Livro de Testes - Sentidos-83-84
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CENÁRIOS DE RESPOSTA
porque para tudo na vida há solução, exceto para a SOLUÇÕES DOS TESTES DE AVALIAÇÃO
morte. Ora, estas ideias surgem no poema de Carlos
de Oliveira, quando se afirma que, mesmo que haja TESTE DE AVALIAÇÃO N.O 1 (pp. 32-35)
momentos maus na vida, nunca se pode perder a es-
perança enquanto vivemos (“nunca se perca a espe- 1. Esta cantiga versa sobre o sofrimento amoroso – coi-
rança / enquanto a morte não vem” (vv. 11-12). ta de amor: “... ei no meu coraçom / coita d’amor...”
8. No poema de Carlos de Oliveira, é notório o apelo (vv. 3-4).
constante para que não se perca a esperança; é uma 2.1. É evidente, ao longo de toda a cantiga, que o sujeito
espécie de grito para que ninguém se deixe derrubar lírico não tem noção do que se passa consigo nem
pela falta de sorte, até porque esta depende da atitu- consegue descrevê-lo. Sente-se entre a vida e a morte
de que cada um tem perante a vida. Ora, nas estâncias – “Ora nom moiro, nem vivo...” (v. 1) –, completamente
de Os Lusíadas, percebe-se o entusiasmo que se apos-
desconcertado – “… nem sei / como me vai, nem rem
sou dos marinheiros que partiam, ledos e corajosos,
de mi...” (vv. 1-2) –, sem saber o que fazer – “Nom sei
com a esperança de obter melhores condições para
eles e para o país. Como se sabe, foi graças a essa que faço, nem ei de fazer,” (v. 7) – não conseguindo
garra, determinação e à esperança que levavam que a vislumbrar o que será o seu futuro – “Nom sei que é
viagem se concretizou e foi bem sucedida. de mim, nem que sera,” (v. 15). O único facto de que
ele tem a certeza é de estar a sofrer de tal forma por
PARTE C
amor que sente estar a enlouquecer – “se nom / atan-
9. O excerto, extraído do Auto da Índia, de Gil Vicente, to que ei no meu coraçom / coita d’amor… / tam gran-
evidencia a denúncia que o autor sistematicamente
de que me faz perder o sém” (vv. 2-5).
faz de situações sociais características da sua época.
Essa crítica social é veiculada pelas personagens se- 3. Como se depreende do último verso do refrão, a “se-
lecionadas. Por isso, a Ama, que aqui se mostra alegre nhor” não tem conhecimento do estado de sofrimento
com o regresso do Marido, aproveita a sua ausência em que o sujeito lírico se encontra, situação que pa-
para viver uma vida de libertinagem, reafirmando, rece constituir-se como o ponto fulcral da sua coita
agora, a sua devoção permanente e o seu desinteres-
amorosa: estar apaixonado e o alvo do seu amor não
se pelo dinheiro. Mas, logo após, pergunta-lhe se vem
“muito rico”, ao que este responde que “Se não fora o ter sequer consciência disso, pelo que, desta feita, não
capitão”, ele traria o seu “quinhão”. poderá aspirar a uma correspondência amorosa.
No fundo, o que fez mover o Marido foi fundamentalmen- 4. É possível identificar, na cantiga, a voz de um narrador
te o interesse material, aliás, muito semelhante àquele
– “Dizia la fremosinha” (v. 1) – bem como a personagem
que fez os marinheiros portugueses partirem para a Ín-
dia e que vai ser denunciado pelo Velho do Restelo. principal da ação que está ser narrada e descrita e que
(120 palavras) mais não é do que o lamento de uma donzela apaixona-
GRUPO II da e que sofre devido à ausência do amigo. Verifica-se,
ainda, que o narrador coloca a personagem a falar na
1. (A)
primeira pessoa através do discurso direto – “ai, Deus,
2. (A) 5; (B) 3; (C) 2; (D) 4; (E) 1
val! / Com’estou d’amor ferida!” (vv. 2-3).
3. a) fizessem; b) propuseram; c) ter-se-ia divertido;
5. Ambas as cantigas versam sobre o sofrimento causa-
d) tivesse percebido.
do pelo amor. Na primeira, assistimos à confissão do
4. O realizador participar-mas-ia com toda a celeridade. estado de insanidade e de angústia que o sujeito lírico
5. (C) experimenta por estar apaixonado e a sua amada não
6. “que vivem em Malaca”. ter conhecimento disso; na segunda, a de amigo, somos
GRUPO III confrontados com a mágoa e o desespero de uma don-
Para além de outros aspetos, sugerem-se os tópicos se- zela apaixonada que lamenta a ausência do amado.
guintes:
GRUPO II
– definição de adultério/o que se entende por adultério;
– perceção e reação social ao adultério; 1.1. (C); 1.2. (C); 1.3. (D); 1.4. (C); 1.5. (B); 1.6. (A): 1.7. (B)
– fatores evocados para essa atitude; 2.1. Espetadores, cartaz, público, filme, comédia.
– aceitação/inaceitação social dependente do género se-
2.2. Complemento oblíquo.
xual de quem o pratica;
– atitudes/condutas/estratégias dissuasoras desse com- 3. À letra, capital significa a cabeça (a parte principal)
portamento. de um país.
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82 FOTOCOPIÁVEL SENTIDOS 10 • Livro de Testes • ASA
04. CENÁRIOS DE RESPOSTA
5. A perífrase presente no verso serve para destacar 1.1. (B); 1.2. (C); 1.3. (A); 1.4. (D); 1.5. (A); 1.6. (B); 1.7. (D)
uma das marcas mais evidentes e próprias da prima- 2.1. O campo foi todo plantado com morangos.
vera: ser a época das flores. 2.2. Homicídio de irmão.
GRUPO II 2.3. Composto morfológico.
1.1. (C); 1.2. (D); 1.3. (C); 1.4. (C); 1.5. (D); 1.6. (A); 1.7. (A) GRUPO III
2.1. Hiperonímia / hiponímia. Resposta pessoal.
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