Gestao Ambiental Na Suinocultura Sistema de Tratam
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RESUMO
Os dejetos de suínos, até a década de 70, não constituíam fator preocupante, pois a
concentração de animais, mesmo nas áreas de pequena propriedade rural, era pe-
quena e o solo das propriedades tinha capacidade para absorvê-los, como adubo
orgânico. A estrutura atual dos sistemas produtivos de suínos se baseia na concen-
tração de animais em pequenas áreas, gerando grandes excedentes de dejetos, que
demandam áreas relativamente grandes para o seu aproveitamento como fertilizante
em lavouras e pastagens. Entretanto, os impactos da suinocultura sobre os recursos
ambientais, principalmente sobre o solo e a água, são imensos, na medida em que
as práticas produtivas tradicionais têm negligenciado a aplicação de medidas de
conservação ambiental que a atividade requer. Duas condições adversas ampliam o
desgaste ambiental produzido pela suinocultura de grande escala: o fato de a maior
parte do rebanho estar concentrada sobre uma área geográfica relativamente pe-
quena da região sul e oeste do Estado de Santa Catarina onde os impactos ambien-
tais mais severos ocorrem justamente no primeiro elo da cadeia produtiva, a proprie-
dade rural, no ambiente de pequenos produtores rurais, difusamente assentados e
sempre carentes dos recursos necessários para a introdução de tecnologias avan-
çadas de conservação ambiental. O presente trabalho apresenta como questão cen-
tral: O tratamento de resíduos pelo método de compostagem de dejetos suínos, po-
dendo representar uma alternativa para a solução da contaminação ambiental nas
regiões com problemas de alta concentração da produção de suínos principalmente
para pequenas propriedades rurais? O objetivo do trabalho é analisar o sistema de
tratamento de resíduos pelo método da compostagem de dejetos suínos no Estado
de Santa Catarina. A alternativa de tratamento de dejetos de suínos pelo processo
de compostagem é extremamente importante e segura, pode ser tecnicamente apli-
cada para as regiões de pequenas propriedades, com alta concentração populacio-
nal de suínos e pouca área agrícola disponível, sendo viável para a maioria dos pro-
dutores, desde que adequados os dimensionamentos aos volumes de dejetos gera-
dos pela produção.
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O crescimento populacional, a urbanização e o aumento da renda nos pa-
íses em desenvolvimento estão proporcionando um expressivo aumento no consu-
mo de alimentos de origem animal em todo mundo (Steinfeld et al, 1997). Devido a
isso teve um grande crescimento no consumo da carne suína.
A indústria suinícola no Brasil, e em muito outros países representa uma
atividade econômica importante, tem sofrido profundas transformações nas últimas
três décadas, e essas tem acelerado continuamente durante a última década (Nacif,
1995). Essa transformação acelerada se dá devido à globalização da cadeia suiní-
cola, por que tornou o mercado mais competitivo.
Uma das modificações mais evidentes que está ocorrendo na suinocultura
brasileira e mundial, é a tendência na diminuição de criadores de suínos e um au-
mento no número de suínos (Nacif, 1995). Como consequência dessa intensificação
de concentração de suínos, provocou uma forte pressão sobre os recursos naturais
nas regiões produtoras. Este cenário fica evidente no Estado de Santa Catarina.
Santa Catarina tem um território de 95.318,3 km², representando apenas
1,13% de todo território nacional, a suinocultura é uma atividade tradicional do povo
rural Catarinense. Atualmente, além de o Estado ser o maior produtor de suínos é
também o maior exportador de carne suína e o maior produtor de reprodutores suí-
nos do país (ACCS, 2011).
Estão instaladas aqui, as quatro maiores agroindústrias do Brasil e parale-
lo a isso, existem aproximadamente oito mil produtores com 420 mil matrizes e um
plantel de 6,2 milhões de animais (ACCS, 2011).
A atividade suinícola representa grande importância econômica e social e
a maior parte da produção suína concentra-se nas regiões sul e oeste do estado e
se caracteriza por pequenas propriedades, onde predomina a mão-de-obra familiar
(SILVEIRA et al, 1998, SILVA, 2000; EMBRAPA SUÍNOS E AVES, 2003).
