Lei Henry Borel

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PROJETO 80/20

Lei n. 14.344/2022 (Lei Henry Borel)


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LEI N. 14.344/2022 (LEI HENRY BOREL)


Lei n. 14.344/2022 – Prevenção e combate à violência doméstica praticada contra
criança e adolescente

Obs.: A Lei Henry Borel é baseada na Lei Maria da Penha. De acordo com o art. 14 dessa
lei, quem determina a retirada do agressor do lar é o juiz, porém, quando não
houver juiz no local, quem determina a retirada é a autoridade policial, seja o
delegado ou o policial.

Artigos importantes: 11, 12, 13, 14,17,25 e 26.

1. O artigo 1º da Lei n. 14.344/2022 destaca os dispositivos constitucionais em que


se fundamentam as regras que vêm a lume (artigo 226, § 8º, CF e artigo 227, § 4º, CF),
bem como os tratados, convenções e acordos acerca da proteção à infância e juventude
firmados pelo Brasil na seara internacional.
5m
2. Síndrome de Caffey?
a. Síndrome de Caffey é a síndrome da criança espancada.
3. Fica instituído, em todo o território nacional, o dia 3 de maio de cada ano como Dia
Nacional de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Criança e o Adolescente.
4. O que é violência doméstica e familiar contra a criança e adolescente?
a. De acordo com o disposto na lei, violência doméstica e familiar contra a criança e
adolescente é qualquer ação ou omissão que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual, psicológico ou dano patrimonial.
5. Quais são as providências que a autoridade policial deve tomar em caso de vio-
lência domiciliar contra crianças e adolescentes?
a. Encaminhar a vítima ao Sistema Único de Saúde e ao Instituto Médico-Legal ime-
diatamente;
b. Encaminhar a vítima, os familiares e as testemunhas, caso sejam crianças ou ado-
lescentes, ao Conselho Tutelar para os encaminhamentos necessários, inclusive para a
adoção das medidas protetivas adequadas;
c. Garantir proteção policial, quando necessário, comunicados de imediato o Ministé-
rio Público e o Poder Judiciário;
d. Fornecer transporte para a vítima e, quando necessário, para seu responsável ou
acompanhante, para serviço de acolhimento existente ou local seguro, quando houver
risco à vida.
6. Qual autoridade pode afastar o agressor do lar? Art. 14
a. I – pela autoridade judicial;

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b. II – pelo delegado de polícia, quando o município não for sede de comarca;


c. III – pelo policial, quando o município não for sede de comarca e não houver dele-
gado disponível no momento da denúncia.
d. O Conselho Tutelar poderá representar às autoridades referidas nos incisos I, II e
III do caput deste artigo para requerer o afastamento do agressor do lar, do domicílio ou
do local de convivência com a vítima.
10m
e. Nas hipóteses previstas nos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comu-
nicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a
manutenção ou a revogação da medida aplicada, bem como dará ciência ao Ministério
Público concomitantemente.
f. Nos casos de risco à integridade física da vítima ou à efetividade da medida prote-
tiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso.
7. O que o juiz deve fazer ao receber o expediente com pedido de medidas prote-
tivas de urgência?
a. Caberá ao magistrado, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas:
I – conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;
II – determinar o encaminhamento do responsável pela criança ou pelo adolescente
ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso;
III – comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis;
IV – determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a posse do agressor.
V – As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requeri-
mento do Ministério Público, da autoridade policial, do Conselho Tutelar ou a pedido
da pessoa que atue em favor da criança e do adolescente.
8. Quem pode requerer a prisão preventiva do agressor?
a. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão
preventiva do agressor, decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou
mediante representação da autoridade policial.
b. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a falta
de motivo para que subsista, bem como decretá-la novamente, se sobrevierem razões
que a justifiquem.
9. Quais são as medidas de urgência aplicadas pelo juiz que obrigam o agressor? (09)
a. I – a suspensão da posse ou a restrição do porte de armas, com comunicação ao
órgão competente, nos termos da Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
b. II – o afastamento do lar, do domicílio ou do local de convivência com a vítima;
15m
c. III – a proibição de aproximação da vítima, de seus familiares, das testemunhas e
de noticiantes ou denunciantes, com a fixação do limite mínimo de distância entre estes
e o agressor;

