Gestao Suprimentos6

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 14

AULA 6

GESTÃO DE SUPRIMENTOS
HOSPITALARES

Profª Joy Ganem Longhi


INTRODUÇÃO

Nesta aula, aprenderemos sobre licitação e suas modalidades para a


realização das compras em instituições públicas. Identificaremos as leis que
regem as licitações e quais são suas premissas. Verificaremos também quais são
as informações necessárias à descrição dos produtos a serem licitados, como se
monta um edital e em quais casos as licitações não são exigidas.
Sabemos que os setores privado e público têm grandes diferenças entre si,
pois os administradores públicos devem seguir legislações e procedimentos
específicos. Para Viana (2002), esse maior grau de formalidade no setor público
ocorre devido à necessidade de demonstrar transparência e ética na utilização
dos recursos públicos. Essas preocupações são crescentes nos últimos anos, pois
a sociedade passou a exigir maior responsabilidade social.
A gestão de suprimentos é um dos principais pilares de qualquer instituição
pública, pois é uma das principais atividades para aplicação dos recursos (Batista;
Maldonado, 2008). As atividades de aquisição de bens ou serviços em empresas
públicas possuem algumas particularidades quando comparadas ao setor
privado. Suas compras são por licitação, possuindo normas que regem as
transações, e são estabelecidas por meio de dispositivos legais (Santos, 2006).
A busca pela alta qualidade, menor custo, maior rapidez e flexibilização das
compras e contratações públicas vem se tornando uma constante preocupação
dos gestores para uso eficiente dos recursos e orçamento, sendo o seu bom
gerenciamento uma alternativa para a melhoraria do desempenho das
organizações governamentais (Batista; Maldonado, 2008).

TEMA 1 – LICITAÇÃO

A Constituição Federal de 1988, no inciso XXI do art. 37, discorre sobre a


previsão legal que obriga que as obras, serviços, compras e alienações públicas
sejam feitas por meio de processo licitatório, assegurando igualdade de condições
a todos os concorrentes (Almeida, 2011).
A Lei 8.666/93, em seu Art. 3º, refere que a licitação tem como objetivo:

garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a


selecionar a proposta mais vantajosa para a administração e será
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos
da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade,
probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório, do
julgamento objetivo e dos que lhe são correlatos (Brasil, 1993).

2
Assim, ela busca garantir que a proposta mais vantajosa seja obtida, dando
condições de igualdade aos participantes, sendo a lei o parâmetro de
embasamento das regras do certame licitatório (Sforsin, 2012).
Para comprar um bem ou serviço, a administração pública tem duas
opções:

• executar o serviço diretamente – execução direta; ou


• adquirir de terceiros – execução indireta.

Cabe às instituições selecionar os bens mais adequados para que atinjam


sua finalidade. Assim, compete ao profissional da saúde definir detalhadamente
as características e especificações dos produtos médicos a serem adquiridos, já
na abertura do processo de licitação (Luppi, 2010). Quando a descrição técnica
do produto não é realizada adequadamente, os participantes poderão agir com
oportunismo, aproveitando desta falta de informações para cotar produtos de pior
qualidade ou que não atendam às necessidades do comprador (Faria et al., 2010).
Na fase de classificação das propostas, as instituições devem avaliar se os
produtos licitados estão de acordo com as exigências solicitadas, prevendo a
apresentação de amostras dos materiais a serem adquiridos para a avaliação da
qualidade e desempenho dos produtos (Luppi, 2010).
A aquisição do material médico-hospitalar selecionado deve também estar
atrelada ao compromisso de fornecimento, no prazo e na quantidade estipulados,
com as substituições em caso de falhas ou irregularidades que prejudiquem o
desempenho dos materiais, ou coloquem em riscos à saúde dos usuários e dos
profissionais que os manuseiam, devidamente previstas. Ainda, deve estar
condicionada à não aceitação do produto ou cancelamento da compra, caso
sejam identificadas diferenças entre o produto classificado e o produto entregue,
sendo possível a aplicação das sanções previstas em contrato e a exclusão do
fabricante da lista de cadastro de fornecedores (Luppi, 2010).
Faria et al. (2010) afirmam que são variáveis que influenciam no valor final
aplicado nas licitações:

• especificidade: devido à possibilidade de interpretações variadas, sugere-


se que seja dada preferência, quando possível, a produtos menos
específicos e que atendem às necessidades da mesma forma;
• frequência das transações: a criação de um bom relacionamento com as
empresas com as quais transaciona e o incentivo para que participem das

3
licitações aumentam a chance de obter as vantagens que estas empresas
proporcionam.
• quantidade comprada: os órgãos públicos devem se planejar para fazer
compras conjuntas e evitar a realização de várias licitações para a compra
de um mesmo produto, pois assim terão maior poder de barganha e
poderão exigir diminuições mais substanciais de seus fornecedores.

