Revisão Enem 01
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3. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO /
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Elementos da comunicação
Ao elaborarmos uma redação, precisamos ter em mente que
estamos escrevendo para alguém. Seja um texto literário ou
escolar, a redação sempre apresenta alguém que o escreve,
o emissor, e alguém que o lê, o receptor. O que o emissor
escreve é a mensagem. O elemento que conduz o discurso
para o receptor é o canal (no nosso caso, o canal é o papel).
Os fatos, os objetos ou imagens, os juízos ou raciocínios que
o emissor expõe ou sobre os quais discorre constituem o
referente. A língua que o emissor utiliza (no nosso caso,
obrigatoriamente, a língua portuguesa) constitui o código.
Assim, por meio de um canal, o emissor transmite ao
receptor, em um código comum, uma mensagem, que se
reporta a um contexto ou referente.
14 Elementos da comunicação:
Eles são imprescindíveis para que uma comunicação se efetive
Emissor – quem emite a mensagem.
Receptor – quem recebe a mensagem.
Mensagem – o conjunto de informações transmitidas.
Código – a combinação de signos usados para transmitir
uma mensagem. A comunicação só acontece se o
receptor souber decodificar a mensagem, a qual pode ser
verbal, não-verbal ou mista.
Canal de Comunicação – é o meio pelo qual a mensagem
é transmitida (livro, TV, cordas vocais...)
Contexto – a situação a que a mensagem se refere,
também chamado de referente.
Funções da linguagem
A ênfase num elemento do circuito de comunicação
determina a função de linguagem que lhe corresponde:
ELEMENTO FUNÇÃO
contexto referencial
emissor emotiva
receptor conativa
canal fática
mensagem poética
código metalinguística
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e) Função Fática
Tem por objetivo iniciar, prolongar ou encerrar um
contato. Se a ênfase está no canal, para checar sua
recepção ou para manter a conexão entre os falantes,
temos a função fática.
Exemplos:
• Bom-dia!
• Oi, tudo bem?
• Será que vai chover hoje?
• Ah, é!
• Huin... hum...
• Alô, quem fala?
• Hã, o quê?
f)Função Metalinguística
Concentra-se no texto (código) e utiliza-o para falar dele mesmo.
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A função metalinguística é a mensagem que fala de sua própria
produção discursiva. Um livro convertido em filme
apresenta um processo de metalinguagem, uma pintura
que mostra o próprio artista executando a tela, um
poema que fala do ato de escrever, um conto ou romance
que discorre sobre a própria linguagem etc. são
igualmente metalinguísticos. O dicionário é
metalinguístico por excelência.
Exemplos:
— Foi assim que sempre se fez. A literatura é a literatura, Seu
Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas
arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever
como falo, ninguém me lia.
(Graciliano Ramos)
Função Função Função Apelativa ou
expressiva Referencial Conativa
Primeira pessoa Terceira pessoa Segunda pessoa do
do singular (eu) do singular singular
Emoções (ele/ela) Imperativo
Interjeições Informações Figuras de linguagem
Exclamações Descrições de
fatos Discursos políticos
Blog Neutralidade Sermões
Autobiografia Promoção em pontos
Cartas de amor Jornais de venda
Livros técnicos
Função Função Poética Função
20 Fática Subjetividade Metalinguística
Interjeições Figuras de Referência ao próprio
Lugar- linguagem código
comum Brincadeiras com
o código Poesia sobre poesia
Saudações Propaganda sobre
Comentários sobre o Poesia propaganda
clima Letras de música Dicionário
Propaganda
4. INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS,
PRESSUPOSTAS E SUBENTENDIDAS
Um texto é formado por informações explícitas e
implícitas. As informações explícitas são aquelas
expressadas claramente pelo autor no próprio texto; já as
informações implícitas não estão claras, mas podem ser
subentendidas. Muitas vezes, para efetuarmos uma leitura
eficiente, é preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler nas
entrelinhas.
Exemplo:
- Joana parou de comer chocolates.
Explicitamente, sabe-se que Joana não come mais
chocolates; implicitamente, fica evidente que ela comia
chocolates antes, já que agora não come mais.
Pressupostos: Há pressuposto quando um enunciado
depende de uma informação para fazer sentido.
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Exemplo:
- Quando Joana voltará de viagem?
Isso só faz sentido se considerarmos que Joana saiu em
viagem, essa é a informação pressuposta. Caso ela não
tenha viajado, o enunciado não tem sentido.
Subentendidos: Ao contrário das informações
pressupostas, as informações subentendidas não ficam
evidentes no enunciado, são apenas sugeridas. Sempre
nos deparamos com textos assim, uma vez que a
linguagem publicitária, a poesia e as anedotas usam dos
subentendidos.
Exemplo:
- Quando sair de casa, não se esqueça de levar um
casaco. Subentende-se que esteja frio lá fora.
5. INTERTEXTUALIDADE – RELAÇÕES ENTRE TEXTOS
A intertextualidade se dá quando um texto retoma todo
um texto, parte dele ou o seu sentido. Esta pode acontecer
por meio da citação, da paródia ou da paráfrase.
Exemplo:
Nesse exemplo, fica evidente que Chico Buarque e Adélia
Prado se utilizam do poema de Drummond para construir
seus textos.