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Prática Deliberada

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TREINO EM PSICOTERAPIA COMO USAR A PRÁTICA DELIBERADA PARA


MELHORAR RESULTADOS CLÍNICOS ALEXANDRE VAZ DANIEL SOUSA
MARGARIDA AFONSECA

Book · October 2023

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5 authors, including:

Alexandre Vaz Daniel Sousa


Sentio Counseling Center ISPA Instituto Universitário
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TREINO EM PSICOTERAPIA
TREINO EM
ALEXANDRE VAZ

TREINO EM
12 exercícios Doutorado em Psicologia Clínica,

PSICOTERAPIA
de prática deliberada COMO USAR A PRÁTICA DELIBERADA supervisor, investigador e docente
de Psicoterapia.
PARA MELHORAR RESULTADOS CLÍNICOS
Exercício 1: É cofundador e diretor de treino clínico da Sentio
Counseling Center e Sentio University (EUA). É coau-
Compreensão Empática
A psicoterapia é muito eficaz a contribuir para o bem-estar psicológico e emo- tor de dez livros e coeditor de duas séries de livros

PSICOTERAPIA
Exercício 2: cional das pessoas. Os estudos têm salientado que certas competências clínicas sobre treino e supervisão de psicoterapeutas: The
Essentials of Deliberate Practice (American Psycholo-
Validação dos psicoterapeutas são determinantes para se alcançar bons resultados tera-
gical Association Books) e Advanced Therapeutics,
pêuticos. Mas a questão que se coloca na atualidade é como formar e treinar
Exercício 3: Clinical and Interpersonal Skills (Elsevier). Ocupou
psicoterapeutas mais eficazes. vários cargos administrativos da Society for Psycho-
Identificar um Foco Inicial
therapy Research (SPR) e da Society for the Exploration
para a Terapia A prática deliberada é um método de treino inovador, que a investigação of Psychotherapy Integration (SEPI).
Exercício 4
tem demonstrado ser essencial para a promoção de expertise em diferentes
áreas profissionais. Seguindo uma tendência internacional, este manual apre-
COMO USAR A PRÁTICA DELIBERADA
Promover Experienciação
Emocional senta um tipo de treino experiencial e sistemático que permite consolidar PARA MELHORAR RESULTADOS CLÍNICOS
competências clínicas fundamentais. Daniel Sousa
C
Exercício 5: Psicólogo clínico e psicoterapeuta,
M
Explorar Fatores Precipitantes Psicólogos clínicos, psiquiatras, psicoterapeutas, estudantes e formandos de
é doutorado em Psicoterapia pela
Y psicoterapia têm neste manual um guia concreto para melhorar a sua eficá- ALEXANDRE VAZ Wales University. É professor uni-
Exercício 6: cia clínica, com 12 exercícios de prática deliberada.
CM
DANIEL SOUSA versitário no Ispa – Instituto Universitário (IU) e di-
Estabelecimento
MY

Colaborativo de Objetivos MARGARIDA AFONSECA retor da Clínica Ispa. Tem-se dedicado ao ensino,
CY
investigação e supervisão nas áreas da psicologia
CMY
Exercício 7: PRINCIPAIS CONTEÚDOS: clínica e da psicoterapia. Autor de livros e artigos,
nacionais e internacionais, no campo da psicotera-
Refletir os Valores
.
K

ALEXANDRE VAZ I DANIEL SOUSA I MARGARIDA AFONSECA


e Recursos do Cliente Eficácia e treino em psicoterapia pia. Membro fundador da Sociedade Portuguesa
. Desafios contemporâneos de Psicoterapia Existencial (SPPE), é também diretor
Exercício 8: . Características de psicoterapeutas eficazes da nova Especialização Avançada em Psicoterapia
Explicar o Racional . Modelo Contextual e fatores comuns da Formação Ispa.
da Intervenção . Princípios da prática deliberada
Exercício 9 . Expertise em psicoterapia
Abordar Clientes . Investigação de prática deliberada em psicoterapia
Margarida Afonseca
na Fase de Pré-Contemplação . Aplicação da prática deliberada no treino de psicoterapeutas
Mestre em Psicologia Clínica e licen-

Exercício 10: . Competências de intervenção clínicas fundamentais


ciada em Ciências Psicológicas pelo
Ispa–IU. É a primeira autora de um
Solicitar Feedback do Cliente . Integração de prática deliberada em supervisão clínica conjunto de autores do artigo “Psychotherapist’s
persuasiveness in anxiety: Scale development and
Exercício 11: relation to the working alliance”, publicado na revista
Responder a Ruturas na Aliança científica Journal of Psychotherapy Integration. Con-
tinua a investigar o tema da persuasão em psicotera-
Exercício 12:
ISBN 978‐989‐693‐160‐5 Prefácio de: pia e outros temas na investigação em psicoterapia.
www.pactor.pt