O processo licitatório é moroso, dificultando à instituição, em muitos casos,


realizar aquisições com a agilidade necessária (Sforsin, 2012).

1.1 Princípios básicos da licitação

São princípios básicos das compras públicas:

• princípio da isonomia (igualdade);


• princípio da publicidade;
• princípio da moralidade e da probidade administrativa;
• princípio da legalidade (formal);
• sigilo na apresentação das propostas;
• princípio da vinculação ao instrumento convocatório;
• princípio do julgamento objetivo;
• princípio da celeridade;
• princípio da impessoalidade;
• princípio da competição.

Esses princípios devem ser atendidos para evitar o perigo do arbítrio, que
traz descrédito e pode comprometer o serviço público (Santos, 2006).

TEMA 2 – TIPOS DE LICITAÇÃO

A Lei 8.666/93 estabeleceu cinco modalidades de licitação: concorrência,


tomada de preços, convite, concurso e leilão. A Lei 10.520, de 17 de julho de 2002,
instituiu a sexta modalidade de licitação, denominada pregão, para aquisição de
bens e serviços comuns. As modalidades se diferenciam nos valores para as quais
podem ser utilizadas, na necessidade de documentos, na complexidade do
processo e no tempo total de realização (Sforsin, 2012).
As modalidades de licitação utilizadas para a compra de materiais nas
instituições de saúde são a concorrência, a tomada de preço, convite e pregão. A

4
escolha da modalidade ocorre em função do valor estimado para a compra e dos
casos de emergência, em que a falta de material pode ocasionar prejuízos no
atendimento ao paciente (Lanzoni et al., 2009).

2.1 Concorrência

Pode ocorrer que, na fase inicial de habilitação preliminar, interessados


comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital. A
publicidade deverá ser realizada com trinta dias de antecedência em jornais de
grande circulação e no Diário Oficial (Santos, 2006). É a modalidade obrigatória
para contratações cujos valores sejam superiores a R$ 1.500.000,00, no caso de
obras e serviços de engenharia, e R$ 650.000,00 para compras e demais serviços,
sendo facultativa para valores inferiores.

2.2 Tomada de preços

Os interessados devem ser cadastrados até três dias antes da data


estipulada para o recebimento das propostas, as quais serão publicadas em
órgãos da imprensa oficial. As propostas devem ser entregues num prazo de 15
dias após a data de publicação (Santos, 2006). É utilizada para licitações cujos
valores não excedam R$ 1.500.000,00 para obras e serviços de engenharia e R$
650.000,00 nos casos de compras e demais serviços.

2.3 Convite

É utilizado para valores menores, com prazos de recebimentos diminuídos


(cinco dias). Para essa modalidade ser válida, são necessárias, no mínimo, três
propostas lícitas (Santos, 2006). O valor não pode ultrapassar R$ 150.000,00 para
obras e serviços de engenharia e R$ 80.000,00 para compras e outros serviços.

2.4 Concurso

O concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para


escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de
prêmios ou remuneração aos vencedores (Almeida, 2011). É indicado para
escolha de produção intelectual com atribuição de prêmio ou remuneração. O
edital para essa modalidade deve ser publicado com antecedência de 45 dias
(Santos, 2006).
5
2.5 Leilão

McAffe e McMillan (1987) definem leilão como uma instituição de mercado


dotada de um conjunto explícito de regras que determinam a alocação de recursos
e preços, a partir de lances feitos por seus participantes. Sua principal
característica é desobrigar o vendedor a fixar o preço do bem, fazendo com que
este seja estabelecido pelo próprio mercado (Menezes; Silva; Linhares, 2007).
O leilão é a modalidade de licitação para venda de bens móveis inservíveis
para a administração e mercadorias legalmente apreendidas ou penhoradas
(Almeida, 2011). Ocorre entre quaisquer interessados e a quem oferecer o melhor
lance, igual ou superior aos de uma avaliação prévia. Seu prazo de publicação é
de 15 dias anteriores à data estipulada para o evento (Santos, 2006). A eficiência
do leilão está relacionada à existência de mecanismos e regras específicas que
aumentem sua atratividade e reduzam as possibilidades de conluio, competição
predatória e outras formas de poder de mercado (Wolfstetter, 1999).