A pequena área das propriedades e o relevo acidentado da região fazem
com que haja insuficiência de áreas agrícolas para a aplicação agronômica de todo
o resíduo gerado pela suinocultura nessas propriedades (BERTO, 2004). O desen-
volvimento da suinocultura intensiva trouxe a produção de grandes quantidades de
dejetos que são lançados ao solo, na maioria das vezes, sem critério e sem trata-
mento prévio, transformando-se em uma grande fonte poluidora dos mananciais de
água (Oliveira, 2002; Oliveira, 2004).
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Os criadores de suínos destinam grandes volumes de recursos com o in-
tuito de melhorar a produção e a produtividade, mas muitas vezes não investem no
controle da emissão de poluentes e na utilização agronômica dos dejetos. De acordo
com (Konzen, 1998;2000) os dejetos de suínos podem se constituir em fertilizantes
eficientes na produção de grãos e de forragens, desde que adequadamente dosados
e estabilizados antes de sua utilização.
Os alarmantes índices de contaminação dos recursos naturais e deterio-
ração da qualidade de vida nos grandes centros de produção de suínos sinalizam
que a ótica de armazenagem e distribuição de dejetos líquidos no solo utilizados
como estratégia de tratamento de dejetos, não atende adequadamente os interesses
dos criadores e a exigência da Legislação Ambiental (Oliveira, 2002).
O sistema tradicional de manejo de dejetos utilizado na Região Sul do Pa-
ís (esterqueiras, bioesterqueiras e decantação), se baseia em conduzir os dejetos da
área de criação dos animais, através de tubulações ou canaletas para um depósito.
Nesse local, os dejetos permanecem por determinado tempo para fermentação, para
depois serem transportados com máquinas até as lavouras. Esse sistema, adequa-
damente instalado e manejado, apresenta bons resultados, desde que na proprieda-
de exista área agrícola suficiente para absorver a quantidade de resíduo gerada.
A questão maior passa a ser a existência de área adequada na proprie-
dade, tanto para as construções dos sistemas de armazenamento de resíduos como
para a sua aplicação como fertilizante. Este problema é agravado pela ocorrência da
incorporação de grandes volumes de água proveniente de bebedouros mal regula-
dos, lavagem inadequadas das construções e água da chuva. Os dejetos de suínos
podem apresentar grandes variações em seus componentes, dependendo do siste-
ma de manejo utilizado e principalmente da quantidade de água em sua composição
(Oliveira, 2004). De acordo com (Gosmann, 1997), a esterqueira e a bioesterqueira
são formas adequadas para armazenamento, não podendo ser consideradas siste-
mas de tratamento de dejetos.
2 MATERIAL E MÉTODOS
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manutenção das zonas de produção intensiva, em razão da distribuição espacial,
dos riscos de poluição causados pelo manejo líquido dos dejetos às águas superfici-
ais e subterrâneas por nitratos, fósforo e outros elementos minerais ou orgânicos e
do ar pelas emissões de NH3, CO2, N2O e H2S e, de outra parte, em função dos
custos e dificuldades de tratamento de armazenamento, de transporte, de distribui-
ção e de utilização na agricultura dos resíduos líquidos (Oliveira, 1999; Kermarrec,
1999, Oliveira et al., 2003a; Paillat et al., 2005; Oliveira, 2004).
Segundo (Oliveira et al, 2003 apud (Oliveira et al, 2006 p.15), composta-
gem de dejetos suínos, consiste na transformação dos dejetos líquidos em composto
sólido, com maior valor nutricional agregado.
Para a compostagem sugerem-se os sistemas automatizados em grandes
unidades produtoras de suínos que poderiam produzir e comercializar os fertilizantes
orgânicos gerados. Já pequenas unidades produtoras podem implantar estruturas
mais simples como a compostagem em leiras montadas manualmente (OLIVEIRA,
2004 apud OLIVEIRA et al, 2006).
O grande desafio, consiste na definição de um sistema sustentável que
seja capaz de harmonizar a continuidade das atividades desta importante cadeia
produtiva com o uso racional dos recursos naturais e a preservação da qualidade
ambiental nas regiões de maior concentração de suínos.
Com isso o presente trabalho apresenta como questão central: o trata-
mento de resíduos pelo método de compostagem de dejetos suínos, pode represen-
tar uma solução efetiva para regiões com problemas de alta concentração da produ-
ção de suínos e principalmente para pequenas propriedades?
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2.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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produtivas tradicionais têm negligenciado a aplicação de medidas de conservação
ambiental que a atividade requer. Duas condições adversas ampliam o desgaste
ambiental produzido pela suinocultura de grande escala: o fato de a maior parte do
rebanho estar concentrada sobre uma área geográfica relativamente pequena da
região sul e oeste do Estado de Santa Catarina e, que os impactos ambientais mais
severos ocorrem justamente no primeiro elo da cadeia produtiva, a fazenda, e no
ambiente de pequenos produtores rurais, difusamente assentados e sempre caren-
tes dos recursos necessários para a introdução de tecnologias avançadas de con-
servação ambiental.
A integração técnica e economicamente viável de ações produtivas e de
conservação ambiental é sempre um desafio. No caso da produção suinícola, confi-
gurasse um desafio ainda maior, devido às circunstâncias já apontadas.
A produção de suínos é uma das atividades de maior impacto ambiental,
considerada pelos órgãos de controle ambiental, como potencialmente e causadora
de degradação ambiental, sendo enquadrado como tendo “grande potencial polui-
dor”.
Os resíduos da suinocultura, em geral, são utilizados como adubo orgâni-
co de forma inadequada, o que gera grande risco de poluição ambiental, em regiões
de produção intensiva devido, principalmente, à infiltração do nitrogênio no solo e ao
escorrimento superficial do fósforo, e muitas vezes, dando o lançamento direto dos
dejetos nos cursos d’água. Esse fato, somado aos custos relativamente altos da
aplicação desse resíduo nas lavouras, torna indispensável o desenvolvimento de
técnicas de manejo economicamente viáveis e que não ofereçam riscos potenciais,
principalmente de poluição hídrica.
Em Santa Catarina, estado com alta concentração de suínos e com sis-
tema de captação de água baseado em mananciais superficiais e lençóis subterrâ-
neos, o nível de contaminação destes recursos hídricos é considerado alarmante.
Dentro das circunstâncias e do nível tecnológico em que operam os suinocultores,
as ações para a melhoria da qualidade da água, do ar e a redução do poder poluen-
te dos dejetos suínos a níveis aceitáveis pela legislação vigente, requerem investi-
mentos significativos, normalmente acima da capacidade dos pequenos produtores
e, muitas vezes, sem a garantia de atendimento das exigências de saúde pública e
da preservação do meio ambiente.
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O lançamento de efluentes suínos não tratados no solo, rios e lagos,
constituem risco potencial para o aparecimento de doenças (verminoses, alergias,
hepatites, hipertensão, câncer de estômago), desconforto na população (proliferação
de moscas, borrachudos, maus odores) e degradação dos recursos naturais (morte
de peixes e animais, toxicidade em plantas, eutrofização de recursos hídricos). A
preservação do meio ambiente, passa a adquirir uma relevância econômica inques-
tionável.
A estratégia da armazenagem e distribuição, como controle da poluição,
não tem sido totalmente correta, pois revela um distanciamento da realidade, da ne-
cessidade e do interesse dos produtores. O grande desafio, sob estas condições,
consiste na definição de um sistema que seja capaz de harmonizar a continuidade
das atividades desta importante cadeia produtiva com o uso racional dos recursos
naturais e a preservação da qualidade ambiental nas regiões de maior concentração
de suínos.
A análise do sistema de tratamento de resíduos pelo método da compos-
tagem de dejetos suínos está localizada no estado de Santa Catarina.
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3 RESULTADOS
COMPOSTAGEM
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65% do total de carbono inicial é perdido, sendo 57% perdido
sob a forma de CO2, 6% sob a forma de CH4 e 2% como Composto Orgânico Volá-
til;
do total inicial de nitrogênio 60% é perdido, sendo 10% perdido
sob a forma de NH3, 6% sob a forma de N2O e 44% sob a forma de N2.
Estudos conduzidos por (Mazé et al. 1999), demonstraram a viabilidade
do uso de sistemas de compostagem para o tratamento dos dejetos líquidos de suí-
nos. Os resultados observados, demonstraram que é possível atingir uma absorção
entre 8 e 14 litros de dejetos líquido para cada kg da mistura de maravalha e palha,
respectivamente.
Estudos conduzidos na região do Oeste da França, com o uso de com-
postagem (maravalha e palha) para o tratamento de dejetos, demonstraram a viabili-
dade do sistema para tratar 6.000 m3/ano de dejetos (Vaulx, 1999).
Trabalhos realizados na Embrapa Suínos e Aves, demonstram a possibili-
dade do uso da compostagem para tratar os dejetos de suíno, utilizando-se marava-
lha ou serragem como fonte de carbono. Os resultados demonstraram acúmulo de
nutrientes no composto e evaporação d’água contida nos dejetos, obtendo-se uma
taxa de incorporação (kg esterco bruto por kg MS no substrato) de 1:8 a 9 para a
maravalha e serragem (Oliveira et al., 2003a; Nunes, 2003).
A compostagem deve ser utilizada em propriedades que produzem um vo-
lume de dejetos muito superior ao volume que pode ser aplicado em suas áreas cul-
tivadas e que não possa ser exportado na forma líquida, para lavouras vizinhas, de
forma economicamente viável.
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dem ser utilizadas por grandes produções ou empresas que poderiam produzir e
comercializar o fertilizante orgânico gerado. Pequenas produções podem implantar
estruturas mais simples, com solo compactado e compostagem em leiras montadas
manualmente, em procedimento descrito por (Oliveira, 2000).
As plataformas de compostagem propostas (Figura 2) consistem de estru-
turas com cobertura de PVC transparente com o objetivo de utilizar a radiação solar
incidente para aumentar a evaporação da água contida nos dejetos e aumentar a
temperatura no processo de compostagem, com as laterais abertas para garantir a
ventilação necessária para remover o vapor de água gerado pela compostagem e
piso preferencialmente em concreto, algumas plataformas possuem piso em solo
compactado, com drenagem para um depósito onde o chorume filtrado no leito de
compostagem é coletado e recirculado na plataforma. A aspersão e recirculação do
dejeto sobre o substrato são obtidas através de bombas e o revolvimento é feito ma-
nualmente ou com o auxilio de trator equipado com enxada rotativa ou disco grade-
ador.
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Fonte: www.cnpsa.embrapa.br/pnma/pdf_doc/doc_pnma.pdf;
http://hotsites.sct.embrapa.br/diacampo/programacao/2011/compostagem-mecanica-de-dejetos-
suinos
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absorver aproximadamente 800 litros de dejetos líquidos, na primeira incorporação
de dejetos. Após a incorporação no primeiro tanque os dejetos devem ser conduzi-
dos para o tanque subsequente e assim sucessivamente até o ultimo tanque. Com a
incorporação finalizada no último tanque o processo é reiniciado, sendo que cada
tanque primário pode receber de 4 a 5 saturações de dejetos líquidos, sempre se
levando em conta que após cada incorporação a capacidade de absorção do leito,
reduz-se em torno de 25 % (passando de 800 para 600 litros; de 600 para 400 litros
e de 400 para 200 litros, completando assim 2.000 litros para cada m3 de substrato
seco, ou seja, para o caso da maravalha uma relação de 1:8, 1 kg de maravalha pa-
ra 8 litros de dejetos). O leito após cada incorporação de dejetos deve ficar em des-
canso por um período aproximado de 15 dias, tempo suficiente para que ocorra a
elevação de temperatura e a evaporação parcial da água contida nos dejetos. Este
processo reduz consideravelmente o teor de umidade do material. Após esse tempo
o substrato (leito) está apto para receber novamente mais uma incorporação de de-
jetos líquidos.
Fase 2 – Esta fase consiste em uma sequencia de depósitos maiores do
que os existentes na fase 1. Cada depósito da fase 2 deve comportar o recebimento
do material de dois depósitos da fase 1. Estes depósitos recebem um composto não
estabilizado que provém da fase 1. Neste local, ocorre a compostagem do material.
O material deve permanecer em processo de compostagem por um período não in-
ferior a 45 dias. Com isso, realiza-se a maturação dos dejetos para posterior uso
como adubo orgânico.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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altura, totalizando um volume de 6,3 m³. A espessura do leito deve ser de no mínimo
0,50 m de altura, com isso teremos um volume mínimo do leito de 4,5 m³.
Obs.: 800 litros x 4,5 m³ = 3.600 litros (relação máxima recomendada que deve ser
mantida na primeira aplicação; 1:3,2 - kg substrato:kg dejetos).
Um depósito com estas dimensões tem capacidade de absorver aproxi-
madamente 3.600 litros de dejetos, ou seja, a produção de mais de dois dias do sis-
tema de produção de suínos. Neste caso, podemos considerar que a cada dois dias
ter-se-á um depósito saturado. Para que o depósito permaneça 15 dias em descan-
so sem receber dejetos são necessários oito tanques primários (1 a 8) e quatro tan-
ques secundários (11-14) (Figura 3).
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A passagem dos dejetos dos depósitos primários para os secundários é
feita de forma manual e em função disso não se deve construir tanques com dimen-
sões muito grandes para facilitar o trabalho de manejo do composto.
A seguir apresenta-se uma sequência de fotos (Figuras 4 e 5) de um sis-
tema de tratamento de dejetos de um pequeno sistema de produção de suínos. Nas
figuras observa-se o local de construção, os tanques de incorporação e composta-
gem (Figura 4, quatro tanques primários e dois secundários), o tipo de cobertura da
instalação (Figura 4), a condução dos dejetos através de tubulações de PVC até os
tanques e a passagem dos dejetos para os tanques secundários (Figuras 4 e 5).
FIGURA 4 - LOCALIZAÇÃO DAS CÂMARAS IN- FIGURA 5 - TIPO DE COBERTURA DAS CÂ-
CORPORAÇÃO E COMPOSTAGEM DE DEJE- MARAS DE INCORPORAÇÃO E COMPOSTA-
TOS. GEM.
Fonte: Fonte:
www.cnpsa.embrapa.br/pnma/pdf_doc/doc_pnma. www.cnpsa.embrapa.br/pnma/pdf_doc/doc_pnm
pdf a.pdf
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mais importante para determinar se a operação do sistema se processa como dese-
jável. A produção de calor em um material é um indicativo da ocorrência de atividade
biológica neste material e, por isso, indiretamente, do seu grau de decomposição
(Oliveira, 1993c).
Os organismos envolvidos no processo de compostagem possuem uma
faixa de temperatura ótima, na qual a atividade metabólica é maximizada. Uma vari-
ação na temperatura, provoca uma redução da população e da atividade metabólica
dos micro-organismos envolvidos, com consequente variação do tempo de decom-
posição da matéria orgânica.
No final do processo de compostagem, não ocorre mais a elevação da
temperatura, estando às propriedades químicas do composto estabilizadas, sendo
que a temperatura tende a se igualar com o ambiente.
Outra questão bastante importante relacionada com a temperatura de-
senvolvida nos processos de compostagem é a inativação de micro-organismos pa-
togênicos presentes na biomassa. De acordo com a Agência de Proteção Ambiental
dos Estados Unidos da América (Envionmental Protection Agency - EPA, 1985), o
tempo e a temperatura mínimos para a compostagem em leiras estáticas aeradas e
em reatores é de 55ºC por 3 dias consecutivos. Para pilhas de compostagem revol-
vidas, um mínimo de 55ºC deve ser mantido por 15 dias consecutivos, sendo o ma-
terial revolvido pelo menos 5 vezes neste período.
No entanto, (Turner , 2002), após experimento avaliando a inativação de
organismos patogênicos na compostagem de dejeto de suíno com o uso de palha,
relata que a inativação destes micro-organismos não é meramente dependente da
temperatura, sendo influenciada também por outros fatores, como umidade e natu-
reza das matérias-primas.
O teor de umidade é um dos principais fatores ambientais de interesse pa-
ra o fornecimento de um meio de transporte de nutrientes dissolvidos para a ativida-
de metabólica e fisiológica dos micro-organismos. Além disso, a disponibilidade de
água esta diretamente relacionada ao suprimento de oxigênio, o que também afeta a
atividade microbiana. Valores baixos de umidade podem causar a desidratação no
interior da pilha de compostagem, o que inibe o processo biológico, trazendo a esta-
bilidade física, porém instabilidade biológica. Por outro lado, umidade alta pode pro-
mover condições de anaerobiose no interior das pilhas.
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(Barrington et al. 2003), estudando o efeito da aeração passiva e ativa na
compostagem de dejeto de suíno com 3 substratos diferentes (maravalha, palha e
feno) em umidades de 60, 65 e 70%, concluíram ser a umidade um fator determinan-
te nos padrões de temperatura alcançados, principalmente, no caso dos substratos
maravalha e palha. No caso da maravalha, a umidade de 65% produziu temperatu-
ras altas para ambos os regimes de temperaturas adotados (ativo e passivo). No
caso da palha, a umidade mais alta (70%) proporcionou as temperaturas mais altas
também para ambos os regimes de aeração. No entanto, neste mesmo trabalho, os
autores concluíram que o fator umidade apenas teve efeito sobre a temperatura en-
tre os dias 2 e 6.
O crescimento e diversidade da população microbiológica na massa de
compostagem, relacionam-se diretamente com a concentração de nutrientes. Estes
fornecem material para a síntese protoplasmática e energia necessária para o cres-
cimento celular, entre outras funções (Kiehl, 1998; Paillat et al., 2005).
