Gestao Suprimentos6
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GESTÃO DE SUPRIMENTOS
HOSPITALARES
TEMA 1 – LICITAÇÃO
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Assim, ela busca garantir que a proposta mais vantajosa seja obtida, dando
condições de igualdade aos participantes, sendo a lei o parâmetro de
embasamento das regras do certame licitatório (Sforsin, 2012).
Para comprar um bem ou serviço, a administração pública tem duas
opções:
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licitações aumentam a chance de obter as vantagens que estas empresas
proporcionam.
• quantidade comprada: os órgãos públicos devem se planejar para fazer
compras conjuntas e evitar a realização de várias licitações para a compra
de um mesmo produto, pois assim terão maior poder de barganha e
poderão exigir diminuições mais substanciais de seus fornecedores.
Esses princípios devem ser atendidos para evitar o perigo do arbítrio, que
traz descrédito e pode comprometer o serviço público (Santos, 2006).
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escolha da modalidade ocorre em função do valor estimado para a compra e dos
casos de emergência, em que a falta de material pode ocasionar prejuízos no
atendimento ao paciente (Lanzoni et al., 2009).
2.1 Concorrência
2.3 Convite
2.4 Concurso
2.6 Pregão
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compra de medicamentos, é feita à distância em sessão pública, por meio de
sistema que promova a comunicação pela internet. São estabelecidos os critérios
objetivos que permitam aferir o menor preço, devendo ser considerados os prazos
do fornecimento, as especificações técnicas, os parâmetros mínimos de
desempenho e a qualidade, conforme Art. 2º, parágrafo 2º, do Decreto 5.450/05.
O pregão eletrônico é a modalidade de licitação com o maior número de
vantagens para a administração pública, entre elas o significativo aumento no
número de fornecedores e, assim, maior redução dos preços oferecidos no
mercado (Faria et al., 2010). Essa forma de licitação é praticada por sessão virtual
no sistema Comprasnet, permitindo a ampliação da disputa licitatória, com a
participação de várias empresas de diversos estados, uma vez em que não é
necessária a presença dos contendentes.
É uma modalidade ágil, transparente e que possibilita negociação eficaz
entre a administração pública e os licitantes. No site <www.gov.br/compras/pt-
br/>, podem ser vistos os avisos de licitação, contratações realizadas, execução
de processos de aquisição pela modalidade de pregão e outras informações
relativas a negociações realizadas pela administração pública federal direta,
autárquica e fundacional (Vasconcelos, 2013).
Neste caso, não há a assinatura de um contrato e sim de uma Ata de
Registro de Preços, na qual é acertado um preço para determinada quantidade,
válido por até um ano (Frossard, 2011). O Sistema de Registro de Preços (SRP),
regulamentado pelo Decreto Federal n. 3.931 de 19 de setembro de 2001,
possibilita a entrega e/ou prestação parcelada dos bens e/ou serviços licitados
sob um regime de preços flexível, durante um período máximo de um ano
(podendo este ser prorrogado sob determinadas condições e/ou reajustes), além
do compartilhamento dos preços registrados em um processo licitatório pelos
demais órgãos estaduais, por meio de adesão às Atas de Registro de Preços
(Freitas; Medeiros; Melo, 2008).
O SRP foi inserido na Lei de Licitação para agilizar as contratações. Nele,
a instituição, por meio do pregão ou concorrência, firma com o fornecedor um
preço a ser pago pelo produto ofertado pelo período de um ano, por uma
quantidade estimada e as compras são realizadas conforme a necessidade da
instituição, assim, o processo evita a repetição de procedimentos licitatórios. É
uma ferramenta bastante útil para aquisições de medicamentos, pois as compras
são realizadas periodicamente e com alta frequência (Sforsin, 2012).
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O uso do pregão eletrônico possibilita que as organizações alcancem um
maior grau de transparência, pois os sistemas eletrônicos de aquisição são
ligados à internet, permitindo a todos os participantes na transação o acesso ao
sistema (Osmonbekov; Bello; Gilliland, 2002). Uma característica positiva desse
meio de realização de compras é a ausência física de quaisquer interessados ou
documentos, pois estes se encontram disponíveis apenas via sistema eletrônico.