2.6 Pregão

O pregão é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços


comuns, qualquer que seja o valor estimado, em que a disputa pelo fornecimento
é feita por propostas e lances em sessão pública ou por meio eletrônico. O pregão
só pode ser utilizado para bens e serviços de uso comum, cujos padrões de
desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos em edital, sendo
proibida a utilização para bens e serviços de engenharia, locações imobiliárias e
alienações (Almeida, 2011).
No pregão presencial, é realizada sessão com a participação dos
interessados. Após a entrega dos envelopes pelos licitantes contendo a indicação
do objeto, os preços ofertados e respectiva habilitação, inicia-se a fase de lances,
momento em que “o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com
preços até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances
verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor” (Brasil, 2002). Essa
modalidade de licitação possibilita disputa direta entre os licitantes nos preços
ofertados e elimina possível acordo entre os fornecedores, proporcionando
melhores preços a serem praticados (Vasconcelos, 2013).
O pregão eletrônico com registro de preço é a modalidade de licitação
usada para aquisição de bens e serviços comuns. Amplamente utilizada para a

6
compra de medicamentos, é feita à distância em sessão pública, por meio de
sistema que promova a comunicação pela internet. São estabelecidos os critérios
objetivos que permitam aferir o menor preço, devendo ser considerados os prazos
do fornecimento, as especificações técnicas, os parâmetros mínimos de
desempenho e a qualidade, conforme Art. 2º, parágrafo 2º, do Decreto 5.450/05.
O pregão eletrônico é a modalidade de licitação com o maior número de
vantagens para a administração pública, entre elas o significativo aumento no
número de fornecedores e, assim, maior redução dos preços oferecidos no
mercado (Faria et al., 2010). Essa forma de licitação é praticada por sessão virtual
no sistema Comprasnet, permitindo a ampliação da disputa licitatória, com a
participação de várias empresas de diversos estados, uma vez em que não é
necessária a presença dos contendentes.
É uma modalidade ágil, transparente e que possibilita negociação eficaz
entre a administração pública e os licitantes. No site <www.gov.br/compras/pt-
br/>, podem ser vistos os avisos de licitação, contratações realizadas, execução
de processos de aquisição pela modalidade de pregão e outras informações
relativas a negociações realizadas pela administração pública federal direta,
autárquica e fundacional (Vasconcelos, 2013).
Neste caso, não há a assinatura de um contrato e sim de uma Ata de
Registro de Preços, na qual é acertado um preço para determinada quantidade,
válido por até um ano (Frossard, 2011). O Sistema de Registro de Preços (SRP),
regulamentado pelo Decreto Federal n. 3.931 de 19 de setembro de 2001,
possibilita a entrega e/ou prestação parcelada dos bens e/ou serviços licitados
sob um regime de preços flexível, durante um período máximo de um ano
(podendo este ser prorrogado sob determinadas condições e/ou reajustes), além
do compartilhamento dos preços registrados em um processo licitatório pelos
demais órgãos estaduais, por meio de adesão às Atas de Registro de Preços
(Freitas; Medeiros; Melo, 2008).
O SRP foi inserido na Lei de Licitação para agilizar as contratações. Nele,
a instituição, por meio do pregão ou concorrência, firma com o fornecedor um
preço a ser pago pelo produto ofertado pelo período de um ano, por uma
quantidade estimada e as compras são realizadas conforme a necessidade da
instituição, assim, o processo evita a repetição de procedimentos licitatórios. É
uma ferramenta bastante útil para aquisições de medicamentos, pois as compras
são realizadas periodicamente e com alta frequência (Sforsin, 2012).

