Atuacao Do Enfermeiro Junto A Pessoa Idosa Com Lesao Por Pressao

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ESCOLA SUPERIOR MADRE CELESTE

CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

DIANA MEDEIROS GOMES DOS SANTOS


RAILMA DA CONCEIÇÃO BASTOS PANTOJA

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO JUNTO À PESSOA IDOSA COM LESÃO POR


PRESSÃO

Ananindeua
2019
DIANA MEDEIROS GOMES DOS SANTOS
RAILMA DA CONCEIÇÃO BASTOS PANTOJA

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO JUNTO À PESSOA IDOSA COM LESÃO POR


PRESSÃO

Trabalho de conclusão de curso, como


quesito parcial para obtenção do grau de
Bacharel em Enfermagem da ESMAC-
Escola Superior Madre Celeste.

Sob a Orientação do docente Dr. Diego


Alcantara.

Ananindeua
2019
DIANA MEDEIROS GOMES DOS SANTOS
RAILMA DA CONCEIÇÃO BASTOS PANTOJA

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO JUNTO À PESSOA IDOSA COM LESÃO POR


PRESSÃO

Trabalho de conclusão de curso, como


quesito parcial para obtenção do grau de
Bacharel em Enfermagem da ESMAC-
Escola Superior Madre Celeste.

Data da Aprovação ___/___/___

NOTA _____

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________
Prof. Dr. Diego Di Felipe Avila Alcantara
Escola Superior Madre Celeste

___________________________________________________________
Prof. Msc. Nadia Pinheiro da Costa
Escola Superior Madre Celeste

___________________________________________________________
Prof. Msc. Octavio Augusto mendonça
Escola Superior Madre Celeste
Dedicamos este trabalho
primeiramente а Deus, por ser essencial
em nossas vidas, autor do nosso destino,
nosso guia, socorro presente na hora da
angústia. Аоs nossos pais, irmãos, e ao
meu esposo Kleyson, minhas filhas, que
com muito carinho е apoio, não mediram
esforços para que nós chegássemos até
esta etapa de nossas vidas, pois sem eles
este trabalho e muitos dos nossos sonhos
não se realizariam.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus pela conclusão deste trabalho pois cada linha escrita foi
realizada pela unção do Espírito Santo.
De forma especial aos nossos pais, Antônio Gomes e Ana Maria, Nonato e
Solange Pantoja, que estiveram do nosso lado diretamente com orações e nos dando
força com suas palavras de incentivos. Nós nunca teríamos conseguido sem o apoio
de vocês. Obrigado por tudo, de coração.
Ao meu esposo Kleyson Riceli, que foi um grande parceiro ao meu lado. Por
ser tão atencioso e por cuidar das nossas filhas Éris e Ana na minha ausência, sem
você, seria tudo mais difícil.
Aos nossos irmãos, Joel Gomes que contribuiu mesmo de longe, com suas
orientações gramaticais e pela paciência e Raysa Pantoja que esteve sempre comigo,
e foi muito mais que uma irmã, minha companheira de vida.
Ao nosso orientador Profº Dr. Diego Alcantara, pela responsabilidade, e partilha
de seus conhecimentos para conosco.
A todos os professores que foram muito importantes na nossa vida acadêmica.
Agradeço aos meus colegas de trabalho da equipe UTI NEO manhã, e aos
meus gerentes de enfermagem que de uma certa forma me ajudaram e
compreenderam os meus horários de estudos, estágios e cursos.
Obrigado(a) a todos amigos e familiares que não nos permitiram desistir. Esse
TCC também é de vocês!
“Eu posso ir muito além de onde estou,
vou nas asas do Senhor
O Teu amor é o que me conduz, posso
voar e subir sem me cansar
Ir para frente sem me fatigar vou com
asas, como águia pois confio no Senhor!”

(Pe. Fábio de Melo)


RESUMO

A lesão por pressão é uma lesão na pele e/ou no tecido subjacente, geralmente sobre
uma proeminência óssea, em consequência da pressão, ou da pressão em
combinação com o cisalhamento e/ou a fricção. Os profissionais, ao terem
conhecimento sobre os fatores de risco que levam ao desenvolvimento da lesão por
pressão, devem assumir a avaliação diária dos pacientes em sua prática clínica. O
enfermeiro exerce papel importante neste contexto por ser um profissional que tem
condições de avaliar o cuidado diariamente, atentando-se aos riscos e as
necessidades humanas básicas, sem deixar de lado os princípios técnico-científicos
para o planejamento dos cuidados que atendem a esses quesitos, através de valores
éticos indispensáveis da prática profissional. Sendo assim, este estudo tem como
objetivo identificar a conduta do enfermeiro frente aos cuidados e prevenção da lesão
por pressão na pessoa idosa. É importante que se tenha o conhecimento das lesões
por pressão, a fim de detectar lesões em estágios iniciais quando há apenas hiperemia
não branqueável em locais de proeminência óssea. Porém sabe-se que a atuação
deve ser multiprofissional, pois a predisposição para desenvolvimento das lesões por
pressão é multifatorial. A educação continuada dos profissionais envolvidos é um fator
relevante também, bem como a correta alocação da equipe de enfermagem, para que
em tempo possam identificar os riscos para a lesão por pressão e desenvolver os
cuidados preventivos e terapêuticos aos pacientes acamados ou que necessitam de
auxílio para se movimentar.

Palavras-chave: Lesão por pressão. Enfermeiro. Idosos. Prevenção. Cuidados.


ABSTRACT

Pressure injury is an injury to the skin and / or underlying tissue, usually on a bone
prominence, as a result of pressure, or pressure in combination with shear and / or
friction. The professionals, knowing about the risk factors that lead to the development
of the pressure lesion, should assume the daily evaluation of the patients in their
clinical practice. Nurses play an important role in this context because they are
professionals who are able to evaluate care on a daily basis, taking into account risks
and basic human needs, without neglecting the technical-scientific principles for
planning the care that meets these requirements, through the indispensable ethical
values of professional practice. Therefore, this study aims to identify the nurse's
behavior regarding care and prevention of pressure injury in the elderly. It is important
to have knowledge of pressure lesions in order to detect lesions in the early stages
when there is only non-bleachable hyperemia in places of bone prominence. However,
it is known that the action must be multiprofessional, since the predisposition to
development of pressure injuries is multifactorial. The continuing education of the
professionals involved is also a relevant factor, as well as the correct allocation of the
nursing team, so that in time they can identify the risks for pressure injury and develop
preventive and therapeutic care for patients who are bedridden or who need help to
move around.

Keywords: Pressure injury. Nurse. Seniors. Prevention. Care.


LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA...........................................................Agência Nacional de Vigilância Sanitária


CIPE....................................Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem
EB+N................................................................................Escala de Braden +NORTON
LPP...................................................................................................Lesão Por Pressão
MS...................................................................................................Ministério da Saúde
NANDA................................................North American Nursing Diagnosis Associaction
NHB............................................................................Necessidades Humanas Básicas
NIC..........................................................................Nursing Interventions Classification
NIC..........................................................................Nursing Interventions Classification
NOC............................................................................Nursing Outcomes Classification
NOC.............................................................................Nursing outcomes Classification
NPS...........................................................................Núcleo de Segurança do Paciente
NPUAP.............................................................National Pressure Ulcer Advision Panel
PDC...........................................................................Resolução da Diretoria Colegiada
PSP.............................................................................Plano de Segurança do Paciente
SAE........................................................Sistematização e Assistência de Enfermagem
SUS.........................................................................................Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 11
1.1 PROBLEMÁTICA................................................................................. 12
1.2 JUSTIFICATIVA................................................................................... 14
1.3 OBJETIVOS......................................................................................... 16
1.3.1 Objetivo geral..................................................................................... 16
1.3.2 Objetivos especifico.......................................................................... 16
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO.................................................................. 17
2.1 IDOSO................................................................................................. 17
2.2 PREDISPOSIÇÃO DA PESSOA IDOSA À LPP................................... 17
2.3 ANATOMIA DA PELE.......................................................................... 18
2.4 LESÃO POR PRESSÃO...................................................................... 19
2.4.1 Classificações de lesão por pressão................................................ 20
2.4.1.1 Lesão por pressão relacionada a dispositivo médico............................ 23
2.4.1.2 Lesão por pressão em membranas mucosas....................................... 24
2.4.2 Sistematização de assistência de enfermagem (SAE).................... 24
2.4.3 A prevenção das lesões..................................................................... 25
2.5 TRATAMENTO DE LESÕES............................................................... 28
3 METODOLOGIA.................................................................................. 29
3.1 METODOS E ABORDAGEM.............................................................. 29
3.2 PERÍODO DA PESQUISA................................................................... 29
3.3 FONTE DE COLETAS DE DADOS...................................................... 30
3.3.1 Critérios de inclusão.......................................................................... 30
3.3.2 Critérios de exclusão......................................................................... 30
3.3 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS.......................................................... 30
3.3.1 Instrumento de coletas de dados...................................................... 30
3.3.2 Analise e apresentação dos resultados........................................... 31
3.4 RISCO E BENEFÍCIO.......................................................................... 31
4 RESULTADOS.................................................................................... 32
5 DISCUSSÕES..................................................................................... 34
5.1 CONDUTA DO ENFERMEIRO FRENTE A PREVENÇÃO E
TRATAMENTO DA LESÃO POR PRESSÃO....................................... 33
5.2 AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO ENFERMEIRO PARA A
PREVENÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO NA PESSOA IDOS..... 35
5.3 OS CUIDADOS REALIZADOS PELO ENFERMEIRO AO IDOSO
COM LESÃO POR PRESSÃO............................................................. 37
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................. 39
REFERÊNCIAS................................................................................... 40
APÊNDICE…………………………………………………………………. 44
APÊNDICE A – Questionário sobre atuação do enfermeiro junto a
pessoa idosa com lesão por pressão (LPP).......................................... 45
11

