Compaixão em Si
Compaixão em Si
Compaixão em Si
O que é autocompaixão?
Definir autocompaixão, com base nos três elementos do modelo
de Kristin Neff:
1. Bondade consigo mesmo: Tratar-se com a mesma
gentileza e compreensão que você ofereceria a um amigo
em momentos de sofrimento.
2. Humanidade compartilhada: Entender que o
sofrimento e os erros fazem parte da experiência humana
comum e não são uma experiência isolada.
3. Mindfulness (atenção plena): Mantenha uma visão
equilibrada sobre suas emoções negativas, sem exagerá-
las ou reprimi-las.
Exemplos práticos: Mostrar como esses elementos se aplicam
no cotidiano. Por exemplo, quando cometemos um erro no
trabalho, como reagimos? Normalmente com crítica, ao invés
de compreensão e compreensão.
Discussão breve: Incentivar os participantes a refletirem e
compartilharem situações em que foram autocríticas ou se
julgaram severamente. Como eles poderiam ter praticado o
autocompaixão?
Autocompaixão x Autopiedade:
o Autopiedade: Sentir-se uma vítima, focando
exclusivamente no sofrimento pessoal e se distanciando
dos outros. A autopiedade intensifica o sofrimento e nos
colocamos numa posição passiva.
o Autocompaixão: Envolve consideração o sofrimento,
mas sem se entregar à vitimização. A autocompaixão é
ativa, criando um espaço para curar e aprender com a
experiência.
Exemplo prático: Trazer um exemplo comum, como uma
decepção pessoal (uma crítica no trabalho ou um conflito com
um amigo), e demonstrar as diferentes reações entre
autopiedade e autocompaixão.
Exercício reflexivo: Os participantes podem anotar um
momento recente em que se sentiram tristes ou frustrados e,
em seguida, refletirem se tiveram uma postura de autopiedade
ou autocompaixão. Discutir como poderiam transformar a
autopiedade em autocompaixão.
6. Fechamento (5 min)
Recursos e Materiais:
Definição de autocrítica:
Autocrítica é a tendência de julgar, punir e atacar a si mesmo
quando cometemos erros ou não atendemos às nossas
expectativas. Ele muitas vezes se manifesta em pensamentos
negativos sobre nós mesmos, o que pode gerar sentimentos de
vergonha e inadequação.
o Exemplos: Mostrar situações cotidianas onde o
autocrítica surge, como esquecer de realizar uma tarefa
ou sentir que não se saiu bem em uma conversa
importante.
Origem da autocrítica:
Explica que a autocrítica pode ter raízes em experiências de
infância, na cultura ou em expectativas sociais. Pode ser uma
forma de autodefesa, tentando nos “proteger” do fracasso, mas
com um custo emocional elevado.
O ciclo negativo do autocriticismo:
Ilustrar como o autocriticismo cria um ciclo de emoções
negativas, onde a crítica gera estresse, baixa autoestima e, em
muitos casos, comportamentos de fuga ou retraimento.
o Exemplo prático: Alguém que se critica severamente
por um erro no trabalho pode sentir que não é capaz, ou
que leva à procrastinação, alimentando mais críticas.
Instruções:
Os participantes serão convidados a escrever uma crítica
interna comum que tenha em relação a si mesmos. Pode ser
algo recorrente, como "Nunca sou bom o suficiente" ou "Sou
muito fraco para lidar com isso". Depois de escrever esta
crítica, eles devem pensar em como transformá-la em uma
mensagem compassiva e de apoio.
o Exemplo: "Nunca sou bom o suficiente" pode se
transformar em "Estou dando o meu melhor e é normal
cometer erros no caminho".
Troca em duplas ou grupo: Após escreverem suas críticas e
transformações, os participantes podem compartilhar com a
dupla ou grupo suas reflexões e como se sentiram ao mudar o
diálogo interno.
Discussão breve: Como foi o exercício para cada um? Foi
difícil encontrar uma voz compassiva? O que eles notaram
sobre a diferença entre autocrítica e autocompaixão?
Discussão guiada:
O facilitador pode fazer perguntas como:
o Como o autocrítico afeta a forma como vocês se veem?
o Em que áreas da vida o autocrítica mais impacta? Sem
trabalho? Em relacionamentos? Na saúde mental?
Conexão com a autoestima: Explicar que o autocriticismo
constante mina a autoestima, fazendo com que a pessoa tenha
uma visão distorcida de suas habilidades e valor.
o Exemplo: Alguém que constantemente se critica por não
atender todas as demandas no trabalho pode começar a
acreditar que não é competente, mesmo que tenha um
histórico de sucesso.
Produtividade e bloqueios: Mostrar que a autocrítica pode
causar procrastinação ou evitar desafios, pois o medo da crítica
interna inibe o desejo de arriscar ou inovar.
Objetivo: Ensinar técnicas simples para lidar com o autocriticismo no dia a dia.