7
O uso do pregão eletrônico possibilita que as organizações alcancem um
maior grau de transparência, pois os sistemas eletrônicos de aquisição são
ligados à internet, permitindo a todos os participantes na transação o acesso ao
sistema (Osmonbekov; Bello; Gilliland, 2002). Uma característica positiva desse
meio de realização de compras é a ausência física de quaisquer interessados ou
documentos, pois estes se encontram disponíveis apenas via sistema eletrônico.
Para a garantia da segurança do processo, é possível a utilização de recursos
como a criptografia e autenticação, que ajudarão na condução do sistema
eletrônico (Nunes; Lucena; Silva, 2007).
Segundo Menezes, Silva e Linhares (2007), apesar de apresentar bons
resultados, todo o potencial dos pregões é subutilizado, uma vez que restringe a
negociação à variável preço, diferentemente de outras negociações, que levam
em consideração a qualidade dos produtos e serviços, o prazo de entrega, as
formas de pagamento, a garantia e a assistência técnica.

TEMA 3 – HABILITAÇÃO PARA PROPONENTES

Podem se habilitar a participar das licitações fabricantes, importadoras e


administradoras, que devem atender aos requisitos de comprovação de
idoneidade. O descumprimento de qualquer um desses requisitos provocará o
afastamento da empresa do processo licitatório (Santos, 2006).
De acordo com a Lei 8.666/93, podemos identificar as seguintes
habilitações (Santos, 2006):

• Habilitação jurídica (art. 28): estabelece, por parte do proponente, a


apresentação de documentos que comprovem a existência da empresa,
entre eles o contrato social registrado na Junta Comercial, o CNPJ e a
inscrição estadual.
• Habilitação fiscal e trabalhista (art. 29): visa comprovar a regularidade da
empresa perante os órgãos governamentais por meio de certidões de
quitação do FGTS, Receita Federal, além de outros documentos.
• Habilitação técnica (art. 30): trata-se de requisitos técnicos que dizem
respeito à qualificação do fornecedor, como autorização de funcionamento
da empresa (AFE), licença de funcionamento (estadual e/ou municipal) e
certificado de Boas Práticas de Fabricação e Controle.

8
• Habilitação contábil (art. 31): tem como objetivo confirmar que o proponente
possui condições de executar a proposta. O proponente deve apresentar
sua qualificação econômico-financeira por meio de documentos como
balanço patrimonial, certidão negativa de falência e outros.

Além das habilitações citadas, outros requisitos técnicos podem ser


solicitados via edital, como:

• garantia para equipamentos;


• treinamento dos operadores e técnicos de manutenção próprios do
licitante;
• parcelamento na entrega do produto;
• assistência técnica pós-venda de fácil acesso;
• disposição de peças de reposição ou acessórios de fácil aquisição.

TEMA 4 – EDITAL DE LICITAÇÃO

Os instrumentos convocatórios para uma licitação podem ser: o edital de


licitação, em que a administração leva ao conhecimento do público, a abertura de
concorrência e a tomada de preços. Quando a publicidade não é necessária, é
realizada uma forma mais simplificada do edital, a carta convite, bastando apenas
a divulgação em quadro de avisos em local apropriado (Dal Sant, 2015).
O edital é o instrumento que estabelece todas as condições para a
realização da licitação. Ele divulga as especificações detalhadas do item a ser
adquirido, delimita os documentos necessários que comprovam que o produto
atende às normas estabelecidas para sua fabricação e comercialização, solicita
amostras, define vigência do contrato, prazos de pagamento e condições de
entrega (Sforsin, 2012).
O edital é um dos itens mais importantes no processo licitatório e não pode
conter informações subjetivas. Segundo Santos (2006), ele deve conter:

• descrição completa do produto a ser adquirido;


• informações sobre prazos e condições do processo licitatório;
• garantias;
• formas/condições de pagamento;
• condições especiais para o recebimento (caso exista);
• critérios para que o fornecedor participe do processo licitatório;

9
• critérios a serem utilizados no julgamento;
• indicações específicas, caso se apliquem;
• normas internas da instituição;
• informações gerais.