1 INTRODUÇÃO

A lesão por pressão (LP) é uma lesão de pele e/ou tecidos moles resultante de
hipóxia celular que pode provocar necrose tecidual como resultado de pressão ou
pressão com fricção e cisalhamento, podendo apresentar-se em pele íntegra ou como
úlcera aberta. É encontrada sobre proeminência óssea ou relacionada ao uso de
dispositivo médico ou a outro artefato (VIEIRA, 2018).
O envelhecimento é marcado por alterações progressivas nas células, tecidos
e órgãos que acarreta um impacto na capacidade funcional do idoso e proporciona
uma condição mais susceptível em relação às doenças crônicas. Esses fatores
contribuem para o aumento do risco de perda da integridade da pele e,
consequentemente, o aparecimento de úlceras (TAVARES, 2017).
Nos últimos anos, a prevalência de lesão por pressão tem aumentado devido à
maior expectativa de vida da população. Um dos indicadores de risco para
desenvolvimento de LPP é o fator idade, principalmente em pacientes com 65 anos
ou mais. A não cicatrização de lesões afeta de três a seis milhões de pessoas com
essa idade e representa 85% desse evento (OLIVEIRA, 2017).
A enfermagem é uma ciência que tem como objeto o cuidado. Nesta
perspectiva o enfoque preventivo, assim como o de promoção da saúde, deve nortear
a prática assistencial, na busca por um menor índice da lesão por pressão (SOARES,
2018).
O enfermeiro precisa compreender o processo de envelhecimento na
perspectiva gerontológica e buscar efetivar esforços de cuidados individuais,
centralizados nas necessidades essenciais de cada idoso, desde a admissão
(OLIVEIRA, 2017).
Uma abordagem geral sobre a fisiologia da pele, particularizada para a pele do
idoso e suas alterações patológicas, a fim de se fundamentar a proposta de
investigação em enfermagem, voltadas particularmente a alunos e profissionais da
área da saúde, durante a prática diária do exercício profissional relacionado com
idosos (FORTES, 2014).
O sucesso da sua prevenção depende dos conhecimentos e habilidades dos
profissionais de saúde sobre o assunto, principalmente dos membros da equipe de
enfermagem que prestam assistência direta e contínua às pessoas. Entretanto, torna-
se necessário compreender os fatores individuais e institucionais que influenciam o
12

conhecimento e o uso das evidências pelos profissionais, de forma que as estratégias


possam ser esplanadas e utilizadas nas instituições (PIMENTEL ALVES, 2014).
Por meio da utilização de seus conhecimentos específicos, estabelecer metas,
utilizar escalas preditivas de avaliação de risco e implantar medidas de prevenção e
tratamento das UP, estabelecendo um processo avaliativo contínuo preservando
assim a integridade da pele (OLKOSKI, 2016).
A implantação e a implementação de protocolos nas instituições de saúde são
consideradas, por autores nacionais e internacionais, como uma forma positiva para
a redução das taxas de incidência de UP. Mas, apesar da relevância dessas medidas
para reduzir os agravos ao paciente com UP, observa-se que esses protocolos de
prevenção ainda são pouco utilizados nas instituições hospitalares (GALVÃO, 2017).
A abordagem multidisciplinar, com início na identificação precoce dos pacientes
não susceptíveis, deve abranger também os familiares envolvidos e o próprio paciente
quando possível. As principais medidas preventivas envolvidas são os mecanismos
de pressão, mudança periódica de posição, controle da incontinência, cuidados com
a pele e nutrição (ASCARI, 2014).
Os profissionais precisam dominar o conhecimento com relação aos fatores de
risco das LPPs, assumindo em sua prática clínica a avaliação diária global dos
pacientes, principalmente do risco de desenvolvimento de lesão por pressão na pele
dos internados. Portanto, é importante que os enfermeiros programem medidas
preventivas eficazes para que essas lesões possam ser minimizadas. Muitas vezes,
o resultado poderá depender da capacidade e conhecimento dos profissionais
responsáveis pela assistência em saúde, tendo resultados ineficazes se o
conhecimento for insuficiente (MARTINS, 2017).

1.1 PROBLEMATICA

Diferentemente de boa parte das alterações da pele, a LPP tem sido alvo de
grande preocupação para os serviços de saúde, pois sua ocorrência causa impacto
tanto para os pacientes como para suas famílias e instituição, com aumento do tempo
de internação (NASCIMENTO, 2016).
Um dos mais importantes fatores predisponentes para o desenvolvimento de lesões
na pele está associado às fragilidades decorrentes do processo de envelhecimento da pele
e das condições peculiares de cada idoso cuidado, o que pode ocasionar alterações na
13

qualidade de vida dessas pessoas, bem como sequelas advindas do aumento do tempo de
imobilidade no leito, demandando planejamento de ações de reabilitação e recuperação do
idoso (SANTANA, 2016).
O processo fisiológico do envelhecimento sofre alterações com depleção das
estruturas, deixando os idosos com fragilidade a agressões internas e externas.
Quando instalada uma lesão, é imprescindível identificar os fatores internos e externos
que interferem no processo de cicatrização e que contribuem para o retardo do
processo cicatricial, pois o fator idade interfere neste processo devido às alterações
metabólicas que costumam acometer o idoso, fazendo com que sua resposta
reparadora para lesão seja lenta quando comparada a do jovem (DANTAS, 2017).
Todas as alterações que ocorrem no processo do envelhecer têm o objetivo de
reduzir progressivamente a reserva funcional do organismo. Isto ocorre graças às
alterações moleculares e celulares que resultam em perda funcional progressiva dos
órgãos e do organismo como um todo, levando o idoso a uma fragilidade e
vulnerabilidade que facilita a sua afecção por doenças agudas e ou crônicas sem
dependência ou com dependência total (GIARETTA, 2016).
Apesar dos avanços nos cuidados em saúde nos últimos anos, as úlceras por
pressão continuam sendo uma importante causa de morbidade e mortalidade,
constituindo grande impacto na qualidade de vida do paciente e de seus familiares,
gerando um problema social, econômico e de saúde pública (ASCARI, 2014).
A LPP tem sido fonte de preocupação para os serviços de saúde mundiais, pois
ainda se constitui em um problema no processo de atenção à saúde. Sua ocorrência
causa vários transtornos físicos e emocionais ao paciente, como desconforto, dor e
sofrimento, além de aumentar o risco de complicações, influindo na morbidade e
mortalidade (MORAES, 2016).
Em 2013, instituiu-se, por meio da Portaria nº 529/13, do Ministério da Saúde e
a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 36/2013, o Programa Nacional de
Segurança do Paciente (PNSP), cujo objetivo é contribuir para a qualificação do
cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional.
(COSTA, 2018).
No Brasil, embora existam poucos trabalhos sobre incidência e prevalência de
LP, as ocorrências dessas são altas, variando de 10,6% a 62%, enquanto a variação
desta é de 7,3%. Esta grande diferença é justificada pelo perfil da população estudada,
metodologia adotada e por incluir ou não as LP de estágio I. As LP estão relacionadas
14

ao aumento da expectativa de vida global, sendo os pacientes geriátricos e com


restrição de movimento os mais afetados por essa condição (VIEIRA, 2018).
Apesar dos avanços tecnológicos e científicos na área da saúde, a ocorrência
de Úlcera por Pressão (UP) em instituições hospitalares, ainda hoje, representa um
sério problema, acarretando sofrimento físico e psicológico para o paciente e seus
familiares, além de contribuir para o aumento dos gastos financeiros do sistema de
saúde, geralmente escassos (GALVÃO, 2017).
A Enfermagem, por se tratar da maior força de trabalho em saúde no Brasil,
remete a necessidade de uma relação direta da categoria com as estratégias de
segurança do paciente e a prevenção de erros. A realização de notificação de eventos
adversos é necessária, pois contribui para o acompanhamento e controle das
ocorrências e para a elaboração de medidas preventivas mais eficazes (DUARTE,
2015).
Os enfermeiros exercem importante papel no tratamento das lesões cutâneas
e devem estar sempre em busca de novos conhecimentos, desafiando seu
conhecimento técnico científico. Porém, muitas vezes encontram dificuldades para
identificar a fase correta da cicatrização e confundem as características normais e
anormais associadas a esse processo (FAVRETO, 2017).
Faz-se necessário o conhecimento da temática buscando assim respostas na
literatura, possibilitando os estudos com relação às questões relevantes direcionadas
à prevenção de LPP na pessoa idosa. E diante desta apresentação surgiu o seguinte
questionamento: Como o enfermeiro pode atuar na prevenção e no cuidado da LPP
em idosos?