O equilíbrio da relação carbono/nitrogênio (C/N) é um fator de importância
fundamental na compostagem, já que o principal objetivo do processo é criar condi-
ções para fixar nutrientes, para que possam ser posteriormente reciclados, quando
da utilização do composto orgânico. Segundo (Kiehl, 1998) e Pereira Neto (1996), a
relação C/N satisfatória, para a obtenção de uma alta eficiência nos processos de
tratamento biológico dos resíduos sólidos orgânicos, deve se situar em torno de
30:1.
Vários trabalhos de pesquisa neste âmbito específico, tendem a demons-
trar que esta taxa influencia positivamente a atividade biológica, diminuindo o perío-
do de compostagem.
(Kiehl, 1998) recomenda a faixa de 25:1 a 35:1, como ideal para a relação
C/N dos resíduos em processo de compostagem. Este mesmo autor classifica como
fundamental a adição de materiais, quando necessário para corrigir esta relação.
Durante a compostagem, o conteúdo de matéria orgânica sofre uma dimi-
nuição, o que leva a uma redução do carbono orgânico. Dados obtidos por (Kermar-
rec, 1999), confirmaram que a relação C/N diminui com o processo de compostagem
ocorrido nas camas de suínos, sendo diferente conforme o tipo de aeração.
Outro fator importante a ser observado, quando se opta por esse sistema
de compostagem para o tratamento de dejetos, consiste em evitar o desperdício de
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água nos bebedouros dos animais e nas tarefas de limpeza das edificações, bem
como a incorporação das águas de chuva aos dejetos.
A passagem da biomassa dos depósitos primários para os secundários, é
realizada de forma manual, sendo assim não se recomenda a construção de tan-
ques com dimensões muito grandes, pois dificulta o trabalho de transporte.
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O resumo do custo de produção do composto esta apresentado na Tabela
3. Os resultados mostram a grande importância da maravalha no resultado final do
custo de produção. Para os valores da maravalha de R$ 38,00 ela representou, na
simulação apresentada, 77,80% dos custos variáveis e 66,53% dos custos totais. O
custo fixo, representado pela depreciação e juros sobre o capital representam so-
mente 14,49% dos custos totais. Também merece destaque o custo com energia
elétrica, que representou 11,46% dos custos totais.
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nicos de forma geral apresentam preços bastante variáveis, mostrando que este ain-
da é um mercado em fase de consolidação. Na região oeste catarinense existem
experiências comerciais envolvendo compostos orgânicos com preços variando en-
tre R$ 250,00 e R$ 700,00 por tonelada.
A compostagem é uma proposta tecnológica promissora e ações de pes-
quisa que aumente o seu valor como adubo poderá torná-la ainda mais atrativa.
Além do valor de venda do composto, a sua viabilidade dependerá da escala de
produção e do custo de obtenção da fonte de carbono (maravalha).
5 CONCLUSÕES
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Ocorre uma redução na ordem de 35% no custo de implantação do siste-
ma de tratamento na forma de compostagem em relação ao tratamento na forma
líquida. Além da redução do custo de implantação do sistema, ocorre uma racionali-
zação e maximização da mão-de-obra envolvida no processo de manejo dos dejetos
líquidos de suínos.
O nitrogênio presente nos dejetos líquidos de suínos está na forma mine-
ralizada, isto é, prontamente disponível para ser utilizado pelas plantas. Quando não
ocorre a absorção pelas plantas, a tendência é que ocorra a lixiviação deste nutrien-
te para as camadas mais profundas do solo podendo atingir eventualmente o lençol
freático, provocando sérios problemas de contaminação.
No sistema de compostagem de dejetos, o nitrogênio em boa parte na
forma orgânica precisa passar pelo processo de mineralização para ser utilizado pe-
las plantas. A passagem do nitrogênio da forma orgânica para a forma mineral é len-
ta, sendo isso bastante benéfico para as plantas, pois receberão o nitrogênio, grada-
tivamente, conforme as necessidades. A oportunidade de extração deste nitrogênio
na forma orgânica é bem maior do que quando na forma mineral, minimizando desta
forma a possibilidade de lixiviação para as águas subterrâneas. A quantidade dos
três elementos principais, o nitrogênio (N), o fósforo (P) e o potássio (K), presente
nos dejetos constitui fator determinantes para uma boa adubação. Na Tabela 4, po-
de-se observar a concentração de nutrientes nos resíduos final de dois sistemas de
manejo dos dejetos de suínos.
