Riqueza Internacional - Compressed

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Introdução

A desvalorização do real frente ao dólar é um fenômeno complexo que afeta


diversos aspectos da economia brasileira e impacta diretamente o dia a dia da
população. Este ebook busca explorar os principais fatores que contribuem para
essa desvalorização, desde a força inerente do dólar até as políticas econômicas
adotadas pelo governo brasileiro e as diretrizes do Banco Central.

Por Que o Dólar Sempre Valoriza?


O dólar americano é amplamente reconhecido como a principal moeda de reserva
mundial. Esse status foi estabelecido em grande parte devido ao Acordo de Bretton
Woods em 1944, que ocorreu no final da Segunda Guerra Mundial. Nessa
conferência, 44 países aliados se reuniram com o objetivo de criar um sistema
econômico global estável, evitando as flutuações cambiais desordenadas que
caracterizaram os anos anteriores.

Uma das principais decisões desse acordo foi estabelecer o dólar como a moeda de
reserva mundial, fixando seu valor ao ouro a uma taxa de $35 por onça. Isso
significava que outras moedas seriam atreladas ao dólar, que por sua vez, tinha um
valor fixo em relação ao ouro. Essa decisão foi sustentada pelo poder econômico e
político dos Estados Unidos, que emergiram da guerra como a maior economia
industrializada do mundo, com uma infraestrutura intacta e uma capacidade de
inovação e produtividade sem igual.
A confiança global na economia dos EUA também se deve à estabilidade de suas
instituições financeiras e às políticas monetárias prudentes conduzidas pelo
Federal Reserve. A profundidade e liquidez dos mercados financeiros americanos
fazem do dólar uma moeda confiável para transações globais. Além disso, a
influência política dos EUA no cenário internacional, incluindo sua liderança em
organizações globais e seu poderio militar, contribuiu para a aceitação
generalizada do dólar como moeda de reserva.

Mesmo após o fim do padrão ouro em 1971, quando o presidente Richard Nixon
encerrou a conversibilidade do dólar em ouro, a moeda americana manteve seu
status de principal moeda de reserva mundial. O mundo passou a adotar um
sistema de câmbio flutuante, onde as moedas são valorizadas com base na oferta e
demanda. O dólar continuou a ser a moeda preferida para transações
internacionais e como reserva de valor pelos bancos centrais ao redor do mundo.
Por Que o Real Sempre Desvaloriza?
Nos últimos anos, diversos fatores contribuíram para a desvalorização do Real. A
pandemia de COVID-19 teve um impacto devastador na economia brasileira,
causando uma queda significativa na atividade econômica e um aumento no
desemprego. A crise econômica resultante levou a uma falta de confiança nas
políticas econômicas do governo, exacerbando a instabilidade política e fiscal.

Internamente, o Brasil enfrenta problemas fiscais significativos, incluindo um


déficit público elevado e uma dívida crescente. A inflação tem sido uma
preocupação constante, com aumentos nos preços que corroem o poder de compra
da população. As políticas fiscais e monetárias adotadas não conseguiram conter a
inflação de forma eficaz, o que contribui para a desvalorização do Real.

Externamente, as flutuações nos preços das commodities, que são vitais para a
economia brasileira, também afetam o valor do Real. Movimentos nos mercados
internacionais e a busca por ativos mais seguros por investidores globais
pressionam ainda mais a moeda brasileira. Recentemente, a política monetária
dos EUA, com taxas de juros elevadas, atrai recursos para o país e valoriza o dólar,
o que contribui para a saída de capital do Brasil e a desvalorização do Real.
E O Gasto Público do Brasil?
O aumento do gasto público no Brasil é uma questão central na discussão sobre a
desvalorização do Real. O governo tem recorrentemente um alto histórico de
gastos, o que pressiona o orçamento federal. Esse aumento no gasto público
resulta em um déficit fiscal persistente e crescente, que mina a confiança dos
investidores e contribui para a desvalorização da moeda.

A dívida pública elevada é outro fator que afeta negativamente a economia. Com
um déficit fiscal elevado, o governo precisa emitir mais títulos para financiar suas
operações, aumentando a dívida pública. Isso eleva a percepção de risco entre os
investidores, que exigem retornos mais altos para compensar o risco, o que por sua
vez, desvaloriza a moeda.

No futuro, é necessário que o governo adote políticas fiscais mais rígidas para
conter o déficit e a dívida. No entanto, a implementação dessas políticas depende
de diversos fatores, incluindo o cenário político e a capacidade do governo de
aprovar reformas necessárias. A confiança dos investidores no compromisso do
governo com a estabilidade fiscal é crucial para estabilizar a moeda.
A Selic, principal taxa de juros da economia brasileira, desempenha um papel
crucial na política monetária do país. Ela influencia o custo do crédito, a inflação e
o crescimento econômico. Uma Selic mais alta pode atrair investidores
estrangeiros em busca de retornos mais altos, fortalecendo o Real. No entanto,
uma Selic elevada também pode reduzir o crescimento econômico ao encarecer o
crédito para empresas e consumidores.

A política monetária do Banco Central tem um impacto direto na taxa de câmbio.


Uma política monetária mais rígida, com taxas de juros mais altas, pode ajudar a
conter a inflação e atrair capital estrangeiro, fortalecendo a moeda. Por outro lado,
uma política monetária mais frouxa, com taxas de juros mais baixas, pode levar à
saída de capital e à desvalorização do Real.

