
parceiro que coloque o preservativo.

De acordo com Herter e Accetta (2001), deve-se também ser considerada a


regularidade menstrual, que está diretamente relacionada aos hormônios.

São vários os tipos de contraceptivos. O preservativo masculino, a


camisinha, é bastante eficaz, possui alta disponibilidade, não requer interferência
médica, mas pode haver ruptura. O preservativo feminino é mais eficaz com uso de
lubrificantes, além de o uso ser sob controle feminino.

O diafragma é associado a espermicidas, impedindo a chegada dos


espermatozoides às trompas, já os espermicidas possuem desvantagens de exigir
manipulação de genitais para o uso do coito antecipado (Pharmecum, 2006).
36

Existem métodos comportamentais, porém, não tão eficazes como a


abstinência sexual, onde não tem contra indicação e o custo é zero, mas sua
eficácia é baixa. A ejaculação extra vaginal, realizada por muitos adolescentes, onde
o homem, ao perceber que está chegando ao ápice interrompe a penetração e
ejacula fora do corpo da mulher, possui eficácia mínima, apesar de não demandar
de nenhum custo. (Pharmecum, 2006).

Carvalho et al. menciona existir outros métodos hormonais:

Dos quais, as pílulas hormonais combinadas que inibem a ovulação


pelo bloqueio da liberação de gonadotrofina e mudança do muco
cervical, injetáveis exclusivos de progestogênio, que suspende a
ovulação, bloqueando o pico de LH e espessando o muco cervical, os
injetáveis combinados de estrógeno e progestogênio atuam inibindo
os picos de LH pelo progestogênio. Os implantes são conjuntos de
cápsulas pequenas, finas, flexíveis, que contem hormônio dentro,
liberando sangue e que são colocados sob a pele do braço da mulher,
evitando a gravidez por 5 anos. (Carvalho et al. (2012, p. 12)

Os dispositivos intrauterinos (DIU) são inseridos no útero por um profissional


médico, podendo durar alojado entre 1 a 10 anos, porém tem-se o risco de
desencadear uma infecção pélvica.

A pílula do dia seguinte é usada após o coito interrompido para evitar


gravidez indesejada, a ação do anticoncepcional de emergência interfere na
ovulação, espermomigração, transporte e nutrição do ovo.

CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA DA PESQUISA

4 2. METODOLOGIA
4.1 2.1 - rResultados de pesquisa

A pesquisa deve partir da realidade, mas, antes de tudo, o pesquisador


precisa lembrar que a realidade social é dinâmica e que a pesquisa contribuirá para
um diálogo crítico com determinado fenômeno. Assim, trará muitas contribuições
para o pesquisador e ajudará na elaboração de um pensamento que incentiva a
capacidade de intervenção sobre um novo olhar.
37

Goldenberg (1997) ressalta que a pesquisa científica exige algumas


posturas do pesquisador, sendo elas “criatividade, disciplina, organização e
modéstia, baseando-se no confronto permanente entre o conhecimento e a
ignorância” (p. 13). Ou seja, o pesquisador deve inovar e ao mesmo tempo ser
simples. Precisamos compreender que mesmo que tenhamos contato com
determinada realidade e com algumas teorias, temos sempre a aprender com os
sujeitos pesquisados.

Foi nessa linha de pesquisa que tratamos o nosso objeto de estudo:


investigar o significado da gravidez da adolescente para seus familiares. Por
necessidade metodológica a abordagem da pesquisa foi de ordem quantitativa e
qualitativa, pois essa junção contribuiu para tornar a pesquisa mais abrangente,
dando maior relevância a dados e informações sobre o fenômeno pesquisado.
Ressalta Goldenberg:

A integração da pesquisa quantitativa e qualitativa permite que o


pesquisador faça um cruzamento de suas conclusões de modo a ter maior
confiança que seus dados não são produtos de um procedimento específico
ou de alguma situação particular. (Goldenberg, 1997, p. 62).

Quanto à modalidade e natureza, Gil (2010) ressalta que a pesquisa


exploratória tem como propósito proporcionar maior familiaridade com o problema,
com vista a torná-lo mais explícito para melhor construção das hipóteses.