Componentes Dejetos Líquidos¹ Composto de Dejetos
²
Nitrogênio 3,18 kg/m3 11,60 Kg/m3
Fósforo 5,40 kg/m3 9,30 Kg/m3
Potássio 1,38 kg/m3 7,80 Kg/m3
TABELA 4 - CONCENTRAÇÃO DE NITROGÊNIO, FÓSFORO E POTÁSSIO EM KG/M³ DOS DEJE-
TOS LÍQUIDOS E DO COMPOSTO DE DEJETOS DE SUÍNOS.
Fonte: www.cnpsa.embrapa.br/pnma/pdf_doc/doc_pnma.pdf
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A instalação de um sistema de manejo e tratamento de dejetos líquidos
na forma de compostagem, em um sistema de produção de suínos, beneficia o pro-
dutor com a redução no custo de implantação e na melhor qualidade agronômica
dos dejetos para uso como adubação orgânica e menor custo de transporte e distri-
buição como fertilizante orgânico.
Destaca-se como o grande benefício é para o meio ambiente, pois há
uma redução significativa do impacto ambiental causado por essa importante ativi-
dade agropecuária, sob o ponto de vista econômico e social, que em sistemas de
produção convencionais geram grandes impactos ao meio ambiente.
A alternativa de manejo e tratamento de dejetos líquidos de suínos pelo processo de
compostagem é extremamente importante e absolutamente segura, e é indicada pa-
ra as regiões de pequenas propriedades com alta concentração populacional de suí-
nos e pouca área agrícola disponível.
O manejo e tratamento dos dejetos de suínos em sistema de composta-
gem são viáveis para a maioria dos produtores de suínos, desde que adequados os
dimensionamentos para cada volume de dejetos gerados pela produção.
A partir da situação analisada, observaram-se vantagens e desvantagens
no tratamento de resíduos pelo método de compostagem de dejetos suínos:
5.1.1 VANTAGENS:
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Menor custo de tratamento quando comparado com os sistemas de tratamen-
to de dejeto líquido convencionais;
Agregação de valor aos dejetos, pois a venda de adubo orgânico pode gerar
uma receita extra ao produtor;
A compostagem tem sido considerada como uma tecnologia alternativa para
destinação segura e agregação de valor a diversos resíduos altamente impac-
tantes que se acumulam em regiões específicas, tais como: bagaço de cana
em usinas de álcool, lixo doméstico orgânico, lodo de estações de tratamento
de esgoto, resíduos de laranja em indústrias de suco, entre outros;
A produção de composto em pequena escala já é bastante difundida em
áreas rurais, entretanto a otimização do processo em maior escala poderia
possibilitar a abertura de mercados de produção orgânica e novas alternativas
de renda para regiões de alta concentração suinícola, além de reduzir os pro-
blemas ambientais decorrentes do manejo de dejetos líquidos;
5.1.2 DESVANTAGENS:
5.2.1 VANTAGENS:
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reduzindo o volume de dejetos na ordem de 50 a 70%. Na fase de matura-
ção o potencial de risco de poluição é reduzido pela compostagem aeróbia
da biomassa, eliminando grande parte dos micro-organismos e estabilizando
a matéria orgânica;
O nitrogênio é fixado no composto não sofrendo os efeitos da lixiviação,
quando utilizado como adubo orgânico, em lavouras. No caso do adubo lí-
quido o nitrogênio se infiltra no solo podendo atingir mais facilmente o lençol
freático provocando sua contaminação. O nitrogênio presente nos dejetos lí-
quidos de suínos está na forma mineralizada, isto é prontamente disponível
para ser utilizado pelas plantas. Quando a lavoura não estiver estabelecida
no local, a tendência é que ocorra a lixiviação deste nutriente para as cama-
das mais profundas do solo podendo atingir eventualmente o lençol freático,
provocando sérios problemas de contaminação. No sistema de composta-
gem de dejetos, o nitrogênio está em boa parte na forma orgânica, ou seja
precisa passar pelo processo de mineralização para ser utilizado pelas plan-
tas. A passagem do nitrogênio da forma orgânica para a forma mineral é len-
ta, sendo isso bastante benéfico para as plantas, pois receberão o nitrogênio
gradativamente conforme as necessidades. A oportunidade de extração des-
te nitrogênio na forma orgânica é bem maior do que quando na forma mine-
ral, minimizando desta forma a possibilidade de lixiviação para as águas
subterrâneas (Konzen, 2000).