Atualmente, o Banco Central enfrenta o desafio de equilibrar o crescimento


econômico e a estabilidade cambial. Com a inflação elevada, o Banco Central pode
ser pressionado a aumentar a Selic para controlar os preços. No entanto, isso pode
prejudicar o crescimento econômico, que por sua vez reduz a quantidade de
tributos a serem arrecadados no futuro, prejudicando ainda mais o cenário fiscal.
Sentimento do Mercado
O sentimento do mercado em relação ao câmbio e à economia brasileira é de
cautela e apreensão. Segundo relatório da XP, se há mudança na percepção de
risco, o câmbio pode ficar muito tempo fora de seu “equilíbrio estrutural”. Isso
justifica a rápida desvalorização do Real nos últimos meses, que preocupa o Banco
Central – sendo esse momento de incerteza uma porta de saída para o capital,
especialmente com a expectativa de juros mais altos nos EUA.

A política monetária dos EUA, com taxas de juros elevadas, tem um papel
significativo nesse cenário, atraindo investimentos para fora do Brasil e
contribuindo para a desvalorização do Real. Internamente, a alta inflação e o
aumento dos gastos públicos pressionam a moeda brasileira. A inflação tem
superado as expectativas do mercado, impactando negativamente o juro real e
tornando os títulos brasileiros menos atrativos.

O Real tem mostrado uma performance inferior a outras moedas emergentes,


destacando a necessidade de políticas fiscais e monetárias mais robustas para
enfrentar os desafios atuais. A confiança no compromisso do governo com a
estabilidade fiscal e as políticas monetárias do Banco Central serão cruciais para
Riqueza Em Meio A Incerteza
A desvalorização do Real frente ao dólar tem sido um desafio constante para a
manutenção da riqueza dos brasileiros. Quando a moeda nacional perde valor em
relação ao dólar, o poder de compra dos cidadãos diminui, especialmente para
bens e serviços cotados na moeda americana.

Isso afeta não apenas os custos com viagens internacionais e investimentos em


ativos estrangeiros, mas também todo tipo de produto importado consumido no
Brasil. A instabilidade econômica e a volatilidade do câmbio tornam a preservação
da riqueza um desafio maior, levando muitos a buscarem soluções que protejam
seus ativos em meio à incerteza.

Nesse cenário, uma das estratégias mais eficazes para proteger a riqueza
contra a desvalorização do Real é o investimento internacional. Investir em
ativos denominados em moedas mais estáveis, como o dólar, oferece uma
proteção significativa contra a volatilidade do câmbio e a inflação. Além disso,
diversificar os investimentos em diferentes economias pode reduzir os riscos
associados à dependência exclusiva do mercado brasileiro.

Investimentos internacionais podem incluir a compra de ações de empresas


estrangeiras, fundos de investimento globais, títulos de dívida de outros países e
imóveis no exterior. Esses ativos não só protegem contra a desvalorização do Real,
mas também oferecem a oportunidade de se beneficiar do crescimento econômico
de outras regiões. Por exemplo, ao investir em ações de empresas americanas ou
europeias, o investidor pode participar dos lucros e da valorização dessas
empresas, que operam em economias mais estáveis e previsíveis.
Além da proteção cambial, investir internacionalmente também proporciona
acesso a mercados mais líquidos e diversificados. Os mercados financeiros dos
Estados Unidos e da Europa, por exemplo, são altamente desenvolvidos e
oferecem uma ampla gama de opções de investimento, desde ações e títulos até
commodities e fundos de índice. Essa diversidade permite aos investidores
brasileiros construir portfólios mais robustos e equilibrados, capazes de resistir
melhor às turbulências econômicas e políticas internas.

Outra vantagem de investir no exterior é a possibilidade de se beneficiar de


políticas monetárias e fiscais diferentes das praticadas no Brasil. Enquanto o
Banco Central do Brasil pode adotar medidas que afetem negativamente a moeda
nacional, outros bancos centrais podem implementar políticas que favoreçam a
valorização de suas moedas e a estabilidade econômica. Ao diversificar os
investimentos em várias moedas e economias, os investidores podem mitigar os
riscos associados a decisões de política econômica de um único país.
É importante destacar que, embora o investimento internacional ofereça muitas
vantagens, ele também apresenta desafios e riscos que devem ser considerados. A
volatilidade dos mercados globais, as diferenças regulatórias e fiscais, e os custos
associados à conversão de moedas são fatores que exigem uma análise cuidadosa
e um planejamento estratégico.

Por isso é sempre importante contar com a ajuda de um assessor de investimentos


da Ável para te auxiliar a montar uma carteira de investimentos de acordo com seu
perfil e garantir que seus investimentos estejam de acordo com seus objetivos –
aumentando sua riqueza ao longo do tempo tanto com investimentos nacionais
quanto investimentos no exterior.

Agora que você entende sobre o cenário econômico atual, você tem 2 escolhas:

1. Continuar sua vida financeira da forma que está e correr os riscos inerentes a
política fiscal e política brasileira;

2. Se planejar para gerar riqueza internacional, em moeda estável e forte,


protegendo seu patrimônio do Risco Brasil.

Para a segunda, nossos especialistas estão disponíveis pelo botão abaixo:

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