A pesquisa bibliográfica possibilita uma comparação entre teoria e prática,


podendo-se confirmar ou contrariar a teoria mencionada pelos autores a partir do
estudo de casos das adolescentes gestantes. De acordo com Minayo (2009) a
pesquisa é considerada como uma:

Atividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da


realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que
define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma
atividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota,
fazendo uma combinação particular entre teoria e dados. (Minayo, 2009,
p.23).

Para realização do estudo utilizamos a pesquisa explicativa da realidade, da


qual observamos e tentamos compreendê-la. Gil (2002) explica melhor do que se
trata: “são aquelas pesquisas que têm como preocupação central identificar os fatos
que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos” (p. 42).
38

Por esse motivo, escolhemos esta linha de pesquisa para nos ajudar a
entender o que a gravidez representa para as famílias das adolescentes. A pesquisa
explicativa auxiliou para percebermos os fatores que contribuem para esse tipo de
acontecimento. Gil (2002) afirma que “Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda
o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas [...]” (p.
42).

Buscamos compreender tais acontecimentos, como ocorrem, quais


mudanças trazem para a vida das adolescentes e de seus familiares. Para que
dessa forma possamos explicá-los e consigamos contribuir para produção de outros
estudos sobre o assunto e para uma maior compreensão sobre o fenômeno.

Desse modo, buscou-se relacionar as perspectivas dos autores deste estudo


com a realidade em que se encontra o objeto em análise, para uma melhor
compreensão acerca da gravidez na adolescência, sendo este fundamentando por
leituras pertinentes à temática e através de outras publicações do Governo Federal e
Estadual referentes ao assunto.

O critério de inclusão foram mulheres que engravidaram no período da


adolescência. A amostra que compõe essa pesquisa foi escolhida de forma
aleatória.

O instrumento de coleta de dados escolhido foi pesquisa bibliográfica, pois


possibilita o desenvolvimento de uma análise crítica e reflexiva, para
compreendermos mais sobre teorias que abrangem as categorias gravidez na
adolescência, gênero e família. A análise dos dados foi realizada através de estudos
de casos e discussão respaldada pela literatura pertinente. Gil (2002) enfatiza que a
pesquisa bibliográfica é realizada através de materiais já existentes, que trouxeram
maiores conhecimentos sobre a criação de outros autores.

Gil (2002) ressalta que “A principal vantagem da pesquisa bibliográfica


reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos
muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente [...]” (p. 45).

Com os resultados apresentados na pesquisa, percebemos que a gravidez


na adolescência pode trazer algumas mudanças na vida da adolescente e de seus
familiares.
39
40

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo desta pesquisa, tornou-se evidente a complexidade da natureza da


adolescência e da gravidez nesse período. Com base na revisão de literatura, foram
traçadas as linhas mestras que justificam os objetivos gerais e específicos desta
investigação.

A adolescência, marcada por intensas transformações físicas, emocionais e


sociais, apresenta um desafio significativo tanto para os próprios adolescentes
quanto para as suas famílias e a sociedade. A compreensão desse período é
essencial para a formulação de políticas públicas eficazes e para o suporte
adequado a esses jovens.

Através de uma análise aprofundada dos dados coletados e da contribuição


de diversos autores especializados, foi possível mapear as principais causas e
implicações da gravidez na adolescência. Essa etapa da vida, carregada de energia
e conflitos, pode se transformar em um verdadeiro turbilhão de emoções quando
ocorre uma gravidez. A necessidade de apoio, compreensão e diálogo por parte dos
adultos, especialmente das famílias, é imprescindível para que as adolescentes
enfrentem essa situação com o menor impacto negativo possível.

A gravidez na adolescência é uma questão de saúde pública e um problema


social, pois as mudanças na vida das adolescentes são profundas e muitas vezes
devastadoras, resultando em abandono escolar e conflitos familiares. A sociedade,
que frequentemente incentiva a sexualidade precoce, muitas vezes falha em
fornecer a devida orientação e suporte às adolescentes grávidas. Este estudo
procurou evidenciar a adolescência como um período de busca de identidade, onde
uma gravidez pode complicar significativamente o processo de transição da infância
para a vida adulta.

Foi constatado que, embora as adolescentes geralmente não planejem a


gravidez, muitas delas não utilizam métodos contraceptivos de maneira adequada,
apesar de conhecerem esses métodos. A reação ao diagnóstico de gravidez,
frequentemente tardio, é adversa e está fortemente ligada à atitude da família e do
pai da criança. A adolescência é um período de busca pelo prazer imediato e por
41

atitudes que demonstrem independência e maturidade, o que pode levar a


comportamentos de risco.