TEMA 5 – INEXIGIBILIDADE E DISPENSA DA LICITAÇÃO

A Constituição, em seu art. 37º, inciso XXI, determina que, salvo casos
excepcionais previstos na legislação, obras, serviços, compras e alienações
deverão ser contratadas mediante licitação pública.
Apesar de a lei brasileira ter como exigência a licitação como regra para a
contratação por parte da administração pública, esta prevê exceções, sendo
possível a contratação de forma direta. As previsões dispostas nos arts. 17 e 24
da Lei 8.666/93 só devem ocorrer por razões de interesse público e nos casos
expressamente previstos. Uma das formas de contratação direta é a
inexigibilidade de licitação, a qual ocorre quando não é possível a realização da
licitação, uma vez que um dos possíveis competidores possui qualidades que
atendem de forma exclusiva às necessidades da administração pública,
inviabilizando os demais participantes (Almeida, 2011).
A utilização dessa ferramenta deverá obedecer a comprovação de
exclusividade em relação à especificação do item a ser contratado, sendo proibida
a indicação de uma marca específica, quando houver mais de uma que atenda às
exigências descritas para o item (Almeida, 2011). A exclusividade deverá ser
comprovada por meio de carta emitida por órgão de registro do comércio local
(Sforsin, 2012).
Outra forma de contratação direta é por meio da dispensa de licitação, que
tem como característica o fato de que a licitação é possível, entretanto não se
realiza por conveniência administrativa. A Lei 8.666/93, art. 24, elenca as
situações que tornam a licitação facultativa. Dentre estas, podemos citar situações
de emergência e a relação custo-benefício (Almeida, 2011). Nesse caso, o valor
não deve ultrapassar os limites estabelecidos pela legislação e deve ser utilizado
para casos emergenciais, nos quais a aquisição deve ser da quantidade
necessária para atender à demanda momentânea, em caso de licitações não
finalizadas com sucesso (Sforsin, 2012).

10
Segundo Santos (2006), a legislação prevê casos em que as licitações
podem ser dispensadas ou mesmo ser consideradas inexigíveis:

• objetos de arte;
• valores dentro dos limites legais;
• guerra ou perturbação da ordem;
• emergência ou calamidade pública;
• ausência de interessados após duas tentativas;
• para regular preços;
• operações entre órgãos públicos;
• segurança nacional;
• quando os preços da licitação estão acima dos preços do mercado;
• peças de reposição, quando exclusivas;
• aquisição ou locação de imóveis para uso do serviço público.

A inexigibilidade ocorre nos casos de:

• contratação de artistas;
• especialização notória;
• aquisição de produtos exclusivos.

11
REFERÊNCIAS

ALMEIDA, J. C. A. Planejamento de compras em rede hospitalar pública:


estudo de caso da rede hospitalar federal no Rio de Janeiro. Monografia (MBA de
Gestão em Saúde) – Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2011.
Disponível em: <https://visaoeacao.net/index.php/2011/01/10/planejamento-de-
compras-em-rede-hospitalar-publica-estudo-de-caso-da-rede-hospitalar-federal-
no-rio-de-janeiro/>. Acesso em: 7 maio 2021.

BATISTA, M. A. C; MALDONADO, J. M. S. V. O papel do comprador no processo


de compras em instituições públicas de ciência e tecnologia em saúde
(C&T/S). Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 42, n. 4, p. 681-
699, 2008. Disponível em: <www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-
76122008000400003&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 7 maio 2021.

BRASIL. Decreto n. 5.450, de 31 de maio de 2005. Diário Oficial da União,


Brasília, DF, 1 jun. 2005. Disponível em:
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5450.htm>.
Acesso em: 7 maio 2021.

BRASIL. Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993. Diário Oficial da União, Brasília,


DF, 22 jul. 1993.. Disponível em:
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm>. Acesso em: 7 maio 2021.

BRASIL. Lei n. 10.520, de 17 de julho de 2002. Diário Oficial da União, Brasília,


DF, 18 jul. 2002. Disponível em:
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10520.htm>. Acesso em: 7 maio 2021.

DAL SANT, R. Gestão de estoques na secretaria de obras do Município de


Não-Me-Toque. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração)
– Universidade de Passo Fundo, Carazinho, 2015. Disponível em:
<http://repositorio.upf.br/bitstream/riupf/838/1/CAR2015RafaelaDalSant.pdf>.
Acesso em: 7 maio 2021.

FARIA, E. R.; FERREIRA, M. A. M.; SANTOS, L. M.; SILVEIRA, S. F. R. Fatores


determinantes na variação dos preços dos produtos contratados por pregão
eletrônico. Revista de Administração Pública, v. 44, n. 6, p. 1405-1428, 2010.
Disponível em: <www.scielo.br/pdf/rap/v44n6/a07v44n6.pdf>. Acesso em: 7 maio
2021.