1.2 JUSTIFICATIVA

A Enfermagem, por se tratar da maior força de trabalho em saúde no Brasil,


remete a necessidade de uma relação direta da categoria com as estratégias de
segurança do paciente e a prevenção de erros. A realização de notificação de eventos
adversos é necessária, pois contribui para o acompanhamento e controle das
ocorrências e para a elaboração de medidas preventivas mais eficazes (PACHÁ,
2018).
Estatisticamente no Brasil existem poucos estudos sobre a prevalência e
incidência do agravo, contudo, no que tange ao domicílio, estudos apontaram entre
15

41,2% e 59% de risco para o desenvolvimento da lesão por pressão, e uma


prevalência entre 8% e 23%, sendo considerado fator preocupante por se tratar de um
evento que pode ser prevenido em até 95% dos casos (SOARES, 2018).
Diante dessa realidade, torna-se necessário o entendimento dos fatores
associados ao desenvolvimento da UP na clínica médica, cujo tempo de permanência
do paciente é maior que em clínicas de cuidado agudo. Acredita-se que pesquisas
relacionadas à temática possam otimizar o planejamento de medidas preventivas na
assistência oferecida pelos profissionais de enfermagem e promover a redução do
evento adverso úlcera por pressão (MATOZINHOS, 2017).
É um sério problema que afeta aproximadamente 9% dos idosos e 23,0% dos
acamados com cuidados domiciliares. O seu desenvolvimento concorre para o
aumento dos custos de saúde com o idoso, interferindo negativamente em seu bem-
estar físico, mental e espiritual restringindo-o ao leito e empobrecendo seu viver,
independente do contexto que está inserido (AUGUSTO, 2017).
O idoso hospitalizado, o que se observa é que o cuidado pela equipe de
enfermagem deve ser redobrado. Um dos riscos eminentes de um idoso acamado são
os casos de LPP, ocasionados principalmente pela falta de alternância de decúbito,
mantendo esse idoso por um tempo em uma mesma posição, diante disso, é
importante que a equipe de enfermagem esteja atenta a esse cuidado (DEBON,
2018).
É evidente a importância de reduzir a incidência de LP, considerado um
importante indicador de qualidade assistencial, por intermédio da prevenção e
identificação dos fatores de risco, o que pode ocorrer por meio da educação
permanente da equipe multiprofissional, com uma prática baseada em evidências,
permitindo analisar os casos quanto à sua distribuição, à vulnerabilidade dos
pacientes e ao local em que as lesões são mais frequentes (AUGUSTO, 2017).
A escassez de conhecimentos técnico-científicos gerontogeriátricos afirma a
falta de sintonia entre o preparo profissional e as necessidades de cuidado. Esse
desarranjo reflete nas fragilidades do processo de trabalho das equipes de saúde para
a pessoa idosa e aponta a urgência da formação do profissional da equipe de
enfermagem que necessita qualificação para prestar assistência tal qual as demandas
16

atuais da população idosa exigem, especialmente no âmbito hospitalar (SANGUINO,


2018).
O tratamento e a prevenção de feridas, frequentemente, estão sob a
responsabilidade do enfermeiro, sendo de sua competência a avaliação e a prescrição
das melhores coberturas para o tratamento da lesão. A este profissional cabe
executar, orientar ou supervisionar a equipe de Enfermagem na execução do curativo.
O cuidado com feridas requer conhecimento específico, habilidade e autonomia
(SANTOS, 2017).
A enfermagem deve buscar estratégias sólidas para prestar o cuidado seguro,
como membro pro-ativo e participante direto e responsável pela garantia da segurança
do paciente, e da promoção de uma cultura de segurança, levando em consideração
algumas estratégias, como a comunicação entre a equipe, os erros como
oportunidade de aprendizado e a valorização (CAVALCANTE, 2015).
Este estudo é de suma importância, pois as Lesões por Pressão são
complicações desagradáveis, dolorosas, e que sua prevenção e tratamento têm
custos elevados. A enfermagem busca fazer os cuidados preventivos em pacientes
que apresentam ou possam apresentar a patologia. A falta de notificações sobre estas
lesões também representa uma dificuldade sobre o tema, mostrando a importância de
novos estudos que abordem esta temática, gerando assim informações que possam
orientar e capacitar as equipes multi profissionais, bem como os pacientes.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo geral

Investigar na literatura científica a assistência do enfermeiro na prevenção e no


cuidado das lesões por pressão na pessoa idosa.

1.3.2 Objetivos especifico

• Identificar a conduta do enfermeiro e sua participação frente ao tratamento


da LPP;
• Descrever as ações desenvolvidas pelo enfermeiro para a prevenção das
lesões por pressão na pessoa idosa;
• Investigar os cuidados realizados pelo enfermeiro ao idoso com lesão por
pressão.
17

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 IDOSO

Envelhecimento se constitui como um processo intrínseco, ativo e progressivo,


acompanhado por alterações físicas, fisiológicas e psicológicas, as quais podem
acarretar em prejuízos na capacidade do idoso em se adaptar ao meio em que vive
(TAVARES, 2016).
As mudanças qualitativas refletem na diminuição da solubilidade e na alteração
de várias propriedades físicas das moléculas. As mudanças quantitativas de colágeno
são resultantes da diminuição da atividade metabólica dos fibroblastos, que são as
células responsáveis por sua síntese (FORTES, 2014).
Ocorre de forma progressiva e irreversível e ocasiona diversas modificações no
sistema fisiológico do indivíduo. Além do aparecimento de doenças crônicas-
degenerativas, podem ocorrer restrições motoras, visuais, intelectuais e auditivas em
pessoas com idades mais avançadas, reduzindo suas condições de saúde. O
envelhecimento proporciona fatores predisponentes para o desenvolvimento e
agravamento do estágio inicial da LPP e, consequentemente, uma maior
probabilidade de surgir uma lesão (SOUZA, 2017).

2.2 PREDISPOSIÇÃO DA PESSOA IDOSA À LPP

O envelhecimento é um processo natural que ocorre durante o curso de vida


do indivíduo e submete o corpo humano a inúmeras mudanças físicas e funcionais,
como recuperações nas condições de saúde física e psicológica. Muitas dessas
alterações são progressivas, como aquelas na estrutura da pele e dos músculos, as
quais colocam o idoso em risco para o desenvolvimento das ulceras por pressão
(FERREIRA, 2016).
Quando não se envelhece de maneira saudável, o aumento da longevidade e
do processo incapacitante aumenta a prevalência de LPP, ocasionando mais um
processo de saúde para o idoso. Sobretudo para aqueles que passam maior parte do
tempo acamados ou sentados e com exposição a fatores extrínsecos, como fricção,
cisalhamento e humidade, e intrínseco como desnutrição, envelhecimento, baixa
18

pressão arteriolar, perda da sensibilidade, diminuição da força muscular ou


mobilidade, incontinência, hipertermia, anemia e tabagismo (VIEIRA, 2018).
Os idosos são pessoas mais susceptíveis a desenvolver a LP, devido às
próprias condições causadas pelo envelhecimento do corpo humano, como a
diminuição da espessura da pele, das fibras elásticas e rigidez do colágeno, além da
redução do tecido adiposo subcutâneo nos membros, diminuição de capilares da
derme, que pode ocasionar a redução do suplemento sanguíneo e a desidratação da
pele, os quais são os fatores que predispõem ao surgimento das lesões (SOUZA,
2017).