Metacomunicação
BRUCE E. WAMPOLD
9 789896 931605 Prof. Universidade de WISCONSIN-MADISON (EUA)
EDIÇÃO
PACTOR – Edições de Ciências Sociais, Forenses e da Educação
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® Marca registada da FCA PACTOR Editores, Lda.
ISBN edição impressa: 978-989-693-160-5
1.ª edição impressa: agosto de 2023

Paginação: Carlos Mendes


Impressão e acabamento: Tipografia Lousanense, Lda. – Lousã
Depósito Legal n.º 519764/23
Capa: José Manuel Reis
Imagem de capa: © Cosmokid

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Associação para a Gestão da Cópia Privada, através do pagamento das respetivas taxas.
ÍNDICE

Sobre os Autores........................................................................................................ IX

Introdução................................................................................................................... XI

Prefácio........................................................................................................................ XV

PARTE I – T
 EORIA E INVESTIGAÇÃO DO TREINO EM
PSICOTERAPIA.............................................................................. 1

1. Eficácia e Treino em Psicoterapia: Onde Estamos e Para Onde


Vamos.................................................................................................................. 3
1.1. A Eficácia Geral da Psicoterapia............................................................ 4
1.2. Os Desafios Contemporâneos................................................................ 6
1.3. O Modelo Contextual............................................................................... 9
1.3.1. Primeira Via de Mudança Clínica: A Relação Real entre
Terapeuta e Cliente....................................................................... 9
1.3.2. Segunda Via de Mudança Clínica: Criação de
Expectativas Positivas................................................................... 10
1.3.3. Terceira Via de Mudança Clínica: Promoção de Ações
Terapêuticas Dentro e Fora de Sessão...................................... 11
1.4. Os Fundamentos Empíricos do Modelo Contextual......................... 12
1.5. Os Efeitos do Terapeuta........................................................................... 13
1.6. O Treino e a Supervisão de Psicoterapeutas....................................... 15

2. Prática Deliberada: Princípios e Aplicações em Psicoterapia.......... 19


@ PACTOR

2.1. Expertise em Psicoterapia........................................................................ 22


2.2. Prática Deliberada em Psicoterapia....................................................... 24
V
TREINO EM PSICOTERAPIA

2.3. Investigação da Prática Deliberada em Psicoterapia......................... 27

3. O Que Devem os Psicoterapeutas Treinar?............................................ 31


3.1. Características de Terapeutas Eficazes................................................. 33
3.1.1. Aliança Terapêutica...................................................................... 33
3.1.2. Capacidades Interpessoais Facilitadoras do Terapeuta........ 34
3.1.3. Capacidades Intrapessoais (Internas) do Terapeuta.............. 36
3.1.4. Recolher Feedback e Monitorizar o Progresso Clínico......... 36
3.2. As Competências Clínicas que Serão Praticadas neste Manual..... 38

PARTE II – E
 XERCÍCIOS DE PRÁTICA DELIBERADA PARA
PSICOTERAPEUTAS.................................................................. 39
4. Instruções para os Exercícios de Prática Deliberada.......................... 41
4.1. O Que são Exercícios de Prática Deliberada?..................................... 41
4.2. Para Quem são os Exercícios de Prática Deliberada deste
Manual?....................................................................................................... 42
4.3. Sessões de Prática Deliberada................................................................ 42
4.3.1. Estrutura de uma Sessão de Prática Deliberada..................... 42
4.3.2. Como Praticar................................................................................ 43

Exercícios de Prática Deliberada............................................................... 47


Exercício 1: Compreensão Empática............................................................ 47
Exercício 2: Validação....................................................................................... 52
Exercício 3: Identificar um Foco Inicial para a Terapia............................ 57
Exercício 4: Promover Experienciação Emocional.................................... 63
Exercício 5: Explorar Fatores Precipitantes................................................. 68
Exercício 6: Estabelecimento Colaborativo de Objetivos........................ 72
Exercício 7: Refletir os Valores e Recursos do Cliente.............................. 77
Exercício 8: Explicar o Racional da Intervenção........................................ 81
Exercício 9: Abordar Clientes na Fase de Pré-Contemplação................ 87
Exercício 10: Solicitar Feedback do Cliente................................................. 92
Exercício 11: Responder a Ruturas na Aliança........................................... 97
VI
Índice Geral

Exercício 12: Metacomunicação.................................................................... 102

PARTE III – O
 UTRAS APLICAÇÕES DA PRÁTICA
DELIBERADA............................................................. 107
6. Prática Deliberada Individualizada: Adaptar a Supervisão ao
Terapeuta........................................................................................................... 109
6.1. Princípio 1: Observação do Desempenho........................................... 111
6.2. Princípio 2: Feedback Especializado...................................................... 115
6.3. Princípio 3: Pequenos Objetivos de Aprendizagem.......................... 117
6.4. Princípio 4: Ensaio Comportamental................................................... 118
6.5. Princípio 5: Avaliar o Desempenho...................................................... 121

Referências Bibliográficas........................................................................................ 125

Índice Remissivo........................................................................................................ 139


@ PACTOR

VII
SOBRE OS AUTORES

Alexandre Vaz é doutorado em Psicologia Clínica, cofundador e Diretor de


Treino do Sentio Counseling Center, nos Estados Unidos da América (EUA).
É docente, investigador e supervisor de Psicoterapia. É autor e coeditor de
nove livros sobre treino e supervisão em Psicoterapia e de duas séries de livros:
The Essentials of Deliberate Practice publicado pela American Psychological
Association Press e Advanced Therapeutics, Clinical and Interpersonal Skills
(publicado pela Elsevier). Ocupou vários cargos administrativos para a Society
for Psychotherapy Research (SPR) e Society for the Exploration of Psychothe-
rapy Integration (SEPI). É fundador e apresentador das Psychotherapy Expert
Talks, uma série de entrevistas a psicoterapeutas de renome internacional.
É membro convidado do Editorial Board do Journal of Clinical Psychology – In
Session.

Daniel Sousa é licenciado em Psicologia Clínica e doutorado em Psicoterapia


pelo Regent’s College – Wales University. É professor universitário no Ispa –
Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida e cofunda-
dor da Sociedade Portuguesa de Psicoterapia Existencial (SPPE). Tem exercido
docência, investigação e supervisão na área de Psicoterapia. Diretor do Ispa
Serviços, que integra a Clínica Ispa, a Academia de Psicoterapeutas e a Forma-
ção Ispa. Publicou o livro Investigação Científica em Psicoterapia e a Prática
Psicoterapêutica – Os Dados Mais Relevantes Para os Clínicos (Fim de Sé-
culo) e Existential Psychotherapy – The Genetic Phenomenological Approach
(Palgrave Macmillan). É membro convidado do Editorial Board, do Journal of
Existential Analysis, do European Journal for Qualitative Research in Psycho-
therapy e do Journal of Phenomenological Psychology.

Margarida Afonseca é mestre em Psicologia Clínica e licenciada em Ciên-


@ PACTOR

cias Psicológicas pelo Ispa – Instituto Universitário de Ciências Psicológicas,


Sociais e da Vida. É a primeira autora de um conjunto de autores do artigo
IX
TREINO EM PSICOTERAPIA

“Psychotherapist’s persuasiveness in anxiety: Scale development and relation


to the working alliance”, publicado na revista científica Journal of Psychothera-
py Integration. Continuou a investigar o tema da persuasão em psicoterapia,
sendo coautora do artigo “The Psychotherapist’s Persuasiveness: Relation to the
working alliance and facilitative interpersonal skills”, atualmente aguardando
aprovação para publicação. Prossegue o estudo de outros temas na investiga-
ção em psicoterapia, estando atualmente a colaborar na elaboração de uma
escala que avalia o uso da prática deliberada por parte de psicoterapeutas.
É cofundadora do website, “Cruamente”, que partilha investigação e informa-
ção factual sobre psicoterapia e temáticas na área da saúde mental.

X
INTRODUÇÃO

“Eu acho que percebo a teoria do meu modelo [de psicoterapia]. Continuo a ler
livros e artigos, tenho supervisão todas as semanas… E continuo a sentir que
não sei o que fazer em sessão. A maioria dos textos que leio falam demasiado
no abstrato, raramente praticamos concretamente o que dizer e como em ses-
são. Passados anos disto, é normal que fique a questionar-me se o problema
serei eu?”

Este email de uma ex-aluna explica a necessidade de escrevermos este livro.

Na nossa experiência como docentes e supervisores, a síndrome de impostor


é muito prevalente em alunos (e profissionais!) de psicologia clínica. Com tan-
tos recursos disponíveis, aulas, leituras, workshops, porque é que muitos ainda
sentem que estão num constante modo de improvisação caótica dentro de ses-
são? Os últimos 30 anos de investigação sobre expertise profissional sugerem
uma resposta. Essencialmente, fomos treinados na generalidade para falar, es-
crever e pensar sobre psicoterapia, mas não para a praticar confiantemente
com pacientes reais. Seria o equivalente a um aluno no conservatório de mú-
sica passar a maioria do tempo a estudar a história do piano e no final ser-lhe
pedido para tocar uma peça em frente a um público. Apesar das vantagens da
supervisão clínica e terapia pessoal do terapeuta, estes parecem ser úteis, mas
insuficientes para muitos. Como podemos resolver este impasse?

Internacionalmente, existe um entusiasmo renovado na investigação do treino


de psicólogos clínicos e psicoterapeutas. Um de nós (o autor Alexandre Vaz) é
coeditor e coautor da primeira série de livros da American Psychological Asso-
ciation (APA) focada, exclusivamente, no treino sistemático de competências
clínicas em diferentes modelos de psicoterapia. Esta série, The Essentials of
@ PACTOR

Deliberate Practice, está agora a ser investigada e implementada em diferentes


países, desde os Estados Unidos da América até ao Japão.
XI
TREINO EM PSICOTERAPIA

O propósito deste livro não é dissuadir professores, supervisores, clínicos ou


estudantes de procurarem um entendimento teórico aprofundado em psicote-
rapia. Pelo contrário, queremos chamar atenção para um facto cada vez mais
evidenciado pela investigação: o desenvolvimento de psicoterapeutas e psi-
cólogos clínicos eficazes depende de uma integração rigorosa de treino
teórico e prático. E, embora várias unidades curriculares e treinos clínicos
possam conter elementos de treino prático, cremos que a investigação em
prática deliberada é um contributo importante para o aperfeiçoamento destes
métodos de ensino.

Começamos por apresentar investigação relevante sobre a eficácia e o treino


em psicoterapia. Esta análise evidencia um conjunto de lacunas comuns dos
métodos de ensino mais tradicionais. Apresentamos então algumas caracterís-
ticas de psicoterapeutas eficazes, identificadas pela investigação. De seguida,
apresentamos os princípios da prática deliberada, uma metodologia de treino
baseada na evidência que prevê o desenvolvimento de expertise em diferentes
áreas profissionais. Mais recentemente, estes princípios têm vindo a ser apli-
cados ao treino de competências clínicas em psicoterapia. Como tal, apresen-
tamos no Capítulo 3 – “O Que Devem os Psicoterapeutas Treinar?”, algumas
competências identificadas pela investigação como preditoras de resultados
clínicos.

Na Parte II – “Exercícios de Prática Deliberada para Psicoterapeutas” deste


manual, disponibilizamos um conjunto de exercícios estruturados de prática
deliberada para alunos, psicólogos clínicos e psicoterapeutas. Estes exercícios
podem ser utilizados no contexto de unidades curriculares universitárias, pós-
-formações, workshops ou simplesmente, em pares, com um colega ou super-
visor. Os exercícios focam-se nas competências identificadas no Capítulo 3
– “O Que Devem os Psicoterapeutas Treinar?”, sendo, por isso, expectável que
o seu treino influencie positivamente a eficácia clínica do terapeuta.

Finalmente, no Capítulo 6 – “Prática Deliberada Individualizada: Adaptar a


Supervisão ao Terapeuta”, refletimos sobre como utilizar os princípios da prá-
tica deliberada para o treino individualizado de profissionais de saúde mental.
Estes princípios permitem a criação de um programa de treino clínico adapta-
do às necessidades específicas do profissional, com base nos seus desafios com
XII
Introdução

pacientes reais. Esta metodologia personalizada é especialmente adequada


para um contexto de supervisão individual.

Estamos entusiasmados por poder apresentar estas inovações de treino em


psicoterapia a um público português. Esperamos que estes recursos inspirem
mais investigação, um aperfeiçoamento gradual destes métodos e, especial-
mente, que contribuam para os resultados clínicos positivos de iniciantes e
profissionais de saúde mental.

Alexandre Vaz
Sentio Counseling Center e Sentio University

Daniel Sousa
Ispa – Instituto Universitário

Margarida Afonseca
Ispa – Instituto Universitário
@ PACTOR

XIII
PREFÁCIO

A psicoterapia é notavelmente eficaz. É tão eficaz quanto a medicação para a


maioria dos problemas psicológicos, sem os seus efeitos colaterais desagradá-
veis. Mas não é tudo – na psicoterapia, os pacientes aprendem estratégias para
lidar com os seus problemas e levar uma vida mais gratificante. É por isso que
os efeitos da psicoterapia são mais duradouros do que a medicação – quando
a medicação é retirada, os pacientes tendem mais frequentemente a sofrer de
recaídas, enquanto os benef ícios da psicoterapia são mais duradouros.

Apesar da eficácia documentada da psicoterapia, existem algumas ressalvas.


Primeiro, alguns psicoterapeutas são consistentemente mais eficazes do que
outros. Existem terapeutas que são capazes de ajudar a maioria dos seus pa-
cientes, enquanto outros têm limitações consistentes na sua eficácia clínica.
Em segundo lugar, há evidências de que, em geral, os terapeutas não melho-
ram com os anos de experiência. Isto é, a maioria dos terapeutas não é mais
eficaz depois de anos de experiência clínica. Em terceiro lugar, a maneira como
treinamos terapeutas não mudou drasticamente nos cerca de 140 anos de his-
tória da psicoterapia. Geralmente, os alunos e estagiários recebem palestras
sobre teoria e competências clínicas e, em seguida, atendem os seus primeiros
pacientes. Depois, estes estagiários recebem supervisão de um terapeuta que,
provavelmente, não fornecerá feedback específico o suficiente para melhorar a
terapia. Em suma, é necessário um modelo de treino diferente.

Especialistas em várias atividades profissionais, incluindo atletismo, música


e cirurgia, usam a prática deliberada para melhorar gradual e sistematica-
mente. A prática deliberada envolve a identificação de competências cruciais
que precisam de ser adquiridas e o ensaio comportamental repetitivo dessas
mesmas competências, com feedback contínuo de um treinador que orienta o
@ PACTOR

processo. Para criar terapeutas mais eficazes, a prática deliberada é necessária!