A família e a identidade social são fatores cruciais que influenciam a decisão


de iniciar a vida sexual precocemente. O diálogo entre pais e filhos é essencial para
prevenir a gravidez na adolescência e para apoiar a adolescente grávida. A
participação em programas de assistência pré-natal específicos para adolescentes é
fundamental para que elas compreendam e aceitem sua nova condição de futuras
mães.

A análise dos dados revelou que a orientação recebida por adolescentes


sobre educação sexual não tem sido eficaz, resultando em altos índices de gravidez
não planejada. A pesquisa destacou a importância de programas de prevenção mais
abrangentes e direcionados, que considerem não apenas a instrução sobre métodos
contraceptivos, mas também a realidade social e familiar das adolescentes.

As adolescentes grávidas geralmente optam por assumir a maternidade,


decisão que altera significativamente suas vidas, causando dificuldades nos âmbitos
escolar, profissional, afetivo e social. Um contexto familiar conturbado pode
contribuir para o início precoce da vida sexual e, consequentemente, para a
gravidez. Assim, confirmou-se a hipótese de que a falta de orientação eficaz dos
pais e das escolas é um fator determinante para a ocorrência da gravidez na
adolescência.

A presente pesquisa não pretende esgotar as discussões sobre o tema, mas


sim ampliar o debate e proporcionar novas perspectivas para estudos futuros.
Propõe-se o desenvolvimento de atividades educativas voltadas tanto para
adolescentes quanto para suas famílias, enfatizando a importância da orientação
sexual e da prevenção da gravidez precoce. Palestras nas escolas e grupos de
discussão com famílias podem ser ferramentas valiosas nesse processo.

Desta forma, conclui-se, portanto, que a gravidez na adolescência é um


fenômeno complexo que demanda uma abordagem minunciosa, envolvendo a
família, a escola e a sociedade em geral. Políticas públicas eficazes devem ser
formuladas para prevenir a gravidez precoce e proporcionar suporte adequado às
adolescentes grávidas. A educação sexual deve ir além da mera instrução sobre
42

contraceptivos, promovendo uma reflexão crítica e informada sobre as escolhas e as


responsabilidades envolvidas. A compreensão dos diversos fatores que levam à
gravidez na adolescência é essencial para criar um ambiente de suporte e
orientação que permita às adolescentes tomar decisões conscientes e
responsáveis.Após a revisão da literatura, ficou possível esboçar algumas
consideraçõesque justificam os objetivos gerais e específicos, que nortearam o
desenvolvimento e fundamentaram a proposta trazida neste estudo.

Como foi dito na introdução deste trabalho, seguimos algumas perguntas para
formularmos os objetivos principais desta pesquisa. Esses só puderam ser
alcançados com a contribuição dos sujeitos pesquisados e através da aproximação
com autores que tratam sobre a temática estudada. Também acompanhamos alguns
dados estatísticos que apresentavam informações sobre a gravidez na adolescência.

O adolescente é um ser complexo, cheio de pluralidade, que gera em nós


perplexidade e consegue nos confundir na nossa seriedade tanto intelectual,
fisiológica e moral, como também física.

Pode ser generoso e colaborador quando bem tratado, bem cuidado, ou virar
uma fera, um furacão quando maltratado.

Pode-se supor, então, que essa etapa da vida que gera tanta energia, tanto
conflito, acabe virando um turbilhão de emoções, ao gerar uma nova vida.

Nesse momento, a adolescente necessita que os adultos, a sociedade como


um todo e, principalmente, as famílias, compreendam, apoiem, estimulem,
participem, dialoguem. É, no mínimo, por mais difícil e otimista que pareça, a
obrigação do adulto.

A gravidez na adolescência é um fator complexo que envolve problemas de


saúde pública e problemas sociais, visto que as mudanças ocorridas na vida desses
adolescentes são devastadoras, deixando-as, na maioria das vezes, fora das
escolas e, até mesmo, da própria família.

Os problemas para a saúde pública pairam sobre o fato de que essa mesma
sociedade que incentiva a primeira experiência sexual, não possui preparo para
43

receber essas adolescentes, informar sobre métodos contraceptivos não é o


suficiente.