Técnica 1 – A pausa compassiva:
Quando sentir que uma crítica interna está surgindo, pare por
um momento e pergunte: "Como eu falaria com um amigo
nesta situação?" Encoraje os participantes a praticar essa
técnica em situações de autocrítica.
Técnica 2 – A escrita compassiva:
Encoraje os participantes a escreverem uma carta para si
mesmos, respondendo às críticas internas com compreensão e
gentileza. A ideia é criar um espaço de autocompaixão, onde as
falhas sejam reconhecidas, mas tratadas com segurança.
Técnica 3 – Substituindo críticas:
Sugira que os participantes identifiquem uma crítica recorrente
e comecem a substituir esse pensamento por uma afirmação
mais compassiva. A repetição dessa prática pode recondicionar
o cérebro para adotar uma resposta mais gentil.
Objetivo: Incentivar a prática das técnicas ao longo da semana e preparar o grupo para
o próximo encontro.
8. Encerramento (5 min)
Recursos e Materiais:
Objetivo: Ajudar os participantes a identificar suas emoções e refletir sobre como elas
afetam suas reações.
8. Encerramento (5 min)
Recursos e Materiais:
Definição de autocuidado:
Autocuidado é uma prática de cuidar intencionalmente de sua
saúde física, mental, emocional e espiritual. É uma forma de
autocompaixão em ação, onde uma pessoa atende às suas
necessidades e se compromete a atendê-las de forma regular.
o Diferentes formas de autocuidado:
1. Físico: Cuidar do corpo com alimentação,
exercícios, sono e relaxamento.
2. Mental: Envolva-se em atividades que estimulem a
mente, como leitura ou aprendizado.
3. Emocional: Praticar a autocompaixão, considerar e
processar as emoções.
4. Social: Estabelecer e manter relações saudáveis,
pedir apoio quando necessário.
5. Espiritual: Conectar-se com valores profundos,
práticas de mindfulness ou espiritualidade.
Discussão breve: Pergunte aos participantes como eles
definem autocuidado e o que já praticam em suas vidas.
Existem áreas de autocuidado que costumam ser
negligenciadas?
Objetivo: Explorar o conceito de amor próprio e como ele é fundamental para uma vida
plena e compassiva.
Recursos e Materiais:
2. Diário de Autocompaixão:
o Escolha um momento do dia para escrever sobre uma
experiência difícil ou frustrante que você imaginou.
o Responda com as seguintes perguntas:
O que aconteceu?
Como você reagiu emocionalmente?
Como você pode aplicar autocompaixão nessa
situação?
o Escreva algumas palavras de gentileza e apoio para si
mesmo.
3. Prática de Mindfulness:
o Faça uma breve meditação de 5 a 10 minutos por dia,
focando em respirar e permitindo que suas emoções
fluam sem julgamento.
o Ao sentir emoções negativas, lembre-se de que elas
fazem parte da experiência humana compartilhada.
1. Monitoramento do Autocrítica:
o Durante uma semana, observe seus pensamentos
autocríticos. Cada vez que surgir um pensamento
autocrítico, escreva-o em um caderno ou diário.
o Depois de escrever o pensamento, reescreva-o como se
estivesse falando com um amigo que está passando pela
mesma situação.
o Exemplo: "Eu nunca faço nada certo" pode ser reescrito
como "Estou fazendo o meu melhor e é normal cometer
erros."
2. Exercício de Transformação:
o Pegue três críticas comuns que você faz a si mesmo e
pratique transformá-las em pensamentos mais
compassivos.
o Exemplo:
Autocrítica: "Eu sou um fracasso."
Resposta compassiva: "Eu estou passando por uma
fase difícil, mas isso não define quem eu sou."
3. Meditação do Observador:
o Ao perceber criticando a si mesmo, faça uma pausa e
pratique a "meditação do observador". Veja o
pensamento autocrítico como um observador imparcial e
pergunte a si mesmo: "Isso é verdade?" e "Como posso
ser mais gentil comigo agora?"
3. Prática de Empatia:
o Escolha uma pessoa com quem você teve um mal-
entendido recentemente.
o Pratique a empatia tentando entender o que essa pessoa
pode estar sentindo e quais são suas necessidades.
o Anote suas reflexões e considere como você poderia
melhorar a comunicação com essa pessoa.
1. Plano de Autocuidado:
o Crie seu plano de autocuidado, considerando as seguintes
áreas:
Físico: (Ex.: Caminhadas, dormir 8 horas por noite)
Mental: (Ex.: Ler um livro por semana, praticar
meditação)
Emocional: (Ex.: Reservar tempo para refletir sobre
seus sentimentos)
Social: (Ex.: Manter contato com amigos próximos)
Espiritual: (Ex.: Práticas de mindfulness, oração ou
reflexão)
o Escreva o que você vai fazer em cada área e com que
frequência. Comece com metas realistas.