Para a garantia da segurança do processo, é possível a utilização de recursos
como a criptografia e autenticação, que ajudarão na condução do sistema
eletrônico (Nunes; Lucena; Silva, 2007).
Segundo Menezes, Silva e Linhares (2007), apesar de apresentar bons
resultados, todo o potencial dos pregões é subutilizado, uma vez que restringe a
negociação à variável preço, diferentemente de outras negociações, que levam
em consideração a qualidade dos produtos e serviços, o prazo de entrega, as
formas de pagamento, a garantia e a assistência técnica.
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• Habilitação contábil (art. 31): tem como objetivo confirmar que o proponente
possui condições de executar a proposta. O proponente deve apresentar
sua qualificação econômico-financeira por meio de documentos como
balanço patrimonial, certidão negativa de falência e outros.
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• critérios a serem utilizados no julgamento;
• indicações específicas, caso se apliquem;
• normas internas da instituição;
• informações gerais.
A Constituição, em seu art. 37º, inciso XXI, determina que, salvo casos
excepcionais previstos na legislação, obras, serviços, compras e alienações
deverão ser contratadas mediante licitação pública.
Apesar de a lei brasileira ter como exigência a licitação como regra para a
contratação por parte da administração pública, esta prevê exceções, sendo
possível a contratação de forma direta. As previsões dispostas nos arts. 17 e 24
da Lei 8.666/93 só devem ocorrer por razões de interesse público e nos casos
expressamente previstos. Uma das formas de contratação direta é a
inexigibilidade de licitação, a qual ocorre quando não é possível a realização da
licitação, uma vez que um dos possíveis competidores possui qualidades que
atendem de forma exclusiva às necessidades da administração pública,
inviabilizando os demais participantes (Almeida, 2011).
A utilização dessa ferramenta deverá obedecer a comprovação de
exclusividade em relação à especificação do item a ser contratado, sendo proibida
a indicação de uma marca específica, quando houver mais de uma que atenda às
exigências descritas para o item (Almeida, 2011). A exclusividade deverá ser
comprovada por meio de carta emitida por órgão de registro do comércio local
(Sforsin, 2012).
Outra forma de contratação direta é por meio da dispensa de licitação, que
tem como característica o fato de que a licitação é possível, entretanto não se
realiza por conveniência administrativa. A Lei 8.666/93, art. 24, elenca as
situações que tornam a licitação facultativa. Dentre estas, podemos citar situações
de emergência e a relação custo-benefício (Almeida, 2011). Nesse caso, o valor
não deve ultrapassar os limites estabelecidos pela legislação e deve ser utilizado
para casos emergenciais, nos quais a aquisição deve ser da quantidade
necessária para atender à demanda momentânea, em caso de licitações não
finalizadas com sucesso (Sforsin, 2012).
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Segundo Santos (2006), a legislação prevê casos em que as licitações
podem ser dispensadas ou mesmo ser consideradas inexigíveis:
• objetos de arte;
• valores dentro dos limites legais;
• guerra ou perturbação da ordem;
• emergência ou calamidade pública;
• ausência de interessados após duas tentativas;
• para regular preços;
• operações entre órgãos públicos;
• segurança nacional;
• quando os preços da licitação estão acima dos preços do mercado;
• peças de reposição, quando exclusivas;
• aquisição ou locação de imóveis para uso do serviço público.
• contratação de artistas;
• especialização notória;
• aquisição de produtos exclusivos.
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REFERÊNCIAS
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FREITAS, F. F. T.; MEDEIROS, C. V. S.; MELO, A. C. S. Aplicação de técnicas
de gestão de estoques, como auxílio à tomada de decisões em compras públicas
estaduais de medicamentos. In: XXVIII Encontro Nacional de Engenharia da
Produção, XXVIII, Rio de Janeiro, 2008. Disponível em:
<www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_tn_sto_069_492_12058.pdf>.
Acesso em: 7 maio 2021.
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NUNES, J.; LUCENA, R. L.; SILVA, O. G. Vantagens e desvantagens do pregão
na gestão de compras no setor público: o caso da Funasa/PB. Revista do Serviço
Público, v. 58, n. 2, p. 227-243, 2007. Disponível em:
<https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/172>. Acesso em: 7 maio
2021.
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