A presente pesquisa procurou mostrar a adolescência como uma busca de


identidade a fim de possibilitar a passagem da fase infantil para a adulta, e uma
mudança como a gravidez pode complicar bastante essa situação, pois envolve
problemas físicos, emocionais e sociais já que a adolescente não está preparada
para cuidar de um bebê. Aponta quais as principais causas de uma gravidez na
adolescência e suas implicações. Também fizemos um amplo estudo documental e
bibliográfico que nos permitiu compreender mais sobre as categorias estabelecidas.

Apresentamos alguns estudos sobre família, buscamos compreender gênero,


adolescência e a gravidez na adolescência. Isso só foi possível com as contribuições
de autores que estudam as temáticas apresentadas.

Geralmente, as adolescentes não planejam a gestação, porém não realizam


métodos contraceptivos, apesar de conhecerem os métodos. O diagnóstico da
gestação é por vezes tardio, ocorrendo somente após os três meses, e a reação da
notícia é adversa, levando bastante em consideração a atitude da família e do pai da
criança.

No decorrer desta monografia foi visto que o desenvolvimento do indivíduo


está diretamente ligado às possibilidades de gravidez na adolescência e seus riscos,
o adolescente tem seu comportamento voltado para a busca de prazer imediato,
pelo proibido, assim, buscam atitudes que possam mostrar aos seus colegas o
quanto são “descolados”, todavia pode ter sua vida prejudicada por uma gravidez
precoce, assunto foco desta monografia.

Hoje a gravidez na adolescência é um acontecimento bastante comum, mas


que precisa estar na pauta de toda a sociedade, pois gera sérias intercorrências
biológicas, familiares e sociais que refletem na vida do adolescente e da sociedade
como um todo.

O desenvolvimento físico também deve ser considerado, visto que o


organismo dessas adolescentes ainda não está preparado para uma gravidez,
gerando uma série de complicações.
44

Conclui-se que a família e a identidade perante a sociedade são os fatores


mais importantes para que se inicie ou não a vida sexual precocemente, sendo o
diálogo entre a família e o adolescente o ponto determinante para a vivência
gestacional durante a adolescência.

Durante o estudo pode-se verificar a preocupação de fazer com que as


adolescentes participem de um programa de assistência pré-natal para adolescentes
para que elas entendam sua nova condição de ser mãe, que surge na convivência
com outras adolescentes grávidas.

Existem muito mais elementos a serem considerados quando se trata das


causas de uma gravidez na adolescência, mas o processo de pesquisa nos indicou
como referência algumas categorias chaves para analisar a questão, que vão desde
ter informação sobre métodos contraceptivos, mas não saber a forma adequada de
sua utilização, ou desejo inconsciente de ser mãe como forma de se tornar adulta,
ou se sentir útil para alguém e ser feliz. Porém, ficou evidenciado também que a
forma como as adolescentes tem obtido orientação nas escolas ou nas famílias não
tem sido eficaz no que concerne às mesmas praticarem suas relações sexuais
utilizando métodos de prevenção.

A maioria das adolescentes grávidas decide assumir a maternidade, porém


essa decisão altera o curso de suas vidas, acarretando dificuldades no que se refere
aos aspectos escolar, profissional, afetivo e social. Além disso, o contexto familiar
conturbado faz com que as adolescentes iniciem vida sexual precocemente ou
engravidam nesse período.

Ao final do estudo pode-se constatar que o principal fator que podem levar a
uma gravidez na adolescência destaca-se a falta de orientação dos pais e da escola
e a redução no número de parceiros sexuais, que faz com que a adolescente sinta-
se mais segura e não se preocupe com proteção sexual. O próprio comportamento
do adolescente também é um fator de risco, já que a busca por se destacar frente
aos demais faz com que tome atitudes arriscadas. Assim, as hipóteses levantadas
puderam ser confirmadas ao final do estudo.

Dos objetivos específicos, que delimitamos no início desta construção, foram


sempre os balizadores de nossas análises, dessa forma podemos identificar junto às
45

adolescentes quais as orientações que tiveram sobre educação sexual, ficando


evidenciado que as orientações não se deram de forma eficaz e sistemática. No que
se refere à necessidade levantada de identificar a situação das adolescentes
gestantes, o que se pode perceber é que a situação vivida atualmente por estas
adolescentes, no que se refere as mudanças ocorridas em seu cotidiano, seus
planos para o futuro, foi de que as adolescentes que se encontram gestantes,
continuam fazendo suas atividades cotidianas, ou seja, trabalhando, estudando ou
fazendo as duas atividades concomitantemente.

