Parâmetros Intrínsecos e Extrínsecos No Processamento Do Pescado
Parâmetros Intrínsecos e Extrínsecos No Processamento Do Pescado
Parâmetros Intrínsecos e Extrínsecos No Processamento Do Pescado
NO PROCESSAMENTO DO PESCADO.
1. INTRODUÇÃO
Conforme o Artigo 205 do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitárias de Produtos de
Origem Animal (RIISPOA), “entende-se por por pescado os peixes, os crustáceos, os moluscos, os
anfíbios, os répteis, os equinodermos e outros animais aquáticos usados na alimentação humana”
(BRASIL, 2017). E que neste trabalho será destacado a carne de peixes.
Desde os primórdios, a humanidade utiliza o pescado como sua principal fonte de alimento,
com alto teor nutritivo (cálcio, fósforo, ferro, iodo, cobalto e as vitaminas A, B1, B2 e D, rico em
micronutrientes, ácidos graxos essenciais do tipo ômega 3 e ômega), baixo teor de gordura e fácil
digestão. Em contrapartida, o peixe é um dos alimentos mais propensos ao processo de deterioração,
se comparado a outros alimentos de origem animal.
No Brasil, de 1948, a pesca passou a ser considerada atividade econômica com a criação da
Seção de Pesquisa e Desenvolvimento Nacional de Produção Animal. Nos dias atuais, a
comercialização do pescado tem crescido consideravelmente, tanto pela demanda do consumo quanto
pelo avanço tecnológico, tornou-se necessário avaliar a qualidade e processamento deste produto.
Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo geral, analisar que fatores influenciam
na alteração dos componentes físico-químicos do pescado no processo de armazenamento até chegar
na mesa do consumidor. Partindo disso, os objetivos específicos foram relacionados a definir quais
os fatores extrínsecos e intrínsecos do pescado; apresentar o valor nutricional desse alimento;
identificar quais os riscos microbiológicos devem ser considerados no processo de armazenado; e
exemplificar alguns métodos de armazenamento;
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Entre os fatores intrínsecos do pescado, o pH é o que tem gerado polêmica tanto no meio
acadêmico, como empresarial e fiscalizador, devido às divergências de valores em documentos
Art. 211. Pescado fresco é aquele que atende aos seguintes parâmetros físico-químicos
complementares, sem prejuízo da avaliação das características sensoriais:
I - pH da carne inferior a 7,00 (sete inteiros) nos peixes;
II - pH da carne inferior a 7,85 (sete inteiros e oitenta e cinco décimos) nos crustáceos;
III - pH da carne inferior a 6,85 (seis inteiros e oitenta e cinco décimos) nos moluscos; e
IV - bases voláteis total inferiores a 30 mg (trinta miligramas) de nitrogênio/100g (cem
gramas) de tecido muscular.
BRASIL, 2017
Em meio aquoso, o potencial hidrogeniônico (pH) indica a acidez ou alcalinidade ou
neutralidade do músculo do pescado, que podem variar de acordo com o tipo de espécie. E quanto
mais elevado o pH maior a atividade bacteriana (GONÇALVES, 2017).
A composição nutricional do pescado é diferenciada dos outros alimentos, como pode ser
observado no infográfico (Imagem 01) a seguir:
Para Dams; Beirão; Teixeira (1996), o pescado em sua essência apresenta diversas
particularidades, seu modo de captura, sua biologia e formas de processamento, acabam tornando-o
singular perante os alimentos de origem animal. Os riscos microbiológicos, têm que ser avaliados
para a qualidade do produto, que está sujeito a invasões de microorganismos por diversos meios,
como nas etapas de processamento, condições de embalagem, estocagem etc.
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De acordo com Contreras-Guzmán (1994); Moura Et Al, (2009); Rezende De Souza et al,
(2020) há alguns fatores que devem ser considerados na análise dos teores das BNVT (Bases
Nitrogenadas Voláteis Totais) de uma amostra, tendo em vista que podem alterar diretamente a
produção desses compostos. Características que dizem respeito a espécie, incluindo sua anatomia, a
época de captura, temperaturas e formas de processamento, armazenamento e comercialização,
higiene, manipulação e processamento além das divergências entre métodos de análise são exemplos
desses fatores!