No tratamento de dejetos na forma líquida em lagoas ou estações de trata-
mento a fermentação é anaeróbia, gerando odores bastante desagradáveis,
porém no tratamento na forma de compostagem sólida a fermentação é ae-
róbia, reduzindo consideravelmente a emissão desses odores.
A compostagem permite ao produtor estocar o composto, para ser utilizado
no momento mais oportuno, conforme a sua necessidade, fato que não ocor-
re no sistema de tratamento na forma líquida normal, onde o produtor ne-
cessariamente tem que distribuir os dejetos na lavoura, mesmo que o mo-
mento não seja o mais adequado, caso contrário, o produtor tem de prever
um numero considerável de lagoas para armazenagem dos dejetos;
No sistema convencional de produção de suínos os dejetos são manejados
gerando fertilizante na forma líquida, não sendo economicamente viável o
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transporte das regiões com excesso de nutrientes, para regiões com falta de
fertilizante orgânico. Entretanto a transformação dos dejetos em composto
sólido viabiliza esta transferência. Além disso, permite ao produtor aumentar
o número de animais em seu sistema de produção de suínos pela redução
no volume de dejetos, melhor maturação do mesmo e possibilidade de ex-
portar nutrientes na forma de composto orgânico.
DESVANTAGENS
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pequenas propriedades, com alta concentração populacional de suínos e pouca área
agrícola disponível, sendo viável para a maioria dos produtores, desde que adequa-
dos os dimensionamentos para cada volume de dejetos gerados pela produção (Oli-
veira, 2004; Dai Prá et al. 2005, Paillat et al., 2005).
A instalação de um sistema de compostagem para o tratamento de deje-
tos líquidos de suínos em um sistema de produção beneficia o produtor com a redu-
ção no custo de implantação da estrutura, melhor qualidade agronômica do adubo
orgânico produzido, menor custo de transporte e distribuição.
O tratamento dos dejetos via fermentação aeróbia em unidades de com-
postagem, reduz significativamente o risco de impacto ambiental e os odores gera-
dos quando comparado aos processos anaeróbios.
A alternativa de manejo e tratamento de dejetos líquidos de suínos pelo
processo de compostagem é extremamente importante e absolutamente seguro para
as regiões de pequenas propriedades com alta concentração populacional de suínos
e pouca área agrícola disponível.
A implantação de unidades de compostagem é viável para a maioria dos
produtores de suínos, desde que, projetada adequadamente para o volume de deje-
tos gerado no sistema de produção.
O volume de dejetos de suínos a ser tratado por ano determinará se o sis-
tema de compostagem para o tratamento deve ser manual ou automatizado.
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ENVIRONMENTAL MANAGEMENT IN SWINE LIQUID WASTE
TREATMENT SYSTEM COMPOSTING PLANT
ABSTRACT
The pig manure, until the 70, did not constitute worrying factor, because the concen-
tration of animals, even in small rural property, was small and the soil of the proper-
ties had the capacity to absorb them, as organic fertilizer. The current structure of pig
production systems is based on the concentration of animals in small areas, generat-
ing waste large surpluses, which require relatively large areas for their use as fertiliz-
er on crops and pastures. However, the impacts of pig farming on the environmental
resources, especially on the soil and water, are immense, as far as traditional pro-
duction practices have neglected the environmental conservation measures that the
activity requires. Two adverse conditions extend environmental wear produced by
large-scale swine: the fact that the majority of the herd be concentrated on a relative-
ly small geographical area of the region South and West of the State of Santa Catari-
na where the most severe environmental impacts occur on the very first link in the
production chain, the Homestead, in the small rural producers, and always needy
settlers of diffusely resources needed for the introduction of advanced technologies
of environmental conservation. The present work presents as central issue: treatment
of waste by composting swine waste method, and may represent an alternative to the
solution of environmental contamination in regions with high concentration of pig pro-
duction mainly for small rural properties? The objective of this work is to analyze the
waste treatment system by the method of composting of pig manure in the State of
Santa Catarina. The alternative treatment of pig manure composting process is ex-
tremely important and safe, can be technically applied to small farms, regions with
high concentration of pigs and little agricultural area available and feasible for the
majority of producers, since the appropriate dimensioning the volumes of waste gen-
erated by production.
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Key words: environmental management in swine liquid waste treatment system
composting plant.
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