Psicopatologia Geral
Psicopatologia Geral
Psicopatologia Geral
O QUE É PSICOPATOLOGIA?
• Enfoque mitológico-religioso: Todo ato insensato é determinado pela ação dos deuses
– eles roubam do homem a razão. Grécia Antiga Homero (700 a. C.)
• Etiologia: Perturbações causadas por espíritos.
• Enfoque Psicológico da Loucura: Está no interior do homem com suas paixões
irresistíveis, sede de conflitos entre o desejo e a regra social.
Estudos de Freud:
Platão (427-327 a. C): acreditava na separação mente (alma racional) e corpo (alma irracional),
má distribuição dos humores.
Doença em que o útero se desprendia da cavidade pélvica, estabelecendo assim, uma ligação
entre frustração sexual e histeria - propunha como tratamento o casamento. Pinel também
defendia essa tese. Galeno (131 – 200 d.C), generalista e eclético, para ele a loucura era uma
disfunção encefálica.
O modelo organicista da loucura enfoca na Psiquiatria biológica, que busca a causa da doença
mental em alterações orgânicas.
No Renascimento (séculos XV e XVI) e com a Reforma Protestante (século XV), institui-se uma
concepção científica da loucura.
A comunidade científica (organicistas) passam a sustentar a tese que a histeria é uma doença
do cérebro, atingindo os dois sexos VERSUS Os defensores da psicogênese que a concebiam
como uma afecção psíquica, ou seja, uma neurose.
O termo “neurose”: Introduzido em 1769, pelo médico escocês Willian Cullen, doença
nervosa.
Século XIX: o ser humano fragmentado, e a predominância a compreensão dos fenômenos das
desordens comportamentais a partir das funções cerebrais.
Eugen Bleuler (1857- 1939): Introduziu a escuta do paciente como método de tratamento.
A psicanálise de Freud – século XIX – trazendo à cena o sujeito do inconsciente e que precisa
ser olhado e compreendido à luz da subjetividade.
A Psiquiatria: Uma ciência que surge no século XIX (1802). Um ramo da medicina: disciplina
específica que tem por objeto de estudo, o diagnóstico e o tratamento do conjunto das
doenças mentais;
“Longe de questionar a utilidade dessas substâncias e de desprezar o conforto que elas trazem,
pretendi mostrar que elas não podem curar o homem de seus sofrimentos psíquicos, sejam
estes normais ou patológicos. A morte, as paixões, a sexualidade, a loucura, o inconsciente e a
relação com o outro moldam a subjetividade de cada, e nenhuma ciência digna desse nome
jamais conseguirá pôr termo a isso, felizmente”.(Roudinesco, 2000, p.9)
A Psicanálise: Surgiu no cenário científico com o trabalho de Freud e Breuer – Estudo sobre a
Histeria – final do século XIX.
CRITÉRIOS DE NORMALIDADE
1. Normalidade como Ausência de Doença – Seria aquele portador que não tem
nenhum transtorno mental definido.
2. Normalidade Ideal – Utopia, é socialmente constituída e referendada. Critérios
socioculturais e ideológicos arbitrários, às vezes, dogmáticos e doutrinários.
3. Normalidade estatística – O normal passa ser aquilo que se observa com mais
frequência numa população em geral (como peso, altura, tensão arterial, horas de
sono, quantidade de sintomas ansiosos, por exemplo).
4. Normalidade como Bem-Estar – Estado de completo bem estar, físico, mental e social
e não simplesmente ausência de doença, ou seja, uma utopia!
5. Normalidade Funcional – O fenômeno é considerado patológico quando a pessoa
torna-se disfuncional na vida acarretando sofrimento para si e para seu grupo social.
6. Normalidade como Processo – Consideram os aspectos dinâmicos do
desenvolvimento psicossocial. Esse conceito é bem útil em psiquiatria infantil, de
adolescentes e geriátrica.
7. Normalidade subjetiva – A partir da percepção do indivíduo sobre ele mesmo - por ex:
sujeitos em fase de maníaca.
8. Normalidade como liberdade – segundo a fenomenologia a doença mental pode ser a
perda da liberdade existencial, então, saúde mental como a possibilidade de dispor de
“senso de realidade, senso de humor e de um sentido poético perante a vida” Cyro
Martins (1981), podendo assim, relativizar os sofrimentos e as limitações inerentes à
condição humana e, assim, desfrutar dos resquícios de liberdade e prazer que a
existência oferece.
9. Normalidade operacional – define-se previamente o que é Normal e patológico –
critério arbitrário, com finalidades pragmáticas explícitas.
• Ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental – suas causas, as
mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas de manifestação.
• Conhecimento que se esforça para ser sistemático, elucidativo e desmistificante.
PSICOPATOLOGIA GERAL
O CAMPO DA PSICOPATOLOGIA:
• Temas centrais da vida humana, como: sexo, alimentação, conforto físico, dinheiro,
poder, prestígio...
• Temores centrais do ser humano, como a morte, ter uma doença grave, sofrer de dor
física ou moral, miséria, falta de sentido existencial