E é exatamente isso que os autores Alexandre Vaz, Daniel Sousa e Margarida
XV
TREINO EM PSICOTERAPIA

Afonseca fizeram neste manual Treino em Psicoterapia: Como Usar a Prática


Deliberada para Melhorar Resultados Clínicos.

Este manual cobre todos os aspetos essenciais da prática deliberada para psico-
terapeutas. Primeiro, os autores revêm os modelos de treino atuais, destacando
as limitações identificadas pela investigação. Em segundo lugar, apresentam a
prática deliberada, que é um método de treino bem documentado para a cria-
ção de expertise profissional. Aqui, eles discutem como a prática deliberada
pode ser aplicada ao treino de psicoterapeutas. Em seguida, os autores identi-
ficam algumas competências cruciais que precisam de ser praticadas para se
ser um terapeuta eficaz. Cada capítulo subsequente abrange uma competência
específica em profundidade. Os exercícios de prática deliberada neste livro
identificam componentes críticas da psicoterapia eficaz, incluindo empatia,
validação, estabelecimento de objetivos terapêuticos, promoção de experien-
ciação emocional, criação de racionais clínicos convincentes, reparação de
ruturas relacionais, entre outros. A obra apresenta uma estrutura clara com
instruções para praticar estas competências, de modo que vários programas
de treino clínico possam implementar estes exercícios.

O material apresentado neste livro foi testado e aperfeiçoado repetidamen-


te. O Professor Alexandre Vaz tem vindo a desenvolver internacionalmente
o treino experiencial de terapeutas ao longo de anos, estando na vanguarda
deste método de treino. Do mesmo modo, o Professor Daniel Sousa é pioneiro
na integração destes métodos em cursos de psicoterapia portugueses há vários
anos. Participei em treinos e apresentações de ambos e estou impressionado
com a aplicação da prática deliberada para treinar terapeutas mais eficazes.
Para ser claro: os autores estão na vanguarda de uma revolução muito neces-
sária no treino de psicoterapeutas. Espero sinceramente que alunos, profissio-
nais e professores façam uso dos ótimos recursos apresentados neste manual.

Bruce E. Wampold,
Professor Emérito de Psicologia Clínica, Universidade de Wisconsin-Madison, EUA

XVI
PARTE I

TEORIA E
INVESTIGAÇÃO
DO TREINO EM
PSICOTERAPIA
1EFICÁCIA E TREINO
EM PSICOTERAPIA:
ONDE ESTAMOS E PARA
ONDE VAMOS

Como melhorar os resultados de psicólogos clínicos e psicoterapeutas? Isto é,


como tornar mais provável ajudar o maior número de pessoas a atingir os seus
objetivos emocionais, relacionais e comportamentais? A resposta é complexa,
claro. Ainda é necessário entender melhor o que contribui para a eficácia dos
psicoterapeutas e os processos dentro de sessão que levam aos resultados de-
sejados (Barkham & Lambert, 2021; Greenberg, 1999). Cremos que uma das
vias mais relevantes para melhorar resultados clínicos é através de uma reno-
vação dos nossos métodos de treino. A tese principal deste manual é que, de
acordo com a investigação das últimas décadas, é possível melhorar a eficácia
clínica dos terapeutas ao integrar um tipo de treino experiencial e sistemático
(Vaz & Rousmaniere, 2021; Wampold et al., 2019). Neste capítulo, resumimos
ideias-chave da investigação em psicoterapia, do papel do psicoterapeuta e do
treino e supervisão de terapeutas. Esta contextualização permitirá entender a
relevância da prática deliberada em psicoterapia (Capítulo 2 –“Prática Deli-
berada: Princípios e Aplicações em Psicoterapia”) e as competências clínicas
que devem ser mais treinadas (Capítulo 3 – “O Que Devem os Psicoterapeutas
Treinar?”).

A psicoterapia é hoje uma área de investigação muito estudada, com mais de


60 000 artigos científicos publicados nos últimos 30 anos (Lambert, 2013a).
Um dos primeiros passos na sua história foi o desenvolvimento de numero-
@ PACTOR

sas abordagens teóricas, como a psicanalítica, a cognitivo-comportamental e


a humanista-existencial (Norcross, VandenBos et al., 2011). Cada uma destas
3
TREINO EM PSICOTERAPIA

abordagens investiga e defende um conjunto de teorias da perturbação e da in-


tervenção psicológica (Prochaska & Norcross, 2018). Esperava-se que as dife-
rentes psicoterapias, por sua vez, demonstrassem diferenças significativas não
só no tipo de intervenções feitas, como também que estas intervenções fossem
o ingrediente determinante para a eficácia da psicoterapia. Assim, o século XX
foi marcado por um clima de competição entre as abordagens terapêuticas,
levando a uma era da investigação, em parte, centrada na comparação direta
entre abordagens (Seligman, 1995; Smith & Glass, 1977; Wampold et al., 1997).