12
FREITAS, F. F. T.; MEDEIROS, C. V. S.; MELO, A. C. S. Aplicação de técnicas
de gestão de estoques, como auxílio à tomada de decisões em compras públicas
estaduais de medicamentos. In: XXVIII Encontro Nacional de Engenharia da
Produção, XXVIII, Rio de Janeiro, 2008. Disponível em:
<www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_tn_sto_069_492_12058.pdf>.
Acesso em: 7 maio 2021.

FROSSARD, L. B. M. Desafios da eficiência no contexto da gestão de


compras de medicamentos em hospital público: o caso do Hospital das Forças
Armadas – HFA. Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade de
Brasília, Brasília, 2011. Disponível em:
<https://repositorio.unb.br/handle/10482/9821>. Acesso em: 7 maio 2021.

LANZONI, G. M. M; LINO, M. M.; LUZARDO, A. R.; MEIRELES, B. H. S.


Planejamento em enfermagem e saúde: uma revisão integrativa da
literatura. Revista de Enfermagem da UFRJ, Rio de Janeiro, v. 65, n. 2, p. 339-
346, 2012. Disponível em: <https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-
539005>. Acesso em: 7 maio 2021.

LUPPI, C. H. B. Gerenciamento do risco sanitário hospitalar na área de


tecnovigilância: análise retrospectiva e prospectiva das notificações de queixas
técnicas, incidentes e eventos adversos relacionados ao uso de equipamentos,
materiais médico-hospitalares e kits diagnósticos no Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP. Tese (Doutorado em Epidemiologia
Cirúrgica) – Universidade Estadual Paulista, Botucatu-SP, 2010. Disponível em:
<https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/102324/luppi_chb_dr_botfm
.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 7 maio 2021.

MCAFFE, R. P.; MC MILLAN, J. Auctions and bidding. Journal of Economic


Literature, [s. l.], v. 25, n. 2, p. 699-738, Jun 1987. Disponível em:
https://www.jstor.org/stable/2726107?seq=1. Acesso em: 7 maio 2021.

MENEZES, R. A.; SILVA, R. B.; LINHARES, A. Leilões eletrônicos reversos


multiatributo: uma abordagem de decisão multicritério aplicada às compras
públicas brasileiras. Revista de Administração Contemporânea, Curitiba, v. 11,
n. 3, p. 11-33, 2007. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/rac/v11n3/a02v11n3.pdf>.
Acesso em: 7 maio 2021.

13
NUNES, J.; LUCENA, R. L.; SILVA, O. G. Vantagens e desvantagens do pregão
na gestão de compras no setor público: o caso da Funasa/PB. Revista do Serviço
Público, v. 58, n. 2, p. 227-243, 2007. Disponível em:
<https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/172>. Acesso em: 7 maio
2021.

OSMONBEKOV, T.; BELLO, D. C.; GILLILAND, D. I. Adoption of electronic


commerce tools in business procurement: enhanced buying center structure and
processes. Journal of Business & Industrial Marketing, v. 17, n. 2/3, p. 151-
166, 2002. Disponível em:
<www.emerald.com/insight/content/doi/10.1108/08858620210419781/full/html>.
Acesso em: 7 maio 2021.

SANTOS, G. A. A. Gestão de Farmácia Hospitalar. São Paulo: Senac, 2006.

SFORSIN, A. C. P. Gestão de compras em farmácia hospitalar: Revista Farmácia


Hospitalar, v. 85, n. 16, 2012. Disponível em:
<www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/137/encarte_farmAcia_hospitalar_85.
pdf>. Acesso em: 7 maio 2021.

VASCONCELOS, C. D. G. Processo eletrônico de compras: celeridade e


transparência. VI Congresso CONSAD de Gestão Pública, Brasília, 2013.
Disponível em: <http://consad.org.br/wp-content/uploads/2013/05/104-
PROCESSO-ELETR%C3%94NICO-DE-COMPRAS-CELERIDADE-E-
TRANSPAR%C3%8ANCIA.pdf>. Acesso em: 7 maio 2021.

VIANA, J. J. Administração de materiais: um enfoque pratico. São Paulo: Atlas,


2002.

WOLFSTETTER, E. Topics in microeconomics: industrial organizations,


auctions and incentives. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

14

Você também pode gostar