A salga de peixe é um dos processos mais antigos de conservação do pescado, que consiste
na remoção da água e incorporação de sal no músculo do pescado, a maioria das bactérias, fungos e
outros microrganismos potencialmente patogênicos não podem sobreviver em um ambiente altamente
salgado, e qualquer célula viva em um ambiente com altas concentrações de sal se desidratar ou se
tornará inativa (Gonçalves, 2019).
Métodos de pré-salga, como injeção de salmoura e/ou salmouragem, vem cada vez mais sendo
usados antes da salga seca, que envolve empilhamento dos peixes com camadas alternadas de sal por
10-14 dias sob condições refrigeradas (<7°C) para evitar o crescimento de bactérias halofílicas,
normalmente, após a salga, o peixe é embalado e exportado sem secagem (Gonçalves, 2019).
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3. METODOLOGIA
Sendo assim, este trabalho, tem por objetivo analisar os fatores intrínsecos e extrínsecos que
influenciam o processamento do pescado, através da pesquisa bibliográfica, em artigos científicos,
jornais ou material técnico, consultando publicações do site da Embrapa, Google Acadêmico, E-food
e de instituições de ensino superior, por exemplo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS),
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
De acordo com a pesquisa, conclui-se que o pescado é essencial para a saúde, apresentando
diversos benefícios como a presença de nutrientes importantes para o corpo, diversas vitaminas
essenciais e minerais. Ao mesmo tempo, é alimento suscetível a invasão de diversos microrganismos
que podem causar vários tipos de doenças, tais como: anisaquíase, a eustrongilidíase, a capilaríase,
etc..
Para chegar a essa conclusão, a pesquisa precisou definir os fatores intrínsecos e extrínsecos
que influenciam os meios de conservação, desde a sua captura até o consumo.
Por esse motivo, é necessário o pescado passe etapas importantes de conservação e
armazenado. Os métodos de conservação têm, de modo geral, a função de evitar ou retardar as reações
químico-enzimáticas e o desenvolvimento bacteriano, como também a inativação das ações
enzimáticas.
Portanto, para evitar a contaminação, boas práticas de manejo devem ser empregadas para que
os fatores intrínsecos e extrínsecos possam ser gerenciados da captura ao processo de logística até
chegar ao consumidor final.
REFERÊNCIAS
AMARAL, J. J. F. Como fazer uma pesquisa bibliográfica. Fortaleza, CE: Universidade Federal
do Ceará, 2007. Disponível em: Acesso em: 17 de maio de 2023.
BEZERRA, Valéria Saldanha. Tópicos em análise de alimentos. Macapá: Embrapa Amapá, 2003.
19 p.
DAMS, Rosemeri Inês; BEIRÃO, Luís Henrique; TEIXEIRA, Evanilda. Avaliação da qualidade
microbiológica da pescadinha (cysnoscion striatus) inteira e em filés nos principais pontos
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críticos de controle de uma indústria de pescado congelado. 1996. 162 f., Universidade Federal
de Santa Catarina, Curitiba, 1996.
LIMA, Rhana Gabriela Custódio de; SOUZA, Renata Monteiro Nascimento de; FILIZOLA, Lúcia
Roberta de Souza. Detecção e quantificação de microorganismos indicadores de contaminação
fecal em Sushis de salmão, comercializados em restaurantes da região cidade do Recife –PE.
2013. 13 f. TCC (Graduação) - Curso de Farmácia, Faculdade Pernambucana de Saúde, Recife,
2013.
VARGAS, Daniela Strauss Thuler; QUINTAES, Késia Diego. Potencial perigo microbiológico
resultante do uso de caixas plásticas tipo monobloco, no armazenamento e transporte de pescados
em São Paulo. Ciência e Tecnologia de Alimentos, [S.L.], v. 23, n. 3, p. 517-522, dez. 2003.
FapUNIFESP (SciELO). Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0101-20612003000300036.
Acesso 22 de maio de 2023.