2.3 ANATOMIA DA PELE

A pele é o órgão do corpo humano, representando 16% do peso corporal, e é


constituída por das camadas germinativas. A pele tem vários papéis, dentre eles
estabelecer uma barreira física entre o corpo e o meio ambiente, impedindo a
penetração de microrganismos e a termorregulação. As fibras nervosas são
responsáveis pelas sensações de calor, frio, dor, pressão, vibração e tato. As
glândulas sebáceas, por meio da sua secreção, agem como lubrificante e
emulsionante e formam o manto lipídico da superfície cutânea, com atividades
antibacteriana e antifúngica (MITTAG, 2017).
Apresenta involução com o avançar da idade, que se tornam evidentes em
torno dos 65 anos, quando os componentes das camadas sofrem alterações
estruturais, numéricas e funcionais, sendo o envelhecimento um dos fatores de riscos
para formação de lesão por pressão (AUGUSTO, 2017).
A pele tem como principais funções: proteção contra infecções, lesões ou
traumas, raios solares, controle de temperatura corporal e função sensorial. É
composta por três camadas: epiderme, derme e hipoderme (FAVRETO, 2017).
A epiderme, composta por várias camadas de queratinócitos (95% das células).
Estes sofrem um processo de queratinização, em que a célula se diferencia,
movimentando-se em direção à superfície a partir da camada basal, através da
camada espinhosa e da camada granulosa, para a camada mais externa, a camada
córnea (CC). Ao alcançarem a camada córnea, as células tornam-se anucleadas e
achatadas, passando a designar se por conócitos e serão, posteriormente, eliminadas
no processo de descamação da pele (SOARES, 2016).
19

A derme é subdividida e, m: derme papilar, que corresponde às papilas


dérmicos e é constituída por tecido conjuntivo frouxo, e derme reticular, a maior parte
da derme, de tecido conjuntivo denso não modelado. As fibras colágenas dispostas
em diferentes sentidos conferem resistência ao estiramento, as camadas papilar e
reticular contêm fibras elásticas, o que dá elasticidade à pele (MONTANARI, 2016).
Hipoderme ou subcutâneo, com a função principal de depósito nutritivo de
reserva, serve de união com os órgãos adjacentes (MITTAG, 2017).
Figura 1: Corte Anatômico das Estruturas da Pele.
Figura 1 – Corte Anatômico das Estruturas da Pele

Fonte: Imagem Google


FONTE: Imagem Google.
2.4 LESÃO POR PRESSÃO
3.2.3 Definição de Terminologia
As úlceras de pressão, também conhecidas como úlceras de pele, úlceras de

A terminologia “úlcera por pressão” foi alterada pelo National Pressure Ulcer
decúbito e escara, são feridas crônicas complexas. Elas são uma causa frequente de

Advisory Panel (NPUAP) para “Lesão por pressão”, pois esta nova expressão
morbidade em indivíduos em hospitais e lares de idosos que exigem tratamentos
caros e demorados (BUZZI, 2015).
descreve de forma mais precisa esse tipo de lesão
As lesões, úlceras ou feridas que ocorrem, podem atingir não apenas a pele
em uma ou mais camadas, mas também tecido muscular, tendões, nervos e ossos.
Uma ferida é representada pela interrupção da continuidade de um tecido corpóreo,
em maior ou em menor extensão, causada por qualquer tipo de trauma físico, químico,
20

mecânico ou desencadeada por uma afecção clínica, que aciona as frentes de defesa
orgânica para o contra-ataque (FAVRETO, 2017).

2.4.1 Classificações de lesão por pressão

Para classificar o grau de lesão usa-se a palavra estadiamento, que verifica a


profundidade da destruição tecidual. Em 1990, o NPUAP recomendou a
sistematização universal para classificação da LPP, que a partir daí passou a ser
classificada por estágios de I a IV. Sendo assim, de acordo com a atualização do
NPUAP em 2016, as LPP podem ser classificadas em: Estágio 1, Estágio 2, Estágio
3, Estágio 4, Perda total da espessura da pele e perda tissular e Lesão por pressão
tissular profunda (SANCHES, 2018).
Estágio 1, eritema não branqueável em pele intacta; Estágio 2, perda da
espessura parcial da pele com exposição da derme; Estágio 3, perda da espessura
total da pele; Estágio 4, perda total da espessura da pele e perda tissular; não
classificável quando há perda tissular não visível; e lesão por pressão tissular
profunda, descoloração vermelho escura marrom ou purpura, persistente e que não
embranquece (BEZERRA, 2017).
Existem sistemas de classificação das LPPs. Sendo classificadas para indicar
a extensão dos danos tissular. É o sistema mais utilizado National Pressure Ulcer
Advisory Panel (NPUAP, 2016).

Quadro 1 – Classificações de lesão por pressão segundo NPUAP


Lesão Por Pressão DEFINIÇÃO
Estágio 1 Pele íntegra com eritema que não embranquece.
Estágio 2 Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme
Estágio 3 Perda da pele em sua espessura total.
Estágio 4 Perda da pele em sua espessura total e perda tissular
Não Classificável. Perda da pele em sua espessura total e perda tissular não visível
Tissular Profunda Coloração vermelho escura, marrom ou púrpura, persistente e que
não embranquece.
DEFINIÇÕES ADICIONAIS
Relacionadas a Resulta do uso de dispositivos criados e aplicados para fins
dispositivos diagnósticos e terapêuticos. A lesão por pressão resultante
médicos geralmente apresenta o padrão ou forma do dispositivo. Essa lesão
deve ser categorizada usando o sistema de classificação de lesões
por pressão.
Em membranas Encontrada quando há histórico de uso de dispositivos médicos no
mucosas local do dano. Devido à anatomia do tecido, essas lesões não podem
ser categorizadas.
21

Relacionadas a Resulta do contato prolongado com utensílios usualmente


utensílios encontrados no domicílio de pacientes cadeirantes ou restritos ao
domésticos leito.
Fonte: Adaptado de National Pressure Ulcer Advisory Panel (2016).

Figura 2 – Principais pontos para desenvolver lesões por pressão.

Fonte: TelessaúdeRS-UFRGS (2017).

Quadro 1 – Estágios da Lesão Por Pressão


Estágios da LPP Definição
Pele íntegra com área
localizada de eritema que não
embranquece e que pode
parecer diferente em pele de cor
escura. Presença de eritema
Estágio 1: Pele que embranquece ou
íntegra com eritema mudanças na sensibilidade,
que não temperatura ou consistência
embranquece (endurecimento) podem
preceder as mudanças visuais.
Mudanças na cor não incluem
descoloração púrpura ou
castanha; essas podem indicar
dano tissular profundo

O leito da ferida é viável, cor-


de-rosa ou vermelho, úmido, e
também pode se apresentar-
Estágio 2: Perda como uma bolha cheia de soro
parcial da intacta ou quebrada, o tecido
espessura da pele adiposo não é visível e os
com exposição da tecidos mais profundos não são
derme visíveis
22

Perda da pele em sua


espessura total na qual a
gordura é visível e,
frequentemente, tecido de
granulação e epíbole (lesão
com bordas enroladas) estão
presentes. Esfacelo e /ou
escara pode estar visível. A
profundidade do dano tissular
Estágio 3: Perda da varia conforme a localização
pele em sua anatômica; áreas com
espessura total adiposidade significativa podem
desenvolver lesões profundas.
Podem ocorrer descolamento e
túneis. Não há exposição de
fáscia, músculo, tendão,
ligamento, cartilagem e/ou
osso. Quando o esfacelo ou
escara prejudica a identificação
da extensão da perda tissular,
deve-se classificá-la como
Lesão por Pressão Não
Classificável.
Exposição ou palpação direta
de tecidos como fáscia,
músculo, tendão, ligamento,
cartilagem ou osso na úlcera.
Com frequência ocorrem
bordas despregadas,
descolamentos e/ou
Estágio 4: Perda da tunelizações. Todos os tipos de
pele em sua tecidos (granulação, esfacelo
espessura total e e/ou escara) podem estar
perda tissular presentes nesse estágio
23

Perda da pele em sua


espessura total e perda tissular
na qual a extensão do dano não
pode ser confirmada porque
está encoberta pelo esfacelo ou
escara. Ao ser removido
Não Classificável: (esfacelo ou escara), Lesão por
Perda da pele em Pressão em Estágio 3 ou
sua espessura total Estágio 4 ficará aparente.
e perda tissular não Escara estável (isto é, seca,
visível. aderente, sem eritema ou
flutuação) em membro
isquêmico ou no calcâneo não
deve ser removida

Área localizada da pele com


coloração vermelha, marrom ou
púrpura persistente, com
Tissular Profunda: aspecto de hematoma, ferida
descoloração escura ou bolha cheia de
vermelho escura, sangue.
marrom ou púrpura,
persistente e que
não embranquece.