Apesar deste contexto histórico, autores como Rosenzweig (1936) e Jerome


Frank (Frank & Frank, 1993) apelaram desde cedo à existência de “fatores co-
muns” em psicoterapia – isto é, que a maior parte dos resultados clínicos po-
deriam ser explicados devido a um conjunto de ingredientes transversais a
qualquer abordagem terapêutica, como por exemplo a criação e manutenção
de uma aliança terapêutica sólida (Horvath et al., 2011; Messer & Wampold,
2002).

Este debate psicoterapêutico e as décadas de investigação “acumuladas” le-


varam a um conjunto de conclusões, sugestões e desafios relevantes. Iremos
dividir estes resultados nos seguintes temas: (1.1) a eficácia geral da psicotera-
pia; (1.2) os desafios contemporâneos; (1.3) o Modelo Contextual; (1.4) funda-
mentos empíricos do Modelo Contextual; (1.5) os efeitos do terapeuta; e (1.6)
o treino e a supervisão de psicoterapeutas.

1.1. A EFICÁCIA GERAL DA PSICOTERAPIA

A década de 50 foi marcada por um debate intenso e controverso entre


Eysenck e Strupp, em que o primeiro autor defendeu não existirem provas
conclusivas a favor da eficácia das intervenções psicológicas (Wampold, 2013).
Este episódio ajudou a despoletar uma nova era de investigação psicoterapêu-
tica, aumentando exponencialmente a quantidade e qualidade de estudos dis-
poníveis. Mais de meio século depois, o que podemos concluir sobre a eficácia
das intervenções psicológicas na atualidade? Que:

• A psicoterapia é eficaz (Lambert, 2013b; Miller et al., 2013; Wam-


pold, 2013). As intervenções psicológicas têm resultados consis-
tentemente superiores no aliviar do sofrimento psicológico, quando
4
PARTE II

EXERCÍCIOS
DE PRÁTICA
DELIBERADA PARA
PSICOTERAPEUTAS
4 INSTRUÇÕES PARA
OS EXERCÍCIOS
DE PRÁTICA
DELIBERADA
Este capítulo fornece instruções que serão comuns a todos os exercícios deste
livro. Os participantes devem seguir cada passo cuidadosamente e revisitar
este capítulo regularmente, sempre que necessário.

4.1. O QUE SÃO EXERCÍCIOS DE PRÁTICA DELIBERADA?

Cada exercício de prática deliberada deste manual incentiva a repetição e o


aperfeiçoamento gradual numa competência clínica isolada. Estes exercícios
não são role-plays livres, mais tradicionalmente presentes em treinos clínicos,
onde existe um diálogo contínuo entre o cliente e terapeuta. Pelo contrário,
os exercícios de prática deliberada neste livro envolvem role-plays baseados
em cenários clínicos comuns. Estes cenários são apresentados repetidamente,
de modo a que a pessoa em treino possa aperfeiçoar a sua intervenção gradual-
mente e receber feedback individualizado.

Outro elemento distintivo em prática deliberada é o ajuste da dificuldade do


exercício à zona de desenvolvimento proximal de cada formando. O princípio
básico de treino eficaz é o seguinte: se um exercício é muito fácil para o aluno,
ele deve ser dificultado; se for muito dif ícil, deve ser facilitado; e se o exercício
@ PACTOR

for um bom desafio, os formandos devem continuar a repetir a mesma simula-


ção até que se torne demasiado fácil (ver Passo 4 no Quadro 4.1).
41
TREINO EM PSICOTERAPIA

4.2. P
 ARA QUEM SÃO OS EXERCÍCIOS DE PRÁTICA
DELIBERADA DESTE MANUAL?

Estes exercícios são adequados a vários níveis de educação em psicologia clíni-


ca e psicoterapia. Poderão ser utilizados no contexto universitário de mestrado
nestas duas áreas, no contexto de pós-formações avançadas ou workshops, ou
por psicoterapeutas com vários anos de experiência clínica. As secções abai-
xo apresentam uma estrutura para garantir uma sessão de prática deliberada
eficaz.

4.3. SESSÕES DE PRÁTICA DELIBERADA


4.3.1. ESTRUTURA DE UMA SESSÃO DE PRÁTICA DELIBERADA

O treino em prática deliberada envolve entre duas a três pessoas: uma no papel
do terapeuta, outra no papel do cliente e, sempre que possível, um formador
(professor ou supervisor) a fornecer feedback.

Recomendamos um bloco de 60 minutos para uma sessão de prática delibera-


da, estruturado da seguinte forma:

• 0 - 20 minutos – os participantes leem e discutem em conjunto a des-


crição da competência clínica que será praticada e os três exemplos
fornecidos em cada exercício;

• 20 - 50 minutos – os formandos realizam o exercício em pares, seguin-


do as instruções do Quadro 4.1. Um faz o papel do terapeuta, o outro
de cliente. Após 15 minutos a praticar, os formandos trocam de papéis.
Se disponível, um formador fornece um feedback curto após cada inter-
venção do terapeuta;

• 50 - 60 minutos – é feita a discussão final.