Destaca-se que este estudo não tem como intuito encerrar as discussões
sobre o assunto, mas sim ampliá-las, deixando-se como sugestão para futuros
trabalhos, uma pesquisa junto às adolescentes, fazendo um levantamento acerca de
sua gravidez.

Vale ressaltar a importância de se desenvolver algumas atividades voltadas


para os familiares, como também para as próprias adolescentes, como palestras nas
escolas que busquem enfatizar a temática da gravidez e sexualidade na
adolescência enfatizando as medidas preventivas de orientação sexual.

O presente trabalho nos trouxe contribuições acadêmicas e nos fez perceber


o quão pouco são as políticas sociais existentes que trabalhem essa problemática
que traz expressões da questão social, principalmente nas famílias de baixa renda.

Evidencia-se aqui a necessidade de formulações de políticas públicas efetivas


e condizentes com a realidade. Algo direcionado a prevenção, para que as
adolescentes possam realmente fazer suas escolhas, sabendo das reais
implicações. Com isso, deixamos algumas propostas para serem desenvolvidas com
os familiares de adolescentes grávidas e com as próprias adolescentes. Propomos
que sejam realizados grupos com os familiares e com as adolescentes buscando
realizar palestras que os orientem e tratem sobre o tema gravidez na adolescência,
sexualidade, puberdade e educação sexual incentivando aos pais falarem sobre
esses assuntos com os filhos. Sendo, também importante expor nestes grupos as
consequências que a gravidez nessa fase pode acarretar para a família e para a
adolescente.
46

Deve-se considerar que existem campanhas de prevenção, que as


adolescentes têm informação quanto ao uso de métodos contraceptivos, porém o
que é necessário é uma maior proximidade com a realidade destas adolescentes,
algo que vá além de ensinar a usar preservativos ou pílulas anticoncepcionais, mas
que se discuta sua situação social, familiar, suas expectativas em relação ao futuro,
pois em muitos casos a gravidez em adolescentes pode não ter sido planejada, mas
muitas vezes foi desejada. Essa pode ser a manifestação da necessidade de terem
mais liberdade em relação aos pais, ter a permissão do namoro, ser notada na
sociedade, manter um relacionamento, ter alguém que dependa dela enfim são
diversos os fatores que levam uma adolescente a desejar a gravidez, ou como
assertivamente sistematiza Monteiro (apud SILVA 2010, p.5).

Nesse sentido as escolas, as instituições ou programas que lidam com


adolescentes precisam com urgência rever suas formas de apreensão da temática,
analisando mais criticamente e produzindo ações mais eficazes de orientação, não
só como uma questão de saúde, mas de conscientização das implicações e / ou
dificuldades que podem causar uma gravidez nesta fase.

Que seja realizada realmente uma educação sexual no sentido de não só


orientar mais suscitar uma reflexão por parte dos adolescentes em torno deste tema,
não como uma forma de moldá-los ou intimidá-los, mas fazendo-os sujeitos de suas
próprias escolhas. Não significa condenar a gravidez nesta fase, mas fazer com que
seja planejada no seu sentido mais amplo, pois a chegada de uma criança implica
em mudanças na vida da adolescente e das famílias envolvidas.

Ao final desta construção consegui confirmar a hipótese que tinha antes da


realização das pesquisas, de que a explicação da gravidez não planejada na
adolescência não é reflexa de mera falta de informação, e que existem outros
condicionantes que interferem no processo, esta afirmação ficou evidenciada e
confirmadas nas pesquisas bibliográficas a cerca desta questão.
47

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Para Gesell (2002), comportamento é um termo adequado para todas as reações da


criança, à medida que o sistema nervoso da criança sofre diferenciações ligadas ao
crescimento, as formas de seu comportamento também se diferenciam.

Mas a puberdade, não proporciona apenas mudanças físicas, mas, sobretudo,


psicológicos. As alterações hormonais despertam a sensibilidade sexual e,
consequentemente, é neste período que muitos adolescentes começam
esporadicamente a ter relações sexuais. (BUENO,2006)

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