Fonte: Adaptado de National Pressure Ulcer Advisory Panel (2016).

2.4.1.1 Lesão por pressão relacionada a dispositivo médico

Essa terminologia descreve a etiologia da lesão. A Lesão por Pressão


Relacionada a Dispositivo Médico resulta do uso de dispositivos criados e aplicados
para fins diagnósticos e terapêuticos. A lesão por pressão resultante geralmente
apresenta o padrão ou forma do dispositivo. Essa lesão deve ser categorizada usando
o sistema de classificação de lesões por pressão (SOBEST, 2016).
24

2.4.1.2 Lesão por pressão em membranas mucosas

A lesão por pressão em membranas mucosas é encontrada quando há histórico


de uso de dispositivos médicos no local do dano. Devido à anatomia do tecido, essas
lesões não podem ser categorizadas (NPUAP, 2016).

2.4.2 Sistematização de assistência de enfermagem (SAE)

As pesquisas revelam a importância do exame físico realizado por enfermeiros


que deve incluir a criteriosa avaliação da pele e a classificação de risco para LP para
prescrição de cuidados preventivos dessas lesões. O desenvolvimento e a inclusão
do diagnóstico de enfermagem risco para ulcera por pressão incorporada a
terminologia North American Nursing Diagnosis Associaction (NANDA), 2015 A 2017
também denotam a sua importância para a enfermagem (MENDONÇA, 2018).
Para a implementação do processo de enfermagem, faz-se necessária a
utilização de sistemas de classificação que auxiliem na identificação de diagnósticos,
resultados e intervenções de enfermagem e, dentre as taxonomias, a Classificação
Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) mostra-se apropriada,
principalmente quando direcionada a uma população ou prioridade de saúde
específica, representada pelos subconjuntos terminológicos (GRASSE, 2018)
Torna-se fundamental identificar na prática clínica os resultados de
enfermagem na Nursing outcomes Classification (NOC) e as intervenções de
enfermagem contidas na Nursing Interventions Classification (NIC), considerando que
o estabelecimento das relações entre as intervenções e os resultados de enfermagem
do diagnóstico de Risco de lesão por pressão aos pacientes idosos é pertinente, uma
vez que proporcionara maior fundamentação durante a sistematização da assistência
de enfermagem (CALDINI, 2017).
O NANDA internacional define o risco de lesão por pressão com o estado de
vulnerabilidade de dano celular na pele e no tecido subjacente resultante da
compressão com tecidos moles, geralmente sobre uma proeminência óssea, durante
um período de tempo capaz de ocasionar isquemia local e, consequentemente,
necrose (CALDINI, 2017).
25

Quadro 2 – Processo de Enfermagem na atuação do enfermeiro junto à pessoa idosa


com lesão por pressão
FENÔMENO DE DIAGNÓSTICO RESULTADOS PRESCRIÇÃO
ENFERMAGEM DE ESPERADOS DE
(sinais e sintomas, ENFERMAGEM 1
(CIPE , NOC )² ENFERMAGEM
respostas humanas, (CIPE1, NANDA²) (CIPE1, raciocínio
comportamentos, clínico próprio)
condições)
Hidratação da pele Integridade da pele Cor da pele Hidratar a pele
comprometida no normal, sem com hidratante 3x
idoso ¹ umidade e sem ao dia
características
de lesão ¹
Redução na Movimento Mudança de Mudança de
mobilidade corporal decúbito está decúbito de 2h
diminuído¹ sendo em 2h
praticada.¹
Envelhecimento Extremos de idade² Cuidados Avaliar o estado
específicos com de higiene da
a pele pele do idoso²
lesionada¹ Manter as lesões
limpas e secas²
Extremos de peso² Aumento de Observar a
Nutrição ingestão hídrica¹ questão
nutricional desse
Evitar exposição idoso¹
ao sol.¹
Fonte: NANDA, 2018, NOC, 2016, CIPE, 2017.

2.4.3 A prevenção das lesões

Atualmente, no Brasil, estratégias para a segurança do paciente têm sido


recomendadas, inclusive, na forma de protocolos de ação, com destaque para os
seguintes eixos: identificação do paciente; cirurgia segura; higienização das mãos;
segurança no uso, prescrição e administração de medicamentos; melhoria da
comunicação; e redução de quedas e lesões por pressão (LP) (CONSTANTIN, 2018).
Entre as ações essenciais de enfermagem para evitar o desenvolvimento da
LP, têm-se: a mobilização e o posicionamento adequado do paciente, cuidados com
a pele por meio de uso de técnicas apropriadas de higiene, utilização de creme
hidratante, a utilização de colchões que redistribuem a pressão nas proeminências
ósseas, monitoramento das condições nutricionais e ingestão hídrica, entre outros
(OLIVEIRA, 2017).
26

As intervenções de enfermagem para o cuidado com as LPP, requerem


acompanhamento da equipe por meio de escalas de medição do risco. Existem na
literatura, vários instrumentos para predição desse risco, como a escala de Gosnell,
Andersen, Braden, Norton e Waterlow. Na instituição do estudo, utiliza-se a escala de
Braden, validada para a língua portuguesa em 1999, sendo a mais utilizada pelas
instituições brasileiras em virtude do seu alto valor preditivo para LPP (SANCHES,
2018).
A escala de Braden está amparada na fisiopatologia das úlceras por pressão e
permite avaliação de aspectos importantes à formação da úlcera, segundo seis
parâmetros: percepção sensorial, umidade, mobilidade e atividade, nutrição, fricção e
cisalhamento. Os cinco primeiros subescores recebem uma pontuação que varia de
um a quatro, enquanto que o subescore fricção e cisalhamento, de um a três. A soma
da pontuação de cada subescore permite a estratificação em faixas, onde menores
valores indicam piores condições (BORGHARDT, 2015).

Quadro 3 – Distribuição dos participantes conforme os fatores de risco da escala de


Braden.
PONTUAÇÃO
1 2 3 4
Umidade Completamente Muito molhado Ocasionalmente Raramente
molhado molhado molhado
Atividade Acamado Confinado a Anda Anda
cadeira ocasionalmente frequentemente
Mobilidade Totalmente Bastante Levemente Não apresenta
limitado limitado limitações
Nutrição Muito pobre Provavelmente Adequada Excelente
inadequada
Fricção e Problema Problema Nenhum
cisalhamento potencial problema -------
Fonte: (VENTURA, 2014).

Existem diversos fatores de risco que contribuem direta ou indiretamente para


o surgimento das UP. Entre eles destacam-se variáveis mencionadas na Escala de
Braden, como percepção sensorial relacionada ao grau de desorientação (ou seja, a
27

habilidade de responder ao desconforto gerado pela pressão exercida), atividade,


mobilidade, umidade gerada pela incontinência urinária e/ou anal, nutrição, fricção e
cisalhamento. Há também outros fatores contribuintes para a formação das UP: idade,
sexo, tempo de internação, comorbidades, doenças crônicas e o uso de certos
medicamentos (VENTURA, 2014).
As escalas são úteis, complementam-se e trazem benefícios na avaliação
sistemática do paciente. Em pacientes críticos, a utilização deste instrumento deve
ocorrer diariamente, em decorrência da variação das condições clínicas, sendo
necessária a implementação de condutas apropriadas de prevenção após o
diagnostico (BORGHARDT, 2015).

Figura 8 – ABORDAGEM INICIAL DA ENFERMAGEM


FLUXOGRAMA DE AVALIAÇÃO DA ESCALAS DE BRADEN EM IDOSOS HOSPITALIZADOS

Admissão + avaliação
Cutânea

Escala de
Braden

PACIENTE COM SEM RISCO (19 A


RISCO 23 PONTOS)

PREVENÇÃO
Risco Risco Riscos Risco
Muito alto (10 moderad baixo
Alto (≥ 9 a 12 os (13 a (15 a 18
pontos) pontos) 14 pontos) REAVALIAÇÃO
pontos) DIÁRIA

RECLASSIFICAR
INTERVENÇÃO DE
ENFERMAGEM

MANTER /
ALTERNAR PLANOS
REAVALIAÇÃO
DE CUIDADOS
DIÁRIA
28

Para facilitar a implementação e a sustentação das ações de segurança do


paciente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) Publicou a Resolução
da diretoria colegiada RDC nº 36 de 25 de julho de 2013, que estabelece a
obrigatoriedade de implantação do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) em
Serviços de Saúde que tem o papel fundamental e todo o processo de implantação
do plano de segurança do paciente (PSP), sendo uma das ações que devem estar
prevista para a prevenção de LPP ( ANVISA, 2017).
O Ministério da Saúde (MS) Instituiu o Programa Nacional de Segurança do
Paciente (PNSP), com o objetivo de melhorar a qualidade do cuidado em saúde por
meio da implantação de metas voltadas a segurança do paciente, como: identificar
corretamente o paciente; melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde;
melhorar a segurança na prescrição; assegurar a cirurgia em local de intervenção,
procedimentos e pacientes corretos; higienizar as mãos para evitar infecções e reduzir
o risco de quedas e lesão por pressão (OLIVEIRA, 2017).
A Qualidade de uma boa assistência ao paciente idoso com lesão por pressão
se dá por meio de uma equipe de enfermagem qualificada, sendo necessária uma
formação de conhecimento, de segurança e com qualidade, caracterizando a
indispensabilidade de alto desempenho no contexto de formação e no ambiente de
trabalho (MAZZO, 2018).

2.5 TRATAMENTO DE LESÕES

O uso de curativos com diferentes tipos de coberturas é considerado a terapia


convencional, beneficiando o processo de cicatrização à médio e longo prazo,
dependendo do estadiamento com base no grau de destruição tecidual das lesões e
das condições do paciente (JUNIOR, 2018).
O tratamento de lesões por pressão acarreta gastos expressivos ao serviço de
saúde, em especial as de estágio 3 e 4, visto que exigem grande quantidade de
recursos materiais e humanos. Auditorias realizadas em serviços de saúde públicos
mostraram que inconsistências na prática da gestão do tratamento de feridas e uso
de métodos ultrapassados (SILVA, 2017).
A troca de curativos é parte integrante do cuidado com as lesões e a cobertura
é de extrema importância para o sucesso do tratamento, entretanto deve ser
precedida de uma avaliação criteriosa, pois cada cobertura apresenta as mais
29

diversas indicações e a mesma lesão pode demandar mais de um produto, de acordo


com a mudança de suas características. A avaliação e a verificação da ferida devem
ser realizadas a cada troca de curativo, pelo enfermeiro, que deve exercer toda a sua
autonomia, já que tem a competência técnica e científica para desempenhar tal
cuidado e assim obter êxito (DANTAS, 2014).
Os enfermeiros tem o papel fundamental na avaliação e no tratamento dessas
lesões e devem sensibilizar, incentivar e treinar a equipe para que sigam padrões
definidos de tratamento, tem também a responsabilidade de prever e prover recursos
humanos, materiais e estruturais, e de implantar medidas preventivas para que assim
tenhamos melhores resultados (FAVRETO, 2017).

3 METODOLOGIA

3.1 METODOS E ABORDAGEM

O presente artigo trata de uma revisão integrativa da literatura de caráter


exploratório sobre a atuação do enfermeiro junto a pessoa idosa com lesão por
pressão.
A pesquisa integrativa permite a análise de pesquisas e síntese dos conceitos
de forma ampla, tendo em vista a necessidade do conhecimento científico para
elaboração e desenvolvimento do artigo (CROSSETTI, 2012).
A pesquisa exploratória consiste na realização de um estudo para a
familiarização do pesquisador com o objeto que está sendo investigado durante a
pesquisa. Ela é aplicada de maneira que o pesquisador tenha uma maior proximidade
com o universo do objeto de estudo e que oferece informações e orienta formulação
das hipóteses da pesquisa (RAUPP; BEUREN, 2013).

3.2 PERÍODO DA PESQUISA

Foram utilizados os artigos científicos entre os anos de 2014 ao primeiro


semestre de 2018, por serem artigos dos últimos cinco anos.
30

3.3 FONTE DE COLETAS DE DADOS

As bases de dados utilizadas foram: Literatura Latino-Americana e do Caribe


em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Base de
Dados de Enfermagem (BDENF), para identificação deste artigo foram usados as
seguintes palavras chave: Lesão por pressão, Enfermeiro, Idosos, Prevenção e
Cuidado.

3.3.1 Critérios de inclusão

Foram inclusos na pesquisa os materiais publicados entre os anos de 2014 a


2018, sendo: artigos científicos na íntegra, nos idiomas português e inglês, além de
monografias, livros, manuais e leis.

3.3.2 Critérios de exclusão

Foram desconsiderados artigos não publicados na íntegra e que estejam fora


do período estabelecido entre 2014 a 2018, artigos incompletos, resumos e artigos
que não correspondem aos objetivos do estudo e não estejam nos idiomas português
e inglês.

3.3 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS

A pesquisa está dentro dos critérios éticos, por respeitar a lei do plágio
considerando cópia não autorizada de várias informações, crime de violação de direito
autoral previsto no código penal brasileiro, na Lei 9610.

3.3.1 Instrumento de coletas de dados

Foi elaborado um instrumento de coleta de dados baseado em um questionário


(APÊNDICE) contendo os seguintes requisitos: ano de publicação, origem da
publicação e a atuação do enfermeiro junto a pessoa idosa com lesão por pressão.
31

Para o desenvolvimento desta revisão integrativa foram percorridos os


seguintes focos de pesquisa por via eletrônica. Foram utilizadas 3 bases de dados:
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific
Eletronic Library Online (Scielo) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF).

3.3.2 Analise e apresentação dos resultados

Os dados foram apresentados por um quadro, onde foram selecionados artigos


por ano de publicação e cada um recebeu número de protocolo (A1, A2, A3), (B1, B2,
B3 ) e (C1,C2,C3), obedecendo os critérios de inclusão e exclusão, que surgiram a
partir dos objetivos específicos.
A seleção dos artigos foi feita em 3 etapas, 1ªetapa- leitura dos títulos, 2ª etapa-
leitura de resumo dos artigos selecionados na 1ª e 3ª etapa- leitura dos artigos
selecionados na 2ª etapa. Dos estudos selecionados, foram - leituras dos artigos
selecionados foram analisados os seguintes descritores: a atuação do enfermeiro
junto a pessoa idosa com lesão por pressão.
Foi criado um quadro para análise de acordo com as seguintes categorias-
número de protocolo, título, revista, ano, autor, tipo de estudo e objetivo de estudo.
Para a discussão foram elaboradas três perguntas para cada categoria descrita
no quadro 1- Quais os cuidados desenvolvidos pelo enfermeiro nas lesões por
pressão na pessoa idosa 2- Qual a conduta do enfermeiro no tratamento da LPP 3-
Quais as ações são desenvolvidas pelo enfermeiro na prevenção e no cuidado das
LPPs na pessoa idosos.

3.4 RISCO E BENEFÍCIO

A pesquisa apresenta exposição de risco, como o plágio conforme a Lei N 9.610


de 19 de fevereiro de 1998. No entanto, em relação aos seres humanos, não
representa risco por tratar-se de uma Revisão Integrativa da Literatura.
O benefício esperado é que essa pesquisa contribua para novos estudos sobre
a relevância do enfermeiro na prevenção ao cuidado na lesão por pressão em idosos,
tendo como um tema rico em conhecimentos para assistência melhor prestada.
32

4 RESULTADOS

A busca ocorreu na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em


Ciência da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem, Scientific Eletronic
Library Online (Scielo) e (BDENF) foram encontrados 44 artigos. Após o início da
leitura dos textos, permaneceram 34 artigos e 24 foram excluídos que não
correspondiam aos critérios de inclusão. Entretanto no final da leitura, foi excluído
mais 1 artigo que não respondia aos objetivos específicos, finalizando assim com 9
artigos que auxiliaram na construção do quadro 4.

Quadro 4 – Distribuição dos artigos selecionados, segundo título, periódicos, ano base
de dados, autores e objetivos, período de 2014 à 2018.
Tipo de Objetivo de
Nº Titulo Revista Ano Autor
estudo estudo
Perfil dos Caracterizar o
usuários perfil dos pacientes
atendidos Squizatto Trata-se de atendidos em
em Cogitare , Braz, estudo ambulatório de
A1 ambulatóri enferma 2017 Lopes, descritivo cuidado com
o de gem et, al. quantitativo feridas
cuidado
com
feridas
Cuidados Identificar
com atividades de
Lesão de Enfermagem
A2 Pele: Estima 2017 Mittag Estudo relacionadas às
Ações da BF, et al descritivo lesões de pele
Enfermag exploratório Em um hospital de
em ensino de Curitiba
Ensino de Descrever a
prevenção construção de
e cenário clínico
tratament EEAN 2018 Mazzo a, Relato de simulado de alta
A3 o de lesão Miranda, experiência fidelidade
por et. al "Assistência de
pressão enfermagem ao
Utilizando paciente com
simulação lesão por pressão"
Fatores Identificar na
predispon literatura cientifica
entes fatores
para o predisponentes
desenvol Souza Revisão para o surgimento
B1 vimento Revista 2017 NR, integrativa das lesões por
33

da lesão Estima Freire pressão (LP)em


por DA, et al, pacientes idosos
pressão
em
pacientes
idosos:u
ma
revisão
integrativ
a
Identificar os
fatores de riscos
associa- dos ao
desenvolvimento
Úlcera Pesquisa de úlcera por
por descritiva pressão e as
B2 pressão: BJSCR 2014 Ascari et com Necessidades
um al. abordagem Humanas Básicas
desafio qualitativa afetadas em
para a pacientes
Enfermag institucionalizados
em num hospital do
Meio Oeste
Catarinense/SC.
Cuidado Cruz Identificar como os
de Revista RAO, Estudo enfermeiros
enfermag enferma Palhano quantitativo, avaliam a pele dos
B3 em para gem 2019 DB, pacientes idosos
a xerose UFPE Costa
cutânea MML.
em
idosos
O Papel A atuação do
do Enfermeiro no
enfermeir tocante das lesões
o na por pressão devido
Prevençã a complexidade da
C1 o, Revista 2017 Favetro, Revisão avaliação,
Avaliação Gestão FJL, et Bibliográfica tratamento e
e & saúde al. prevenção
Tratamen
to das
lesões
por
pressão
Perfil de Revista
clientes cubana CHIBA estudo caracterizar o perfil
C2 hospitaliz de 2015 NTE, quantitativo de clientes
ados com enferma SANTO e hospitalizados com
gem exploratório lesões cutâneas.
34

lesões
cutâneas
Prática Revista Analisar a atuação
do de Dantas dos enfermeiros de
enfermeir Pesquis ALM, unidade de terapia
o a Ferreira intensiva no
intensivist Cuidado PC, tratamento das
C3 a no é 2014 Diniz Estudo úlceras por
tratament Fundam KD, et descritivo pressão
o de ental al.
úlceras Online
por
pressão
Fonte: Elaboração das autoras, 2019.

5 DISCUSSÕES

5.1 CONDUTA DO ENFERMEIRO FRENTE A PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA


LESÃO POR PRESSÃO

Segundo o artigo A1 a conduta do enfermeiro no tratamento de indivíduos com


feridas inclui a avaliação geral, por meio da anamnese e exame físico; a avaliação
específica da ferida; escolha do produto a ser utilizado; acompanhamento e avaliação
do tratamento. Diversas características das lesões devem ser levadas em
consideração na escolha do produto para o seu cuidado. Devem ser avaliados e
registrados o tipo de tecido presente, as dimensões da lesão o volume e característica
do exsudato, presença de odor e análise da borda e pele perilesional.
A presença de lesão por pressão é um indicador negativo de qualidade da
assistência prestada, sendo avaliada internacionalmente como um evento adverso, e
representa importante desafio para o cuidado em saúde. Recomenda-se ao
enfermeiro a utilização da escala de Braden para identificação precoce das pessoas
em risco de lesão por pressão, o que é fundamental para uma abordagem sistemática
de prevenção e cuidados apropriados (MEIRELES, BALDISSERA, 2019).
O conhecimento sobre o risco, prevenção, estadiamento e tratamento continua
sendo fundamental para todo o profissional de saúde, principalmente para a
enfermagem. A atuação do enfermeiro na prevenção da LP pressupõe que este
profissional estabeleça os diagnósticos e intervenções de enfermagem, o que implica
a necessidade de avaliação do risco dos pacientes de desenvolver uma LP. Portanto,
35

não depende apenas da habilidade clínica do enfermeiro, mas também do uso de um


instrumento de medida para avaliação de risco, que apresente adequados índices de
validade preditiva, sensibilidade, especificidade e testes de confiabilidade
(ALBUQUERQUE., VASCONCELOS, et al., 2018).
De acordo com o artigo A2 prevenir, avaliar e tratar uma ferida são
responsabilidades quase que exclusivas da Enfermagem; para tanto, são requeridos
conhecimentos sobre os fatores de risco, a fisiologia, a anatomia e as etapas do
processo de cicatrização. Este conhecimento é fundamental para a realização de um
diagnóstico do tipo de lesão e a indicação de tecnologias adequadas para a prevenção
e o tratamento da ferida;
Os cuidados no processo de prevenção/tratamento/cicatrização devem ser
0uma preocupação constante dos profissionais e cuidadores, os quais precisam estar
motivados para a busca de informações e novos recursos que permitam minimizar a
mortalidade desencadeada por essas lesões e oferecer ao paciente a melhor
assistência possível (FERREIRA, 2016).
A prevenção de LP constitui a sexta meta entre as Metas Internacionais para
Segurança do Paciente, combinada com a redução do risco de quedas. A Portaria no
529 e a Resolução RDC nº 36, ambas publicadas em 2013 pelo Ministério da Saúde,
explicitam as ações para a segurança do cliente em serviços de saúde e referem a
finalidade de melhoria do cuidado em saúde por meio da proposição e validação de
protocolos, guias e manuais, inclusive com foco na LP (MENDONÇA, 2018).
De acordo com o artigo A3 em um cenário clínico de alta fidelidade, estudos
indicaram que altos índices de LPP, principalmente em populações de risco,
representa um desafio aos profissionais de saúde na implementação de ações
preventivas e de utilização dos avanços tecnológicos para o tratamento. Dentre os
recursos para o tratamento, o uso de curativos com diferentes tipos de coberturas é
considerado a terapia convencional. Eles beneficiam o processo de cicatrização a
médio e longo prazo, dependendo do estadiamento com base no grau de destruição
tecidual das lesões e das condições do paciente;
A prática de cuidados a clientes portadores de feridas é uma especialidade
dentro da enfermagem, reconhecida pela Sociedade Brasileira de Enfermagem
Dermatológica (SOBEND) e pela Associação Brasileira de Estoma terapia (SOBEST),
atribuindo ao enfermeiro autonomia para o cuidado de lesões dermatológicas, uma
36

vez que este é um desafio que requer conhecimento específico, habilidade e


abordagem holística (FARIA, 2016).
O NANDA Internacional define risco de lesão por pressão como um estado de
vulnerabilidade de dano celular na pele e no tecido adjacente, sendo fundamental
identificar na prática clínica os resultados de enfermagem na Nursing outcomes
Classification (NOC) e as intervenções de enfermagem contidas na Nursing
Interventions Classification (NIC), considerando que o estabelecimento das relações
entre as intervenções e os resultados de enfermagem do diagnóstico de Risco de
lesão por pressão aos pacientes idosos é pertinente, uma vez que proporcionara
maior fundamentação durante a sistematização da assistência de enfermagem
(CALDINI, 2017).

5.2 AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO ENFERMEIRO PARA A PREVENÇÃO DAS


LESÕES POR PRESSÃO NA PESSOA IDOSA

De acordo com artigo B1 o sucesso na prevenção e na diminuição das LP


depende do conhecimento dos fatores predisponentes e da habilidade da equipe de
saúde, principalmente da equipe de enfermagem que presta assistência direta aos
pacientes de maneira individualizada Contudo, torna-se indispensável abranger os
fatores predisponentes individuais e institucionais que influenciam o uso das
evidências pelos profissionais, de forma que as estratégias possam ser planejadas e
utilizadas .
O protocolo funciona como uma ferramenta para segurança do paciente e como
estratégia de fortalecimento das práticas assistenciais7-8 sem, no entanto,
menosprezar o julgamento clínico, a técnica e a habilidade do enfermeiro em analisar
atentamente os itens da escala a fim do cuidado com excelência e melhor qualidade
de vida e bem-estar para o paciente (MORAES G. A., BORGES., OLIVEIRA et al.
2015).
É preciso, realizar uma avaliação de risco estruturado logo que possível (mas
no prazo máximo de oito horas depois admissão) para identificar os indivíduos com
risco de desenvolver úlceras por pressão; repetir essa avaliação de acordo com a
necessidade do paciente; realizar uma reavaliação, se houver qualquer mudança
significativa na condição do indivíduo; incluir uma análise abrangente da pele para
verificar quaisquer alterações à pele intacta; documentar todas as avaliações de risco;
37

desenvolver e implementar um plano de prevenção de riscos Araújo A. A, Santos A.