O formador poderá acompanhar os vários pares de alunos ao mesmo tempo,


andando pela sala e oferecendo a cada par um feedback breve.

42
5 EXERCÍCIOS DE PRÁTICA
DELIBERADA

Exercício 1 Compreensão Empática

Descrição da Competência

O objetivo da compreensão empática é demonstrar ao cliente que a sua ex-


periência interna (principais pensamentos e emoções) é compreendida de
forma clara. Não existe uma definição única de empatia e intervenções em-
páticas em psicoterapia (Bohart & Greenberg, 1997). No entanto, uma carac-
terística distintiva das compreensões empáticas inclui o terapeuta fazer uma
afirmação – não uma questão – que transmita, com sensibilidade e precisão,
um entendimento da experiência subjetiva do cliente (Goldman, Vaz, & Rous-
maniere, 2021). Neste exercício, o aluno/terapeuta deverá tentar apreender e
refletir as principais emoções e/ou significados expressos pelo cliente, explí-
cita ou implicitamente. Estas reflexões focam-se frequentemente no impacto
interno dos eventos externos relatados pelo cliente. As reflexões do terapeuta
devem ser feitas num tom exploratório e tentativo.

O uso de compreensões empáticas encoraja o cliente a elaborar sobre a sua


experiência, a desconstruir significados importantes e a refletir sobre o im-
pacto dos mesmos (Egan, 2013). Esta competência permite também ao tera-
peuta evitar impor unilateralmente uma direção ao processo clínico. É uma
competência-chave que pode ser utilizada frequentemente em sessão, cujo
uso eficaz está fortemente correlacionado com resultados clínicos positivos
@ PACTOR

(Elliott et al., 2018).

47
TREINO EM PSICOTERAPIA

O terapeuta improvisa uma resposta para cada afirmação do cliente, seguindo estes
critérios da competência:
• Critério 1. Reflita, por outras palavras, as principais emoções e/ou significados
expressos pelo cliente.
• Critério 2. Use um tom de voz que seja exploratório e tentativo.
• Critério 3. Não faça perguntas ou forneça sugestões/soluções ao cliente.
(Para mais instruções, consultar o Capítulo 4 – “Instruções para os Exercícios de Prá-
tica Deliberada” deste manual.)

Exemplos da Competência

Exemplo 1

Cliente (triste): “Custou-me imenso quando o meu gato morreu. É como se


tivesse perdido um pedacinho de mim. Acho que ainda preciso de lidar com
esses sentimentos...”
Psicoterapeuta: “Foi uma perda muito dolorosa… O seu gato significava imen-
so para si... E sente que ainda precisa de processar essa perda…” (Critérios 1, 2
e 3)

Exemplo 2

Cliente (esperançoso): “Estes últimos dias têm sido diferentes... Acho que
estou finalmente pronto começar a fazer algumas mudanças na minha vida.”
Psicoterapeuta: “É como se estivesse finalmente a sentir alguma claridade...
E isso dá-lhe uma nova força para começar a fazer mudanças...” (Critérios 1, 2
e 3)

Exemplo 3

Cliente (deprimido): “Ultimamente, tenho sentido tanta falta de energia...


Não me consigo concentrar, nem quero fazer nada. E, ainda por cima, acho
que ninguém me entende...”
Psicoterapeuta: “Tem-se sentido sem força, sem motivação… E, pior ainda,
sente-se sozinho...” (Critérios 1, 2 e 3)

48
PARTE III

OUTRAS
APLICAÇÕES
DA PRÁTICA
DELIBERADA
6
PRÁTICA DELIBERADA
INDIVIDUALIZADA:
ADAPTAR A SUPERVISÃO AO
TERAPEUTA

Até agora focámo-nos no treino de competências clínicas através do uso de


exercícios estruturados ou prática deliberada “genérica”. Neste capítulo, apre-
sentamos como adaptar a prática deliberada às necessidades individuais do
formando ou prática deliberada “individualizada”. Como referido no Capítulo
2 – “Prática Deliberada: Princípios e Aplicações em Psicoterapia”, a prática de-
liberada “individualizada” requer mais tempo e tende a ser utilizada no contex-
to de supervisão individual.

A prática deliberada “individualizada” partilha um conjunto de característi-


cas com a prática deliberada “genérica”, utilizada na Parte II – “Exercícios de
Prática Deliberada para Psicoterapeutas”, deste manual. Fundamentalmente,
qualquer método de prática deliberada envolve: (1) um esforço contínuo do
indivíduo para melhorar o seu desempenho numa competência isolada; (2)
oportunidades para praticar e aperfeiçoar essa competência de forma sucessi-
va; e (3) avaliar o progresso nessa competência, ao longo do tempo (Ericsson
& Pool, 2016).