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d. IV – a vedação de contato com a vítima, com seus familiares, com testemunhas e


com noticiantes ou denunciantes, por qualquer meio de comunicação;
e. V – a proibição de frequentação de determinados lugares a fim de preservar a
integridade física e psicológica da criança ou do adolescente, respeitadas as disposições
da Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente);
f. VI – a restrição ou a suspensão de visitas à criança ou ao adolescente;
g. VII – a prestação de alimentos provisionais ou provisórios;
h. VIII – o comparecimento a programas de recuperação e reeducação;
i. IX – o acompanhamento psicossocial, por meio de atendimento individual e/ou em
grupo de apoio.
10. A Lei n, 14.344/2022 tipifica dois crimes:
a. Art. 25. Descumprir decisão judicial que defere medida protetiva de urgência pre-
vista nesta Lei:
b. Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
c. § 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz
que deferiu a medida.
d. § 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá con-
ceder fiança.
e. § 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis.
f. Art. 26. Deixar de comunicar à autoridade pública (forma genérica) a prática de
violência, de tratamento cruel ou degradante ou de formas violentas de educação, cor-
reção ou disciplina contra criança ou adolescente ou o abandono de incapaz:
g. Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.

(CNMP/2023/ANALISTA) À luz da Lei n. 14.344/2022, que dispõe sobre violência


20m
doméstica e familiar contra a criança e o adolescente, julgue os itens a seguir.

1. A existência da coabitação entre a vítima e o agressor é imprescindível para a


configuração da violência doméstica e familiar contra a criança e adolescente.

De acordo com disposição expressa na lei, a existência da coabitação entre a vítima e o


agressor não é necessária para a configuração da violência doméstica e familiar contra a
criança e adolescente.

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2. De acordo com o texto da lei em apreço, a União, os estados, o DF e os municípios


devem estabelecer dotações orçamentárias específicas, em cada exercício financeiro, para
a implementação das medidas de prevenção e enfrentamento da violência doméstica e
familiar contra a criança e o adolescente.

De acordo com a literalidade da lei, a União, os estados, o DF e os municípios poderão


estabelecer dotações orçamentárias específicas, em cada exercício financeiro, para a
implementação das medidas de prevenção e enfrentamento da violência doméstica e
familiar contra a criança e o adolescente.

3. Imediatamente após o recebimento do expediente com o pedido em favor de criança


e de adolescente em situação de violência doméstica e familiar, caberá ao juiz, entre outras
medidas, proceder à oitiva prévia do Ministério Público, a fim de subsidiar a sua decisão
sobre as medidas protetivas de urgência.

Imediatamente após o recebimento do expediente com o pedido em favor de criança e


de adolescente em situação de violência doméstica e familiar, caberá ao juiz, entre outras
medidas, estabelecer as medidas protetivas de urgência para, depois, proceder à oitiva do
Ministério Público.

4. A propositura de ação cautelar de antecipação de produção de prova, nas causas que


envolvam violência contra a criança e o adolescente, pode ser requisitada pela autoridade
policial, sendo vedado ao conselho tutelar requerê-la.

A propositura de ação cautelar de antecipação de produção de prova, nas causas que


envolvam violência contra a criança e o adolescente, pode ser requisitada pela autoridade
policial e pelo conselho tutelar.

5. Nos casos de violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente, quando


necessário, caberá ao Ministério Público requisitar força policial e serviços públicos de
saúde, de educação, de assistência social e de segurança, entre outros.

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Nos casos de violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente, quando


necessário, caberá ao Ministério Público requisitar força policial e serviços públicos de saúde,
de educação, de assistência social e de segurança, entre outros.
25m

GABARITO
1. E
2. E
3. E
4. E
5. C

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Adriane de Sousa.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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