G, 2015 (Úlceras por pressão em pacientes internados em unidades de terapia
intensiva: revisão integrativa da literatura) (NPUAP, 2014).
Segundo o artigo B2 o enfermeiro exerce papel importante nestas ocasiões por
ser um profissional que tem condições de avaliar o cuidado diariamente atentando-se
aos riscos e as Necessidades Humanas Básicas (NHB), sem deixar de lado os
principais os princípios técnico-científicos para o planejamento dos cuidados que
atendam estes quesitos através de valores éticos indispensáveis a pratica profissional.
A ocorrência da lesão por pressão é multifatorial e o enfermeiro possui um papel
de destaque no gerenciamento do cuidado, pois é o responsável pela tomada de
decisões propiciando o uso da melhor prática de cuidar dos pacientes hospitalizados,
aliada ao conhecimento científico. Sistematicamente a prevenção da lesão por
pressão é negligenciada na maioria das instituições de saúde brasileiras. Tal fato
ainda decorre de variáveis associadas às falhas humanas no processo preventivo, por
vezes, realizado ainda de forma empírica não alicerçada em conhecimento cientifico
atual (ROCHA, 2016).
Internacionalmente, as recomendações que variam à sua eficácia para os
cuidados de prevenção de LP englobam a mobilização do paciente, com destaque à
mudança de decúbito controlada por no máximo 2 horas; a nutrição e a hidratação
(enteral e tópica da pele); o uso de materiais/dispositivos de proteção da pele e
minimização da pressão em áreas de proeminência óssea; e a educação de
profissionais e familiares; entre outras de cunho mais individualizado, a depender das
condições clínicas de cada paciente (CONSTANTIN, 2018).
Entende-se que a enfermagem tem, como fundamento principal, o cuidado
humano, individual e coletivo, envolvendo a realização do cuidado direto, assim como
a gerência dos serviços e de sua própria equipe de Enfermagem. Orienta-se por
preceitos éticos e legais, de forma a assegurar a qualidade para o bem-estar das
pessoas e/ou o reestabelecimento de sua saúde (CRUZ, 2019).
A pele do idoso apresenta transformações fisiológicas próprias do sistema
tegumentar, que necessita ser entendida antes da tomada de qualquer ação referente
ao cuidado em enfermagem: a diminuição da elasticidade, textura da pele, diminuição
da massa muscular e a redução na frequência de reposição celular tornam a pele do
idoso mais frágil e suscetível ao desenvolvimento de lesões que podem ser induzidas,
38

também, por fatores externos como fricção, cisalhamento, pressão e umidade


(SOUZA, 2017).
Os resultados de enfermagem (RE) da NOC estabelecem medidas e definições
padronizadas e permitem avaliar a efetividade dos cuidados de enfermagem, tornando
visível o impacto das suas ações. Essa mensuração demonstra se os pacientes estão
respondendo adequadamente às intervenções de enfermagem, auxiliando a
determinar se são necessárias mudanças no cuidado (LUIZA, 2018).

5.3 OS CUIDADOS REALIZADOS PELO ENFERMEIRO AO IDOSO COM LESÃO


POR PRESSÃO

De acordo com o artigo C1 o profissional de enfermagem está diretamente


relacionado ao tratamento de feridas, seja em serviços de atenção primária,
secundária ou terciária, é importante manter a observação contínua com relação aos
fatores locais, sistêmicos e externos que condicionam o surgimento da ferida ou
interfiram no processo de cicatrização. Para tanto, é necessária uma visão clínica que
relacione alguns pontos importantes que influenciam neste processo, como o controle
da patologia de base (hipertensão, diabetes mellitus), aspectos nutricionais,
infecciosos, medicamentosos e, sobretudo, rigor e a qualidade do cuidado educativo.
É importante ressaltar a associação dos curativos que serão aplicados de acordo com
os aspectos e evolução da ferida.
Em um determinado hospital público, mostro que o cuidado de enfermagem
omitido é considerado um erro de omissão e este se define como qualquer aspecto
da atenção necessitada pelo paciente que é omitido ou atrasado significativamente.
Existem fatores pelos quais os cuidados de enfermagem regularmente não são
prestados como um todo, os mais frequentes sendo atribuídos aos recursos humanos,
recursos materiais e de comunicação (HERNÁNDEZ, 2016).
A UP causa uma sobrecarga no trabalho dos profissionais da saúde, aumenta
o uso de recursos materiais e os custos da internação. Aos pacientes, além do
desconforto, essas lesões prolongam o tempo de internação, elevam o risco de
desenvolvimento de infecções e consequente complicação no estado de saúde do
paciente (CROSEWSKI, 2015).
De acordo com o artigo C2 o cuidar de feridas é um processo dinâmico,
complexo e que requer uma atenção especial principalmente quando se refere a uma
39

lesão crônica. Deve-se levar em consideração que as feridas crônicas evoluem


rapidamente, são refratárias a diversos tipos de tratamentos e decorrem de condições
predisponentes que impossibilitam a normal cicatrização (CHIBANTE, 2015).
C2 As pesquisas revelam a importância do exame físico realizado por
enfermeiro que deve incluir a criteriosa avaliação da pele e a classificação de risco
para LPP, para prescrição de cuidados preventivos dessas lesões. O desenvolvimento
e a inclusão do diagnóstico de enfermagem Risco para úlcera por pressão,
incorporados à terminologia North American Nursing Diagnosis Association (NANDA),
2015-2017, também denotam a sua importância para a enfermagem (MENDONÇA,
2018).
É evidente a importância de reduzir a incidência de LP, considerado um
importante indicador de qualidade assistencial, por intermédio da prevenção e
identificação dos fatores de risco, o que pode ocorrer por meio da educação
permanente da equipe multiprofissional, com uma prática baseada em evidências,
permitindo analisar os casos quanto à sua distribuição, à vulnerabilidade dos
pacientes e ao local em que as lesões são mais frequentes (AUGUSTO, 2017).
O cuidado diário da pele do paciente grave deve ser realizado pelo enfermeiro,
profissional que agrega os conhecimentos sobre os fatores de risco e as complicações
advindas das Ulceras de Pressão, possibilitando a classificação do grau de
dependência e a prescrição dos cuidados necessários para o tratamento. Após a
avaliação global do paciente ingressante no sistema de saúde, deve ser realizado uma
avaliação especifica da presença ou risco de desenvolvimento de ulceras por pressão,
incluindo a investigação da etiologia e uma avaliação detalhada da ferida. A evidência
sugere que a existência de uma ulcera por pressão de categoria I é um fator de risco
significante para o desenvolvimento de uma ulcera por pressão mais grave (LIMA,
2015).
A escassez de conhecimentos técnico-científicos gerontogeriátricos afirma a
falta de sintonia entre o preparo profissional e as necessidades de cuidado. Esse
desarranjo reflete nas fragilidades do processo de trabalho das equipes de saúde para
a pessoa idosa e aponta a urgência da formação do profissional da equipe de
enfermagem que necessita qualificação para prestar assistência tal qual as demandas
atuais da população idosa exigem, especialmente no âmbito hospitalar (SANGUINO,
2018).
40

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo mostra que a Lesão por Pressão é considerada um


problema de saúde pública grave, que causa um grande impacto na vida do idoso,
envolvendo questões familiares, emocionais, sociais e condições econômicas.
Os idosos por sua vez apresentam alta prevalência para desenvolver LP, a
idade avançada é um fator de risco importante, devido as mudanças fisiológicas do
tecido celular, por apresentar uma pele mais fragilizada e por ser mais susceptíveis
as doenças, contribuindo com alto índice de desenvolvimento do presente agravo.
O enfermeiro na admissão do paciente idoso, precisa realizar o exame físico,
para poder identificar e classificar as medidas a serem aplicadas, o que reforça o
conhecimento técnico-cientifica para um trabalho de prevenção e tratamento
adequado.
Os cuidados com a pele são atividades prioritárias da enfermagem; entretanto,
para que seja concretizado, é necessário investir na sistematização da assistência de
enfermagem, na implementação e na divulgação dos protocolos de prevenção e
tratamento das lesões, na qualificação profissional e na educação em saúde para
pacientes, familiares e acompanhantes.
Essas ações de autocuidado constituem uma habilidade humana que devem
ser desenvolvidas com orientações frequentes, de maneira integrada e atualizada
sempre com uma abordagem simples e clara pelos profissionais da saúde, uma vez
que eles são os principais no controle da cicatrização das lesões.
Dessa forma, espera-se que os enfermeiros permaneçam incentivando o
autocuidado e interagindo com os pacientes no seu processo terapêutico a fim de
atentá-los para a manutenção adequada de seu tratamento clínico.
41

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45

APÊNDICE
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APÊNDICE A – Questionário sobre atuação do enfermeiro junto a pessoa idosa com


lesão por pressão (LPP).

Quais os cuidados desenvolvidos pelo enfermeiro nas lesões por pressão na pessoa
idosa?
Qual a conduta do enfermeiro no tratamento da LPP?
Quais as ações são desenvolvidas pelo enfermeiro na prevenção e no cuidado das
LPPs na pessoa idosa?

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