Um supervisor de psicoterapia poderá utilizar os princípios da prática deli-


berada para adaptar o treino experiencial de competências aos seus super-
visandos. Esta adaptação inclui criar exercícios individualizados, encorajar o
ensaio comportamental de competências, fornecer feedback e monitorizar o
@ PACTOR

progresso ao longo do tempo (Ericsson & Pool, 2016; Vaz & Rousmaniere,
2021). Neste capítulo, apresentamos os princípios para individualizar a prática
109
TREINO EM PSICOTERAPIA
TREINO EM
ALEXANDRE VAZ

TREINO EM
12 exercícios Doutorado em Psicologia Clínica,

PSICOTERAPIA
de prática deliberada COMO USAR A PRÁTICA DELIBERADA supervisor, investigador e docente
de Psicoterapia.
PARA MELHORAR RESULTADOS CLÍNICOS
Exercício 1: É cofundador e diretor de treino clínico da Sentio
Counseling Center e Sentio University (EUA). É coau-
Compreensão Empática
A psicoterapia é muito eficaz a contribuir para o bem-estar psicológico e emo- tor de dez livros e coeditor de duas séries de livros

PSICOTERAPIA
Exercício 2: cional das pessoas. Os estudos têm salientado que certas competências clínicas sobre treino e supervisão de psicoterapeutas: The
Essentials of Deliberate Practice (American Psycholo-
Validação dos psicoterapeutas são determinantes para se alcançar bons resultados tera-
gical Association Books) e Advanced Therapeutics,
pêuticos. Mas a questão que se coloca na atualidade é como formar e treinar
Exercício 3: Clinical and Interpersonal Skills (Elsevier). Ocupou
psicoterapeutas mais eficazes. vários cargos administrativos da Society for Psycho-
Identificar um Foco Inicial
therapy Research (SPR) e da Society for the Exploration
para a Terapia A prática deliberada é um método de treino inovador, que a investigação of Psychotherapy Integration (SEPI).
Exercício 4
tem demonstrado ser essencial para a promoção de expertise em diferentes
áreas profissionais. Seguindo uma tendência internacional, este manual apre-
COMO USAR A PRÁTICA DELIBERADA
Promover Experienciação
Emocional senta um tipo de treino experiencial e sistemático que permite consolidar PARA MELHORAR RESULTADOS CLÍNICOS
competências clínicas fundamentais. Daniel Sousa
C
Exercício 5: Psicólogo clínico e psicoterapeuta,
M
Explorar Fatores Precipitantes Psicólogos clínicos, psiquiatras, psicoterapeutas, estudantes e formandos de
é doutorado em Psicoterapia pela
Y psicoterapia têm neste manual um guia concreto para melhorar a sua eficá- ALEXANDRE VAZ Wales University. É professor uni-
Exercício 6: cia clínica, com 12 exercícios de prática deliberada.
CM
DANIEL SOUSA versitário no Ispa – Instituto Universitário (IU) e di-
Estabelecimento
MY

Colaborativo de Objetivos MARGARIDA AFONSECA retor da Clínica Ispa. Tem-se dedicado ao ensino,
CY
investigação e supervisão nas áreas da psicologia
CMY
Exercício 7: PRINCIPAIS CONTEÚDOS: clínica e da psicoterapia. Autor de livros e artigos,
nacionais e internacionais, no campo da psicotera-
Refletir os Valores
.
K

ALEXANDRE VAZ I DANIEL SOUSA I MARGARIDA AFONSECA


e Recursos do Cliente Eficácia e treino em psicoterapia pia. Membro fundador da Sociedade Portuguesa
. Desafios contemporâneos de Psicoterapia Existencial (SPPE), é também diretor
Exercício 8: . Características de psicoterapeutas eficazes da nova Especialização Avançada em Psicoterapia
Explicar o Racional . Modelo Contextual e fatores comuns da Formação Ispa.
da Intervenção . Princípios da prática deliberada
Exercício 9 . Expertise em psicoterapia
Abordar Clientes . Investigação de prática deliberada em psicoterapia
Margarida Afonseca
na Fase de Pré-Contemplação . Aplicação da prática deliberada no treino de psicoterapeutas
Mestre em Psicologia Clínica e licen-

Exercício 10: . Competências de intervenção clínicas fundamentais


ciada em Ciências Psicológicas pelo
Ispa–IU. É a primeira autora de um
Solicitar Feedback do Cliente . Integração de prática deliberada em supervisão clínica conjunto de autores do artigo “Psychotherapist’s
persuasiveness in anxiety: Scale development and
Exercício 11: relation to the working alliance”, publicado na revista
Responder a Ruturas na Aliança científica Journal of Psychotherapy Integration. Con-
tinua a investigar o tema da persuasão em psicotera-
Exercício 12:
ISBN 978‐989‐693‐160‐5 Prefácio de: pia e outros temas na investigação em psicoterapia.
www.pactor.pt

Metacomunicação
BRUCE E. WAMPOLD
9 789896 931605 Prof. Universidade de WISCONSIN-MADISON (EUA)

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