MIV - Equidade e Direitos Humanos - Saudementalcoletiva - Franciscomarcioalemidamaciel.
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TAUÁ, 2024
RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO: FORTI, Valeria. Direitos humanos e
Serviço Social: notas para o debate. O Social em Questão , v. 28, p. 265-
280, 2012.
RESUMO
ANALISE CRÍTICA
Como é dito pela autora neste artigo, “raros são os momentos em que as
menções e ações do rumo dos profissionais, tornam esse processo possível
devido as dimensões que lhe são dadas a categoria em seu campo de trabalho
técnico-operativo e ético - politico em seu cotidiano”. Pois, devemos ter em
mente as limitações que são postas a profissão são desafiadoras.
Considerando nesse percurso os limites para a construção de uma nova
ordem societária. Para a profissão, os Direitos humanos, tornam-se importante
pelos embates existentes no sistema vigente, pois, são contrários as teorias
criticas do sistema capitalista, devendo então a atuação buscar sua defesa,
ampliação e universalização para uma sociedade igualitária.
Desta forma, devemos ter em mente que o Serviço Social, não é uma
consequência da qualificação de ações ou ampliações dos resultados da
filantropia e do assistencialismo, no quesito à “questão social”. Emerge em
dado momento do capitalismo, chamado de “capitalismo monopolista” em
resposta aos interesses burgueses, ou para atender as requisições burguesas,
voltadas para o controle da classe trabalhadora, em meio aos conflitos de
classes, em que estavam presentes o movimento operário (Forti, 2012).
Para tanto, aos assistentes sociais foi dada a missão de implementar e
executar politicas sociais alinhadas com a lógica de expansão do capitalismo.
Segundo José Paulo Netto (2001) a profissão surge em meio à organização
das ações filantrópicas da burguesia, se desvinculando do acervo de suas
protoformas em um produto típico da divisão social e técnica do trabalho da
ordem monopólica vigente, desse modo, desenvolve-se e legimitiza como
profissão, posteriormente, no campo da intervenção, organização no campo
das politicas sociais.
No Brasil, a partir da década de 1930, o Serviço Social, encontra base
para sua emersão no contexto da chamada revolução de 30, com o
desenvolvimento industrial em detrimento da economia agroexportadora. Nos
governos de Getúlio Vargas, inicia-se um percurso para as condições objetivas
da vida social, materializando a visão politica, o apelo moral as expressões da
chamada “questão social” (Forti, 2012).
Voltamos então a questão da ética na profissão, em seu primeiro código
de ética profissional aprovado em 1947, o foco era cumprir os compromissos
assumidos, respeitar as leis de Deus, e os direitos naturais do Homem[...] Tudo
isso inspirado na caridade cristã. Nesse momento os pressupostos
funcionalistas e os viés norte americanos estavam presentes na profissão. Uma
vertente funcionalista como ideário que reforçava uma visão acrítica e
ahistórica para a profissão naquele momento (Forti, 2012).
O código de ética de 1965, é marcado pela inclusão do Homem,
capacitar o indivíduo, grupos e comunidades para a melhor integração social.
Estimular o processo de desenvolvimento, propugnando pela correção dos
desníveis sociais. Entre as décadas de 1940 e meados das décadas seguintes,
temos o crescimento da economia brasileira, com deterioração das relações de
troca e o esgotamento das reservas em moeda forte e endividamento externo
crescente. Em 1955, a luta pela definição das opções em vista criar condições
favoráveis à expansão econômica, capitalismo dependente, elementos
concretos que engendra a ideologia desenvolvimentista (Forti; Iammamoto;
Carvalho; 2012,1985).
No governo de Juscelino Kubitschek, tinha o ideário que propagava a
viabilidade de desenvolvimento econômico com justiça social, renegociando a
dependência, a marcante presença do capital estrangeiro no país como
essencial para o desenvolvimento do país e seus problemas tradicionais da
sociedade brasileira. Ao Serviço Social, temos a influência norte-americana, o
trabalho em grupo e em comunidade.
Assim, em tempos atuais, o Código de ética do Serviço Social traz uma
percepção crítica à ordem socio econômica vigente, e em consequência a
defesa dos direitos dos trabalhadores. Em seus onze princípios fundamentais,
temos, em destaque a defesa dos Direitos Humanos e a recusa do arbitrário e
do autoritarismo, buscando a ampliação e consolidação da cidadania, em favor
da equidade e da justiça social. A fim de eliminar todas as formas de
preconceito, discriminação, exclusão ( CFES,1993).
Os Direitos Humanos surge nas lutas burguesas pelo declínio do
absolutismo feudal e da consequente realidade traçada pelos privilégios da
nobreza parasitária e do clero da época. Portanto, temos uma mudança de
paradigma, da autonomia, das leis como produto da razão humana, que antes
preponderava a lógica da heteronomia do mundo feudal, para o diálogo com
os chamados Direito Humanos, aqueles que chamamos de Direito civis e
políticos por exemplo, vale lembrar que a Revolução Francesa é considerada
como o marco da emersão do sentimento de liberdade, Fraternidade e justiça
(Forti, 2012).
Nos texto fica subtendido, a seguinte pregunta: O que é os Direitos
Humanos para o sistema capitalista? Para responder essa indagação das entre
linhas a autora escreve o seguinte trecho, “Os direitos Humanos do ponto de
vista liberal em sua forma clássica, limitou-se aos direitos civis e políticos,
respondendo as necessidades mais gerais do modo de produção vigente, que
é o capitalismo”.
Assim, o livre contrato, os direitos civis, a supremacia individual, balizam
a igualdade formal à equivalência de valores de troca de mercadorias e á
condição jurídica entre os contratantes dessas trocas, a propriedade torna-se
um valor jurídico, a chamada propriedade privada dos meios de produção, da
mais valia e das mercadorias em geral. Ao estado cabe assegurar que esses
contratos sejam respeitados e cumpridos segundo suas normas. Ao direito
político cabe qualificar os indivíduos burgueses face sua participação no
Estado ( Forti, 2012)
Em certo momento da história, a partir do século XIX, a burguesia toma
a frente em relação aos direitos conquistados, mais tarde, os trabalhadores que
eram destituídos dos meios de produção, passaram a luta por melhores
condições de vida e trabalho. por exemplo, o voto censitário ( Forti, 2012).
Para trindade (2002) o que temos a seguir é,
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS